A Mula seria uma história relativamente simples, com alguns clichês típicos do gênero, não fosse o protagonista e diretor o proprio Clint Eastwood do alto dos seus 89 anos. Completará 90 em 31 de maio deste ano. Conhecido por ser o precursor de filmes da turma dos politicamente incorretos - sempre é bom lembrar o tempo em que foram produzidos- onde latinos eram sempre os piores bandidos e ele, Clint, herói implacável. Seja em Dirty Harry com o inspetor Callaham, cujo bordao inesquecível; Go ahead, make may day ou em seus spaghettis westerns, seus personagens eram sempre destemidos, corajosos, fortes e quase sempre, invencíveis. A relação herói x bandido, era sempre permeada por muita intolerância e xenofobia mas torno a lembrar que aqueles eram outros tempos. Ver Clint Eastwood a 50 anos de distância de Darty Harry, encarando seus demônios, agora ao lado dos que sempre combateu ferozmente em seus filmes, foi uma experiência incrível. A Mula é um recado penso que pouco compreendido pela maioria das pessoas que o assistiram. Não importa o quanto foda você tenha sido na juventude ou no vigor da vida, um dia, se você sobreviver, a velhice o cobrará. É Clint dizendo: Vejam, não sou tão bom assim. Não sou bom o suficiente p morrer em paz do lado certo da força. Eu, homem, americano, branco, macho, hetero, também posso fazer deliberadamente escolhas erradas. A Mula para mim é uma busca do cineasta por redenção, por alguma relevância por menor que seja. Penso que Scorcese quis dizer o mesmo em O Irlandês e só quem acompanha de perto a carreira destes diretores e atores irá compreender. Agora o herói é humano e é vulnerável. Em A Mula Clint Eastwood massacrou meu pobre coração. Amor eterno.
Bela fotografia, um vilaozinho maniqueísta, atriz menina muito expressiva, história sombria e interessante mas a conclusão do 3° ato fica com algumas pontas soltas.
Quase Suspíria sem gore. Paleta quente, ambiente claustrofóbico, dança envolvente, a parte com a criança é muito incomoda, fora isto para mim o filme não entregou mais nada.
Temas relevantes abordados de forma rasa.Trilha sonora saturada tipo tapa buracos revelando a preguiça do roteiro. Na linha de Como Nossos Pais porém bem menos competente, mas Selma Egrei está ótima na pele da matriarca.
Trama sem pressa, percorre mansa e vai te envolvendo. A gente sente que existe algo errado mas o filme não entrega o que é antes do 3 ato. Mas eu senti no ar a presença de "Jim Jones" assim que John Carroll Lynch entrou em cena. Gostei muito de The Invitation.
Angustiante e claustrofóbico como o Quarto de Jack. A imprevisibilidade da loucura gera uma tensão permanente. Direção competente, o trio de atores centrais são excelentes e a trilha sonora é super, porém, para mim, o desfecho no terceiro ato deveria ter sido mais desenvolvido na trama. Não foi uma decisão inesperada no meu ponto de vista mas poderia ter sido mais aprofundada no decorrer da historia. Mas é um bom filme.
O filme anda em espiral e junto com as personagens não chegamos a lugar algum. Quando fico intrigada penso em ver mais de uma vez para ver o que me escapou. Neste caso vou passar a régua é pedir a conta. Podemos ficar nele dias e dias sem sair do lugar. Se esta é a proposta então três stars pelo acerto.
O filme passa sem deixar marcas, não diz a que veio embora faça promessas o tempo inteiro. Mas ver Glenn em uma atuação exemplar é sempre bom. Por isso, vale.
Me causou o mesmo desconforto que o Planeta dos Macacos. Sente-se na carne o que é ser subjugado pela força. Já assisti várias vezes e cada vez gosto mais. E o progressivo da trilha ... Adoro!
