Assisti na época da minha adolescência, nem dei muita bola. Mas ontem eu revi e é simplesmente fantástico. O gênero cyberpunk no cinema nasceu praticamente aqui: Ridley Scott no seu auge (porra, não dá pra entender que é o mesmo cara que faz esses últimos filmes ruins dele), fotografia atmosférica, roteiro denso, questionador que ao meu ver não envelhece, pelo contrário só fica ainda mais atual com o passar do tempo. A trilha sonora sem querer criou um subgênero atual da música eletrônica, o synthwave, a qual sou um fã declarado, casa diretamente com a atmosfera.
Entendo quem ache sonolento, não é um filme de fácil digestão. Mas para mim é uma das grande obras-primas do cinema.
Se for pra resumir esse filme é uma concha de retalhos. Uma grande pena, eu como fã da DC Comics queria muito que o DCEU desse certo, eu comprei a ideia que o Zack Snyder tinha concebido pro universo, mas isso se perdeu. É um filme ok.
Pelo que tanto falam bem desse Mad Max achei que ele superaria o 2 como o meu favorito, mas não foi o caso, por um motivo central: achei o roteiro bem furado, os motivos já falaram bastante aqui. Além do mais o Tom Hardy fez uma atuação muito sem sal, nem chega aos pés do Mel Gibson como Max, que, em tempo: se o nome do filme fosse Mad Furiosa faria mais sentido, tanto pela história quanto pela Carlize Theron. Max é o protagonista só no nome e no cartaz do filme, algo que já meio que sabia mas não esperava que era com essa intensidade.
Porém eu admito que a fotografia e as cenas de ação são insanamente boas. Só que pra mim acaba não compensando muito esses defeitos.
Não me levem a mal: não é um filme ruim, de maneira alguma. Só não achei TUUUUUDO isso e nem o melhor Mad Max. Se esquecendo do roteiro capenga vale pelas cenas de perseguição que são um show a parte.
A Piada Mortal é meu HQ favorito de todos os tempos e quem leu sabe que, pra fazer um longa metragem, mudanças precisavam ser feitas. O problema é que desvirtuaram o foco do roteiro magistral que o Alan Moore originalmente fez, que era a relação do Batman com o Coringa e como eles são dois lados da mesma moeda chamada loucura: todo o primeiro ato é sobre a Batgirl e sua relação (incluindo aí amorosa, sendo que pra mim sempre foi algo mais fraternal do que carnal) com o Batman, essa parte não existe na HQ e não deveria existir aqui: é sonsa e o vilão mafioso é genérico. Mesmo quem não tem o background do quadrinho poderá perceber que essa parte tá aqui só pra encher a linguiça e mais nada, algo bem melhor poderia ser construído. São longos 30 minutos até realmente começar a adaptação da HQ. Eu também não fui muito fã do traço escolhido. As cenas icônicas mereciam mais destaque.
Mas sempre foi um sonho pessoal ver Kevin Conroy e Mark Hamill numa eventual adaptação da piada mortal e aqui se justifica o porque: são fenomenais, principalmente no famigerado final. Ainda nos pontos positivos temos uma adição de cenas de ação no circo de horrores que, ao meu ver, foram bem-vindas.
No final fica um negócio confuso pros fãs: esperava-se mais pois a DC tem uma fama fenomenal em filmes animados e pra aumentar ainda mais o peso estamos falando da Piada Mortal. Ao msmo tempo ainda sim é gratificante ver essa adaptação tão sonhada com o Conroy e Hamill finalmente sendo realizado, mesmo que a execução não tenha sido das melhores.
De início o filme tem um público alvo nicho do nicho: é pra quem ama música eletrônica, mais especificamente o gênero French House (ou French Touch, como preferir). Porém não é só isso. O considero um musical com a estética típica dos filmes franceses, aqui é a trilha sonora (e que trilha!) é quem conduz o roteiro e não o contrário.
Mostra essa cena cultural no seu auge. O personagem central, Paul (sim, não são os Daft Punk como parte da mídia especializada alardeou, eles aparecem em mais de um momento mas são coadjuvantes) é o típico jovem que numa Paris extremamente fértil e inspirado na revolução pioneira de Thomas e Guy-Man quer transformar a sua paixão no seu ganha pão: mostra a sua ascensão no underground e queda desse objetivo, seu hedonismo sem limites e as consequências desses atos. Quem já teve esse mesmo sonho vai se identificar muito.
Recomendadíssimo pra quem tem essa mesma paixão do Paul. Pros demais acho que será uma experiência meio monótona e, talvez, meio sem sal.
OBS: a semelhança dos atores com os Daft Punk jovens é de assustar. E pra quem manja da cena toda vai adorar as referências sutis a outros artistas importantes em determinadas cenas.
O nome é péssimo, o foco não é a Deep Web e sim o livre mercado institucionalizado no Silk Road. Pra quem é libertário e/ou entusiasta de tecnologia é quase que obrigatório ver a história retratada de Dread Pirate Roberts que existiu, existe e ainda existirá quer queira o Estado ou não - Ross teve o culhão em desafiar o establishment e pagou muito caro por isso.
Independente da sua ideologia ainda acho interessante vê-lo pra mostrar como a Justiça e seus agentes muitas vezes funcionam. É provável que no fim você ficará indignado e assustado em como o Governo tem poder sobre nós e acho essa mesma indignação importante pra levantar o debate para o maior número de público possível.
Tô um ano atrasado então vai ter alerta de TEXTÃO. Simplesmente não entendi o hate todo. Tem seus defeitos, principalmente no roteiro, mas está longe de ser o pior filme do ano passado e até o de super heróis (Homem de Ferro 3 ainda briga com A Era de Ultron pra esse posto).
