"Um filme emocionante", muitos vão dizer, mas quem se reconhece em "Moonlight"? É certo que se não estamos de um lado da história, estamos do outro, e foi essa forma atual de filme que ganhou o polêmico oscar desse ano. Falei sobre se achar no filme, por que muitos de nós recriminamos atitudes diferentes de outras pessoas, um exemplo: Se seu colega não bebe até cair como o resto do grupo na balada, ele é idiota e não aproveita a vida. O outro lado é o de quem se rende, quem nunca negou seu próprio coração para se encaixar, para fazer parte de um grupo. "Moonlight", deixa claro o quanto podemos ser nosso pior inimigo, ou magoar outra pessoa por nada, e ilustra isso em um cenário muito forte, onde estereótipos são quebrados para levar ao máximo sua lição. É uma bela história, e mereceu seu prêmio.
Aguardando o momento que os filmes de super heróis nãos vão mais precisar de um capítulo origens. "Doutor Estranho" é um ótimo filme, é entretenimento puro, quem se irritar com esse fato está perdendo tempo, não veja mais a Marvel. Simples, não é. Elenco, visuais, comédia, está tudo ali e mais um herói teve sua história contada. Imagino que depois de vários nomes ricados na lista da Marvel, seja em séries ou filmes, sua segunda geração não perca mais tempo com filmes de origens e parta para coleções mais densas. Vale muito assistir.
Realmente é cansativo ver a cultura gay sendo usada como isca para atrair público, principalmente quando atores e roteiristas gays são tão menosprezados, só não tanto quanto os que se envolvem na indústria do porno. Sim, uma pessoa pode viver da indústria adulta e ainda ser fonte de algo artístico, eu acredito nisso. Filmes que usam o porno como isca já existiram, e já foram melhor realizados, em "King Cobra", vemos uma bagunça mal intencionada. São atores heterossexuais brincando de porno gay em um roteiro sem direção. Elogiar atuações como a de James Franco, que tem adiquirido o costume de flertar com a temática gay e nonsense para parecer relevante, é no mínimo um passo para trás na arte da atuação, quando vemos atores trans tomando as telas em trabalhos fantásticos. Esse não é um filme sobre um crime, não é um filme sobre a indústria adulta, não traz justiça a vítima da violência. Vejam como um crime deve ser abordado no exemplo de "Americam Crime Story", como se respeita a verdade e a justiça. Tudo aqui não passa de um embuste.
A primeira coisa a ser notada é a baixa qualidade do roteiro, deixa a produção com cara de amadora apesar do orçamento enorme. Então temos as polêmicas escolhas de elenco, Will Smith despeja todos os seus vícios de atuação no personagem, e ainda parece demandar tempo demais na tela. O que segundo foi divulgado em alguns lugares é uma exigência contratual dele. O personagem Pistoleiro parece uma reprise de "Bad Boys", ou outra produção carregada das escolhas de atuação comuns do ator. Sua presença mostra o pouco interesse de preservar o conteúdo da DC, em frente ao interesse monetário. Ele está ali por que trás bilheteria. Quanto aos vilões, não existe carisma e foram de fato mal escalados e escritos. E por fim, o Coringa de Leto. Vendo a edição estendida do filme, onde o ator tem mais espaço, chego a conclusão de que o hype fez mal ao papel. Todos os intérpretes do personagem sofreram comparações, mas nenhum outro teve a campanha de marketing que vemos aqui. A barra foi levantada muito alto, sobrando pouco espaço para surpresa e muito para comparação e crítica. Assim o personagem não convence.
Uma pena a DC encarar suas produções fora do arco principal com tão pouco cuidado e tanta ganância.
A falta de imaginação parece estar tomando posse de Hollywood. Mais uma sequência fria de um sucesso do passado chega com o título de "Independence Day: O Ressurgimento", revirando um baú que está cheio de coisas que deveriam ir para o lixo.
O original foi um filme que marcou pelos efeitos especiais, que eram de ponta na época. Tudo era sobre efeitos nos comentários do filme. Hoje, numa era de quadrinhos para as telas, acontece de poucos filmes marcarem por esse quesito técnico. Mas onde o filme realmente peca é no fato de tentar franquiar tantas idéias ultrapassadas sobre ficção científica. Colmeias alienígenas, invasores de mentes, frotas de heróis em espaçonaves, até as escolhas de elenco são cansadas e passadas. Fica difícil imaginar o motivo de trazer uma franquia as telas baseadas nos temas que foram interessantes em 1996, no primeiro filme. Talvez a promessa de um planeta resgate seja a única coisa que salve o roteiro da ruína, contudo é apenas uma promessa que não salva esse episódio da agora série.
Resumindo, é um filme para as tardes de tédio. Aquelas que você não se importa de dormir e perder o final do filme.
As líderes de torcida, a nerd vingativa, a garota gótica, os atletas alucinados, o mascote desajustado, as gírias, tudo crítica de forma ferrinha os esteriótipos. Até o terror abusivamente trash do filme crítica o formato que vendeu muito no cinema. É o perfeito caso de irresponsabilidade responsável. Como o que vemos nos "Simpsons" ou no mundo do game "GTA". Parece algo que Robert Rodriguez produziria sem problemas, mas com um certo nível de acidez.
Pode parecer que não é um filme para 2016, porém não se engane, ele faz muito sentido e até foi premiado por isso.
