Um relacionamento é construído por dois. Às vezes, quando nos cansamos da pessoa, estamos cansados de nós mesmos, cansados de como lidamos com certas situações. Depois de um tempo, parece não haver outra saída, a forma de se relacionar parece se calcificar e fica muito difícil modificar a maneira como nos relacionamos com o outro. Acontece que cedo ou tarde acabamos por repetir os padrões. Vida bandida!
Não esperava muito desse, de qualquer forma. O interessante é a história real, dos pequenos delinquentes. No mais, fica a ironia das celebridades sendo pilhadas. Acho que ideia dos privilegiados serem uma vez na vida passados pra trás secretamente acalenta a todos nós, pobres mortais.
O neorrealismo transcende o conceito de movimento cinematográfico. As obras de diretores como De Santis e De Sica possuem a beleza não somente da evolução narrativa e da linguagem da cinematografia na segunda metade do século XX, mas também retratam uma época de esperança e superação. E são exatamente estes os sentimentos que este belíssimo filme traduz. O povo que sofre pelo que passou mas mesmo assim ama, ri, trabalha, reconstrói pensando num futuro melhor. É belo ver como a arte pode transformar o horror da guerra em lições de vida e que o ser humano tem o impulso de sorrir mesmo quando confronta a pior adversidade.
Fiquei com vontade de jogar meu saco lá no círculo polar ártico. É muita pretensão esse filme. Depois que vi que é do mesmo diretor de "Um quarto em Roma", outra forçação de barra daquelas... Deslumbrados podem negativar à vontade.
"Devemos emprestar-nos uns aos outros. Dar-nos, só a nós mesmos". Outra frase de Montaigne que caberia nessa obra prima de Godard é "Existem derrotas mais triunfantes que as vitórias". O martírio tem por característica legitimar o que não é legítimo, sacralizar o que é profano e atestar, para a eternidade, a busca, ainda que equivocada, pelo sentido de uma vida. Viver (e morrer) de forma questionável é mais nobre do que não viver. Tudo nesse filme é muito bem construído. Um exercício prodigioso de linguagem que fascina alguns e angustia ou mesmo entedia outros. Godard incluiu essa reflexão de forma interessantíssima no diálogo da cena 11. Quando compara o "viver sua vida" sem usar as palavras com viver sem amar, um ato de desapego, nos leva a pensar na própria aquisição da linguagem e seus reais motivos. Um sentimento não existe até tornar-se palavra? A fala é imprescindível ao pensamento? Questões que não fazem a menor diferença e que fazem toda a diferença, por nossa condição humana de desnudar a tudo e conhecer as coisas por dentro e por fora. Não é fácil mesmo. Para certas pessoas, dormir é o melhor remédio quando pensar cansa demais.
Até que é divertido, para quem aprecia belas formas femininas. Da trama não se pode esperar muito, é aquela velha fórmula da "commedia sexy all'italiana": um protagonista do sexo masculino, geralmente débil, tentando ganhar os favores de uma heroína belíssima e seminua. Pra quem manja um pouco de italiano, dá pra assistir online: http://www.youtube.com/watch?v=7ypj2Vad_KU Na pornô-chanchada italiana, pra mim ninguém superou Tinto Brass (criador de pérolas como Monella e Monamour).
Grande filme, mas Salò é daquele tipo que as pessoas geralmente evitam comentar a respeito, não é mesmo? Mexe com o lado mais obscuro das pessoas: taras, traumas, desvios sexuais e a degeneração de uma forma geral. Acho que muita gente que assistiu a esse filme saiu incomodada do cinema por na verdade ter gostado do que viu. Sinistro, mas o livro é ainda mais.
Tem ótimos momentos e um texto com uma crítica social bem bacana, o que mostra que o cinema argentino é interessante até quando é pra ser "água com açúcar". Roteiro forçado em algumas situações. Agora, eu esperava mais do desfecho. Desequilibrou demais ali e acabou perdendo a identidade que foi construída ao longo de 90 minutos. Acho que poderia até começar mais ou menos, mas terminar não. Mesmo assim, longe de ser um filme ruim.
Fraco, mas o quê se poderia esperar? Nota para a "moral da história": "A vingança não remedia o passado, mas o sentimento é ótimo". Parabéns por aniquilar o romance e perpetuar o ódio e a violência gratuita como forma de entretenimento. Tosqueira.
