Me deu vontade de chorar. É uma realidade completamente encoberta e que tem consequências para uma vida inteira; é a cultura do estupro, respaldada por um machismo quase hereditário nos quartéis e que pode afetar tanto mulheres quanto (pasmem) homens. Uma coisa ficou muito na minha cabeça; "o homem que é estuprado é considerado gay, a boneca dos estupradores, mas os estupradores não, esses não são gays, esses são os mais héteros do quartel". É um documentário realista e revoltante que desconstrói magnificamente todo o conceito de disciplina, de respeito e de camaradagem que o marketing do Exército Americano veicula em suas propagandas. Um tema pesadíssimo conduzido, na maior parte, por mulheres traumatizadas que têm uma história no mínimo honrosa para ser debatida. Elas merecem justiça. Que se acabe essa guerra invisível.
O que gosto neste filme é como o enredo é simples, o desenvolvimento é simples e o desfecho é simples, mas, paradoxal e ironicamente, o filme é complexo. Aqui trata-se mais do que apenas a questão de ficar "perdido no espaço"; temos em nossas mãos um suspense de prender na cadeira que ao mesmo tempo traz uma bela mensagem sobre a condição humana e fascina quem assiste a ele pela fotografia de-tirar-o-fôlego. O 3D, aliás, dá uma acrescentada boa na parte técnica da película, um toque notável. Outro ponto alto é essa sensibilidade em contraste com a realidade de estar perdido no meio do vácuo: Você se sente dentro do filme, tanto pelas tomadas em primeira-pessoa como pelas panorâmicas (que têm, de quebra, um sensacional fundo com gigantescas imagens da Terra). Todos esses detalhes de encher os olhos contribuem para uma melhor sessão no cinema. O silêncio do filme e o clima por ele proporcionado também auxiliam na parte da reflexão. Ainda digo mais; não acho que este filme poderia ser feito há uns 30 anos; um filme clássico de ficção-científica não teria essa precisão toda. Acho que a base espacial é uma realidade inquebrantável do século XXI e assistir a filmes com essa temática homenageia, de uma forma ou de outra, todas as conquistas do homem até aqui. Nós fomos ao espaço. E talvez ainda continuemos perdidos.
Achei um filme redondo e com um argumento SEN-SA-CIO-NAL. Fiquei realmente preso do início ao fim, acho que foi o suspense que mais mexeu comigo até hoje. Belíssima direção, belíssima fotografia, belíssimo roteiro, tudo funciona perfeitamente em "A Mão que Balança o Berço". Os atores estão muito bem, a Juliane Moore está maravilhosa mais uma vez e o ar que a gente prende durante esse filme ainda fica preso depois do final, é um efeito muito difícil de se conseguir (aliás o desfecho é igualmente perfeito, uma obra completa). Menção honrosa para este que, infelizmente, é um filme tão pouco lembrado. "A mão que balança o berço é a mão que governa o mundo."
Me perdoem os fãs do filme, eu realmente não gostei disso aqui. Não gostei e darei meus motivos, é claro; primeiro, a fotografia de que vocês tanto falam (suja e nada convencional) para mim simplesmente não funcionou. Soou como se o diretor de fotografia inventasse na hora qualquer lugar para colocar a câmera. Depois, o roteiro; achei simples demais, uma desculpa para matar todo mundo sem explicação, e nem aquele gore apareceu direito. Se o filme peca pelo roteiro, também peca pelos personagens, um pior que o outro, um mais estúpido que o outro. E achei o filme também muito escuro, e muito lento: você quase implora para que alguém morra depois de tanta espera. É claro que também tem seus pontos altos, há cenas clássicas aqui; quando Leatherface pega a mina por trás, quando ele corta a própria perna, a cena do pôr-do-sol... E esse filme também inspirou várias sequências e remakes, que provavelmente foram até mais assustadores e aterrorizantes do que o original. Em suma, a película tem suas qualidades, mas o conjunto não me agradou. Isso não quer dizer que o filme seja uma bosta, apenas quer dizer que EU não gostei. E sou fã do gênero. Não venham ditar o que as pessoas devem considerar maravilhoso, achei este filme fraco e isto não me torna menos amante do Terror que nenhum de vocês. O que mais vejo aqui é essa "ditadura do que se gostar"; se você é cult, tem que amar este filme. Se você é fã disso, tem que amar isso. Parem com essa bobagem! As pessoas têm opiniões diferentes e isso não as torna menos importantes! Não é porque o filme é de 1974 que ele é um clássico. E não é porque é de 1974 que é bom. E não é porque é de 1974 que é sensacional. Ele é clássico pelo legado. É bom por quem acha que é, e sensacional pelo mesmo. É o primeiro de vários, e por isso merece destaque. Não venham me dizer que este é o maior filme de terror de todos os tempos. Não venham.
("você me parece familiar, eu conheço a sua mãe?" "eu acho que sim...")
e um enredo fascinante. A tensão ao final do filme foi um ponto extra na minha opinião. Um filme completo, com fotografia boa, um roteiro criativo, personagens caricatos e realmente engraçados e com um desfecho que abre margem a um segundo filme (filme este que pretendo ver quão cedo for possível!). Favoritado. Que filme.