O filme esteticamente é MUITO bonito, principalmente nos sonhos do Bruce, nas montagem do Superman e nas lutas, aquilo é muito o estilo Zack Snyder de direção, ele fez a mesma coisa em Watchmen e a crítica amou, mas aqui é "exagerado", vai entender. Sim, é exagerado, mas é essa a intenção: é um filme aonde está a Tríndade (Superman, Batman e Mulher-Maravilha) da DC Comics com uma proposta bem diferente da Marvel, num tom mais maduro, sombrio e, porque não, megalomaníaco. Até os críticos mais ferrenhos tem que admitir que o Ben Affleck foi uma grata surpresa: ele mandou muito bem como Bruce Wayne e Batman, deu pra ver que ele fez um belo estudo do personagem em sua versão da HQ O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight Returns) - clássico incontestável do Frank Miller. O lado detetive do personagem é sacrificado em nome de mostrar o lado mais visceral, sombrio, violento e inescrupuloso, é outra pegada. Eu gostei bastante, principalmente pelas referencia direta da HQ a que me referi. Falando nas referencias...É aí que mora a qualidade do filme, pra quem é fã como eu, e ao mesmo tempo é o seu maior defeito ao lado do roteiro. Nos filmes da Marvel Studios (desculpem mas é inevitável comparar, são rivais históricos, mesmo gênero e tudo mais) se você pega um easter egg é legal, se não bola pra frente que o filme segue seu rumo do mesmo jeito, algo que por sinal a Disney está atualmente transpondo também em Star Wars, por exemplo. Aqui não, em BvS as referências originais SÃO o filme: se a pessoa não tiver o background da HQ O Cavaleiro das Trevas não vai entender aquele Bruce Wayne de meia idade neurótico e o Batman mais revoltado; não vai entender de porque aquela cena do Superman numa corte existir, uma clara homenagem ao Superman de Alex Ross; não vai entender as cenas de luta super coreografadas do Batman e nem aquela perseguição do Batmóvel, que são claras referências a série de jogos Batman Arkham. Eu sinceramente adorei essas cenas, porém se eu não tivesse pescado essas alusões eu acharia tudo isso aí viajado demais mesmo dentro do contexto e entenderia bulhufas do porque daquilo, o que com certeza muita gente deve ter achado. Zack Snyder sempre se declarou um fanboy dos quadrinhos e aqui pra mim ficou mais que evidente isso, só que isso acabou se tornando uma faca de dois gumes. Uma pena. Outra que a crítica teve que engolir foi a Gal Gadot como Diana e Mulher-Maravilha, foi subutilizada mas agora terá um filme só dela pra mostrar ainda mais pro que veio. Do elenco o Lex Luthor de Jesse Eisenberg é o mais polêmico, eu fico no time que gostou da proposta, mas admitindo que tem umas cenas bisonhas que o envolve, culpa mais do roteiro do que da sua atuação, julgo eu. Henry Cavill é ok, faz seu papel.
O principal defeito do filme todos já sabem. O roteiro é atropelado e sem liga. Acho que a culpa maior estaria na produção executiva que quis correr atrás da Marvel Studios a qualquer custo, colocando o carro na frente dos bois e com isso o roteiro foi sacrificado. Não achei a ideia do plot twist de todo mal, mas foi EXTREMAMENTE mal executado, um momento de vergonha alheia total. A Warner tem que ter calma se quiser que a sua DCEU tenha o mesmo sucesso da MCU. E, principalmente, não pode voltar atrás agora, tem que manter a pegada diferente de sua concorrente, se não vai saturar ainda mais um gênero já saturado e ainda perderá seu público mais fiel.
Se você é fã da DC e principalmente do Batman assista sem medo, vai por mim que esse filme é um baita fanservice do começo ao fim e não vejo problema algum nisso, pelo contrário é bem difícil agradar os fãs mais hardcore que sempre são os mais chatos. Mas caso não seja o caso assista por sua conta e risco, quem sabe até goste, não deixem a ~mídia~ cagar regra pro que você deve ou não gostar.
A maior viagem lisérgica , em todos os sentidos possíveis, foi ter visto esse filme. Isso é ruim? Não, ao contrário! Um roteiro ímpar que é ao mesmo tempo engraçado, dramático e filosófico: prepara-se pra introspecção e uma eventual crise existencialista depois de assisti-lo, entretanto achei que demorou um pouco pra "engrenar", só fiquei bem atento a ponto de querer entender tudo o que se passava na metade final.
Dentre as atuações a Cameron Diaz com certeza é o destaque, eu sinceramente sequer percebi que se tratava dela e só me liguei quando vi o nome nos créditos, com certeza é aqui que ela demonstra que tem talento pra valer.
Dito isso eu não o achei perfeito (ou quase isso, que seja) como muitos falam: o que eu disse do roteiro é uma grande faca de dois gumes, pois é tão insano e maluco que ficar perdido e se questionar quanto a sobriedade das pessoas envolvidas na produção do filme será normal, além do fato de que toda uma mistura de gêneros (uma hora é comédia, outra é romance dramática e num certo momento até ação) e subplots confunde ainda mais um roteiro com temáticas que por si só tem um poder de confusão grande. Eu achei essa maluquice toda legal e no fim refletindo é uma doideira que tem sim sentido, mas muitas outras pessoas podem já desistir do filme no meio e eu não culparia elas pra falar a verdade.
Mesmo levando isso em conta é sim um filme que pelo menos vale a pena dar uma chance, sua consciência vai ficar ao contrário, e falando nela: "Como é triste ser alguém. Você não sabe a sorte que tem de ser um macaco, pois consciência é uma maldição terrível. Eu penso, eu sinto, eu sofro”.
Tanto hype pra ver um filme extremamente forçado. O romance do Bruce Banner com a Natasha: muito forçado e fora do contexto. A cena do Thor tomando consciência das gemas do infinito: forçado (em tempo: quem diz que é a melhor atuação do Chris Hemsworth não viu Rush). A morte do Mercúrio então? O cara é o Flash da Marvel e morre BALEADO? Então tá né...O Ultron é um vilão interessante mas não foi bem desenvolvido, pareceu que ele era só um misantropo maluco querendo causar e pronto. E os gêmeos pareciam que estavam "deslocados", principalmente pra quem manja a origem deles nos quadrinhos - eles estão ligados aos X-Men.
Pelo menos gostei do Gavião, deram bastante destaque nele dessa vez, entretanto achei que em certos momentos esse destaque foi até exagerado.
Preferi o primeiro, que é um filme blockbuster e tem consciência disso, bem "seção pipoca" e ponto final, não tem "draminhas", só as cenas de ação que achei que ficou melhor nesse filme, o que é pouco pro hype todo. Os bazingueiros vão adorar mesmo, como qualquer coisa que venha da Marvel. Não é a pior coisa que a Marvel já fez no cinema (alô Homem de Ferro 3), mas também não é a melhor.
“Veja, Joey, essa é a beleza da argumentação. Se argumentar corretamente, nunca estará errado.”
Esse filme mostra toda a hipocrisia da sociedade moderna de um jeito bem sútil e engraçado e é uma gigantesca aula de Dialética. Quem é moralista vai surtar,
Revendo esse Episódio recentemente na TV eu reafirmo que não entendo as críticas negativas. Muitos dizem que a transformação do Anakin Skywalker em Darth Vader é forçada, eu sinceramente não vejo isso: coloquem-se no lugar do personagem e seria quase impossível não ser seduzido pelo Lado Negro como ele foi - todo homem que já esteve perdidamente apaixonado sabe do que estou falando e irá entender a dor e confusão mental com o qual Anakin sofre aqui. Na parte do roteiro também criticam a transformação da República em Império, mas na história da humanidade já vimos vários casos em que o povo enxergava a necessidade de um líder forte e é isso que ocorre aqui.
