Um filme-pipoca argentino. Mas um bom filme-pipoca. Sendo assim, é aquele tipo que até sua tia pode gostar. Tem de tudo: situações absurdas hilárias (a primeira sequência é a melhor de todas), sangue, explosões, "velocidade máxima" e "temperatura máxima". Vai do suspense à comédia de uma frase a outra. Um certo tom conspiratório permeia toda o filme - e, talvez seja isso que o sustenta. Destaque para a apresentação dos créditos iniciais, com um humor sutil que tenta relacionar cada membro técnico a uma figura animal. Repare nisso ;)
"Se eu desaparecesse amanhã, o Universo nem notaria.". A Voyager, sonda enviada ao espaço em 1977, abre o filme e vai nos acompanhando durante a projeção. Ela carrega um disco com diversos sons gravados na Terra: músicas, ruídos da natureza, sons humanos em 59 línguas, etc. Aos poucos vamos entendendo porque o diretor (Jason Reitman, de "Juno") escolheu essa metáfora. "Homens, Mulheres e Filhos" é um dos filmes que melhor retratam o que estamos vivendo: a geração do selfie, do whatsapp, do tumblr, e de todas essas bugingangas virtuais que preenche o cyberespaço e o nosso vazio interior. A guilda de personagens segue vários esteriótipos: a mãe superprotetora (Jennifer Gardner, caricata) que visualiza todas as msgs que a filha recebe (pelo celular e pelas redes sociais) e controla todos os seus passos através de um app; a garota insegura que come quase nada pra se manter magra (magérrima) - uma das dicas que ela recebe de um grupo de ajuda virtual, para não comer doces, é apenas cheirá-lo, e comer outra coisa mais "nutritiva"; o garoto que abandona o futebol para se dedicar a um jogo de RPG virtual, enfurecendo seu pai e seus colegas da escola; o marido (Adam Sandler que está bem no papel, sóbrio) que após meses sem transar com sua esposa, só consegue se excitar visitando os sites pornôs que encontra no histórico do computador do filho; os espaços públicos são cheios de pessoas corcundas digitando no celular - as telas dos apps pipocam sobre a tela através de efeitos de motion graphics (não chega a ser uma novidade estética, mas ok, funcionou). O personagem de Ansel Elgort cita Carl Sagan várias vezes, assim como o filme nos mostra uma foto tirada pela Voyager ao se despedir do sistema solar: a Terra, um pálido ponto azul perdido no espaço. O filme defende a tese de que mesmo com toda essa imersão tecnológica, ainda precisamos do contato físico - e isso não é negado em nenhum momento, principalmente qdo um psicologo interroga Tim Mooney (Elgort) que, após dedicar-se exclusivamente ao jogo virtual, perde seus amigos da vida real, mas mesmo assim se apaixona por uma garota do colégio. A vida virtual é parte da vida real. A dicotomia não faz mais sentido. Os extremos passaram a habitar o mesmo núcleo. Apesar de nossa desimportância cósmica, ou justamente por causa dela, temos a obrigação de cuidar desse frágil ponto azul e de todos os que vivem nele. Com cuidado, mas sem esquizofrenias - é pequeno demais pra ser levado tão a sério. A sonda (que existe de verdade) vai fazer 40 anos de sua viagem - e continuará vagando até não sei quando -, mas a base das relações humanas não terá mudado tanto. Os artifícios mudarão, sem dúvida, mas toda a gama dos sentimentos humanos permanecerá a mesma. É um filme que vai mostrar pras gerações futuras como éramos em 2014. Vai ser curioso assisti-lo daqui a 50 anos
"Aqui, quando morre, não vai pro céu nem pro inferno. Vai pro mar." O filme de Gabriel Mascaro vai pincelando lentamente sua poesia sobre a natureza: da vida, da terra, do ar, do mar. O fascínio do corpo e da morte rondam suas belas cenas - que vão do sensual ao trágico. Cruza ficção e documentário em vários momentos, o que o enriquece como cinema. Destaque para o (quase-)bordão: "Na quarta rua, depois da curva do rio, quebrando à esquerda".
Lindo filme. Sobre a instabilidade das relações amorosas. Tem um caráter existencialista. É uma reflexão sobre a vida e as paixões. Possui aquela edição sem pressa; uma fotografia em pb em longos planos parados. O tempo é precioso e o registro de cada cena é delicado.
Um filme raro. Por razões muito particulares, que remetem principalmente ao seu modo de produção - que todos já devem saber. Essa complexidade, no entanto, se traduziu em uma história repleta de sutilezas. É um filme de momentos; uma reflexão sobre o viver e, implicitamente, sobre o fazer cinema. Fazia muito tempo que eu não saía do cinema em um estado de êxito, de graça! Estive diante de uma obra prima!
