É mais perigoso topar com um formigueiro ou mexer com uma mãe?
Gloria é uma mãe, na sua forma mais resumida, incansável e irrefreável. Sua jornada de proteção à família continua nessa segunda temporada, com uma atuação forte e impactante de Najwa Nimri. Eu gosto de como a maternidade é levada para outros lugares nessa nova temporada. Inclusive, as outras mães ganham maior relevância na trama, com reviravoltas interessantes no encaminhamento para o desfecho,
vide a morte de Lorenzo, que, representada nua e cruamente, chega a chocar
.
Alguns episódios dessa temporada pecam pelo dramalhão excessivo e pelo ressurgimento de personagens que já tinham tido seu arco finalizado. Pareceu uma tentativa desesperada de fazê-los acontecer novamente, mas não era necessário.
Eu sinto que os relacionamentos amorosos nessa temporada são muito mais superficiais, o que é um ponto negativo, em especial para Abel e Aitana. Além disso, me parece que a estrutura familiar que Gloria por tanto tempo precisou equilibrar já teria se desmontado há tempos. Se os filhos quisessem realmente fugir disso tudo, eles teriam dado um jeito.
Agora, "quais são os limites da maternidade?" e "o que é ser uma boa mãe?" são perguntas que, com certeza, continuam reverberando na mente dos espectadores. São muitas atitudes duvidosas que Gloria exerce e fica difícil entender até que ponto é válido, por isso, eu ainda gosto bastante da série e da premissa original, cuja essência, de uma forma mais limitada, segue presente na segunda e última temporada.
Às vezes, eu tinha dúvida sobre a força de vontade da Gloria para fazer tudo o que ela fez, mas, seja pela atuação, seja pelo inconteste amor de mãe, dá para acreditar na coragem dela no fim do dia. O trabalho de formiguinha feito por ela é construído pouco a pouco e ai de quem tentar roubar o seu estoque!
O final semiaberto é uma delícia e soa realista. Não é a melhor série dos últimos tempos, mas dá para saborear com toda a certeza.
Uma produção independente, veiculada no YouTube, de forma gratuita, com poucos recursos e ainda consegue ser tudo isso que é? Caramba, baita orgulho de ser brasileiro e viver no mesmo tempo desse tipo de arte e artistas!
Ingrid Gaigher performa de modo fantástico a protagonista Mari. Ela consegue incutir tantas camadas nessa personagem: uma jovem completamente insegura em relação a si e aos outros, que sente falta de um fio condutor nos campos profissional e pessoal; a rebeldia da juventude; a doença precoce e a saúde mental; a loucura; o pragmatismo; a dúvida da fé. Tudo é muito bem construído.
Por sua vez, Laila Garin é uma terapeuta cética na dose exata. Sou grande fã da Laila há tempos e fica muito difícil não exaltar qualquer trabalho que ela faça, mas não é bajulação. A sua face, em especial, seus olhos, preenchem toda a tela e nos convidam a entender o que está acontecendo com Mari juntamente com ela - ou ficar mais na dúvida ainda.
Confesso que a atuação do Christian Dunker é sofridíssima, dá para ver que ele se esforça para ser razoável, mas fica apenas no esforço. Até que dá para salvar alguns aforismos com que o personagem dele nos presenteia. Um arco que eu desgostei foi do Pai Celiso, achei caricato por demais.
De resto, muito me impressionou a forma como os cenários limitados em quantidade ficam ilimitados na tela. É só um quarto que a gente conhece, mas já é possível entender tudo só por um frame, inclusive o que não pode ser visto, o redor. Ah, é claro, os espíritos falecidos que baixam em Mari também são muito interessantes. Um destaque para a senhora bailarina, extremamente bem interpretada pela Ingrid.
A proposta da série é muito boa, original e criativa e, com os recursos que estavam ao alcance e considerando o cenário pandêmico, a direção e o elenco fazem mágica. Para mim, um dos vários testes avaliativos sobre o caráter bom ou não de uma série é se ela prende. Terminei em dois dias. Não preciso dizer que passou com louvor no teste, não é?
A segunda temporada de Bom Dia, Verônica tem mais cara de segunda temporada do que deveria ter. Após a morte para os registros de Verônica, ela precisa usar a identidade da Janete para se vingar do sistema corrupto que ela tem enfrentado desde o primeiro episódio da série.
Eu digo que é segunda temporada por demais pois o ritmo é bem diferente da primeira temporada e até uma nova atmosfera é reconstruída, parece que não foi costurada com cautela uma continuidade entre as duas. Eu sinto que, na última, o ritmo é mais lento e as coisas parecem acontecer mais facilmente.
Eu não gosto tanto da proposta narrativa dessa segunda quanto a primeira, mas me atrai a forma como religião, fé, política e dominação são postas à prova. Reynaldo Gianecchini está enormemente bem como Matias Carneiro. Ele tem um ar genuíno de charlatão e abusador e sabe como promover no espectador ódio e angústia. Eu sinto um pouco de falta da porcentagem de ingenuidade na Verônica da primeira temporada, ela aparenta estar muito mais resignada e muito certa do que pretende fazer - pode ser apenas uma das consequências de ter sido vítima direta da corrupção descarada.