"A Piada Mortal" é um dos clássicos mais aclamados da DC, daí mexer com ele parecia impossível. Seria cutucar os fãs, dando a cara a tapa. A nova introdução do roteiro faz sentido por esse motivo, sem dúvidas. A crítica estava certa, então a decisão de atualizar os fatos para algo mais presente na mente dos fãs de hoje, que tem a imagem de Bárbara Gordon já como o Oráculo, tenta agradar também quem acompanhou a franquia de jogos, abrindo o público da animação. O fato é que um roteiro tão redodondo como o escrito por Moore, merecia mais esmero. A história ficou desconexa e mesmo mantendo a censura, foi podada pelo medo de ofender esses novos fãs, muitos mais jovens. Sem comparar o valor do original com a animação, vale lembrar que Moore também foi criticado por contar a origem do Coringa, muitos achavam que não deveria acontecer, e em uma fala o personagem tenta se desculpar por isso dizendo que, as vezes, se lembra dos fatos de forma diferente.
Concluindo, o original é obrigatório para quem gosta de hqs, a animação faz sua parte trazendo a história do palhaço para muitos que não a conheciam, ou não se interessam pelas revistas. É o modo que a DC achou para agregar background a sua saga nas telas.
Há uma escola de autores que fazem livros sob medida para vender. Eles miram em um alvo, fazem do seu enredo algo apelativo e confortável, o famoso cliché, e atingem esse ponto com um forte gancho emocional. Em "Como Eu Era Antes de Você", vemos outro ponto em comum, o modo como adaptações assim chegam as telas.
O filme é um romance previsível, com diálogos muito mal escritos. Você pode até fingir que não sabe o que vai acontecer, mas vai estar se enganando. A atuação de Emilia Clarke realmente é o atrativo para o filme, não apenas uma presença. Ela faz muito com sua expressão e com o texto limitado.
Finalmente, temos um romance mediano, feito para vender fácil.
Mitologia vende, isso é um fato. "Percy Jackson" que o diga. Depois da estética grega ter sido tão usada, tanto quanto zumbis e vampiros agora, tardou mas chegou a hora das bilheterias atingirem um novo panteão de deuses e deusas. A mitologia egípcia sumiu das telas há muitos anos, desde o clássico do Scify " Stargate", então como se fosse algo novo chegamos a "Deuses do Egito".
O filme é o tipo de produção que pode ser traduzida em uma frase: Precisamos fazer dinheiro". Temos um grande elenco que arrisca sua imagem por milhões de doletas, assim como em "Onze Homens e Um Segredo", trazendo atenção para produção. O filme no geral é entretenimento puro, a ação e os efeitos tentam chamar atenção do público mais jovem que realmente consome de forma massiva. Na parte técnica a arte teve seus momentos e fica por aí.
Não é um filme notável, vale a pena pelo elenco, se você for fã, e por algumas cenas boas de delírio visual. Mas é apenas diversão.
James Bond sempre foi protagonista de filmes que geraram tendência, esses filmes são base do comportamento do homem moderno. Seus intérpretes são sempre apontados como os mais bem vestidos e sensuais do ano. É difícil ver que apesar do belo filme, "007 - Spectre" não é mais um líder.
Agora existe uma estranha tendência causada pelos filmes de quadrinhos, em que tudo deve estar conectado. O herói tem um passado difícil, ele se torna algo a mais, o heroi cria seus vilões, ele toma algo do herói e por fiz o vilão é derrotado. É uma estranha coincidência comum nas HQs, acho que nem preciso exemplificar, todos já fizeram alguma referência. 007 cai no mesmo lugar, estão tratando James Bond como um personagem de quadrinhos. Bandidos podem ter dentes de aço e serem maus sem motivos, nada muito elaborado. Egoísmo, ganância e vaidade. Eles não precisam fugir de avalanches e guardar memórias, criando uma organização fantasma, e dominando o mundo, para se vingar do protagonista. Quando o assunto é estética, vemos um filme soberbo. Cenários e roupas, a fotografia, tudo faz grande referência ao clássico. Talvez quanto a essa parte o único problema seja o excesso de polimento, leia o livro "Cassino Royale" e nas primeiras páginas você entenderia que o cenário deveria ser mais sujo, enfumaçado e bêbado.
Resumindo, o excesso de referências empobrece o roteiro, faz ficar cansativo. 007 merecia mais, apesar do belo filme.
"Caçada ao Presidente" é um daqueles filmes que nos fazem adimitir uma coisa: Gostamos de filmes ruins, vez ou outra. Quem pode negar que tem alguma conexão emocional, com algum filme de terror da infância ou aquele pipoca de aventura da sessão da tarde? Quer saber o meu Guilt Pleasure? "Tomb Raider". Vergonhoso, certo.
Quando eu era um pequeno nerd, me lembro de alugar cartuchos de mega drive, e filmes de terror trash durante as férias de fim de ano. Então, "Olhos Famintos".
Sim, "The Creeper" conseguia me assustar naquela época, me lembro de ficar assustado até a hora da sua revelação final. Naquele momento, me lembro exatamente do que pensei. "Power Rangers", os vilões da série com suas maquiagens carregadas de latex. A idéia por trás do monstro era ótima, mas o gênero terror vinha sofrendo muito com sua transformação de cinema arte em produto adolescente. E aí o filme ficou, cheio de burrices de cinema, e personagens cliché. Naquela época algumas coisas já me irritavam, hoje sobra me lamentar.
O filme tem uma continuação marcada para breve, espero que vejamos algo descente nas telas.
