Desorientação, confusão, sofrimento. Doenças mentais são foda, alias qualquer condição de dor que cause a perda da humanidade de alguém não é fácil de se ver. Florian Zeller, mostra um pouco disso.
Você tenta ter as rédeas do filme nas mãos, mas não consegue. A condição que "Meu Pai" coloca você, faz que tudo a sua volta perca a razão. Os planos somem, os personagens viram fantasmas e somente Anthony, permanece real na nossa frente, como referência da realidade. Você tenta controlar e dar explicações rápidas pra si, algo lógico e coerente com nossas expectativas, mas tudo a volta se desfaz, tudo que você imagina desaparece, fazendo que as cenas passam sejam frutos de sonhos e devaneios.
O personagem de Anthony Hopkins, transporta a gente pra realidade dele, onde qualquer situação e personagens, são tratados com alivio e desespero, com medo e confusão, porque você não sabe o quem eles são e nem onde estão. A desorientação e confusão, consegue perturbar a gente, pois essas emoções passam a ser nossas também. Você sente a dor dele em não saber o que está acontecendo, percebe que as certezas deles, não são verdadeiras, mas também sente, nas pessoas a sua volta, a dor e o pesar, que é medido em pessoas que passam por uma situação parecida, cuidando de pacientes iguais a Anthony.
Eu fico tentando traçar quem era quem no mundo de Anthony, mas não me atrevo mais, acho que tudo são reflexos de lembranças de um passado impossível de ser crível, ou de expectativas do que gostaria que eles fossem, ou os devaneios mentais, com as emoções de uma vida toda, mostradas em figuras que foram importantes pro pacientes, mas que não tem uma forma aparente, um lugar certo e uma ação real. Você não sabe quem são, onde estão e o que fazem.
Imaginar uma coisa dessa é foda, descrever isso beira ao impossível, mas mostrar isso na peça de teatro inspirada no filme e produzir um, realmente é digno de aplausos. O roteiro é genial, a história trouxe de uma forma abstrata o sofrimento que não pode ser medido em palavras, descrito nos planos que o personagem vive; a montagem consegue com simplicidade tirar os planos reais da nossa volta, mudando os locais e pessoas, fazendo que o delírio do paciente seja vivido por nós. A direção do Florian, não joga a gente pra um sonho qualquer, ele materializa as perturbações de Anthony, da maneira mais humana e possíveis de se entender, sem que o filme vire uma ficção utópica.
Anthony Hopkins (Anthony), Imogen Poots, Olivia Colman e Olivia Williams.
Grande história! Lembro esse feito da nadadora, mas desconhecia totalmente os detalhes da história dela.
Elizabeth Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin, contam o feito de NYAD, uma nadadora gringa que desafiou os sete mares, atravessando o congestionado estreito marítimo da ilha de Cuba para Flórida, nos EUA. Mostrando pro seu povo, como que foda sair da ilha de Fidel, para tentar sorte em seu país.
Annette Bening vive a nadadora, que auxiliada por sua grande amiga Bonnie Stoll (Jodie Foster), se jogam nas águas, tentando na fé e na coragem, pra superar seus limites, sendo um exemplo sem fim de capacidade e vontade para qualquer pessoa do mundo e em qualquer idade.
A história é muito bem humorada, com diálogos muito cômicos entre as personagens de Annette Bening e Judie Foster, que impressionam nas atuações, mostrando as inúmeras tentativas que a nadadora teve em vencer a fúria do mar e seus perigos.
As cenas são ótimas, os momentos água viva, realmente queima de agonia só de ver, e os fracassos que ocorrem realmente frustram a gente, pelas dificuldades inúmeras que surgem em quem acha que o cansaço é o único inimigo desses feitos.
Achei absolutamente patéticas a abordagem social e política que eles fizeram de Cuba, mostrando imagens de pousadas e casas, como se fossem condomínios em Miami. E outra, a facilidade das viagens para Ilha, sem aquelas restrições para americanos, em locais que pareciam mais as moradias delas, iludem quem assiste, pois fazem você crer que Cuba é livre, rica, próspera e feliz. É a Miami na cama com Paris.
As cenas finais são cheia de emoção, Diana Nyad fez algo que será lembrado eternamente em seu país e no mundo todo. Um exemplo de vontade e resignação, mostrando pra qualquer pessoa, que só fracassam dos seus sonhos, quem desiste deles. Bom filme.
"A Sociedade da Neve" leva você a beira do desespero, contando o terrível acidente que ocorreu nos Andes com o time uruguaio de rugby, familiares e amigos. Baseada em fatos reais, J. A. Bayona fez um dos maiores filmes de sua carreira, mostrando um horror quase inacreditável, que passaram os 29 sobreviventes depois da queda.
A história é mundialmente conhecida, tinha livro aqui em casa, mas inexplicavelmente eu não tive coragem de ler, mas sempre carregava comigo um medo desconhecido e um severo respeito sobre essa tragédia, coisa que me afastou até dos filmes anteriores. Mas agora, décadas depois, eu tive conhecimento dessa produção da Netflix e não pude evitar de confrontar essa história, e o medo que de alguma forma me afastava dela. Foi bárbaro.
Todo mundo carrega dentro no seu interior, uma imagem de sobrevivência, de dificuldades e extremos. Mas a situações que esses sobreviventes passaram, quebraram os vários limites e alertas da minha alma, mostrando que não há nada difícil, que não possa ficar pior.
O horror da queda, os mortos nela, os feridos, o frio, a fome, as dores. Bayona mostra com ricos detalhes o extremo que os 29 sobreviventes passaram nos Andes. No começo eu achei que seria um entretenimento Netflix sobre o fato, mas foi um fuga mental minha pensar isso. A Netflix, pegou pesado na produção, e não teve medo de mostrar em duras imagens, as histórias que eu ouvia sobre o acidente.
O elenco desenvolviam cenas de terror quase que inacreditáveis, cenas reais, coisas que existiram. Filmes que contam histórias de pessoas morrendo de frio, fome e ferimentos, eu já assiti, mas nada que se compare a você ver os sobreviventes precisarem se alimentar da pessoa que esta ao seu lado. E ter essa condição, como a única forma de esperança possível de sobreviver mais um dia.
Os pactos que eles fazem, ante os paradigmas de cada um, caem na neve, nos momentos de horror quase indescritível vivido por eles. Os laços de amizades que eles tinham, ficam sem sentido perto ao que eles vivam ali. A luta pela sobrevivência e significado dela, não eram medidos em palavras, mas nas imagens vista num todo. A necessidade leva você a fazer coisas que vão além de qualquer condição e situação imaginada, mas a coragem e a forma de faze-las, são estágios quase que impensáveis.
Porque, a força, a capacidade, a resistência, a coragem, inteligência e resiliência, não podem ser separadas da amizade, da bondade e do amor. Em situações extremas, atos no mesmo nível precisam ser feitos, mas as dificuldades vividas, não devem ser confundidas com esses extremos. Pois são elas que nos mantem fieis a importância real de lutar pela sobrevivência e se salvar depois.
"A Sociedade da Neve", mostra que os sobreviventes, lutaram pela vida, tentando ser fieis ao que tinha de melhor neles. Eles tinham uma fé quase inabalável em Deus, em Jesus e Nossa Senhora, e isso foi que os impulsionam e que os acalentaram. O medo, o desespero, a dor e o sofrimento eram alucinantes, e muitas vezes se perdia, mas quando uma chance surgia, a coragem e esperança, eram revividas em um, e renovada em outros. Assim, eles viviam mais um dia, depois uma semana, depois uma quinzena, um mês, dois meses, e terminar 72 dias depois.
Produção excelente, locações fantásticas, imagens incríveis, cenas angustiantes e um elenco de desconhecidos que para mim eles eram um só, um time, em que eu não consegui enxergar atuações distintas. As cenas que seguem o final, mostram um sentido mais real, mais verdadeiro e sagrado pra vida e pra tudo que está nela.
“Os Rejeitados” é um filme de comédia dramática que conta a história de três personagens solitários e marginalizados que são obrigados a permanecerem juntos durante as férias de frias e nevada de Natal num colégio interno.
Paul Hunham (Paul Giamatti) é um professor amargo e estranho, Angus (Dominic Sessa) é um aluno rebelde e órfão, e Mary (Da’vine Joy Randolph) é a cozinheira da escola que sofre a perda de um filho. todos personagens tem segredos, histórias e conflitos, que vão sendo mostrados e curados pela convivência obrigatória deles, numa época que a alegria ou a falta dela são mostradas com felicidade ou dor. O filme explora relações difíceis, improváveis e comoventes que se formam entre eles, mostrando que um pouco de afeto pode ser um grande remédio para curar a solidão.
Dirigido por Alexander Payne, o filme é uma mistura delicada e inteligente de drama com comédia, numa magnifica ambientação setentista, com musicas e programas de TV da época. Novamente o diretor demonstra sua habilidade em criar personagens complexos e humanos, que fogem dos estereótipos normais, onde revelam fragilidades quase despercebidas e virtudes não muito festejadas em filmes. Giamatti, Randolph e Sessa estão excelentes em seus papéis, transmitindo emoção e carisma de forma bem real e espontânea.
“Os Rejeitados” celebra os desajustados meio nerds do mundo, os que não se encaixam na sociedade, mas que se enxergam nos outros, e encontram neles uma razão para viver. É um filme leve, que emociona, diverte e faz pensar sobre o valor da amizade, da família e das amizades. Tem cenas hilárias, bons diálogos e um final bacana! Bom pra assistir na época natalina.
Escrito e dirigido por Emerald Fennell, "Saltburn" conta história de Oliver, um bolsista que foi estudar nessas facu de elite, onde fez amizade com Felix (Jacob Elordi), o atleta bam bam bam e pegador amigão de todos, que resolveu pegar ele pra criar, levando pra conhecer seus amigos e garotas até que levou ele pro local foda do titulo do filme, onde lá o coitadinho do amigo pobre e infeliz, ensinando pra gente, porque Deus não deu asa pra cobra.
Vidão da porra, mordomo pra todos lados, lagostas sem fim e rios de champanhe. A vida de Felix é o sinônimo de quem acorda de manhã e não sabe se vai tomar café em Paris ou Milão. É quase Hogwarts! O local é foda! Trocentos quartos, milhares de salas, lareiras, lagos, piscinas e acho que até um dragão eles devem ter nas masmorras. A familia de Felix é pica, pelo menos na grana e no live style, porque cambada de zé povinho viu.
Eles ricos, mas são miseráveis na cachola, tem coração, mas acho que de lagarto, tem sangue, mas acredito que até o menstrual lá daquela Mina é azul. Nesse local de luxo e de gente luxuriosa, gritou Satanás do inferno para Oliver: Vai que é tua Taffarel! E o Taffa, foi! Oliver foi foi apresentado pra Sir James Catton (Richard E. Grant), o véio da lancha, Lady Elspeth (Rosamund Pike) a Felix Hot mama, a irmã Venetia (Alison Oliver) o primo e odioso rival Farleigh Start (Archie Madekwe) e Pamela (Carey Mulligan), a coitada do verão anterior, que bate o cartão e vai embora.
Primeiro você tem aquele impacto do lugar, mas a vida da família, com os personagens e as conversas quebra a gente em hábitos, como desdém, menosprezo, acidez, falsidade que dão na gente aquela distancia. Educação para mostrar capacidade, equilíbrio pra mostrar força, riqueza pra ostentar aparências, beleza pra mostrar poder e poder pra mostrar superioridade. É uma dança invertida, aberrada e misturada desses valores, que particularmente pra mim não fazia sentido.
O Felix, já era de boa, não sei se é por ele ser o primogênito de tudo e ter as chaves do reino e pra ele, tanto fazia se a Ferrari batesse, ou se a puta que pariu do Oliver morresse, que o sol nasceria brilhante na vida dele, mas ele levava a vida o mais próximo do normal do que o resto daquela gente desfigurada de Saltibur, vivia.
Mas reza a física quântica que os iguais se atraem, no caso aqui, não pelas aparências, visto que o Barry Keoghan (Oliver), não é nenhum galã, mas por alguma ação algum pensamento, algum sentimento, algo que atraísse para Saltibur, o lado negro da força. Porque Felix podia ser o herdeiro, mas o rei de Saltibur, não tinha o sangue real e azul deles.
Se lambuzar no banho espermado do primogênito, cair de boca no Ketchup real da irmã, punhetar em ameaça o odioso primo. Sim... Oliver fez. Acredito que a expressão "Rolar na Macumba" nunca foi tão justa quanto essas coisas que Oliver se prestou a fazer, para ser amigo do Felix e manter sua estadia lá. Eu me impressionei bastante, quando percebi as maquinações sem limites dele pela amizade e paixão que ele sentia pelo rapaz! O poço de mentira, de falsidade, de falta de caráter, de honra.
Oliver se mostrou ser um verme da bosta, do inferno, da puta que pariu. Mano, ter na vida momentos Ketchup, pode acontecer com pessoas que gostam de uma esfirra aberta. Mas lamber o ralo da banheira? Vai tomar no meio do seu cú! Foi a maior desgraça sexual que eu vi num filme até hoje! Só as baratas fazem isso, e por mais que você queria que elas morram, elas sobrevivem.
O filme leva você sentir nojo de Oliver, pelas atitudes e paixões que ele faz, por algo que é fulgás e passageiro. Mas a desgraceira que segue depois, faz você deixar as cosias que o arrombado lambe lambe faz e passe a observar os paranauê loco que segue depois. Eu achei que era castigo, achava até que era maldição. Depois do lambe lambe, só podia vir aquilo. Morte, suicídio, morte... Era um Brasil Urgente inteirinho sobre um lugar só!
Mas o final foi muito loco! Emerald Fennell morde a nossa bunda, mostrando quem afinal era Oliver! Nem o Talentoso Ripley fez uma coisa tão fudida! Amor e ódio ao feliz, eu entendo, mas fazer aquilo todo, foi demais pra minha cabeça! E a forma que foi revelado, foi literalmente pra tirar o nosso chão! Cachorrinho do Editor Fia da Puta, pra montar essa cena explicativa do fim. Oliver maquinou o tempo todo, se fez de cachorro morto, mentiu, usou, punhetou, lambeu a esfirra da irmã e acho que deu até o rabo pros mordomos, pra conseguir o que queria. E sai dançando no fim.
"Saltburn" da Emerald Fennell é um grande filme. A história tem uma trama que provoca vários sentimentos. Você se choca vendo, até onde o ser humano se sujeita pra viver uma ilusão, mas depois fica sem perna e sem chão quando descobre o que ele faz pra ter e viver certas coisas. A gente é levado a sentir um certo pesar do personagem de Barry Keoghan (Oliver), ser pobre e bolsista de uma faculdade de elite, sofrer um certo bullying, e desejar estar ali entre as feras, os grandes, estar com Felix e seus amigos. Ver ele depois sendo apresentado pra uma familia rica e cheia das tradições, onde se decepciona e se enoja pelas pessoas que eles são. Mas depois você começa a observar Oliver e quem ele é realmente, "O Talentoso Oliver."
"Saltburn" e seus quartos, salas, moveis, obras de artes, são apenas objetos. As pessoas que fazem uso deles. "Pobre é o Diabo" que mora em cada um deles.
P.S. É por causa desses Oliver que tem aquele Gererê sobre a Cova Funda. 🙄
Eu lembro de um babado desse nos fim dos anos 90! A professora pegou o novinho em casa e com a plena vontade dele, depois foi presa por abuso, ficou gravida, mas casou com o garoto e eles viveram juntos, até que amos depois, a mulher esticou as canelas. Foi estupro, lógico, um muleque de 13 anos não tem noção de nada, por mais que o sexo tenha sido consentido por ele, no final das contas ele só vai ter consciência disso quanto for adulto, ver as mamadeiras de um lado, a mulher na idade da mãe dele de outro e os amigos lá fora curtindo a vida feito loucos.
Na minha 5ª Série oitentista, tinha uma professora de História que era um demônio em forma de mulher... Morena, linda, gata, inteligente e parecia ter uns 25 anos. Um sonho, um pêssego, um pecado. Todo mundo queria comer ela. Era a gente ir pra escola estudar e perder os fluídos em casa. A gente era tudo muleque e sonhava em morrer com ela na cama. Ela era um sonho, parecia a Ramada (Valeria Golino) do Top Gang. Cê é loco! Mas foi tudo um sonho pra nós, e essa história aqui, já é um pesadelo.
"Segredos de um Escândalo" conta a história de Elizabeth (Natalie Portman), uma atriz que viaja pra uma cidade, a fim de estudar a vida de Gracie (Julianne Moore) em que ela vai interpretar num filme, baseado na sua história. A mulher ficou famosa por ter um relacionamento de 23 anos com seu marido Joe Yoo (Charles Melton), que começou quando ele tinha 13 anos e ela 36. O filme explora as consequências desse escândalo na vida da mulher, de seu marido e de seus filhos, além de mostrar a tensão que se forma entre a atriz e a mulher, que têm visões diferentes sobre a história.
No ritmo de um novelão gringo, o filme Todd Haynes, vai mostrando o impacto na vida do casal, com a personagem da Natalie Portman, meio que estudando eles para o filme. E isso vai causando um sério desconforto em Gracie (Julianne Moore), onde um julgamento obvio era indiretamente feito, por causa das resposta e revelações que eram obtidas.
Natalie Portman carrega na personagem, uma sensualidade muito estranha, um sorriso sexual explicito, parecendo até que ela transa quando fala. Julianne Moore, já era a imagem da agonia, em ver sua história toda ser revivida e principalmente, ver Elizabeth entrevistando os parentes todos da familia e observar seu marido se comportando de uma maneira estranha e começando a balançar sobre toda situação.
O diretor faz meio que uma onda a indústria do entretenimento televisivo, fazendo o filme com jeito de novela mesmo, soltando até aquele piano típico dos folhetins da globo na trilha para fechar uma cena ou numa situação mais tensa que tenha a revelação de algo. Me fazendo lembrar das horas que tinha intervalo, pra gente tomar uma água e ir pro banheiro.
Natalie Portman e Julianne Moore, são foda demais, a atuação da dupla é intensa, suas personagens vivem dramas opostos e conseguem transmitir toda complexidade e ambiguidade da situação de suas personagens. Charles Melton também se destaca como o marido jovem e inseguro, que busca uma saída arrependida para sua situação, afinal agora ele tem uns 35 e sua esposa é uma mulher na casa dos 60. A Elizabeth da Natalie Portman, toca um terror soft na familia, não chega a virar uma vilã que extrapola os limites da sua pesquisa pro filme, mas a Mina estuda a matéria "Charles" até o talo. Buscando reviver a história e a personagem na pele. É uma Meryl Streep mesmo...
"Segredos de um Escândalo" é um bom filme, conta uma história complicada e polemica, que ficou famosa na época. Demorou um pouco pra eu entender a proposta do diretor em satirizar a forma como esses casos chegam a até nós em novelas pra TV. Mostrar as consequências reais de um romance irresponsável, é providencial para os dias de hoje.
Sessão de Galla! "Eileen" do diretor William Oldroyd, vai nesse estilo de filmes que eu pegava pra assistir nas madrugas se sábado e não sabia para onde ele iria me levar.
Eileen Dunlop (Thomasin McKenzie), é uma garota, solitária, infeliz, que vive numa seca de sexo do inferno, sonhando que algum dia, algum homem a pegue de jeito na cama, e a vire dos avessos. Mão loca pura! A coisa é tão braba pra ela, que qualquer funcionário da Fundação Casa gringa, que ela trabalha serve descabelar a moça. Até pros internos de lá ela fica se lambendo. Mano!
Até que num chega pra dirigir a sua vida muda quando ela conhece a nova conselheira do Fundação Casa, a Dra. Rebecca (Anne Hathaway), uma mulher glamorosa e misteriosa que desperta o interesse de Eileen. As duas ficam amigas, mas a Dra. Rebecca vai mostrando um certo desejo pela desesperada e inocente jovem.
As duas mulheres se aproximam e Eileen vai mudado, e logo ela é arrastada pela diretora malandra, pra uma possível relação, em que Eileen abraça mais pela situação emocional e psicológica, do que por descobrir do que ela gosta. Mas o filme dá uma reviravolta doida, Rebecca revela um segredo bem brabo pra Eileen, onde muda toda trama da história, mas a forma que ela aceitou a parada, eu quase não acreditei. Não se se foi por falta de sexo, paixão ou se ela revelou ser loca mesmo, mas o filme muda, a trama fica tensa e o que vem ainda é pior.
Uma atmosfera sombria e intensa envolve a história, e a solidão, alienação, perda ou falta de identidade da personagem emergem nela, transformando a personalidade meio inocente da personagem num problema pro Homens de Branco no Juqueri, com Lexotan 30 mg, resolverem.
Anne Hathaway, tem aquela aparição surpresa e convence na sua personagem maliciosa, agora Thomasin McKenzie, incorpora mais uma vez uma personagem inocente e solitária num filme. Uma coisa que eu acho ruim, porque vira um estereótipo dela, em vez de alguns de suas personagens e fazendo crer que num próximo filme, ela novamente seja o que foi nos outros. As duas tem ótimas atuações, a tensão e desejo delas criam uma química interessante e intrigante nas personagens.
O diretor impõe contrastes na história e paradoxos nas personagens, mostrando a feiura e a beleza, realidade e fantasia, e inocência e perversão, que mantem a gente intrigado e desconfortável até o fim.
"Hollywood é um lugar onde te pagam mil dólares por um beijo e cinquenta centavos por sua alma..." - Marilyn Monroe.