Apesar de ter sentido nitidamente as diferenças, eu tive bastante interesse em todo o arco do Matias e a revelação sobre a existência de um terceiro irmão da tríade infernal-fraternal, bem como da motivação de existência do orfanato. Infelizmente, a trama da Ângela por si só não me atrai, talvez por causa da minha incompatibilidade com a atuação da Klara (que, por sinal, eu peguei por osmose depois que um amigo querido disse que ela era uma atriz extremamente insossa).
Dessa vez, a brutalidade não está tão explícita e tão gráfica, mas eu acho que é aí que mora o cerne da questão: o abuso da fé, o abuso de poder, os instintos mais animalescos do ser humano já estão tão internalizados que parece razoável estarem ali. Quando o vilão se convence da própria mentira que ele inventa, o perigo assume seu nível mais alarmante. Matias é tão convencido da persona que ele criou que ele se acha intocável. Esse é o baluarte da corrupção: a crença de que a impunidade vai prevalecer, não importa quem, não importa quando nem onde. Sob essa ótica, a série é muito perspicaz por tratar desses assuntos sem pudor.
Não tão excelente quanto a primeira, mas continua notável! Ansioso pela terceira (e última, infeliz ou felizmente) temporada!
Sex Education é uma das séries com alguns dos personagens mais cativantes que eu já vi. Eric, Otis, Maeve, Aimee, Adam, Ruby, enfim, a lista é grande. Eu acho que introduzir tantos personagens (até protagonistas) nessa última temporada é um risco bem grande e confesso que não funcionou muito comigo.
Ao mesmo tempo que eu gosto da forma como eles sensacionalizam a geração Z (ironizando o cancelamento, trazendo a militância como pauta principal...), eu sinto que existem grandes momentos de apelação, com alguns discursos baratos que não contribuem significativamente para a narrativa que vem sendo contada desde a primeira temporada.
Por outro lado, acompanhar o arco de amadurecimento mais acelerado das personagens nessa última temporada é muito gostoso. Agora, eles precisam lidar com questões mais sérias, que não se restringem às paredes da escola, como sexualidade, religião, tomada de decisões da vida adulta, entre outras.
A Maeve sempre foi obrigada a conseguir lidar com os seus problemas, da sua família e até dos outros muito precocemente.
A parte do enterro da mãe é muito comovente e mostra como ela é forte e, concomitantemente, dependente emocionalmente, insegura. Ela é uma pérola de personagem.
Outra coisa certeira pra mim foi a depressão pós-parto da mãe de Otis. O modo como ela vai definhando episódio após episódio diz muito sobre a pressão da maternidade e como a falta de um apoio forte pode ser extremamente dolorosa.
O acréscimo da nova terapeuta não necessariamente acrescenta algo na história, não considero que nos leve a um novo lugar de reflexão. Sempre torci muito pelo casal Otis e Maeve e acho que terminamos com um final bom para ambos.
Vou sentir saudades das personagens, dos seus conflitos, dos seus plots, mas, com certeza, eu não ia desejar intensamente uma quinta temporada que levasse consigo os novos personagens dessa última.
Eu me sinto atraído por produções que colocam cacos contemporâneos em suas histórias. A inicial e simples ideia de desenvolver toda a trama em torno de um podcast investigativo com um trio para lá de inusitado é genial e funciona sem precisar espremer.
Falando sobre o trio protagonista, é inegável a química que há entre eles. Os Martins estão em sua melhor forma e Selena Gomez é o contraponto cético quase intocável. Confesso que, por falta de bagagem, não conhecia o trabalho do Martin Short, mas, imediatamente, me apaixonei por seu personagem Oliver e pela destreza com que ele conduz as piadas, que produzem em mim risos genuínos. Eu tinha um pé atrás com o Steve Martin, porém, ele conseguiu fincar seu poder humorístico e cênico em Only Murders. Como eu disse, o trabalho de Selena é quase intocável, mas é um 'quase' intenso; eu talvez não tenha gostado tanto assim da atuação dela - no contexto da série, surte efeito.
Um mistério é sempre um ótimo ponto de partida, só que, mais do que apenas um crime perverso, um sumiço brusco ou uma ação desprezível, o cenário que envolve todo o mistério é a chave mestra do fio condutor da história. Em Only Murders in the Building, o 'building' do título é o pulo do gato: o Arconia se torna uma personagem da história, aliás, ele é à parte um pedaço de História que resiste à e na Nova Iorque moderna. Daí, claramente, já se pode imaginar o que se procede: um prédio é feito de gente e, aqui, as personagens coadjuvantes são interessantíssimas e colaboram bastante para o enredo. O Arconia e seus moradores são um ótimo experimento social de como as pessoas reagem a determinados acontecimentos, tanto em sua esfera coletiva quanto individual.
Para o próximo comentário, preciso dar um baita de um spoiler, esteja atento.