Além disso as cenas de ação são disparados as melhores dessa trilogia: Anakin x Obi-Wan e Imperador Palpatine/Darth Sidious x Mestre Yoda estão entre as lutas mais empolgantes de toda a saga Star Wars ao meu ver.
Foi o primeiro Star Wars que vi no cinema acompanhado da minha mãe, a pessoa que me fez ser fã de Guerra nas Estrelas (como ela e a geração dela chamam).
Levando tudo isso em conta não tem como eu não ser um ferrenho defensor desse Episódio quando o apedrejam.
A minha expectativa pra esse filme era gigantesca desde quando foi anunciado a anos atrás, afinal Christopher Nolan é o meu diretor favorito - não que tecnicamente ele seja o melhor, é só uma preferência pessoal considerando a sua filmografia que possuí obras que eu admiro demasiadamente, como Batman - O Cavaleiro das Trevas, O Grande Truque, A Origem e Amnésia. Para completar o roteiro é oriundo do seu irmão Jonathan Nolan, outra pessoa que mostrou todo o seu talento exemplificado nos filmes que citei ao lado do seu irmão. A ansiedade subiu ainda mais quando Matthew McConaughey foi confirmado no elenco, isso porque assisti do que ele é capaz na série True Detective e no filme Clube de Compra Dallas. Interestelar é o único filme que realmente eu fazia questão absoluta de ver no cinema em 2014.
Levando tudo isso em consideração Interestelar entregou tudo o que eu esperava. A direção e o roteiro tem o padrão do selo de qualidade dos irmãos Nolan, aliás falando no roteiro: ele possuí partes que faz o com que qualquer marmanjo se emocione, esteja preparado e avisado para fortes emoções, e quando digo emoções eu quero dizer dos mais variados tipos delas.
Quem assiste fica perplexo com o que viu por quase 3 horas no cinema: perplexo com as atuações. Perplexo em ver como o espaço nesse filme é extremamente imersivo. Perplexo em ouvir Hans Zimmer se superando de novo na trilha sonora que é absolutamente fantástica, casa perfeitamente com a proposta espacial do filme, digna de fervorosos aplausos e elogios (pelo amor de Deus Academia, ele merece o Oscar dessa vez, compensem por ele não ter sido sequer indicado pelas trilhas de O Cavaleiro das Trevas, Rush e não ter vencido com a trilha de A Origem). Perplexo com os efeitos especiais. Perplexo com o nó na cabeça que o filme vai lhe causar, principalmente na parte final (marca registrada dos Nolan, por sinal).
Me perdoem o trocadilho mas Christopher e Jonathan Nolan são de outra galáxia.
É por essas e outras que Christopher Nolan é, definitivamente, meu diretor favorito. O roteiro vai dar um nó na sua cabeça principalmente no final, aliás coisa que é de costume nas obras dele, pode esperar por isso.
Eu entendo perfeitamente que é um filme da Marvel, eu sei bem qual é a proposta, mas tudo aqui ficou extremamente forçado, os personagens estão totalmente descaracterizados. A primeira forçada de barra está no próprio Tony Stark, que aqui é bem mais um James Bond "wannabe" do que o próprio Homem de Ferro que já vimos nos quadrinhos ou até no universo Marvel do cinema, péssima ideia para dizer o mínimo. A segunda forçada de barra está no Mandarim, o qual é o epicentro de um dos piores plot twists que já vi, não precisa ser nenhum expert pra constatar que esse personagem foi ridiculamente (e bota ridículo nisso) adaptado aqui. A terceira forçada de barra está na Pepper, sem spoiler mas estou falando mais precisamente da última cena de ação do filme.
Roteiro não se sustenta. Nem as cenas de ação, que é o chamariz dentro desse gênero, são inspiradoras.
Lembro como o primeiro Homem de Ferro foi uma grata surpresa pra mim na época, foi acima das minhas expectativas, é um bom filme de super-herói e de ação. O segundo foi "ok", até que foi decaindo até chegar nesse terceiro. Talvez valha pra quem quer realmente ficar por dentro do universo da Marvel construindo no cinema e olhe lá.
Que filme! Com certeza é o meu favorito do Ron Howard, e olha que ele possuí no currículo coisas como Frost/Nixon e Uma Mente Brilhante. Chris Hemsworth como James Hunt e Daniel Brühl no papel do Niki Lauda estão excelentes, encorporaram esses pilotos que protagonizaram uma das maiores rivalidades da história. Lauda e Hunt eram os extremos opostos na personalidade e no estilo de vida, coisa que o filme retrata muito bem.
A caracterização dos anos 70 é interessante de se ver. A fotografia é belíssima, principalmente nas cenas de corrida que são realmente de tirar o fôlego, impossível desviar o olhar, principalmente na cena do acidente que quase tirou a vida do Lauda e sua dramática batalha para continuar vivendo no hospital.
Se você é um entusiasta do esporte é imperdível e mesmo que não seja o seu caso eu o recomendo do mesmo jeito, afinal por mais que seja essa a temática não precisa ser necessariamente um fã de automobilismo para admirar um filme de excelente qualidade.
E é inevitável pensar: se fizeram um filme tão bom caracterizando a rivalidade Hunt x Lauda, imagina um retratando Prost x Senna...
O destaque é a atuação do Frank Langella, parecia que o Richard Nixon estava reencarnado de alguma forma, mais que merecido sua indicação para melhor ator ao Oscar pelo papel, uma pena que não venceu pois mereceu. O começo pode ser um pouco lento, mas na hora da entrevista é difícil piscar os olhos, principalmente na última parte dela quando o tema central é o Caso Watergate.
Esse filme não é para todo mundo. Não tem diálogo algum, possui cenas arrastadas sem música e as poucas cenas "musicais" não possui o som característico do duo (mas são músicas que combinam MUITO com as cenas, vide a última cena do filme), em suma é um filme extremamente conceitual. Mas eu gostei, e precisei rever para ter esse parecer.
O roteiro gira em torno dos dois robôs (os próprios Thomas Bangalter e Guy-Man) a procura de se tornarem humanos. É, nada original, mas a a originalidade está na execução. Possui momentos comoventes e não precisou de nenhuma fala para isso (em especial a cena do banheiro e do final).