Tinha tudo para ser um filme fantástico (figurativa e literalmente), mas nem a direção do talentoso Shyamalan nem a base da história conseguiram fazer este filme "assistível". Me incomodou bastante o enredo muito mal explorado e as reações das personagens, sempre indo na onda do "mecânico que não tem família" sem questionar por um segundo o que estão de fato fazendo. Também detestei a quase-ausência de trilha sonora no filme, e os diálogos bobos (parece que somos idiotas, que não entendemos o que o filme quer dizer). É uma história folclórica de ninar super bonita, mas que teve um desenvolvimento infeliz; o protagonista não convence, o filme não sabe se é comédia ou suspense ou drama (ou fantasia!!1!), lá para a metade do filme ninguém mais aguenta a expressão de peixe morto da tal da dama na água... Realmente, acho que este é o mais fraco do Shyamalan, seguido do igualmente bizarro "Corpo Fechado". Eles têm que parar de falar que é um filme "do diretor de 'O Sexto Sentido' e 'Sinais'", porque isso já não me convence mais. E daí que o cara fez dois grandes sucessos se os outros filmes foram moscas mortas perto deles? Que vontade de afogar esse filme.
Acho inevitável comparar esse aqui com a refilmagem (que acabei vendo primeiro, muito mais novo). De fato, acho necessário cair no clichê de que "o original é muito melhor que o remake", porque nesse caso é irrefutável; "A Profecia" de 1976 tem menos apelo visual, mais diálogo, um maior enfoque nos detalhes, tem mais choque de interesses, é mais envolvente... Enfim, é muito melhor. O de 2006 tem atuações fracas, tem uma violência extremada desnecessária, e coloca um foco muito maior nas mortes em si do que o motivo que as proporciona, a Profecia propriamente dita. Além disso, achei a trilha sonora deste aqui muito boa, e a cena
A maior qualidade deste filme é a complexidade da narrativa. Não é um filme ágil como eu pensava que era, na verdade tem um ritmo bem variado, mas isso não impede que sua trama seduza quem assiste à obra. Jude Law está impecável mais uma vez, e a Zeta-Jones para variar também dá um banho de atuação, acho que seus personagens foram os que mais me prenderam. A história em si tem umas reviravoltas bem inesperadas e o final é de tirar o fôlego, literalmente. Você suspeita de alguma coisa no início, no meio e no final, mas você está sempre "quase" certo! Um bom divertimento, sem dúvidas.
Gostei MUITO da velocidade deste filme (lancinante, sufocante, enlouquecedora, escolha o adjetivo que quiser) e da gradativa revelação dos motivos do antagonista de fazer o que fez. A atuação da Halle Berry está brilhante e a da Abigail vai aí no mesmo estilo. Um bom filme policial (não acho que seja apenas suspense), com muita ação, perseguição e um final no mínimo justo; o que acho é que esta película peca no que tantos outros filmes policiais (ou suspenses, talvez) pecam. Nunca se chama a polícia quando se está perseguindo alguém ~ sozinho ~, sempre se entra no lugar errado sem ajuda e sem arma ~ sozinho ~... Às vezes cansa ter uma ideia tão envolvente, uma direção tão alucinante e um desfecho tão maneiro quando ao mesmo tempo temos doses cavalares de estupidez e inocência por parte de algumas personagens. Não é culpa da Halle Berry, é óbvio; o que está escrito para ela fazer é o que me incomodou. E achei o final legal, gente, não foi assim tão "ruim" ou "comprometedor". Não era o mais certo para fazer, mas afinal, o que é certo num sequestro? Veria de novo com o dobro de pipoca.
Esse filme tem um clima que me lembrou muito "O Iluminado", não só por se passar quase que inteiramente dentro de um hotel como também pelo seu aspecto labiríntico, por suas tomadas largas dos corredores infinitos e das esquinas de seus interiores. Tem um diálogo muito forte mas também um movimento muito vagaroso, apesar de sua curta duração para um filme clássico; tudo acontece bem devagar, já que a base da agilidade do roteiro está na conversa entre o Homem e a Mulher. De qualquer forma também me trouxe à mente o Beckett, já que aqui também há essa poesia quase vária, quase ao acaso, com que Samuel trabalhava, sem contar com o próprio aspecto de desconhecimento do passado dos personagens ou de seu futuro, bem como seus nomes. É uma sensação diferente das com que estamos acostumados, já que não é um filme que se "resolve definitivamente". Você sabe o final e sabe o início, mas o intermédio dos dois é, paradoxal e ironicamente, na mesma medida claro e turvo, preciso e impreciso. Acho que esse é o charme da obra, essa ambivalência, essa clareza imprecisa. Curti.
Mas que filmaço! Documentário que explora a diferença entre o observar e o ver, entre o olhar e o perceber, com um belíssimo discurso sobre a questão da visão na contemporaneidade e as diferentes visões com as quais o ser humano foi agraciado. Os depoimentos dos deficientes visuais em diferentes níveis emocionam e nos fazem refletir sobre o que é a percepção realmente, e qual o seu real papel na nossa vida; e o fotógrafo cego foi para mim o ponto alto da película. As ideias dos poetas e autores também acrescentam muito à base do documentário, dando a ele esse ar de completude e singularidade digno de cinco estrelas no meu Filmow. Favoritei. É isso.