Se Sob a Pele deixa margens para as mais diversas interpretações, a minha passa pela natureza do começo ao fim. Desde o inicio, embora o filme sugira que ela, ele, eles,
sejam seres extraterrestres, ela aprende palavras, aprende a falar, depois se caracteriza com as roupas da moça morta, sabe se comportar e operar nossas máquinas, tudo gira em torno da natureza. Se a natureza é Deus e está em toda a parte, tanto na terra como fora dela, para mim tanto eles, os ajudantes ( motoqueiros) como ela, são elementos da natureza. Independente da aparência tudo que existe à pertence. Ela não ama nem odeia, não é boa nem má, apenas é. Cenas como a da praia, das paisagens, florestas – na cabana a figura dela deitada se agiganta no meio das árvores, chuva, frio, fogo, caminhão com toras de madeira (natureza sendo rasgada e violentada) a água por onde os homens submergem – aqui me parece claro que: é mais fácil para ela (natureza) usar a fêmea como isca para fisgar o macho, tudo me fez lembrar uma citação da Marina Silva: “A natureza tem uma estrutura feminina, não pode se defender, mas pode ser vingativa como ninguém.” Ela quer ser um de nós. Acaba por nos achar interessantes, nossos sabores, prazeres... pena que o homem não perceba isso e com a sua burrice e violência a leve a morte.
O Homem Que Não Dormia é Lázaro. Aquele que Deus ressuscita jamais tornará a morrer. Viverá condenado a solidão eterna o homem que tudo vê, o homem que tudo sabe. É um filme todo descosturado, roto, impuro, cheio de rebarbas, mas forte como as pernas em redemoinho do Saci Pererê. Gostei muito. Créditos com Cássia Eller, Djavan e maracatu não tem preço.
É como olhar uma tela de arte abstrata, cada um pode sentir e interpretar de maneira diferente. Não consegui ser fisgada pelo filme, talvez por já ter criado uma couraça de proteção muito resistente quanto a propostas de metalinguagem. Depois de ler algumas resenhas e críticas sobre o filme entendi. não só o desafio, como a minha própria resistência. Se for isto mesmo, Nolan está de parabéns. (...) Nolan não faz como Shyamalan no subestimado “A Dama da Água”, no qual nos ensinou a criar um filme. Prefere questionar a confiança que depositamos no narrador do filme. Porém, faz uma pergunta diferente: você aceita tão fácil qualquer coisa que colocam na tela? Toda obra de arte busca incutir algo em nossos discos rígidos. Discursos políticos, professores, pais, amigos... todos tentam colocar algo na nossa mente e nem sempre notamos a manipulação. Quando vamos ao cinema, sabemos disso. Em outros casos não. Cobb sabia e queria. E Você, quer ser invadido? Aceitaria trocar sua realidade por um sonho? Parte da crítica por Georgenor de S. Franco Neto
A Mula
3.6 355 Assista AgoraA Mula seria uma história relativamente simples, com alguns clichês típicos do gênero, não fosse o protagonista e diretor o proprio Clint Eastwood do alto dos seus 89 anos. Completará 90 em 31 de maio deste ano.
Conhecido por ser o precursor de filmes da turma dos politicamente incorretos - sempre é bom lembrar o tempo em que foram produzidos- onde latinos eram sempre os piores bandidos e ele, Clint, herói implacável.
Seja em Dirty Harry com o inspetor Callaham, cujo bordao inesquecível; Go ahead, make may day ou em seus spaghettis westerns, seus personagens eram sempre destemidos, corajosos, fortes e quase sempre, invencíveis.
A relação herói x bandido, era sempre permeada por muita intolerância e xenofobia mas torno a lembrar que aqueles eram outros tempos.
Ver Clint Eastwood a 50 anos de distância de Darty Harry, encarando seus demônios, agora ao lado dos que sempre combateu ferozmente em seus filmes, foi uma experiência incrível.
A Mula é um recado penso que pouco compreendido pela maioria das pessoas que o assistiram.
Não importa o quanto foda você tenha sido na juventude ou no vigor da vida, um dia, se você sobreviver, a velhice o cobrará.
