Terror psicológico de primeira qualidade, que apesar de ser uma colaboração entre países, podemos incluir no "New French Extremity", pois atende os requisitos, extremamente violento, pesado, intenso e agoniante, mesmo com uma premissa um tanto clichê, que acaba se transformando totalmente conforme se desenvolve a trama, transcorrendo de forma lenta, construindo o clima desejado, com momentos bastante intimistas e cenas que causam uma certa repulsa, além das sequências de abusos físicos, torturas, principalmente psicológicas, extremamente incomodas e sádicas. Calvaire é uma obra cheia de simbolismos, que apresenta a vida do homem como um verdadeiro calvário.
Clássico do terror dos anos 80, baseado na obra de Stephen King, não sou um grande fã de filmes com animais, confesso que só fui assistir inteiro, depois de mais velho, e valeu a pena! Uma obra claustrofóbica, que consegue incomodar bastante o espectador, com roteiro bastante simples, que de início acaba sendo um tanto cansativo, onde se perde muito tempo apresentando os personagens, mas quando finalmente a ação começa, tudo é recompensado, as cenas envolvendo os ataques conseguem ser bem realistas, o clima de tensão e medo é bastante palpável, nem mesmo o excesso de "jumps scares", conseguem estragar a experiência, ao contrário, funcionam muito bem, ao menos para mim. Outro ponto importante é o cão, extremamente convincente, realmente assusta, principalmente com toda transformação que sofre com o desenvolver da trama.
Se trata de um filme de terror de sobrevivência de baixo orçamento, com boa dose de ação e um certo toque de humor negro, praticamente sem efeitos digitais, apostando somente nos bons efeitos práticos, gosto muito do trabalho com os lobisomens, bastante realista! O longa traz sequências insanas, mortes viscerais, somados a um clima agoniante e claustrofóbico, mesmo cheio de falhas e furos no roteiro, o longa consegue prender o espectador durante todo tempo.
Um dos maiores clássicos do cinema de horror japonês, não é um terror convencional, é sutil, com uma boa dose de drama, trabalhando com pessoas normais levadas ao limite, explorando a natureza do ser humano, de maneira mais crua possível, todo em preto e branco, reforçando ainda mais todo clima melancólico e depressivo pretendido, além do ótimo trabalho de iluminação, fundamental em obras P&B, aqui a "violência" psicológica é o destaque, somado ao ótimo desfecho!. Uma obra que apesar da idade, merece ser vista!
O terror com maior hype de "filme amaldiçoado" dos últimos anos, com muitas historias (ou puro marketing mesmo) ao redor, de início se vende como um mockumentary, muito bem feito, seguido da exibição do "verdadeiro" filme, se passando nos anos 70/80, que apesar de algumas falhas de ambientação, se vende muito bem como uma obra da época, com um roteiro bastante simples, que deixa alguns espaços para diferentes interpretações, brincando com temas e símbolos demoníacos, consegue construir um clima bastante macabro, além de uma atmosfera densa e obscura em alguns momentos, porém acaba se perdendo no decorrer trama, onde tudo fica lento e arrastado, mas nada que atrapalhe muito a experiência.
Marca a estreia como diretor profissional, de James Wan, (Sobrenatural, 2010 e Invocação do Mal, 2013), que se tornaria um dos mais prolíficos diretores do cinema de terror mundial, da atualidade! Jogos Mortais é um dos meus filmes favoritos de todos os tempos, investigativo, intimista, agoniante e claustrofóbico, com um ritmo angustiante, consegue construir uma atmosfera de tensão como poucos, sensacional, instiga e manipula o espectador durante todo tempo, com uma ambientação excelente, atuações muito convincentes e uma trilha sonora perfeita, além da ótima fotografia e dinâmica das cenas, fechando com um belo plot twist. Vale citar ainda o boneco "Billy", que dá um toque todo especial à obra.
Longa de terror de baixo orçamento, dos mesmos diretores da refilmagem do clássico, "Cemitério Maldito", o longa mistura temas sobrenaturais e se propõe a discutir a busca pela fama e até onde as pessoas vão para conseguir, apesar de algumas cenas violentas, alguns momentos assustadores, com efeitos práticos bem feitos, além da boa atuação da protagonista durante toda sua transformação e de achar interessante a premissa, o desenvolvimento da trama, não me agrada, nenhum pouco, tudo é muito raso, superficial, pouco explicativo, além da velha conveniência ao roteiro, estes pontos atrapalham bastante a experiência.