Eu entendo a galera que critica as cenas em que eles só caminham e caminham, é realmente monótomo, porém tem outros filmes que possui cenas do mesmo estilo e não criticam tanto. Enfim, é ame ou odeie.
Nem sei como demorei tanto pra ver esse filme. Tem vários pontos que merecem destaque, começando pela trilha sonora maravilhosa: o tema "Nightcall" produzidos pelos talentosíssimos franceses Kavinsky e Guy-Manuel De Homem-Christo (famoso por integrar o Daft Punk) e vocal da brasileira Lovefoxxx (da banda CSS) já dá uma belíssima amostra sonora do filme. É uma das minhas trilhas favoritas, já que sou bastante fã do gênero.
Ryan Gosling me surpreendeu no papel do personagem principal - a exagerada neutralidade e frieza dele com relação a quase tudo é interessante de se ver. Bryan Cranston mesmo em papéis coadjuvantes rouba a cena, com direito a um sutil easter egg de Breaking Bad numa das cenas que ele está presente, falando nisso parece que o Nicolas Winding Refn é um grande fã de seriados, já que até a Christina Hendricks (Mad Men) faz uma ponta no filme. Carey Mulligan complementa esse belo elenco.
A fotografia dá aquele clima de anos 80 essencial pro roteiro. A violência exagerada, mas ao mesmo tempo sutil é uma cereja no bolo e não dá aquela sensação de violência gratuita.
Ah, e pra quem gosta de videogames e gostou bastante do filme, uma dica: Hotline Miami. Todo o jogo é uma ode a esse filme.
Esse é um dos meus filmes favoritos. Tem quase 3 horas de duração, mas nem dá pra perceber o tempo passando. Al Pacino como sempre transbordando talento, veio a ganhar Oscar só em Perfume de Mulher mas ele já merecia bem antes. Tony Montana é um dos personagens mais emblemáticos do cinema.
Só gente talentosa envolvida: direção competente do Biran DePalma e a trilha sonora composta pelo Giorgio Moroder complementa mais ainda essa obra.
O filme ficou muito famoso com a cena "Say Hello to my little friend", mas não se enganem: o filme não é só isso. Para mim é um verdadeiro clássico.
A DC e a Warner não brincam com seus filmes de animação, definitivamente. Roteiro envolvente, as cenas de batalha se destacam com uma violência acima da média pro gênero, o que evidencia que essa animação é bem mais madura.
Um ponto negativo é a dublagem. Não temos Mark Hamill como Coringa, o substituto não fez a altura. Mesmo assim no geral me surpreendeu positivamente.
Muito boa adaptação da obra do Frank Miller, assim como foi The Dark Knight Returns. Ver Bryan Cranston dublando Gordon me deu uma grande vontade de vê-lo nesse papel num filme futuro, quem sabe agora que a carreira dele tá no seu ápice depois de Breaking Bad isso ocorra.
Revi ontem para constatar que Christopher Nolan é definitivamente meu diretor favorito dessa "nova" leva. Sempre achei o tema interessantíssimo e com isso em mente o filme foi um prato cheio, principalmente porque eu possuo uma memória para sonhos acima da média, fato que favorece a você obter experiências retratadas no filme como um sonho dentro de um sonho e sonhos lúcidos (sim, acreditem é possível e é algo fantástico, mas é uma faca de dois gumes, como o filme também retrata). E mesmo se o espectador nunca se interessou por tais temas depois desse filme a chance de mudar de opinião é grande. Bela atuação do elenco todo, DiCaprio solidificando sua carreira de vez e com justiça. Roteiro muito bem construído por Nolan, o sonho dele (rá!) sempre foi tirar esse filme do papel e só conseguiu isso depois que obteve o mais que merecido sucesso na carreira com Batman - O Cavaleiro das Trevas. E quem ganhou com isso fomos nós.
E a trilha sonora do Hans Zimmer então? Caiu como uma luva, volta e meia ouço "Time" de tão bonita que a música é. A tabelinha Nolan+Zimmer é sucesso absoluto, como já se tinha visto na trilogia O Cavaleiro das Trevas.
Isso sem falar do final! Que até hoje dá motivo de discussão.
Thriller de tirar o fôlego. É um dos meus filmes favoritos. Quem não viu eu mais que recomendo, quem já viu reveja pois poderá perceber coisas que não notou na primeira vez.
Dá nisso a Warner ter exclusividade nas adaptações da DC para os cinemas: em tese tem mais tempo para trabalhar em cada filme mas o tempo de espera para ser lançado é muito, enquanto a Marvel distribuiu para várias marcas como Sony (Homem-Aranha), Fox (X-Men) e Disney pro resto, com isso há uma grade de lançamentos da marca bem mais estável no quesito tempo. Os Vingadores 2 não está previsto para 2016 também? Se sim, meu palpite é que esse filme ainda vai virar a Liga da Justiça para concorrer de igual pra igual. Uma coisa que sustenta essa ideia é que a Mulher-Maravilha já foi praticamente confirmado nesse filme, e com esse adiamento então sei não...
Já estamos em 2014 e ainda não vi um filme melhor do que esse no quesito de adaptação de roteiro dos quadrinhos. Todo mundo lembra da atuação do Heath Ledger como Coringa quando se fala desse filme e com justíssima causa (ninguém vai me tirar da cabeça a ideia que incorporou tanto o personagem que de fato ficou louco e deu no que deu), mas acabam esquecendo o resto, a direção e roteiro impecável de Christopher Nolan por exemplo. E o Christian Bale é o melhor Bruce Wayne/Batman dos cinemas facilmente (desculpe Keaton, você foi importante, mas Christian Bale é Christian Bale). Aaron Eckhart faz também um belo trabalho como Harvey Dent/Duas-Caras, mas achei um pouco forçado a inclusão do personagem no roteiro, porém nada que prejudique a obra como um todo.
Enfim, é esse a verdadeira adaptação do universo do Batman e tudo que o cerca. Vai ser difícil superar esse, muito difícil.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista AgoraAssisti na época da minha adolescência, nem dei muita bola. Mas ontem eu revi e é simplesmente fantástico. O gênero cyberpunk no cinema nasceu praticamente aqui: Ridley Scott no seu auge (porra, não dá pra entender que é o mesmo cara que faz esses últimos filmes ruins dele), fotografia atmosférica, roteiro denso, questionador que ao meu ver não envelhece, pelo contrário só fica ainda mais atual com o passar do tempo. A trilha sonora sem querer criou um subgênero atual da música eletrônica, o synthwave, a qual sou um fã declarado, casa diretamente com a atmosfera.
