Gosto como o filme em boa parte é um monólogo. Aqui temos um assassino (excelente performance de Fassbender, para variar) monossilábico e que vai direto ao ponto. O roteiro e direção não precisa de grandes efeitos especiais, tiros e explosões para gerar uma tensão gélida, é um filme de ação mas fincado com os dois pés no drama e não tensão. Gosto da densidade e do perigo eminente que Fincher imprime em seus filmes e, depois da escorregada em "Mank", ele voltou com grande estilo. Ok, abaixo dos outros clássicos dele, mas, ainda assim, muito bom e acima da média se comparado com filmes do gênero lançados nos últimos tempos.
E para além do monólogo, os diálogos são muito bons! A sequência com Tilda Swinton te faz prender a respiração.
Ps: adorei ver a Sophie Charlotte, um personagem pequeno mas de grande importância na trama.
Sou grande fã de J.Lo, contudo, não tinha gostado desse álbum novo, com os visuais gostei mais das músicas. Porém, verdade seja dita: esse filme é cafona sim, piegas, mas eficaz no sentido de se conectar com as músicas. Achei tudo muito over, embora o clipe de "Rebound" seja bem legal.
No mais, é Jennifer Lopez sambando na nossa cara sua beleza e gostosura.
Eu adoro como as comédias de humor ácido britânico tem essa áurea de não se levar tão à sério assim dentro de uma narrativa de uma história muito boa, complexa e reflexiva. Esse filme não foge à regra.
Primeiro, tenho que dizer sobra a repressão da mulher, do corpo, desejos, necessidades e sua liberdade, é a partir dela e toda hipocrisia que ronda a "castração" da liberdade feminina de ir e vir que tudo se desenrola. Acho uma ótima sacada essa questão sem cair no didatismo ou algo mastigado, você compreende nas entrelinhas, dessas mulheres tão diferentes, com suas necessidades diferentes, mas reprimidas de alguma forma pelo poder fortíssimo do patriarcado e a religião como uma válvula de escape para apagar certas necessidades.
Um pequeno filme, com drama e humor na medida que merece ser descoberto.
Uma receita de como estragar uma boa premissa, história e elenco. Tudo muito vago, bem regular, para não dizer outra coisa. E começou TÃO BEM! Fora que achei tudo muito puritano e "clean" demais.
Filme com diversas camadas para além dos zumbis: principalmente o racismo nas entrelinhas de forma magistralmente colocada.
Além dos conflitos. Filmes de zumbi estão além da questão dos mortos-vivos, mas muito mais sobre coletividade, convivência e aceitar uma nova realidade. Gostei bastante.
Revisto e concordo muito com alguns comentários abaixo. Roteiro meia boca, totalmente discrepante, só se salvam mesmo os efeitos especiais e em cenas bem pontuais.
2:30h de uma baboseira tendo que aguentar a canastrice do John Cusak.
"Cabaré Mineiro" é um filme performance, pelo menos vejo dessa forma. Não há um enredo linear como estamos acostumados, mas cenas que aparentemente soltas, mas que fazem sentido na estranheza.
Como disse, um filme performance para falar de desejos, sexo, destemperos, vontades e anseios. Achei eficaz.
Achei muito progressista, desafiador e à frente do seu tempo para os temas abordados. Achei também com uma pegada surrealista que se casa perfeitamente com o enredo. Aquele pequeno grande filme que merece ser revisto.
Uma boa história, contudo, confesso, achei a execução de Otto Preminger um tanto regular, me julguem! Acho que nos dias atuais daria uma ótima minissérie, porque há diversas camadas há serem exploradas nesse enredo.
Gosto do jeito frenético que o "old Danny Boyle" imprimia em suas produções. Aqui não é diferente. Filme muito bom e um enredo envolvente.
Gosto como a imagem amadora serve como se fossemos testemunhas de uma gravação de pessoas desesperadas para sobreviver em um novo mundo sob o domínio dos mortos vivos, mas será mesmo que somente eles são algozes? O que a humanidade aprendeu com esse apocalipse? Fica aí o questionamento.
Tantas camadas, tantas discussões, tanta complexidade e tanta genialidade. Um encanto de filme, me bateu de forma avassaladora. É muito empírico, sensorial e necessário. Um ode à liberdade, à liberdade da mulher principalmente, seus desejos, anseios, necessidades e poder ao seu próprio corpo. Em um mundo patriarcal é revolucionário ser uma mulher que se compreende como dona de si, de compreender o mundo ao redor, de apontar defeitos, desigualdades (de todas as formas), etc.