"Marilyn Monroe, uma das maiores atrizes que o cinema já teve, o maior símbolo sexual de todos os tempos. Namorada de muitos, esposa de três, amante do presidente, amada por todos. Nesse epitáfio de botequim, eu gostaria de dizer que num planeta sem vergonha desse, cheio de zé povinho ditando regra, é absolutamente impossível alguém escrever um livro de um ser humano igual a esse, e diga que o livro tem 100% de verdades. Se estando vivo aqui, a coisa já é foda, imagina morto? Como alguém pode determinar o que é verdade ou mentira sobre o maior ícone da beleza, da sensualidade e do glamour, que já existiu?
A realidade as vezes parece ficção, mas quando a ficção é usada pra contar a realidade, as pessoas não sabem o que fazer. Elas não sabem como ouvir e escolhem aquilo que é mais aceitável ou o que ela acredita que é real.
Andrew Dominik, baseou no livro de Joyce Carol Oates, para contar uma história fictícia sobre a personagem Marilyn Monroe e da desconhecida Norma Jeane. Nem no livro, o escritor chega a arranhar a verdade, e o filme então, tenta levar a imagem que fizeram dela pras telas, a imagem publica, a imagem sexual, pornô, cultural, a imagem dos sonhos (Por isso que tinha a cena das bocas deformadas). Mas em contrapartida o filme explora a imagem da dor, tanto da personagem Marilyn Monroe, quanto da desconhecida Norma Jeane, e a vida humana dela, que absolutamente é desconhecida, permanece oculta e presa em livros, filme, relatos e entrevistas, e pessoas que também dizem dizer a verdade.
Existiu uma indústria gigantesca em torno da Marilyn Monroe, controlando fatos, teorias e imagens. A Marilyn era um fenômeno e tudo em sua volta é cercado com a aura que criaram pra ela e tudo isso é um mistério até hoje. Falar que tudo nesse filme está no limbo das cinebiografias é mentira. Os traumas mais pesados sobre ela foram evitados, e a vida traumática dela aqui, foi mostrada de forma genial pelo diretor Andrew Dominik, com efeitos lúdicos, cenas surreais, uso de estilos diversos, que tiravam a gente de uma realidade 4 x 4, pra jogar um sonho louco e exagerado, com fatos sim, mas fantasiando a também a verdade, afinal "Blonde" é a rádio peão que virou filme.
Agora, será que a Peão FM, é tão mentirosa assim? Será que são mentiras o que essas histórias falam há mais de sessenta anos? Onde está a verdade? Quem está com ela? Infelizmente ninguém tem a resposta. A mãe queria matá-la, executivos abusavam dela, estúdios que a explorava, amantes que ninguém sabe nem um terço do que realmente foi, e a figura pública, mitificada e fictícia do ícone pop, sensual, sexual e pornô que a indústria vendia da Marilyn Monroe. A figura que basicamente a gente mais conhece e que acabou consumindo-a dentro e fora das telas de cinema.
Aos fatos das biografias e das Rádios Peão da época.
* Durante uma parte de sua vida, Marilyn viveu em vários lares adotivos e orfanatos, depois que a sua mãe foi diagnosticado com esquizofrenia paranoica e internado num hospital, onde num dos lares ela foi abusada sexualmente, coisa que nem está no filme.
* Marilyn sofreu vários abortos espontâneos e uma gravidez ectópica (quando o embrião começa a se desenvolver fora da cavidade uterina), mas isso não parece no filme. Hollywood era satânica e obrigava sua atrizes a assinar “cláusula de moralidade” em seus contratos, onde elas se torariam um prejuízo se engravidassem. Então uma gestação violaria a política do estúdio, fazendo assim que o aborto se tornasse algo praticamente normal em Hollywood.
* A relação a três com ela, Charlie Chaplin Jr. e Edward G. Robinson Jr., segundo a Peão FM ocorreu, mas não da forma aparece no livro.
* O ex jogador de baseball Joe DiMaggio e segundo marido da Marilyn, descia a porrada na bichinha! O arrombado era ciumento e não aturava que ela fizesse mais sucesso que ele, além de não gostar da imagem de símbolo sexual da esposa. E Pasmem... Queria que ela parasse de trabalhar para se tornar uma dona de casa.
* O lance das cartas fictícias são reais, foi revelado que Chaplin Jr. tinha escrito essas cartas desde que eles se separaram. E numa confissão póstuma, ele admite a Marilyn que foi tudo uma piada de mau gosto. Filho da puta né? Tudo isso foi pra validar a pai dependência dela chamando de "Pai", todos os homens de sua vida.
* O relacionamento com o presidente John F. Kennedy, alguém duvida? Em um programa do Fantástico acho que no fim dos anos 80, teve uma grande reportagem sobre o Kennedy, na qual, foi mostrado um áudio do presidente com a atriz, que logo depois era ouvido sons de casal nhanhando. E Mano, a Mina quase gozando, canta na festa do cara, "Happy Birthday, Mr. President".
* Foi espionada pelo FBI sim, o monitoramento do FBI sobre Marilyn Monroe começou devido à admiração da atriz pelas reformas que aconteciam na China e seu ódio ao Macartismo e ao diretor do FBI J. Edgar Hoover. Mas ela foi uma das amantes do JFK, que alias, foi mais uma das amantes do presidente e como dizem todas as línguas... Sabia demais.
* Controle mental, e o poema “The Surgeon Story”. Lembrança, sonhos... Você decide, meu jovem!
“The Surgeon Story” é um texto em que ela descreve ser cortada pelo seu professor de teatro Lee Strasberg e pela sua psiquiatra Margaret Hohenberg. Alguns dizem que é um pesadelo que ela teve, outros dizem que é uma descrição de uma sessão de controle mental. Aqui está a tradução:
"Melhor cirurgião mais fino - Strasberg para me cortar o que não me importa já que a Dra. H me preparou - me deu anestesia e também diagnosticou o caso e concorda com o que tem que ser feito - uma operação - para me trazer de volta à vida e me curar dessa terrível doença seja lá o que for isso - (…)
Strasberg me corta depois que a Dra. H me dá anestesia e tenta de uma forma médica me confortar - tudo na sala é BRANCO na verdade eu não consigo ver ninguém só objetos brancos -
eles me cortam - Strasberg com a ajuda de Hohenberg e não há absolutamente nada lá - Strasberg está profundamente decepcionado mas mais ainda - academicamente surpreso que ele tenha cometido um erro tão grande Ele pensou que ia ter muito mais do que ele jamais sonhou possível … em vez disso não havia absolutamente nada - desprovido de qualquer coisa humana e viva - a única coisa que saiu foi serragem tão finamente cortada como de uma boneca de pano - e a serragem se espalha pelo chão e pela mesa e a Dra. H está confusa porque de repente ela percebe que este é um novo tipo de caso. O paciente … existindo de pura vazio Os sonhos e esperanças de Strasberg para o teatro caem Os sonhos e esperanças da Dra. H para uma cura psiquiátrica permanente são abandonados Arthur está decepcionado - desapontado"
* Marilyn tornou-se viciada em medicamentos, que muitas vezes ela e muitos artistas tomavam com álcool. Por conta das doenças e problemas que ela tinha como insônia, ansiedade, endometriose, cálculos biliares e depressão, e teve várias overdoses em sua vida, sendo uma delas, possivelmente possa ter levado ela à morte. Mas...
* Em 5 de agosto de 1962, Marilyn Monroe foi encontrada inconsciente em seu quarto em Los Angeles. Ela tinha 36 anos, estava com a mão estendida em direção ao telefone e havia diversos frascos de remédios vazios ao lado de sua cama. A fonte oficial, diz que a morte foi considerada um provável suicídio devido ao número de drogas em seu corpo, mas tem muita coisa errada nessa história. O quarto foi limpo pela empregada e lençóis foram trocados depois que ela foi encontrada morta, havia vários frascos de comprimidos em sua quarto, mas sem água, um copo mais tarde foi encontrado no chão, mas não estava lá quando o quarto foi revistado em primeiro lugar, o tempo de morte dada pelas testemunhas mudou várias vezes.
* Para resumir alguns acontecimentos estranhos que aconteceram naquela noite: a polícia foi chamada mais de uma hora depois que Monroe foi encontrada morta, o quarto foi limpo pela empregada e lençóis foram trocados depois que ela foi encontrada morta, havia vários frascos de comprimidos em sua quarto, mas sem água, um copo mais tarde foi encontrado no chão, mas não estava lá quando o quarto foi revistado em primeiro lugar, o tempo de morte dada pelas testemunhas mudou várias vezes. Finalmente, a principal testemunha (e uma possível suspeita), Eunice Murray deixa o país e nunca mais é questionada novamente. Autópsia, testemunhas, vizinhos, amigos e outras, contam versões e histórias que não entraram no relatório final da investigação e nem da autópsia.
São muitas histórias, muitas verdades e mentiras, mas como saber o que são fatos, se a conclusão oficial acaba sendo a mais suspeita? Não tem como saber, Marilyn Monroe vai continuar no mundo mitológico de Hollywood. Tem documentários, filmes, livros e relatos que vão trazer algo a mais, mas nunca o que realmente foi.
Então "Blonde" veio com essa proposta de mostrar mundo fictício da estrela mais famosa de Hollywood. O mundo que era vendido pras pessoas, o mundo escandaloso, sexual, glamoroso e doloroso da Marilyn Monroe.
“Então eu acho que o filme é sobre o significado de Marilyn Monroe. Ou sobre um significado. Ela era um símbolo de alguma coisa. Ela era a Afrodite do século XX, a deusa americana do amor. E ela se matou. O que significa isso?” - Andrew Dominik.
"Blonde" materializa essa ideia, a ideia que agrada os homens e mulheres que viram na vida fictícia da atriz, um molde pra si mesmo e pra suas paixões. A mulher gostosa, fiel, serva e tola, mas que na realidade isso era o contrário, ela era bem inteligente e muitos dizem que o Q.I dela era altíssimo. Hollywood fazia pro cinema, mulheres burras para serem suas personagens. Marilyn foi a loira perfeita, a loira do século, a mulher mais desejada que já existiu. E isso foi uma ideia, mas uma ideia desgraçada que o filme passou, mas ninguém entendeu.
Quando eu vi Ana de Armas na pele da atriz, eu paralisei. Era real demais, o olhar, o rosto, a expressão física, a voz sensual. Toda a imagem da Marilyn estava na Ana. E a atuação dela, além de corajosa, foi monstruosa. Ela hipnotiza em cada cena, o fascínio do ícone, salta na tela, e materializa todo o molde da personagem, do molde, da Loira. O filme parece que é feito pros homens, mas é que na verdade a personagem Marilyn Monroe, foi feita pros homens e não para as mulheres, e Andrew Dominik mostra isso.
É um sonho, uma ilusão e muitas cenas do filme mostra isso, com efeitos visuais e trilha sonora que beiram a lisergia. As imagens viram pesadelo e quase terror, quando o filme mostra Norma Jeane e as dores abafadas dessa mulher esquecida e transformada em Marilyn. E o filme não poupou em mostrar Norma e Marilyn burras, inocentes, incapazes e sofredoras. O escritor e diretor, não deram humanidade que era dela, eles deram a imagem que foi vendida pro mundo dos homens e quando mostrou as dores, mostrou elas quase que sem fim, sendo em parte reais, mas direcionada a uma mulher fraca que eles tinham mostrado antes.
A Marilyn cheia de amigos e muitas amigas, a Marilyn inteligente, com a língua afiada, a Marilyn politizada, que protestava contra o governo, Joyce Carol Oates e Andrew Dominik, não mostraram, porque a idéia é a da Loira Burra, que faz boquete sem saber quem é ou porque está fazendo, da Norma Jeane foda que nunca existiu. O filme mostrou o que os estúdios venderam da personagem!
A Marilyn Norma Monroe Jeane, burra, fraca, loca, doente, sofredora, sexy, gostosa, ingênua e viciada em remédios que se matou.
As cenas finais do filme, parecem um funeral para um vivo, uma tumba aberta com alguém que balançava ao redor. Até que se acaba, mas se acaba como se fosse o sonho sonhado para os vivos e tolos desse mundo acreditar.
"Blonde" de Andrew Dominik é um filme que você ama ou odeia. Tem erros e acertos, mas sinceramente, eu não sei quantos eles são e nem sei onde estão. São muitas verdades, muitas mentiras e pouca realidade para se acreditar. Essa programação Marilyn Monroe é muito forte, ela foi colocado nas mulheres, através de tudo que é feito em Hollywood, pra sociedade inteira.
Não tenho medo de dizer, que eu meu inconsciente também vive nesse mundo dos sonhos junto com os outros tolos. Mas confesso que tenho um pouco dos meus olhos abertos.
Queens, Nova York, inicio da década de 80, num pais que está prestes a eleger Ronald Reagan para presidência, "Armageddon Time" mostra Paul Graff, um garoto de familia judia, democrata, de classe média baixa e sonhador, vive uma aventura tumultuada, cheia de ilusão e medo, que o fez a duras penas crescer e ser mais responsável e digno de suas ações.
Dirigido por James Gray, o filme conta uma história autobiográfica da sua infância em que ele sonhava em ser artista, mas que tropeçava em si mesmo com falta de respeito com os pais em casa e com seu professor na escola. Mas acabou encontrando refugio num único amigo, Johnny Davis (Jaylin Webb), o único aluno negro de sua turma, que sofre discriminação e abuso dos professores e colegas.
Paul Graff é extremamente desrespeitoso com seus pais e com seu professor, num lance de drogas ele leva um apavoro loco de seus pai, mas ele não descansa com o professor. E hostilidades e desrespeito eram rotina na sala de aula com seu amigo Johnny. Ser negro nos EUA, naquela época era foda. O racismo era encarnado na sociedade e na familia de James, as raízes judias, não foram lição de igualdade e caráter pra algum deles.
Mas foi na figura do avô (Anthony Hopkins), que ele encontrou seu grande amigo e herói, onde lições de dignidade e respeito eram ouvidas e dadas como leis. Lições essas que foram amargas, mas necessárias, quando a pedido dele, a transferência de escola foi acatada como respeito e surpresa. Paul é transferido para a escola particular Kew-Forrest, onde estuda a familia Trump na figura do pai Fred Trump (John Diehl) tem forte influencia e que sua filha Maryanne Trump (Jessica Chastain) é diretora.
Paul e Johnny são separados, mas a amizade deles continua, mas sofre a pressão racista em James, que passa a olhar pro amigo com olhar de separação. A conversa com o grupo de amigos na nova escola chega a dar até medo. A forma que o preconceito racial instituído foi mostrado, se reflete a novelas e filmes sobre o tema e no que os judeus passaram nos campos de extermínio nazistas.
Essa influência moldou parte do caráter de Paul, onde na parte mais dramática do filme, ele usou o amigo para uma ação de ladraozinho, que acabou dando ruim e virando caso de policia. E na delegacia, na cela junto com policiais, o tratamento dado na época pra um garoto negro pobre é muito diferente ao que era dado a um garoto branco, judeu, classe média e pai que conhece alguém lá. A lei do mais forte é a lei rege tudo.
"É injusto que seu amigo vai assumir a culpa, mas a vida é injusta, As vezes algumas pessoas conseguem um acordo injusto." - Pai de Paul.
O filme se encerra com um clima de medo e guerra nuclear, dando ênfase ao titulo do filme com a familia de James na tela da TV e depois com ele na escola.
"Armageddon Time" é um retrato de uma época, em que o medo do fim do mundo era frequente. A guerra fria, fez que o armagedom fosse uma promessa real e diária na vida do planeta. Guerra nuclear era assunto das instituições Bar, Igreja e Escola. Esse inicio de década era cercada com essa fúria, e noticias, boatos e situações em todos os campos, não faltaram.
Mas grass a Deus, não aconteceu nada disso, e filmes, series, musicas, novelas fizeram dessa época a melhor pra mim em todos os tempos. Mas para James Gray a coisa foi tensa, a história é cercada de drama e situações tensas. O muleque merecia uma surra braba, lógico. Mas e a véia racista, os amigos da escola, o que fazer? A loucura do racismo não faz distinção de democratas ou republicanos. O racismo estava e ainda está no interior de cada pessoa que se acha melhor que a outra.
Mesmo sendo orientado pelo seu avô, Paul Graff, personagem de Banks Repeta, mesmo jovem também era. E precisou passar pelo roubo, e pela traição ao amigo na prisão, para aprender de forma amarga a lição do caráter e da honra. Lição aprendeu, e mostra isso com esse filme. O filme tem viés politico e exageros, mostrando uma caricatura direta dos Trumps, mas também mostra em toda sua estrutura, o medo, a tensão e a separação racial e ideológica que o povo vivia em extremos e sob o disfarce do glamour de uma bandeira.
Banks Repeta (Paul Graff), Johnny Davis (Jaylin Webb), Anthony Hopkins como o avô de Paul, Anne Hathaway como sua mãe, Jeremy Strong como seu pai, Jessica Chastain como Maryanne Trump, a irmã de Donald, e Oscar Isaac como o professor de arte de Paul.
"Armageddon Time" é um bom filme, tem uma história nervosa, uma boa direção, ótimas atuações, belas cenas, uma montagem realista e uma linda fotografia oitentista. Vale muito assistir.
"Aftersun" é um filme dramático sobre a relação entre um pai e uma filha que passam férias juntos em um resort na Turquia nos anos 90. Dirigido e escrito por Charlotte Wells, a história é uma mistura de imagens gravadas em câmera digital e lembranças da filha adulta, que tenta reconstruir a memória afetiva do seu pai, que enfrentava problemas pessoais e profissionais.
Mescal interpreta Calum, um pai jovem e separado, que tenta se conectar com a filha, mas também esconde seus demônios internos. Corio vive Sophie, uma menina inteligente e curiosa, que percebe as coisas mais do que o pai imagina, ao mesmo tempo que sabe viver com diversão os momentos da sua infância. Vivendo Sophie adulta, Rowlson-Hall interpreta e narra o filme com uma voz melancólica e nostálgica, questionando suas recordações, sendo elas verdadeiras ou imaginação.
O filme é nostálgico, a trilha sonora noventistas, pegam a gente pelo bico, onde cria uma atmosfera de saudade e de sonho. A direção de arte e fotografia, são vivas e alegres, e criam um contraste forte entre as cores vibrantes e ensolaradas da cidade turca, com as sombras e os silêncios que envolvem os personagens.
Mas o longa de Charlotte Wells, não funcionou nada pra mim, o rimo lento, somado a um naturalismo cansativo e a falta de clareza na narrativa, me fizeram dormir e sonhar que estava em Ubatuba cantando e dançando "Macarena" com as garotas do Banana Split na praia. Melhor parte do filme e do sonho.
O filme não explora nada os conflitos e os motivos dos personagens, deixando muitas lacunas e ambiguidades. O filme também não desenvolve nada os outros personagens, como a mãe de Sophie e os amigos que eles conhecem no resort, fazendo deles então meros figurantes.
"Aftersun" é um filme que fala sobre memória e afeto, mas que não soube descrever o que elas são e nem mostra-las com mais emoção, através das glamorosas câmeras digitais da época. Câmeras essas que invadiram o Brasil no fim da década e viraram febre.
Eita porra! Minha memória emocional com "Macarena", Banana Split e câmera digital, funcionaram mais que o filme inteiro. Isso é que é memória boa!
Sexo, Homens & Mulheres, Trilhas Sonoras e Musica Clássica, Leonard Bernstein, vida e obra de um gênio da musica. “Maestro” é um filme biográfico sobre a vida e a obra do famoso compositor e maestro Leonard Bernstein, dirigido e estrelado por Bradley Cooper. O filme acompanha a trajetória de Bernstein desde o seu primeiro encontro com a sua futura esposa, Felicia Montealegre, até os seus últimos anos de carreira e de luta contra o câncer.
Bradley Cooper leva pras telas "Maestro", um filme que nem Spielberg e nem o Scorsese, puderam levar. E o resultado é um trabalho emocionante, dramático e que tecnicamente impressiona. História quebrada, edição picotada, fotografia P&B, depois colorida, tudo em formato 4:3; o preciosismo técnico de Bradley no filme é uma coisa foda, eu jamais imaginei que debaixo daquele ator de blockbuster, sairia um diretor, tão inteligente e virtuoso. A sombra dos monstros Spielberg e Scorsese, podem ter pesado na ajuda, mas o trabalho apresentado aqui é muito além do que eu imagina. O domínio apresentado na direção, na produção e na construção do roteiro, com as técnicas e estilos diversas que ele utilizou, são dificílimas de serem realizadas. Mas além de serem feitas, o êxito do trabalho foi genial.
Confesso que conheço o trabalho de Leonard Bernstein, em uma ou outra trilha, como no caso do filme "Amor, Sublime Amor" de 1961, de Jerome Robbins e Robert Wise, também desconhecia totalmente o virtuosismo e a autoridade artística que ele era, além das trilhas para cinema, e me impressionei muito da importância dele para musica clássica americana, além de desconhecer totalmente sua vida pessoal.
Quando ouvi falar da cinebiografia, logo o titulo impunha uma visão do personagem e da obra. Mas pra minha surpresa e decepção, as duas partes não são foram exploradas como eu imaginava. Pra minha surpresa a vida pessoal de Leonard Bernstein foi divida de forma impressionante pela esposa Felicia Montealegre Bernstein, onde ela ganhou um protagonismo tão grande na história, que ofuscou o protagonista que dá nome ao filme.
Felicia Montealegre Bernstein, ganha um espaço que eu achei desnecessário no longa, pelo fato do filme se tratar da vida e obra do maestro, mas a escolha de Bradley, em dar essa importância para a personagem, pode se justificar na história, que mostra o papel e importância que ela teve na sua vida, e como as situações familiares vividas por eles foram determinantes para essa aparição estendida dela.
