Esse filme para o "Antes de Partir". O que você faria se soubesse que tem um prazo limitado de vida? Faria coisas que sempre sonhou certo? Na vida todos nós temos um prazo certo e limitado. A diferença é que não sabemos a data certa final logo devemos viver intensamente.
O álbum de possibilidades são todas as possibilidades da vida que temos. Sabendo que iremos morrer devemos tentar não se arrepender das possibilidades já feitas na vida.
Interessante algumas máximas: - Os mortos veem o que querem ver! - Mas será que eles não querem sua ajuda? - Ajuda? Pode ser que eles queiram raiva e vingança!
- Você gosta de igreja? (diz doutor) - Sim! - Dizem que na idade média as pessoas se escondiam na igreja procurando refúgio. - Do que elas tinham medo? - Das ameaças.
Um grande suspense que nos traz reflexões sobre vida, morte, devaneios ou alucinações Vrs a Realidade. Depois tenho que assistir de novo, mas fiquei como uma dúvida. Se o doutor estava morto desde a hora do tiro como ele conseguiu tantas sessões com o rapaz? Estaria o menino e a mãe dele mortos também? Se o doutor foi morto pelo paciente então estaria a alma dele arrependida por não poder tê-lo ajudado? A criança seria quem? Seria a alma do rapaz que matou ele no passado em forma de criança mostrando tudo o que ele fez e o que ele poderia ter feito para ajuda-lo? Ou seria um outro garoto? Se for o mesmo então podemos dizer que antes ele fazia a ligação dos mortos com os vivos e agora ele estava fazendo a ligação dos mortos para acordarem e verem que estão mortos? Esse filme deixou muitas indagações! Preciso revê-lo.
Casablanca: vibrante e desafiadora, convidativa, porém implacável. Quatro almas em busca da verdade, trinta anos depois de um apaixonado professor nas montanhas Atlas foi silenciado… Através do eco de seus sonhos destroçados, as desilusões dos quatro personagens dão vida às faíscas que irão incendiar essa cidade.
Excelente! Quem diria que um dos melhores que eu já vi na minha vida seria um filme Marroquino? Poderia resumir esse filme na seguinte frase
Um filme de grandes sonhos frustrados e da realidade. Não é aqueles filmes americanos em que há grandes explosões. Em diversas cenas em que mostra o povo nas ruas quebrando tudo, os personagens do filme quando passam por meio delas não são atacados. Ou seja, esse filme trata da sutileza e não da ação.
Gostei da cena logo no começo em que o professor numa humilde vila e com poucos recursos faz de tudo para passar o máximo de conhecimento aos alunos. Logo no início, há um único personagem que gagueja, mas é por algum problema específico dele e o professor não o censura. Tempos mais tarde todos alunos gaguejarão, mas não por problemas de saúde, mas sim por não deterem conhecimento de um idioma alheio ao que aprenderam a falar.
O professor tentou ao máximo contornar a imposição da cultura árabe sobre a cultura marroquina. Mas quando viu que não dava mais teve que fugir. A cena dele na Van saindo da cidade e as crianças correndo atrás dele gritando “professor” mostra como aqueles seres vulneráveis ficaram a mercê de lobos mercenários que impuseram a cultura árabe sobre a cultura berbere (local).
cura a situação urgentíssima de um traficante, mas pressionado pela polícia para deixar para depois, ou se cura a situação urgente de um policial que pode aguardar ou de uma criança em que seu pai é influente na imprensa. Pela medicina pura, nenhum juízo de valor deve ser feito ao ser humano e por isso deve-se tratar primeiro da situação mais precária possível. Pelos valores morais e pela pressão que o hospital sofre nem sempre a ética médica funciona.
ele diz que perdeu todo o tempo da vida dele naqueles trabalhos. Se ele pudesse pararia tudo e mostraria a todos que eles estão trabalhando em vão, que a vida é curta, que a vila industrial pode ser muito mais. Ele queria abrir os olhos dos demais, mas não podia.
David, o habitante solitário, era uma espécie de robô semelhante ao humano e que seu criador tentou mostrar conceitos próprios do homem para ele. David se rebelou já que não queria servir aos humanos de sua nave e inventou um vírus que servia apenas ao David e que eliminava toda a forma de vida que ali aparecesse.
Excelente filme! Super delicado, com uma sutileza riquíssima! De início quando vi a Rosale sendo demitida achei que ia ser um filme de propagando socialista mostrando “oh como o capitalismo é ruim”. Mas não! Esse filme mostra o dia-a-dia de uma mulher e um homem honestos e trabalhadores sem extremismos. Apenas a vida comum e a riqueza de seus detalhes.
Gostei da cena, logo no início, quando o patrão dela demite ela. Em nenhuma hora o filme mostra ele falando que ela foi demitida. Essa parte traumática foi “apagada” de sua mente. O diretor também não mostra a cara do patrão, apenas o dela. Nessas horas quem demite não quer aparecer. Não é uma notícia que normalmente as pessoas gostam de dar. Ou pode ser que o diretor quis passar o protagonismo da trabalhadora Rosale, dando a ela nome e identidade, e ocultando o diretor e seus novos sócios fazendo deles a sombra. Normalmente o que vemos nas artes é o povo trabalhador sendo a sombra e os do topo da pirâmide com nome e identidade. Achei perfeito essa mudança neste filme.
Ela ainda volta para lá na esperança de que a empresa a recontrataria pela sua experiência e boa vontade.
Após a demissão, ela vai para a casa dela em que há uma humilde janela que dá vista pra rua. Achei que, a julgar pelo título do filme “pela janela”, todo o filme se passaria com ela depressiva na sua casa sozinha olhando a janela de sua casa. Mas não foi o que aconteceu para minha boa surpresa.
Há trechos do cotidiano como por exemplo dela acendendo o fogo e fazendo comida na cozinha. Nada de surpreendente ocorre como nos filmes americanos em que passa fantasma, a panela explode ou algo para prender a atenção do espectador pelo “diferente” e surpreendente. Apenas mostra o que sempre ocorre no dia a dia e que corresponde a 90% do tempo de qualquer pessoa.