Temos aqui um slasher de primeira, nem tanto pela trama em si, com premissa extremamente simples, mas pelo palhaço assassino, Art, este faz o longa valer a pena. Se trata de um terror de baixo orçamento, com um pé no trash, que não se leva tão a sério, cheio de clichês, porém bastante violento, com cenas cruas de torturas. Um dos pontos positivos, é conseguir nos deixar na dúvida até o final, se o palhaço é um ser humano ou uma criatura, como Pennywise, por exemplo. "Art The Clown" é um dos mais brutos, se não, o mais bruto palhaço do cinema, me lembro de assistir "All Hallows Eve" de 2013, e ficar impressionado com todo o potencial deste personagem, que aqui foi muito bem construído, bem caracterizado, além de contar com a excelente interpretação de David Howard Thornton! Pelo lado negativo, mais uma vez, a "burrice" conveniente ao roteiro que sofrem vários personagens.
Longa baseado no livro de Heinz Strunk, conta a história real do serial killer alemão, Fritz Honka, que no início dos anos 70, assassinou e mutilou ao menos quatro mulheres. Uma obra violenta, impactante e perturbadora, que nos apresenta um protagonista repugnante, com uma imagem que causa repulsa logo no primeiro contato, muito bem caracterizado, com maquiagens muito bem feitas e ótima atuação de Jonas Dassler. Apesar de muito bem feito, muito bem cuidado e com cenas bastante realistas, o longa peca no desenvolvimento da trama, alternando momentos interessantes, com momentos onde tudo fica muito arrastado e superficial, atrapalhando um pouco a experiência, mas nada que diminua os méritos desta obra.
Mais um longa do indiano, M. Night Shyamalan, diretor de "O Sexto Sentido", agora com um terror no estilo "found footage", com certo toque cômico, traz uma premissa interessante e bem desenvolvida, gosto do tom mais realista, sem exageros em cenas violentas e mirabolantes, com todo destaque para a atuação da atriz Deanna Dunagan, além de conseguir construir um clima de apreensão bastante interessante, somente atrapalhado pelo excesso de cenas cômicas, outros pontos negativos ficam pelo abuso de alguns clichês, pela trama se tornar um tanto arrastada em alguns momentos e pela tentativa frustrada de um "plot twist" meia boca.
Mais um terror sobre bruxas, é um filme denso, que transcorre lentamente, uma obra até certo ponto, bastante visual, em uma linda locação, com bela fotografia, poucos diálogos, construindo assim, uma atmosfera bastante densa, transformando todo ambiente em algo perturbador, não necessariamente por cenas violentas, mas sim pelo que é proposto e não mostrado, uma obra muito bem trabalhada, muito bem cuidada, com algumas cenas bastante incômodas, principalmente psicologicamente, porém apesar destes pontos positivos e entender o proposto, confesso que o longa não me agradou tanto, a obra exige uma certa imersão do espectador para conseguir oferecer uma boa experiência, mas em momento algum me proporcionou tal coisa, de repente mereça ser visto novamente, outro dia, com outra vibe... Veremos.
Clássico exploitation do início dos anos 70, do mestre Wes Craven, um longa de baixo orçamento, produção quase amadora, que vende a ideia de ser baseado em história real, mas que na realidade é baseado na obra do famoso diretor sueco, Ingmar Bergman, um longa sádico, extremamente cru e violento, ainda mais para a época, obviamente, acabou sofrendo com a censura e proibido em vários países, mesmo assim acabou se tornando um dos percursores do estilo "revenge movie/film" nos USA, porém, acaba ficando devendo em relação aos outros títulos dos anos 70, muito pela horrível trilha sonora, algumas atuações que beiram o ridículo e principalmente por algumas cenas e sequências que nos remetem ao cinema de comédia pastelão, que poderiam facilmente estar em um longa de "Os Trapalhões".
Um terror com boa dose de suspense e algum drama, apesar da premissa extremamente simples e do uso de alguns clichês, o longa também inova, ao ser filmado em espaços reduzidos, mesmo sendo no oceano, conseguindo tornar tudo o mais claustrofóbico possível, o que mais chama a atenção, é que o longa consegue manter a tensão proposta durante todo tempo, impossível não nos remeter ao clássico, "Tubarão", de Steven Spielberg. Vale citar ainda pelo lado positivo a bela fotografia, quente e viva, além da ótima atuação da Blake Lively, já o lado negativo fica pelo desfecho, razoavelmente absurdo.