Eu não desconfiava MESMO da Jan como a arquiteta e engenheira das mortes, foi um bom plot twist, apesar de não absolutamente fantástico. O pobre do Charles nem em sua velhice pôde desfrutar de um amor...
. O mistério é bem conduzido e a forma como ele se entrelaça com o podcast é super bem feita, ainda mais quando esbarra na Cinda, nossa Camila Fremder criminalista.
Falando em plots, os subplots relacionados ao crime inicial também dão um caldo. O passado obscuro de Mabel é um caminho sem volta e instigante; o personagem corrupto de Nathan Lane e seu filho são bem executados; a detetive Dee é uma personagem deliciosa; enfim.
Curti muito a primeira temporada, foi um dos acertos de elenco (personagens super queridos e carismáticos) e história (com sacadas cômicas primorosas) mais bem realizados do pós pandemia!
Bem-vindos ao 'The Original Beef of Chicago'! Aqui, servimos todos os dias nosso carro-chefe: um AVC por pessoa. Bom apetite!
Acho que um bom substantivo para começar a tentativa de descrever o que é The Bear é insanidade (1). Até o final do comentário, contabilizaremos quantas vezes "insano" - ou seus derivados - aparece. Devorei a série em poucos dias, mas tive uma inicial dificuldade em me conectar com a história. Para mim, parecia tão surreal, tão insano (2), tão inóspito, tão insalubre esse ambiente de trabalho que não consegui dar credibilidade a ele. No entanto, quando percebi que ele é assim por natureza e não tem a mínima intenção de mudar, o que me restou foi aceitar e o acompanhar com destreza e atenção.
Eu gosto como as coisas se desenrolam rapidamente, e mais ainda, como o restaurante parece ser um lugar muito fértil para o nascimento, por vezes, prematuro, dos problemas. Claramente, existe uma pré tensão familiar compartilhada por Carmy, brilhantemente interpretado por Jeremy Allen White, que consegue equilibrar a indiferença e a preocupação de seu personagem com toque de chefe, e Richie. Preciso me desculpar com Ebon Moss-Bachrach, porque ele fez tão bem seu papel que eu tive ódio genuíno de seu personagem - um homem extremamente rude, completamente inapto e chato ao extremo. Só o fato de já existir uma questão do irmão morto que os envolve traz a acidez para o ambiente de trabalho que domina a trama.
Eu preciso também exaltar a personagem e a atuação de Ayo Edebiri. Sydney é o frescor e a sensatez de que a cozinha precisa. Infelizmente, por sua pouca idade e experiência e por ter ideias talvez impraticáveis, ela não é levada a sério. No entanto, quando ela se coloca e mostra para o que veio, eu vejo poder. Tina também é uma mulher forte, que já viu muitas pessoas - em sua maioria, homens - ocupando o mesmo espaço que ela em diferentes épocas. Para ela, é difícil renunciar ao que ela já conhece, porque, na minha concepção, ela sempre teve de aprender a se adaptar involuntariamente. Em suma, todos os coadjuvantes têm grande relevância para a história e eu comecei a me apegar a eles episódio após episódio.
É legal também perceber como a vida dentro e fora do restaurante força todos os seus envolvidos a abrir mão de algo, em diferentes proporções, seja abrir mão de ideias, da família, de sonhos, de posicionamentos, enfim. Todo mundo precisa perder alguma coisa para sair com saldo de gols positivo como um coletivo. A série sabe explorar muito bem o conceito da cozinha como um corpo. E mesmo o chef, o cérebro da coisa, ainda tem muito o que aprender.
Como eu disse anteriormente, não dei 5 estrelas porque demorei a me conectar. Aliás, a verborragia de palavrões me assustou, admito. Mas, depois de imerso, foi impossível não torcer pelo sucesso do restaurante, a gente se sente parte da família The Beef. São tantos perrengues que eles passam que desejar êxito ao estabelecimento se torna inevitável, uma questão até de bom senso. Claro que, em muitos momentos, as personagens não se ajudam nem um pouco, porém, isso não faz com que desistamos delas.
Existem sequências de brigas insanas (3) dentro da cozinha que dá para sentir a pressão como uma nuvem carregada pairando no ar. O Urso é uma série que destrincha a animosidade das personagens e constrói uma ambientação pique bomba-relógio, com grosseria, dedicação, jogo de poder envolvendo submissão e, finalmente, redenção. Ansioso pela próxima temporada, espero que seja tão ------ (quarta vez já é demais, mas, aparentemente, só consigo me comunicar através dela) quanto a primeira!
Que pancada, que soco no estômago, mas felicíssimo por esse soco ser brasileiro. Sim, tem suas bolas foras, tem algumas coisas que foram resolvidas bem depressa, mas é eletrizante. A única coisa que me pega um pouco é que todos os acontecimentos escalonam rápido demais. Não estou dizendo que é impossível que tudo o que aconteceu na série de fato aconteça na vida real, também não quero entrar no mérito da ficção ou formato para série (que, em certos momentos, parece novelão), só considero que parece bem improvável e, por isso, em alguns momentos, fica difícil de crer. Tirando esse breve comentário (que não é um fato, mas um apontamento pessoal), há que se tirar o chapéu!