Acho que o importante deste documentário é como ele escancara as corrupções na forma como lidamos com o criminoso, especialmente na questão da polícia - como eles abusam do poder e batem nos presos antes de irem à cadeia, como escondem evidência, como não são (embora deveriam ser) confiáveis ao pé da letra. Isso sem contar no contraste entre a vida de uma defensora pública (e o inevitável poder aquisitivo mais elevado por causa da profissão) e a de uma moradora de uma favela, que está grávida do segundo bebê e provavelmente era menor de idade ao ter o primeiro. Dos dois da diretora Maria Augusta Ramos, eu preferi "Juízo", talvez por ser um pouco mais dinâmico e muito mais polêmico ao abordar o tema dos crimes análogos nos menores de idade. Ademais, ambos são essenciais para o compreendimento do processo jurídico, e igualmente interessantes. Curti.
A proposta é incrível, mas o filme se perde muito no que quer dizer; "O Segredo da Cabana" é uma clara metáfora ao gênero terror e ao seu incansável público, e tem como história-base o velho clichê (proposital) dos cinco amigos que viajam para uma cabana no meio do nada. É claro que o que a gente espera ao ler uma frase dessas é o famoso mais-do-mesmo: todo mundo vai morrer, pelo menos uma gostosinha vai mostrar o peitinho e um otário vai tomar uma lambida da navalha de um zumbi. O incrível é que o filme realmente entrega vários desses aspectos, mas ainda assim surpreende, porque o que está em foco realmente não é essa história dos amigos, mas a do diretor do "filme" a partir dos quais é criado. Há, aliás, toda uma interessante especulação sobre quem-vai-morrer e quem vive no final entre as pessoas que trabalham manipulando o cenário da cabana, e isso é outro aspecto super não-clichê: nunca vi a plateia dos filmes de terror tão bem retratada.
E os deuses, o que falar dos deuses? Eles são nós mesmos! Que criatividade, que elogio! O diretor e seus funcionários trabalham para os "deuses que amam sangue e carnificina", e com os cinco amigos quer fazer os "sacrifícios de sempre". É assim mesmo! Nós somos viciados em carnificina, adoramos ver uma decapitação! lol!
Essa ideia é simplesmente sensacional. O filme, no entanto, peca por outros lados: apesar da criatividade gritante e dos belos efeitos, achei tudo da cabana muito escuro, achei que toda a questão da plateia foi desenvolvida de forma um pouco insatisfatória e não curti o final, apesar de todo o seu simbolismo. Ainda assim, vale a pena conferir, é um filme contemporâneo do Terror que realmente propõe uma outra visão sobre o mesmo; e acho que isso já justifica uma conferida. Quem estiver esperando uma carnificina ou um banho de sangue, vai esquecendo: isso aqui é muito mais para interpretar que para observar somente. Vejam com atenção, é divertido - mas só.
Farofa total! Filme risível, uma grande produção que vai na contramão com um roteiro recheado de clichês e uma trama muito, mas muito mal conduzida. Uma história que parece, em primeiro momento, bem interessante, mas que à medida que é porcamente dirigida tira todo o gosto de ser vista. Em vários momentos ri das situações a que os personagens se submeteram e o Ryan Reynolds está simplesmente ridículo como um "padrasto possuído".
Aliás muito do que acontece no filme me lembrou o clima de "O Iluminado", por mais irônico que isso possa soar; a perseguição do machado, o olhar do George, a família aterrorizada...
E saber que é "baseado em uma história real" apenas confirma a decepção; poderia ser um filmaço, uma refilmagem incrível, mas definitivamente não foi (nem passou perto): isto aqui é apenas mais uma película de família-se-muda-para-casa-mal-assombrada e possessão-de-parentes-vira-80%-do-filme. Os sustos no espelho, e atrás das pessoas, são só mais cerejas nesse bolo de clichês. Nada aqui é original, é simplesmente um filme comercial de terror-suspense genérico e uma perda de tempo para os amantes do gênero. Há quem goste, é claro, e há de se respeitá-los também. Eu não gostei, e é isso.
Não me venham com essa de que esse filme é uma "boa bosta", porque isso não é verdade. Finalmente peguei para assistir a "O Chamado" na íntegra, depois de tantos anos ouvindo falar dessa história da "fita que mata quem a assiste", e me sinto na obrigação de dizer que não achei nem um pouco "bosta"; na real, é um suspense bem atiçador. Contém vários clichês do gênero, é claro, e vários sustos "desnecessários", mas o clima de tensão do filme à medida que os dias passam é realmente muito vivo e "O Chamado" consegue sim te fazer pensar duas vezes antes de atender ao telefone. Não é assim tão ruim, e honestamente não acho que mereça 3.4 aqui no Filmow. Tem muitos filmes bem piores que têm 4.0, 4.2 de média, e este aqui, tão ícone, tão interessante, fica com 3.4. Eu realmente não entendo vocês. O filme é bom sim, parem de dar nota igual às outras pessoas. Se o filme lhe agrada, mostre isso, não tenha vergonha. Que saco. Tantas vezes vejo filmes de terror com nota 2.6 que são tão bons... Esse aqui tá quase nessa também. Sejam sinceros.