Este, chama muito a atenção, parece simples, direto, mas não se deixe enganar, é muito mais! Um filme de zumbis pouco convencional, um longa de baixo orçamento, quase todo em plano-sequencia, feito na raça, dá para perceber que não faltou esforço e dedicação, propositalmente caricato e completamente nonsense, poderia ser só mais um, mas com uma construção diferenciada, extremamente criativa, toda essa insanidade, passa beirar a genialidade! No final das contas esse longa acaba sendo uma grande homenagem à galera que trabalha com cinema, principalmente cinema independente, uma grata surpresa, vale muito a pena ver, é diversão garantida!
Clássico slasher do início dos anos 2000, aquela velha premissa, seres deformados, caçando tudo e todos, aqui você não vai ver nada novo, tudo aqui já foi visto antes, apesar de ser razoavelmente violento, como pede o gênero, fica devendo um pouco em relação às mortes, até apresenta algumas cenas legais e criativas, mas merecia algo mais pesado e realmente violento visualmente, como outros títulos da mesma época, aqui pouca coisa empolga, os personagens são fracos, cheio de clichês e "jump scares", este parece empacotado e embalado para um público mais adolescente, confesso que acabo gostando mais de suas sequências, que se levam menos a sério e agregam um tom mais sarcástico e cômico ao típico slasher.
Confesso que ainda estou indeciso, se gostei ou o quanto gostei desta sequência, não difere muito de seu antecessor, basicamente mesma fórmula, mesmo andamento, esperava algo mais dinâmico, mais intenso, mais adulto, pois agora a trama não é mais 100% focada em jovens e crianças, mas felizmente, por outro lado, consegue ser visualmente mais assustador que o anterior, graças a seus efeitos gráficos, mesmo que cheio de "jump scares" e clichês (que neste caso, em sua maioria, funcionaram bem), porém mais uma vez, mesmo com boas atuações do elenco em geral, todo destaque vai para Bill Skarsgård e seu Pennywise, além do destaque para o ato final da trama, é o que faz a coisa toda valer a pena, leva o longa para outro nível, dai minha indecisão, são quase 3 horas de filme, onde boa parte dele é dispensável, já o ato final é o diferencial!
Temos aqui um terror sobrenatural, simples e direto, nada original, que não apresenta nenhuma novidade, mas por incrível que pareça, funciona bem, ainda mais dentro desta nossa "nova realidade", consegue mexer com o espectador, com um ritmo acelerado e diferentes coisas acontecendo ao mesmo tempo, nas várias telas. Mesmo abusando um pouco dos "jump scares", conseguem construir e manter um clima tenso durante todo o tempo, muitas das cenas são bem criativas, apesar de os efeitos práticos e gráficos serem bastante simples, tudo isso, somado às convincentes atuações, fazem de "Host", uma divertida experiência.
OBS: Provavelmente, em uma situação normal, fora da quarentena, este longa perderia muito de seu apelo e reconhecimento.
Diferente dos filmes sobre vampiros feitos nos últimos anos, mais voltados ao público adolescente, aqui temos vampiros como devem ser, violentos e brutais, uma mistura de terror com boa dose de suspense, em um longa aterrorizante, que aposta em construir o clima desejado antes dos principais eventos ocorrerem, com efeitos muito bons, tanto práticos como digitais, a fotografia escura e densa, contribui para uma atmosfera bastante sinistra, gosto dos longas que abrem mão da trilha sonora nos momentos mais tensos, deixam que o silêncio e o som ambiente tragam aquela forte sensação visceral de desconforto. Só me incomoda um pouco a velha conveniência ao roteiro, onde a falta de inteligência de alguns personagens, convenientemente acabam amarrando a trama.
Muito influenciado pelo excelente filme sueco, "Thriller - Um Filme Cruel", a obra de baixo orçamento, "A Vingança de Jennifer" é um clássico "revenge movie", um dos primeiros do estilo feito nos USA, filme que acabou proibido em vários países, uma obra que divide opiniões quanto ao seu teor, se incita violência contra a mulher ou o contrário, ao mostrar a mulher se sobressaindo após uma situação extremamente traumática, não vou entrar nesse detalhe, pois rende muita discussão, falando do filme, é uma obra extremamente realista e pesada, com cenas cruas e aflitivas, que trazem uma certa revolta ao espectador, sem trilha sonora alguma, somente o som ambiente, tornando tudo mais pesado e intenso, com todo destaque para a atuação da atriz, Camille Keaton!