Eu esperava um filme que mostrasse mais o Maestro com seu protagonismo maior e normal em cenas da sua vida pessoal e social, com a Felicia sendo coadjuvante. Como também esperava que a obra estivesse quase em primeiro plano sendo mostrada, na esperada forma que um musico, compõe suas obras. E no caso dele, seria foda imaginar onde e como ele escrevias seus temas, como eram feitas as trilhas nos filmes e como eram a composição das musicas nas produções que ele fez em Hollywood, na era de ouro do cinema.
Esse avesso de cinebiografia foi decepcionante, mas pra minha surpresa, a abordagem dele da obra foi genial. O espaço dado pra Carey Mulligan viver a Felicia Montealegre, na história, foi aproveitado como poucas vezes eu vi num filme. A atuação da atriz foi a melhor que eu já vi dela em toda sua carreira. Carey Mulligan comeu as cenas, com uma força e um poder de atuação, que é impossível não se render a visão que o diretor tentou passar. Embora fique o gosto de querer ver mais a vida e obra do Leonard, o filme mostra o outro lado da vida dele. Um lado que todo filme abafa e ou tenta esconder, Leonard Bernstein era um gayzão da porra, bisexual, casado com Felicia, numa relação adultera, onde ela sabia da orientação sexual dele, como também a aceitava.
O filme abordou mais a fundo essa situação sexual de Leonard e o impacto familiar no casal, que expos uma vida doméstica conturbada e infeliz, onde discussões e situações tanto de conivência quanto de decepção eram mostradas, em diferentes fases de suas vidas, somadas aos trabalhos dos dois no cinema e TV. Carey Mulligan realmente rouba a cena, mas as diferentes fases da história, devolveu a Bradley o protagonismo, em momentos que ele realmente trabalha como maestro.
Cooper também impressiona pela sua atuação e as inacreditáveis transformações físicas que o seu personagem teve na vida. A prótese no nariz foi incrível, mas a maquiagem do personagem foi a mais real que eu já vi na vida. O envelhecimento dele, além de ser mostrado numa forma natural, o nível de dificuldade foi foda demais. Ver um galã, virar um véio boa pinta, pra depois se torar de vez um maracujá de feira todo pintado, é pra bater palmas até aleijar as mãos! Foi simplesmente magnifico e pra fazer esse povo do CG, ficar esperto. Ninguém aguenta mais essa porcaria que eles fazem.
A expressão corporal do ator também mudava, conforme sua idade avançava, e uma coisa que me impressionou também foi a mudança da voz de Leonard, o som cavernoso, davam pro personagem quase que uma encarnação materializada pro filme. Além dessa notória mudança, Bradley Cooper uma capacidade artística fora do comum. Ele já toca piano, mas pra viver o personagem, Bradley estudou por 6 anos para reger a orquestra no filme.
E a cena que ele mostra isso foi fantástica! Quando ele orquestra, a Sinfonia nº 2 de Mahler na Catedral de Ely em 1973, realmente é foda. A cena é belíssima, a musica é magnifica, e a atuação dele foi simplesmente monstruosa. O corpo se movimentava como numa dança pra orquestra, a expressão do rosto dele expressava a dor muda das notas musicais e a música que brotava, rompia a barreira do filme, do ator, diretor, personagens. Era emoção pura, talento, arte, no momento mais incrível do filme.
“Essa cena me deixou tão preocupado, porque a gravamos ao vivo. Era com a orquestra sinfônica de Londres. Foi gravada ao vivo. Tive de regê-los. E gastei seis anos aprendendo a como conduzir uma orquestra por seis minutos e 21 segundos de música.” - Bradley Cooper.
O filme teve momentos bem dramáticos como a discussão do casal no apartamento em Nova York, durante a famosa "A Macy's Thanksgiving Parade", um desfile de balões, que remetem ao nosso carnaval, seguida com a difícil luta que Felicia travou conta um câncer, com o maestro seguindo a vida, seguindo o alerta que sua esposa deu durante a marcante discussão sobre verdade e aceitação.
"Maestro", não é a vida e obra que eu esperava, o protagonismo heroico que se esperava do titulo, foi substituído por uma abordagem inesperada. Ousada, humana, ideológica, programada, real. Agora realmente eu não sei, mas o filme consegui se aprofundar na vida de Leonard Bernstein, com outra ótica, numa abrangência que eu achei necessária, e o protagonismo e a importância da Felicia Montealegre prova isso. Mas acredito que a biografia do Maestro ficou incompleta. Bradley Cooper, optou em não dar mais espaço parra o personagem principal, coisa que deixou a obra meio que desconhecida para quem assiste e apagada para quem conhece o compositor.
Mesmo assim o filme é fantástico, as atuações de Bradley Cooper e Carey Mulligan, são geniais, o elenco também é muito bom, mas somem diante da atuação dos protagonistas. A fotografia do filme, operando em P&B, depois colorida, num formato 4:3, dá a sensação filme de época, que deixou o filme mais intimista e diferente dos que são feitos hoje. As imagens e ângulos que captou as cenas, deram a obra momentos de grande impacto. A edição mesmo com a biografia incompleta consegue deixar o filme incansável, mostrando dramas e momentos diversos em épocas diferentes.
Grande filme! Um dos melhores da Netflix e o melhor da carreira Carey Mulligan, e o melhor que o Bradley Cooper, dirigiu.
Acidente, assassinato ou suicídio? Justine Triet leva pras tela “Anatomia de uma Queda”, um filme francês de drama, policial e suspense, que conta a história de Sandra, uma escritora alemã que é acusada de matar o marido, que misteriosamente caiu da janela do chalé onde moravam nos Alpes franceses.
Com uma história instigante, cheia de drama e tensão, o filme mostra os desdobramentos de uma tragédia, suas consequências familiares, sociais e jurídicas, sobre a acusada e seu filho que é deficiente visual, e sendo ele a única testemunha do caso, na qual ele não sabe se a mãe é culpada ou inocente.
O filme é um drama cheia de peculiaridades, que explora as questões de realidade, ficção, culpa e inocência, através de uma narrativa complexa, lenta, mas cheia de reviravoltas. O filme também é um retrato da relação entre mãe e filho, que é abalada pela tragédia e pela aura de dúvida que a cerca. A trama consegue manter o suspense e a tensão até o final, sem revelar a verdade sobre o que aconteceu com o marido de Sandra, fazendo uma crítica ao sistema judiciário e à mídia, que manipulam os fatos e versões para influenciar a opinião publica, pressionando o resultado do julgamento.
A narrativa é imparcial, o roteiro segue mostrando a investigação, a situação de mãe e filho, com cenas do tribunal que crescem com o tempo do filme, aumentando a tensão dramática da história e criando mais duvidas sobre a morte da vitima, polarizando mais a relação familiar e criando expectativas e motivações que levaram a tragédia.
O cinema francês tem um naturalismo histórico em seus filmes, mostrando um cotidiano parado e as vezes inútil, deixando com uma narrativa chata e cansativa, o tempo da fita não incomoda, mas o que a Justine Triet faz na primeira hora, daria pra ir pro bar, pra padaria, comprar pão e tomar um café em casa, que você não perde quase nada. O filme quebra toda tensão psicológica, com uma narrativa que poderia ser até longa, mais que também poderia ser bem mais inteligente, mesmo mostrando o drama doméstico da mãe e do filho, do advogado paga pau, dos assistentes sociais e os policiais rondando tudo. A versão de "P.I.M.P", do 50 Cent, tocando repetidas vezes, me incomodou pra diabo, ou a diretora é fã do 50, ou faltou bom senso pra Mina.
A força do filme realmente está na briga no tribunal, mas não entre o promotor e o advogado de defesa, mas entre o promotor e a acusada. Sandra personagem de Sandra Hüller, sofre uma pressão forte e implacável de um advogado que quis dobra-la a todo custo, com um sistema de ideias, onde sua narrativa a fazia culpada de diversa formas, até da possibilidade na impossibilidade, para provar sua acusação. E Sandra conseguia, manter um equilíbrio que você não sabia se era de uma inocente ou de um psicopata.
Eu ficava com dúvidas do caráter de Sandra, mas sob a forte influência da atmosfera criada pela diretora, com os argumentos dados ao promotor que ganhavam muita força na medida que os fatos não eram mostrados. E também com a principal testemunha da tragédia, sendo uma criança cega e que não estava em casa na hora do que tudo aconteceu, deixava toda defesa da acusada apropriada pra ela na situação. Afinal, quem confiaria num cego como testemunha no tribunal? Ainda mais a acusada sendo sua mãe?
Em contraponto, toda a conturbada vida conjugal de Sandra e de Samuel, foram esmiuçadas pelo promotor no julgamento, e jogadas no tribunal, diante de todos, em diálogos muitos rápidos, que fizeram o promotor um repentista francês. As legendas corriam feito o demônio na TV, quase não dando pra acompanhar o infeliz.
Mas o foda de tudo, foi o comportamento da Sandra, durante todas essas investidas. Comportamento esse longe das típicas personagens femininas nas telas dos filmes de hoje. Sandra agiu como uma mulher, que cometeu erros, mas soube explicar o porquê. Fazendo dela uma personagem mais humana, mais real, longe da lacração de hoje. Acima de tudo ela defendia sua inocência, seu filho e toda condição conjugal que ela vivia. Não teve ato heroico, gritaria nem mi-mi-mi, teve verdade, honra e caráter.
As provas quebo promotor apresentou no final, onde no desespero ele tentava interpretar a cena que ocorria, foi por terra quando as imagens delas foram passados pra nós, em forma de flash back, mostrando em parte uma situação que mostrava mais levou a entender, a anatomia da morte de seu marido.
Aflito e desesperado, estava o filho Daniel (Milo Machado Graner) que com coragem, acompanhou todo desfecho da trama no tribunal, mas que durante o processo teve que conviver com uma assistente social na sua casa, onde essa presença causava desconforto, desconfiança, aumentando as dúvidas e medo de ocorreu a morte de seu pai.
As cenas do cachorro, o depoimento do garoto, o áudio encontrado, foram colocados de forma muito inteligente pela diretora, fazendo que o filme construísse de forma mais contundente a realidade de uma pessoa que vive esse tipo de situação.
O desfecho ambíguo de tudo, foi uma forma de validar as provas da defesa, o comportamento da acusada, ante uma situação trágica da qual a justiça aceitou sua inocência. Mas ainda as cenas finais deixam em aberto pra alguns, uma interpretação pessoal do que realmente pode ter acontecido. Porém faz que você aceite a decisão da justiça, conforme todo processo no tribunal me fez crer.
Mas uma ceninha, um olhar, um picador de gelo na cena, mudaria toda ótica da morte...
“Anatomia de uma Queda”, é um ótimo filme. O tema, a trama, os personagens e toda construção na tela, foram feiras de forma muito boa. Tem defeitos sim, com a primeira hora muito massante de assistir, mas depois a fusão das ideias da diretora, ganham mais sentido no resto do longa. Justine Triet foi na contramão dos filmes do gênero, mostrando de forma mais real e justa, como um julgamento é feito, sem o espetáculo que a gente está acostumado a ver no gênero. Coisa de francês no cinema.
A atuação Sandra Hüller é genial, sua personagem, não teve ato heroico nem discursos, mostrou uma incrível resiliência, diante de toda situação com sinceridade, força e coragem. Hüller mostrou muito talento em cenas bem humanas, onde ela precisava ser mãe, esposa revoltada, acusada, culpada e inocente.
As cenas onde só tinha o áudio mostram isso, e assim como seu filho cego, os jurados, o promotor repentista, o advogado de defesa, juíza, nos tivemos que imaginar como aconteceu tudo, e julgar de forma mais imersa o que aconteceu na história.
Faroeste, épico, ópera. "Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo", bem que tentou, mas esse Star Wars de gaveta que a Netflix fez, deveria estar no manual de como não se fazer um filme de ficção cientifica hoje em dia.
Oferecido por Zack Snyder e Kurt Johnstad para Lucas Filmes no fim da década de 90, com a premissa de uma trama, com uma abordagem mais adulta ligando com outros personagens no universo de Star Wars, o roteiro foi recusado e engavetado na época, mas uns anos atrás a Netflix, meio que comprou e resolveu trabalhar nas história, e o resultado é esse.
Império Mãe 😂, exercito comunista, vilões caricatos, contra heróis de vídeo game e camponeses desarmados, numa over dose Zack Snyderiana de slow motion. Sim, nosso bom e velho Snyder, não perdoou esse filme também.
O filme é uma aventura épica que mistura elementos de mitologia, história e política, com a base da história formada na saga de George Lucas, Warhammer 40.000, Duna e uma porrada de referências, pra contar a saga de de Kora, uma jovem com um passado misterioso que se torna a líder de uma resistência galáctica contra o tirânico regente Balisarius e seu império Mãe ou segundo o governo brazuca: "A Pessoa que o Pariu".
A trama realmente não apresenta nada de novo, o filme pega a rabeira do Star Wars, com cenas e personagens mamadas sem medo. Sério Mano, a coisa hoje é tão braba, que o Snyder nem se importou em copiar o inicio da trama do Luke Skywalker e colocar no filme, mas o pior é a Netflix, chamar isso de original.
A história mostra Kora, arando a terra e olhando pro nada, logo chega o exercito de Stalin atrás de rebeldes e querendo grãos pro exercito. Daí começa a matança, agressões e pasmem... Até tentativa de estupro, fazendo referencias ao exercito russo quando invadiu a Europa. Daí a Kora se manifesta, mata todo mundo, junta uns pé de breque, vai atrás dos Rebeldes, com direito até a cena do bar do Episódio IV, onde se junta a um Hans Solo fake, que ainda tem uma nave de contrabando, e decidem ir atrás dos personagens vídeo games e montar uma equipe pra lutar contra o malvado Almirante Atticus Noble.
O filme tem muita ação e cenas de lutas, com tiros e explosões, em momentos bem legais, com robôs, alienígenas e criaturas se pegando na porrada. Um povo que provavelmente você já viu em algum lugar, mas que nessa maçaroca que o Snyder fez, consegue divertir muito. E tudo no slow motion. O filme tem muito uso de CG, O Snyder deitou e rolou no efeito, onde tivemos cenas belíssimas, aquelas coisa de encher os olhos mesmo. Mas tem outras, que parecem que o dinheiro tinha acabado e eles resolveram jogar no filme do jeito que estava mesmo.
O filme tem um problema de ritmo, mesmo sendo divido em duas partes, "Rebel Moon", consegue acelerar muito na construção dos personagens. Onde você só sabe realmente quem quando o malvado Almirante Atticus Noble fala deles. Coisa que deveria se muito melhor desenvolvida na trama.
O elenco é formado por muita gente boa que consegue dar aquela vida que um filme de ficção precisa. Sofia Boutella brilha como a protagonista Kora, garota fodona, com um passado brabo, muito interessante e bem contado. Charlie Hunnam é Marcello, um piloto de caça e espião, uma espécie de Hans do filme. Djimon Hounsou tá genial como General Titus, que num momento do filme, impressiona na sua apresentação ao estilo heróis romano caído. Ed Skrein vive o impiedoso Almirante Atticus Noble, Bae Doona vivendo a guerreira Nemesis, Michiel Huisman vivendo o camponês vacilão Gunnar, Staz Nair vivendo Tarak, uma materialização do rótulo da Catuaba, pontinhas da Jena Malone, Ray Fisher e outros.
Eu sou fã da Sofia Boutella, acho que finalmente ela teve um filme a sua altura, o visual dela no filme com aquela capa é muito foda e a atuação dela realmente impressiona, tanto dramática, quanto fisicamente, que alias nas cenas de luta ela realmente é foda.
As cenas finais do filme são muito boas, a cenas de ação come solta com um tiroteio loco, muita luta, explosões, mortes, um confronto apelão de naves e a luta foda entre a Kora e o Almirante Atticus Noble, já emendando com a segunda parte. Tudo no slow motion.
"Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo" do Zack Snyder, infelizmente não veio pra mudar nada, veio somente pra divertir. Talvez filme poderia fazer alguma diferença lá nos anos 90 quando foi apresentado pra Lucas Filmes, onde acredito que a história até seria a mesma, mas com os Impérios e vilões, com os nomes já conhecidos.
É um bom filme, decepciona, mas diverte e distrai.
"Em 3 de setembro de 1973, às 18h28m32s, uma mosca califorídea, capaz de 14.670 batidas de asa por minuto, pousou na Rua Saint Vincent, em Montmartre. No mesmo segundo, num restaurante perto do Moulin-de-la-Galette, o vento esgueirou-se como por magia sob uma toalha, fazendo os copos dançarem, sem que ninguém notasse. Nesse instante, no 5º andar do nº 28 da Rua Trudaine, 9º distrito Eugène Colère, de volta do enterro de seu amigo Émile Maginot, apagou seu nome da caderneta de endereços. Ainda nesse mesmo segundo, um espermatozoide de cromossomo X, pertencente ao Sr. Raphaél Poulain, estacou-se do pelotão e alcançou um óvulo Pertencente à Sra. Poulain, em solteira, Amandine Fouet. Nove meses depois, nascia Amélie Poulain."
Poesia, amor, alegria e paixão! "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" é uma celebração a vida! Materializa sonhos, desfaz pesadelos, cura males e doenças, liberta os sonhadores que vivem nas nuvens, mas que ainda andam com as pontas dos pés no chão.
"O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" é uma comédia cheia de romance e fantasia que conta uma história vibrante de uma jovem sonhadora e solitária que vive em Paris e trabalha como garçonete. Um dia, ela encontra uma caixa com objetos antigos escondida no banheiro de seu apartamento e decide devolvê-la ao antigo morador, um senhor chamado Dominique. Ao ver a emoção dele ao recuperar a caixa, Amélie se sente inspirada a ajudar as pessoas ao seu redor, interferindo discretamente em suas vidas para trazer-lhes felicidade. No entanto, ela também precisa encontrar o seu próprio amor, e se apaixona por Nino, um rapaz que coleciona fotos descartadas nas cabines fotográficas.
É uma obra encantadora e inesquecível, que mistura humor, poesia e magia. A fotografia é belíssima, com cores vibrantes e contrastes que realçam a atmosfera de conto de fadas. A trilha sonora magnifica, composta por Yann Tiersen, envolve e encanta, combinando com o clima de nostalgia e fantasia. O roteiro é original e criativo, cheio de detalhes curiosos e personagens cativantes. A direção de Jean-Pierre Jeunet é primorosa, com um estilo único e uma narrativa ágil e divertida. O elenco é excelente, mas o destaque todo vai para a atuação genial de Audrey Tautou, que interpreta Amélie Poulain com graça e pureza.
O filme é vibrante do inicio ao fim, os personagens são icônicos, caricatos, mas incrivelmente reais, que transbordam peculiaridades altamente francesas em diversas cenas, em momentos maravilhosos, carregados de vida, humor, paixão e alegria. As situações vividas por Amélie são até difíceis de contar, mas marcam a gente a cada visitada no filme. A garota é quase um super herói!
Corajosa, perspicaz, inteligente, caridosa e justiceira, Amélie Poulain apronta. Ela resolve, mas bagunça as coisas que é uma beleza! É covarde também e corre um pouco, quando vê o seu amor. Ela vive pequenas missões, que se transformam em grandes aventuras.
A saga da lata do Bretodeau, o álbum de fotos do seu amor, as cartas da zeladora, o apartamento do quitandeiro piadista, o gnomo errante do pai, a mulher hipocondríaca que vende cigarros, são atos de heroísmo, caridade, vingança e zoação mesmo! Uma farra!
As cores verde, vermelho e amarelo, com as belíssimas paisagens da França, jogam você pros anos 90 francês, mas a trilha sonora do Yann Tiersen, joga você pra todas as épocas da França. Os temas são belíssimos e moldam cada cena.
O filme se encerra de forma eloquente e romântica, sempre com fantasia e realidade, com a peculiar narração que expressa detalhes impossíveis, que fazem o filme conversar com você, com personagens e imagens, mas que mostram agora o esperado e fabuloso final feliz que a personagem sempre buscou e mereceu.
"O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" é o melhor filme do Jean-Pierre Jeunet que eu já vi até hoje e um dos melhores filmes dos anos 2000. A direção do Jeunet é única, eu nunca vi e acredito que nunca terá um filme assim novamente. O filme leva você em bora, Amélie carrega a gente pra aventura dela e a musica gruda no ouvido que é uma beleza. Acho que Amélie Poulain é o Forrest Gump de saia. O filme francês encanta do inicio ao fim, com a imagem tímida, mas incansável, de uma garota que ajudando os outros, encontrou a sua felicidade.
Quando a história chega no final, dá uma ligeira tristeza na gente. As peripécias de Amélie Poulain, foi uma das melhores coisas que eu já vi nos anos 2000 e não me canso de assistir.
Essa Jennifer Lopez, maltrata viu... Corpão, boca loca e uma voz de 0800, que hipnotiza! Eu amo demais essa mulher! Caso com ela na hora! Largo tudo! Minha Ferrari, minha mansão, meu iate, só pra viver de amor e sexo com essa mulher! Igual ao Christopher Marshall (Ralph Fiennes), que era praticamente o presidente dos Estados Unidos, fez no filme.