Entendo quem ache sonolento, não é um filme de fácil digestão. Mas para mim é uma das grande obras-primas do cinema.
Liga da Justiça
3.3 2,5K Assista AgoraSe for pra resumir esse filme é uma concha de retalhos. Uma grande pena, eu como fã da DC Comics queria muito que o DCEU desse certo, eu comprei a ideia que o Zack Snyder tinha concebido pro universo, mas isso se perdeu. É um filme ok.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraPelo que tanto falam bem desse Mad Max achei que ele superaria o 2 como o meu favorito, mas não foi o caso, por um motivo central: achei o roteiro bem furado, os motivos já falaram bastante aqui. Além do mais o Tom Hardy fez uma atuação muito sem sal, nem chega aos pés do Mel Gibson como Max, que, em tempo: se o nome do filme fosse Mad Furiosa faria mais sentido, tanto pela história quanto pela Carlize Theron. Max é o protagonista só no nome e no cartaz do filme, algo que já meio que sabia mas não esperava que era com essa intensidade.
Porém eu admito que a fotografia e as cenas de ação são insanamente boas. Só que pra mim acaba não compensando muito esses defeitos.
Não me levem a mal: não é um filme ruim, de maneira alguma. Só não achei TUUUUUDO isso e nem o melhor Mad Max. Se esquecendo do roteiro capenga vale pelas cenas de perseguição que são um show a parte.
Batman: A Piada Mortal
3.3 495 Assista AgoraA Piada Mortal é meu HQ favorito de todos os tempos e quem leu sabe que, pra fazer um longa metragem, mudanças precisavam ser feitas. O problema é que desvirtuaram o foco do roteiro magistral que o Alan Moore originalmente fez, que era a relação do Batman com o Coringa e como eles são dois lados da mesma moeda chamada loucura: todo o primeiro ato é sobre a Batgirl e sua relação (incluindo aí amorosa, sendo que pra mim sempre foi algo mais fraternal do que carnal) com o Batman, essa parte não existe na HQ e não deveria existir aqui: é sonsa e o vilão mafioso é genérico. Mesmo quem não tem o background do quadrinho poderá perceber que essa parte tá aqui só pra encher a linguiça e mais nada, algo bem melhor poderia ser construído. São longos 30 minutos até realmente começar a adaptação da HQ. Eu também não fui muito fã do traço escolhido. As cenas icônicas mereciam mais destaque.
Mas sempre foi um sonho pessoal ver Kevin Conroy e Mark Hamill numa eventual adaptação da piada mortal e aqui se justifica o porque: são fenomenais, principalmente no famigerado final. Ainda nos pontos positivos temos uma adição de cenas de ação no circo de horrores que, ao meu ver, foram bem-vindas.
No final fica um negócio confuso pros fãs: esperava-se mais pois a DC tem uma fama fenomenal em filmes animados e pra aumentar ainda mais o peso estamos falando da Piada Mortal. Ao msmo tempo ainda sim é gratificante ver essa adaptação tão sonhada com o Conroy e Hamill finalmente sendo realizado, mesmo que a execução não tenha sido das melhores.
Eden
3.2 42 Assista AgoraDe início o filme tem um público alvo nicho do nicho: é pra quem ama música eletrônica, mais especificamente o gênero French House (ou French Touch, como preferir). Porém não é só isso. O considero um musical com a estética típica dos filmes franceses, aqui é a trilha sonora (e que trilha!) é quem conduz o roteiro e não o contrário.
Mostra essa cena cultural no seu auge. O personagem central, Paul (sim, não são os Daft Punk como parte da mídia especializada alardeou, eles aparecem em mais de um momento mas são coadjuvantes) é o típico jovem que numa Paris extremamente fértil e inspirado na revolução pioneira de Thomas e Guy-Man quer transformar a sua paixão no seu ganha pão: mostra a sua ascensão no underground e queda desse objetivo, seu hedonismo sem limites e as consequências desses atos. Quem já teve esse mesmo sonho vai se identificar muito.
Recomendadíssimo pra quem tem essa mesma paixão do Paul. Pros demais acho que será uma experiência meio monótona e, talvez, meio sem sal.
OBS: a semelhança dos atores com os Daft Punk jovens é de assustar. E pra quem manja da cena toda vai adorar as referências sutis a outros artistas importantes em determinadas cenas.
Deep Web
3.6 103O nome é péssimo, o foco não é a Deep Web e sim o livre mercado institucionalizado no Silk Road. Pra quem é libertário e/ou entusiasta de tecnologia é quase que obrigatório ver a história retratada de Dread Pirate Roberts que existiu, existe e ainda existirá quer queira o Estado ou não - Ross teve o culhão em desafiar o establishment e pagou muito caro por isso.
Independente da sua ideologia ainda acho interessante vê-lo pra mostrar como a Justiça e seus agentes muitas vezes funcionam. É provável que no fim você ficará indignado e assustado em como o Governo tem poder sobre nós e acho essa mesma indignação importante pra levantar o debate para o maior número de público possível.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0K Assista AgoraTô um ano atrasado então vai ter alerta de TEXTÃO. Simplesmente não entendi o hate todo. Tem seus defeitos, principalmente no roteiro, mas está longe de ser o pior filme do ano passado e até o de super heróis (Homem de Ferro 3 ainda briga com A Era de Ultron pra esse posto).
O filme esteticamente é MUITO bonito, principalmente nos sonhos do Bruce, nas montagem do Superman e nas lutas, aquilo é muito o estilo Zack Snyder de direção, ele fez a mesma coisa em Watchmen e a crítica amou, mas aqui é "exagerado", vai entender. Sim, é exagerado, mas é essa a intenção: é um filme aonde está a Tríndade (Superman, Batman e Mulher-Maravilha) da DC Comics com uma proposta bem diferente da Marvel, num tom mais maduro, sombrio e, porque não, megalomaníaco.
Até os críticos mais ferrenhos tem que admitir que o Ben Affleck foi uma grata surpresa: ele mandou muito bem como Bruce Wayne e Batman, deu pra ver que ele fez um belo estudo do personagem em sua versão da HQ O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight Returns) - clássico incontestável do Frank Miller. O lado detetive do personagem é sacrificado em nome de mostrar o lado mais visceral, sombrio, violento e inescrupuloso, é outra pegada. Eu gostei bastante, principalmente pelas referencia direta da HQ a que me referi.