Ela vai com seu amigo (de início achei que era seu marido) José numa viagem de São Paulo para Buenos Aires. Ele não vai pelo sul do Brasil, mas sim por Foz de Iguaçu. Não sei porque ele fez essa volta toda, mas creio que pelo fato da gasolina argentina sem mais barata e ter bem menos pedágio compensa dar toda essa volta do que passar pela BR101.
Essa viagem fez muito bem a ela. De início ela não queria ir. Estava depressiva e se sentido um peso para o José e para ela mesma. Mas em cada parada ela aprendia algo. Num dos hotéis ela vê o quadro das cataratas do Iguaçu e como estavam perto para lá foram.
Ir para a Argentina seria a ida para uma nova vida, para o desconhecido. Mas antes de adentrar, ela para nas Cataratas do Iguaçu, na fronteira para nova vida. Lá ela fica com medo do barulho ensurdecedor e do vapor da água. O barulho da água caindo a fazia lembrar dos barulhos da fábrica onde ela trabalhou por vários anos. Essa lembrança a fazia sentir medo. Medo do que? Do passado, da lembrança da demissão, de saber que após anos trabalhando na mesma fábrica ela foi retirada sem consideração alguma como se fosse mais uma peça na fábrica a ser trocada por um estagiário novo com novos conhecimentos e ganhando menos. Ela pensou em voltar. Não tinha ânimo para continuar. José foi o anjo dela que a puxou pelo braço e insistiu para que ela fosse ver as cataratas. Ela enfrentou seus medos e foi. Após chegar bem pertinho da queda da água, o vapor de água funcionou como um banho para uma nova vida. A imagem focaliza na cachoeira até ficar toda branca. Branca como uma nova folha de papel. Dali para frente, ela estaria na Argentina (na nova vida).
Quando já atravessaram a fronteira, ela pergunta a José quando irá chegar na Argentina. Ele responde que já estão lá. Ela fala, mas aqui é tudo igual. Ela não vê nada de diferente a não ser que a presença maior de floresta, mas de resto é tudo igual. José, na sua humildade, responde dizendo que “é um igual diferente” dizendo que o espanhol é parecido com algumas pequenas diferenças como exemplo de que OI significa Hoje e não um cumprimento.
Depois eles ficam num hotel simples, porém aconchegante. Aqui ela encontra sua vida nova. Lá ela canta uma excelente canção já bem alegre (gostaria de saber o nome dessa música). Ela conhece uma amiga em que apesar da barreira linguística ensina bastante coisa (aqui fica claro que para amizade não há barreiras). Ela vai para a cidade até a praça contemplar o presente e ver o cotidiano sob um novo ângulo. Ela vê coisas diferentes como por exemplo uma cidade argentina onde as pessoas usam roupão de banho. Ela vai numa festa onde tocam uma excelente música (também queria saber o nome dessa música) e lá, apesar dela reservada, a tratam como tendo identidade.
José tem trabalho árduo, porém com muito mais dignidade do que o serviço fabril que Rosalia tinha. A filha do dono aparentemente o tratava com desprezo, mas José tinha sempre um tempinho para suas artes como o violão com os amigos.
Tem uma cena em que Rosália diz ter medo da volta. O filme não mostra a viagem da volta, mas tão somente deles numa rodoviária esperando o ônibus da volta e ela abrindo a mochila e vendo o quadro das Cataratas. Não há como saber se na volta ela arranjaria emprego, se teria dificuldades ou qualquer outra situação, mas o fato dela olhar para o quadro das cataratas revela que ela guardará não apenas na sua mochila, mas dentro de si toda a memória de viagem de restauração.
Depois desse filme me despertou interesse no idioma espanhol. Antes achava o espanhol um idioma de “língua presa” rs. Apesar de estar numa viagem dentro de um carro e paradas em hotéis me fez lembrar dos Filmes Livre e Na Natureza Selvagem já que ambos trazem um conhecimento interior por meio de uma viagem.
Depois de assisti e entender melhor o filme de Paulo, fiquei com muito orgulho de saber que a terra em que nasci e habito recebeu o nome de São Paulo em sua homenagem!
Com esse filme pude entender melhor o contexto na qual o novo testamente foi escrito. Não pense que você verá Cristo aqui, mas a forma como Paulo relatou suas mensagens.
Aqui pude ver que as prisões romanas, diferente das atuais, não admitiam visitas. Lucas se arriscava continuamente para escrever as memórias de Paulo. Lucas fazia isso porque toda nova geração não havia visto Cristo e logo percebeu a necessidade de registrar suas memórias. Também pude entender melhor a perseguição de Nero contra os Cristãos e tamanha barbaridade talvez nunca vista antes e depois da história mundial como por exemplo queimar cristãos vivos para iluminar as ruas de Roma servindo como postes. Os jogos também era crueldade. Apesar dos perigos ficou claro que Paulo, Tiago e praticamente todo povo podiam fugir de Roma e procurar um lugar seguro, mas Paulo sabia que lá em Roma seria onde a semente do Cristianismo seria plantada e por lá ficou. Ele também se deixou ficar na prisão pois ele assim redimia dos seus pecados na época em que perseguia cristãos.
infiltração policial no meio da bandidagem como uma forma de prever crimes.
Este filme não é o tradicional Começo, Meio e Fim. Cada vez ele abre um parênteses para mostra a história de cada personagem e como ele foi parar ali naquela situação. É um grande suspense! Após esse filme vi que a infiltração policial não é a melhor forma de prever crime. No filme fica claro que o policial é forçado a matar uma mulher inocente. Agora entendo porque que no México um novo integrante deve matar um civil para entrar na gangue e também o porque no Brasil bandidos devem matar policial para subir na escala hierárquica do crime organizado. Talvez para evitar que policial a paisana se infiltre no meio deles.
Filme engraçado, porém, mostra a difícil condição de se aprimorar a inteligência das pessoas que vivem na América Latina. A ignorância impera e aqueles que tem um pouquinho de inteligência são deixados de canto como o Jeremias.
Ótimo filme! Com o passar dos anos muitos arquivos da CIA e FBI foram abertos ao público. Esse filme demonstra a veracidade das teorias da conspiração de que Kennedy sofreu um golpe de Estado. Vejo muitos comentários aqui dizendo que é pura ficção. Será mesmo? A morte de Kennedy e em pouco tempo o atentado ao seu irmão foi mera coincidência? Anos depois o último dos Kennedies caiu de um suposto acidente em seu planador. Após o homicídio de Kennedy foi aprovado lei de armamento. Fatos esse que não deve ser uma série de coincidências.