Um anti herói, não como "Deadpool", real. Uma mente que justifica a violência de seus atos com a sua revolta, agindo contra o que há de errado no mundo, e se deixando corromper perdendo os limites. Um círculo de terror com um final chocante, falas clássicas e uma estética muito forte. De Niro está incrível. É um filme que todos que gostam de cinema devem ver e ouvir com atenção, relaxando com a vista da cidade no banco do carona de Travis.
Qualquer diretor que consiga explorar os anos 90, sem cair nos cliches do pop já merece ser louvado. "Dope", é um musical feito dentro desta estética, tempo de grande qualidade na moda e no entretenimento, assim como de mudanças significativas no comportamento. O filme tem o mérito de ser atual e usar todo esse acervo de modo bem fresco.
Apenas uma crítica, o personagem principal quebra a barreira com o expectador em uma cena, quando fala diretamente com ele. Não entendi o motivo dessa ação, ela retalha esse trecho do resto do filme sem levar a qualquer lugar. Poderiam ter usado o recurso de voice over e mantido o filme fluindo.
"Dope", é um bom filme. Com uma trilha sonora incrível.
"Berserk" é o auge do viceral épico. É violento, apaixonado e sombrio. Quando vi esse novo título achei que se tratasse da continuação do anime, logo me decepcionei quando vi que se tratava de um remake, mas mesmo assim vale a pena.
O híbrido de anime tradicional com CGI incomoda um pouco, e não vou mentir que gostava mais do traço do anime original, o que garantiu a experiência foi a adição de novas cenas ao enredo já contado, parecia uma versão extendida ou um corte do diretor. O roteiro é supremo, brutal e inpirou até jogos como a aclamada série "Dark Souls".
Aconselho a ver o anime original antes, é um daqueles que fazem para promover o mangá, depois siga para a nova versão, e acho difícil que depois você ainda não tenha curiosidade de espiar o mangá.
Não conheço muito de "Warcraft" mesmo sendo fã do gênero fantasia, ninguém pode saber tudo, esse é o principal ponto do famoso "Show do Milhão" - para quem se lembra. Mas com "Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos" não é preciso ter uma base para seguir com o enredo, lembrando que se trata de uma adaptação para o cinema e não faz parte direta do arco, ou lore, como alguns jogadores chamam. Portanto, sem medo, vou expor minha crítica do filme.
Não posso dizer que fez falta para mim um prólogo do mundo, todos temos essa mitologia de orcs, anões, elfos e humanos fincadas na cultura pop e no cinema da última década, principalmente. O que faltou aqui foi uma realização melhor. Os efeitos especiais foram usados demais, e os realizadores do projeto acharam que isso valeria por outras coisas. Falta emoção e um polimento melhor no roteiro, existem alguns problemas com a emoção causados pela fotografia também, coisa realmente de iniciante. Um exemplo, quando vemos uma cena romântica o quadro sempre pega por cima do ombro de um dos personagens, pelas costas, nunca vemos os dois na tela e isso anula grande parte da conexão que deveria rolar. Existem algumas más escolhas de elenco, interpretações robóticas. Outra mostra de falta de cuidado. O que estou tentando mostrar é que "Warcraft" pode ser um sucesso maior nas telas se for melhor realizado, com mais empenho. Posso explicar isso com um caso real e passado. "Matrix", o primeiro filme teve uma realização impecável, diferente dos dois próximos, que apesar do sucesso decepcionaram vários fãs.
Finalmente, "Warcraft" merece uma lapidação maior para quando retornar as telas. Acredito que assim se tornará o que merece ser.
Não é verdade, não existe nada de muito novo aqui. São fábulas, contadas outra vez, o bosque, a conveção de bruxas, as referências a contos de fadas e outros detalhes, trazem a sensação de que você já viu isso em outro lugar. A verdade é que o terror sofre há muito tempo, nos anos 80 foi diluído com humor brega, nos 90 foi transformado em produto para adolescentes e na década seguinte, foi amarrado ao gore, as pessoas perderam muito da sua sensibilidade. Hoje exige ação e sustos infantis.
"A Bruxa" foi uma boa tentativa, com boas atuações, mas não é o filme que vai trazer o terror de volta.
Uma piada que já foi mais engraçada. Os filmes "no sense" que fazem graça dos mais populares e, por que não, também mais furados hits das telas, não causa mais aquele efeito.
"Cinquenta Tons de Preto", ganha sua meia estrela pelo título, e a graça acaba depois disso. O filme é tão chato quanto o que se inspirou, falta conteúdo e os irmãos da "Baby Way" parecem estar enferrujados.
Hollywood precisa de novos nomes na comédia, a prova está na paródia.
"Cinquenta Tons de Cinza" reflete o modo como escritores são fabricados nos EUA. Tudo é feito de modo que a embalagem seja mais bonita que o conteúdo, temos poucas exceções a esse exemplo, as vezes é possível notar isso ao ler, os cortes na edição que direcionam o enredo para esse caminho.
A saga de Grey segue essa trilha sem vergonha, num mapa onde o "X" fica nas vendas, e assim como nos livros, nas tela vemos o mesmo exemplo. Todo o roteiro brinca com o imaginário, e esta é uma arma poderosa para seu fim. Uma pena é que o tema, todo o fetiche, poderia ser abordado de forma mais madura, usando a curiosidade, o preconceito e o taboo da barreira entre ser submisso e dominador, o prazer. No filme temos um forte machismo, cenas de sexo muito estranhas e falta de inspiração. Tudo feito para chegar as cabeças de quem compra compulsivamente, e não exige muito, ou é inexperiente. Atuações frias e rasas, tudo é muito cinza, sem trocadilho.