O filme é muito bom. O que dizer quando estamos falando do Ang Lee, bicho? O cara é fera. Esse filme não é coisa de "marinheiro de primeira viagem". E quanto à polêmica sobre o livro, a ideia estragada, etc., pra mim não faz diferença alguma, pois não li o livro e a ideia chegou até mim pela primeira vez nesse filme, então... É claro que sempre tem aqueles que vão descer o cacete em filmes assim, porque se falou em Deus ou sei lá o quê e dar 5 estrelas pra "Tropa de Elite". Mais amor no coração, galera!
Só mesmo Almodóvar pra fazer um filme assim sem ser puramente apelativo. O elemento provocador é essencial e quando se percebe o quanto isto está ligado ao enredo, só nos resta bater palmas. Na mosca.
Esse filme me fez recordar da grande estilista francesa Chanel, porque realmente é um cocô! Isso é mostrar Paris? O "espírito parisiense" de Julie Delpy deve estar boiando no Sena. E, ademais, fora o roteiro humilhante para qualquer um com mais de 2 neurônios e os diálogos forçadíssimos, o filme nem belo visualmente é. Parece que o orçamento foi gasto em vinho e drogas e não sobrou pra pagar um diretor de fotografia. Que iluminação é essa? Nem quero ver o que ela fez em Nova Iorque.
Muito fofo o filme. Mas por um instante eu pensei que estava assistindo o Altas Horas infantil ou "A Estranha Vida de Serginho Groisman". O CJ é sósia dele! HUhasudhsaudh! :P http://rd1.ig.com.br/wp-content/uploads/2013/05/altas-horas.jpg
Um road movie fora do comum. Paolo é um diretor muito autêntico no que faz e sempre surpreende. Sean Penn monstro no papel de Cheyenne. Filmes assim sempre propiciam sequencias e planos muito bucólicos, com paisagens lindíssimas do interior dos EUA; Gostei bastante.
Por ser um filme de estréia tá ótimo! Acho que é isso mesmo, atende legal ao que se propõe. Embora dê para perceber que a duração de um longa ainda seja uma peteca grande para Seth segurar, acostumado ao formato de seriado de "Uma Família da Pesada". Três estrelas!
O romance de Tolstoi pode ter sua crítica à parte, portanto não se deve julgar o filme pelo enredo. Quanto à adaptação, não acredito que deva ser o que mais importa, quando estamos falando de um livro que já foi às telas de cinema mais de 5 vezes. Mesmo porque nesses termos, de fidelidade à história original, a melhor adaptação pra mim continua sendo a russa, do diretor Aleksandr Zarkhi, feita em 1967. No entanto, o que realmente cativa no filme é sua montagem teatral (que eu confesso, temia em resultar em algo como Dogville de Lars Von Trier)e a leitura leve e ao mesmo tempo dramática dos aspectos marcantes da obra. Joe Wright, diretor especialista em filmes de época se sai bem nessa experiência de filmar dentro do teatro. Seus planos ficaram geniais, em perfeita sincronia. Há também o bônus das interpretações mais que sólidas de Knightley, Law e Johnson. Sobretudo, o deleite da produção impecável, extremamente cuidadosa, como era de se esperar de Tim Bevan. Um filme belo, autêntico e totalmente sincronizado com as tendências atuais em termos cinematográficos, resgatando técnicas ultrapassadas (o que nos anos 90 era atraso, agora é cult) com maestria, presta um tributo ao cinema literário e ao mesmo tempo cativa pelo mais puro valor artístico.
360
3.4 928 Assista AgoraUma estrela a mais pela Rachel Weisz. ;)
Entre o Amor e a Paixão
3.6 427Um relacionamento é construído por dois. Às vezes, quando nos cansamos da pessoa, estamos cansados de nós mesmos, cansados de como lidamos com certas situações. Depois de um tempo, parece não haver outra saída, a forma de se relacionar parece se calcificar e fica muito difícil modificar a maneira como nos relacionamos com o outro. Acontece que cedo ou tarde acabamos por repetir os padrões. Vida bandida!
Alucarda
3.5 217 Assista AgoraMeu, que guria maloqueira. Bem jóia!
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraNão esperava muito desse, de qualquer forma. O interessante é a história real, dos pequenos delinquentes. No mais, fica a ironia das celebridades sendo pilhadas. Acho que ideia dos privilegiados serem uma vez na vida passados pra trás secretamente acalenta a todos nós, pobres mortais.