Um filme suficientemente tenso e interessante que aborda a questão dos alienígenas invasores, uma questão que eu tanto gosto. É bem legal, me lembrou muito a paródia do "Todo Mundo em Pânico 3", e minha parte favorita foi a dos copos d'água, sem dúvida. Muito criativo. Shyamalan acertou várias vezes (e pecou um pouquinho, admito) nesta película, e mais uma vez o reconheci como um dos personagens, aliás. Não é muito diferente dos outros filmes sobre invasão alienígena, mas não deixa de ser interessante e de adicionar um pouco mais ao todo: os "sinais" nas plantações realmente marcaram. "And what type of person are you?"
Possivelmente um dos mais esquisitos filmes sobre super-herói que já vi na vida. Mistura muita coisa, suspense, com drama, com ficção científica... Bruce Willis novamente fazendo o papel de um indestrutível personagem e o Samuel L. Jackson em mais um caricato personagem secundário. Um bom filme, que tem a vantagem de fazer uma boa base para a história de um super-heroi parecido com muitos, mas com uma origem bem original. Pensei que haveria um segundo volume deste filme, ou coisa parecida, mas se encerrou nisto aqui mesmo. No mais, não me impressionou, pelo talento do diretor, por quem sinto tanta afinidade cinéfila. Razoável.
Interessantíssimo documentário sobre a situação dos menores infratores no Brasil. Os detalhes são impressionantes e eu diria que até chocantes. Tirando a lentidão, eu considero um documentário bem completo sobre o assunto. A situação das meninas que roubaram foi a que mais me deixou sem o que falar; com filhos, e uma delas ainda grávida mais uma vez! Sinistro. O Brasil precisa de educação. Urgentemente.
Me prendeu a atenção do início ao fim, assisti a esse filme e não tive a menor decepção! A revelação do final é sensacional, é do tipo de filme "médico e o monstro" que acaba numa forma muito imprevisível. Vale super a pena conhecer este suspense com o inigualável John Cusack. Nota dez para as atuações e as surpresas. Tem até sustos! Um suspense completo, na minha opinião.
Não costumo me incomodar com filmes de baixo orçamento, geralmente esses são os mais interessantes e os que mais têm a dizer. Para mim, o problema deste "Ju-on" é a narrativa não-linear e complexa demais, sem necessidade. Confesso que fiquei confuso; quem matou quem? Por que tanto ódio? Para onde vai esta energia? E o final também explica muito pouco, aliás, o que abre margem para a continuação de 2003. Além disso, o timing do filme, assim como o de "Kill Bill: Volume 2", me irritou muito. Adoro filmes com desenvolvimento lento, mas este aqui não só é lento mas é também uma tartaruga! E as cenas demoram tanto... E os diálogos são tão escassos... E tudo toma tanto tempo para acontecer... Não me levem a mal, o filme fez jus em sua proposta no sentido de dar sustos e de entregar uma história indo direto ao ponto, do jeito que muita gente gosta, mas ele se perdeu em sua trama emboladíssima, em suas atuações fraquíssimas e em sua lentidão estanque. Os efeitos especiais não me interessaram, apesar de terem sido bem planejados (o baixo orçamento ainda assim surpreende quem vê este filme), e verei o remake (que por sinal foi dirigido pelo mesmo diretor deste aqui) para ver qual prefiro, mas infelizmente este "O Grito" me agradou muito pouco. Nada contra os fãs da série, eu nada tenho a ver com eles. Só estou expressando minha opinião. Quem sabe eu não curto mais o remake?
Acho esse filme super pertinente no sentido de trazer a tona um aspecto interessantíssimo da "família ideal americana", com seu fetiches e desejos mais íntimos, e suas maiores hipocrisias. A película aborda temas como frigidez, traição, homossexualidade enrustida e até pedofilia como características corriqueiras do sonho americano, e toda a fragilidade desse conjunto é escancarada no seu desfecho. As frustrações dos personagens vão convergindo para os desfechos de forma irretocável e imprevisível, e o final é simplesmente sensacional. "And what do you see?" "Beauty."
Esse aqui é indubitavelmente mais lento que o primeiro, tem um ritmo mais calmo mesmo, mas é para explicar tudo direitinho e não deixar brechas. Gostei do cuidado com o roteiro que a produção tomou, é realmente incrível como ser cauteloso funciona em questão de escrever um filme. "Kill Bill: Volume 2", para mim, não é melhor que o primeiro (mesmo que seja questionável ficar comparando os dois, para dizer o mínimo), mas 'encerra' a franquia de um jeito bem "redondo". Soube alguns dias atrás que em 2015 sairá o "Kill Bill: Volume 3" e já fiquei meio assim; como será que vão fazer para continuar essa história...? Tá faltando algum pivô de que eu não me lembro! Ademais, o filme é bom também!
Lindo filme. Me deu até vontade de ser um professor desses! Inspirador e corretíssimo esse método de ensino; a poesia não tem limite. "Dead poet's honor." "And what's that?" "My word."
De Volta Para o Futuro 2
4.2 886 Assista AgoraTem a mesma velocidade e a mesma dinâmica do anterior, e vai dando cada nó na sua cabeça...! Muito bom, de verdade. Para mim a melhor parte é quando
começam a reaparecer cenas do primeiro filme, e o desenvolvimento do segundo acontece em cima do desenvolvimento do primeiro.