"Comédia Romântica", esse era o nome dado pra esses tipos de filmes nos anos 80 e 90. Jennifer Lopez e Ralph Fiennes, matam um pouco a saudade daqueles filmes bobos e eternos que passavam nas tardes semanais daquela época. Dirigido por Wayne Wang, "Encontro de Amor" conta a história de Marisa Ventura (Jennifer Lopez), uma mãe solteira que trabalha num hotel luxuoso, que depois de uma confusão de troca de identidade com uma hospede, conhece uma Christopher Marshall (Ralph Fiennes), politico sério e conhecido, que fica louco, babando e apaixonado pela garota. E ela também.
Trabalhando no hotel e fazendo de conta que está hospedada nele, Marisa sofre de amor, mas sofre da síndrome da Gata Borralheira também. É aquela coisa, ele é um lorde, ela uma empregada, ele rico, ela pobre, ele é o Damo, ela a Vagabunda. Pelo menos ela pensa assim. Afinal, essa é a regra do clube. Você entra na pista e dança a música que eles colocam. Mas a camareira é J.Lo. é essa aí bota qualquer um pra dançar o samba dela!
"Encontro de Amor" diverte bastante, contando uma história bem conhecida do gênero, cheia dos clichês clássicos e personagens típicos, mas que conseguiu acertar o ponto certo de repetir a fórmula, divertindo e distraindo a gente com situações e momentos de humor e romance, onde os personagens se apaixonam, mas são impedidos pelas confusões loucas dessa camareira mascarada.
Todo desenrolar da trama é feito de forma previsível, mas agradável de se assistir. O acerto está na história que é gostosa, no caráter humano dos personagens, que sempre tiveram as melhores intenções um com o outro, e do final que é aquele banho de açúcar loco, aquele Happy Endy cliché lindo, que sempre bem e que a gente sempre gosta.
Jennifer Lopez é um encanto, ela é linda demais, e atua muito bem em comédias e filmes de ação, mas uma beleza dessa fica difícil não se render. Quando ela tira o uniforme da camareira e veste os panos da Dolce & Gabbana, eu pra enfartar. Mano que gata! A Mina é linda demais! O Ralph Fiennes, coitado, estava entregue. O bichinho não podia fazer nada, ele só podia correr atrás dela. A felicidade do universo estava ali, a J.Lo. é tudo.
Adoro esse filme, mas é a Jennifer Lopez que me arrasta pra ele. Te amo, meu Iaiá, meu Ioiô... 💘🤩😋
Comer, Amar e Comer e Amar, Comer e Comer... Sem o "Rezar", "Sob o Sol da Toscana" leva você no lombo, pra uma viagem pra Itália, junto com Diane Lane, pra viver uma história gostosa e encantadora, mostrando lições da vida que só os italianos sabem mostrar.
Misturando humor e romance, "Sob o Sol da Toscana" é uma comédia que conta a história de Frances (Diane Lane), uma escritora que se divorcia de seu marido infiel e decide recomeçar sua vida na Itália, onde durante uma viagem pela Toscana, ela se encanta por uma vila em ruínas e decide comprá-la, mesmo sem ter dinheiro ou experiência para reformá-la. Com a ajuda de alguns moradores locais, ela vai transformando o local em sua nova casa, enquanto enfrenta os desafios e as surpresas de se adaptar a uma nova cultura. Ela também conhece novas pessoas, como a divertida Patti (Sandra Oh), sua melhor amiga grávida, Marcello (Raoul Bova), um romântico italiano que a faz se apaixonar novamente, e peruona Katherine (Lindsay Duncan), uma atriz britânica que lhe ensina a aproveitar melhor sua vida.
O roteiro é leve e divertido, com diálogos inteligentes e situações cômicas, mas também aqueles dramas gostosos de se ver. A direção do Audrey Wells, capta bem a beleza e o encanto da paisagem toscana, com suas cores, seus sabores e seus aromas. Mamma Mia!
Diane Lane está linda e dá um show na personagem; a Frances dela é uma mulher inteligente, cativante, sensível e corajosa, que passam pelas dores que os novaiorquinos passavam nos anos 2000, uma espécie de reconexão deles, onde eles precisavam viajar mundo á fora, para se redescobrir melhor e como sempre, a Itália é imbatível! O lugar é muito foda! Eita vidão! Pizza, canellone, nhoque, vinho, champanhe, mulher mulher mulher, mas no caso da personagem a busca era por um pinto na sua vida. Frances sofre as dores do parto de si mesma, passa por medo, desilusão e decepções, mas que são aceitas e superadas, mostrando que a vida é cheia de acertos e erros, igual ao vinho, que pode azedar fora da geladeira, mas que se pode aproveitar fazendo dele um bom vinagre tinto depois.
"Sob o Sol da Toscana" é um filme que fala sobre a coragem e a esperança de recomeçar, sobre a alegria e a beleza de viver, sobre o amor e a amizade que encontramos pelo caminho. É um filme que encanta, que faz rir e sonhar, que faz a gente viajar na maionese Hellmann's, e se apaixonar. É um filme que mostra que a vida pode ser maravilhosa, se soubermos aproveitá-la. Você não precisa estar na Toscana, pra ser feliz, você só precisa estar em você. Toscana, Paris, Roma, Miami, Nova York, Singapura, Istambul, Rio, Floripa, Ubatuba e as humilhantes praias nordestinas, você conhece depois.
Nadine e seu mundo adolecêntico... Pra uns é confuso, pra outros são legais, mas ´ra algumas pessoas a coisa é traumática. Nadine quase que foge da regra. O mundo de dela está entre o hospício e o campo de batalha! Nadine não tem amigos, porque é impossível ser seu amigo, mas ela tem a Krista, mas acho que ela não conta. As duas são irmãs. Nadine tem o irmão Darian, mas como todo irmão, ele é seu pior inimigo, tipo um inimigo mortal. Ela tem Mona, uma mãe esforçada e trabalhadora, que tenta seguir na vida depois da perda. Sim, Nadine perdeu seu pai. Não um pai, mas aquele pai herói que muitas crianças tem e precisam na vida. O seu amigo, o seu único amigo. Ele era o seu universo, um universo que tinha acabado. Nadine vive agora num buraco negro.
"Quase 18" é um filme adulto que fala sobre adolescência, mas de uma adolescência nível satanás. Dirigido por Kelly Fremon Craig, o filme narra as aventuras e desventuras de Nadine, uma adolescente de 17 anos que se sente excluída e incompreendida, onde elea tem conflitos mortais com seu irmão mais velhos Darian, que é popular e bem-sucedido na escola, e com sua mãe Mona, que é distraída e insegura. Sua única amiga é Krista, mas que acaba se envolvendo romanticamente com Darian, deixando Nadine puta e ainda mais solitária e revoltada.
Em meio as crises, ela busca apoio em seu professor de história, Mr. Bruner, que tem um senso de humor sarcástico e uma paciência limitada e impiedosa, e em Erwin, um colega de classe tímido e talentoso, que paga um pau loco por ela, que nem dá bola.
O filme é incrível! É uma mistura de humor e drama, que explora os dilemas e as emoções típicas da adolescência, como a busca pela identidade, a autoestima, o amor, a amizade, a família e o futuro. O roteiro muito é bem construído, com diálogos ágeis e divertidos, e com situações que variam entre o cômico e o trágico, sem perder o equilíbrio. A direção é genial, captando as nuances e as expressões dos personagens, e criando uma atmosfera de intimidade, confusão e realismo.
Hailee Steinfeld brilha como Nadine, garota inteligente, rebelde e vulnerável, que oscila entre a arrogância e a insegurança, entre a raiva e a ternura. Woody Harrelson é vive Mr. Bruner, um professor sarcástico e irônico, que esconde um lado gentil e solidário. Kyra Sedgwick é a mãe de Nadine, uma mulher que tenta lidar com seus próprios problemas e com a rebeldia da filha. Haley Lu Richardson (Krista), a melhor amiga de Nadine, que se vê dividida entre o amor pelo namorado e a lealdade pela amiga. Blake Jenner (Darian), o irmão de Nadine, que aparenta ser perfeito, mas que também tem suas inseguranças e frustrações. Hayden Szeto é Erwin, um rapaz tímido e simpático, que se apaixona por Nadine e tenta conquistá-la como o Eduardo tentando conquistar a Monica.
Adoro! "Quase 18" é um filme que retrata com humor e uma espécie de sensibilidade, as alegrias e as angústias de ser jovem, de se descobrir e de se relacionar com o mundo. Mas que diverte a gente mostrando o apocalipse de Nadine e sua rebelde aventura, com o irmão, a mãe a amiga, o professor e as ilusões de uma paixão. É um filme que mostra que a vida é feita de altos e baixos, de erros e acertos, de risos e lágrimas, e que o importante é não desistir de si mesmo, e que a adolescência é só uma fase, que ela passa. Mesmo que ela seja o mármore do inferno.
Depressão, ansiedade, medo. "As Vantagens de Ser Invisível", conta a história de Charlie, um adolescente introvertido que sofre as tragédias de sua infância, onde as marcas dela, ele carrega vivendo uma adolescência triste, solitária e doente. Isolado e tendo muita dificuldade de fazer amigos, Charlie não conhece ninguém na escola. Até que conhece Patrick e Sam, dois veteranos que resolvem acoche-lo em seu grupo.
Com eles, Charlie volta a viver, descobre amizades verdadeiras, o mundo da música, das festas, da bebedeira, e do amor, mas também enfrenta seus traumas do passado e seus conflitos internos, que fulminam em situações dramáticas e marcantes.
"As Vantagens de Ser Invisível" é uma adaptação fiel do livro homônimo, escrito e dirigido pelo próprio autor. O roteiro é inteligente, divertido e emocionante, explorando temas como amizade, sexualidade, família, bullying e suicídio. A trilha sonora é muito foda, sendo um dos pontos altos do filme, com canções que marcaram a década de 1980 e que refletem o estado de espírito dos personagens. O elenco é ótimo e as atuações são convincentes e carismáticas, com o tripé Logan Lerman como Charlie, Emma Watson como Sam e Ezra Miller como Patrick, dando rostos, vozes e almas, pro livro de Stephen Chbosky.
As Vantagens de Ser Invisível é um filme que fala sobre dores as adolescência, a beleza de ser jovem, os amores perdidos, as amizades eternas, sobre a importância de se encontrar e de se aceitar, para viver uma vida plena e feliz. Toca o coração e a alma de quem o assiste, e que mostra que todos nós somos infinitos. Grande filme!
"P.S. Eu Te Amo", conta a história de Holly (Hilary Swank), uma jovem viúva que recebe cartas de seu falecido marido Gerry (Gerard Butler), que planejou uma série de tarefas e surpresas para ajudá-la a superar sua dor e recomeçar sua vida. As cartas levam Holly, a lugares e pessoas que marcaram seu relacionamento, mostrados em fash back, que ajudam ela a voltar a viver, e encontrar na vida, um novo amor, pra voltar enfim a dar novamente.
O elenco conta com: Hilary Swank, Gerard Butler, Lisa Kudrow, Gina Gershon, Harry Connick Jr., Jeffrey Dean Morgan, Kathy Bates.
Na primeira vez que assiti até que eu gostei, mas precisa ter 126 minutos, pra contar uma história que não tem reviravoltas e nem acontecimentos. O filme fica num blá-blá-bá, chato e sem esperança. A única coisa no horizonte da Mina, era ela encontrar um outro homem.
Faltou um "Que descanse em Paz" no personagem Gerard Butler, feita de forma bem vodoo. Porque é ruim demais ver o defunto voltando nas cartas toda hora no filme, pra falar pra ela fazer as coisas. Mirabolante, irreal, cansativo, longo, chato pra diabo e clichê até a ultima gota de glicose.
P.S. Eu tenho em DVD. P.S. Fui ver no cinema na época. P.S. Achei a porra do ingresso guardado.
Ser humano é foda. Ele corre o mundo inteiro, pra encontrar algo que está dentro dele.
O filme conta a história de Liz (Julia Roberts), uma escritora que decide viajar pelo mundo em busca de si mesma, depois de se divorciar e se decepcionar novamente numa outra relação. Ela passa por três países: Itália, onde aprende a apreciar os prazeres da comida, da cultura e da vida; Índia, onde se dedica à meditação e à espiritualidade, e aprende a se entender e aceitar as situações que aparecem; e Indonésia, onde finalmente ela encontra um equilíbrio interno e externo, se apaixona de novo e cura.
"Comer Rezar Amar" de Ryan Murphy, são metáforas que representam os estágios que a personagem de Julia Roberts, precisou viver pra se encontrar de novo na vida. O sábio véio do caraio, tinha falado pra ela, que ela perderia todo seu dinheiro. Isso na realidade quis dizer que ela perderia parte do seu ego, que era apegado a vida cheia de problemas que ela tinha.
Aquele desenho que ele deu, mostrava que ela se conectaria a vida de novo, pondo literalmente os dois pés no mundo. Isso ocorreu na Itália, onde ela descobriu a alegria de um povo que apreciava a vida de uma forma que ela nunca imaginaria. Passeios, cafés, almoços, jantares, eram vividos com alegria, paixão e intensidade. Mas tudo dentro dela, os sentimentos bons e ruins, pulsavam forte, quase que num AVC.
Na Índia ela aprendeu a se entender, se aceitar, curar suas feridas e não lambe-las, sabendo que somos humanos e sofremos, amamos, acertamos e erramos, sem precisar vivar santo, mas se conectar com algo Maior dentro dela, com Deus e consigo mesma. Coisa que no filme é mostrado de forma quase que sem importância, não por desrespeito a nada, mas fazendo a gente entender que essa santidade e mestria, está em pessoas fazendo qualquer coisa, em qualquer lugar, ás vezes de Havaiana no pé, ou terno e gravata, coberto de ouro, sei lá. Você é que determina o que são as coisas e o valor que ela tem. A diferença de uma estrela de Diamante pra uma estrela de Merda é nenhuma, tudo é átomos, tudo são elétrons, neutros e prótons. O valor monetário, emocional, filosófico e cientifico, quem dá somos nós e não o Universo.
No regresso a Indonésia, Liz voltou mais forte, mais consciente, entendendo que coisas boas e ruins acontecem. Que aqui é o Planeta Terra e não Nárnia. Que no lugar que ela menos esperava estava a felicidade de sua vida. Tudo que ela aprendeu na Itália e na Índia, ela botava em pratica sem perceber. E o amo chegou quase matando, ao som de "Samba da Benção" da Bebel, com um brasileiro (Javier Bardem), cheio de dores, paixão e amor pra dar.
O filme é leve e divertido, os personagens são muito interessantes, Billy Crudup (Steven) e James Franco (David), mostravam o partes da personalidade de Lis, que ela precisava deixar pra trás pra se encontrar. A metáfora da ruinas do "Augusteum" em Roma, foi a chave de tudo pra ela na história. Eu nem via as horas passarem, gostei muito da direção de Ryan Murphy, da atuação da Julia Roberts, dos lugares, das pessoas, dos diálogos e da forma que tudo foi mostrado. Bom filme!
Cal Weaver (Steve Carell) é um homem casado que descobre que sua esposa Emily (Julianne Moore) o traiu e quer o divórcio, pra ficar com David Lindhagen (Kevin Toucinho Defumado). Cansado de ouvir seguidas noites o moribundo corno contar sua história no bar, Jacob Palmer (Ryan Gosling), ensina Cal a se reinventar como solteiro e começar uma vida de macho de novo. Mas o sedutor, Jacob se apaixona por Hannah (Emma Stone), uma advogada que o rejeita o sedutorzinho e ainda tira onda. E Robbie (Jonah Bobo), filho de Cal, se declara para sua babá Jessica (Analeigh Tipton), que por sua vez é apaixonada por Cal.
É uma doidera, mas é bom demais! "Amor a Toda Prova" é uma das melhores comédias dos anos 2010. Divertido, Inteligente e cheio de humor, o filme da dupla Glenn Ficarra e John Requa, me fez dar boa risadas, com trapalhadas e constrangimentos, que esse povo apronta em nome do amor. Steve Carell e Ryan Gosling, o professor e aluno, criador e criatura, zoam filme todo, em cenas ótimas de um sedutor ajudando um homem acabado a voltar a ser homem depois do chifre.
Mas Hannah (Emma Stone), pega o bode pelo chifre e Jacob se derrete pela Mina, que é imune as seduções do galã, reduzindo as ações dele em xaveco barato pra boi dormir.
E na trama ainda tem Robbie e Jessica, personagens de Jonah Bobo e Analeigh Tipton, ele com 13 ela com 17, matando a gente de vergonha. O novinho quer pegar a Mina, e ela só faltando fazer o chá de calcinha pro pai dele, resolve tirar uns nudes. Uma doidera!
Então começa o Programa da Marcia: Cal, Emily, Jacob, Robbie, Jessica, Hannah e David Lindhagen + o pai da Jessica, descobrem quem é quem num dos tipo churras mais loco que eu já vi! Cê é loco! E por milagre, ficou de fora só a Kate (Marisa Tomei), a professora de Robbie, que o pai pegou. (Moli (Joey King) irmazinha de Robbie é um espermatozoide ainda e ela não fez nada e não conta).
"Amor a Toda Prova" é diversão pura e envelheceu muito bem. O filme tem um elenco de peso e não decepciona nas cenas de humor. As atuações são excelentes e as situações que eles vivem são muito bem realizadas. Gostei muito de rever! Me distraí bastante! Esse churras foi foda! Cê é loco rsrsrsrs...
Sexo, namoro, amizade. Sexo com amizade, amizade e sexo, sexo sem namoro, e por aí vai... É a formula. Sempre fez sucesso e eu acho que sempre vai fazer. Mas no fim dos anos 2000 pra frente, a enxurrada de filmes foi forte.
"Sexo Sem Compromisso", conta a história de Emma (Natalie Portman) e Adam (Ashton Kutcher), dois amigos que decidem ter uma relação casual baseada apenas no sexo, sem envolver sentimentos ou compromissos. No entanto, mais uma vez o óbvio acontece, eles acabam se apaixonando e precisam lidar com a situação toda, com escolhas e suas consequências.
O filme é divertido e leve, tem personagens escrachados, momentos hilários com varias cenas dos protagonistas se pegando e se despegando também. A química entre Portman e Kutcher é bacana, tem o Kevin Kline sendo o pai comilão da Adam, Greta Gerwig pegando um macho, e com Lake Bell e Ludacris ainda fazendo bagunça.
Eu me distrai, dei umas risadas, mas o filme, os personagens e essa fórmula véia me encheram. "Sexo Sem Compromisso" do Ivan Reitman, mesmo com esse luxo de elenco, já mostra o cansaço do genero nos cinemas na época e hoje. É uma repetição quase que sem fim da trama, com mudanças apenas no elenco, onde você já sabe como tudo termina.
Roteiro cheio de humor, com cenas picantes, romance clichê, com um drama inesperado, mas muito bem conduzido, pelo Dr. Edward Zwick, que ministra á principio, uma estória engraçada e envolvente, mas adquiri complicações muito severas no final.
Posologia:
Jake Gyllenhaal: Engraçado, enganador, piranha e pego de jeito. Tomou varias vezes dozes direitinho no filme, mas chegou lá.
Anne Hathaway: Linda, magistral, gostosa e com os seios livres mas, com uma condição misteriosa, angustiante e complicada. Injete na veia, doses apaixonadas sempre que lembrar.
Não se automedique como fez o mendigo e nem se iluda, confundindo essa história, com as mentiras dessas indústrias malditas que vendem doenças e vez de cura-las.
Assista sem moderação. Marque o retorno quando quiser.
Amor & Sexo, Sexo e Outras Drogas, Sexo e alguma coisa. Os anos 2010 encheram os cinemas com comédias de "Sexo Sem Compromissos" e a formula meio que cansou o genero, com relações com sexo, mas sem importância e que no final, se rendem a um amor açucarado que é um porre.
"Amizade Colorida" foi um desses, o filme de Will Gluck, conta uma história com essa características, mudando um pouco a trama, os personagens e atores. O filme conta a história de dois profissionais que se tornam amigos e decidem ter um relacionamento na base da troca de fluidos, sem envolvimento emocional. Mas que no entanto, eles acabam se apaixonando e precisam lidar com seus sentimentos.
Os diálogos são horríveis, Justin Timberlake deveria só dançar no 'N Sync, o bicho é ruim demais em cena, numa atuação artificial, sem expressão e sem graça. Chegando a dar pena da Mila Kunis, que contracena com ele, no triste par desromântico. Mila devora o Timberlake em cena de todo jeito! Ela sim é atriz, foda em todos os sentidos e linda como uma loba! Os gemidos dela... Ô lá em casa...
"Amizade Colorida" é pra você assistir sem compromisso, distrair e esquecer. Eu só me lembro da Mila Kunis gemendo. Ô lá em casa...
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraDesorientação, confusão, sofrimento. Doenças mentais são foda, alias qualquer condição de dor que cause a perda da humanidade de alguém não é fácil de se ver. Florian Zeller, mostra um pouco disso.
Você tenta ter as rédeas do filme nas mãos, mas não consegue. A condição que "Meu Pai" coloca você, faz que tudo a sua volta perca a razão. Os planos somem, os personagens viram fantasmas e somente Anthony, permanece real na nossa frente, como referência da realidade. Você tenta controlar e dar explicações rápidas pra si, algo lógico e coerente com nossas expectativas, mas tudo a volta se desfaz, tudo que você imagina desaparece, fazendo que as cenas passam sejam frutos de sonhos e devaneios.
O personagem de Anthony Hopkins, transporta a gente pra realidade dele, onde qualquer situação e personagens, são tratados com alivio e desespero, com medo e confusão, porque você não sabe o quem eles são e nem onde estão. A desorientação e confusão, consegue perturbar a gente, pois essas emoções passam a ser nossas também. Você sente a dor dele em não saber o que está acontecendo, percebe que as certezas deles, não são verdadeiras, mas também sente, nas pessoas a sua volta, a dor e o pesar, que é medido em pessoas que passam por uma situação parecida, cuidando de pacientes iguais a Anthony.