Mais uma série que vai ser esquecida dois dias depois da estreia, uma pena. Por que nas mãos certas há grande potencial no tema.
A adaptação foi o que se pode fazer em relação a direitos, nada de mais, apenas decente."A Era de Ultron" parece fazer mais sentido agora, o incidente é usado de base para substituir o gatilho do enredo original. Antes o filme parecia apenas um tapa buracos, para manter os direitos do título sob domínio do estúdio e fechar o ano fiscal. O filme tem boas cenas de ação, mas a já popular câmera tremida tira bastante do impacto da coreografia, fazendo tudo parecer algo cansado e batido. Você vai abrir seu primeiro sorriso genuíno para a tela por volta de uma hora e vinte minutos de filme, quando a reunião de heróis começa. "A Guerra Civil", começa a apontar que alguns saltos na cronologia da Marvel são estratégia, vamos ver alguns outros roteiros quando esse ciclo terminar, e novos atores assumirem os papéis dos heróis daqui a alguns anos no futuro. Os saltos parecem um seguro de vida ao conjunto da Marvel. No final, vemos que tudo aconteceu dentro dos limites.
É um bom filme de super heróis, que mostra que é preciso aumentar seu elenco para ganhar valor e menos remendos.
Qual o percentual de pessoas que leu o livro e assistiu a "O Hobbit"? Muito pouco, imagino. É difícil acompanhar uma saga tão extensa, se você procurar vai encontrar um livro de gênesis sobre o mundo de Tolkien, são muitas páginas de conteúdo. E não se trata de uma literatura fácil, quem já teve a sorte de alcançar um de seus exemplares sabe disso. Mas por que falar tanto de livros aqui? Por que quem acha que a adaptação de um volume em três filmes, contando com cerca de dez horas de arte bem feita, sequências com fotografia de primeira e um enredo épico, uma série ruim deve ser uma pessoa realmente vazia. Lembrando que todos os filmes adaptados de sagas literárias vem usando o padrão colocado com "Harry Potter", um modelo que já não funciona, mesmo com pouco tempo de vida. A saga "Jogos Vorazes" prova bem esse fato. "O Hobbit" traz uma nova opção para a telona, por que ela já é usada na telinha, "Game of Thrones" também faz de um livro, uma grande sequência de cerca de dez horas. Essa obra de "Peter Jackson" não foi apreciada corretamente pelas pessoas de seu tempo, ela vai ser lembrada no futuro com outros olhos. Ela não ganhou os créditos que merecia por vir de um conteúdo muito denso, e estar em um padrão técnico muito elevado e difícil de se reproduzir, nem todo mundo pode. Mas não se engane, "O Hobbit" é uma árvore que floresce, nem jardim de pedra.
Aqui o tema Inteligência Artificial foi tratado com frescor que poucos imaginavam após as primeiras cenas do filme. As voz sintetizada e a loucura, que sempre tinha como resultado a lição de que o homem não deve bancar o criador, foi substituída por um ser que manipula e tem desejos, principalmente por liberdade. Nunca se abordou um tema como sexualidade em uma máquina com tanto sucesso como foi aqui. As atuações são convincentes, os limites testados também conseguer erguer questões de valor.
"Ex Machina" pode não ser um triunfo do gênero, mas tem algo de especial, e estende o imaginário sobre o tema da criação de I.A.
"Rua Cloverfield, 10" é um filme curto que teve uma promoção pequena, apesar dos nomes saltando nos créditos. Acho que a falta de pretensão com o título tem suas razões.
A todo momento você tem a impressão de já ter visto esse filme, mesmo sabendo o que vai acontecer, por um breve momento existe a dúvida e é aí que o enredo segura o expectador. Nada do que você vai ver aqui é novidade, mas você permanece pendurado e desconfortável por alguns momentos, técnica comum de roteiristas de séries que foi bem aplicada aqui.
O roteiro parece ter ficado muito tempo trancado na gaveta e o bonde passou, mas o filme ainda vale ser visto para quem curte histórias sobre sobrevivência e superação. "Rua Cloverfield, 10 ", no fim, é um bom filme que nos leva de volta a 2012.
Segue a linha desenhada por "Onze Homens e Um Segredo" com fidelidade total, um grande elenco, a fotografia, os diálogos rápidos e o grande truque final. Seria um bom filme, se os truques de mágica não usassem CGI. Achei uma vergonha usarem essa tática, esse é um filme que o elenco mostra que não faltou verba para contratar profissionais com engenhosidade suficiente para a coisa real.
Não consegui achar razão que justificasse algumas escolhas, mas imagino que o elenco tenha justificado bilheteria e a sequência que está chegando.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista Agora"Um filme emocionante", muitos vão dizer, mas quem se reconhece em "Moonlight"? É certo que se não estamos de um lado da história, estamos do outro, e foi essa forma atual de filme que ganhou o polêmico oscar desse ano. Falei sobre se achar no filme, por que muitos de nós recriminamos atitudes diferentes de outras pessoas, um exemplo: Se seu colega não bebe até cair como o resto do grupo na balada, ele é idiota e não aproveita a vida. O outro lado é o de quem se rende, quem nunca negou seu próprio coração para se encaixar, para fazer parte de um grupo. "Moonlight", deixa claro o quanto podemos ser nosso pior inimigo, ou magoar outra pessoa por nada, e ilustra isso em um cenário muito forte, onde estereótipos são quebrados para levar ao máximo sua lição.