A Guerra Invisível
4.3 69Me deu vontade de chorar. É uma realidade completamente encoberta e que tem consequências para uma vida inteira; é a cultura do estupro, respaldada por um machismo quase hereditário nos quartéis e que pode afetar tanto mulheres quanto (pasmem) homens. Uma coisa ficou muito na minha cabeça; "o homem que é estuprado é considerado gay, a boneca dos estupradores, mas os estupradores não, esses não são gays, esses são os mais héteros do quartel". É um documentário realista e revoltante que desconstrói magnificamente todo o conceito de disciplina, de respeito e de camaradagem que o marketing do Exército Americano veicula em suas propagandas. Um tema pesadíssimo conduzido, na maior parte, por mulheres traumatizadas que têm uma história no mínimo honrosa para ser debatida.
Elas merecem justiça.
Que se acabe essa guerra invisível.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraO que gosto neste filme é como o enredo é simples, o desenvolvimento é simples e o desfecho é simples, mas, paradoxal e ironicamente, o filme é complexo. Aqui trata-se mais do que apenas a questão de ficar "perdido no espaço"; temos em nossas mãos um suspense de prender na cadeira que ao mesmo tempo traz uma bela mensagem sobre a condição humana e fascina quem assiste a ele pela fotografia de-tirar-o-fôlego. O 3D, aliás, dá uma acrescentada boa na parte técnica da película, um toque notável.
Outro ponto alto é essa sensibilidade em contraste com a realidade de estar perdido no meio do vácuo: Você se sente dentro do filme, tanto pelas tomadas em primeira-pessoa como pelas panorâmicas (que têm, de quebra, um sensacional fundo com gigantescas imagens da Terra). Todos esses detalhes de encher os olhos contribuem para uma melhor sessão no cinema. O silêncio do filme e o clima por ele proporcionado também auxiliam na parte da reflexão.
Ainda digo mais; não acho que este filme poderia ser feito há uns 30 anos; um filme clássico de ficção-científica não teria essa precisão toda. Acho que a base espacial é uma realidade inquebrantável do século XXI e assistir a filmes com essa temática homenageia, de uma forma ou de outra, todas as conquistas do homem até aqui.
Nós fomos ao espaço.
E talvez ainda continuemos perdidos.
A Mão que Balança o Berço
3.7 903 Assista AgoraAchei um filme redondo e com um argumento SEN-SA-CIO-NAL. Fiquei realmente preso do início ao fim, acho que foi o suspense que mais mexeu comigo até hoje. Belíssima direção, belíssima fotografia, belíssimo roteiro, tudo funciona perfeitamente em "A Mão que Balança o Berço". Os atores estão muito bem, a Juliane Moore está maravilhosa mais uma vez e o ar que a gente prende durante esse filme ainda fica preso depois do final, é um efeito muito difícil de se conseguir (aliás o desfecho é igualmente perfeito, uma obra completa). Menção honrosa para este que, infelizmente, é um filme tão pouco lembrado.
"A mão que balança o berço é a mão que governa o mundo."
O Massacre da Serra Elétrica
3.7 1K Assista AgoraMe perdoem os fãs do filme, eu realmente não gostei disso aqui. Não gostei e darei meus motivos, é claro; primeiro, a fotografia de que vocês tanto falam (suja e nada convencional) para mim simplesmente não funcionou. Soou como se o diretor de fotografia inventasse na hora qualquer lugar para colocar a câmera. Depois, o roteiro; achei simples demais, uma desculpa para matar todo mundo sem explicação, e nem aquele gore apareceu direito. Se o filme peca pelo roteiro, também peca pelos personagens, um pior que o outro, um mais estúpido que o outro. E achei o filme também muito escuro, e muito lento: você quase implora para que alguém morra depois de tanta espera.
É claro que também tem seus pontos altos, há cenas clássicas aqui; quando Leatherface pega a mina por trás, quando ele corta a própria perna, a cena do pôr-do-sol... E esse filme também inspirou várias sequências e remakes, que provavelmente foram até mais assustadores e aterrorizantes do que o original.
Em suma, a película tem suas qualidades, mas o conjunto não me agradou. Isso não quer dizer que o filme seja uma bosta, apenas quer dizer que EU não gostei. E sou fã do gênero. Não venham ditar o que as pessoas devem considerar maravilhoso, achei este filme fraco e isto não me torna menos amante do Terror que nenhum de vocês. O que mais vejo aqui é essa "ditadura do que se gostar"; se você é cult, tem que amar este filme. Se você é fã disso, tem que amar isso. Parem com essa bobagem! As pessoas têm opiniões diferentes e isso não as torna menos importantes!
Não é porque o filme é de 1974 que ele é um clássico. E não é porque é de 1974 que é bom. E não é porque é de 1974 que é sensacional. Ele é clássico pelo legado. É bom por quem acha que é, e sensacional pelo mesmo. É o primeiro de vários, e por isso merece destaque.
Não venham me dizer que este é o maior filme de terror de todos os tempos.
Não venham.
De Volta Para o Futuro
4.4 1,8K Assista AgoraAchei hilário. Um filme de ficção científica super memorável e com várias tiradas geniais
("você me parece familiar, eu conheço a sua mãe?" "eu acho que sim...")
Favoritado. Que filme.