Eu fico tentando traçar quem era quem no mundo de Anthony, mas não me atrevo mais, acho que tudo são reflexos de lembranças de um passado impossível de ser crível, ou de expectativas do que gostaria que eles fossem, ou os devaneios mentais, com as emoções de uma vida toda, mostradas em figuras que foram importantes pro pacientes, mas que não tem uma forma aparente, um lugar certo e uma ação real. Você não sabe quem são, onde estão e o que fazem.
Imaginar uma coisa dessa é foda, descrever isso beira ao impossível, mas mostrar isso na peça de teatro inspirada no filme e produzir um, realmente é digno de aplausos. O roteiro é genial, a história trouxe de uma forma abstrata o sofrimento que não pode ser medido em palavras, descrito nos planos que o personagem vive; a montagem consegue com simplicidade tirar os planos reais da nossa volta, mudando os locais e pessoas, fazendo que o delírio do paciente seja vivido por nós. A direção do Florian, não joga a gente pra um sonho qualquer, ele materializa as perturbações de Anthony, da maneira mais humana e possíveis de se entender, sem que o filme vire uma ficção utópica.
Anthony Hopkins (Anthony), Imogen Poots, Olivia Colman e Olivia Williams.
Grande atuações. Grande filme.
NYAD
3.7 160Grande história! Lembro esse feito da nadadora, mas desconhecia totalmente os detalhes da história dela.
Elizabeth Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin, contam o feito de NYAD, uma nadadora gringa que desafiou os sete mares, atravessando o congestionado estreito marítimo da ilha de Cuba para Flórida, nos EUA. Mostrando pro seu povo, como que foda sair da ilha de Fidel, para tentar sorte em seu país.
Annette Bening vive a nadadora, que auxiliada por sua grande amiga Bonnie Stoll (Jodie Foster), se jogam nas águas, tentando na fé e na coragem, pra superar seus limites, sendo um exemplo sem fim de capacidade e vontade para qualquer pessoa do mundo e em qualquer idade.
A história é muito bem humorada, com diálogos muito cômicos entre as personagens de Annette Bening e Judie Foster, que impressionam nas atuações, mostrando as inúmeras tentativas que a nadadora teve em vencer a fúria do mar e seus perigos.
As cenas são ótimas, os momentos água viva, realmente queima de agonia só de ver, e os fracassos que ocorrem realmente frustram a gente, pelas dificuldades inúmeras que surgem em quem acha que o cansaço é o único inimigo desses feitos.
Achei absolutamente patéticas a abordagem social e política que eles fizeram de Cuba, mostrando imagens de pousadas e casas, como se fossem condomínios em Miami. E outra, a facilidade das viagens para Ilha, sem aquelas restrições para americanos, em locais que pareciam mais as moradias delas, iludem quem assiste, pois fazem você crer que Cuba é livre, rica, próspera e feliz. É a Miami na cama com Paris.
As cenas finais são cheia de emoção, Diana Nyad fez algo que será lembrado eternamente em seu país e no mundo todo. Um exemplo de vontade e resignação, mostrando pra qualquer pessoa, que só fracassam dos seus sonhos, quem desiste deles. Bom filme.
A Sociedade da Neve
4.2 727 Assista Agorafé, amizade e esperança.
"A Sociedade da Neve" leva você a beira do desespero, contando o terrível acidente que ocorreu nos Andes com o time uruguaio de rugby, familiares e amigos. Baseada em fatos reais, J. A. Bayona fez um dos maiores filmes de sua carreira, mostrando um horror quase inacreditável, que passaram os 29 sobreviventes depois da queda.
A história é mundialmente conhecida, tinha livro aqui em casa, mas inexplicavelmente eu não tive coragem de ler, mas sempre carregava comigo um medo desconhecido e um severo respeito sobre essa tragédia, coisa que me afastou até dos filmes anteriores. Mas agora, décadas depois, eu tive conhecimento dessa produção da Netflix e não pude evitar de confrontar essa história, e o medo que de alguma forma me afastava dela. Foi bárbaro.
Todo mundo carrega dentro no seu interior, uma imagem de sobrevivência, de dificuldades e extremos. Mas a situações que esses sobreviventes passaram, quebraram os vários limites e alertas da minha alma, mostrando que não há nada difícil, que não possa ficar pior.
O horror da queda, os mortos nela, os feridos, o frio, a fome, as dores. Bayona mostra com ricos detalhes o extremo que os 29 sobreviventes passaram nos Andes. No começo eu achei que seria um entretenimento Netflix sobre o fato, mas foi um fuga mental minha pensar isso. A Netflix, pegou pesado na produção, e não teve medo de mostrar em duras imagens, as histórias que eu ouvia sobre o acidente.
O elenco desenvolviam cenas de terror quase que inacreditáveis, cenas reais, coisas que existiram. Filmes que contam histórias de pessoas morrendo de frio, fome e ferimentos, eu já assiti, mas nada que se compare a você ver os sobreviventes precisarem se alimentar da pessoa que esta ao seu lado. E ter essa condição, como a única forma de esperança possível de sobreviver mais um dia.
Os pactos que eles fazem, ante os paradigmas de cada um, caem na neve, nos momentos de horror quase indescritível vivido por eles. Os laços de amizades que eles tinham, ficam sem sentido perto ao que eles vivam ali. A luta pela sobrevivência e significado dela, não eram medidos em palavras, mas nas imagens vista num todo. A necessidade leva você a fazer coisas que vão além de qualquer condição e situação imaginada, mas a coragem e a forma de faze-las, são estágios quase que impensáveis.
Porque, a força, a capacidade, a resistência, a coragem, inteligência e resiliência, não podem ser separadas da amizade, da bondade e do amor. Em situações extremas, atos no mesmo nível precisam ser feitos, mas as dificuldades vividas, não devem ser confundidas com esses extremos. Pois são elas que nos mantem fieis a importância real de lutar pela sobrevivência e se salvar depois.
"A Sociedade da Neve", mostra que os sobreviventes, lutaram pela vida, tentando ser fieis ao que tinha de melhor neles. Eles tinham uma fé quase inabalável em Deus, em Jesus e Nossa Senhora, e isso foi que os impulsionam e que os acalentaram. O medo, o desespero, a dor e o sofrimento eram alucinantes, e muitas vezes se perdia, mas quando uma chance surgia, a coragem e esperança, eram revividas em um, e renovada em outros. Assim, eles viviam mais um dia, depois uma semana, depois uma quinzena, um mês, dois meses, e terminar 72 dias depois.
Produção excelente, locações fantásticas, imagens incríveis, cenas angustiantes e um elenco de desconhecidos que para mim eles eram um só, um time, em que eu não consegui enxergar atuações distintas. As cenas que seguem o final, mostram um sentido mais real, mais verdadeiro e sagrado pra vida e pra tudo que está nela.
Os Rejeitados
4.0 328 Assista Agora“Os Rejeitados” é um filme de comédia dramática que conta a história de três personagens solitários e marginalizados que são obrigados a permanecerem juntos durante as férias de frias e nevada de Natal num colégio interno.
Paul Hunham (Paul Giamatti) é um professor amargo e estranho, Angus (Dominic Sessa) é um aluno rebelde e órfão, e Mary (Da’vine Joy Randolph) é a cozinheira da escola que sofre a perda de um filho. todos personagens tem segredos, histórias e conflitos, que vão sendo mostrados e curados pela convivência obrigatória deles, numa época que a alegria ou a falta dela são mostradas com felicidade ou dor. O filme explora relações difíceis, improváveis e comoventes que se formam entre eles, mostrando que um pouco de afeto pode ser um grande remédio para curar a solidão.
Dirigido por Alexander Payne, o filme é uma mistura delicada e inteligente de drama com comédia, numa magnifica ambientação setentista, com musicas e programas de TV da época. Novamente o diretor demonstra sua habilidade em criar personagens complexos e humanos, que fogem dos estereótipos normais, onde revelam fragilidades quase despercebidas e virtudes não muito festejadas em filmes. Giamatti, Randolph e Sessa estão excelentes em seus papéis, transmitindo emoção e carisma de forma bem real e espontânea.
“Os Rejeitados” celebra os desajustados meio nerds do mundo, os que não se encaixam na sociedade, mas que se enxergam nos outros, e encontram neles uma razão para viver. É um filme leve, que emociona, diverte e faz pensar sobre o valor da amizade, da família e das amizades. Tem cenas hilárias, bons diálogos e um final bacana! Bom pra assistir na época natalina.
Saltburn
3.5 869Tem Spoilers...
Escrito e dirigido por Emerald Fennell, "Saltburn" conta história de Oliver, um bolsista que foi estudar nessas facu de elite, onde fez amizade com Felix (Jacob Elordi), o atleta bam bam bam e pegador amigão de todos, que resolveu pegar ele pra criar, levando pra conhecer seus amigos e garotas até que levou ele pro local foda do titulo do filme, onde lá o coitadinho do amigo pobre e infeliz, ensinando pra gente, porque Deus não deu asa pra cobra.
Vidão da porra, mordomo pra todos lados, lagostas sem fim e rios de champanhe. A vida de Felix é o sinônimo de quem acorda de manhã e não sabe se vai tomar café em Paris ou Milão. É quase Hogwarts! O local é foda! Trocentos quartos, milhares de salas, lareiras, lagos, piscinas e acho que até um dragão eles devem ter nas masmorras. A familia de Felix é pica, pelo menos na grana e no live style, porque cambada de zé povinho viu.
Eles ricos, mas são miseráveis na cachola, tem coração, mas acho que de lagarto, tem sangue, mas acredito que até o menstrual lá daquela Mina é azul. Nesse local de luxo e de gente luxuriosa, gritou Satanás do inferno para Oliver: Vai que é tua Taffarel! E o Taffa, foi! Oliver foi foi apresentado pra Sir James Catton (Richard E. Grant), o véio da lancha, Lady Elspeth (Rosamund Pike) a Felix Hot mama, a irmã Venetia (Alison Oliver) o primo e odioso rival Farleigh Start (Archie Madekwe) e Pamela (Carey Mulligan), a coitada do verão anterior, que bate o cartão e vai embora.
Primeiro você tem aquele impacto do lugar, mas a vida da família, com os personagens e as conversas quebra a gente em hábitos, como desdém, menosprezo, acidez, falsidade que dão na gente aquela distancia. Educação para mostrar capacidade, equilíbrio pra mostrar força, riqueza pra ostentar aparências, beleza pra mostrar poder e poder pra mostrar superioridade. É uma dança invertida, aberrada e misturada desses valores, que particularmente pra mim não fazia sentido.
O Felix, já era de boa, não sei se é por ele ser o primogênito de tudo e ter as chaves do reino e pra ele, tanto fazia se a Ferrari batesse, ou se a puta que pariu do Oliver morresse, que o sol nasceria brilhante na vida dele, mas ele levava a vida o mais próximo do normal do que o resto daquela gente desfigurada de Saltibur, vivia.
Mas reza a física quântica que os iguais se atraem, no caso aqui, não pelas aparências, visto que o Barry Keoghan (Oliver), não é nenhum galã, mas por alguma ação algum pensamento, algum sentimento, algo que atraísse para Saltibur, o lado negro da força. Porque Felix podia ser o herdeiro, mas o rei de Saltibur, não tinha o sangue real e azul deles.
Se lambuzar no banho espermado do primogênito, cair de boca no Ketchup real da irmã, punhetar em ameaça o odioso primo. Sim... Oliver fez. Acredito que a expressão "Rolar na Macumba" nunca foi tão justa quanto essas coisas que Oliver se prestou a fazer, para ser amigo do Felix e manter sua estadia lá. Eu me impressionei bastante, quando percebi as maquinações sem limites dele pela amizade e paixão que ele sentia pelo rapaz! O poço de mentira, de falsidade, de falta de caráter, de honra.
Oliver se mostrou ser um verme da bosta, do inferno, da puta que pariu. Mano, ter na vida momentos Ketchup, pode acontecer com pessoas que gostam de uma esfirra aberta. Mas lamber o ralo da banheira? Vai tomar no meio do seu cú! Foi a maior desgraça sexual que eu vi num filme até hoje! Só as baratas fazem isso, e por mais que você queria que elas morram, elas sobrevivem.
O filme leva você sentir nojo de Oliver, pelas atitudes e paixões que ele faz, por algo que é fulgás e passageiro. Mas a desgraceira que segue depois, faz você deixar as cosias que o arrombado lambe lambe faz e passe a observar os paranauê loco que segue depois. Eu achei que era castigo, achava até que era maldição. Depois do lambe lambe, só podia vir aquilo. Morte, suicídio, morte... Era um Brasil Urgente inteirinho sobre um lugar só!
Mas o final foi muito loco! Emerald Fennell morde a nossa bunda, mostrando quem afinal era Oliver! Nem o Talentoso Ripley fez uma coisa tão fudida! Amor e ódio ao feliz, eu entendo, mas fazer aquilo todo, foi demais pra minha cabeça! E a forma que foi revelado, foi literalmente pra tirar o nosso chão! Cachorrinho do Editor Fia da Puta, pra montar essa cena explicativa do fim. Oliver maquinou o tempo todo, se fez de cachorro morto, mentiu, usou, punhetou, lambeu a esfirra da irmã e acho que deu até o rabo pros mordomos, pra conseguir o que queria. E sai dançando no fim.
"Saltburn" da Emerald Fennell é um grande filme. A história tem uma trama que provoca vários sentimentos. Você se choca vendo, até onde o ser humano se sujeita pra viver uma ilusão, mas depois fica sem perna e sem chão quando descobre o que ele faz pra ter e viver certas coisas. A gente é levado a sentir um certo pesar do personagem de Barry Keoghan (Oliver), ser pobre e bolsista de uma faculdade de elite, sofrer um certo bullying, e desejar estar ali entre as feras, os grandes, estar com Felix e seus amigos. Ver ele depois sendo apresentado pra uma familia rica e cheia das tradições, onde se decepciona e se enoja pelas pessoas que eles são. Mas depois você começa a observar Oliver e quem ele é realmente, "O Talentoso Oliver."
"Saltburn" e seus quartos, salas, moveis, obras de artes, são apenas objetos. As pessoas que fazem uso deles. "Pobre é o Diabo" que mora em cada um deles.
P.S. É por causa desses Oliver que tem aquele Gererê sobre a Cova Funda. 🙄
Segredos de um Escândalo
3.5 339 Assista AgoraTem alguns Spoilers...
Eu lembro de um babado desse nos fim dos anos 90! A professora pegou o novinho em casa e com a plena vontade dele, depois foi presa por abuso, ficou gravida, mas casou com o garoto e eles viveram juntos, até que amos depois, a mulher esticou as canelas. Foi estupro, lógico, um muleque de 13 anos não tem noção de nada, por mais que o sexo tenha sido consentido por ele, no final das contas ele só vai ter consciência disso quanto for adulto, ver as mamadeiras de um lado, a mulher na idade da mãe dele de outro e os amigos lá fora curtindo a vida feito loucos.
Na minha 5ª Série oitentista, tinha uma professora de História que era um demônio em forma de mulher... Morena, linda, gata, inteligente e parecia ter uns 25 anos. Um sonho, um pêssego, um pecado. Todo mundo queria comer ela. Era a gente ir pra escola estudar e perder os fluídos em casa. A gente era tudo muleque e sonhava em morrer com ela na cama. Ela era um sonho, parecia a Ramada (Valeria Golino) do Top Gang. Cê é loco! Mas foi tudo um sonho pra nós, e essa história aqui, já é um pesadelo.
"Segredos de um Escândalo" conta a história de Elizabeth (Natalie Portman), uma atriz que viaja pra uma cidade, a fim de estudar a vida de Gracie (Julianne Moore) em que ela vai interpretar num filme, baseado na sua história. A mulher ficou famosa por ter um relacionamento de 23 anos com seu marido Joe Yoo (Charles Melton), que começou quando ele tinha 13 anos e ela 36. O filme explora as consequências desse escândalo na vida da mulher, de seu marido e de seus filhos, além de mostrar a tensão que se forma entre a atriz e a mulher, que têm visões diferentes sobre a história.
No ritmo de um novelão gringo, o filme Todd Haynes, vai mostrando o impacto na vida do casal, com a personagem da Natalie Portman, meio que estudando eles para o filme. E isso vai causando um sério desconforto em Gracie (Julianne Moore), onde um julgamento obvio era indiretamente feito, por causa das resposta e revelações que eram obtidas.
Natalie Portman carrega na personagem, uma sensualidade muito estranha, um sorriso sexual explicito, parecendo até que ela transa quando fala. Julianne Moore, já era a imagem da agonia, em ver sua história toda ser revivida e principalmente, ver Elizabeth entrevistando os parentes todos da familia e observar seu marido se comportando de uma maneira estranha e começando a balançar sobre toda situação.
O diretor faz meio que uma onda a indústria do entretenimento televisivo, fazendo o filme com jeito de novela mesmo, soltando até aquele piano típico dos folhetins da globo na trilha para fechar uma cena ou numa situação mais tensa que tenha a revelação de algo. Me fazendo lembrar das horas que tinha intervalo, pra gente tomar uma água e ir pro banheiro.
Natalie Portman e Julianne Moore, são foda demais, a atuação da dupla é intensa, suas personagens vivem dramas opostos e conseguem transmitir toda complexidade e ambiguidade da situação de suas personagens. Charles Melton também se destaca como o marido jovem e inseguro, que busca uma saída arrependida para sua situação, afinal agora ele tem uns 35 e sua esposa é uma mulher na casa dos 60. A Elizabeth da Natalie Portman, toca um terror soft na familia, não chega a virar uma vilã que extrapola os limites da sua pesquisa pro filme, mas a Mina estuda a matéria "Charles" até o talo. Buscando reviver a história e a personagem na pele. É uma Meryl Streep mesmo...
"Segredos de um Escândalo" é um bom filme, conta uma história complicada e polemica, que ficou famosa na época. Demorou um pouco pra eu entender a proposta do diretor em satirizar a forma como esses casos chegam a até nós em novelas pra TV. Mostrar as consequências reais de um romance irresponsável, é providencial para os dias de hoje.
Meu Nome era Eileen
3.0 59 Assista AgoraSessão de Galla! "Eileen" do diretor William Oldroyd, vai nesse estilo de filmes que eu pegava pra assistir nas madrugas se sábado e não sabia para onde ele iria me levar.
Eileen Dunlop (Thomasin McKenzie), é uma garota, solitária, infeliz, que vive numa seca de sexo do inferno, sonhando que algum dia, algum homem a pegue de jeito na cama, e a vire dos avessos. Mão loca pura! A coisa é tão braba pra ela, que qualquer funcionário da Fundação Casa gringa, que ela trabalha serve descabelar a moça. Até pros internos de lá ela fica se lambendo. Mano!
Até que num chega pra dirigir a sua vida muda quando ela conhece a nova conselheira do Fundação Casa, a Dra. Rebecca (Anne Hathaway), uma mulher glamorosa e misteriosa que desperta o interesse de Eileen. As duas ficam amigas, mas a Dra. Rebecca vai mostrando um certo desejo pela desesperada e inocente jovem.
As duas mulheres se aproximam e Eileen vai mudado, e logo ela é arrastada pela diretora malandra, pra uma possível relação, em que Eileen abraça mais pela situação emocional e psicológica, do que por descobrir do que ela gosta. Mas o filme dá uma reviravolta doida, Rebecca revela um segredo bem brabo pra Eileen, onde muda toda trama da história, mas a forma que ela aceitou a parada, eu quase não acreditei. Não se se foi por falta de sexo, paixão ou se ela revelou ser loca mesmo, mas o filme muda, a trama fica tensa e o que vem ainda é pior.
Uma atmosfera sombria e intensa envolve a história, e a solidão, alienação, perda ou falta de identidade da personagem emergem nela, transformando a personalidade meio inocente da personagem num problema pro Homens de Branco no Juqueri, com Lexotan 30 mg, resolverem.
Anne Hathaway, tem aquela aparição surpresa e convence na sua personagem maliciosa, agora Thomasin McKenzie, incorpora mais uma vez uma personagem inocente e solitária num filme. Uma coisa que eu acho ruim, porque vira um estereótipo dela, em vez de alguns de suas personagens e fazendo crer que num próximo filme, ela novamente seja o que foi nos outros. As duas tem ótimas atuações, a tensão e desejo delas criam uma química interessante e intrigante nas personagens.
O diretor impõe contrastes na história e paradoxos nas personagens, mostrando a feiura e a beleza, realidade e fantasia, e inocência e perversão, que mantem a gente intrigado e desconfortável até o fim.
Blonde
2.6 442 Assista AgoraTem Muitos Spoilers
"Hollywood é um lugar onde te pagam mil dólares por um beijo e cinquenta centavos por sua alma..." - Marilyn Monroe.
"Marilyn Monroe, uma das maiores atrizes que o cinema já teve, o maior símbolo sexual de todos os tempos. Namorada de muitos, esposa de três, amante do presidente, amada por todos.
Nesse epitáfio de botequim, eu gostaria de dizer que num planeta sem vergonha desse, cheio de zé povinho ditando regra, é absolutamente impossível alguém escrever um livro de um ser humano igual a esse, e diga que o livro tem 100% de verdades. Se estando vivo aqui, a coisa já é foda, imagina morto? Como alguém pode determinar o que é verdade ou mentira sobre o maior ícone da beleza, da sensualidade e do glamour, que já existiu?