Diferente do que mostra o filme, acredito que o assassinato dele não tenha sido apenas por motivos econômicos, mas também por causa religiosa já que os EUA não aceitam um presidente católico (que foi o primeiro e único presidente católico dos EUA até hoje).
Um dos melhores filmes que já assisti! O que dizer deste filme? Bom, ele tem um mix de suspense, com história e por aí vai. Com este filme é possível entender melhor sobre o Líbano e os refugiados que ali vivem, além da questão religiosa que passa o país. Achei o filme mais imparcial que já vi. Ele mostra perfeitamente as duas posições de maneira coerente e sem pender a um dos lados.
Uma obra de arte! Ele mostra o Toni, o Cristão, que sempre viveu em paz na sua casa simbolizando os Cristãos que sempre viveram no Líbano. Um pequeno delito, não ter encanamento para escoar a água da sacada que caía na calçada, atinge o novo povo que está “invadindo” (na visão de Toni) ou “se refugiando”(na visão do Yasser, o islã que fugiu da guerra da Síria/Iraque).
Yasser tenta convencer Toni de que sua casa precisa de reparo e ele se prontifica a arrumá-la sem custo algum. Toni reage de maneira egoísta e não aceita tal ajuda, em partes devido ao seu ódio pelos mulçumanos. Todavia, Yasser, foi um pouco arrogante ao consertar a sacada sem autorização do proprietário. (Mais pra frente o filme dá a entender que Yasser era um dos líderes da imigração dos refugiados). Isso provocou, talvez indiretamente, o nascimento prematuro, a internação e a morte de seu filho.
Essa pequena cena simboliza o povo que já está no Líbano e como eles encaram ou poderiam encarar a nova realidade de imigração em massa. Alguns com grande ódio (como o Toni), mas que poderiam usufruir pacificamente deste novo povo para reparar seu país. Outros, como a mulher de Toni, que aceitaria o reparo feito por eles e que não dão a mínima por esse novo povo estar em seu “quintal”. O filho seria o futuro do país em que os pais sentem que com a presença dos imigrantes ele será incapaz de fazer nascer seu filho, o futuro da pátria.
O filme deixa claro que tanto o lado dos mulçumanos como os cristãos tem um ódio em comum, os judeus. Não há nenhum personagem judaico no filme, mas quando o insulto se referia ao Estado Israelense em algum ataque a outra parte insultada não aceitava o desaforo.
O chefe de Yasser, que vê nele um funcionário exemplar, insiste e convence-o a pedir perdão ao Toni, mas este que vive escutando notícias e propagandas de ódio faz uma crítica que atinge o ponto fraco de Yasser e acaba por golpeá-lo na barriga. É aqui onde toda intriga começa. A princípio parecia que os islâmicos tinham dificuldade em pedir perdão (diferente dos Cristão), mas depois, no final do filme, mostra que na verdade ele falou de algo extremamente provocante para sua cultura.
Toni procura advogados para processar Yasser e este por sua vez é defendido pela filha do advogado de Toni. Os advogados, de ambos lados, foram astutos e atiçaram o caso por vezes. Apesar do ódio das partes, tanto Toni quanto Yasser desejavam que a justiça e a Lei fossem cumpridas à risca ainda que eles perdessem a causa, mas os advogados exageram e entraram nas intimidades do outro lado da partes (como por exemplo obter exames médicos da outra parte mostrando que a mulher de Toni já havia abortado outras vezes) e queriam ganhar a qualquer custo ainda que com provas ilícitas. O caso era pessoal e ao mesmo tempo nacional.
O presidente do Líbano reunindo as duas partes para tentar um acordo mostra que a questão religiosa é tão forte que o governo é incapaz de resolver a situação. Cada um trata a questão como de Justiça e não de politicagem. Logo após isso tem uma cena aqui em que alguém fanático aprontou com o carro do Yasser e Toni ajuda-o sem qualquer comunicação entre eles. Inclusive sem provocação já que eles tinham a oportunidade de se agredirem. Aqui fica claro que existe uma boa vontade intrínseca em ambos, mas o ódio captado pelas propagandas talvez não permitam a eles visualizá-la.
A partir da cena do julgamento no Tribunal o filme passa a ter uma concepção ampla de política sobre os conservadores e os liberais. A parte de Toni mostra que os estrangeiros não podem estar acima da lei como no caso de que a polícia não pode prender alguém em campo de refugiado ainda que criminoso. Já a parte de Yasser mostra, dentre outros argumentos, de que Toni discrimina os mulçumanos.
O final é sensacional. O advogado de Toni descobre que ele já foi um refugiado anteriormente e isso de uma certa forma revela que o povo que já estava no Líbano, um dia já foi imigrante, mas esquece ou tenta esconder essa parte do passado.
Outra cena interessante, também no final, é quando Yasser toca campainha e a princípio parecia que ele ia finalmente pedir perdão. Mas não. Ele acende um cigarro e já sabendo que Toni foi um refugiado ele fala de termos que são extremamente provocativos para cultura de Toni e este vem a golpeá-lo na barriga. Yasser não revida e com muita dor vai embora. Essa cena parece que Yasser, em vez de pedir perdão, vem dá o troco na mesma moeda faz toda provocação aparentemente já esperando ser golpeado. Acredito que ele faz isso para que Toni sinta o que ele sentiu lá no começo do filme.
A partir desta cena aparentemente Toni começa a entender o outro lado. Ele até quer desfazer o processo judicial, mas na altura em que se encontrava ele já não podia sair. No final o veredito dá um sermão à ambos, mas é, por voto apertado, favorável à Yasser. Quando eles saem do Tribunal Toni olha para trás e vê Yasser sério e sem comemorar a vitória junto de sua família. Pelo jogo de olhares e por não haver provocação em ambos, aparentemente ambos estavam descontentes com todo processo e situação envolvida e entenderam o outro lado. O fato deles não se cumprimentarem no final mostra que esses povos jamais terão a paz definitiva (cada um vai para o seu lado), mas que é possível uma coexistência pacífica já que ambos sofrem ou sofreram da mesma moléstia.
um golpe. Esse filme retrata bem a vida na América Latina. Um querendo tomar vantagem sobre o outro. O final é sobrerrealista, mas pelo fato do cinema ser uma arte, vale tudo!
os benefícios e malefícios do cigarro, mas verá como funciona o marketing, o lobby de indústria, técnicas de oratória, formas de vender, suborno dos cinemas de Hollywood bem como das pesquisas científicas etc. Também um pouco de teoria da conspiração como por exemplo o grupo que pretende diminuir a população global.