É uma bela história, e mereceu seu prêmio.
Doutor Estranho
4.0 2,2K Assista AgoraAguardando o momento que os filmes de super heróis nãos vão mais precisar de um capítulo origens. "Doutor Estranho" é um ótimo filme, é entretenimento puro, quem se irritar com esse fato está perdendo tempo, não veja mais a Marvel. Simples, não é. Elenco, visuais, comédia, está tudo ali e mais um herói teve sua história contada. Imagino que depois de vários nomes ricados na lista da Marvel, seja em séries ou filmes, sua segunda geração não perca mais tempo com filmes de origens e parta para coleções mais densas. Vale muito assistir.
King Cobra
2.6 254Realmente é cansativo ver a cultura gay sendo usada como isca para atrair público, principalmente quando atores e roteiristas gays são tão menosprezados, só não tanto quanto os que se envolvem na indústria do porno. Sim, uma pessoa pode viver da indústria adulta e ainda ser fonte de algo artístico, eu acredito nisso. Filmes que usam o porno como isca já existiram, e já foram melhor realizados, em "King Cobra", vemos uma bagunça mal intencionada. São atores heterossexuais brincando de porno gay em um roteiro sem direção. Elogiar atuações como a de James Franco, que tem adiquirido o costume de flertar com a temática gay e nonsense para parecer relevante, é no mínimo um passo para trás na arte da atuação, quando vemos atores trans tomando as telas em trabalhos fantásticos. Esse não é um filme sobre um crime, não é um filme sobre a indústria adulta, não traz justiça a vítima da violência. Vejam como um crime deve ser abordado no exemplo de "Americam Crime Story", como se respeita a verdade e a justiça. Tudo aqui não passa de um embuste.
Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista AgoraNa tentativa de fazer uma maior audiência e ganhar tempo até seus lançamentos mais ambiciosos, recebemos o mediano "Esquadrão Suicida".
A primeira coisa a ser notada é a baixa qualidade do roteiro, deixa a produção com cara de amadora apesar do orçamento enorme. Então temos as polêmicas escolhas de elenco, Will Smith despeja todos os seus vícios de atuação no personagem, e ainda parece demandar tempo demais na tela. O que segundo foi divulgado em alguns lugares é uma exigência contratual dele. O personagem Pistoleiro parece uma reprise de "Bad Boys", ou outra produção carregada das escolhas de atuação comuns do ator. Sua presença mostra o pouco interesse de preservar o conteúdo da DC, em frente ao interesse monetário. Ele está ali por que trás bilheteria. Quanto aos vilões, não existe carisma e foram de fato mal escalados e escritos. E por fim, o Coringa de Leto. Vendo a edição estendida do filme, onde o ator tem mais espaço, chego a conclusão de que o hype fez mal ao papel. Todos os intérpretes do personagem sofreram comparações, mas nenhum outro teve a campanha de marketing que vemos aqui. A barra foi levantada muito alto, sobrando pouco espaço para surpresa e muito para comparação e crítica. Assim o personagem não convence.
Uma pena a DC encarar suas produções fora do arco principal com tão pouco cuidado e tanta ganância.
Independence Day: O Ressurgimento
2.7 868 Assista AgoraA falta de imaginação parece estar tomando posse de Hollywood. Mais uma sequência fria de um sucesso do passado chega com o título de "Independence Day: O Ressurgimento", revirando um baú que está cheio de coisas que deveriam ir para o lixo.
O original foi um filme que marcou pelos efeitos especiais, que eram de ponta na época. Tudo era sobre efeitos nos comentários do filme. Hoje, numa era de quadrinhos para as telas, acontece de poucos filmes marcarem por esse quesito técnico. Mas onde o filme realmente peca é no fato de tentar franquiar tantas idéias ultrapassadas sobre ficção científica. Colmeias alienígenas, invasores de mentes, frotas de heróis em espaçonaves, até as escolhas de elenco são cansadas e passadas. Fica difícil imaginar o motivo de trazer uma franquia as telas baseadas nos temas que foram interessantes em 1996, no primeiro filme. Talvez a promessa de um planeta resgate seja a única coisa que salve o roteiro da ruína, contudo é apenas uma promessa que não salva esse episódio da agora série.
Resumindo, é um filme para as tardes de tédio. Aquelas que você não se importa de dormir e perder o final do filme.
Todas as Cheerleaders Devem Morrer
2.5 127Existe uma leve curva em "Todas as Cheerleaders Devem Morrer", ele escorrega para fora da trilha, e muitos falham em ver esse detalhe.
As líderes de torcida, a nerd vingativa, a garota gótica, os atletas alucinados, o mascote desajustado, as gírias, tudo crítica de forma ferrinha os esteriótipos. Até o terror abusivamente trash do filme crítica o formato que vendeu muito no cinema. É o perfeito caso de irresponsabilidade responsável. Como o que vemos nos "Simpsons" ou no mundo do game "GTA". Parece algo que Robert Rodriguez produziria sem problemas, mas com um certo nível de acidez.
Pode parecer que não é um filme para 2016, porém não se engane, ele faz muito sentido e até foi premiado por isso.
Batman: A Piada Mortal
3.3 495 Assista AgoraCom a intenção de agradar a todo mundo, a DC/Warner criou uma animação que vai dividir seu público entre o ódio e o amor.
