"Solaris, o filme de Tarkovski (q nem tem aqui...) inverte a lógica: é mais literário do que o livro de Stan Lem – exceto na passagem dos sonhos – ousou. E é uma adaptação fiel. Respeita o romance, ainda que realce as questões do ser, da culpa, do desejo, do amor, da vida, ignorando a questão tecnológica Lem é um cientista escrevendo, sem pretensões literárias, a tentar se fazer inteligível. Penso em Stephen Hawking. Embora tenha escrito com alguma preocupação literária, o que em parte foi responsável pela sua popularização, essa preocupação soa artificial e mesmo para leigos convence mais quando fala sobre mecânica quântica, buracos negros e relatividade geral. Igualmente Lem: “Os cientistas, tendo reconhecido que era impossível manter vivo - ou mesmo em estado vegetativo, em "hibernação" - qualquer fragmento, grande ou pequeno, colhido no oceano e dissociado do organismo monstruoso, adquiriram a convicção (desenvolvida pela escola de Meunier e Proroch) que a chave do mistério dependia exclusivamente da maneira de abordá-lo” soa mais verdadeiro do que “Eu sentia muito em que havia um mal-estar entre nós e que minha apatia, esse estado de suspensão fora do pensamento, não podia durar de forma indefinida. Cabia-me tomar a iniciativa, dependia de mim uma mudança nas nossas relações. Mas eu repelia a idéia de qualquer mudança e estava incapaz de tomar uma decisão. Sentia que todas as coisas no interior da estação e, em particular, minhas relações com Rheya, tinham a fragilidade de um andaime instável”. Para o segundo trecho, Tarkovski constrói alguns minutos do silêncio mais eloqüente por meio de imagens sublimes. Em suma, as palavras de alguma forma “atrapalham” o romance, portanto o filme sempre que pôde delas se livrou. Mas o argumento do livro é tão interessante que segura qualquer deficiência. Talvez uma obra nesse caso complete a outra.
Herzog. Klaus. Ganz. ISABELLE. Não faria mal nenhum Stephenie Meyer e cia. terem dado uma olhadinha antes de destruir um tempo que já era pra lá de medíocre.
Pela primeira vez na vida chorei de rolarem as lágrimas – não, nem foi durante o filme, já na abertura. O evangelho segundo São Mateus naquele contexto... E depois, bem é Tarkovisk...
Sigo a amiga abaixo. Mas às vezes ação e uma mentirinha em filme caem bem... =) PS. I promise I will never even THINK about going up in a tall building again. Oh, God. Please don't let me die.
Representar uma verdade subjetiva por meio de uma outra, concreta, como uma cidade, precisa compreender a sensibilidade de quase todos os envolvidos. Falar de drogas, de discriminação, de diferença social, de riqueza e pobreza, de tédio, de fama e amor, mantendo como único ponto de referência os lugares de Paris foi uma grande idéia e um projeto bem executado, bonito mesmo. Ver nesse projeto nomes hoje para lá de consagrados como Natalie Portman junto a absolutos desconhecidos e outros apenas localmente reconhecidos, é ainda mais legal. Um filme diferente e agradável de se ver, que traz coisas a serem refletidas.
PS. In pretending to be a man in love, he became a man in love.
Sei a resposta da pergunta repetida aí msgs abaixo: é a voz do ser Como Destruir um Filme maravilhoso em Segundos. Ou simplesmente a voz do ego da diretora. Seja como for, permanece um belo filme com bela trilha - que aliás tem uma canção dos Johnsons and Johnsons que segue esse caminho e destrói sua música Hope Theres Someone com um barulho final sem sentido.
Enfim um título traduzido à perfeição num filme quase perfeito. Datado, é verdade, em algumas partes, como falando da Rússia, mas é assim mesmo quando a realidade não está suficientemente distante para ser histórica nem suficientemente perto para ser atual. No mais, um show de cenas se encontram para dar corpo a um clássico acabado. Muito bom.
Se tem a morte do antigo sócio pouco lamentada, o que depõe contra a mudança do personagem ambicioso, tem a cena dos impostos, de chorar de rir, falando de alguma coisa que na realidade é de rir para não chorar
Se qualquer adaptação para o cinema é complicada, aqui é complicação ao quadrado, uma vez que Marguerite Duras não gosta das adaptações de seus livros (pó, mas porque permite e vende os direitos?) e depois ela própria (excelente roteirista, não há dúvida – vide Hiroshima) irá reescrever tudo, se dá a esse luxo – O amante da China do Norte não é um O amante 2 e se perdeu nesse limbo. Ainda assim, tudo posto, é um belo filme. A altura do livro? Seria impossível, é um livro perfeito, denso, cuja linguagem não é transportável para essa outra, o cinema.