A realidade as vezes parece ficção, mas quando a ficção é usada pra contar a realidade, as pessoas não sabem o que fazer. Elas não sabem como ouvir e escolhem aquilo que é mais aceitável ou o que ela acredita que é real.
Andrew Dominik, baseou no livro de Joyce Carol Oates, para contar uma história fictícia sobre a personagem Marilyn Monroe e da desconhecida Norma Jeane. Nem no livro, o escritor chega a arranhar a verdade, e o filme então, tenta levar a imagem que fizeram dela pras telas, a imagem publica, a imagem sexual, pornô, cultural, a imagem dos sonhos (Por isso que tinha a cena das bocas deformadas). Mas em contrapartida o filme explora a imagem da dor, tanto da personagem Marilyn Monroe, quanto da desconhecida Norma Jeane, e a vida humana dela, que absolutamente é desconhecida, permanece oculta e presa em livros, filme, relatos e entrevistas, e pessoas que também dizem dizer a verdade.
Existiu uma indústria gigantesca em torno da Marilyn Monroe, controlando fatos, teorias e imagens. A Marilyn era um fenômeno e tudo em sua volta é cercado com a aura que criaram pra ela e tudo isso é um mistério até hoje. Falar que tudo nesse filme está no limbo das cinebiografias é mentira. Os traumas mais pesados sobre ela foram evitados, e a vida traumática dela aqui, foi mostrada de forma genial pelo diretor Andrew Dominik, com efeitos lúdicos, cenas surreais, uso de estilos diversos, que tiravam a gente de uma realidade 4 x 4, pra jogar um sonho louco e exagerado, com fatos sim, mas fantasiando a também a verdade, afinal "Blonde" é a rádio peão que virou filme.
Agora, será que a Peão FM, é tão mentirosa assim? Será que são mentiras o que essas histórias falam há mais de sessenta anos? Onde está a verdade? Quem está com ela? Infelizmente ninguém tem a resposta. A mãe queria matá-la, executivos abusavam dela, estúdios que a explorava, amantes que ninguém sabe nem um terço do que realmente foi, e a figura pública, mitificada e fictícia do ícone pop, sensual, sexual e pornô que a indústria vendia da Marilyn Monroe. A figura que basicamente a gente mais conhece e que acabou consumindo-a dentro e fora das telas de cinema.
Aos fatos das biografias e das Rádios Peão da época.
* Durante uma parte de sua vida, Marilyn viveu em vários lares adotivos e orfanatos,
depois que a sua mãe foi diagnosticado com esquizofrenia paranoica e internado num
hospital, onde num dos lares ela foi abusada sexualmente, coisa que nem está no filme.
* Marilyn sofreu vários abortos espontâneos e uma gravidez ectópica (quando o embrião
começa a se desenvolver fora da cavidade uterina), mas isso não parece no filme.
Hollywood era satânica e obrigava sua atrizes a assinar “cláusula de moralidade” em
seus contratos, onde elas se torariam um prejuízo se engravidassem. Então uma
gestação violaria a política do estúdio, fazendo assim que o aborto se tornasse algo
praticamente normal em Hollywood.
* A relação a três com ela, Charlie Chaplin Jr. e Edward G. Robinson Jr., segundo a Peão
FM ocorreu, mas não da forma aparece no livro.
* O ex jogador de baseball Joe DiMaggio e segundo marido da Marilyn, descia a porrada
na bichinha! O arrombado era ciumento e não aturava que ela fizesse mais sucesso que
ele, além de não gostar da imagem de símbolo sexual da esposa. E Pasmem... Queria
que ela parasse de trabalhar para se tornar uma dona de casa.
* O lance das cartas fictícias são reais, foi revelado que Chaplin Jr. tinha escrito essas
cartas desde que eles se separaram. E numa confissão póstuma, ele admite a Marilyn
que foi tudo uma piada de mau gosto. Filho da puta né? Tudo isso foi pra validar a
pai dependência dela chamando de "Pai", todos os homens de sua vida.
* O relacionamento com o presidente John F. Kennedy, alguém duvida? Em um programa
do Fantástico acho que no fim dos anos 80, teve uma grande reportagem sobre o
Kennedy, na qual, foi mostrado um áudio do presidente com a atriz, que logo depois era
ouvido sons de casal nhanhando. E Mano, a Mina quase gozando, canta na festa do
cara, "Happy Birthday, Mr. President".
* Foi espionada pelo FBI sim, o monitoramento do FBI sobre Marilyn Monroe começou
devido à admiração da atriz pelas reformas que aconteciam na China e seu ódio ao
Macartismo e ao diretor do FBI J. Edgar Hoover. Mas ela foi uma das amantes do JFK,
que alias, foi mais uma das amantes do presidente e como dizem todas as línguas...
Sabia demais.
* Controle mental, e o poema “The Surgeon Story”. Lembrança, sonhos... Você decide,
meu jovem!
“The Surgeon Story” é um texto em que ela descreve ser cortada pelo seu
professor de teatro Lee Strasberg e pela sua psiquiatra Margaret Hohenberg. Alguns
dizem que é um pesadelo que ela teve, outros dizem que é uma descrição de uma
sessão de controle mental. Aqui está a tradução:
"Melhor cirurgião mais fino - Strasberg para me cortar o que não me importa já que a Dra.
H me preparou - me deu anestesia e também diagnosticou o caso e concorda com o que
tem que ser feito - uma operação - para me trazer de volta à vida e me curar dessa
terrível doença seja lá o que for isso - (…)
Strasberg me corta depois que a Dra. H me dá anestesia e tenta de uma forma médica
me confortar - tudo na sala é BRANCO na verdade eu não consigo ver ninguém só
objetos brancos -
eles me cortam - Strasberg com a ajuda de Hohenberg e não há absolutamente nada lá -
Strasberg está profundamente decepcionado mas mais ainda - academicamente
surpreso que ele tenha cometido um erro tão grande Ele pensou que ia ter muito mais do
que ele jamais sonhou possível … em vez disso não havia absolutamente nada -
desprovido de qualquer coisa humana e viva - a única coisa que saiu foi serragem tão
finamente cortada como de uma boneca de pano - e a serragem se espalha pelo chão e
pela mesa e a Dra. H está confusa porque de repente ela percebe que este é um novo
tipo de caso. O paciente … existindo de pura vazio Os sonhos e esperanças de
Strasberg para o teatro caem Os sonhos e esperanças da Dra. H para uma cura
psiquiátrica permanente são abandonados Arthur está decepcionado - desapontado"
* Marilyn tornou-se viciada em medicamentos, que muitas vezes ela e muitos artistas
tomavam com álcool. Por conta das doenças e problemas que ela tinha como insônia,
ansiedade, endometriose, cálculos biliares e depressão, e teve várias overdoses em sua
vida, sendo uma delas, possivelmente possa ter levado ela à morte. Mas...
* Em 5 de agosto de 1962, Marilyn Monroe foi encontrada inconsciente em seu quarto em
Los Angeles. Ela tinha 36 anos, estava com a mão estendida em direção ao telefone e
havia diversos frascos de remédios vazios ao lado de sua cama. A fonte oficial, diz que
a morte foi considerada um provável suicídio devido ao número de drogas em seu corpo,
mas tem muita coisa errada nessa história. O quarto foi limpo pela empregada e lençóis
foram trocados depois que ela foi encontrada morta, havia vários frascos de comprimidos
em sua quarto, mas sem água, um copo mais tarde foi encontrado no chão, mas não
estava lá quando o quarto foi revistado em primeiro lugar, o tempo de morte dada pelas
testemunhas mudou várias vezes.
* Para resumir alguns acontecimentos estranhos que aconteceram naquela noite: a polícia
foi chamada mais de uma hora depois que Monroe foi encontrada morta, o quarto foi
limpo pela empregada e lençóis foram trocados depois que ela foi encontrada morta,
havia vários frascos de comprimidos em sua quarto, mas sem água, um copo mais tarde
foi encontrado no chão, mas não estava lá quando o quarto foi revistado em primeiro
lugar, o tempo de morte dada pelas testemunhas mudou várias vezes. Finalmente, a
principal testemunha (e uma possível suspeita), Eunice Murray deixa o país e nunca mais
é questionada novamente. Autópsia, testemunhas, vizinhos, amigos e outras, contam
versões e histórias que não entraram no relatório final da investigação e nem da
autópsia.
São muitas histórias, muitas verdades e mentiras, mas como saber o que são fatos, se a conclusão oficial acaba sendo a mais suspeita? Não tem como saber, Marilyn Monroe vai continuar no mundo mitológico de Hollywood. Tem documentários, filmes, livros e relatos que vão trazer algo a mais, mas nunca o que realmente foi.
Então "Blonde" veio com essa proposta de mostrar mundo fictício da estrela mais famosa de Hollywood. O mundo que era vendido pras pessoas, o mundo escandaloso, sexual, glamoroso e doloroso da Marilyn Monroe.
“Então eu acho que o filme é sobre o significado de Marilyn Monroe. Ou sobre um significado. Ela era um símbolo de alguma coisa. Ela era a Afrodite do século XX, a deusa americana do amor. E ela se matou. O que significa isso?” - Andrew Dominik.
"Blonde" materializa essa ideia, a ideia que agrada os homens e mulheres que viram na vida fictícia da atriz, um molde pra si mesmo e pra suas paixões. A mulher gostosa, fiel, serva e tola, mas que na realidade isso era o contrário, ela era bem inteligente e muitos dizem que o Q.I dela era altíssimo. Hollywood fazia pro cinema, mulheres burras para serem suas personagens. Marilyn foi a loira perfeita, a loira do século, a mulher mais desejada que já existiu. E isso foi uma ideia, mas uma ideia desgraçada que o filme passou, mas ninguém entendeu.
Quando eu vi Ana de Armas na pele da atriz, eu paralisei. Era real demais, o olhar, o rosto, a expressão física, a voz sensual. Toda a imagem da Marilyn estava na Ana. E a atuação dela, além de corajosa, foi monstruosa. Ela hipnotiza em cada cena, o fascínio do ícone, salta na tela, e materializa todo o molde da personagem, do molde, da Loira. O filme parece que é feito pros homens, mas é que na verdade a personagem Marilyn Monroe, foi feita pros homens e não para as mulheres, e Andrew Dominik mostra isso.
É um sonho, uma ilusão e muitas cenas do filme mostra isso, com efeitos visuais e trilha sonora que beiram a lisergia. As imagens viram pesadelo e quase terror, quando o filme mostra Norma Jeane e as dores abafadas dessa mulher esquecida e transformada em Marilyn. E o filme não poupou em mostrar Norma e Marilyn burras, inocentes, incapazes e sofredoras. O escritor e diretor, não deram humanidade que era dela, eles deram a imagem que foi vendida pro mundo dos homens e quando mostrou as dores, mostrou elas quase que sem fim, sendo em parte reais, mas direcionada a uma mulher fraca que eles tinham mostrado antes.
A Marilyn cheia de amigos e muitas amigas, a Marilyn inteligente, com a língua afiada, a Marilyn politizada, que protestava contra o governo, Joyce Carol Oates e Andrew Dominik, não mostraram, porque a idéia é a da Loira Burra, que faz boquete sem saber quem é ou porque está fazendo, da Norma Jeane foda que nunca existiu. O filme mostrou o que os estúdios venderam da personagem!
A Marilyn Norma Monroe Jeane, burra, fraca, loca, doente, sofredora, sexy, gostosa, ingênua e viciada em remédios que se matou.
As cenas finais do filme, parecem um funeral para um vivo, uma tumba aberta com alguém que balançava ao redor. Até que se acaba, mas se acaba como se fosse o sonho sonhado para os vivos e tolos desse mundo acreditar.
"Blonde" de Andrew Dominik é um filme que você ama ou odeia. Tem erros e acertos, mas sinceramente, eu não sei quantos eles são e nem sei onde estão. São muitas verdades, muitas mentiras e pouca realidade para se acreditar. Essa programação Marilyn Monroe é muito forte, ela foi colocado nas mulheres, através de tudo que é feito em Hollywood, pra sociedade inteira.
Não tenho medo de dizer, que eu meu inconsciente também vive nesse mundo dos sonhos junto com os outros tolos. Mas confesso que tenho um pouco dos meus olhos abertos.
Armageddon Time
3.3 46 Assista AgoraTem alguns Spoilers.
Queens, Nova York, inicio da década de 80, num pais que está prestes a eleger Ronald Reagan para presidência, "Armageddon Time" mostra Paul Graff, um garoto de familia judia, democrata, de classe média baixa e sonhador, vive uma aventura tumultuada, cheia de ilusão e medo, que o fez a duras penas crescer e ser mais responsável e digno de suas ações.
Dirigido por James Gray, o filme conta uma história autobiográfica da sua infância em que ele sonhava em ser artista, mas que tropeçava em si mesmo com falta de respeito com os pais em casa e com seu professor na escola. Mas acabou encontrando refugio num único amigo, Johnny Davis (Jaylin Webb), o único aluno negro de sua turma, que sofre discriminação e abuso dos professores e colegas.
Paul Graff é extremamente desrespeitoso com seus pais e com seu professor, num lance de drogas ele leva um apavoro loco de seus pai, mas ele não descansa com o professor. E hostilidades e desrespeito eram rotina na sala de aula com seu amigo Johnny. Ser negro nos EUA, naquela época era foda. O racismo era encarnado na sociedade e na familia de James, as raízes judias, não foram lição de igualdade e caráter pra algum deles.
Mas foi na figura do avô (Anthony Hopkins), que ele encontrou seu grande amigo e herói, onde lições de dignidade e respeito eram ouvidas e dadas como leis. Lições essas que foram amargas, mas necessárias, quando a pedido dele, a transferência de escola foi acatada como respeito e surpresa. Paul é transferido para a escola particular Kew-Forrest, onde estuda a familia Trump na figura do pai Fred Trump (John Diehl) tem forte influencia e que sua filha Maryanne Trump (Jessica Chastain) é diretora.
Paul e Johnny são separados, mas a amizade deles continua, mas sofre a pressão racista em James, que passa a olhar pro amigo com olhar de separação. A conversa com o grupo de amigos na nova escola chega a dar até medo. A forma que o preconceito racial instituído foi mostrado, se reflete a novelas e filmes sobre o tema e no que os judeus passaram nos campos de extermínio nazistas.
Essa influência moldou parte do caráter de Paul, onde na parte mais dramática do filme, ele usou o amigo para uma ação de ladraozinho, que acabou dando ruim e virando caso de policia. E na delegacia, na cela junto com policiais, o tratamento dado na época pra um garoto negro pobre é muito diferente ao que era dado a um garoto branco, judeu, classe média e pai que conhece alguém lá. A lei do mais forte é a lei rege tudo.
"É injusto que seu amigo vai assumir a culpa, mas a vida é injusta,
As vezes algumas pessoas conseguem um acordo injusto." - Pai de Paul.
O filme se encerra com um clima de medo e guerra nuclear, dando ênfase ao titulo do filme com a familia de James na tela da TV e depois com ele na escola.
"Armageddon Time" é um retrato de uma época, em que o medo do fim do mundo era frequente. A guerra fria, fez que o armagedom fosse uma promessa real e diária na vida do planeta. Guerra nuclear era assunto das instituições Bar, Igreja e Escola. Esse inicio de década era cercada com essa fúria, e noticias, boatos e situações em todos os campos, não faltaram.
Mas grass a Deus, não aconteceu nada disso, e filmes, series, musicas, novelas fizeram dessa época a melhor pra mim em todos os tempos. Mas para James Gray a coisa foi tensa, a história é cercada de drama e situações tensas. O muleque merecia uma surra braba, lógico. Mas e a véia racista, os amigos da escola, o que fazer? A loucura do racismo não faz distinção de democratas ou republicanos. O racismo estava e ainda está no interior de cada pessoa que se acha melhor que a outra.
Mesmo sendo orientado pelo seu avô, Paul Graff, personagem de Banks Repeta, mesmo jovem também era. E precisou passar pelo roubo, e pela traição ao amigo na prisão, para aprender de forma amarga a lição do caráter e da honra. Lição aprendeu, e mostra isso com esse filme. O filme tem viés politico e exageros, mostrando uma caricatura direta dos Trumps, mas também mostra em toda sua estrutura, o medo, a tensão e a separação racial e ideológica que o povo vivia em extremos e sob o disfarce do glamour de uma bandeira.
Banks Repeta (Paul Graff), Johnny Davis (Jaylin Webb), Anthony Hopkins como o avô de Paul, Anne Hathaway como sua mãe, Jeremy Strong como seu pai, Jessica Chastain como Maryanne Trump, a irmã de Donald, e Oscar Isaac como o professor de arte de Paul.
"Armageddon Time" é um bom filme, tem uma história nervosa, uma boa direção, ótimas atuações, belas cenas, uma montagem realista e uma linda fotografia oitentista. Vale muito assistir.
Aftersun
4.1 716"Aftersun" é um filme dramático sobre a relação entre um pai e uma filha que passam férias juntos em um resort na Turquia nos anos 90. Dirigido e escrito por Charlotte Wells, a história é uma mistura de imagens gravadas em câmera digital e lembranças da filha adulta, que tenta reconstruir a memória afetiva do seu pai, que enfrentava problemas pessoais e profissionais.
Mescal interpreta Calum, um pai jovem e separado, que tenta se conectar com a filha, mas também esconde seus demônios internos. Corio vive Sophie, uma menina inteligente e curiosa, que percebe as coisas mais do que o pai imagina, ao mesmo tempo que sabe viver com diversão os momentos da sua infância. Vivendo Sophie adulta, Rowlson-Hall interpreta e narra o filme com uma voz melancólica e nostálgica, questionando suas recordações, sendo elas verdadeiras ou imaginação.
O filme é nostálgico, a trilha sonora noventistas, pegam a gente pelo bico, onde cria uma atmosfera de saudade e de sonho. A direção de arte e fotografia, são vivas e alegres, e criam um contraste forte entre as cores vibrantes e ensolaradas da cidade turca, com as sombras e os silêncios que envolvem os personagens.
Mas o longa de Charlotte Wells, não funcionou nada pra mim, o rimo lento, somado a um naturalismo cansativo e a falta de clareza na narrativa, me fizeram dormir e sonhar que estava em Ubatuba cantando e dançando "Macarena" com as garotas do Banana Split na praia. Melhor parte do filme e do sonho.
O filme não explora nada os conflitos e os motivos dos personagens, deixando muitas lacunas e ambiguidades. O filme também não desenvolve nada os outros personagens, como a mãe de Sophie e os amigos que eles conhecem no resort, fazendo deles então meros figurantes.
"Aftersun" é um filme que fala sobre memória e afeto, mas que não soube descrever o que elas são e nem mostra-las com mais emoção, através das glamorosas câmeras digitais da época. Câmeras essas que invadiram o Brasil no fim da década e viraram febre.
Eita porra! Minha memória emocional com "Macarena", Banana Split e câmera digital, funcionaram mais que o filme inteiro. Isso é que é memória boa!
Maestro
3.1 262Tem Alguns Spoilers...
Sexo, Homens & Mulheres, Trilhas Sonoras e Musica Clássica, Leonard Bernstein, vida e obra de um gênio da musica. “Maestro” é um filme biográfico sobre a vida e a obra do famoso compositor e maestro Leonard Bernstein, dirigido e estrelado por Bradley Cooper. O filme acompanha a trajetória de Bernstein desde o seu primeiro encontro com a sua futura esposa, Felicia Montealegre, até os seus últimos anos de carreira e de luta contra o câncer.
Bradley Cooper leva pras telas "Maestro", um filme que nem Spielberg e nem o Scorsese, puderam levar. E o resultado é um trabalho emocionante, dramático e que tecnicamente impressiona. História quebrada, edição picotada, fotografia P&B, depois colorida, tudo em formato 4:3; o preciosismo técnico de Bradley no filme é uma coisa foda, eu jamais imaginei que debaixo daquele ator de blockbuster, sairia um diretor, tão inteligente e virtuoso. A sombra dos monstros Spielberg e Scorsese, podem ter pesado na ajuda, mas o trabalho apresentado aqui é muito além do que eu imagina. O domínio apresentado na direção, na produção e na construção do roteiro, com as técnicas e estilos diversas que ele utilizou, são dificílimas de serem realizadas. Mas além de serem feitas, o êxito do trabalho foi genial.
Confesso que conheço o trabalho de Leonard Bernstein, em uma ou outra trilha, como no caso do filme "Amor, Sublime Amor" de 1961, de Jerome Robbins e Robert Wise, também desconhecia totalmente o virtuosismo e a autoridade artística que ele era, além das trilhas para cinema, e me impressionei muito da importância dele para musica clássica americana, além de desconhecer totalmente sua vida pessoal.
Quando ouvi falar da cinebiografia, logo o titulo impunha uma visão do personagem e da obra. Mas pra minha surpresa e decepção, as duas partes não são foram exploradas como eu imaginava. Pra minha surpresa a vida pessoal de Leonard Bernstein foi divida de forma impressionante pela esposa Felicia Montealegre Bernstein, onde ela ganhou um protagonismo tão grande na história, que ofuscou o protagonista que dá nome ao filme.
Felicia Montealegre Bernstein, ganha um espaço que eu achei desnecessário no longa, pelo fato do filme se tratar da vida e obra do maestro, mas a escolha de Bradley, em dar essa importância para a personagem, pode se justificar na história, que mostra o papel e importância que ela teve na sua vida, e como as situações familiares vividas por eles foram determinantes para essa aparição estendida dela.