A cenografia e figurinos são um capítulo à parte. Um deleite. Elenco afiadíssimo e Emma Stone, ah, Emma Stone, que atriz, que afinco, que entrega!
Que filme bom e necessário. Está tudo ali explicado, quase didático. Uma perfeita sátira de como a indústria enxerga os corpos negros e de como eles limitam vivências e ocupação de espaços por conta desses estereótipos que a mídia corroborou e ainda corrobora para manter os estigmas sociais e raciais e se colocar em um lugar de conforto de “mea culpa pero no mucho”. Sensacional!
Um novelão à lá Lícia Manzo. Muito bom. Senti o impacto das tramas e toda a solidão, peso dos dias, expectativas e o fogo como metáfora das chamas que atravessam nossos corpos e mentes na necessidade de validar nossas próprias existências. E, claro, um alerta climático.
Bonitinho. Gosto dessa inserção coming age e religião/religiosidade, não é uma coisa comum em filmes do tipo. Além de assuntos corriqueiros nessa fase de transição da infância para adolescência de uma maneira bastante cuidadosa. Não li o livro, mas achei uma boa adaptação. E o elenco infanto-juvenil é uma graça.
Que carisma a Kathy Bates exala, né? Que atriz! Não há papel pequeno para ela. Domina tudo.
O terror em seu estado mais bruto. A banalidade do mal esfregada em nossa cara. A tranquilidade dessas pessoas perversas (para dizer o mínimo) com todo o horror que os cercam é apavorante. E os sons, os gritos… Que filme, meus caros. Terror! Terror! Terror!
Um filme completamente esquecível. Talvez o mais fraco dos que vi da Sofia Coppola (e olha que ela tem no currículo “Bling Ring”). Mesmo com toda a angústia existencial do que é ser mulher em um mundo dominado por homens brancos, poderosos e influenciáveis. É sufocante e a Cailee Spaeny dá o tom necessário ao personagem.
E, claro, para (re) lembrar o quão b0sta o Elvis Presley era como homem em sua privacidade.
É um filme visceral, sobre relacionamentos inacabados, sobre dores inacabadas, sobre vidas inacabadas. Os encontros e os desencontros, sobre se encontrar e conectar consigo mesmo também. Tentar se achar no mundo quando se está fora do seu território e transformar essa nova morada em um lugar seu. Contudo, queria ter gostado mais. Talvez uns minutos a menos fizesse diferença. Mas é um filme bonito, muito palpável e crível.
A solidão realmente corrói por dentro as almas destruídas pelos obstáculos da vida. É uma sensação de uma vida apática mesmo. E essa é a palavra para definir “Fallen Leaves”, um filme com algum significado, bem intencionado, mas acaba sendo isso mesmo: apático.
“Maestro” me lembrou aquela história de que a Katherine Hepburn não gostava da Meryl Streep por ser uma atriz muito calculista. Dizia Kat que dava para ouvir o “tic tac” na cabeça de Meryl para ela atuar. Bom, não concordo, mas isso poderia se encaixar facilmente aqui nesse filme no desespero do Bradley Cooper por um Oscar e uma validação em sua carreira.
O filme não é ruim, mas não é essa excelência toda. Cada frame dele, mascarado por seu som, figurino, fotografia e trilha sonora impecáveis, grita a consolidação de uma carreira que não é a carreira do biografado, mas sim, do maestro Cooper. E isso incomoda bastante.
Contudo, ele não entrega uma atuação ruim, mas nada impecável. Nesse sentido, Carey Mulligan carrega o filme nas costas. Sua atuação é física, seu olhar, seus gestos, seu “sorriso amarelo” norteiam uma história interessantíssima, que me parece minucioso para mostrar, mais uma vez, o quanto Cooper é capaz e não, de fato, de contar uma boa história em si.
O Assassino
3.3 514Gosto como o filme em boa parte é um monólogo. Aqui temos um assassino (excelente performance de Fassbender, para variar) monossilábico e que vai direto ao ponto. O roteiro e direção não precisa de grandes efeitos especiais, tiros e explosões para gerar uma tensão gélida, é um filme de ação mas fincado com os dois pés no drama e não tensão. Gosto da densidade e do perigo eminente que Fincher imprime em seus filmes e, depois da escorregada em "Mank", ele voltou com grande estilo. Ok, abaixo dos outros clássicos dele, mas, ainda assim, muito bom e acima da média se comparado com filmes do gênero lançados nos últimos tempos.
E para além do monólogo, os diálogos são muito bons! A sequência com Tilda Swinton te faz prender a respiração.
Ps: adorei ver a Sophie Charlotte, um personagem pequeno mas de grande importância na trama.