"A Piada Mortal" é um dos clássicos mais aclamados da DC, daí mexer com ele parecia impossível. Seria cutucar os fãs, dando a cara a tapa. A nova introdução do roteiro faz sentido por esse motivo, sem dúvidas. A crítica estava certa, então a decisão de atualizar os fatos para algo mais presente na mente dos fãs de hoje, que tem a imagem de Bárbara Gordon já como o Oráculo, tenta agradar também quem acompanhou a franquia de jogos, abrindo o público da animação. O fato é que um roteiro tão redodondo como o escrito por Moore, merecia mais esmero. A história ficou desconexa e mesmo mantendo a censura, foi podada pelo medo de ofender esses novos fãs, muitos mais jovens.
Sem comparar o valor do original com a animação, vale lembrar que Moore também foi criticado por contar a origem do Coringa, muitos achavam que não deveria acontecer, e em uma fala o personagem tenta se desculpar por isso dizendo que, as vezes, se lembra dos fatos de forma diferente.
Concluindo, o original é obrigatório para quem gosta de hqs, a animação faz sua parte trazendo a história do palhaço para muitos que não a conheciam, ou não se interessam pelas revistas. É o modo que a DC achou para agregar background a sua saga nas telas.
Como Eu Era Antes de Você
3.7 2,3K Assista AgoraHá uma escola de autores que fazem livros sob medida para vender. Eles miram em um alvo, fazem do seu enredo algo apelativo e confortável, o famoso cliché, e atingem esse ponto com um forte gancho emocional. Em "Como Eu Era Antes de Você", vemos outro ponto em comum, o modo como adaptações assim chegam as telas.
O filme é um romance previsível, com diálogos muito mal escritos. Você pode até fingir que não sabe o que vai acontecer, mas vai estar se enganando. A atuação de Emilia Clarke realmente é o atrativo para o filme, não apenas uma presença. Ela faz muito com sua expressão e com o texto limitado.
Finalmente, temos um romance mediano, feito para vender fácil.
Deuses do Egito
2.6 719 Assista AgoraMitologia vende, isso é um fato. "Percy Jackson" que o diga. Depois da estética grega ter sido tão usada, tanto quanto zumbis e vampiros agora, tardou mas chegou a hora das bilheterias atingirem um novo panteão de deuses e deusas. A mitologia egípcia sumiu das telas há muitos anos, desde o clássico do Scify " Stargate", então como se fosse algo novo chegamos a "Deuses do Egito".
O filme é o tipo de produção que pode ser traduzida em uma frase: Precisamos fazer dinheiro". Temos um grande elenco que arrisca sua imagem por milhões de doletas, assim como em "Onze Homens e Um Segredo", trazendo atenção para produção. O filme no geral é entretenimento puro, a ação e os efeitos tentam chamar atenção do público mais jovem que realmente consome de forma massiva. Na parte técnica a arte teve seus momentos e fica por aí.
Não é um filme notável, vale a pena pelo elenco, se você for fã, e por algumas cenas boas de delírio visual. Mas é apenas diversão.
007 Contra Spectre
3.3 1,0K Assista AgoraJames Bond sempre foi protagonista de filmes que geraram tendência, esses filmes são base do comportamento do homem moderno. Seus intérpretes são sempre apontados como os mais bem vestidos e sensuais do ano. É difícil ver que apesar do belo filme, "007 - Spectre" não é mais um líder.
Agora existe uma estranha tendência causada pelos filmes de quadrinhos, em que tudo deve estar conectado. O herói tem um passado difícil, ele se torna algo a mais, o heroi cria seus vilões, ele toma algo do herói e por fiz o vilão é derrotado. É uma estranha coincidência comum nas HQs, acho que nem preciso exemplificar, todos já fizeram alguma referência. 007 cai no mesmo lugar, estão tratando James Bond como um personagem de quadrinhos.
Bandidos podem ter dentes de aço e serem maus sem motivos, nada muito elaborado. Egoísmo, ganância e vaidade. Eles não precisam fugir de avalanches e guardar memórias, criando uma organização fantasma, e dominando o mundo, para se vingar do protagonista.
Quando o assunto é estética, vemos um filme soberbo. Cenários e roupas, a fotografia, tudo faz grande referência ao clássico. Talvez quanto a essa parte o único problema seja o excesso de polimento, leia o livro "Cassino Royale" e nas primeiras páginas você entenderia que o cenário deveria ser mais sujo, enfumaçado e bêbado.
Resumindo, o excesso de referências empobrece o roteiro, faz ficar cansativo. 007 merecia mais, apesar do belo filme.
Caçada ao Presidente
2.5 132 Assista grátis"Caçada ao Presidente" é um daqueles filmes que nos fazem adimitir uma coisa: Gostamos de filmes ruins, vez ou outra. Quem pode negar que tem alguma conexão emocional, com algum filme de terror da infância ou aquele pipoca de aventura da sessão da tarde? Quer saber o meu Guilt Pleasure? "Tomb Raider". Vergonhoso, certo.
O filme se apoia no carisma dos dois protagonistas, e desligamos o nosso lado crítico por muitos motivos aqui.
Olhos Famintos
3.1 1,0K Assista AgoraQuando eu era um pequeno nerd, me lembro de alugar cartuchos de mega drive, e filmes de terror trash durante as férias de fim de ano. Então, "Olhos Famintos".