Como o Nick Naylor disse ao seu filho, se você não é um moralista você defende essa indústria. Ele diz ao seu filho: “Se você é advogado e sabe que seu cliente é o verdadeiro assassino você não o defenderia?”. O filho responde: “Por que eu o defenderia?”. O pai responde: “Se ele tem assegurado o direito a defesa então é o que eu vou fazer”.
Nick não é só um grande orador, mas também um economista. Ele sabia a hora certa de sair da indústria do tabaco e migrar para a de celular. Ele percebeu que já não havia mais o que “discursar” para defender essa mal do cigarro.
Eu particularmente não achei o Nick um bom orador já que nos debates muitas vezes ele mudava de assunto. Por exemplo se falassem do cigarro ele falava do queijo que gera colesterol. Não achei nada convincente. Mas entendi o sentido do filme de que o discurso pode sim influenciar a massa e opinião pública.
Apesar de classificado como terror o filme tem um pouco de tudo: suspense, drama e uma “pitada” de comédia sarcástica.
Desconsiderando os sustos que todo filme de terror tem, esse filme tem uma história riquíssima que pode ser alvo de estudo de teologia, psicologia e paranormalidade. E cheia de mistérios a ser desvendados. O final é parcialmente revelador.
Posso dizer com certeza que neste filme aprendi o que é o demônio e as obras do mau. A doutora Elise Rainier diz que ele se alimenta do medo e da dor. Na cena da cadeia em que ela vê o pai dela e fica com raiva dele e começa a bater nele mostra que o ódio também é um alimento para ele. Na prisão quando o pai dela se arrepende e pede perdão, ela descobre que ele foi, na verdade, uma marionete do demônio. Apesar do pedido de perdão isso não foi suficiente para que a alma dele não se desintegrasse (entendo que apesar do pai dela ter sido um objeto de manobra, ele foi responsável por permitir sua possessão). Todos atos malignos são indiretamente obra do demo.
Logo que descobrem que o proprietário da casa assassinava pessoas lá dentro, a doutora diz algo assim: “também existem demônios vivos e é destes que eu tenho medo”. No final essa frase é desmentida já que ela descobre que todos atos ruins foram obra do “encardido” que usavam as pessoas. (Nessa parte me lembrou do filme Quarto de Guerra em que ensina que a verdadeira batalha é espiritual).
Só não entendi se a doutora quando criança libertou o demônio ao abrir a porta ou se ele já estava presente na casa já que o pai dela, antes dessa abertura, já apresentava sinais de agressão para com a menina e era alcoólatra.
Um detalhe importante é que só as mulheres adentravam o outro mundo. Os homens por mais que utilizassem da tecnologia moderna eram incapazes de se aprofundar no assunto e em todas vezes eram os mais medrosos (por exemplo a cena do irmão da doutora que tinha medo das conversas com os espíritos; o pai dela que não acreditava; e os assistentes da doutora que por mais tivessem interesse no assunto quando havia de confrontar algo desafiador passavam a tarefa para a doutora). A mulher representa o ser emocional e isso mostra que só quem tem uma grande sensibilidade terá contato com o outro mundo. A doutora foi sempre persistente na verdade mesmo quando o pai dela obrigava a mentir para não apanhar.
A mãe da doutora é uma figura única. Ela sempre apoiou a filha até a morte, inclusive dando sua vida por ela. O apito que simboliza o pedido de socorro foi dado por ela para proteger seus filhos. No começo do filme ela é incapaz de ajudar sua filha já que a força que ela deveria combater era espiritual e naquele momento ela era apenas um ser carnal. No final do filme, a cena da filha com o apito se repete, mas dessa vez, a mãe dela, já em forma de espírito, consegue combater o mal. Como a própria doutora diz: “Eu não tenho palavras a dizer!” já que ela estava extremamente agradecida e emocionada. A mãe dela seria uma espécie de mãe espiritual que defende seu filho custe o que custar.
Muito chocante a cena em que a doutora descobre que a enfermeira estava viva e que se ela soubesse disso, poderia ter salvado ela. Essa frustração é diminuída ao saber que outras infelizmente tiveram o mesmo destino. A doutora teve muita sorte de não ter sido vítima, mesmo sendo a filha do assassino. Acredito que o telefonema para ela voltar a casa depois de vários anos foi um convite para que o demo conseguisse captá-la de vez.
As Férias da Minha Vida
3.4 448 Assista AgoraEsse filme para o "Antes de Partir".
O que você faria se soubesse que tem um prazo limitado de vida? Faria coisas que sempre sonhou certo? Na vida todos nós temos um prazo certo e limitado. A diferença é que não sabemos a data certa final logo devemos viver intensamente.
O álbum de possibilidades são todas as possibilidades da vida que temos. Sabendo que iremos morrer devemos tentar não se arrepender das possibilidades já feitas na vida.
Mifune
3.6 17Belo filme! Comédia sutil e uma forma de encarar o passado.
O Sexto Sentido
4.2 2,4K Assista AgoraComo demorei tanto para assistir esse filme? Um clássico!
Passava direto no Cine Belas Artes no SBT.
Interessante algumas máximas:
- Os mortos veem o que querem ver!
- Mas será que eles não querem sua ajuda?
- Ajuda? Pode ser que eles queiram raiva e vingança!
- Você gosta de igreja? (diz doutor)
- Sim!
- Dizem que na idade média as pessoas se escondiam na igreja procurando refúgio.
- Do que elas tinham medo?
- Das ameaças.
Um grande suspense que nos traz reflexões sobre vida, morte, devaneios ou alucinações Vrs a Realidade.
Depois tenho que assistir de novo, mas fiquei como uma dúvida. Se o doutor estava morto desde a hora do tiro como ele conseguiu tantas sessões com o rapaz? Estaria o menino e a mãe dele mortos também?