Esta Sou Eu... Agora: Uma História de Amor
2.9 23 Assista AgoraSou grande fã de J.Lo, contudo, não tinha gostado desse álbum novo, com os visuais gostei mais das músicas. Porém, verdade seja dita: esse filme é cafona sim, piegas, mas eficaz no sentido de se conectar com as músicas. Achei tudo muito over, embora o clipe de "Rebound" seja bem legal.
No mais, é Jennifer Lopez sambando na nossa cara sua beleza e gostosura.
Wicked Little Letters
3.3 3Eu adoro como as comédias de humor ácido britânico tem essa áurea de não se levar tão à sério assim dentro de uma narrativa de uma história muito boa, complexa e reflexiva. Esse filme não foge à regra.
Primeiro, tenho que dizer sobra a repressão da mulher, do corpo, desejos, necessidades e sua liberdade, é a partir dela e toda hipocrisia que ronda a "castração" da liberdade feminina de ir e vir que tudo se desenrola. Acho uma ótima sacada essa questão sem cair no didatismo ou algo mastigado, você compreende nas entrelinhas, dessas mulheres tão diferentes, com suas necessidades diferentes, mas reprimidas de alguma forma pelo poder fortíssimo do patriarcado e a religião como uma válvula de escape para apagar certas necessidades.
Um pequeno filme, com drama e humor na medida que merece ser descoberto.
E Olivia Colman, que atriz, meus amores!
Os 3
3.4 561Uma receita de como estragar uma boa premissa, história e elenco. Tudo muito vago, bem regular, para não dizer outra coisa. E começou TÃO BEM! Fora que achei tudo muito puritano e "clean" demais.
Simplesmente Irresistível
2.8 89REVISÃO:
Simplesmente bobo, sem pé nem cabeça e charmosinho.
A Noite dos Mortos-Vivos
4.0 549 Assista AgoraFilme com diversas camadas para além dos zumbis: principalmente o racismo nas entrelinhas de forma magistralmente colocada.
Além dos conflitos. Filmes de zumbi estão além da questão dos mortos-vivos, mas muito mais sobre coletividade, convivência e aceitar uma nova realidade. Gostei bastante.
2012
2.6 3,3K Assista AgoraRevisto e concordo muito com alguns comentários abaixo. Roteiro meia boca, totalmente discrepante, só se salvam mesmo os efeitos especiais e em cenas bem pontuais.
2:30h de uma baboseira tendo que aguentar a canastrice do John Cusak.
Cabaret Mineiro
3.1 35"Cabaré Mineiro" é um filme performance, pelo menos vejo dessa forma. Não há um enredo linear como estamos acostumados, mas cenas que aparentemente soltas, mas que fazem sentido na estranheza.
Como disse, um filme performance para falar de desejos, sexo, destemperos, vontades e anseios. Achei eficaz.
Borderline
3.2 1Achei muito progressista, desafiador e à frente do seu tempo para os temas abordados. Achei também com uma pegada surrealista que se casa perfeitamente com o enredo. Aquele pequeno grande filme que merece ser revisto.
Laura
4.1 132 Assista AgoraUma boa história, contudo, confesso, achei a execução de Otto Preminger um tanto regular, me julguem! Acho que nos dias atuais daria uma ótima minissérie, porque há diversas camadas há serem exploradas nesse enredo.
E Gene Tierney? Que encanto de mulher!
Nunca Fui Beijada
3.2 573 Assista AgoraPassa ano, sai ano e sou completamente a Josie: nunca fui beijado. Choro horrores com esse filme.
O Casamento do Meu Melhor Amigo
3.4 900 Assista AgoraNunca envelhece! Comédia romântica sem defeitos, uma elenco lindo, uma química absurda. E a cena do musical para guardar no peito.
Línguas Desatadas
4.4 32Isso aqui me bateu como aquelas porradas que doem por toda a vida. Ainda hoje é um filme necessário, sobre vida e o direito da bicha preta em viver.
Extermínio
3.7 945Gosto do jeito frenético que o "old Danny Boyle" imprimia em suas produções. Aqui não é diferente. Filme muito bom e um enredo envolvente.
Gosto como a imagem amadora serve como se fossemos testemunhas de uma gravação de pessoas desesperadas para sobreviver em um novo mundo sob o domínio dos mortos vivos, mas será mesmo que somente eles são algozes? O que a humanidade aprendeu com esse apocalipse? Fica aí o questionamento.