Um bom suspense, cheio de alternativas, que explora diferentes perspectivas, em vários momentos nos deixa na dúvida de o quão real é a situação, se é um acontecimento sobrenatural ou não, uma obra densa, sombria, que incomoda e tenta provocar o espectador durante todo o tempo, com excelente trilha sonora, tornando tudo muito mais intenso, confesso que me incomoda um pouco o excesso de "jump scare", poucos realmente funcionam, a maioria deles não tem resultado algum, além disso, em alguns momentos talvez se perca um pouco dentro das várias direções apresentadas, mas no geral é um bom suspense, que deve agradar em cheio os fãs de "plot twist".
Mais uma obra do aclamado diretor Darren Aronofsky, para quem conhece seu trabalho, sabe que geralmente suas obras tendem ser complexas e demandam uma certa dose de atenção do espectador, este é um filme que divide opiniões, inicialmente se vende como um terror de invasão domiciliar, mas não se engane, não é só isso, filmado em espaço reduzido, afinal se passa basicamente dentro de uma casa, "Mãe!" é um longa aflitivo e agoniante, cheio de simbolismos e referências religiosas, sem trilha sonora alguma, deixando todo destaque para o som ambiente, construindo um clima de tensão sufocante, que se mantém durante todo tempo, com grande destaque para o desfecho!
Controversa obra do egocêntrico diretor, Lars von Trier, ao contrário que o nome possa indicar, este não é um filme sobre possessões ou assombrações, é essencialmente sobre o ser humano e todos seus conflitos, sua necessidade de racionalizar tudo e sua busca desesperada por respostas. É uma obra que choca de várias formas, visceral, com cenas de sexo explicito, torturas e violência extrema, algumas delas bastante incomodas, mesmo para os já habituados com cinema extremo. Cheio de simbologias, reflexões filosóficas e referências religiosas, a obra ainda conta com excelente fotografia, fria e escura, trilha sonora precisa e intensa, além de atuações espetaculares da dupla de protagonistas, sem dúvidas, uma grande obra que merece ser vista!
Se trata de um longa de baixo orçamento, violento e degradante, que acabou censurado em vários países, com cenas de violência, humilhação, estupro, sexo quase explicito e tortura física e psicológica. Reza a lenda, que a maioria das cenas foram gravadas sem efeitos, sem maquiagens, no velho estilo "snuff" (violência real), incluindo algumas cenas pesadas de violência física, que incluem até o corpo da atriz ser marcado com ferro quente (marcador de gado), mas é possível que seja apenas marketing para divulgar a obra (embora, ela mesmo em entrevista, admita ser tudo real), que por sua vez, embora interessante para os adoradores de cinema extremo, não agrega muito, me parece que no geral é tudo gratuito, exclusivamente para chocar. Vale ressaltar a atuação impressionante da atriz, Rodleen Getsic, sendo ou não real toda violência mostrada, sua atuação foi impressionante.
Para falar a verdade, não sei bem definir qual o gênero deste longa, uma obra extremamente doentia, que parece ter como intensão apenas provocar e chocar o público, com um forte humor negro, brincando com temas sérios e pesados, como religião (cristianismo), canibalismo, abusos sexuais e afins. Temos aqui uma antologia, dividida em quatro seguimentos, um mais insano que o outro, vale destaque para duas sequencias, um parto, apresentado de modo violento ao extremo e uma sequência canibal, sensual, envolvendo uma representação de Cristo, cenas do segundo e quarto seguimentos respectivamente, "Subconscious Cruelty" é uma obra de difícil digestão, feita unicamente com intuito de chocar, para os fãs de obras mais extremas, é um prato cheio.
Calvaire
3.1 95Terror psicológico de primeira qualidade, que apesar de ser uma colaboração entre países, podemos incluir no "New French Extremity", pois atende os requisitos, extremamente violento, pesado, intenso e agoniante, mesmo com uma premissa um tanto clichê, que acaba se transformando totalmente conforme se desenvolve a trama, transcorrendo de forma lenta, construindo o clima desejado, com momentos bastante intimistas e cenas que causam uma certa repulsa, além das sequências de abusos físicos, torturas, principalmente psicológicas, extremamente incomodas e sádicas. Calvaire é uma obra cheia de simbolismos, que apresenta a vida do homem como um verdadeiro calvário.