Sim, "The Creeper" conseguia me assustar naquela época, me lembro de ficar assustado até a hora da sua revelação final. Naquele momento, me lembro exatamente do que pensei. "Power Rangers", os vilões da série com suas maquiagens carregadas de latex. A idéia por trás do monstro era ótima, mas o gênero terror vinha sofrendo muito com sua transformação de cinema arte em produto adolescente. E aí o filme ficou, cheio de burrices de cinema, e personagens cliché. Naquela época algumas coisas já me irritavam, hoje sobra me lamentar.
O filme tem uma continuação marcada para breve, espero que vejamos algo descente nas telas.
"Onde você encontrou esses olhos, bicho papão"
Taxi Driver
4.2 2,6K Assista AgoraUm anti herói, não como "Deadpool", real. Uma mente que justifica a violência de seus atos com a sua revolta, agindo contra o que há de errado no mundo, e se deixando corromper perdendo os limites. Um círculo de terror com um final chocante, falas clássicas e uma estética muito forte. De Niro está incrível.
É um filme que todos que gostam de cinema devem ver e ouvir com atenção, relaxando com a vista da cidade no banco do carona de Travis.
Dope: Um Deslize Perigoso
4.0 351 Assista AgoraQualquer diretor que consiga explorar os anos 90, sem cair nos cliches do pop já merece ser louvado. "Dope", é um musical feito dentro desta estética, tempo de grande qualidade na moda e no entretenimento, assim como de mudanças significativas no comportamento. O filme tem o mérito de ser atual e usar todo esse acervo de modo bem fresco.
Apenas uma crítica, o personagem principal quebra a barreira com o expectador em uma cena, quando fala diretamente com ele. Não entendi o motivo dessa ação, ela retalha esse trecho do resto do filme sem levar a qualquer lugar. Poderiam ter usado o recurso de voice over e mantido o filme fluindo.
"Dope", é um bom filme. Com uma trilha sonora incrível.
Berserk Era de Ouro Ato I: Ovo do Supremo Imperador
4.1 82"Berserk" é o auge do viceral épico. É violento, apaixonado e sombrio. Quando vi esse novo título achei que se tratasse da continuação do anime, logo me decepcionei quando vi que se tratava de um remake, mas mesmo assim vale a pena.
O híbrido de anime tradicional com CGI incomoda um pouco, e não vou mentir que gostava mais do traço do anime original, o que garantiu a experiência foi a adição de novas cenas ao enredo já contado, parecia uma versão extendida ou um corte do diretor. O roteiro é supremo, brutal e inpirou até jogos como a aclamada série "Dark Souls".
Aconselho a ver o anime original antes, é um daqueles que fazem para promover o mangá, depois siga para a nova versão, e acho difícil que depois você ainda não tenha curiosidade de espiar o mangá.
Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos
3.4 940 Assista AgoraNão conheço muito de "Warcraft" mesmo sendo fã do gênero fantasia, ninguém pode saber tudo, esse é o principal ponto do famoso "Show do Milhão" - para quem se lembra. Mas com "Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos" não é preciso ter uma base para seguir com o enredo, lembrando que se trata de uma adaptação para o cinema e não faz parte direta do arco, ou lore, como alguns jogadores chamam. Portanto, sem medo, vou expor minha crítica do filme.
Não posso dizer que fez falta para mim um prólogo do mundo, todos temos essa mitologia de orcs, anões, elfos e humanos fincadas na cultura pop e no cinema da última década, principalmente. O que faltou aqui foi uma realização melhor. Os efeitos especiais foram usados demais, e os realizadores do projeto acharam que isso valeria por outras coisas. Falta emoção e um polimento melhor no roteiro, existem alguns problemas com a emoção causados pela fotografia também, coisa realmente de iniciante. Um exemplo, quando vemos uma cena romântica o quadro sempre pega por cima do ombro de um dos personagens, pelas costas, nunca vemos os dois na tela e isso anula grande parte da conexão que deveria rolar. Existem algumas más escolhas de elenco, interpretações robóticas. Outra mostra de falta de cuidado. O que estou tentando mostrar é que "Warcraft" pode ser um sucesso maior nas telas se for melhor realizado, com mais empenho. Posso explicar isso com um caso real e passado. "Matrix", o primeiro filme teve uma realização impecável, diferente dos dois próximos, que apesar do sucesso decepcionaram vários fãs.
Finalmente, "Warcraft" merece uma lapidação maior para quando retornar as telas. Acredito que assim se tornará o que merece ser.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraO que aconteceu com o gênero terror? "A Bruxa", foi recebido com ar de novidade entre os fãs do gênero, que só caiu em qualidade durante os anos.
Não é verdade, não existe nada de muito novo aqui. São fábulas, contadas outra vez, o bosque, a conveção de bruxas, as referências a contos de fadas e outros detalhes, trazem a sensação de que você já viu isso em outro lugar. A verdade é que o terror sofre há muito tempo, nos anos 80 foi diluído com humor brega, nos 90 foi transformado em produto para adolescentes e na década seguinte, foi amarrado ao gore, as pessoas perderam muito da sua sensibilidade. Hoje exige ação e sustos infantis.
"A Bruxa" foi uma boa tentativa, com boas atuações, mas não é o filme que vai trazer o terror de volta.
Cinquenta Tons de Preto
1.6 394Uma piada que já foi mais engraçada. Os filmes "no sense" que fazem graça dos mais populares e, por que não, também mais furados hits das telas, não causa mais aquele efeito.
"Cinquenta Tons de Preto", ganha sua meia estrela pelo título, e a graça acaba depois disso. O filme é tão chato quanto o que se inspirou, falta conteúdo e os irmãos da "Baby Way" parecem estar enferrujados.