Todas as atuações, sem exceção, brilham. Algumas mais que outras? Com certeza. Não quero começar falando de Cibele porque eu por mim ainda tenho muitas ressalvas. Vamos falar de Eduardo Sterblitch: este homem é show de atuação, que ódio que eu tenho dele, foi uma das gratas surpresas do ano, brilhante, genial. Adriana Esteves me deixa sem palavras e ela sabe muito bem o quão boa ela é, Maeve tem seus altos e baixos (mais altos, claro), Milhem é completamente perturbado e perturbador e eu amo (o overacting dele é super cabível e totalmente crível), e o Amâncio de Thomas é manso demais, exatamente como deveria ser; os adolescentes exercem seus papéis muito bem também. O elenco é delicioso.
Mais do que isso, toda a narrativa é bem construída e não sobram muitas pontas soltas (vamos lá: estou dizendo em relação à concepção, não à execução, onde sim existem falhas); o roteiro é ótimo e dá espaço para que os atores consigam penetrar nas personagens. Incrivelmente, é uma das poucas séries em que todos os arcos narrativos me interessaram muitíssimo. Não teve nenhuma classe de personagem que me desestimulou. Considero isso um ponto muito positivo. Ah, e é claro, os plot twists são para saborear.
É enlouquecedor pensar como partimos dissozinho aqui para aquilozão. Foi uma arma que causou 12 episódios de uma série bem sucedida e exitosa e uma arma no sentido denotativo E conotativo. Cibele (agora sim vou falar dela) é uma personagem muito controversa para mim. Por muitas vezes, foi difícil criar empatia por ela, devido a uma série de sucessivas más escolhas. Entendo que tudo o que ela fez foi pensando no filho (e, no final da série, é quase impossível não se compadecer dela), mas não quer dizer que tudo tenha sido o certo a se fazer. Falando nisso, foi ela quem comprou a arma, o elemento central. Concomitantemente, tal elemento foi só o primeiro assoar do nariz para causar uma rinite alérgica desenfreada.
A família protege (mas armada?); a intolerância mostra as caras (condomínio de prédios é o experimento social mais intrépido que já existiu); a corrupção prevalece (há quem se salve?). Enfim, uma baita série, uma para dar orgulho e mérito à produção audiovisual brasileira. Os Outros não será lembrada como os outros, pois ela é especial.
Que se diga o óbvio: De Volta aos 15 é bem gostosa de assistir, não tem muita coisa que me impede de querer dar uma bisbilhotada no próximo episódio. Existem algumas cenas à moda vergonha alheia? Sim, não faltam; mas algo que me atrai bastante nessa temporada é que ela deu espaço à história dos outros personagens que fazem parte da vida de Anita.
Nessa segunda temporada, outras personagens têm seu lugar ao sol e ganham merecido destaque. Também tem um quê de militância que me deixa muito confuso se é pura lacração ou se de fato houve uma intencionalidade de abrir portas à Camila - o que quero dizer com tudo isso é que não me parece muito orgânico.
O roteiro traz referências atuais engraçadas, a combinação 'Epitáfio' e morte do pai de Anita fez o seu remelexo nas minhas emoções (não um terremoto, calma, mas um abalo sísmico de, sei lá, 4.5 na escala Richter?), Maísa está super bem na segunda temporada, gosto bastante de Joel, e, claramente, eu queria ser amigo da trupe protagonista.
Uma boa opção para passar o tempo e voltar no tempo, tal qual Anita, para a adolescência nonsense, mas viciante e tranquilamente tragável.
Foi uma jornada - e tanto - acompanhar toda a trajetória e evolução de Devi, mas foi extremamente recompensador. Essa série contém algumas das minhas personagens favoritas de todos os tempos. Com certeza, vou sentir muita falta :( Só achei EXTREMAMENTE jogado o brevíssimo romance/flerte entre Devi e Ethan (tive de pesquisar para lembrar o nome, vide sua irrelevância). Gosto de como tudo se encaminhou para o final, o desfecho me agrada como um todo. Também acho mega interessante como a série foi amadurecendo (tanto no roteiro quanto nos tópicos tratados) juntamente com Devi, suas amigas e Ben. Tudo foi crescendo concomitantemente e considero isso um grande êxito. Próximo episódio: eu nunca... senti falta de uma série.
Antes de falar sobre a série em si, eu preciso destacar a atuação de Najwa Nimri, que interpreta a personagem Glória. Pra mim, a série não seria, não existiria, não se sustentaria sem a presença dessa mulher.
Um suspense que agarra. Embora seja extremamente factível ao espectador descobrir os motivos pelo qual as personagens estão fugindo, chega-se ao último episódio sem conseguir identificar o rumo do desfecho - acho isso excepcional em uma série.
Gostei bastante, recomendo!
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Sagrada Família (2ª Temporada)
3.2 9 Assista AgoraÉ mais perigoso topar com um formigueiro ou mexer com uma mãe?