Eu esperava um filme que mostrasse mais o Maestro com seu protagonismo maior e normal em cenas da sua vida pessoal e social, com a Felicia sendo coadjuvante. Como também esperava que a obra estivesse quase em primeiro plano sendo mostrada, na esperada forma que um musico, compõe suas obras. E no caso dele, seria foda imaginar onde e como ele escrevias seus temas, como eram feitas as trilhas nos filmes e como eram a composição das musicas nas produções que ele fez em Hollywood, na era de ouro do cinema.
Esse avesso de cinebiografia foi decepcionante, mas pra minha surpresa, a abordagem dele da obra foi genial. O espaço dado pra Carey Mulligan viver a Felicia Montealegre, na história, foi aproveitado como poucas vezes eu vi num filme. A atuação da atriz foi a melhor que eu já vi dela em toda sua carreira. Carey Mulligan comeu as cenas, com uma força e um poder de atuação, que é impossível não se render a visão que o diretor tentou passar. Embora fique o gosto de querer ver mais a vida e obra do Leonard, o filme mostra o outro lado da vida dele. Um lado que todo filme abafa e ou tenta esconder, Leonard Bernstein era um gayzão da porra, bisexual, casado com Felicia, numa relação adultera, onde ela sabia da orientação sexual dele, como também a aceitava.
O filme abordou mais a fundo essa situação sexual de Leonard e o impacto familiar no casal, que expos uma vida doméstica conturbada e infeliz, onde discussões e situações tanto de conivência quanto de decepção eram mostradas, em diferentes fases de suas vidas, somadas aos trabalhos dos dois no cinema e TV. Carey Mulligan realmente rouba a cena, mas as diferentes fases da história, devolveu a Bradley o protagonismo, em momentos que ele realmente trabalha como maestro.
Cooper também impressiona pela sua atuação e as inacreditáveis transformações físicas que o seu personagem teve na vida. A prótese no nariz foi incrível, mas a maquiagem do personagem foi a mais real que eu já vi na vida. O envelhecimento dele, além de ser mostrado numa forma natural, o nível de dificuldade foi foda demais. Ver um galã, virar um véio boa pinta, pra depois se torar de vez um maracujá de feira todo pintado, é pra bater palmas até aleijar as mãos! Foi simplesmente magnifico e pra fazer esse povo do CG, ficar esperto. Ninguém aguenta mais essa porcaria que eles fazem.
A expressão corporal do ator também mudava, conforme sua idade avançava, e uma coisa que me impressionou também foi a mudança da voz de Leonard, o som cavernoso, davam pro personagem quase que uma encarnação materializada pro filme. Além dessa notória mudança, Bradley Cooper uma capacidade artística fora do comum. Ele já toca piano, mas pra viver o personagem, Bradley estudou por 6 anos para reger a orquestra no filme.
E a cena que ele mostra isso foi fantástica! Quando ele orquestra, a Sinfonia nº 2 de Mahler na Catedral de Ely em 1973, realmente é foda. A cena é belíssima, a musica é magnifica, e a atuação dele foi simplesmente monstruosa. O corpo se movimentava como numa dança pra orquestra, a expressão do rosto dele expressava a dor muda das notas musicais e a música que brotava, rompia a barreira do filme, do ator, diretor, personagens. Era emoção pura, talento, arte, no momento mais incrível do filme.
“Essa cena me deixou tão preocupado, porque a gravamos ao vivo. Era com a orquestra sinfônica de Londres. Foi gravada ao vivo. Tive de regê-los. E gastei seis anos aprendendo a como conduzir uma orquestra por seis minutos e 21 segundos de música.”
- Bradley Cooper.
O filme teve momentos bem dramáticos como a discussão do casal no apartamento em Nova York, durante a famosa "A Macy's Thanksgiving Parade", um desfile de balões, que remetem ao nosso carnaval, seguida com a difícil luta que Felicia travou conta um câncer, com o maestro seguindo a vida, seguindo o alerta que sua esposa deu durante a marcante discussão sobre verdade e aceitação.
"Maestro", não é a vida e obra que eu esperava, o protagonismo heroico que se esperava do titulo, foi substituído por uma abordagem inesperada. Ousada, humana, ideológica, programada, real. Agora realmente eu não sei, mas o filme consegui se aprofundar na vida de Leonard Bernstein, com outra ótica, numa abrangência que eu achei necessária, e o protagonismo e a importância da Felicia Montealegre prova isso. Mas acredito que a biografia do Maestro ficou incompleta. Bradley Cooper, optou em não dar mais espaço parra o personagem principal, coisa que deixou a obra meio que desconhecida para quem assiste e apagada para quem conhece o compositor.
Mesmo assim o filme é fantástico, as atuações de Bradley Cooper e Carey Mulligan, são geniais, o elenco também é muito bom, mas somem diante da atuação dos protagonistas. A fotografia do filme, operando em P&B, depois colorida, num formato 4:3, dá a sensação filme de época, que deixou o filme mais intimista e diferente dos que são feitos hoje. As imagens e ângulos que captou as cenas, deram a obra momentos de grande impacto. A edição mesmo com a biografia incompleta consegue deixar o filme incansável, mostrando dramas e momentos diversos em épocas diferentes.
Grande filme! Um dos melhores da Netflix e o melhor da carreira Carey Mulligan, e o melhor que o Bradley Cooper, dirigiu.
Anatomia de uma Queda
4.0 843 Assista AgoraTem Alguns Spoilers...
Acidente, assassinato ou suicídio? Justine Triet leva pras tela “Anatomia de uma Queda”, um filme francês de drama, policial e suspense, que conta a história de Sandra, uma escritora alemã que é acusada de matar o marido, que misteriosamente caiu da janela do chalé onde moravam nos Alpes franceses.
Com uma história instigante, cheia de drama e tensão, o filme mostra os desdobramentos de uma tragédia, suas consequências familiares, sociais e jurídicas, sobre a acusada e seu filho que é deficiente visual, e sendo ele a única testemunha do caso, na qual ele não sabe se a mãe é culpada ou inocente.
O filme é um drama cheia de peculiaridades, que explora as questões de realidade, ficção, culpa e inocência, através de uma narrativa complexa, lenta, mas cheia de reviravoltas. O filme também é um retrato da relação entre mãe e filho, que é abalada pela tragédia e pela aura de dúvida que a cerca. A trama consegue manter o suspense e a tensão até o final, sem revelar a verdade sobre o que aconteceu com o marido de Sandra, fazendo uma crítica ao sistema judiciário e à mídia, que manipulam os fatos e versões para influenciar a opinião publica, pressionando o resultado do julgamento.
A narrativa é imparcial, o roteiro segue mostrando a investigação, a situação de mãe e filho, com cenas do tribunal que crescem com o tempo do filme, aumentando a tensão dramática da história e criando mais duvidas sobre a morte da vitima, polarizando mais a relação familiar e criando expectativas e motivações que levaram a tragédia.
O cinema francês tem um naturalismo histórico em seus filmes, mostrando um cotidiano parado e as vezes inútil, deixando com uma narrativa chata e cansativa, o tempo da fita não incomoda, mas o que a Justine Triet faz na primeira hora, daria pra ir pro bar, pra padaria, comprar pão e tomar um café em casa, que você não perde quase nada. O filme quebra toda tensão psicológica, com uma narrativa que poderia ser até longa, mais que também poderia ser bem mais inteligente, mesmo mostrando o drama doméstico da mãe e do filho, do advogado paga pau, dos assistentes sociais e os policiais rondando tudo. A versão de "P.I.M.P", do 50 Cent, tocando repetidas vezes, me incomodou pra diabo, ou a diretora é fã do 50, ou faltou bom senso pra Mina.
A força do filme realmente está na briga no tribunal, mas não entre o promotor e o advogado de defesa, mas entre o promotor e a acusada. Sandra personagem de Sandra Hüller, sofre uma pressão forte e implacável de um advogado que quis dobra-la a todo custo, com um sistema de ideias, onde sua narrativa a fazia culpada de diversa formas, até da possibilidade na impossibilidade, para provar sua acusação. E Sandra conseguia, manter um equilíbrio que você não sabia se era de uma inocente ou de um psicopata.
Eu ficava com dúvidas do caráter de Sandra, mas sob a forte influência da atmosfera criada pela diretora, com os argumentos dados ao promotor que ganhavam muita força na medida que os fatos não eram mostrados. E também com a principal testemunha da tragédia, sendo uma criança cega e que não estava em casa na hora do que tudo aconteceu, deixava toda defesa da acusada apropriada pra ela na situação. Afinal, quem confiaria num cego como testemunha no tribunal? Ainda mais a acusada sendo sua mãe?
Em contraponto, toda a conturbada vida conjugal de Sandra e de Samuel, foram esmiuçadas pelo promotor no julgamento, e jogadas no tribunal, diante de todos, em diálogos muitos rápidos, que fizeram o promotor um repentista francês. As legendas corriam feito o demônio na TV, quase não dando pra acompanhar o infeliz.
Mas o foda de tudo, foi o comportamento da Sandra, durante todas essas investidas. Comportamento esse longe das típicas personagens femininas nas telas dos filmes de hoje. Sandra agiu como uma mulher, que cometeu erros, mas soube explicar o porquê. Fazendo dela uma personagem mais humana, mais real, longe da lacração de hoje. Acima de tudo ela defendia sua inocência, seu filho e toda condição conjugal que ela vivia. Não teve ato heroico, gritaria nem mi-mi-mi, teve verdade, honra e caráter.
As provas quebo promotor apresentou no final, onde no desespero ele tentava interpretar a cena que ocorria, foi por terra quando as imagens delas foram passados pra nós, em forma de flash back, mostrando em parte uma situação que mostrava mais levou a entender, a anatomia da morte de seu marido.
Aflito e desesperado, estava o filho Daniel (Milo Machado Graner) que com coragem, acompanhou todo desfecho da trama no tribunal, mas que durante o processo teve que conviver com uma assistente social na sua casa, onde essa presença causava desconforto, desconfiança, aumentando as dúvidas e medo de ocorreu a morte de seu pai.
As cenas do cachorro, o depoimento do garoto, o áudio encontrado, foram colocados de forma muito inteligente pela diretora, fazendo que o filme construísse de forma mais contundente a realidade de uma pessoa que vive esse tipo de situação.
O desfecho ambíguo de tudo, foi uma forma de validar as provas da defesa, o comportamento da acusada, ante uma situação trágica da qual a justiça aceitou sua inocência. Mas ainda as cenas finais deixam em aberto pra alguns, uma interpretação pessoal do que realmente pode ter acontecido. Porém faz que você aceite a decisão da justiça, conforme todo processo no tribunal me fez crer.
Mas uma ceninha, um olhar, um picador de gelo na cena, mudaria toda ótica da morte...
“Anatomia de uma Queda”, é um ótimo filme. O tema, a trama, os personagens e toda construção na tela, foram feiras de forma muito boa. Tem defeitos sim, com a primeira hora muito massante de assistir, mas depois a fusão das ideias da diretora, ganham mais sentido no resto do longa. Justine Triet foi na contramão dos filmes do gênero, mostrando de forma mais real e justa, como um julgamento é feito, sem o espetáculo que a gente está acostumado a ver no gênero. Coisa de francês no cinema.
A atuação Sandra Hüller é genial, sua personagem, não teve ato heroico nem discursos, mostrou uma incrível resiliência, diante de toda situação com sinceridade, força e coragem. Hüller mostrou muito talento em cenas bem humanas, onde ela precisava ser mãe, esposa revoltada, acusada, culpada e inocente.
As cenas onde só tinha o áudio mostram isso, e assim como seu filho cego, os jurados, o promotor repentista, o advogado de defesa, juíza, nos tivemos que imaginar como aconteceu tudo, e julgar de forma mais imersa o que aconteceu na história.
Grande filme.
Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo
2.6 309 Assista AgoraTem alguns Spoilers...
Faroeste, épico, ópera. "Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo", bem que tentou, mas esse Star Wars de gaveta que a Netflix fez, deveria estar no manual de como não se fazer um filme de ficção cientifica hoje em dia.
Oferecido por Zack Snyder e Kurt Johnstad para Lucas Filmes no fim da década de 90, com a premissa de uma trama, com uma abordagem mais adulta ligando com outros personagens no universo de Star Wars, o roteiro foi recusado e engavetado na época, mas uns anos atrás a Netflix, meio que comprou e resolveu trabalhar nas história, e o resultado é esse.
Império Mãe 😂, exercito comunista, vilões caricatos, contra heróis de vídeo game e camponeses desarmados, numa over dose Zack Snyderiana de slow motion. Sim, nosso bom e velho Snyder, não perdoou esse filme também.
O filme é uma aventura épica que mistura elementos de mitologia, história e política, com a base da história formada na saga de George Lucas, Warhammer 40.000, Duna e uma porrada de referências, pra contar a saga de de Kora, uma jovem com um passado misterioso que se torna a líder de uma resistência galáctica contra o tirânico regente Balisarius e seu império Mãe ou segundo o governo brazuca: "A Pessoa que o Pariu".
A trama realmente não apresenta nada de novo, o filme pega a rabeira do Star Wars, com cenas e personagens mamadas sem medo. Sério Mano, a coisa hoje é tão braba, que o Snyder nem se importou em copiar o inicio da trama do Luke Skywalker e colocar no filme, mas o pior é a Netflix, chamar isso de original.
A história mostra Kora, arando a terra e olhando pro nada, logo chega o exercito de Stalin atrás de rebeldes e querendo grãos pro exercito. Daí começa a matança, agressões e pasmem... Até tentativa de estupro, fazendo referencias ao exercito russo quando invadiu a Europa. Daí a Kora se manifesta, mata todo mundo, junta uns pé de breque, vai atrás dos Rebeldes, com direito até a cena do bar do Episódio IV, onde se junta a um Hans Solo fake, que ainda tem uma nave de contrabando, e decidem ir atrás dos personagens vídeo games e montar uma equipe pra lutar contra o malvado Almirante Atticus Noble.
O filme tem muita ação e cenas de lutas, com tiros e explosões, em momentos bem legais, com robôs, alienígenas e criaturas se pegando na porrada. Um povo que provavelmente você já viu em algum lugar, mas que nessa maçaroca que o Snyder fez, consegue divertir muito. E tudo no slow motion. O filme tem muito uso de CG, O Snyder deitou e rolou no efeito, onde tivemos cenas belíssimas, aquelas coisa de encher os olhos mesmo. Mas tem outras, que parecem que o dinheiro tinha acabado e eles resolveram jogar no filme do jeito que estava mesmo.
O filme tem um problema de ritmo, mesmo sendo divido em duas partes, "Rebel Moon", consegue acelerar muito na construção dos personagens. Onde você só sabe realmente quem quando o malvado Almirante Atticus Noble fala deles. Coisa que deveria se muito melhor desenvolvida na trama.
O elenco é formado por muita gente boa que consegue dar aquela vida que um filme de ficção precisa. Sofia Boutella brilha como a protagonista Kora, garota fodona, com um passado brabo, muito interessante e bem contado. Charlie Hunnam é Marcello, um piloto de caça e espião, uma espécie de Hans do filme. Djimon Hounsou tá genial como General Titus, que num momento do filme, impressiona na sua apresentação ao estilo heróis romano caído. Ed Skrein vive o impiedoso Almirante Atticus Noble, Bae Doona vivendo a guerreira Nemesis, Michiel Huisman vivendo o camponês vacilão Gunnar, Staz Nair vivendo Tarak, uma materialização do rótulo da Catuaba, pontinhas da Jena Malone, Ray Fisher e outros.
Eu sou fã da Sofia Boutella, acho que finalmente ela teve um filme a sua altura, o visual dela no filme com aquela capa é muito foda e a atuação dela realmente impressiona, tanto dramática, quanto fisicamente, que alias nas cenas de luta ela realmente é foda.
As cenas finais do filme são muito boas, a cenas de ação come solta com um tiroteio loco, muita luta, explosões, mortes, um confronto apelão de naves e a luta foda entre a Kora e o Almirante Atticus Noble, já emendando com a segunda parte. Tudo no slow motion.
"Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo" do Zack Snyder, infelizmente não veio pra mudar nada, veio somente pra divertir. Talvez filme poderia fazer alguma diferença lá nos anos 90 quando foi apresentado pra Lucas Filmes, onde acredito que a história até seria a mesma, mas com os Impérios e vilões, com os nomes já conhecidos.
É um bom filme, decepciona, mas diverte e distrai.
P.S. Império Mãe é foda! 😂😂
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
4.3 5,0K Assista Agora"Em 3 de setembro de 1973, às 18h28m32s, uma mosca califorídea, capaz de 14.670 batidas de asa por minuto, pousou na Rua Saint Vincent, em Montmartre. No mesmo segundo, num restaurante perto do Moulin-de-la-Galette, o vento esgueirou-se como por magia sob uma toalha, fazendo os copos dançarem, sem que ninguém notasse. Nesse instante, no 5º andar do nº 28 da Rua Trudaine, 9º distrito Eugène Colère, de volta do enterro de seu amigo Émile Maginot, apagou seu nome da caderneta de endereços. Ainda nesse mesmo segundo, um espermatozoide de cromossomo X, pertencente ao Sr. Raphaél Poulain, estacou-se do pelotão e alcançou um óvulo Pertencente à Sra. Poulain,
em solteira, Amandine Fouet. Nove meses depois, nascia Amélie Poulain."
Poesia, amor, alegria e paixão! "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" é uma celebração a vida! Materializa sonhos, desfaz pesadelos, cura males e doenças, liberta os sonhadores que vivem nas nuvens, mas que ainda andam com as pontas dos pés no chão.
"O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" é uma comédia cheia de romance e fantasia que conta uma história vibrante de uma jovem sonhadora e solitária que vive em Paris e trabalha como garçonete. Um dia, ela encontra uma caixa com objetos antigos escondida no banheiro de seu apartamento e decide devolvê-la ao antigo morador, um senhor chamado Dominique. Ao ver a emoção dele ao recuperar a caixa, Amélie se sente inspirada a ajudar as pessoas ao seu redor, interferindo discretamente em suas vidas para trazer-lhes felicidade. No entanto, ela também precisa encontrar o seu próprio amor, e se apaixona por Nino, um rapaz que coleciona fotos descartadas nas cabines fotográficas.
É uma obra encantadora e inesquecível, que mistura humor, poesia e magia. A fotografia é belíssima, com cores vibrantes e contrastes que realçam a atmosfera de conto de fadas. A trilha sonora magnifica, composta por Yann Tiersen, envolve e encanta, combinando com o clima de nostalgia e fantasia. O roteiro é original e criativo, cheio de detalhes curiosos e personagens cativantes. A direção de Jean-Pierre Jeunet é primorosa, com um estilo único e uma narrativa ágil e divertida. O elenco é excelente, mas o destaque todo vai para a atuação genial de Audrey Tautou, que interpreta Amélie Poulain com graça e pureza.
O filme é vibrante do inicio ao fim, os personagens são icônicos, caricatos, mas incrivelmente reais, que transbordam peculiaridades altamente francesas em diversas cenas, em momentos maravilhosos, carregados de vida, humor, paixão e alegria. As situações vividas por Amélie são até difíceis de contar, mas marcam a gente a cada visitada no filme. A garota é quase um super herói!
Corajosa, perspicaz, inteligente, caridosa e justiceira, Amélie Poulain apronta. Ela resolve, mas bagunça as coisas que é uma beleza! É covarde também e corre um pouco, quando vê o seu amor. Ela vive pequenas missões, que se transformam em grandes aventuras.
A saga da lata do Bretodeau, o álbum de fotos do seu amor, as cartas da zeladora, o apartamento do quitandeiro piadista, o gnomo errante do pai, a mulher hipocondríaca que vende cigarros, são atos de heroísmo, caridade, vingança e zoação mesmo! Uma farra!
As cores verde, vermelho e amarelo, com as belíssimas paisagens da França, jogam você pros anos 90 francês, mas a trilha sonora do Yann Tiersen, joga você pra todas as épocas da França. Os temas são belíssimos e moldam cada cena.
O filme se encerra de forma eloquente e romântica, sempre com fantasia e realidade, com a peculiar narração que expressa detalhes impossíveis, que fazem o filme conversar com você, com personagens e imagens, mas que mostram agora o esperado e fabuloso final feliz que a personagem sempre buscou e mereceu.
"O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" é o melhor filme do Jean-Pierre Jeunet que eu já vi até hoje e um dos melhores filmes dos anos 2000. A direção do Jeunet é única, eu nunca vi e acredito que nunca terá um filme assim novamente. O filme leva você em bora, Amélie carrega a gente pra aventura dela e a musica gruda no ouvido que é uma beleza. Acho que Amélie Poulain é o Forrest Gump de saia. O filme francês encanta do inicio ao fim, com a imagem tímida, mas incansável, de uma garota que ajudando os outros, encontrou a sua felicidade.
Quando a história chega no final, dá uma ligeira tristeza na gente. As peripécias de Amélie Poulain, foi uma das melhores coisas que eu já vi nos anos 2000 e não me canso de assistir.
É clássico. Uma verdadeira obra prima.
Encontro de Amor
2.8 355 Assista AgoraEssa Jennifer Lopez, maltrata viu... Corpão, boca loca e uma voz de 0800, que hipnotiza! Eu amo demais essa mulher! Caso com ela na hora! Largo tudo! Minha Ferrari, minha mansão, meu iate, só pra viver de amor e sexo com essa mulher! Igual ao Christopher Marshall (Ralph Fiennes), que era praticamente o presidente dos Estados Unidos, fez no filme.