A Dama na Água
2.8 784 Assista AgoraTinha tudo para ser um filme fantástico (figurativa e literalmente), mas nem a direção do talentoso Shyamalan nem a base da história conseguiram fazer este filme "assistível". Me incomodou bastante o enredo muito mal explorado e as reações das personagens, sempre indo na onda do "mecânico que não tem família" sem questionar por um segundo o que estão de fato fazendo. Também detestei a quase-ausência de trilha sonora no filme, e os diálogos bobos (parece que somos idiotas, que não entendemos o que o filme quer dizer). É uma história folclórica de ninar super bonita, mas que teve um desenvolvimento infeliz; o protagonista não convence, o filme não sabe se é comédia ou suspense ou drama (ou fantasia!!1!), lá para a metade do filme ninguém mais aguenta a expressão de peixe morto da tal da dama na água... Realmente, acho que este é o mais fraco do Shyamalan, seguido do igualmente bizarro "Corpo Fechado".
Eles têm que parar de falar que é um filme "do diretor de 'O Sexto Sentido' e 'Sinais'", porque isso já não me convence mais. E daí que o cara fez dois grandes sucessos se os outros filmes foram moscas mortas perto deles?
Que vontade de afogar esse filme.
A Profecia
3.9 594 Assista AgoraAcho inevitável comparar esse aqui com a refilmagem (que acabei vendo primeiro, muito mais novo). De fato, acho necessário cair no clichê de que "o original é muito melhor que o remake", porque nesse caso é irrefutável; "A Profecia" de 1976 tem menos apelo visual, mais diálogo, um maior enfoque nos detalhes, tem mais choque de interesses, é mais envolvente... Enfim, é muito melhor. O de 2006 tem atuações fracas, tem uma violência extremada desnecessária, e coloca um foco muito maior nas mortes em si do que o motivo que as proporciona, a Profecia propriamente dita. Além disso, achei a trilha sonora deste aqui muito boa, e a cena
do padre morrendo praticamente me OBRIGOU a gritar "PERFEITO!" no meio da sessão. Que sequência.
Um clássico! Vale a pena rever inúmeras vezes!
Terapia de Risco
3.6 1,0K Assista AgoraA maior qualidade deste filme é a complexidade da narrativa. Não é um filme ágil como eu pensava que era, na verdade tem um ritmo bem variado, mas isso não impede que sua trama seduza quem assiste à obra. Jude Law está impecável mais uma vez, e a Zeta-Jones para variar também dá um banho de atuação, acho que seus personagens foram os que mais me prenderam. A história em si tem umas reviravoltas bem inesperadas e o final é de tirar o fôlego, literalmente. Você suspeita de alguma coisa no início, no meio e no final, mas você está sempre "quase" certo! Um bom divertimento, sem dúvidas.
Chamada de Emergência
3.7 1,5K Assista AgoraGostei MUITO da velocidade deste filme (lancinante, sufocante, enlouquecedora, escolha o adjetivo que quiser) e da gradativa revelação dos motivos do antagonista de fazer o que fez. A atuação da Halle Berry está brilhante e a da Abigail vai aí no mesmo estilo. Um bom filme policial (não acho que seja apenas suspense), com muita ação, perseguição e um final no mínimo justo; o que acho é que esta película peca no que tantos outros filmes policiais (ou suspenses, talvez) pecam. Nunca se chama a polícia quando se está perseguindo alguém ~ sozinho ~, sempre se entra no lugar errado sem ajuda e sem arma ~ sozinho ~... Às vezes cansa ter uma ideia tão envolvente, uma direção tão alucinante e um desfecho tão maneiro quando ao mesmo tempo temos doses cavalares de estupidez e inocência por parte de algumas personagens. Não é culpa da Halle Berry, é óbvio; o que está escrito para ela fazer é o que me incomodou. E achei o final legal, gente, não foi assim tão "ruim" ou "comprometedor". Não era o mais certo para fazer, mas afinal, o que é certo num sequestro?
Veria de novo com o dobro de pipoca.
O Ano Passado em Marienbad
4.2 156 Assista AgoraEsse filme tem um clima que me lembrou muito "O Iluminado", não só por se passar quase que inteiramente dentro de um hotel como também pelo seu aspecto labiríntico, por suas tomadas largas dos corredores infinitos e das esquinas de seus interiores. Tem um diálogo muito forte mas também um movimento muito vagaroso, apesar de sua curta duração para um filme clássico; tudo acontece bem devagar, já que a base da agilidade do roteiro está na conversa entre o Homem e a Mulher. De qualquer forma também me trouxe à mente o Beckett, já que aqui também há essa poesia quase vária, quase ao acaso, com que Samuel trabalhava, sem contar com o próprio aspecto de desconhecimento do passado dos personagens ou de seu futuro, bem como seus nomes. É uma sensação diferente das com que estamos acostumados, já que não é um filme que se "resolve definitivamente". Você sabe o final e sabe o início, mas o intermédio dos dois é, paradoxal e ironicamente, na mesma medida claro e turvo, preciso e impreciso.
Acho que esse é o charme da obra, essa ambivalência, essa clareza imprecisa.
Curti.