Gloria é uma mãe, na sua forma mais resumida, incansável e irrefreável. Sua jornada de proteção à família continua nessa segunda temporada, com uma atuação forte e impactante de Najwa Nimri. Eu gosto de como a maternidade é levada para outros lugares nessa nova temporada. Inclusive, as outras mães ganham maior relevância na trama, com reviravoltas interessantes no encaminhamento para o desfecho,
vide a morte de Lorenzo, que, representada nua e cruamente, chega a chocar
Alguns episódios dessa temporada pecam pelo dramalhão excessivo e pelo ressurgimento de personagens que já tinham tido seu arco finalizado. Pareceu uma tentativa desesperada de fazê-los acontecer novamente, mas não era necessário.
Eu sinto que os relacionamentos amorosos nessa temporada são muito mais superficiais, o que é um ponto negativo, em especial para Abel e Aitana. Além disso, me parece que a estrutura familiar que Gloria por tanto tempo precisou equilibrar já teria se desmontado há tempos. Se os filhos quisessem realmente fugir disso tudo, eles teriam dado um jeito.
Agora, "quais são os limites da maternidade?" e "o que é ser uma boa mãe?" são perguntas que, com certeza, continuam reverberando na mente dos espectadores. São muitas atitudes duvidosas que Gloria exerce e fica difícil entender até que ponto é válido, por isso, eu ainda gosto bastante da série e da premissa original, cuja essência, de uma forma mais limitada, segue presente na segunda e última temporada.
Às vezes, eu tinha dúvida sobre a força de vontade da Gloria para fazer tudo o que ela fez, mas, seja pela atuação, seja pelo inconteste amor de mãe, dá para acreditar na coragem dela no fim do dia. O trabalho de formiguinha feito por ela é construído pouco a pouco e ai de quem tentar roubar o seu estoque!
O final semiaberto é uma delícia e soa realista. Não é a melhor série dos últimos tempos, mas dá para saborear com toda a certeza.
A Mensageira
4.2 4Uma produção independente, veiculada no YouTube, de forma gratuita, com poucos recursos e ainda consegue ser tudo isso que é? Caramba, baita orgulho de ser brasileiro e viver no mesmo tempo desse tipo de arte e artistas!
Ingrid Gaigher performa de modo fantástico a protagonista Mari. Ela consegue incutir tantas camadas nessa personagem: uma jovem completamente insegura em relação a si e aos outros, que sente falta de um fio condutor nos campos profissional e pessoal; a rebeldia da juventude; a doença precoce e a saúde mental; a loucura; o pragmatismo; a dúvida da fé. Tudo é muito bem construído.
Por sua vez, Laila Garin é uma terapeuta cética na dose exata. Sou grande fã da Laila há tempos e fica muito difícil não exaltar qualquer trabalho que ela faça, mas não é bajulação. A sua face, em especial, seus olhos, preenchem toda a tela e nos convidam a entender o que está acontecendo com Mari juntamente com ela - ou ficar mais na dúvida ainda.
Confesso que a atuação do Christian Dunker é sofridíssima, dá para ver que ele se esforça para ser razoável, mas fica apenas no esforço. Até que dá para salvar alguns aforismos com que o personagem dele nos presenteia. Um arco que eu desgostei foi do Pai Celiso, achei caricato por demais.
De resto, muito me impressionou a forma como os cenários limitados em quantidade ficam ilimitados na tela. É só um quarto que a gente conhece, mas já é possível entender tudo só por um frame, inclusive o que não pode ser visto, o redor. Ah, é claro, os espíritos falecidos que baixam em Mari também são muito interessantes. Um destaque para a senhora bailarina, extremamente bem interpretada pela Ingrid.
A proposta da série é muito boa, original e criativa e, com os recursos que estavam ao alcance e considerando o cenário pandêmico, a direção e o elenco fazem mágica. Para mim, um dos vários testes avaliativos sobre o caráter bom ou não de uma série é se ela prende. Terminei em dois dias. Não preciso dizer que passou com louvor no teste, não é?
Bom Dia, Verônica (2ª Temporada)
3.8 257 Assista AgoraA segunda temporada de Bom Dia, Verônica tem mais cara de segunda temporada do que deveria ter. Após a morte para os registros de Verônica, ela precisa usar a identidade da Janete para se vingar do sistema corrupto que ela tem enfrentado desde o primeiro episódio da série.
Eu digo que é segunda temporada por demais pois o ritmo é bem diferente da primeira temporada e até uma nova atmosfera é reconstruída, parece que não foi costurada com cautela uma continuidade entre as duas. Eu sinto que, na última, o ritmo é mais lento e as coisas parecem acontecer mais facilmente.
Eu não gosto tanto da proposta narrativa dessa segunda quanto a primeira, mas me atrai a forma como religião, fé, política e dominação são postas à prova. Reynaldo Gianecchini está enormemente bem como Matias Carneiro. Ele tem um ar genuíno de charlatão e abusador e sabe como promover no espectador ódio e angústia. Eu sinto um pouco de falta da porcentagem de ingenuidade na Verônica da primeira temporada, ela aparenta estar muito mais resignada e muito certa do que pretende fazer - pode ser apenas uma das consequências de ter sido vítima direta da corrupção descarada.