Cujo
3.3 439 Assista AgoraClássico do terror dos anos 80, baseado na obra de Stephen King, não sou um grande fã de filmes com animais, confesso que só fui assistir inteiro, depois de mais velho, e valeu a pena! Uma obra claustrofóbica, que consegue incomodar bastante o espectador, com roteiro bastante simples, que de início acaba sendo um tanto cansativo, onde se perde muito tempo apresentando os personagens, mas quando finalmente a ação começa, tudo é recompensado, as cenas envolvendo os ataques conseguem ser bem realistas, o clima de tensão e medo é bastante palpável, nem mesmo o excesso de "jumps scares", conseguem estragar a experiência, ao contrário, funcionam muito bem, ao menos para mim. Outro ponto importante é o cão, extremamente convincente, realmente assusta, principalmente com toda transformação que sofre com o desenvolver da trama.
Dog Soldiers: Cães de Caça
3.5 209 Assista AgoraSe trata de um filme de terror de sobrevivência de baixo orçamento, com boa dose de ação e um certo toque de humor negro, praticamente sem efeitos digitais, apostando somente nos bons efeitos práticos, gosto muito do trabalho com os lobisomens, bastante realista! O longa traz sequências insanas, mortes viscerais, somados a um clima agoniante e claustrofóbico, mesmo cheio de falhas e furos no roteiro, o longa consegue prender o espectador durante todo tempo.
Onibaba: A Mulher Demônio
4.1 116Um dos maiores clássicos do cinema de horror japonês, não é um terror convencional, é sutil, com uma boa dose de drama, trabalhando com pessoas normais levadas ao limite, explorando a natureza do ser humano, de maneira mais crua possível, todo em preto e branco, reforçando ainda mais todo clima melancólico e depressivo pretendido, além do ótimo trabalho de iluminação, fundamental em obras P&B, aqui a "violência" psicológica é o destaque, somado ao ótimo desfecho!. Uma obra que apesar da idade, merece ser vista!
Antrum: O Filme Mais Mortal Já Feito
2.8 60 Assista AgoraO terror com maior hype de "filme amaldiçoado" dos últimos anos, com muitas historias (ou puro marketing mesmo) ao redor, de início se vende como um mockumentary, muito bem feito, seguido da exibição do "verdadeiro" filme, se passando nos anos 70/80, que apesar de algumas falhas de ambientação, se vende muito bem como uma obra da época, com um roteiro bastante simples, que deixa alguns espaços para diferentes interpretações, brincando com temas e símbolos demoníacos, consegue construir um clima bastante macabro, além de uma atmosfera densa e obscura em alguns momentos, porém acaba se perdendo no decorrer trama, onde tudo fica lento e arrastado, mas nada que atrapalhe muito a experiência.
Jogos Mortais
3.7 1,6K Assista AgoraMarca a estreia como diretor profissional, de James Wan, (Sobrenatural, 2010 e Invocação do Mal, 2013), que se tornaria um dos mais prolíficos diretores do cinema de terror mundial, da atualidade! Jogos Mortais é um dos meus filmes favoritos de todos os tempos, investigativo, intimista, agoniante e claustrofóbico, com um ritmo angustiante, consegue construir uma atmosfera de tensão como poucos, sensacional, instiga e manipula o espectador durante todo tempo, com uma ambientação excelente, atuações muito convincentes e uma trilha sonora perfeita, além da ótima fotografia e dinâmica das cenas, fechando com um belo plot twist. Vale citar ainda o boneco "Billy", que dá um toque todo especial à obra.
Starry Eyes
2.9 178Longa de terror de baixo orçamento, dos mesmos diretores da refilmagem do clássico, "Cemitério Maldito", o longa mistura temas sobrenaturais e se propõe a discutir a busca pela fama e até onde as pessoas vão para conseguir, apesar de algumas cenas violentas, alguns momentos assustadores, com efeitos práticos bem feitos, além da boa atuação da protagonista durante toda sua transformação e de achar interessante a premissa, o desenvolvimento da trama, não me agrada, nenhum pouco, tudo é muito raso, superficial, pouco explicativo, além da velha conveniência ao roteiro, estes pontos atrapalham bastante a experiência.