Se o doutor foi morto pelo paciente então estaria a alma dele arrependida por não poder tê-lo ajudado? A criança seria quem? Seria a alma do rapaz que matou ele no passado em forma de criança mostrando tudo o que ele fez e o que ele poderia ter feito para ajuda-lo? Ou seria um outro garoto? Se for o mesmo então podemos dizer que antes ele fazia a ligação dos mortos com os vivos e agora ele estava fazendo a ligação dos mortos para acordarem e verem que estão mortos?
Esse filme deixou muitas indagações! Preciso revê-lo.
Primavera em Casablanca
4.0 16Casablanca: vibrante e desafiadora, convidativa, porém implacável. Quatro almas em busca da verdade, trinta anos depois de um apaixonado professor nas montanhas Atlas foi silenciado… Através do eco de seus sonhos destroçados, as desilusões dos quatro personagens dão vida às faíscas que irão incendiar essa cidade.
Excelente! Quem diria que um dos melhores que eu já vi na minha vida seria um filme Marroquino? Poderia resumir esse filme na seguinte frase
Um filme de grandes sonhos frustrados e da realidade. Não é aqueles filmes americanos em que há grandes explosões. Em diversas cenas em que mostra o povo nas ruas quebrando tudo, os personagens do filme quando passam por meio delas não são atacados. Ou seja, esse filme trata da sutileza e não da ação.
Gostei da cena logo no começo em que o professor numa humilde vila e com poucos recursos faz de tudo para passar o máximo de conhecimento aos alunos. Logo no início, há um único personagem que gagueja, mas é por algum problema específico dele e o professor não o censura. Tempos mais tarde todos alunos gaguejarão, mas não por problemas de saúde, mas sim por não deterem conhecimento de um idioma alheio ao que aprenderam a falar.
O professor tentou ao máximo contornar a imposição da cultura árabe sobre a cultura marroquina. Mas quando viu que não dava mais teve que fugir. A cena dele na Van saindo da cidade e as crianças correndo atrás dele gritando “professor” mostra como aqueles seres vulneráveis ficaram a mercê de lobos mercenários que impuseram a cultura árabe sobre a cultura berbere (local).
Sob Pressão
3.8 93 Assista AgoraTriste realidade dos hospitais tendo que já tendo pouco recurso tem que escolher se
cura a situação urgentíssima de um traficante, mas pressionado pela polícia para deixar para depois, ou se cura a situação urgente de um policial que pode aguardar ou de uma criança em que seu pai é influente na imprensa.
Pela medicina pura, nenhum juízo de valor deve ser feito ao ser humano e por isso deve-se tratar primeiro da situação mais precária possível. Pelos valores morais e pela pressão que o hospital sofre nem sempre a ética médica funciona.
Arábia
4.2 167 Assista AgoraFilme cansativo. Só gostei do final quando
ele diz que perdeu todo o tempo da vida dele naqueles trabalhos. Se ele pudesse pararia tudo e mostraria a todos que eles estão trabalhando em vão, que a vida é curta, que a vila industrial pode ser muito mais. Ele queria abrir os olhos dos demais, mas não podia.
Alien: Covenant
3.0 1,2K Assista AgoraPodia ser melhor!
David, o habitante solitário, era uma espécie de robô semelhante ao humano e que seu criador tentou mostrar conceitos próprios do homem para ele. David se rebelou já que não queria servir aos humanos de sua nave e inventou um vírus que servia apenas ao David e que eliminava toda a forma de vida que ali aparecesse.
Pela Janela
3.5 57Excelente filme! Super delicado, com uma sutileza riquíssima!
De início quando vi a Rosale sendo demitida achei que ia ser um filme de propagando socialista mostrando “oh como o capitalismo é ruim”. Mas não! Esse filme mostra o dia-a-dia de uma mulher e um homem honestos e trabalhadores sem extremismos. Apenas a vida comum e a riqueza de seus detalhes.
Gostei da cena, logo no início, quando o patrão dela demite ela. Em nenhuma hora o filme mostra ele falando que ela foi demitida. Essa parte traumática foi “apagada” de sua mente. O diretor também não mostra a cara do patrão, apenas o dela. Nessas horas quem demite não quer aparecer. Não é uma notícia que normalmente as pessoas gostam de dar. Ou pode ser que o diretor quis passar o protagonismo da trabalhadora Rosale, dando a ela nome e identidade, e ocultando o diretor e seus novos sócios fazendo deles a sombra. Normalmente o que vemos nas artes é o povo trabalhador sendo a sombra e os do topo da pirâmide com nome e identidade. Achei perfeito essa mudança neste filme.
Ela ainda volta para lá na esperança de que a empresa a recontrataria pela sua experiência e boa vontade.
Após a demissão, ela vai para a casa dela em que há uma humilde janela que dá vista pra rua. Achei que, a julgar pelo título do filme “pela janela”, todo o filme se passaria com ela depressiva na sua casa sozinha olhando a janela de sua casa. Mas não foi o que aconteceu para minha boa surpresa.
Há trechos do cotidiano como por exemplo dela acendendo o fogo e fazendo comida na cozinha. Nada de surpreendente ocorre como nos filmes americanos em que passa fantasma, a panela explode ou algo para prender a atenção do espectador pelo “diferente” e surpreendente. Apenas mostra o que sempre ocorre no dia a dia e que corresponde a 90% do tempo de qualquer pessoa.
Ela vai com seu amigo (de início achei que era seu marido) José numa viagem de São Paulo para Buenos Aires. Ele não vai pelo sul do Brasil, mas sim por Foz de Iguaçu. Não sei porque ele fez essa volta toda, mas creio que pelo fato da gasolina argentina sem mais barata e ter bem menos pedágio compensa dar toda essa volta do que passar pela BR101.
Essa viagem fez muito bem a ela. De início ela não queria ir. Estava depressiva e se sentido um peso para o José e para ela mesma. Mas em cada parada ela aprendia algo. Num dos hotéis ela vê o quadro das cataratas do Iguaçu e como estavam perto para lá foram.