Falando nas referencias...É aí que mora a qualidade do filme, pra quem é fã como eu, e ao mesmo tempo é o seu maior defeito ao lado do roteiro. Nos filmes da Marvel Studios (desculpem mas é inevitável comparar, são rivais históricos, mesmo gênero e tudo mais) se você pega um easter egg é legal, se não bola pra frente que o filme segue seu rumo do mesmo jeito, algo que por sinal a Disney está atualmente transpondo também em Star Wars, por exemplo. Aqui não, em BvS as referências originais SÃO o filme: se a pessoa não tiver o background da HQ O Cavaleiro das Trevas não vai entender aquele Bruce Wayne de meia idade neurótico e o Batman mais revoltado; não vai entender de porque aquela cena do Superman numa corte existir, uma clara homenagem ao Superman de Alex Ross; não vai entender as cenas de luta super coreografadas do Batman e nem aquela perseguição do Batmóvel, que são claras referências a série de jogos Batman Arkham. Eu sinceramente adorei essas cenas, porém se eu não tivesse pescado essas alusões eu acharia tudo isso aí viajado demais mesmo dentro do contexto e entenderia bulhufas do porque daquilo, o que com certeza muita gente deve ter achado. Zack Snyder sempre se declarou um fanboy dos quadrinhos e aqui pra mim ficou mais que evidente isso, só que isso acabou se tornando uma faca de dois gumes. Uma pena.
Outra que a crítica teve que engolir foi a Gal Gadot como Diana e Mulher-Maravilha, foi subutilizada mas agora terá um filme só dela pra mostrar ainda mais pro que veio. Do elenco o Lex Luthor de Jesse Eisenberg é o mais polêmico, eu fico no time que gostou da proposta, mas admitindo que tem umas cenas bisonhas que o envolve, culpa mais do roteiro do que da sua atuação, julgo eu. Henry Cavill é ok, faz seu papel.
O principal defeito do filme todos já sabem. O roteiro é atropelado e sem liga. Acho que a culpa maior estaria na produção executiva que quis correr atrás da Marvel Studios a qualquer custo, colocando o carro na frente dos bois e com isso o roteiro foi sacrificado. Não achei a ideia do plot twist de todo mal, mas foi EXTREMAMENTE mal executado, um momento de vergonha alheia total. A Warner tem que ter calma se quiser que a sua DCEU tenha o mesmo sucesso da MCU. E, principalmente, não pode voltar atrás agora, tem que manter a pegada diferente de sua concorrente, se não vai saturar ainda mais um gênero já saturado e ainda perderá seu público mais fiel.
Se você é fã da DC e principalmente do Batman assista sem medo, vai por mim que esse filme é um baita fanservice do começo ao fim e não vejo problema algum nisso, pelo contrário é bem difícil agradar os fãs mais hardcore que sempre são os mais chatos. Mas caso não seja o caso assista por sua conta e risco, quem sabe até goste, não deixem a ~mídia~ cagar regra pro que você deve ou não gostar.
Quero Ser John Malkovich
4.0 1,4K Assista AgoraA maior viagem lisérgica , em todos os sentidos possíveis, foi ter visto esse filme. Isso é ruim? Não, ao contrário! Um roteiro ímpar que é ao mesmo tempo engraçado, dramático e filosófico: prepara-se pra introspecção e uma eventual crise existencialista depois de assisti-lo, entretanto achei que demorou um pouco pra "engrenar", só fiquei bem atento a ponto de querer entender tudo o que se passava na metade final.
Dentre as atuações a Cameron Diaz com certeza é o destaque, eu sinceramente sequer percebi que se tratava dela e só me liguei quando vi o nome nos créditos, com certeza é aqui que ela demonstra que tem talento pra valer.
Dito isso eu não o achei perfeito (ou quase isso, que seja) como muitos falam: o que eu disse do roteiro é uma grande faca de dois gumes, pois é tão insano e maluco que ficar perdido e se questionar quanto a sobriedade das pessoas envolvidas na produção do filme será normal, além do fato de que toda uma mistura de gêneros (uma hora é comédia, outra é romance dramática e num certo momento até ação) e subplots confunde ainda mais um roteiro com temáticas que por si só tem um poder de confusão grande. Eu achei essa maluquice toda legal e no fim refletindo é uma doideira que tem sim sentido, mas muitas outras pessoas podem já desistir do filme no meio e eu não culparia elas pra falar a verdade.
Mesmo levando isso em conta é sim um filme que pelo menos vale a pena dar uma chance, sua consciência vai ficar ao contrário, e falando nela: "Como é triste ser alguém. Você não sabe a sorte que tem de ser um macaco, pois consciência é uma maldição terrível. Eu penso, eu sinto, eu sofro”.
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraTanto hype pra ver um filme extremamente forçado. O romance do Bruce Banner com a Natasha: muito forçado e fora do contexto. A cena do Thor tomando consciência das gemas do infinito: forçado (em tempo: quem diz que é a melhor atuação do Chris Hemsworth não viu Rush). A morte do Mercúrio então? O cara é o Flash da Marvel e morre BALEADO? Então tá né...O Ultron é um vilão interessante mas não foi bem desenvolvido, pareceu que ele era só um misantropo maluco querendo causar e pronto. E os gêmeos pareciam que estavam "deslocados", principalmente pra quem manja a origem deles nos quadrinhos - eles estão ligados aos X-Men.
Pelo menos gostei do Gavião, deram bastante destaque nele dessa vez, entretanto achei que em certos momentos esse destaque foi até exagerado.
Preferi o primeiro, que é um filme blockbuster e tem consciência disso, bem "seção pipoca" e ponto final, não tem "draminhas", só as cenas de ação que achei que ficou melhor nesse filme, o que é pouco pro hype todo. Os bazingueiros vão adorar mesmo, como qualquer coisa que venha da Marvel. Não é a pior coisa que a Marvel já fez no cinema (alô Homem de Ferro 3), mas também não é a melhor.
Obrigado por Fumar
3.9 797 Assista Agora“Veja, Joey, essa é a beleza da argumentação. Se argumentar corretamente, nunca estará errado.”
Esse filme mostra toda a hipocrisia da sociedade moderna de um jeito bem sútil e engraçado e é uma gigantesca aula de Dialética. Quem é moralista vai surtar,
Star Wars, Episódio III: A Vingança dos Sith
4.1 1,1K Assista AgoraRevendo esse Episódio recentemente na TV eu reafirmo que não entendo as críticas negativas. Muitos dizem que a transformação do Anakin Skywalker em Darth Vader é forçada, eu sinceramente não vejo isso: coloquem-se no lugar do personagem e seria quase impossível não ser seduzido pelo Lado Negro como ele foi - todo homem que já esteve perdidamente apaixonado sabe do que estou falando e irá entender a dor e confusão mental com o qual Anakin sofre aqui. Na parte do roteiro também criticam a transformação da República em Império, mas na história da humanidade já vimos vários casos em que o povo enxergava a necessidade de um líder forte e é isso que ocorre aqui.
