Blunt é ótima, mas que filme chato da porra. ô coisa chata. só pra louvar os tempos de ouro de hollywood. gente, parem com isso, ninguém mais gosta desse cinema dos anos 50/60
Spielberg é um artista fantástico, e digo artista, porque só realmente um artista consegue captar e transcrever os contextos espaciais e geográficos de seu período. The Post fala sobre os escândalos do governo norte-americano, mas para muito além disso, fala de assuntos de extrema importância para os dias de hoje: o perigo do autoritarismo contra os direitos e constituição, o que se reflete na liberdade de imprensa, e da posição da mulher na sociedade, principalmente no jogo do capitalismo. Em tempos de juízes condenando sem provas factuais, vemos um filme que mostra que isso já ocorria nos Estados Unidos algumas décadas atrás, mas lá... pelo menos o slogam do filme de Spielberg carrega isso, a imprensa é livre e imparcial e serve aos governados e não governantes, muito diferentemente daqui. Meryl Streep é maravilhosa, há muitos ela não tinha um uma personagem e roteiro tão poderosos em mãos. Ao contrário do seu Oscar completamente falho com A dama de ferro, em um roteiro péssimo que só serve pra enaltecer a monarquia britânica, aqui ela tem chances de trabalhar as ambiguidades e conflitos de sua personagem. Uma atuação maravilhosa que realmente merece e precisa estar no Oscar. Sua personagem, e sua atuação, fazendo frente aos discursos dos homens brancos e poderosos é o discurso ideal para os tempos atuais, o qual Spielberg foi magistral em perceber. Spielberg por si tem uma direção quadradinha, que não vai além de tudo aquilo que ele já fez por Hollywood. O grade mérito é a percepção do tema e que, por si só, assim como nas escolhas, demostra que é um filme sobre a força de uma mulher, mas filmado por um homem, mas assumindo essa posição. Hanks está bem, é o rosto típico dos americanos, do que os americanos querem e precisam acreditar e a cara dos filmes do diretor. Só o que me incomoda é a trilha, querendo dar tons de aventura e vitória, quando a pegada é outra. Enfim, não é o melhor filme do diretor, que sempre me incomoda em suas biografias louvando a democracia ianque. Mas lançá-lo agora, com seus contextos tão específicos, é de uma reflexão estupenda. Merece todo o reconhecimento e as indicações. Inclusive o diretor poderia estar na vaga do Nolan, que não faz mais de um filminho pra agradar a virilidade dos machos. Spielberg reconhece seu privilégio, querendo obviamente surfar na onda dos debates atuais, mas também os proporcionando!
De todos os filmes que assisti da temporada, Wonderstrcuck é o que tenho um carinho mais especial. Arte, fotografia, tudo muito coerente, muito bem cuidadas. Um elenco estrelas. Williams, mais uma vez em 5 minutos de filme, deixa sua presença o filme todo, assim como na sua última indicação em Manchester by the sea. Moore, que alguém me explica a falta de reconhecida nas premiações, além da novata Millicent Simmonds, uma das melhores descobertas do ano. O filme é singelo e muito delicado. E a trilha é até agora, pra mim, a mais bonita da temporada!
Singelo, delicado e bem respeitoso com sua crença. Fotografia linda, elenco maravilhoso. Sally está incrível. Mas a trilha achei uó, cria uma atmosfera Amélie tosca Poulain bem desnecessária.
o filme possui um roteiro super rico em detalhes, que ajudam a construir a narrativa de maneira concisa e extremamente corriqueira e cotidiana, característica das obras de Lonergan. Affleck é maravilhoso ao criar uma humanidade absurda para Lee, Hedges tb é ótimo, e Williams constrói uma complexidade sem tamanho com seu pouco tempo em tela. e até agora, a cena do encontre entre Lee e Randi, não sai da minha mente. Randi é uma personagem fabulosa.