Apesar de ter sentido nitidamente as diferenças, eu tive bastante interesse em todo o arco do Matias e a revelação sobre a existência de um terceiro irmão da tríade infernal-fraternal, bem como da motivação de existência do orfanato. Infelizmente, a trama da Ângela por si só não me atrai, talvez por causa da minha incompatibilidade com a atuação da Klara (que, por sinal, eu peguei por osmose depois que um amigo querido disse que ela era uma atriz extremamente insossa).
Dessa vez, a brutalidade não está tão explícita e tão gráfica, mas eu acho que é aí que mora o cerne da questão: o abuso da fé, o abuso de poder, os instintos mais animalescos do ser humano já estão tão internalizados que parece razoável estarem ali. Quando o vilão se convence da própria mentira que ele inventa, o perigo assume seu nível mais alarmante. Matias é tão convencido da persona que ele criou que ele se acha intocável. Esse é o baluarte da corrupção: a crença de que a impunidade vai prevalecer, não importa quem, não importa quando nem onde. Sob essa ótica, a série é muito perspicaz por tratar desses assuntos sem pudor.
Não tão excelente quanto a primeira, mas continua notável! Ansioso pela terceira (e última, infeliz ou felizmente) temporada!
Sex Education (4ª Temporada)
3.5 237 Assista AgoraSex Education é uma das séries com alguns dos personagens mais cativantes que eu já vi. Eric, Otis, Maeve, Aimee, Adam, Ruby, enfim, a lista é grande. Eu acho que introduzir tantos personagens (até protagonistas) nessa última temporada é um risco bem grande e confesso que não funcionou muito comigo.
Ao mesmo tempo que eu gosto da forma como eles sensacionalizam a geração Z (ironizando o cancelamento, trazendo a militância como pauta principal...), eu sinto que existem grandes momentos de apelação, com alguns discursos baratos que não contribuem significativamente para a narrativa que vem sendo contada desde a primeira temporada.
Por outro lado, acompanhar o arco de amadurecimento mais acelerado das personagens nessa última temporada é muito gostoso. Agora, eles precisam lidar com questões mais sérias, que não se restringem às paredes da escola, como sexualidade, religião, tomada de decisões da vida adulta, entre outras.
A Maeve sempre foi obrigada a conseguir lidar com os seus problemas, da sua família e até dos outros muito precocemente.
A parte do enterro da mãe é muito comovente e mostra como ela é forte e, concomitantemente, dependente emocionalmente, insegura. Ela é uma pérola de personagem.
O acréscimo da nova terapeuta não necessariamente acrescenta algo na história, não considero que nos leve a um novo lugar de reflexão. Sempre torci muito pelo casal Otis e Maeve e acho que terminamos com um final bom para ambos.
Vou sentir saudades das personagens, dos seus conflitos, dos seus plots, mas, com certeza, eu não ia desejar intensamente uma quinta temporada que levasse consigo os novos personagens dessa última.
Foi muito bom enquanto durou!
Only Murders in the Building (1ª Temporada)
4.1 215Eu me sinto atraído por produções que colocam cacos contemporâneos em suas histórias. A inicial e simples ideia de desenvolver toda a trama em torno de um podcast investigativo com um trio para lá de inusitado é genial e funciona sem precisar espremer.
Falando sobre o trio protagonista, é inegável a química que há entre eles. Os Martins estão em sua melhor forma e Selena Gomez é o contraponto cético quase intocável. Confesso que, por falta de bagagem, não conhecia o trabalho do Martin Short, mas, imediatamente, me apaixonei por seu personagem Oliver e pela destreza com que ele conduz as piadas, que produzem em mim risos genuínos. Eu tinha um pé atrás com o Steve Martin, porém, ele conseguiu fincar seu poder humorístico e cênico em Only Murders. Como eu disse, o trabalho de Selena é quase intocável, mas é um 'quase' intenso; eu talvez não tenha gostado tanto assim da atuação dela - no contexto da série, surte efeito.
Um mistério é sempre um ótimo ponto de partida, só que, mais do que apenas um crime perverso, um sumiço brusco ou uma ação desprezível, o cenário que envolve todo o mistério é a chave mestra do fio condutor da história. Em Only Murders in the Building, o 'building' do título é o pulo do gato: o Arconia se torna uma personagem da história, aliás, ele é à parte um pedaço de História que resiste à e na Nova Iorque moderna. Daí, claramente, já se pode imaginar o que se procede: um prédio é feito de gente e, aqui, as personagens coadjuvantes são interessantíssimas e colaboram bastante para o enredo. O Arconia e seus moradores são um ótimo experimento social de como as pessoas reagem a determinados acontecimentos, tanto em sua esfera coletiva quanto individual.
Para o próximo comentário, preciso dar um baita de um spoiler, esteja atento.
