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Últimas opiniões enviadas

  • Renan Romero

    Posso dizer que Ari Aster está sendo um dos diretores que mais tenho prazer de acompanhar nos últimos anos. Seu gosto pelo incômodo é algo que eu aprecio muito no cinema, e a forma com que ele consegue transmitir essa sensação de agonia e terror psicológico em cenas específicas é digna de estudo pelo excelente uso da linguagem cinematográfica. Tomando como exemplo os planos aéreos giratórios em conjunto da trilha sonora que utiliza no começo do filme com a chegada do grupo de amigos à cidade sueca, temos a sensação de um leve presságio do horror que os aguarda. Essa vertiginosa movimentação de câmera é usada também em outros momentos, como quando a protagonista, Dani, começa a ter uma crise de pânico ao tentar ser consolada por um de seus amigos, Pelle, a respeito da morte de seus pais, e vai ao banheiro chorar - neste instante há um corte que mantém Dani no banheiro, chorando, mas situando-a em outro local, evidenciando uma fluída e criativa transição de lugar e tempo. Essas pequenas escolhas são importantes notar pois ajuda a entender o por que quase não sentimos os 147 minutos de duração.

    "Midsommar" é um filme que exibe o talento de Aster tanto tecnicamente quanto em criatividade narrativa. Ele ousa em caminhos pouco explorados como a do terror em plena luz do dia enquanto nos imerge em uma insana e desconhecida jornada ritualística. Desprovidos de entendimento do que esteja de fato acontecendo e o significado de tudo aquilo, pode-se, ao menos, constatar que o roteiro passa uma reflexão sobre como família, relacionamento e luto são enxergados de acordo com diferentes culturas e sociedades e de que muita coisa na vida é uma questão de perspectiva. Ainda assim, há uma sensação de lacuna em seu término. Talvez seja preenchida quando a versão oficial do diretor for lançada.

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  • Renan Romero

    O cinema do diretor filipino emula uma sociedade, atribui diversos conflitos reais ao longo das quase seis horas de projeção e o que você testemunha é um relato hipnotizante que, futuramente, pode servir como marco histórico de uma época. Não há desperdício, tampouco divagações ou contemplações vazias: cada personagem é inserido de forma única e natural enquanto Lav Diaz conta, pedaço a pedaço, os eventos que ocorreram naquele lugar cheio de cultura e problemas políticos.

    O uso do preto branco rende composições brilhantes, principalmente as que acontecem em locais fechados, quase sempre mantendo a câmera imóvel, produzindo uma sensação de voyeurismo muito forte. Talvez, por isto, a imersão seja tão grande.

    Seu estilo é completamente autoral e seu nome carrega um peso importantíssimo referente ao cinema lento (slow cinema).

    Não é à toa.

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  • Renan Romero

    Os primeiros frames de “Benzinho” estabelecem com êxito a aura cômica que esconde os problemas daquela família. Aos poucos vamos conhecendo Irene (Karine Teles) e não demora muito para que a identificação, de quem veio de família pobre ou já passou algum perrengue na vida, aconteça. Em uma situação financeira complicada, a mãe tenta encontrar glória em seu trabalho, algo que agarra com muito orgulho ao mesmo tempo que se recusa vender uma casa que lhe pertence, assunto que seu marido (um excepcional Otávio Müller) sempre traz à tona, com o intuito de ir contra sua vontade para investir em um negócio próprio, já que sua loja de xerox não tem um mais retorno lucrativo. Apontando apenas alguns dos problemas enfrentados por Irene, eis que surge uma surpresa que vem pra somar a todas preocupações que já possuía: seu filho, Fernando (Konstantinos Sarris), foi convidado a jogar handball na Alemanha.

    A doçura e amor misturados em sua preocupação pelo filho que irá para longe é perfeitamente representado por Karine Teles, isso porque, além da ótima performance da atriz, o diretor, Gustavo Pizzi, aposta na identidade brasileira, fazendo com que as chances de um brasileiro se conectar com tudo isso que ocorre sejam de 99%. Aliás, outro ponto que vale mencionar é a direção de Pizzi: sua câmera se esconde atrás dos atores, deixando-os responsáveis por toda a mágica, nunca puxando a atenção para si. Considero uma escolha excelente para este tipo de trabalho, mostra que tem domínio sobre a visão que quer passar sem se perder em exageros.

    É um filme leve e pesado, bonito e triste, doce e amargo. Merece a atenção de todos que desejam ter uma hora e meia de ótimas sensações e, claro, um chorinho se você for igual eu.

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

  • Igor Luna
    Igor Luna

    Haha valeu, você tem vários filmes do Paul Thomas Anderson favoritados! Eu acho Magnólia a obra-prima do cinema americano. Tô muito ansioso pra ver o novo dele com o Daniel Day-Lewis,

  • Carla Marques Cordeiro
    Carla Marques Cordeiro

    Obrigada, na realidade eu adoro todo o mundo cinematográfico, sendo bom o filme, é o que importa. Eu tb fui espiar a sua lista quando mandei convite, amei, vários filmes antigos maravilhosos que ainda nem vi e nem sabia.

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