mi mi mi land bom e bonitinho, deixa aquela sensaçãozinha gostosa e agridoce, mas não passa disso, né, gnt? dá dois dias e já cabô. trilha boa mesmo era de Arrival.
acho as escolhas do roteiro um tanto preguiçosas, mas a direção de Barry Jenkins consegue tirar levar o filme do médio para uma obra importante. com uma fotografia muito bonita, uma trilha linda e um elenco afiado, só não gosto do único reconhecimento ser para Mahershala Ali, ótimo, mas a única figura mais padronizada ali, sendo que os dois meninos poderiam muito bem figurar nas premiações. com uma direção segura e corajosa de Jenkins, o filme, que poderia ser uma versão de Precious, se transforma em uma obra delicada.
apesar de expor muito a linguagem teatral através do script, marcas e algumas atuações... que acho Denzel um tanto quanto engessado nos diálogos, o texto é maravilhoso. Já Viola Davis tem uma atuação sublime, com certeza a força de Fences. Pra mim, sem ter visto as concorrentes, merecia era vencer o oscar na categoria principal!
Negga é uma força sem tamanho que, em seu minimalismo, expressa todas as barreiras transpostas por Mildred. Apoiando-a, Edgerton me recorreu ao Ennis del Mar de Heath Ledger em Brokeback Mountain, em uma atuação contida, mas tão forte quanto da parceira. O roteiro é certinho, assim como a direção, que deixa o espaço livre para os atores e foge do dramalhão. Meu único ponto é o uso excessivo da trilha, essa sim melosa e que poderia ser deixada de lado.
um elenco maravilhoso que merecia aparecer em todas as premiações. com destaque para Shia LaBeouf que está impressionante, e a estreante Sasha Lane, em uma atuação super delicada. Arnold garante, através de sua direção, uma força sem tamanho para a personagem, e consegue transcrever o efeito do american dream em uma geração sem ideologias e afetada pela crise do capitalismo. a trilha é deliciosa e o filme é um dos mais poderosos, também melancólico, do ano.
Reichardt mais uma vez cria uma obra imersa em sutileza e que com seu minimalismo habitual evita tirar um discurso panfletário de seu argumento tão potente, político e contemporâneo. cada conto em si é poderoso em sua sensibilidade, assim como as atuações que são pontualmente delicadas em seu universo. Gladstone é uma força, e merece ser reconhecida nas premiações, assim como a direção de Reichardt.
Wilder é um diretor incrível, desde suas comédia a seus filmes noirs. consegue extrair todo charme e elegância das situações e seus personagens. único porém é que, sem a contextualização, o filme, como tantos outros da época, tornam-se bem machistas... mas aí a gente fala que é a época e tá tudo bem, né?
embora datado historicamente, o filme e seu argumento parecem atemporal. esta família, a migração e todo o sofrimento, em menor ou maior escala, infelizmente não vivem uma situação que findou em 1940.
Haynes não poderia ser escolha melhor para adaptar esta obra. Com sua delicadeza tão característica, apresenta-nos não a história de um personagem, uma situação ou a simples abordagem de um contexto social, temporal ou geográfico, mas sim a imensidão de um sentimento. a parte técnica é um primor ao transformar a arte, o figurino, a trilha e a fotografia em uma composição extremamente elegante e discreta, complementando a tonalidade do argumento. e se Blanchett é maravilhosa, como de habitual, Mara é a força de Carol, elevando o filme a outro patamar através de uma atuação sutil e minimalista. e desta forma Carol, que cede seu nome ao título, manifesta-se não como protagonista, mas através do charme e magnetismo que seduz Therese,
a garota dinamarquesa do título pode ser Lili, mas o filme é sobre como Greda a enxerga, e convenhamos, aí não é nem um problema de roteiro, mas sim de marketing. com uma direção menos grosseira que no trabalho anterior, mas muito longe de ser delicada ou sutil, como o tema merecia ser tratado, Hooper produz uma obra de extrema superficialidade, incapaz de imergir ao âmago da alma tão complexa de Lili. e aí, consequentemente a mão pesada do diretor reflete o segundo grande erro:: Redmayne. Limitado, apoiando-se simplesmente na técnica e incapaz de manifestar a complexidade de Lili, o que o ator cria e nos apresenta fisicamente é apenas um retrato raso, estereotipado, preconceituoso e vulgar de como alguém de fora enxerga a transexualidade. Posto isto, a atuação mal concebida de Redmayne, junto à direção incoerente de Hooper e o roteiro completamente confuso proporcionam um filme irregular, onde não conheceremos Lili, mas sim sua relação com Greda. E é aí que existe o mérito do filme, a sensibilidade de Vikander em uma obra tão mal executada. para os que dialogam com o tema, o filme vai soar de uma extrema falta de respeito e delicadeza, mas para o público em geral, sem grandes referências e leigos em relação ao assunto, servirá de ponte frente à ignorância para um início de conversa. e é aí que a rispidez de Hooper e o apelo melodramático encontra eco: o filme não dialoga com a vivência trans, mas com aquelas pessoas que, assim como o diretor e ator, não estão familiarizados à experiência.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista Agoraalivia pro bróder Polanski, né?