Eu não desconfiava MESMO da Jan como a arquiteta e engenheira das mortes, foi um bom plot twist, apesar de não absolutamente fantástico. O pobre do Charles nem em sua velhice pôde desfrutar de um amor...
Falando em plots, os subplots relacionados ao crime inicial também dão um caldo. O passado obscuro de Mabel é um caminho sem volta e instigante; o personagem corrupto de Nathan Lane e seu filho são bem executados; a detetive Dee é uma personagem deliciosa; enfim.
Curti muito a primeira temporada, foi um dos acertos de elenco (personagens super queridos e carismáticos) e história (com sacadas cômicas primorosas) mais bem realizados do pós pandemia!
O Urso (1ª Temporada)
4.3 410 Assista AgoraBem-vindos ao 'The Original Beef of Chicago'! Aqui, servimos todos os dias nosso carro-chefe: um AVC por pessoa. Bom apetite!
Acho que um bom substantivo para começar a tentativa de descrever o que é The Bear é insanidade (1). Até o final do comentário, contabilizaremos quantas vezes "insano" - ou seus derivados - aparece. Devorei a série em poucos dias, mas tive uma inicial dificuldade em me conectar com a história. Para mim, parecia tão surreal, tão insano (2), tão inóspito, tão insalubre esse ambiente de trabalho que não consegui dar credibilidade a ele. No entanto, quando percebi que ele é assim por natureza e não tem a mínima intenção de mudar, o que me restou foi aceitar e o acompanhar com destreza e atenção.
Eu gosto como as coisas se desenrolam rapidamente, e mais ainda, como o restaurante parece ser um lugar muito fértil para o nascimento, por vezes, prematuro, dos problemas. Claramente, existe uma pré tensão familiar compartilhada por Carmy, brilhantemente interpretado por Jeremy Allen White, que consegue equilibrar a indiferença e a preocupação de seu personagem com toque de chefe, e Richie. Preciso me desculpar com Ebon Moss-Bachrach, porque ele fez tão bem seu papel que eu tive ódio genuíno de seu personagem - um homem extremamente rude, completamente inapto e chato ao extremo. Só o fato de já existir uma questão do irmão morto que os envolve traz a acidez para o ambiente de trabalho que domina a trama.
Eu preciso também exaltar a personagem e a atuação de Ayo Edebiri. Sydney é o frescor e a sensatez de que a cozinha precisa. Infelizmente, por sua pouca idade e experiência e por ter ideias talvez impraticáveis, ela não é levada a sério. No entanto, quando ela se coloca e mostra para o que veio, eu vejo poder. Tina também é uma mulher forte, que já viu muitas pessoas - em sua maioria, homens - ocupando o mesmo espaço que ela em diferentes épocas. Para ela, é difícil renunciar ao que ela já conhece, porque, na minha concepção, ela sempre teve de aprender a se adaptar involuntariamente. Em suma, todos os coadjuvantes têm grande relevância para a história e eu comecei a me apegar a eles episódio após episódio.
É legal também perceber como a vida dentro e fora do restaurante força todos os seus envolvidos a abrir mão de algo, em diferentes proporções, seja abrir mão de ideias, da família, de sonhos, de posicionamentos, enfim. Todo mundo precisa perder alguma coisa para sair com saldo de gols positivo como um coletivo. A série sabe explorar muito bem o conceito da cozinha como um corpo. E mesmo o chef, o cérebro da coisa, ainda tem muito o que aprender.
Como eu disse anteriormente, não dei 5 estrelas porque demorei a me conectar. Aliás, a verborragia de palavrões me assustou, admito. Mas, depois de imerso, foi impossível não torcer pelo sucesso do restaurante, a gente se sente parte da família The Beef. São tantos perrengues que eles passam que desejar êxito ao estabelecimento se torna inevitável, uma questão até de bom senso. Claro que, em muitos momentos, as personagens não se ajudam nem um pouco, porém, isso não faz com que desistamos delas.
Existem sequências de brigas insanas (3) dentro da cozinha que dá para sentir a pressão como uma nuvem carregada pairando no ar. O Urso é uma série que destrincha a animosidade das personagens e constrói uma ambientação pique bomba-relógio, com grosseria, dedicação, jogo de poder envolvendo submissão e, finalmente, redenção. Ansioso pela próxima temporada, espero que seja tão ------ (quarta vez já é demais, mas, aparentemente, só consigo me comunicar através dela) quanto a primeira!
Os Outros (1ª Temporada)
4.0 254É DO BRASIL!!!!!!!!!!
Que pancada, que soco no estômago, mas felicíssimo por esse soco ser brasileiro. Sim, tem suas bolas foras, tem algumas coisas que foram resolvidas bem depressa, mas é eletrizante. A única coisa que me pega um pouco é que todos os acontecimentos escalonam rápido demais. Não estou dizendo que é impossível que tudo o que aconteceu na série de fato aconteça na vida real, também não quero entrar no mérito da ficção ou formato para série (que, em certos momentos, parece novelão), só considero que parece bem improvável e, por isso, em alguns momentos, fica difícil de crer. Tirando esse breve comentário (que não é um fato, mas um apontamento pessoal), há que se tirar o chapéu!