Janela da Alma
4.3 192 Assista AgoraMas que filmaço! Documentário que explora a diferença entre o observar e o ver, entre o olhar e o perceber, com um belíssimo discurso sobre a questão da visão na contemporaneidade e as diferentes visões com as quais o ser humano foi agraciado. Os depoimentos dos deficientes visuais em diferentes níveis emocionam e nos fazem refletir sobre o que é a percepção realmente, e qual o seu real papel na nossa vida; e o fotógrafo cego foi para mim o ponto alto da película. As ideias dos poetas e autores também acrescentam muito à base do documentário, dando a ele esse ar de completude e singularidade digno de cinco estrelas no meu Filmow.
Favoritei. É isso.
Justiça
3.9 52Acho que o importante deste documentário é como ele escancara as corrupções na forma como lidamos com o criminoso, especialmente na questão da polícia - como eles abusam do poder e batem nos presos antes de irem à cadeia, como escondem evidência, como não são (embora deveriam ser) confiáveis ao pé da letra. Isso sem contar no contraste entre a vida de uma defensora pública (e o inevitável poder aquisitivo mais elevado por causa da profissão) e a de uma moradora de uma favela, que está grávida do segundo bebê e provavelmente era menor de idade ao ter o primeiro. Dos dois da diretora Maria Augusta Ramos, eu preferi "Juízo", talvez por ser um pouco mais dinâmico e muito mais polêmico ao abordar o tema dos crimes análogos nos menores de idade. Ademais, ambos são essenciais para o compreendimento do processo jurídico, e igualmente interessantes. Curti.
O Segredo da Cabana
3.0 3,2KA proposta é incrível, mas o filme se perde muito no que quer dizer; "O Segredo da Cabana" é uma clara metáfora ao gênero terror e ao seu incansável público, e tem como história-base o velho clichê (proposital) dos cinco amigos que viajam para uma cabana no meio do nada. É claro que o que a gente espera ao ler uma frase dessas é o famoso mais-do-mesmo: todo mundo vai morrer, pelo menos uma gostosinha vai mostrar o peitinho e um otário vai tomar uma lambida da navalha de um zumbi. O incrível é que o filme realmente entrega vários desses aspectos, mas ainda assim surpreende, porque o que está em foco realmente não é essa história dos amigos, mas a do diretor do "filme" a partir dos quais é criado. Há, aliás, toda uma interessante especulação sobre quem-vai-morrer e quem vive no final entre as pessoas que trabalham manipulando o cenário da cabana, e isso é outro aspecto super não-clichê: nunca vi a plateia dos filmes de terror tão bem retratada.
E os deuses, o que falar dos deuses? Eles são nós mesmos! Que criatividade, que elogio! O diretor e seus funcionários trabalham para os "deuses que amam sangue e carnificina", e com os cinco amigos quer fazer os "sacrifícios de sempre". É assim mesmo! Nós somos viciados em carnificina, adoramos ver uma decapitação! lol!
Essa ideia é simplesmente sensacional. O filme, no entanto, peca por outros lados: apesar da criatividade gritante e dos belos efeitos, achei tudo da cabana muito escuro, achei que toda a questão da plateia foi desenvolvida de forma um pouco insatisfatória e não curti o final, apesar de todo o seu simbolismo. Ainda assim, vale a pena conferir, é um filme contemporâneo do Terror que realmente propõe uma outra visão sobre o mesmo; e acho que isso já justifica uma conferida.
Quem estiver esperando uma carnificina ou um banho de sangue, vai esquecendo: isso aqui é muito mais para interpretar que para observar somente. Vejam com atenção, é divertido - mas só.
Horror em Amityville
3.2 815 Assista AgoraFarofa total! Filme risível, uma grande produção que vai na contramão com um roteiro recheado de clichês e uma trama muito, mas muito mal conduzida. Uma história que parece, em primeiro momento, bem interessante, mas que à medida que é porcamente dirigida tira todo o gosto de ser vista. Em vários momentos ri das situações a que os personagens se submeteram e o Ryan Reynolds está simplesmente ridículo como um "padrasto possuído".
Aliás muito do que acontece no filme me lembrou o clima de "O Iluminado", por mais irônico que isso possa soar; a perseguição do machado, o olhar do George, a família aterrorizada...
Há quem goste, é claro, e há de se respeitá-los também.
Eu não gostei, e é isso.
O Chamado
3.4 1,5K Assista AgoraNão me venham com essa de que esse filme é uma "boa bosta", porque isso não é verdade. Finalmente peguei para assistir a "O Chamado" na íntegra, depois de tantos anos ouvindo falar dessa história da "fita que mata quem a assiste", e me sinto na obrigação de dizer que não achei nem um pouco "bosta"; na real, é um suspense bem atiçador. Contém vários clichês do gênero, é claro, e vários sustos "desnecessários", mas o clima de tensão do filme à medida que os dias passam é realmente muito vivo e "O Chamado" consegue sim te fazer pensar duas vezes antes de atender ao telefone. Não é assim tão ruim, e honestamente não acho que mereça 3.4 aqui no Filmow. Tem muitos filmes bem piores que têm 4.0, 4.2 de média, e este aqui, tão ícone, tão interessante, fica com 3.4.
Eu realmente não entendo vocês.
O filme é bom sim, parem de dar nota igual às outras pessoas. Se o filme lhe agrada, mostre isso, não tenha vergonha. Que saco. Tantas vezes vejo filmes de terror com nota 2.6 que são tão bons... Esse aqui tá quase nessa também.
Sejam sinceros.