Ir para a Argentina seria a ida para uma nova vida, para o desconhecido. Mas antes de adentrar, ela para nas Cataratas do Iguaçu, na fronteira para nova vida. Lá ela fica com medo do barulho ensurdecedor e do vapor da água. O barulho da água caindo a fazia lembrar dos barulhos da fábrica onde ela trabalhou por vários anos. Essa lembrança a fazia sentir medo. Medo do que? Do passado, da lembrança da demissão, de saber que após anos trabalhando na mesma fábrica ela foi retirada sem consideração alguma como se fosse mais uma peça na fábrica a ser trocada por um estagiário novo com novos conhecimentos e ganhando menos. Ela pensou em voltar. Não tinha ânimo para continuar. José foi o anjo dela que a puxou pelo braço e insistiu para que ela fosse ver as cataratas. Ela enfrentou seus medos e foi.
Após chegar bem pertinho da queda da água, o vapor de água funcionou como um banho para uma nova vida. A imagem focaliza na cachoeira até ficar toda branca. Branca como uma nova folha de papel. Dali para frente, ela estaria na Argentina (na nova vida).
Quando já atravessaram a fronteira, ela pergunta a José quando irá chegar na Argentina. Ele responde que já estão lá. Ela fala, mas aqui é tudo igual. Ela não vê nada de diferente a não ser que a presença maior de floresta, mas de resto é tudo igual. José, na sua humildade, responde dizendo que “é um igual diferente” dizendo que o espanhol é parecido com algumas pequenas diferenças como exemplo de que OI significa Hoje e não um cumprimento.
Depois eles ficam num hotel simples, porém aconchegante. Aqui ela encontra sua vida nova. Lá ela canta uma excelente canção já bem alegre (gostaria de saber o nome dessa música). Ela conhece uma amiga em que apesar da barreira linguística ensina bastante coisa (aqui fica claro que para amizade não há barreiras). Ela vai para a cidade até a praça contemplar o presente e ver o cotidiano sob um novo ângulo. Ela vê coisas diferentes como por exemplo uma cidade argentina onde as pessoas usam roupão de banho. Ela vai numa festa onde tocam uma excelente música (também queria saber o nome dessa música) e lá, apesar dela reservada, a tratam como tendo identidade.
José tem trabalho árduo, porém com muito mais dignidade do que o serviço fabril que Rosalia tinha. A filha do dono aparentemente o tratava com desprezo, mas José tinha sempre um tempinho para suas artes como o violão com os amigos.
Tem uma cena em que Rosália diz ter medo da volta. O filme não mostra a viagem da volta, mas tão somente deles numa rodoviária esperando o ônibus da volta e ela abrindo a mochila e vendo o quadro das Cataratas. Não há como saber se na volta ela arranjaria emprego, se teria dificuldades ou qualquer outra situação, mas o fato dela olhar para o quadro das cataratas revela que ela guardará não apenas na sua mochila, mas dentro de si toda a memória de viagem de restauração.
Depois desse filme me despertou interesse no idioma espanhol. Antes achava o espanhol um idioma de “língua presa” rs.
Apesar de estar numa viagem dentro de um carro e paradas em hotéis me fez lembrar dos Filmes Livre e Na Natureza Selvagem já que ambos trazem um conhecimento interior por meio de uma viagem.
Paulo, Apóstolo de Cristo
3.8 133Depois de assisti e entender melhor o filme de Paulo, fiquei com muito orgulho de saber que a terra em que nasci e habito recebeu o nome de São Paulo em sua homenagem!
Paulo, Apóstolo de Cristo
3.8 133Com esse filme pude entender melhor o contexto na qual o novo testamente foi escrito.
Não pense que você verá Cristo aqui, mas a forma como Paulo relatou suas mensagens.
Aqui pude ver que as prisões romanas, diferente das atuais, não admitiam visitas. Lucas se arriscava continuamente para escrever as memórias de Paulo. Lucas fazia isso porque toda nova geração não havia visto Cristo e logo percebeu a necessidade de registrar suas memórias.
Também pude entender melhor a perseguição de Nero contra os Cristãos e tamanha barbaridade talvez nunca vista antes e depois da história mundial como por exemplo queimar cristãos vivos para iluminar as ruas de Roma servindo como postes. Os jogos também era crueldade.
Apesar dos perigos ficou claro que Paulo, Tiago e praticamente todo povo podiam fugir de Roma e procurar um lugar seguro, mas Paulo sabia que lá em Roma seria onde a semente do Cristianismo seria plantada e por lá ficou. Ele também se deixou ficar na prisão pois ele assim redimia dos seus pecados na época em que perseguia cristãos.
Cães de Aluguel
4.2 1,9K Assista AgoraUm clássico do cinema e do Tarantino! Um filme que me faz mudar de posição sobre a
infiltração policial no meio da bandidagem como uma forma de prever crimes.
Este filme não é o tradicional Começo, Meio e Fim. Cada vez ele abre um parênteses para mostra a história de cada personagem e como ele foi parar ali naquela situação. É um grande suspense!
Após esse filme vi que a infiltração policial não é a melhor forma de prever crime. No filme fica claro que o policial é forçado a matar uma mulher inocente. Agora entendo porque que no México um novo integrante deve matar um civil para entrar na gangue e também o porque no Brasil bandidos devem matar policial para subir na escala hierárquica do crime organizado. Talvez para evitar que policial a paisana se infiltre no meio deles.
O Jeremias
3.7 47 Assista AgoraFilme tragicomédia!
Filme engraçado, porém, mostra a difícil condição de se aprimorar a inteligência das pessoas que vivem na América Latina. A ignorância impera e aqueles que tem um pouquinho de inteligência são deixados de canto como o Jeremias.
Quem Matou Kennedy?
3.1 20Ótimo filme! Com o passar dos anos muitos arquivos da CIA e FBI foram abertos ao público. Esse filme demonstra a veracidade das teorias da conspiração de que Kennedy sofreu um golpe de Estado. Vejo muitos comentários aqui dizendo que é pura ficção. Será mesmo? A morte de Kennedy e em pouco tempo o atentado ao seu irmão foi mera coincidência? Anos depois o último dos Kennedies caiu de um suposto acidente em seu planador. Após o homicídio de Kennedy foi aprovado lei de armamento. Fatos esse que não deve ser uma série de coincidências.