Além disso as cenas de ação são disparados as melhores dessa trilogia: Anakin x Obi-Wan e Imperador Palpatine/Darth Sidious x Mestre Yoda estão entre as lutas mais empolgantes de toda a saga Star Wars ao meu ver.
Foi o primeiro Star Wars que vi no cinema acompanhado da minha mãe, a pessoa que me fez ser fã de Guerra nas Estrelas (como ela e a geração dela chamam).
Levando tudo isso em conta não tem como eu não ser um ferrenho defensor desse Episódio quando o apedrejam.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraA minha expectativa pra esse filme era gigantesca desde quando foi anunciado a anos atrás, afinal Christopher Nolan é o meu diretor favorito - não que tecnicamente ele seja o melhor, é só uma preferência pessoal considerando a sua filmografia que possuí obras que eu admiro demasiadamente, como Batman - O Cavaleiro das Trevas, O Grande Truque, A Origem e Amnésia. Para completar o roteiro é oriundo do seu irmão Jonathan Nolan, outra pessoa que mostrou todo o seu talento exemplificado nos filmes que citei ao lado do seu irmão. A ansiedade subiu ainda mais quando Matthew McConaughey foi confirmado no elenco, isso porque assisti do que ele é capaz na série True Detective e no filme Clube de Compra Dallas. Interestelar é o único filme que realmente eu fazia questão absoluta de ver no cinema em 2014.
Levando tudo isso em consideração Interestelar entregou tudo o que eu esperava. A direção e o roteiro tem o padrão do selo de qualidade dos irmãos Nolan, aliás falando no roteiro: ele possuí partes que faz o com que qualquer marmanjo se emocione, esteja preparado e avisado para fortes emoções, e quando digo emoções eu quero dizer dos mais variados tipos delas.
Quem assiste fica perplexo com o que viu por quase 3 horas no cinema: perplexo com as atuações. Perplexo em ver como o espaço nesse filme é extremamente imersivo. Perplexo em ouvir Hans Zimmer se superando de novo na trilha sonora que é absolutamente fantástica, casa perfeitamente com a proposta espacial do filme, digna de fervorosos aplausos e elogios (pelo amor de Deus Academia, ele merece o Oscar dessa vez, compensem por ele não ter sido sequer indicado pelas trilhas de O Cavaleiro das Trevas, Rush e não ter vencido com a trilha de A Origem). Perplexo com os efeitos especiais. Perplexo com o nó na cabeça que o filme vai lhe causar, principalmente na parte final (marca registrada dos Nolan, por sinal).
Me perdoem o trocadilho mas Christopher e Jonathan Nolan são de outra galáxia.
O Grande Truque
4.2 2,0K Assista AgoraÉ por essas e outras que Christopher Nolan é, definitivamente, meu diretor favorito. O roteiro vai dar um nó na sua cabeça principalmente no final, aliás coisa que é de costume nas obras dele, pode esperar por isso.
"...Abracadabra!"
Homem de Ferro 3
3.5 3,4K Assista AgoraEu entendo perfeitamente que é um filme da Marvel, eu sei bem qual é a proposta, mas tudo aqui ficou extremamente forçado, os personagens estão totalmente descaracterizados. A primeira forçada de barra está no próprio Tony Stark, que aqui é bem mais um James Bond "wannabe" do que o próprio Homem de Ferro que já vimos nos quadrinhos ou até no universo Marvel do cinema, péssima ideia para dizer o mínimo. A segunda forçada de barra está no Mandarim, o qual é o epicentro de um dos piores plot twists que já vi, não precisa ser nenhum expert pra constatar que esse personagem foi ridiculamente (e bota ridículo nisso) adaptado aqui. A terceira forçada de barra está na Pepper, sem spoiler mas estou falando mais precisamente da última cena de ação do filme.
Roteiro não se sustenta. Nem as cenas de ação, que é o chamariz dentro desse gênero, são inspiradoras.
Lembro como o primeiro Homem de Ferro foi uma grata surpresa pra mim na época, foi acima das minhas expectativas, é um bom filme de super-herói e de ação. O segundo foi "ok", até que foi decaindo até chegar nesse terceiro. Talvez valha pra quem quer realmente ficar por dentro do universo da Marvel construindo no cinema e olhe lá.
Rush: No Limite da Emoção
4.2 1,3K Assista AgoraQue filme! Com certeza é o meu favorito do Ron Howard, e olha que ele possuí no currículo coisas como Frost/Nixon e Uma Mente Brilhante. Chris Hemsworth como James Hunt e Daniel Brühl no papel do Niki Lauda estão excelentes, encorporaram esses pilotos que protagonizaram uma das maiores rivalidades da história. Lauda e Hunt eram os extremos opostos na personalidade e no estilo de vida, coisa que o filme retrata muito bem.
A caracterização dos anos 70 é interessante de se ver. A fotografia é belíssima, principalmente nas cenas de corrida que são realmente de tirar o fôlego, impossível desviar o olhar, principalmente na cena do acidente que quase tirou a vida do Lauda e sua dramática batalha para continuar vivendo no hospital.
Se você é um entusiasta do esporte é imperdível e mesmo que não seja o seu caso eu o recomendo do mesmo jeito, afinal por mais que seja essa a temática não precisa ser necessariamente um fã de automobilismo para admirar um filme de excelente qualidade.
E é inevitável pensar: se fizeram um filme tão bom caracterizando a rivalidade Hunt x Lauda, imagina um retratando Prost x Senna...
Frost/Nixon
3.9 246 Assista AgoraO destaque é a atuação do Frank Langella, parecia que o Richard Nixon estava reencarnado de alguma forma, mais que merecido sua indicação para melhor ator ao Oscar pelo papel, uma pena que não venceu pois mereceu. O começo pode ser um pouco lento, mas na hora da entrevista é difícil piscar os olhos, principalmente na última parte dela quando o tema central é o Caso Watergate.
Electroma
4.0 50Esse filme não é para todo mundo. Não tem diálogo algum, possui cenas arrastadas sem música e as poucas cenas "musicais" não possui o som característico do duo (mas são músicas que combinam MUITO com as cenas, vide a última cena do filme), em suma é um filme extremamente conceitual. Mas eu gostei, e precisei rever para ter esse parecer.