Aterrorizante
2.9 456 Assista AgoraTemos aqui um slasher de primeira, nem tanto pela trama em si, com premissa extremamente simples, mas pelo palhaço assassino, Art, este faz o longa valer a pena. Se trata de um terror de baixo orçamento, com um pé no trash, que não se leva tão a sério, cheio de clichês, porém bastante violento, com cenas cruas de torturas. Um dos pontos positivos, é conseguir nos deixar na dúvida até o final, se o palhaço é um ser humano ou uma criatura, como Pennywise, por exemplo. "Art The Clown" é um dos mais brutos, se não, o mais bruto palhaço do cinema, me lembro de assistir "All Hallows Eve" de 2013, e ficar impressionado com todo o potencial deste personagem, que aqui foi muito bem construído, bem caracterizado, além de contar com a excelente interpretação de David Howard Thornton! Pelo lado negativo, mais uma vez, a "burrice" conveniente ao roteiro que sofrem vários personagens.
O Bar Luva Dourada
3.6 341Longa baseado no livro de Heinz Strunk, conta a história real do serial killer alemão, Fritz Honka, que no início dos anos 70, assassinou e mutilou ao menos quatro mulheres. Uma obra violenta, impactante e perturbadora, que nos apresenta um protagonista repugnante, com uma imagem que causa repulsa logo no primeiro contato, muito bem caracterizado, com maquiagens muito bem feitas e ótima atuação de Jonas Dassler. Apesar de muito bem feito, muito bem cuidado e com cenas bastante realistas, o longa peca no desenvolvimento da trama, alternando momentos interessantes, com momentos onde tudo fica muito arrastado e superficial, atrapalhando um pouco a experiência, mas nada que diminua os méritos desta obra.
A Visita
3.3 1,6K Assista AgoraMais um longa do indiano, M. Night Shyamalan, diretor de "O Sexto Sentido", agora com um terror no estilo "found footage", com certo toque cômico, traz uma premissa interessante e bem desenvolvida, gosto do tom mais realista, sem exageros em cenas violentas e mirabolantes, com todo destaque para a atuação da atriz Deanna Dunagan, além de conseguir construir um clima de apreensão bastante interessante, somente atrapalhado pelo excesso de cenas cômicas, outros pontos negativos ficam pelo abuso de alguns clichês, pela trama se tornar um tanto arrastada em alguns momentos e pela tentativa frustrada de um "plot twist" meia boca.
A Maldição da Bruxa
3.2 172 Assista AgoraMais um terror sobre bruxas, é um filme denso, que transcorre lentamente, uma obra até certo ponto, bastante visual, em uma linda locação, com bela fotografia, poucos diálogos, construindo assim, uma atmosfera bastante densa, transformando todo ambiente em algo perturbador, não necessariamente por cenas violentas, mas sim pelo que é proposto e não mostrado, uma obra muito bem trabalhada, muito bem cuidada, com algumas cenas bastante incômodas, principalmente psicologicamente, porém apesar destes pontos positivos e entender o proposto, confesso que o longa não me agradou tanto, a obra exige uma certa imersão do espectador para conseguir oferecer uma boa experiência, mas em momento algum me proporcionou tal coisa, de repente mereça ser visto novamente, outro dia, com outra vibe... Veremos.
Aniversário Macabro
3.1 233 Assista AgoraClássico exploitation do início dos anos 70, do mestre Wes Craven, um longa de baixo orçamento, produção quase amadora, que vende a ideia de ser baseado em história real, mas que na realidade é baseado na obra do famoso diretor sueco, Ingmar Bergman, um longa sádico, extremamente cru e violento, ainda mais para a época, obviamente, acabou sofrendo com a censura e proibido em vários países, mesmo assim acabou se tornando um dos percursores do estilo "revenge movie/film" nos USA, porém, acaba ficando devendo em relação aos outros títulos dos anos 70, muito pela horrível trilha sonora, algumas atuações que beiram o ridículo e principalmente por algumas cenas e sequências que nos remetem ao cinema de comédia pastelão, que poderiam facilmente estar em um longa de "Os Trapalhões".
Águas Rasas
3.4 1,3K Assista AgoraUm terror com boa dose de suspense e algum drama, apesar da premissa extremamente simples e do uso de alguns clichês, o longa também inova, ao ser filmado em espaços reduzidos, mesmo sendo no oceano, conseguindo tornar tudo o mais claustrofóbico possível, o que mais chama a atenção, é que o longa consegue manter a tensão proposta durante todo tempo, impossível não nos remeter ao clássico, "Tubarão", de Steven Spielberg. Vale citar ainda pelo lado positivo a bela fotografia, quente e viva, além da ótima atuação da Blake Lively, já o lado negativo fica pelo desfecho, razoavelmente absurdo.