É Clint dizendo: Vejam, não sou tão bom assim. Não sou bom o suficiente p morrer em paz do lado certo da força.
Eu, homem, americano, branco, macho, hetero, também posso fazer deliberadamente escolhas erradas.
A Mula para mim é uma busca do cineasta por redenção, por alguma relevância por menor que seja.
Penso que Scorcese quis dizer o mesmo em O Irlandês e só quem acompanha de perto a carreira destes diretores e atores irá compreender.
Agora o herói é humano e é vulnerável.
Em A Mula Clint Eastwood massacrou meu pobre coração.
Amor eterno.
O Senhor das Águias
2.6 7Bem oitocentista com uma batida ecológica. Preciso ver novamente os filmes de Rutger Hauer menos A Morte Pede Carona é claro. 😁
American Fable
2.8 15Bela fotografia, um vilaozinho maniqueísta, atriz menina muito expressiva, história sombria e interessante mas a conclusão do 3° ato fica com algumas pontas soltas.
As Horas
4.2 1,4KEnquietante e profundo.
Existe um(a) Virginia Woolf dentro da maioria de nós.
Quando as mulheres sofrem os homens sofrem também.
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraQuase Suspíria sem gore. Paleta quente, ambiente claustrofóbico, dança envolvente, a parte com a criança é muito incomoda, fora isto para mim o filme não entregou mais nada.
Querida Mamãe
2.8 43Temas relevantes abordados de forma rasa.Trilha sonora saturada tipo tapa buracos revelando a preguiça do roteiro.
Na linha de Como Nossos Pais porém bem menos competente, mas Selma Egrei está ótima na pele da matriarca.
Amor à Flor da Pele
4.3 501 Assista AgoraO cinema de Wong Kar Wai são aulas de estetica, elegancia e poesia. Eu venero este diretor.
Amor a Flor da Pele é uma obra prima.
2046 também.
O Convite
3.3 1,1KTrama sem pressa, percorre mansa e vai te envolvendo. A gente sente que existe algo errado mas o filme não entrega o que é antes do 3 ato.
Mas eu senti no ar a presença de "Jim Jones" assim que John Carroll Lynch entrou em cena.
Gostei muito de The Invitation.
Cafarnaum
4.6 673 Assista AgoraUm tanto panfletário, mas ainda assim sincero e tocante.
Predadores do Amor
3.5 79Angustiante e claustrofóbico como o Quarto de Jack.
A imprevisibilidade da loucura gera uma tensão permanente. Direção competente, o trio de atores centrais são excelentes e a trilha sonora é super, porém, para mim, o desfecho no terceiro ato deveria ter sido mais desenvolvido na trama. Não foi uma decisão inesperada no meu ponto de vista mas poderia ter sido mais aprofundada no decorrer da historia. Mas é um bom filme.
YellowBrickRoad
2.1 70O filme anda em espiral e junto com as personagens não chegamos a lugar algum.
Quando fico intrigada penso em ver mais de uma vez para ver o que me escapou. Neste caso vou passar a régua é pedir a conta.
Podemos ficar nele dias e dias sem sair do lugar. Se esta é a proposta então três stars pelo acerto.
Noite de Desamor
4.3 31Filmow, o spoiler na apresentação do filme é lastimável.
Vi em VHS nos anos 80 este que é um drama profundamente triste e inesquecível.
Que saudades de Anne Bancroft minha deusa.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraDe vez enquando volto aqui para dizer que amo este filme. A M O !
Albert Nobbs
3.6 576 Assista AgoraO filme passa sem deixar marcas, não diz a que veio embora faça promessas o tempo inteiro. Mas ver Glenn em uma atuação exemplar é sempre bom. Por isso, vale.
Lunar
3.8 686 Assista AgoraCom tanta tecnologia a presença "humana" na historia é bem desnecessária. Gostei mesmo foi da proposta metafórica do filme e sua mensagem subliminar.