Delícia de juventude, delícia 2. 3 e 4 comprometidos, resta não perder de vista o original, com direito a Oscar para Pat Morita. Ralph, promissor, ensaiou com Elisabeth Shue, estaria ótimo, mas não deu conta, passou para a japonesinha, bom demais ainda para o caminhãozinho dele, também não deu. E a partir daí, já não existe um Ralph Maccio, só a sua sombra. Cinema também serve pra isso - eternizar.
Por meio das fugas que buscamos não é impossível, ao lado da aventura, encontrar um sentido oposto e uma razão de viver que anulará a escapada. Mas, se sem a fuga não aconteceria, o mistério da vida à poeira da estrada se mistura e há que ter a humildade de apenas aceitar, ou mais um pouco que isso, pôr em prática a lição que a vida deu. Foi assim com Che, seria bom que fosse com todos, independente do que ele tenha ou não conseguido.
Melhor seria não dizer nada. É um clássico. O tempo é o melhor crítico. Então, o que você e eu acharmos será irrelevante. Mas rever talvez tenha um resultado interessante.
Save the last dance. (Balanço do amor é de doer - normal). Que triste destino ver um filme de amor água com açúcar para depois criticá-lo, ou um filme de dança quem não gosta de dança. Que o filtro da despretensão nos ajude sempre a ver apenas o que um filme pode dar a nossos olhos.
Uma menina que quer saber acerca do amor em sua ilha, a começar por sua mãe e, por meio de um boto e um bilhete numa garrafa tem suas resposta (singela e bonita cena)
http://www.youtube.com/watch?v=ycrfy2KQrkU
- muito simples, beirando o banal e fazendo temer por um Charlie Chan- Charlie Chan
Gorgeous entretanto o que faz de melhor é escapar dos clichês ou legitimá-los.
Sim, há luta e o humor típico desse gênero, mas há uma comédia romântica em que o protagonista é ensinado pela mocinha e com humildade aprende até de seu maior adversário – talvez o Grande Desafio do título não seja a luta com o dito “inimigo”, mas consigo próprio. Destaca-se na filmografia chinesa de Chan e em todo o painel de filmes de karatê – ou seja lá o que lutem em belíssimas coreografias.
A partir de um livro literariamente medíocre, Memórias de uma gueixa alça seu vôos, provando que adaptações de livros bons é que em geral não dão certo. Imagino que seja pq um livro ruim tenha sempre alguma coisa que se salva, a história crua, que em geral é o que a adaptação precisa. Junte-se os melhores atores asiáticos – atrizes sobretudo – e dá um longa bem agradável e que alegra mesmo a quem se dispor a assistir.
Vi muito no filme. Vi Hilary, simples e precisa, e Clint, sabendo agora se conter, e vi a questão do direito de morrer, aliás bem próximo de Mar adentro, inalienável.
Não é simples encenar algo que já foi feito por Juliete binoche e Ralph Fiennes (mas paradoxalmente estão frios no filme), e o casal aqui se sai muito bem e a adaptação é talvez até mais intensa e portanto próxima do clássico eterno de Bronte.O fantasma de Heathcliff atormentado pelo amor que nunca poderá ter de repente é Tom Hardy. Mas minhas pernas não tremeram não... =) Nem pela linda Charlotte
Solaris
2.8 134"Solaris, o filme de Tarkovski (q nem tem aqui...) inverte a lógica: é mais literário do que o livro de Stan Lem – exceto na passagem dos sonhos – ousou. E é uma adaptação fiel. Respeita o romance, ainda que realce as questões do ser, da culpa, do desejo, do amor, da vida, ignorando a questão tecnológica Lem é um cientista escrevendo, sem pretensões literárias, a tentar se fazer inteligível. Penso em Stephen Hawking. Embora tenha escrito com alguma preocupação literária, o que em parte foi responsável pela sua popularização, essa preocupação soa artificial e mesmo para leigos convence mais quando fala sobre mecânica quântica, buracos negros e relatividade geral. Igualmente Lem: “Os cientistas, tendo reconhecido que era impossível manter vivo - ou mesmo em estado vegetativo, em "hibernação" - qualquer fragmento, grande ou pequeno, colhido no oceano e dissociado do organismo monstruoso, adquiriram a convicção (desenvolvida pela escola de Meunier e Proroch) que a chave do mistério dependia exclusivamente da maneira de abordá-lo” soa mais verdadeiro do que “Eu sentia muito em que havia um mal-estar entre nós e que minha apatia, esse estado de suspensão fora do pensamento, não podia durar de forma indefinida. Cabia-me tomar a iniciativa, dependia de mim uma mudança nas nossas relações. Mas eu repelia a idéia de qualquer mudança e estava incapaz de tomar uma decisão. Sentia que todas as coisas no interior da estação e, em particular, minhas relações com Rheya, tinham a fragilidade de um andaime instável”. Para o segundo trecho, Tarkovski constrói alguns minutos do silêncio mais eloqüente por meio de imagens sublimes. Em suma, as palavras de alguma forma “atrapalham” o romance, portanto o filme sempre que pôde delas se livrou. Mas o argumento do livro é tão interessante que segura qualquer deficiência. Talvez uma obra nesse caso complete a outra.