Diferente do que mostra o filme, acredito que o assassinato dele não tenha sido apenas por motivos econômicos, mas também por causa religiosa já que os EUA não aceitam um presidente católico (que foi o primeiro e único presidente católico dos EUA até hoje).
O Insulto
4.1 168Um dos melhores filmes que já assisti! O que dizer deste filme?
Bom, ele tem um mix de suspense, com história e por aí vai. Com este filme é possível entender melhor sobre o Líbano e os refugiados que ali vivem, além da questão religiosa que passa o país. Achei o filme mais imparcial que já vi. Ele mostra perfeitamente as duas posições de maneira coerente e sem pender a um dos lados.
Uma obra de arte! Ele mostra o Toni, o Cristão, que sempre viveu em paz na sua casa simbolizando os Cristãos que sempre viveram no Líbano. Um pequeno delito, não ter encanamento para escoar a água da sacada que caía na calçada, atinge o novo povo que está “invadindo” (na visão de Toni) ou “se refugiando”(na visão do Yasser, o islã que fugiu da guerra da Síria/Iraque).
Yasser tenta convencer Toni de que sua casa precisa de reparo e ele se prontifica a arrumá-la sem custo algum. Toni reage de maneira egoísta e não aceita tal ajuda, em partes devido ao seu ódio pelos mulçumanos. Todavia, Yasser, foi um pouco arrogante ao consertar a sacada sem autorização do proprietário. (Mais pra frente o filme dá a entender que Yasser era um dos líderes da imigração dos refugiados). Isso provocou, talvez indiretamente, o nascimento prematuro, a internação e a morte de seu filho.
Essa pequena cena simboliza o povo que já está no Líbano e como eles encaram ou poderiam encarar a nova realidade de imigração em massa. Alguns com grande ódio (como o Toni), mas que poderiam usufruir pacificamente deste novo povo para reparar seu país. Outros, como a mulher de Toni, que aceitaria o reparo feito por eles e que não dão a mínima por esse novo povo estar em seu “quintal”. O filho seria o futuro do país em que os pais sentem que com a presença dos imigrantes ele será incapaz de fazer nascer seu filho, o futuro da pátria.
O filme deixa claro que tanto o lado dos mulçumanos como os cristãos tem um ódio em comum, os judeus. Não há nenhum personagem judaico no filme, mas quando o insulto se referia ao Estado Israelense em algum ataque a outra parte insultada não aceitava o desaforo.
O chefe de Yasser, que vê nele um funcionário exemplar, insiste e convence-o a pedir perdão ao Toni, mas este que vive escutando notícias e propagandas de ódio faz uma crítica que atinge o ponto fraco de Yasser e acaba por golpeá-lo na barriga. É aqui onde toda intriga começa. A princípio parecia que os islâmicos tinham dificuldade em pedir perdão (diferente dos Cristão), mas depois, no final do filme, mostra que na verdade ele falou de algo extremamente provocante para sua cultura.
Toni procura advogados para processar Yasser e este por sua vez é defendido pela filha do advogado de Toni. Os advogados, de ambos lados, foram astutos e atiçaram o caso por vezes. Apesar do ódio das partes, tanto Toni quanto Yasser desejavam que a justiça e a Lei fossem cumpridas à risca ainda que eles perdessem a causa, mas os advogados exageram e entraram nas intimidades do outro lado da partes (como por exemplo obter exames médicos da outra parte mostrando que a mulher de Toni já havia abortado outras vezes) e queriam ganhar a qualquer custo ainda que com provas ilícitas. O caso era pessoal e ao mesmo tempo nacional.
O presidente do Líbano reunindo as duas partes para tentar um acordo mostra que a questão religiosa é tão forte que o governo é incapaz de resolver a situação. Cada um trata a questão como de Justiça e não de politicagem. Logo após isso tem uma cena aqui em que alguém fanático aprontou com o carro do Yasser e Toni ajuda-o sem qualquer comunicação entre eles. Inclusive sem provocação já que eles tinham a oportunidade de se agredirem. Aqui fica claro que existe uma boa vontade intrínseca em ambos, mas o ódio captado pelas propagandas talvez não permitam a eles visualizá-la.
A partir da cena do julgamento no Tribunal o filme passa a ter uma concepção ampla de política sobre os conservadores e os liberais. A parte de Toni mostra que os estrangeiros não podem estar acima da lei como no caso de que a polícia não pode prender alguém em campo de refugiado ainda que criminoso. Já a parte de Yasser mostra, dentre outros argumentos, de que Toni discrimina os mulçumanos.
O final é sensacional. O advogado de Toni descobre que ele já foi um refugiado anteriormente e isso de uma certa forma revela que o povo que já estava no Líbano, um dia já foi imigrante, mas esquece ou tenta esconder essa parte do passado.
Outra cena interessante, também no final, é quando Yasser toca campainha e a princípio parecia que ele ia finalmente pedir perdão. Mas não. Ele acende um cigarro e já sabendo que Toni foi um refugiado ele fala de termos que são extremamente provocativos para cultura de Toni e este vem a golpeá-lo na barriga. Yasser não revida e com muita dor vai embora. Essa cena parece que Yasser, em vez de pedir perdão, vem dá o troco na mesma moeda faz toda provocação aparentemente já esperando ser golpeado. Acredito que ele faz isso para que Toni sinta o que ele sentiu lá no começo do filme.
A partir desta cena aparentemente Toni começa a entender o outro lado. Ele até quer desfazer o processo judicial, mas na altura em que se encontrava ele já não podia sair. No final o veredito dá um sermão à ambos, mas é, por voto apertado, favorável à Yasser. Quando eles saem do Tribunal Toni olha para trás e vê Yasser sério e sem comemorar a vitória junto de sua família. Pelo jogo de olhares e por não haver provocação em ambos, aparentemente ambos estavam descontentes com todo processo e situação envolvida e entenderam o outro lado. O fato deles não se cumprimentarem no final mostra que esses povos jamais terão a paz definitiva (cada um vai para o seu lado), mas que é possível uma coexistência pacífica já que ambos sofrem ou sofreram da mesma moléstia.
Te Pego na Saída
2.8 116 Assista AgoraBela comédia! E também uma boa crítica ao sistema educacional!
Até Que a Sorte Nos Separe 2
2.6 491 Assista AgoraO melhor dos filmes do Hassum!