Hitchcock
3.7 1,1K Assista AgoraUm filme sem alma não é nada! ;)
Tirza
3.2 12"Eu sou o transtorno alimentar!"
Roma às 11 Horas
3.6 1O neorrealismo transcende o conceito de movimento cinematográfico. As obras de diretores como De Santis e De Sica possuem a beleza não somente da evolução narrativa e da linguagem da cinematografia na segunda metade do século XX, mas também retratam uma época de esperança e superação. E são exatamente estes os sentimentos que este belíssimo filme traduz. O povo que sofre pelo que passou mas mesmo assim ama, ri, trabalha, reconstrói pensando num futuro melhor. É belo ver como a arte pode transformar o horror da guerra em lições de vida e que o ser humano tem o impulso de sorrir mesmo quando confronta a pior adversidade.
Os Amantes do Círculo Polar
4.2 154Fiquei com vontade de jogar meu saco lá no círculo polar ártico. É muita pretensão esse filme. Depois que vi que é do mesmo diretor de "Um quarto em Roma", outra forçação de barra daquelas... Deslumbrados podem negativar à vontade.
Viver a Vida
4.2 391"Devemos emprestar-nos uns aos outros. Dar-nos, só a nós mesmos". Outra frase de Montaigne que caberia nessa obra prima de Godard é "Existem derrotas mais triunfantes que as vitórias". O martírio tem por característica legitimar o que não é legítimo, sacralizar o que é profano e atestar, para a eternidade, a busca, ainda que equivocada, pelo sentido de uma vida. Viver (e morrer) de forma questionável é mais nobre do que não viver.
Tudo nesse filme é muito bem construído. Um exercício prodigioso de linguagem que fascina alguns e angustia ou mesmo entedia outros. Godard incluiu essa reflexão de forma interessantíssima no diálogo da cena 11. Quando compara o "viver sua vida" sem usar as palavras com viver sem amar, um ato de desapego, nos leva a pensar na própria aquisição da linguagem e seus reais motivos. Um sentimento não existe até tornar-se palavra? A fala é imprescindível ao pensamento? Questões que não fazem a menor diferença e que fazem toda a diferença, por nossa condição humana de desnudar a tudo e conhecer as coisas por dentro e por fora. Não é fácil mesmo. Para certas pessoas, dormir é o melhor remédio quando pensar cansa demais.
Nos Tempos do Cinto de Castidade
3.4 3Até que é divertido, para quem aprecia belas formas femininas. Da trama não se pode esperar muito, é aquela velha fórmula da "commedia sexy all'italiana": um protagonista do sexo masculino, geralmente débil, tentando ganhar os favores de uma heroína belíssima e seminua. Pra quem manja um pouco de italiano, dá pra assistir online: http://www.youtube.com/watch?v=7ypj2Vad_KU
Na pornô-chanchada italiana, pra mim ninguém superou Tinto Brass (criador de pérolas como Monella e Monamour).
Salò, ou os 120 Dias de Sodoma
3.2 1,0KGrande filme, mas Salò é daquele tipo que as pessoas geralmente evitam comentar a respeito, não é mesmo? Mexe com o lado mais obscuro das pessoas: taras, traumas, desvios sexuais e a degeneração de uma forma geral. Acho que muita gente que assistiu a esse filme saiu incomodada do cinema por na verdade ter gostado do que viu. Sinistro, mas o livro é ainda mais.
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista AgoraTem ótimos momentos e um texto com uma crítica social bem bacana, o que mostra que o cinema argentino é interessante até quando é pra ser "água com açúcar". Roteiro forçado em algumas situações. Agora, eu esperava mais do desfecho. Desequilibrou demais ali e acabou perdendo a identidade que foi construída ao longo de 90 minutos. Acho que poderia até começar mais ou menos, mas terminar não. Mesmo assim, longe de ser um filme ruim.
João e Maria: Caçadores de Bruxas
3.2 2,8K Assista AgoraFraco, mas o quê se poderia esperar? Nota para a "moral da história": "A vingança não remedia o passado, mas o sentimento é ótimo". Parabéns por aniquilar o romance e perpetuar o ódio e a violência gratuita como forma de entretenimento. Tosqueira.