Cinquenta Tons de Cinza
2.2 3,3K Assista Agora"Cinquenta Tons de Cinza" reflete o modo como escritores são fabricados nos EUA. Tudo é feito de modo que a embalagem seja mais bonita que o conteúdo, temos poucas exceções a esse exemplo, as vezes é possível notar isso ao ler, os cortes na edição que direcionam o enredo para esse caminho.
A saga de Grey segue essa trilha sem vergonha, num mapa onde o "X" fica nas vendas, e assim como nos livros, nas tela vemos o mesmo exemplo. Todo o roteiro brinca com o imaginário, e esta é uma arma poderosa para seu fim. Uma pena é que o tema, todo o fetiche, poderia ser abordado de forma mais madura, usando a curiosidade, o preconceito e o taboo da barreira entre ser submisso e dominador, o prazer. No filme temos um forte machismo, cenas de sexo muito estranhas e falta de inspiração. Tudo feito para chegar as cabeças de quem compra compulsivamente, e não exige muito, ou é inexperiente. Atuações frias e rasas, tudo é muito cinza, sem trocadilho.
Capitão América: Guerra Civil
3.9 2,4K Assista Agora"A Guerra Civil" da Marvel chegou, sua promoção foi melhor do que a do último "Vingadores", mas a falta de elementos do original fez muita falta aqui.
A adaptação foi o que se pode fazer em relação a direitos, nada de mais, apenas decente."A Era de Ultron" parece fazer mais sentido agora, o incidente é usado de base para substituir o gatilho do enredo original. Antes o filme parecia apenas um tapa buracos, para manter os direitos do título sob domínio do estúdio e fechar o ano fiscal.
O filme tem boas cenas de ação, mas a já popular câmera tremida tira bastante do impacto da coreografia, fazendo tudo parecer algo cansado e batido. Você vai abrir seu primeiro sorriso genuíno para a tela por volta de uma hora e vinte minutos de filme, quando a reunião de heróis começa. "A Guerra Civil", começa a apontar que alguns saltos na cronologia da Marvel são estratégia, vamos ver alguns outros roteiros quando esse ciclo terminar, e novos atores assumirem os papéis dos heróis daqui a alguns anos no futuro. Os saltos parecem um seguro de vida ao conjunto da Marvel. No final, vemos que tudo aconteceu dentro dos limites.
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
3.9 2,0K Assista AgoraQual o percentual de pessoas que leu o livro e assistiu a "O Hobbit"? Muito pouco, imagino. É difícil acompanhar uma saga tão extensa, se você procurar vai encontrar um livro de gênesis sobre o mundo de Tolkien, são muitas páginas de conteúdo. E não se trata de uma literatura fácil, quem já teve a sorte de alcançar um de seus exemplares sabe disso. Mas por que falar tanto de livros aqui? Por que quem acha que a adaptação de um volume em três filmes, contando com cerca de dez horas de arte bem feita, sequências com fotografia de primeira e um enredo épico, uma série ruim deve ser uma pessoa realmente vazia. Lembrando que todos os filmes adaptados de sagas literárias vem usando o padrão colocado com "Harry Potter", um modelo que já não funciona, mesmo com pouco tempo de vida. A saga "Jogos Vorazes" prova bem esse fato. "O Hobbit" traz uma nova opção para a telona, por que ela já é usada na telinha, "Game of Thrones" também faz de um livro, uma grande sequência de cerca de dez horas. Essa obra de "Peter Jackson" não foi apreciada corretamente pelas pessoas de seu tempo, ela vai ser lembrada no futuro com outros olhos. Ela não ganhou os créditos que merecia por vir de um conteúdo muito denso, e estar em um padrão técnico muito elevado e difícil de se reproduzir, nem todo mundo pode. Mas não se engane, "O Hobbit" é uma árvore que floresce, nem jardim de pedra.
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraDepois dos créditos de "Ex Machina" você provavelmente está com um sorriso no rosto.
Aqui o tema Inteligência Artificial foi tratado com frescor que poucos imaginavam após as primeiras cenas do filme. As voz sintetizada e a loucura, que sempre tinha como resultado a lição de que o homem não deve bancar o criador, foi substituída por um ser que manipula e tem desejos, principalmente por liberdade. Nunca se abordou um tema como sexualidade em uma máquina com tanto sucesso como foi aqui. As atuações são convincentes, os limites testados também conseguer erguer questões de valor.
Rua Cloverfield, 10
3.5 1,9K"Rua Cloverfield, 10" é um filme curto que teve uma promoção pequena, apesar dos nomes saltando nos créditos. Acho que a falta de pretensão com o título tem suas razões.
A todo momento você tem a impressão de já ter visto esse filme, mesmo sabendo o que vai acontecer, por um breve momento existe a dúvida e é aí que o enredo segura o expectador. Nada do que você vai ver aqui é novidade, mas você permanece pendurado e desconfortável por alguns momentos, técnica comum de roteiristas de séries que foi bem aplicada aqui.
Truque de Mestre
3.8 2,5K Assista AgoraUma grande produção, sem dúvidas.
Segue a linha desenhada por "Onze Homens e Um Segredo" com fidelidade total, um grande elenco, a fotografia, os diálogos rápidos e o grande truque final. Seria um bom filme, se os truques de mágica não usassem CGI. Achei uma vergonha usarem essa tática, esse é um filme que o elenco mostra que não faltou verba para contratar profissionais com engenhosidade suficiente para a coisa real.