passa um pano, deixando Pitt e DiCaprio salvarem no final do filme a moral do diretor pedófilo e estuprador.
O Retorno de Mary Poppins
3.5 343 Assista AgoraBlunt é ótima, mas que filme chato da porra. ô coisa chata. só pra louvar os tempos de ouro de hollywood.
gente, parem com isso, ninguém mais gosta desse cinema dos anos 50/60
The Post: A Guerra Secreta
3.5 607 Assista AgoraSpielberg é um artista fantástico, e digo artista, porque só realmente um artista consegue captar e transcrever os contextos espaciais e geográficos de seu período.
The Post fala sobre os escândalos do governo norte-americano, mas para muito além disso, fala de assuntos de extrema importância para os dias de hoje: o perigo do autoritarismo contra os direitos e constituição, o que se reflete na liberdade de imprensa, e da posição da mulher na sociedade, principalmente no jogo do capitalismo.
Em tempos de juízes condenando sem provas factuais, vemos um filme que mostra que isso já ocorria nos Estados Unidos algumas décadas atrás, mas lá... pelo menos o slogam do filme de Spielberg carrega isso, a imprensa é livre e imparcial e serve aos governados e não governantes, muito diferentemente daqui.
Meryl Streep é maravilhosa, há muitos ela não tinha um uma personagem e roteiro tão poderosos em mãos. Ao contrário do seu Oscar completamente falho com A dama de ferro, em um roteiro péssimo que só serve pra enaltecer a monarquia britânica, aqui ela tem chances de trabalhar as ambiguidades e conflitos de sua personagem. Uma atuação maravilhosa que realmente merece e precisa estar no Oscar. Sua personagem, e sua atuação, fazendo frente aos discursos dos homens brancos e poderosos é o discurso ideal para os tempos atuais, o qual Spielberg foi magistral em perceber.
Spielberg por si tem uma direção quadradinha, que não vai além de tudo aquilo que ele já fez por Hollywood. O grade mérito é a percepção do tema e que, por si só, assim como nas escolhas, demostra que é um filme sobre a força de uma mulher, mas filmado por um homem, mas assumindo essa posição.
Hanks está bem, é o rosto típico dos americanos, do que os americanos querem e precisam acreditar e a cara dos filmes do diretor.
Só o que me incomoda é a trilha, querendo dar tons de aventura e vitória, quando a pegada é outra.
Enfim, não é o melhor filme do diretor, que sempre me incomoda em suas biografias louvando a democracia ianque. Mas lançá-lo agora, com seus contextos tão específicos, é de uma reflexão estupenda. Merece todo o reconhecimento e as indicações.
Inclusive o diretor poderia estar na vaga do Nolan, que não faz mais de um filminho pra agradar a virilidade dos machos.
Spielberg reconhece seu privilégio, querendo obviamente surfar na onda dos debates atuais, mas também os proporcionando!