Todas as atuações, sem exceção, brilham. Algumas mais que outras? Com certeza. Não quero começar falando de Cibele porque eu por mim ainda tenho muitas ressalvas. Vamos falar de Eduardo Sterblitch: este homem é show de atuação, que ódio que eu tenho dele, foi uma das gratas surpresas do ano, brilhante, genial. Adriana Esteves me deixa sem palavras e ela sabe muito bem o quão boa ela é, Maeve tem seus altos e baixos (mais altos, claro), Milhem é completamente perturbado e perturbador e eu amo (o overacting dele é super cabível e totalmente crível), e o Amâncio de Thomas é manso demais, exatamente como deveria ser; os adolescentes exercem seus papéis muito bem também. O elenco é delicioso.
Mais do que isso, toda a narrativa é bem construída e não sobram muitas pontas soltas (vamos lá: estou dizendo em relação à concepção, não à execução, onde sim existem falhas); o roteiro é ótimo e dá espaço para que os atores consigam penetrar nas personagens. Incrivelmente, é uma das poucas séries em que todos os arcos narrativos me interessaram muitíssimo. Não teve nenhuma classe de personagem que me desestimulou. Considero isso um ponto muito positivo. Ah, e é claro, os plot twists são para saborear.
É enlouquecedor pensar como partimos dissozinho aqui para aquilozão. Foi uma arma que causou 12 episódios de uma série bem sucedida e exitosa e uma arma no sentido denotativo E conotativo. Cibele (agora sim vou falar dela) é uma personagem muito controversa para mim. Por muitas vezes, foi difícil criar empatia por ela, devido a uma série de sucessivas más escolhas. Entendo que tudo o que ela fez foi pensando no filho (e, no final da série, é quase impossível não se compadecer dela), mas não quer dizer que tudo tenha sido o certo a se fazer. Falando nisso, foi ela quem comprou a arma, o elemento central. Concomitantemente, tal elemento foi só o primeiro assoar do nariz para causar uma rinite alérgica desenfreada.
A família protege (mas armada?); a intolerância mostra as caras (condomínio de prédios é o experimento social mais intrépido que já existiu); a corrupção prevalece (há quem se salve?). Enfim, uma baita série, uma para dar orgulho e mérito à produção audiovisual brasileira. Os Outros não será lembrada como os outros, pois ela é especial.
De Volta aos 15 (2ª Temporada)
3.8 41 Assista AgoraQue se diga o óbvio: De Volta aos 15 é bem gostosa de assistir, não tem muita coisa que me impede de querer dar uma bisbilhotada no próximo episódio. Existem algumas cenas à moda vergonha alheia? Sim, não faltam; mas algo que me atrai bastante nessa temporada é que ela deu espaço à história dos outros personagens que fazem parte da vida de Anita.
Nessa segunda temporada, outras personagens têm seu lugar ao sol e ganham merecido destaque. Também tem um quê de militância que me deixa muito confuso se é pura lacração ou se de fato houve uma intencionalidade de abrir portas à Camila - o que quero dizer com tudo isso é que não me parece muito orgânico.
O roteiro traz referências atuais engraçadas, a combinação 'Epitáfio' e morte do pai de Anita fez o seu remelexo nas minhas emoções (não um terremoto, calma, mas um abalo sísmico de, sei lá, 4.5 na escala Richter?), Maísa está super bem na segunda temporada, gosto bastante de Joel, e, claramente, eu queria ser amigo da trupe protagonista.
Uma boa opção para passar o tempo e voltar no tempo, tal qual Anita, para a adolescência nonsense, mas viciante e tranquilamente tragável.
Eu Nunca... (4ª Temporada)
4.3 100Foi uma jornada - e tanto - acompanhar toda a trajetória e evolução de Devi, mas foi extremamente recompensador.
Essa série contém algumas das minhas personagens favoritas de todos os tempos. Com certeza, vou sentir muita falta :(
Só achei EXTREMAMENTE jogado o brevíssimo romance/flerte entre Devi e Ethan (tive de pesquisar para lembrar o nome, vide sua irrelevância).
Gosto de como tudo se encaminhou para o final, o desfecho me agrada como um todo. Também acho mega interessante como a série foi amadurecendo (tanto no roteiro quanto nos tópicos tratados) juntamente com Devi, suas amigas e Ben. Tudo foi crescendo concomitantemente e considero isso um grande êxito.
Próximo episódio: eu nunca... senti falta de uma série.
Sagrada Família (1ª Temporada)
3.3 27 Assista AgoraAntes de falar sobre a série em si, eu preciso destacar a atuação de Najwa Nimri, que interpreta a personagem Glória. Pra mim, a série não seria, não existiria, não se sustentaria sem a presença dessa mulher.
Um suspense que agarra. Embora seja extremamente factível ao espectador descobrir os motivos pelo qual as personagens estão fugindo, chega-se ao último episódio sem conseguir identificar o rumo do desfecho - acho isso excepcional em uma série.
Gostei bastante, recomendo!