Sinais
3.5 1,4K Assista AgoraUm filme suficientemente tenso e interessante que aborda a questão dos alienígenas invasores, uma questão que eu tanto gosto. É bem legal, me lembrou muito a paródia do "Todo Mundo em Pânico 3", e minha parte favorita foi a dos copos d'água, sem dúvida. Muito criativo. Shyamalan acertou várias vezes (e pecou um pouquinho, admito) nesta película, e mais uma vez o reconheci como um dos personagens, aliás. Não é muito diferente dos outros filmes sobre invasão alienígena, mas não deixa de ser interessante e de adicionar um pouco mais ao todo: os "sinais" nas plantações realmente marcaram.
"And what type of person are you?"
Corpo Fechado
3.7 1,3K Assista AgoraPossivelmente um dos mais esquisitos filmes sobre super-herói que já vi na vida. Mistura muita coisa, suspense, com drama, com ficção científica... Bruce Willis novamente fazendo o papel de um indestrutível personagem e o Samuel L. Jackson em mais um caricato personagem secundário. Um bom filme, que tem a vantagem de fazer uma boa base para a história de um super-heroi parecido com muitos, mas com uma origem bem original. Pensei que haveria um segundo volume deste filme, ou coisa parecida, mas se encerrou nisto aqui mesmo. No mais, não me impressionou, pelo talento do diretor, por quem sinto tanta afinidade cinéfila.
Razoável.
Juízo
4.0 118Interessantíssimo documentário sobre a situação dos menores infratores no Brasil. Os detalhes são impressionantes e eu diria que até chocantes. Tirando a lentidão, eu considero um documentário bem completo sobre o assunto. A situação das meninas que roubaram foi a que mais me deixou sem o que falar; com filhos, e uma delas ainda grávida mais uma vez! Sinistro.
O Brasil precisa de educação. Urgentemente.
Identidade
3.8 869 Assista AgoraMe prendeu a atenção do início ao fim, assisti a esse filme e não tive a menor decepção! A revelação do final é sensacional, é do tipo de filme "médico e o monstro" que acaba numa forma muito imprevisível. Vale super a pena conhecer este suspense com o inigualável John Cusack. Nota dez para as atuações e as surpresas. Tem até sustos!
Um suspense completo, na minha opinião.
O Grito
3.0 170Não costumo me incomodar com filmes de baixo orçamento, geralmente esses são os mais interessantes e os que mais têm a dizer. Para mim, o problema deste "Ju-on" é a narrativa não-linear e complexa demais, sem necessidade. Confesso que fiquei confuso; quem matou quem? Por que tanto ódio? Para onde vai esta energia? E o final também explica muito pouco, aliás, o que abre margem para a continuação de 2003.
Além disso, o timing do filme, assim como o de "Kill Bill: Volume 2", me irritou muito. Adoro filmes com desenvolvimento lento, mas este aqui não só é lento mas é também uma tartaruga! E as cenas demoram tanto... E os diálogos são tão escassos... E tudo toma tanto tempo para acontecer...
Não me levem a mal, o filme fez jus em sua proposta no sentido de dar sustos e de entregar uma história indo direto ao ponto, do jeito que muita gente gosta, mas ele se perdeu em sua trama emboladíssima, em suas atuações fraquíssimas e em sua lentidão estanque. Os efeitos especiais não me interessaram, apesar de terem sido bem planejados (o baixo orçamento ainda assim surpreende quem vê este filme), e verei o remake (que por sinal foi dirigido pelo mesmo diretor deste aqui) para ver qual prefiro, mas infelizmente este "O Grito" me agradou muito pouco.
Nada contra os fãs da série, eu nada tenho a ver com eles. Só estou expressando minha opinião. Quem sabe eu não curto mais o remake?
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraAcho esse filme super pertinente no sentido de trazer a tona um aspecto interessantíssimo da "família ideal americana", com seu fetiches e desejos mais íntimos, e suas maiores hipocrisias. A película aborda temas como frigidez, traição, homossexualidade enrustida e até pedofilia como características corriqueiras do sonho americano, e toda a fragilidade desse conjunto é escancarada no seu desfecho. As frustrações dos personagens vão convergindo para os desfechos de forma irretocável e imprevisível, e o final é simplesmente sensacional.
"And what do you see?"
"Beauty."
Kill Bill: Volume 2
4.2 1,5K Assista AgoraEsse aqui é indubitavelmente mais lento que o primeiro, tem um ritmo mais calmo mesmo, mas é para explicar tudo direitinho e não deixar brechas. Gostei do cuidado com o roteiro que a produção tomou, é realmente incrível como ser cauteloso funciona em questão de escrever um filme. "Kill Bill: Volume 2", para mim, não é melhor que o primeiro (mesmo que seja questionável ficar comparando os dois, para dizer o mínimo), mas 'encerra' a franquia de um jeito bem "redondo". Soube alguns dias atrás que em 2015 sairá o "Kill Bill: Volume 3" e já fiquei meio assim; como será que vão fazer para continuar essa história...? Tá faltando algum pivô de que eu não me lembro!
Ademais, o filme é bom também!
Sociedade dos Poetas Mortos
4.3 2,3K Assista AgoraLindo filme. Me deu até vontade de ser um professor desses! Inspirador e corretíssimo esse método de ensino; a poesia não tem limite.
"Dead poet's honor."
"And what's that?"
"My word."