Sem Fôlego
3.0 76 Assista AgoraDe todos os filmes que assisti da temporada, Wonderstrcuck é o que tenho um carinho mais especial. Arte, fotografia, tudo muito coerente, muito bem cuidadas. Um elenco estrelas. Williams, mais uma vez em 5 minutos de filme, deixa sua presença o filme todo, assim como na sua última indicação em Manchester by the sea. Moore, que alguém me explica a falta de reconhecida nas premiações, além da novata Millicent Simmonds, uma das melhores descobertas do ano.
O filme é singelo e muito delicado. E a trilha é até agora, pra mim, a mais bonita da temporada!
A Forma da Água
3.9 2,7KSingelo, delicado e bem respeitoso com sua crença. Fotografia linda, elenco maravilhoso. Sally está incrível. Mas a trilha achei uó, cria uma atmosfera Amélie tosca Poulain bem desnecessária.
Entre Risos e Lágrimas
3.5 94sem moralismo e bem leve. <3
que atuação bonita da Slate
Boi Neon
3.6 462os conflitos do filme não estão na narrativa, mas sim dentro da gente.
puta desconstrução da porra. <3
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista Agorao filme possui um roteiro super rico em detalhes, que ajudam a construir a narrativa de maneira concisa e extremamente corriqueira e cotidiana, característica das obras de Lonergan.
Affleck é maravilhoso ao criar uma humanidade absurda para Lee, Hedges tb é ótimo, e Williams constrói uma complexidade sem tamanho com seu pouco tempo em tela.
e até agora, a cena do encontre entre Lee e Randi, não sai da minha mente.
Randi é uma personagem fabulosa.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista Agorami mi mi land
bom e bonitinho, deixa aquela sensaçãozinha gostosa e agridoce, mas não passa disso, né, gnt?
dá dois dias e já cabô.
trilha boa mesmo era de Arrival.
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho
4.2 1,5K Assista Agorainjeção de medo e caos social na população = golpe.
essa história a gente conhece.
#foratemer
A Chegada
4.2 3,4K Assista Agorahttps://www.youtube.com/watch?v=m5r_VW3gyHQ&t=3466s
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista Agoraacho as escolhas do roteiro um tanto preguiçosas, mas a direção de Barry Jenkins consegue tirar levar o filme do médio para uma obra importante.
com uma fotografia muito bonita, uma trilha linda e um elenco afiado, só não gosto do único reconhecimento ser para Mahershala Ali, ótimo, mas a única figura mais padronizada ali, sendo que os dois meninos poderiam muito bem figurar nas premiações.
com uma direção segura e corajosa de Jenkins, o filme, que poderia ser uma versão de Precious, se transforma em uma obra delicada.
Deadpool
4.0 3,0K Assista Agoraé divertido pra caramba sim. e tem a autozoera que é sucesso smp.
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista Agoraapesar de expor muito a linguagem teatral através do script, marcas e algumas atuações... que acho Denzel um tanto quanto engessado nos diálogos, o texto é maravilhoso.
Já Viola Davis tem uma atuação sublime, com certeza a força de Fences. Pra mim, sem ter visto as concorrentes, merecia era vencer o oscar na categoria principal!
Loving: Uma História de Amor
3.7 292 Assista AgoraNegga é uma força sem tamanho que, em seu minimalismo, expressa todas as barreiras transpostas por Mildred.
Apoiando-a, Edgerton me recorreu ao Ennis del Mar de Heath Ledger em Brokeback Mountain, em uma atuação contida, mas tão forte quanto da parceira.
O roteiro é certinho, assim como a direção, que deixa o espaço livre para os atores e foge do dramalhão.
Meu único ponto é o uso excessivo da trilha, essa sim melosa e que poderia ser deixada de lado.
Docinho da América
3.5 215 Assista Agoraum elenco maravilhoso que merecia aparecer em todas as premiações. com destaque para Shia LaBeouf que está impressionante, e a estreante Sasha Lane, em uma atuação super delicada.