Plano-Sequência dos Mortos
4.1 107Este, chama muito a atenção, parece simples, direto, mas não se deixe enganar, é muito mais! Um filme de zumbis pouco convencional, um longa de baixo orçamento, quase todo em plano-sequencia, feito na raça, dá para perceber que não faltou esforço e dedicação, propositalmente caricato e completamente nonsense, poderia ser só mais um, mas com uma construção diferenciada, extremamente criativa, toda essa insanidade, passa beirar a genialidade!
No final das contas esse longa acaba sendo uma grande homenagem à galera que trabalha com cinema, principalmente cinema independente, uma grata surpresa, vale muito a pena ver, é diversão garantida!
Pânico na Floresta
2.8 929 Assista AgoraClássico slasher do início dos anos 2000, aquela velha premissa, seres deformados, caçando tudo e todos, aqui você não vai ver nada novo, tudo aqui já foi visto antes, apesar de ser razoavelmente violento, como pede o gênero, fica devendo um pouco em relação às mortes, até apresenta algumas cenas legais e criativas, mas merecia algo mais pesado e realmente violento visualmente, como outros títulos da mesma época, aqui pouca coisa empolga, os personagens são fracos, cheio de clichês e "jump scares", este parece empacotado e embalado para um público mais adolescente, confesso que acabo gostando mais de suas sequências, que se levam menos a sério e agregam um tom mais sarcástico e cômico ao típico slasher.
It: Capítulo Dois
3.4 1,5K Assista AgoraConfesso que ainda estou indeciso, se gostei ou o quanto gostei desta sequência, não difere muito de seu antecessor, basicamente mesma fórmula, mesmo andamento, esperava algo mais dinâmico, mais intenso, mais adulto, pois agora a trama não é mais 100% focada em jovens e crianças, mas felizmente, por outro lado, consegue ser visualmente mais assustador que o anterior, graças a seus efeitos gráficos, mesmo que cheio de "jump scares" e clichês (que neste caso, em sua maioria, funcionaram bem), porém mais uma vez, mesmo com boas atuações do elenco em geral, todo destaque vai para Bill Skarsgård e seu Pennywise, além do destaque para o ato final da trama, é o que faz a coisa toda valer a pena, leva o longa para outro nível, dai minha indecisão, são quase 3 horas de filme, onde boa parte dele é dispensável, já o ato final é o diferencial!
Cuidado Com Quem Chama
3.4 630Temos aqui um terror sobrenatural, simples e direto, nada original, que não apresenta nenhuma novidade, mas por incrível que pareça, funciona bem, ainda mais dentro desta nossa "nova realidade", consegue mexer com o espectador, com um ritmo acelerado e diferentes coisas acontecendo ao mesmo tempo, nas várias telas. Mesmo abusando um pouco dos "jump scares", conseguem construir e manter um clima tenso durante todo o tempo, muitas das cenas são bem criativas, apesar de os efeitos práticos e gráficos serem bastante simples, tudo isso, somado às convincentes atuações, fazem de "Host", uma divertida experiência.
OBS: Provavelmente, em uma situação normal, fora da quarentena, este longa perderia muito de seu apelo e reconhecimento.
30 Dias de Noite
3.1 740 Assista AgoraDiferente dos filmes sobre vampiros feitos nos últimos anos, mais voltados ao público adolescente, aqui temos vampiros como devem ser, violentos e brutais, uma mistura de terror com boa dose de suspense, em um longa aterrorizante, que aposta em construir o clima desejado antes dos principais eventos ocorrerem, com efeitos muito bons, tanto práticos como digitais, a fotografia escura e densa, contribui para uma atmosfera bastante sinistra, gosto dos longas que abrem mão da trilha sonora nos momentos mais tensos, deixam que o silêncio e o som ambiente tragam aquela forte sensação visceral de desconforto. Só me incomoda um pouco a velha conveniência ao roteiro, onde a falta de inteligência de alguns personagens, convenientemente acabam amarrando a trama.