Bordão:
"Vai se ferrari"
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraÓtimo filme sobre a ética!
Neste filme a antiética, sob um altíssimo risco, ganha no final.
Lou era um perfeito psicopata. Sabia jogar e pegar as pessoas nos momentos de fraqueza.
No final, a policial identifica toda a jogada de Lou, mas é impossibilitada de prender ele por falta de prova.
Uma Mulher Fantástica
4.1 422 Assista AgoraAcho o filme pouco realista.
Nove Rainhas
4.2 463 Assista AgoraO golpista sofrendo
um golpe.
Esse filme retrata bem a vida na América Latina. Um querendo tomar vantagem sobre o outro. O final é sobrerrealista, mas pelo fato do cinema ser uma arte, vale tudo!
Exorcistas do Vaticano
2.0 413 Assista AgoraO nome em inglês fica bem melhor para esse filme: "fitas do Vaticano".
Mostra bem o que seria o anticristo.
Snowden: Herói ou Traidor
3.8 411 Assista AgoraEsse filme mostra claramente que Snowden
não foi anti-americano ou anti-patriota. Pelo contrário ele lutou pela liberdade do conhecimento.
Cake - Uma Razão Para Viver
3.4 698 Assista AgoraFilme bem confuso, mas acho que
Isso é para demonstrar a confusão que se passava na mente da personagem principal.
Obrigado por Fumar
3.9 797 Assista AgoraExcelente filme! Aqui você não encontrará informações sobre...
os benefícios e malefícios do cigarro, mas verá como funciona o marketing, o lobby de indústria, técnicas de oratória, formas de vender, suborno dos cinemas de Hollywood bem como das pesquisas científicas etc. Também um pouco de teoria da conspiração como por exemplo o grupo que pretende diminuir a população global.
Como o Nick Naylor disse ao seu filho, se você não é um moralista você defende essa indústria. Ele diz ao seu filho: “Se você é advogado e sabe que seu cliente é o verdadeiro assassino você não o defenderia?”. O filho responde: “Por que eu o defenderia?”. O pai responde: “Se ele tem assegurado o direito a defesa então é o que eu vou fazer”.
Nick não é só um grande orador, mas também um economista. Ele sabia a hora certa de sair da indústria do tabaco e migrar para a de celular. Ele percebeu que já não havia mais o que “discursar” para defender essa mal do cigarro.
Eu particularmente não achei o Nick um bom orador já que nos debates muitas vezes ele mudava de assunto. Por exemplo se falassem do cigarro ele falava do queijo que gera colesterol. Não achei nada convincente. Mas entendi o sentido do filme de que o discurso pode sim influenciar a massa e opinião pública.
Sobrenatural: A Última Chave
2.9 475 Assista AgoraExcelente filme! Um novo clássico do terror e suspense. Posso dizer que
Apesar de classificado como terror o filme tem um pouco de tudo: suspense, drama e uma “pitada” de comédia sarcástica.
Desconsiderando os sustos que todo filme de terror tem, esse filme tem uma história riquíssima que pode ser alvo de estudo de teologia, psicologia e paranormalidade. E cheia de mistérios a ser desvendados. O final é parcialmente revelador.
Posso dizer com certeza que neste filme aprendi o que é o demônio e as obras do mau. A doutora Elise Rainier diz que ele se alimenta do medo e da dor. Na cena da cadeia em que ela vê o pai dela e fica com raiva dele e começa a bater nele mostra que o ódio também é um alimento para ele. Na prisão quando o pai dela se arrepende e pede perdão, ela descobre que ele foi, na verdade, uma marionete do demônio. Apesar do pedido de perdão isso não foi suficiente para que a alma dele não se desintegrasse (entendo que apesar do pai dela ter sido um objeto de manobra, ele foi responsável por permitir sua possessão). Todos atos malignos são indiretamente obra do demo.
Logo que descobrem que o proprietário da casa assassinava pessoas lá dentro, a doutora diz algo assim: “também existem demônios vivos e é destes que eu tenho medo”. No final essa frase é desmentida já que ela descobre que todos atos ruins foram obra do “encardido” que usavam as pessoas. (Nessa parte me lembrou do filme Quarto de Guerra em que ensina que a verdadeira batalha é espiritual).
Só não entendi se a doutora quando criança libertou o demônio ao abrir a porta ou se ele já estava presente na casa já que o pai dela, antes dessa abertura, já apresentava sinais de agressão para com a menina e era alcoólatra.
Um detalhe importante é que só as mulheres adentravam o outro mundo. Os homens por mais que utilizassem da tecnologia moderna eram incapazes de se aprofundar no assunto e em todas vezes eram os mais medrosos (por exemplo a cena do irmão da doutora que tinha medo das conversas com os espíritos; o pai dela que não acreditava; e os assistentes da doutora que por mais tivessem interesse no assunto quando havia de confrontar algo desafiador passavam a tarefa para a doutora). A mulher representa o ser emocional e isso mostra que só quem tem uma grande sensibilidade terá contato com o outro mundo. A doutora foi sempre persistente na verdade mesmo quando o pai dela obrigava a mentir para não apanhar.
A mãe da doutora é uma figura única. Ela sempre apoiou a filha até a morte, inclusive dando sua vida por ela. O apito que simboliza o pedido de socorro foi dado por ela para proteger seus filhos. No começo do filme ela é incapaz de ajudar sua filha já que a força que ela deveria combater era espiritual e naquele momento ela era apenas um ser carnal. No final do filme, a cena da filha com o apito se repete, mas dessa vez, a mãe dela, já em forma de espírito, consegue combater o mal. Como a própria doutora diz: “Eu não tenho palavras a dizer!” já que ela estava extremamente agradecida e emocionada. A mãe dela seria uma espécie de mãe espiritual que defende seu filho custe o que custar.
Muito chocante a cena em que a doutora descobre que a enfermeira estava viva e que se ela soubesse disso, poderia ter salvado ela. Essa frustração é diminuída ao saber que outras infelizmente tiveram o mesmo destino. A doutora teve muita sorte de não ter sido vítima, mesmo sendo a filha do assassino. Acredito que o telefonema para ela voltar a casa depois de vários anos foi um convite para que o demo conseguisse captá-la de vez.