Arnold garante, através de sua direção, uma força sem tamanho para a personagem, e consegue transcrever o efeito do american dream em uma geração sem ideologias e afetada pela crise do capitalismo.
a trilha é deliciosa e o filme é um dos mais poderosos, também melancólico, do ano.
Certas Mulheres
3.1 76 Assista AgoraReichardt mais uma vez cria uma obra imersa em sutileza e que com seu minimalismo habitual evita tirar um discurso panfletário de seu argumento tão potente, político e contemporâneo.
cada conto em si é poderoso em sua sensibilidade, assim como as atuações que são pontualmente delicadas em seu universo.
Gladstone é uma força, e merece ser reconhecida nas premiações, assim como a direção de Reichardt.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista Agorao terror aqui vai além do físico, é moral, psicológico e social, e é chamado de machismo.
A Colina Escarlate
3.3 1,3K Assista Agoraisso que dá a monogamia.
gótico suave ao extremo. <3
Se Meu Apartamento Falasse
4.3 422 Assista AgoraWilder é um diretor incrível, desde suas comédia a seus filmes noirs.
consegue extrair todo charme e elegância das situações e seus personagens. único porém é que, sem a contextualização, o filme, como tantos outros da época, tornam-se bem machistas... mas aí a gente fala que é a época e tá tudo bem, né?
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista Agora500 dias de mimimi
Vinhas da Ira
4.4 206embora datado historicamente, o filme e seu argumento parecem atemporal.
esta família, a migração e todo o sofrimento, em menor ou maior escala, infelizmente não vivem uma situação que findou em 1940.
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraHaynes não poderia ser escolha melhor para adaptar esta obra. Com sua delicadeza tão característica, apresenta-nos não a história de um personagem, uma situação ou a simples abordagem de um contexto social, temporal ou geográfico, mas sim a imensidão de um sentimento.
a parte técnica é um primor ao transformar a arte, o figurino, a trilha e a fotografia em uma composição extremamente elegante e discreta, complementando a tonalidade do argumento.
e se Blanchett é maravilhosa, como de habitual, Mara é a força de Carol, elevando o filme a outro patamar através de uma atuação sutil e minimalista.
e desta forma Carol, que cede seu nome ao título, manifesta-se não como protagonista, mas através do charme e magnetismo que seduz Therese,
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista Agoraa garota dinamarquesa do título pode ser Lili, mas o filme é sobre como Greda a enxerga, e convenhamos, aí não é nem um problema de roteiro, mas sim de marketing.
com uma direção menos grosseira que no trabalho anterior, mas muito longe de ser delicada ou sutil, como o tema merecia ser tratado, Hooper produz uma obra de extrema superficialidade, incapaz de imergir ao âmago da alma tão complexa de Lili.
e aí, consequentemente a mão pesada do diretor reflete o segundo grande erro:: Redmayne. Limitado, apoiando-se simplesmente na técnica e incapaz de manifestar a complexidade de Lili, o que o ator cria e nos apresenta fisicamente é apenas um retrato raso, estereotipado, preconceituoso e vulgar de como alguém de fora enxerga a transexualidade.
Posto isto, a atuação mal concebida de Redmayne, junto à direção incoerente de Hooper e o roteiro completamente confuso proporcionam um filme irregular, onde não conheceremos Lili, mas sim sua relação com Greda.
E é aí que existe o mérito do filme, a sensibilidade de Vikander em uma obra tão mal executada.
para os que dialogam com o tema, o filme vai soar de uma extrema falta de respeito e delicadeza, mas para o público em geral, sem grandes referências e leigos em relação ao assunto, servirá de ponte frente à ignorância para um início de conversa.
e é aí que a rispidez de Hooper e o apelo melodramático encontra eco: o filme não dialoga com a vivência trans, mas com aquelas pessoas que, assim como o diretor e ator, não estão familiarizados à experiência.