A Vingança de Jennifer
3.4 343Muito influenciado pelo excelente filme sueco, "Thriller - Um Filme Cruel", a obra de baixo orçamento, "A Vingança de Jennifer" é um clássico "revenge movie", um dos primeiros do estilo feito nos USA, filme que acabou proibido em vários países, uma obra que divide opiniões quanto ao seu teor, se incita violência contra a mulher ou o contrário, ao mostrar a mulher se sobressaindo após uma situação extremamente traumática, não vou entrar nesse detalhe, pois rende muita discussão, falando do filme, é uma obra extremamente realista e pesada, com cenas cruas e aflitivas, que trazem uma certa revolta ao espectador, sem trilha sonora alguma, somente o som ambiente, tornando tudo mais pesado e intenso, com todo destaque para a atuação da atriz, Camille Keaton!
À Espreita do Mal
3.6 898Um bom suspense, cheio de alternativas, que explora diferentes perspectivas, em vários momentos nos deixa na dúvida de o quão real é a situação, se é um acontecimento sobrenatural ou não, uma obra densa, sombria, que incomoda e tenta provocar o espectador durante todo o tempo, com excelente trilha sonora, tornando tudo muito mais intenso, confesso que me incomoda um pouco o excesso de "jump scare", poucos realmente funcionam, a maioria deles não tem resultado algum, além disso, em alguns momentos talvez se perca um pouco dentro das várias direções apresentadas, mas no geral é um bom suspense, que deve agradar em cheio os fãs de "plot twist".
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraMais uma obra do aclamado diretor Darren Aronofsky, para quem conhece seu trabalho, sabe que geralmente suas obras tendem ser complexas e demandam uma certa dose de atenção do espectador, este é um filme que divide opiniões, inicialmente se vende como um terror de invasão domiciliar, mas não se engane, não é só isso, filmado em espaço reduzido, afinal se passa basicamente dentro de uma casa, "Mãe!" é um longa aflitivo e agoniante, cheio de simbolismos e referências religiosas, sem trilha sonora alguma, deixando todo destaque para o som ambiente, construindo um clima de tensão sufocante, que se mantém durante todo tempo, com grande destaque para o desfecho!
Anticristo
3.5 2,2K Assista AgoraControversa obra do egocêntrico diretor, Lars von Trier, ao contrário que o nome possa indicar, este não é um filme sobre possessões ou assombrações, é essencialmente sobre o ser humano e todos seus conflitos, sua necessidade de racionalizar tudo e sua busca desesperada por respostas. É uma obra que choca de várias formas, visceral, com cenas de sexo explicito, torturas e violência extrema, algumas delas bastante incomodas, mesmo para os já habituados com cinema extremo. Cheio de simbologias, reflexões filosóficas e referências religiosas, a obra ainda conta com excelente fotografia, fria e escura, trilha sonora precisa e intensa, além de atuações espetaculares da dupla de protagonistas, sem dúvidas, uma grande obra que merece ser vista!
The Bunny Game
2.1 66Se trata de um longa de baixo orçamento, violento e degradante, que acabou censurado em vários países, com cenas de violência, humilhação, estupro, sexo quase explicito e tortura física e psicológica. Reza a lenda, que a maioria das cenas foram gravadas sem efeitos, sem maquiagens, no velho estilo "snuff" (violência real), incluindo algumas cenas pesadas de violência física, que incluem até o corpo da atriz ser marcado com ferro quente (marcador de gado), mas é possível que seja apenas marketing para divulgar a obra (embora, ela mesmo em entrevista, admita ser tudo real), que por sua vez, embora interessante para os adoradores de cinema extremo, não agrega muito, me parece que no geral é tudo gratuito, exclusivamente para chocar. Vale ressaltar a atuação impressionante da atriz, Rodleen Getsic, sendo ou não real toda violência mostrada, sua atuação foi impressionante.
Subconscious Cruelty
3.0 243Para falar a verdade, não sei bem definir qual o gênero deste longa, uma obra extremamente doentia, que parece ter como intensão apenas provocar e chocar o público, com um forte humor negro, brincando com temas sérios e pesados, como religião (cristianismo), canibalismo, abusos sexuais e afins. Temos aqui uma antologia, dividida em quatro seguimentos, um mais insano que o outro, vale destaque para duas sequencias, um parto, apresentado de modo violento ao extremo e uma sequência canibal, sensual, envolvendo uma representação de Cristo, cenas do segundo e quarto seguimentos respectivamente, "Subconscious Cruelty" é uma obra de difícil digestão, feita unicamente com intuito de chocar, para os fãs de obras mais extremas, é um prato cheio.