Planeta Fantástico
4.3 319Me causou o mesmo desconforto que o Planeta dos Macacos. Sente-se na carne o que é ser subjugado pela força. Já assisti várias vezes e cada vez gosto mais. E o progressivo da trilha ... Adoro!
Dois Dias, Uma Noite
3.8 543Marion Cotillard minha favorita para o Oscar.
Fonte da Vida
3.7 779 Assista AgoraMorte, a dor mais doída que existe e temos que viver com ela.
Um filme delicado, poético, esperançoso e esteticamente lindo.
Pelíšky
3.7 6Tem até Mulher Rendeira na trilha que aliás é muito boa. Boa história, bons atores, ótima direção. Gostei muito.
Intocáveis
4.4 4,1K Assista AgoraUma bela historia com uma trilha sonora maravilhosa. Gostei.
Sob a Pele
3.2 1,4K Assista AgoraSe Sob a Pele deixa margens para as mais diversas interpretações, a minha passa pela natureza do começo ao fim.
Desde o inicio, embora o filme sugira que ela, ele, eles,
sejam seres extraterrestres, ela aprende palavras, aprende a falar, depois se caracteriza com as roupas da moça morta, sabe se comportar e operar nossas máquinas, tudo gira em torno da natureza. Se a natureza é Deus e está em toda a parte, tanto na terra como fora dela, para mim tanto eles, os ajudantes ( motoqueiros) como ela, são elementos da natureza. Independente da aparência tudo que existe à pertence. Ela não ama nem odeia, não é boa nem má, apenas é.
Cenas como a da praia, das paisagens, florestas – na cabana a figura dela deitada se agiganta no meio das árvores, chuva, frio, fogo, caminhão com toras de madeira (natureza sendo rasgada e violentada) a água por onde os homens submergem – aqui me parece claro que: é mais fácil para ela (natureza) usar a fêmea como isca para fisgar o macho, tudo me fez lembrar uma citação da Marina Silva:
“A natureza tem uma estrutura feminina, não pode se defender, mas pode ser vingativa como ninguém.”
Ela quer ser um de nós. Acaba por nos achar interessantes, nossos sabores, prazeres... pena que o homem não perceba isso e com a sua burrice e violência a leve a morte.
O céu chora.
Adorei o filme.
O Homem Que Não Dormia
2.6 57O Homem Que Não Dormia é Lázaro. Aquele que Deus ressuscita jamais tornará a morrer. Viverá condenado a solidão eterna o homem que tudo vê, o homem que tudo sabe.
É um filme todo descosturado, roto, impuro, cheio de rebarbas, mas forte como as pernas em redemoinho do Saci Pererê. Gostei muito. Créditos com Cássia Eller, Djavan e maracatu não tem preço.
O Homem Que Incomoda
3.8 100Delicado e profundo. Gostei demais.
A Origem
4.4 5,9K Assista AgoraÉ como olhar uma tela de arte abstrata, cada um pode sentir e interpretar de maneira diferente. Não consegui ser fisgada pelo filme, talvez por já ter criado uma couraça de proteção muito resistente quanto a propostas de metalinguagem. Depois de ler algumas resenhas e críticas sobre o filme entendi. não só o desafio, como a minha própria resistência. Se for isto mesmo, Nolan está de parabéns.
(...)
Nolan não faz como Shyamalan no subestimado “A Dama da Água”, no qual nos ensinou a criar um filme. Prefere questionar a confiança que depositamos no narrador do filme. Porém, faz uma pergunta diferente: você aceita tão fácil qualquer coisa que colocam na tela?
Toda obra de arte busca incutir algo em nossos discos rígidos. Discursos políticos, professores, pais, amigos... todos tentam colocar algo na nossa mente e nem sempre notamos a manipulação. Quando vamos ao cinema, sabemos disso. Em outros casos não. Cobb sabia e queria. E Você, quer ser invadido? Aceitaria trocar sua realidade por um sonho?
Parte da crítica por Georgenor de S. Franco Neto