O roteiro gira em torno dos dois robôs (os próprios Thomas Bangalter e Guy-Man) a procura de se tornarem humanos. É, nada original, mas a a originalidade está na execução. Possui momentos comoventes e não precisou de nenhuma fala para isso (em especial a cena do banheiro e do final).
Eu entendo a galera que critica as cenas em que eles só caminham e caminham, é realmente monótomo, porém tem outros filmes que possui cenas do mesmo estilo e não criticam tanto. Enfim, é ame ou odeie.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraNem sei como demorei tanto pra ver esse filme. Tem vários pontos que merecem destaque, começando pela trilha sonora maravilhosa: o tema "Nightcall" produzidos pelos talentosíssimos franceses Kavinsky e Guy-Manuel De Homem-Christo (famoso por integrar o Daft Punk) e vocal da brasileira Lovefoxxx (da banda CSS) já dá uma belíssima amostra sonora do filme. É uma das minhas trilhas favoritas, já que sou bastante fã do gênero.
Ryan Gosling me surpreendeu no papel do personagem principal - a exagerada neutralidade e frieza dele com relação a quase tudo é interessante de se ver. Bryan Cranston mesmo em papéis coadjuvantes rouba a cena, com direito a um sutil easter egg de Breaking Bad numa das cenas que ele está presente, falando nisso parece que o Nicolas Winding Refn é um grande fã de seriados, já que até a Christina Hendricks (Mad Men) faz uma ponta no filme. Carey Mulligan complementa esse belo elenco.
A fotografia dá aquele clima de anos 80 essencial pro roteiro. A violência exagerada, mas ao mesmo tempo sutil é uma cereja no bolo e não dá aquela sensação de violência gratuita.
Ah, e pra quem gosta de videogames e gostou bastante do filme, uma dica: Hotline Miami. Todo o jogo é uma ode a esse filme.
Scarface
4.4 1,8K Assista AgoraEsse é um dos meus filmes favoritos. Tem quase 3 horas de duração, mas nem dá pra perceber o tempo passando. Al Pacino como sempre transbordando talento, veio a ganhar Oscar só em Perfume de Mulher mas ele já merecia bem antes. Tony Montana é um dos personagens mais emblemáticos do cinema.
Só gente talentosa envolvida: direção competente do Biran DePalma e a trilha sonora composta pelo Giorgio Moroder complementa mais ainda essa obra.
O filme ficou muito famoso com a cena "Say Hello to my little friend", mas não se enganem: o filme não é só isso. Para mim é um verdadeiro clássico.
Batman Contra o Capuz Vermelho
4.0 341 Assista AgoraA DC e a Warner não brincam com seus filmes de animação, definitivamente. Roteiro envolvente, as cenas de batalha se destacam com uma violência acima da média pro gênero, o que evidencia que essa animação é bem mais madura.
Um ponto negativo é a dublagem. Não temos Mark Hamill como Coringa, o substituto não fez a altura. Mesmo assim no geral me surpreendeu positivamente.
Batman: Ano Um
4.0 214 Assista AgoraMuito boa adaptação da obra do Frank Miller, assim como foi The Dark Knight Returns. Ver Bryan Cranston dublando Gordon me deu uma grande vontade de vê-lo nesse papel num filme futuro, quem sabe agora que a carreira dele tá no seu ápice depois de Breaking Bad isso ocorra.
A Origem
4.4 5,9K Assista AgoraRevi ontem para constatar que Christopher Nolan é definitivamente meu diretor favorito dessa "nova" leva. Sempre achei o tema interessantíssimo e com isso em mente o filme foi um prato cheio, principalmente porque eu possuo uma memória para sonhos acima da média, fato que favorece a você obter experiências retratadas no filme como um sonho dentro de um sonho e sonhos lúcidos (sim, acreditem é possível e é algo fantástico, mas é uma faca de dois gumes, como o filme também retrata). E mesmo se o espectador nunca se interessou por tais temas depois desse filme a chance de mudar de opinião é grande. Bela atuação do elenco todo, DiCaprio solidificando sua carreira de vez e com justiça. Roteiro muito bem construído por Nolan, o sonho dele (rá!) sempre foi tirar esse filme do papel e só conseguiu isso depois que obteve o mais que merecido sucesso na carreira com Batman - O Cavaleiro das Trevas. E quem ganhou com isso fomos nós.
E a trilha sonora do Hans Zimmer então? Caiu como uma luva, volta e meia ouço "Time" de tão bonita que a música é. A tabelinha Nolan+Zimmer é sucesso absoluto, como já se tinha visto na trilogia O Cavaleiro das Trevas.
Isso sem falar do final! Que até hoje dá motivo de discussão.
Thriller de tirar o fôlego. É um dos meus filmes favoritos. Quem não viu eu mais que recomendo, quem já viu reveja pois poderá perceber coisas que não notou na primeira vez.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0K Assista AgoraDá nisso a Warner ter exclusividade nas adaptações da DC para os cinemas: em tese tem mais tempo para trabalhar em cada filme mas o tempo de espera para ser lançado é muito, enquanto a Marvel distribuiu para várias marcas como Sony (Homem-Aranha), Fox (X-Men) e Disney pro resto, com isso há uma grade de lançamentos da marca bem mais estável no quesito tempo. Os Vingadores 2 não está previsto para 2016 também? Se sim, meu palpite é que esse filme ainda vai virar a Liga da Justiça para concorrer de igual pra igual. Uma coisa que sustenta essa ideia é que a Mulher-Maravilha já foi praticamente confirmado nesse filme, e com esse adiamento então sei não...
Batman: O Cavaleiro das Trevas
4.5 3,8K Assista AgoraJá estamos em 2014 e ainda não vi um filme melhor do que esse no quesito de adaptação de roteiro dos quadrinhos. Todo mundo lembra da atuação do Heath Ledger como Coringa quando se fala desse filme e com justíssima causa (ninguém vai me tirar da cabeça a ideia que incorporou tanto o personagem que de fato ficou louco e deu no que deu), mas acabam esquecendo o resto, a direção e roteiro impecável de Christopher Nolan por exemplo. E o Christian Bale é o melhor Bruce Wayne/Batman dos cinemas facilmente (desculpe Keaton, você foi importante, mas Christian Bale é Christian Bale). Aaron Eckhart faz também um belo trabalho como Harvey Dent/Duas-Caras, mas achei um pouco forçado a inclusão do personagem no roteiro, porém nada que prejudique a obra como um todo.
Enfim, é esse a verdadeira adaptação do universo do Batman e tudo que o cerca. Vai ser difícil superar esse, muito difícil.