Pobres Criaturas
4.2 1,1K Assista AgoraTantas camadas, tantas discussões, tanta complexidade e tanta genialidade. Um encanto de filme, me bateu de forma avassaladora. É muito empírico, sensorial e necessário. Um ode à liberdade, à liberdade da mulher principalmente, seus desejos, anseios, necessidades e poder ao seu próprio corpo. Em um mundo patriarcal é revolucionário ser uma mulher que se compreende como dona de si, de compreender o mundo ao redor, de apontar defeitos, desigualdades (de todas as formas), etc.
A cenografia e figurinos são um capítulo à parte. Um deleite. Elenco afiadíssimo e Emma Stone, ah, Emma Stone, que atriz, que afinco, que entrega!
Ficção Americana
3.8 364 Assista AgoraQue filme bom e necessário. Está tudo ali explicado, quase didático. Uma perfeita sátira de como a indústria enxerga os corpos negros e de como eles limitam vivências e ocupação de espaços por conta desses estereótipos que a mídia corroborou e ainda corrobora para manter os estigmas sociais e raciais e se colocar em um lugar de conforto de “mea culpa pero no mucho”. Sensacional!
Dias Perfeitos
4.2 250 Assista AgoraEm letras garrafais: SIMPLES, POÉTICO, VERDADEIRO E EFICAZ.
Afire
3.8 50Um novelão à lá Lícia Manzo. Muito bom. Senti o impacto das tramas e toda a solidão, peso dos dias, expectativas e o fogo como metáfora das chamas que atravessam nossos corpos e mentes na necessidade de validar nossas próprias existências. E, claro, um alerta climático.
Crescendo Juntas
3.8 96Bonitinho. Gosto dessa inserção coming age e religião/religiosidade, não é uma coisa comum em filmes do tipo. Além de assuntos corriqueiros nessa fase de transição da infância para adolescência de uma maneira bastante cuidadosa. Não li o livro, mas achei uma boa adaptação. E o elenco infanto-juvenil é uma graça.
Que carisma a Kathy Bates exala, né? Que atriz! Não há papel pequeno para ela. Domina tudo.
Zona de Interesse
3.6 579 Assista AgoraO terror em seu estado mais bruto. A banalidade do mal esfregada em nossa cara. A tranquilidade dessas pessoas perversas (para dizer o mínimo) com todo o horror que os cercam é apavorante. E os sons, os gritos… Que filme, meus caros. Terror! Terror! Terror!
Priscilla
3.4 160 Assista AgoraUm filme completamente esquecível. Talvez o mais fraco dos que vi da Sofia Coppola (e olha que ela tem no currículo “Bling Ring”). Mesmo com toda a angústia existencial do que é ser mulher em um mundo dominado por homens brancos, poderosos e influenciáveis. É sufocante e a Cailee Spaeny dá o tom necessário ao personagem.
E, claro, para (re) lembrar o quão b0sta o Elvis Presley era como homem em sua privacidade.
Vidas Passadas
4.2 723 Assista AgoraÉ um filme visceral, sobre relacionamentos inacabados, sobre dores inacabadas, sobre vidas inacabadas. Os encontros e os desencontros, sobre se encontrar e conectar consigo mesmo também. Tentar se achar no mundo quando se está fora do seu território e transformar essa nova morada em um lugar seu. Contudo, queria ter gostado mais. Talvez uns minutos a menos fizesse diferença. Mas é um filme bonito, muito palpável e crível.
Folhas de Outono
3.8 99A solidão realmente corrói por dentro as almas destruídas pelos obstáculos da vida. É uma sensação de uma vida apática mesmo. E essa é a palavra para definir “Fallen Leaves”, um filme com algum significado, bem intencionado, mas acaba sendo isso mesmo: apático.
Maestro
3.1 260“Maestro” me lembrou aquela história de que a Katherine Hepburn não gostava da Meryl Streep por ser uma atriz muito calculista. Dizia Kat que dava para ouvir o “tic tac” na cabeça de Meryl para ela atuar. Bom, não concordo, mas isso poderia se encaixar facilmente aqui nesse filme no desespero do Bradley Cooper por um Oscar e uma validação em sua carreira.
O filme não é ruim, mas não é essa excelência toda. Cada frame dele, mascarado por seu som, figurino, fotografia e trilha sonora impecáveis, grita a consolidação de uma carreira que não é a carreira do biografado, mas sim, do maestro Cooper. E isso incomoda bastante.
Contudo, ele não entrega uma atuação ruim, mas nada impecável. Nesse sentido, Carey Mulligan carrega o filme nas costas. Sua atuação é física, seu olhar, seus gestos, seu “sorriso amarelo” norteiam uma história interessantíssima, que me parece minucioso para mostrar, mais uma vez, o quanto Cooper é capaz e não, de fato, de contar uma boa história em si.