Nosferatu: O Vampiro da Noite
4.0 248Herzog. Klaus. Ganz. ISABELLE.
Não faria mal nenhum Stephenie Meyer e cia. terem dado uma olhadinha antes de destruir um tempo que já era pra lá de medíocre.
Nunca Te Vi, Sempre Te Amei
4.2 173 Assista AgoraFalando em títulos, mais um infiel e infeliz.
Meu Ódio Será Sua Herança
4.2 204 Assista AgoraPoucas vezes um título terá tido tradução mais louca e feliz...
Nostalgia
4.3 185Para substituir o silêncio, apenas a poesia...
O Sacrifício
4.3 146Pela primeira vez na vida chorei de rolarem as lágrimas – não, nem foi durante o filme, já na abertura. O evangelho segundo São Mateus naquele contexto... E depois, bem é Tarkovisk...
Duro de Matar
3.8 734 Assista AgoraSigo a amiga abaixo.
Mas às vezes ação e uma mentirinha em filme caem bem... =)
PS. I promise I will never even THINK about going up in a tall building again. Oh, God. Please don't let me die.
O Exterminador do Futuro
3.8 898 Assista AgoraMire, mire! Viene la tormenta!
Paris, Te Amo
3.8 453Representar uma verdade subjetiva por meio de uma outra, concreta, como uma cidade, precisa compreender a sensibilidade de quase todos os envolvidos. Falar de drogas, de discriminação, de diferença social, de riqueza e pobreza, de tédio, de fama e amor, mantendo como único ponto de referência os lugares de Paris foi uma grande idéia e um projeto bem executado, bonito mesmo. Ver nesse projeto nomes hoje para lá de consagrados como Natalie Portman junto a absolutos desconhecidos e outros apenas localmente reconhecidos, é ainda mais legal. Um filme diferente e agradável de se ver, que traz coisas a serem refletidas.
PS. In pretending to be a man in love, he became a man in love.
A Vida Secreta das Palavras
4.1 247 Assista AgoraSei a resposta da pergunta repetida aí msgs abaixo:
é a voz do ser Como Destruir um Filme maravilhoso em Segundos.
Ou simplesmente a voz do ego da diretora.
Seja como for, permanece um belo filme com bela trilha - que aliás tem uma canção dos Johnsons and Johnsons que segue esse caminho e destrói sua música Hope Theres Someone com um barulho final sem sentido.
Do Mundo Nada Se Leva
4.2 111 Assista AgoraEnfim um título traduzido à perfeição num filme quase perfeito. Datado, é verdade, em algumas partes, como falando da Rússia, mas é assim mesmo quando a realidade não está suficientemente distante para ser histórica nem suficientemente perto para ser atual. No mais, um show de cenas se encontram para dar corpo a um clássico acabado. Muito bom.
Se tem a morte do antigo sócio pouco lamentada, o que depõe contra a mudança do personagem ambicioso, tem a cena dos impostos, de chorar de rir, falando de alguma coisa que na realidade é de rir para não chorar
Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas
3.6 196 Assista AgoraCinema tailandês cada vez mais raro mas sempre que aparece boas surpresas.
Uma maneira toda própria de viver, morrer e encarar uma e outra coisa.