Aconteceu em Woodstock
3.7 513 Assista AgoraAlguém pode indicar um filme ruim do Ang? Porque até agora não vi nenhum.
As Aventuras de Pi
3.9 4,4KO filme é muito bom. O que dizer quando estamos falando do Ang Lee, bicho? O cara é fera. Esse filme não é coisa de "marinheiro de primeira viagem". E quanto à polêmica sobre o livro, a ideia estragada, etc., pra mim não faz diferença alguma, pois não li o livro e a ideia chegou até mim pela primeira vez nesse filme, então... É claro que sempre tem aqueles que vão descer o cacete em filmes assim, porque se falou em Deus ou sei lá o quê e dar 5 estrelas pra "Tropa de Elite". Mais amor no coração, galera!
O Mágico de Oz
4.2 1,3K Assista AgoraEsse filme é satanismo do começo ao fim! Vão todos pro inferno! :)
A Lei do Desejo
3.8 317 Assista AgoraSó mesmo Almodóvar pra fazer um filme assim sem ser puramente apelativo. O elemento provocador é essencial e quando se percebe o quanto isto está ligado ao enredo, só nos resta bater palmas. Na mosca.
2 Dias em Paris
3.3 152Esse filme me fez recordar da grande estilista francesa Chanel, porque realmente é um cocô! Isso é mostrar Paris? O "espírito parisiense" de Julie Delpy deve estar boiando no Sena. E, ademais, fora o roteiro humilhante para qualquer um com mais de 2 neurônios e os diálogos forçadíssimos, o filme nem belo visualmente é. Parece que o orçamento foi gasto em vinho e drogas e não sobrou pra pagar um diretor de fotografia. Que iluminação é essa? Nem quero ver o que ela fez em Nova Iorque.
A Estranha Vida de Timothy Green
3.9 1,3K Assista AgoraMuito fofo o filme. Mas por um instante eu pensei que estava assistindo o Altas Horas infantil ou "A Estranha Vida de Serginho Groisman". O CJ é sósia dele! HUhasudhsaudh! :P
http://rd1.ig.com.br/wp-content/uploads/2013/05/altas-horas.jpg
Aqui é o Meu Lugar
3.6 580 Assista AgoraUm road movie fora do comum. Paolo é um diretor muito autêntico no que faz e sempre surpreende. Sean Penn monstro no papel de Cheyenne. Filmes assim sempre propiciam sequencias e planos muito bucólicos, com paisagens lindíssimas do interior dos EUA; Gostei bastante.
Ultravioleta
2.6 425 Assista AgoraUma bosta. Só vale pela Milla mesmo.
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraMais brochante que calcinha bege velha.
Ted
3.1 3,4K Assista AgoraPor ser um filme de estréia tá ótimo! Acho que é isso mesmo, atende legal ao que se propõe. Embora dê para perceber que a duração de um longa ainda seja uma peteca grande para Seth segurar, acostumado ao formato de seriado de "Uma Família da Pesada". Três estrelas!
Anna Karenina
3.7 1,2K Assista AgoraO romance de Tolstoi pode ter sua crítica à parte, portanto não se deve julgar o filme pelo enredo. Quanto à adaptação, não acredito que deva ser o que mais importa, quando estamos falando de um livro que já foi às telas de cinema mais de 5 vezes. Mesmo porque nesses termos, de fidelidade à história original, a melhor adaptação pra mim continua sendo a russa, do diretor Aleksandr Zarkhi, feita em 1967. No entanto, o que realmente cativa no filme é sua montagem teatral (que eu confesso, temia em resultar em algo como Dogville de Lars Von Trier)e a leitura leve e ao mesmo tempo dramática dos aspectos marcantes da obra. Joe Wright, diretor especialista em filmes de época se sai bem nessa experiência de filmar dentro do teatro. Seus planos ficaram geniais, em perfeita sincronia. Há também o bônus das interpretações mais que sólidas de Knightley, Law e Johnson. Sobretudo, o deleite da produção impecável, extremamente cuidadosa, como era de se esperar de Tim Bevan. Um filme belo, autêntico e totalmente sincronizado com as tendências atuais em termos cinematográficos, resgatando técnicas ultrapassadas (o que nos anos 90 era atraso, agora é cult) com maestria, presta um tributo ao cinema literário e ao mesmo tempo cativa pelo mais puro valor artístico.