"Comédia Romântica", esse era o nome dado pra esses tipos de filmes nos anos 80 e 90. Jennifer Lopez e Ralph Fiennes, matam um pouco a saudade daqueles filmes bobos e eternos que passavam nas tardes semanais daquela época. Dirigido por Wayne Wang, "Encontro de Amor" conta a história de Marisa Ventura (Jennifer Lopez), uma mãe solteira que trabalha num hotel luxuoso, que depois de uma confusão de troca de identidade com uma hospede, conhece uma Christopher Marshall (Ralph Fiennes), politico sério e conhecido, que fica louco, babando e apaixonado pela garota. E ela também.
Trabalhando no hotel e fazendo de conta que está hospedada nele, Marisa sofre de amor, mas sofre da síndrome da Gata Borralheira também. É aquela coisa, ele é um lorde, ela uma empregada, ele rico, ela pobre, ele é o Damo, ela a Vagabunda. Pelo menos ela pensa assim. Afinal, essa é a regra do clube. Você entra na pista e dança a música que eles colocam. Mas a camareira é J.Lo. é essa aí bota qualquer um pra dançar o samba dela!
"Encontro de Amor" diverte bastante, contando uma história bem conhecida do gênero, cheia dos clichês clássicos e personagens típicos, mas que conseguiu acertar o ponto certo de repetir a fórmula, divertindo e distraindo a gente com situações e momentos de humor e romance, onde os personagens se apaixonam, mas são impedidos pelas confusões loucas dessa camareira mascarada.
Todo desenrolar da trama é feito de forma previsível, mas agradável de se assistir. O acerto está na história que é gostosa, no caráter humano dos personagens, que sempre tiveram as melhores intenções um com o outro, e do final que é aquele banho de açúcar loco, aquele Happy Endy cliché lindo, que sempre bem e que a gente sempre gosta.
Jennifer Lopez é um encanto, ela é linda demais, e atua muito bem em comédias e filmes de ação, mas uma beleza dessa fica difícil não se render. Quando ela tira o uniforme da camareira e veste os panos da Dolce & Gabbana, eu pra enfartar. Mano que gata! A Mina é linda demais! O Ralph Fiennes, coitado, estava entregue. O bichinho não podia fazer nada, ele só podia correr atrás dela. A felicidade do universo estava ali, a J.Lo. é tudo.
Adoro esse filme, mas é a Jennifer Lopez que me arrasta pra ele. Te amo, meu Iaiá, meu Ioiô... 💘🤩😋
Sob o Sol da Toscana
3.7 479 Assista AgoraComer, Amar e Comer e Amar, Comer e Comer... Sem o "Rezar", "Sob o Sol da Toscana" leva você no lombo, pra uma viagem pra Itália, junto com Diane Lane, pra viver uma história gostosa e encantadora, mostrando lições da vida que só os italianos sabem mostrar.
Misturando humor e romance, "Sob o Sol da Toscana" é uma comédia que conta a história de Frances (Diane Lane), uma escritora que se divorcia de seu marido infiel e decide recomeçar sua vida na Itália, onde durante uma viagem pela Toscana, ela se encanta por uma vila em ruínas e decide comprá-la, mesmo sem ter dinheiro ou experiência para reformá-la. Com a ajuda de alguns moradores locais, ela vai transformando o local em sua nova casa, enquanto enfrenta os desafios e as surpresas de se adaptar a uma nova cultura. Ela também conhece novas pessoas, como a divertida Patti (Sandra Oh), sua melhor amiga grávida, Marcello (Raoul Bova), um romântico italiano que a faz se apaixonar novamente, e peruona Katherine (Lindsay Duncan), uma atriz britânica que lhe ensina a aproveitar melhor sua vida.
O roteiro é leve e divertido, com diálogos inteligentes e situações cômicas, mas também aqueles dramas gostosos de se ver. A direção do Audrey Wells, capta bem a beleza e o encanto da paisagem toscana, com suas cores, seus sabores e seus aromas. Mamma Mia!
Diane Lane está linda e dá um show na personagem; a Frances dela é uma mulher inteligente, cativante, sensível e corajosa, que passam pelas dores que os novaiorquinos passavam nos anos 2000, uma espécie de reconexão deles, onde eles precisavam viajar mundo á fora, para se redescobrir melhor e como sempre, a Itália é imbatível! O lugar é muito foda! Eita vidão! Pizza, canellone, nhoque, vinho, champanhe, mulher mulher mulher, mas no caso da personagem a busca era por um pinto na sua vida. Frances sofre as dores do parto de si mesma, passa por medo, desilusão e decepções, mas que são aceitas e superadas, mostrando que a vida é cheia de acertos e erros, igual ao vinho, que pode azedar fora da geladeira, mas que se pode aproveitar fazendo dele um bom vinagre tinto depois.
"Sob o Sol da Toscana" é um filme que fala sobre a coragem e a esperança de recomeçar, sobre a alegria e a beleza de viver, sobre o amor e a amizade que encontramos pelo caminho. É um filme que encanta, que faz rir e sonhar, que faz a gente viajar na maionese Hellmann's, e se apaixonar. É um filme que mostra que a vida pode ser maravilhosa, se soubermos aproveitá-la. Você não precisa estar na Toscana, pra ser feliz, você só precisa estar em você. Toscana, Paris, Roma, Miami, Nova York, Singapura, Istambul, Rio, Floripa, Ubatuba e as humilhantes praias nordestinas, você conhece depois.
Quase 18
3.7 608 Assista AgoraNadine e seu mundo adolecêntico... Pra uns é confuso, pra outros são legais, mas ´ra algumas pessoas a coisa é traumática. Nadine quase que foge da regra. O mundo de dela está entre o hospício e o campo de batalha! Nadine não tem amigos, porque é impossível ser seu amigo, mas ela tem a Krista, mas acho que ela não conta. As duas são irmãs. Nadine tem o irmão Darian, mas como todo irmão, ele é seu pior inimigo, tipo um inimigo mortal. Ela tem Mona, uma mãe esforçada e trabalhadora, que tenta seguir na vida depois da perda. Sim, Nadine perdeu seu pai. Não um pai, mas aquele pai herói que muitas crianças tem e precisam na vida. O seu amigo, o seu único amigo. Ele era o seu universo, um universo que tinha acabado. Nadine vive agora num buraco negro.
"Quase 18" é um filme adulto que fala sobre adolescência, mas de uma adolescência nível satanás. Dirigido por Kelly Fremon Craig, o filme narra as aventuras e desventuras de Nadine, uma adolescente de 17 anos que se sente excluída e incompreendida, onde elea tem conflitos mortais com seu irmão mais velhos Darian, que é popular e bem-sucedido na escola, e com sua mãe Mona, que é distraída e insegura. Sua única amiga é Krista, mas que acaba se envolvendo romanticamente com Darian, deixando Nadine puta e ainda mais solitária e revoltada.
Em meio as crises, ela busca apoio em seu professor de história, Mr. Bruner, que tem um senso de humor sarcástico e uma paciência limitada e impiedosa, e em Erwin, um colega de classe tímido e talentoso, que paga um pau loco por ela, que nem dá bola.
O filme é incrível! É uma mistura de humor e drama, que explora os dilemas e as emoções típicas da adolescência, como a busca pela identidade, a autoestima, o amor, a amizade, a família e o futuro. O roteiro muito é bem construído, com diálogos ágeis e divertidos, e com situações que variam entre o cômico e o trágico, sem perder o equilíbrio. A direção é genial, captando as nuances e as expressões dos personagens, e criando uma atmosfera de intimidade, confusão e realismo.
Hailee Steinfeld brilha como Nadine, garota inteligente, rebelde e vulnerável, que oscila entre a arrogância e a insegurança, entre a raiva e a ternura. Woody Harrelson é vive Mr. Bruner, um professor sarcástico e irônico, que esconde um lado gentil e solidário. Kyra Sedgwick é a mãe de Nadine, uma mulher que tenta lidar com seus próprios problemas e com a rebeldia da filha. Haley Lu Richardson (Krista), a melhor amiga de Nadine, que se vê dividida entre o amor pelo namorado e a lealdade pela amiga. Blake Jenner (Darian), o irmão de Nadine, que aparenta ser perfeito, mas que também tem suas inseguranças e frustrações. Hayden Szeto é Erwin, um rapaz tímido e simpático, que se apaixona por Nadine e tenta conquistá-la como o Eduardo tentando conquistar a Monica.
Adoro! "Quase 18" é um filme que retrata com humor e uma espécie de sensibilidade, as alegrias e as angústias de ser jovem, de se descobrir e de se relacionar com o mundo. Mas que diverte a gente mostrando o apocalipse de Nadine e sua rebelde aventura, com o irmão, a mãe a amiga, o professor e as ilusões de uma paixão. É um filme que mostra que a vida é feita de altos e baixos, de erros e acertos, de risos e lágrimas, e que o importante é não desistir de si mesmo, e que a adolescência é só uma fase, que ela passa. Mesmo que ela seja o mármore do inferno.
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraDepressão, ansiedade, medo. "As Vantagens de Ser Invisível", conta a história de Charlie, um adolescente introvertido que sofre as tragédias de sua infância, onde as marcas dela, ele carrega vivendo uma adolescência triste, solitária e doente. Isolado e tendo muita dificuldade de fazer amigos, Charlie não conhece ninguém na escola. Até que conhece Patrick e Sam, dois veteranos que resolvem acoche-lo em seu grupo.
Com eles, Charlie volta a viver, descobre amizades verdadeiras, o mundo da música, das festas, da bebedeira, e do amor, mas também enfrenta seus traumas do passado e seus conflitos internos, que fulminam em situações dramáticas e marcantes.
"As Vantagens de Ser Invisível" é uma adaptação fiel do livro homônimo, escrito e dirigido pelo próprio autor. O roteiro é inteligente, divertido e emocionante, explorando temas como amizade, sexualidade, família, bullying e suicídio. A trilha sonora é muito foda, sendo um dos pontos altos do filme, com canções que marcaram a década de 1980 e que refletem o estado de espírito dos personagens. O elenco é ótimo e as atuações são convincentes e carismáticas, com o tripé Logan Lerman como Charlie, Emma Watson como Sam e Ezra Miller como Patrick, dando rostos, vozes e almas, pro livro de Stephen Chbosky.
As Vantagens de Ser Invisível é um filme que fala sobre dores as adolescência, a beleza de ser jovem, os amores perdidos, as amizades eternas, sobre a importância de se encontrar e de se aceitar, para viver uma vida plena e feliz. Toca o coração e a alma de quem o assiste, e que mostra que todos nós somos infinitos. Grande filme!
P.S. Eu Te Amo
3.7 2,7K Assista AgoraP.S. Dormi.
"P.S. Eu Te Amo", conta a história de Holly (Hilary Swank), uma jovem viúva que recebe cartas de seu falecido marido Gerry (Gerard Butler), que planejou uma série de tarefas e surpresas para ajudá-la a superar sua dor e recomeçar sua vida. As cartas levam Holly, a lugares e pessoas que marcaram seu relacionamento, mostrados em fash back, que ajudam ela a voltar a viver, e encontrar na vida, um novo amor, pra voltar enfim a dar novamente.
O elenco conta com: Hilary Swank, Gerard Butler, Lisa Kudrow, Gina Gershon, Harry Connick Jr., Jeffrey Dean Morgan, Kathy Bates.
Na primeira vez que assiti até que eu gostei, mas precisa ter 126 minutos, pra contar uma história que não tem reviravoltas e nem acontecimentos. O filme fica num blá-blá-bá, chato e sem esperança. A única coisa no horizonte da Mina, era ela encontrar um outro homem.
Faltou um "Que descanse em Paz" no personagem Gerard Butler, feita de forma bem vodoo. Porque é ruim demais ver o defunto voltando nas cartas toda hora no filme, pra falar pra ela fazer as coisas. Mirabolante, irreal, cansativo, longo, chato pra diabo e clichê até a ultima gota de glicose.
P.S. Eu tenho em DVD.
P.S. Fui ver no cinema na época.
P.S. Achei a porra do ingresso guardado.
A Mina e a Cachaça deve ter sido braba!
Comer Rezar Amar
3.3 2,3K Assista AgoraTem Alguns Spoilers...
Ser humano é foda. Ele corre o mundo inteiro, pra encontrar algo que está dentro dele.
O filme conta a história de Liz (Julia Roberts), uma escritora que decide viajar pelo mundo em busca de si mesma, depois de se divorciar e se decepcionar novamente numa outra relação. Ela passa por três países: Itália, onde aprende a apreciar os prazeres da comida, da cultura e da vida; Índia, onde se dedica à meditação e à espiritualidade, e aprende a se entender e aceitar as situações que aparecem; e Indonésia, onde finalmente ela encontra um equilíbrio interno e externo, se apaixona de novo e cura.
"Comer Rezar Amar" de Ryan Murphy, são metáforas que representam os estágios que a personagem de Julia Roberts, precisou viver pra se encontrar de novo na vida. O sábio véio do caraio, tinha falado pra ela, que ela perderia todo seu dinheiro. Isso na realidade quis dizer que ela perderia parte do seu ego, que era apegado a vida cheia de problemas que ela tinha.
Aquele desenho que ele deu, mostrava que ela se conectaria a vida de novo, pondo literalmente os dois pés no mundo. Isso ocorreu na Itália, onde ela descobriu a alegria de um povo que apreciava a vida de uma forma que ela nunca imaginaria. Passeios, cafés, almoços, jantares, eram vividos com alegria, paixão e intensidade. Mas tudo dentro dela, os sentimentos bons e ruins, pulsavam forte, quase que num AVC.
Na Índia ela aprendeu a se entender, se aceitar, curar suas feridas e não lambe-las, sabendo que somos humanos e sofremos, amamos, acertamos e erramos, sem precisar vivar santo, mas se conectar com algo Maior dentro dela, com Deus e consigo mesma. Coisa que no filme é mostrado de forma quase que sem importância, não por desrespeito a nada, mas fazendo a gente entender que essa santidade e mestria, está em pessoas fazendo qualquer coisa, em qualquer lugar, ás vezes de Havaiana no pé, ou terno e gravata, coberto de ouro, sei lá. Você é que determina o que são as coisas e o valor que ela tem. A diferença de uma estrela de Diamante pra uma estrela de Merda é nenhuma, tudo é átomos, tudo são elétrons, neutros e prótons. O valor monetário, emocional, filosófico e cientifico, quem dá somos nós e não o Universo.
No regresso a Indonésia, Liz voltou mais forte, mais consciente, entendendo que coisas boas e ruins acontecem. Que aqui é o Planeta Terra e não Nárnia. Que no lugar que ela menos esperava estava a felicidade de sua vida. Tudo que ela aprendeu na Itália e na Índia, ela botava em pratica sem perceber. E o amo chegou quase matando, ao som de "Samba da Benção" da Bebel, com um brasileiro (Javier Bardem), cheio de dores, paixão e amor pra dar.
O filme é leve e divertido, os personagens são muito interessantes, Billy Crudup (Steven) e James Franco (David), mostravam o partes da personalidade de Lis, que ela precisava deixar pra trás pra se encontrar. A metáfora da ruinas do "Augusteum" em Roma, foi a chave de tudo pra ela na história. Eu nem via as horas passarem, gostei muito da direção de Ryan Murphy, da atuação da Julia Roberts, dos lugares, das pessoas, dos diálogos e da forma que tudo foi mostrado. Bom filme!
Amor a Toda Prova
3.8 2,1K Assista AgoraTem Alguns Spoilers...
E no programa da Marcia de Hoje, você vai ver:
Cal Weaver (Steve Carell) é um homem casado que descobre que sua esposa Emily (Julianne Moore) o traiu e quer o divórcio, pra ficar com David Lindhagen (Kevin Toucinho Defumado). Cansado de ouvir seguidas noites o moribundo corno contar sua história no bar, Jacob Palmer (Ryan Gosling), ensina Cal a se reinventar como solteiro e começar uma vida de macho de novo. Mas o sedutor, Jacob se apaixona por Hannah (Emma Stone), uma advogada que o rejeita o sedutorzinho e ainda tira onda. E Robbie (Jonah Bobo), filho de Cal, se declara para sua babá Jessica (Analeigh Tipton), que por sua vez é apaixonada por Cal.
É uma doidera, mas é bom demais! "Amor a Toda Prova" é uma das melhores comédias dos anos 2010. Divertido, Inteligente e cheio de humor, o filme da dupla Glenn Ficarra e John Requa, me fez dar boa risadas, com trapalhadas e constrangimentos, que esse povo apronta em nome do amor. Steve Carell e Ryan Gosling, o professor e aluno, criador e criatura, zoam filme todo, em cenas ótimas de um sedutor ajudando um homem acabado a voltar a ser homem depois do chifre.
Mas Hannah (Emma Stone), pega o bode pelo chifre e Jacob se derrete pela Mina, que é imune as seduções do galã, reduzindo as ações dele em xaveco barato pra boi dormir.
E na trama ainda tem Robbie e Jessica, personagens de Jonah Bobo e Analeigh Tipton, ele com 13 ela com 17, matando a gente de vergonha. O novinho quer pegar a Mina, e ela só faltando fazer o chá de calcinha pro pai dele, resolve tirar uns nudes. Uma doidera!
Então começa o Programa da Marcia: Cal, Emily, Jacob, Robbie, Jessica, Hannah e David Lindhagen + o pai da Jessica, descobrem quem é quem num dos tipo churras mais loco que eu já vi! Cê é loco! E por milagre, ficou de fora só a Kate (Marisa Tomei), a professora de Robbie, que o pai pegou. (Moli (Joey King) irmazinha de Robbie é um espermatozoide ainda e ela não fez nada e não conta).
"Amor a Toda Prova" é diversão pura e envelheceu muito bem. O filme tem um elenco de peso e não decepciona nas cenas de humor. As atuações são excelentes e as situações que eles vivem são muito bem realizadas. Gostei muito de rever! Me distraí bastante! Esse churras foi foda! Cê é loco rsrsrsrs...
Sexo Sem Compromisso
3.3 2,2K Assista AgoraSexo, namoro, amizade. Sexo com amizade, amizade e sexo, sexo sem namoro, e por aí vai... É a formula. Sempre fez sucesso e eu acho que sempre vai fazer. Mas no fim dos anos 2000 pra frente, a enxurrada de filmes foi forte.
"Sexo Sem Compromisso", conta a história de Emma (Natalie Portman) e Adam (Ashton Kutcher), dois amigos que decidem ter uma relação casual baseada apenas no sexo, sem envolver sentimentos ou compromissos. No entanto, mais uma vez o óbvio acontece, eles acabam se apaixonando e precisam lidar com a situação toda, com escolhas e suas consequências.
O filme é divertido e leve, tem personagens escrachados, momentos hilários com varias cenas dos protagonistas se pegando e se despegando também. A química entre Portman e Kutcher é bacana, tem o Kevin Kline sendo o pai comilão da Adam, Greta Gerwig pegando um macho, e com Lake Bell e Ludacris ainda fazendo bagunça.
Eu me distrai, dei umas risadas, mas o filme, os personagens e essa fórmula véia me encheram. "Sexo Sem Compromisso" do Ivan Reitman, mesmo com esse luxo de elenco, já mostra o cansaço do genero nos cinemas na época e hoje. É uma repetição quase que sem fim da trama, com mudanças apenas no elenco, onde você já sabe como tudo termina.
Terminei com você.
Amor e Outras Drogas
3.6 2,5K Assista AgoraHospital Filmow.
Amor e Outras Drogas.
Roteiro cheio de humor, com cenas picantes, romance clichê, com um drama inesperado, mas muito bem conduzido, pelo Dr. Edward Zwick, que ministra á principio, uma estória engraçada e envolvente, mas adquiri complicações muito severas no final.
Posologia:
Jake Gyllenhaal: Engraçado, enganador, piranha e pego de jeito.
Tomou varias vezes dozes direitinho no filme, mas chegou lá.
Anne Hathaway: Linda, magistral, gostosa e com os seios livres mas, com uma condição misteriosa, angustiante e complicada.
Injete na veia, doses apaixonadas sempre que lembrar.
Não se automedique como fez o mendigo e nem se iluda, confundindo essa história, com as mentiras dessas indústrias malditas que vendem doenças e vez de cura-las.
Assista sem moderação.
Marque o retorno quando quiser.
𝓓𝓻. 𝓿𝓪𝓰𝓷𝓮𝓻𝓯𝓸𝔁𝔁 🦊
________________
CRM/SP 80's 90's
Amizade Colorida
3.5 3,0K Assista AgoraAmor & Sexo, Sexo e Outras Drogas, Sexo e alguma coisa. Os anos 2010 encheram os cinemas com comédias de "Sexo Sem Compromissos" e a formula meio que cansou o genero, com relações com sexo, mas sem importância e que no final, se rendem a um amor açucarado que é um porre.
"Amizade Colorida" foi um desses, o filme de Will Gluck, conta uma história com essa características, mudando um pouco a trama, os personagens e atores. O filme conta a história de dois profissionais que se tornam amigos e decidem ter um relacionamento na base da troca de fluidos, sem envolvimento emocional. Mas que no entanto, eles acabam se apaixonando e precisam lidar com seus sentimentos.
Os diálogos são horríveis, Justin Timberlake deveria só dançar no 'N Sync, o bicho é ruim demais em cena, numa atuação artificial, sem expressão e sem graça. Chegando a dar pena da Mila Kunis, que contracena com ele, no triste par desromântico. Mila devora o Timberlake em cena de todo jeito! Ela sim é atriz, foda em todos os sentidos e linda como uma loba! Os gemidos dela... Ô lá em casa...
"Amizade Colorida" é pra você assistir sem compromisso, distrair e esquecer. Eu só me lembro da Mila Kunis gemendo. Ô lá em casa...