O Amante
3.8 149Se qualquer adaptação para o cinema é complicada, aqui é complicação ao quadrado, uma vez que Marguerite Duras não gosta das adaptações de seus livros (pó, mas porque permite e vende os direitos?) e depois ela própria (excelente roteirista, não há dúvida – vide Hiroshima) irá reescrever tudo, se dá a esse luxo – O amante da China do Norte não é um O amante 2 e se perdeu nesse limbo. Ainda assim, tudo posto, é um belo filme. A altura do livro? Seria impossível, é um livro perfeito, denso, cuja linguagem não é transportável para essa outra, o cinema.
Karatê Kid: A Hora da Verdade
3.5 644 Assista AgoraDelícia de juventude, delícia 2. 3 e 4 comprometidos, resta não perder de vista o original, com direito a Oscar para Pat Morita. Ralph, promissor, ensaiou com Elisabeth Shue, estaria ótimo, mas não deu conta, passou para a japonesinha, bom demais ainda para o caminhãozinho dele, também não deu. E a partir daí, já não existe um Ralph Maccio, só a sua sombra. Cinema também serve pra isso - eternizar.
Diários de Motocicleta
3.9 827Por meio das fugas que buscamos não é impossível, ao lado da aventura, encontrar um sentido oposto e uma razão de viver que anulará a escapada. Mas, se sem a fuga não aconteceria, o mistério da vida à poeira da estrada se mistura e há que ter a humildade de apenas aceitar, ou mais um pouco que isso, pôr em prática a lição que a vida deu. Foi assim com Che, seria bom que fosse com todos, independente do que ele tenha ou não conseguido.
9 1/2 Semanas de Amor
3.2 276 Assista AgoraMelhor seria não dizer nada. É um clássico. O tempo é o melhor crítico. Então, o que você e eu acharmos será irrelevante. Mas rever talvez tenha um resultado interessante.
Por exemplo, o final, o encontro com o velho, que não tinha qualquer importância quando éramos jovens, agora passa a ter e quase comover.
No Balanço do Amor
3.2 194 Assista AgoraSave the last dance. (Balanço do amor é de doer - normal).
Que triste destino ver um filme de amor água com açúcar para depois criticá-lo, ou um filme de dança quem não gosta de dança. Que o filtro da despretensão nos ajude sempre a ver apenas o que um filme pode dar a nossos olhos.
O Grande Desafio
3.3 115Com uma premissa simples
Uma menina que quer saber acerca do amor em sua ilha, a começar por sua mãe e, por meio de um boto e um bilhete numa garrafa tem suas resposta (singela e bonita cena)
http://www.youtube.com/watch?v=ycrfy2KQrkU
- muito simples, beirando o banal e fazendo temer por um Charlie Chan- Charlie Chan
Gorgeous entretanto o que faz de melhor é escapar dos clichês ou legitimá-los.
Sim, há luta e o humor típico desse gênero, mas há uma comédia romântica em que o protagonista é ensinado pela mocinha e com humildade aprende até de seu maior adversário – talvez o Grande Desafio do título não seja a luta com o dito “inimigo”, mas consigo próprio. Destaca-se na filmografia chinesa de Chan e em todo o painel de filmes de karatê – ou seja lá o que lutem em belíssimas coreografias.
Ninguém Pode Saber
4.3 227sozinhos
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista Agorathis is the girl! But that girl is not in my film! It's no longer your film
Memórias de uma Gueixa
4.1 1,4K Assista AgoraA partir de um livro literariamente medíocre, Memórias de uma gueixa alça seu vôos, provando que adaptações de livros bons é que em geral não dão certo. Imagino que seja pq um livro ruim tenha sempre alguma coisa que se salva, a história crua, que em geral é o que a adaptação precisa. Junte-se os melhores atores asiáticos – atrizes sobretudo – e dá um longa bem agradável e que alegra mesmo a quem se dispor a assistir.
Menina de Ouro
4.2 1,8K Assista AgoraVi muito no filme. Vi Hilary, simples e precisa, e Clint, sabendo agora se conter, e vi a questão do direito de morrer, aliás bem próximo de
Mar adentro, inalienável.
Tombstone: A Justiça Está Chegando
3.8 163 Assista AgoraVal Kilmer no auge... Say when...
O Morro dos Ventos Uivantes
4.0 225Não é simples encenar algo que já foi feito por Juliete binoche e Ralph Fiennes (mas paradoxalmente estão frios no filme), e o casal aqui se sai muito bem e a adaptação é talvez até mais intensa e portanto próxima do clássico eterno de Bronte.O fantasma de Heathcliff atormentado pelo amor que nunca poderá ter de repente é Tom Hardy. Mas minhas pernas não tremeram não... =) Nem pela linda Charlotte