De cara, vc saca que é um filme de roteiro adaptado. É tanto reviravolta na narrativa que é quase impossível piscar durante as mais de duas horas de projeção. Destaque pra atuação incrível da Rosamund Pika. Ela rouba o filme. David Fincher em plena forma! Um dos grandes de 2014.
Um filme que entrou para a minha lista de favoritos por um dos meus dispositivos preferidos: a simplicidade. Entrevistar taxistas de uma cidade e a partir daí estabelecer relações políticas e poéticas. Metal e melancolia é uma expressão que apelidava a capital do Peru, e acho que não poderia haver título mais certeiro e mais singelo para esta obra. E o título, pelo que o filme mostra, surgiu ao acaso, a partir da fala de um dos entrevistados. Assistam.
Um filme que merece ser visto e revisto. É tensão do início ao fim. Os bastidores da história em imagens de arquivo que nunca haviam sido exibidas pela tv estatal da Romênia. Além de sua importância histórica crucial, várias opções estéticas me agradaram como um documentário: não há voz de um narrador off nem letreiros, a narração é através da leitura das legendas, como se uma voz inaudível estivesse sendo traduzida. Como os próprios diretores afirmam em um momento, se este filme pôde ser feito, é porque a história também se fez; se este filme foi possível, a história também é possível. Em tempos de manifestações populares que alcançam certa simpatia política a nível mundial, é um filme que se mostra extremamente atual, mesmo que esteja mostrando fatos que aconteceram há mais de vinte anos.
Assisti num misto de estranhamento e encantamento. O filme é desconcertante em vários sentidos: na estética, na construção dos personagens, na apresentação da trilha sonora, na direção firme e ousada de Eugène Green... Como disse o Blynk, é metalinguagem em vários momentos. De certa forma me lembrou Amélie Poulain, só que num grau de estranheza maior. Talvez o mais correto seria dizer que é um anti-Amélie Poulain. Tem um ar de fantasia, de literário, é quase uma trova de duas horas de duração. Um filme para se ter e rever.
Cabeça a Prêmio é um filme especial. Tem seu tempo. As coisas são apresentadas muito gradativamente, oq pode frustrar alguns espectadores mais apressados. Eu demorei 1 hora pra começar a gostar do filme. Mas vale a pena. É um filme brasileiro incomum. E aquela cena final é arrasadora, é como um Gato de Schrödinger.
Duas coisas em especial me incomodaram: a trilha sonora excessiva, às vezes parece querer acompanhar o filme, mas em outros momentos parece supérflua; e aqueles efeitos especiais… qual a necessidade daquilo, meu deus-do-cinema? O único momento que gostei dessa artimanha foi na cena do balé em que Nina se transforma no cisne negro, achei que ficou bonito. Mas devo dizer que esperava mais do filme (ou seja, MENOS). Mas Black Swan é um grande filme. Méritos: fotografia, edição e a interpretação louvável de Natalie Portman.
Um filme que tem sua importância histórica ao registrar depoimentos e experiências de importantes cinefotógrafos brasileiros. Entre os meus preferidos ali estão Walter Carvalho e Pedro Farkas. Mas o documentário tem um certo ar didático que me irrita, além de uma estratégia narrativa repetitiva e sacal. Acho que o tema merecia uma abordagem mais original.
Buried é acima de tudo um cinema corajoso. Um filme de um cenário só. Ok, seria melhor dizer micro-cenário. E quase é também um filme de um personagem só. Se não chega a ser,
é apenas um personagem - o próprio protagonista, óbvio - que aparece
. Chama a atenção a diversidade de planos tendo tão poucos elementos para explorar. A fotografia transgride o senso-comum ao subverter as noções lógicas de espaço. Aqui caberia não mais denominarmos "distâncias físicas", mas "distâncias cinematográficas". Certamente estará na minha lista de melhores do ano.
Um belo filme! Eryk Rocha começa sua carreira em longas batento o martelo: "Esse é meu pai e ponto final. Me deixem fazer as minhas coisas agora.". Rocha Que Voa é uma colagem poética de imagens e sons de arquivo. Depoimentos de Glauber costuram todo o documentário, entrecortado às vezes por algumas entrevistas atuais de amigos e companheiros de trabalho. Chama atenção o uso (que alguns podem considerar excessivo) de sobreposições e fusões, o que dá à obra um tom por vezes etéreo. Bela e justa homenagem ao que é considerado o maior diretor de cinema do Brasil, e ninguém mais que seu próprio filho poderia fazer uma obra tão densa quanto o mar e tão leve quanto as nuvens.
é um filme OK: uma fotografia tradicional, uma edição no ponto, roteiro bem feitinho... Não é nenhuma obra-prima (e talvez nem tenha esse propósito). Não é um filme pra aplaudir de pé. Tudo bem, eu já não esperava muita coisa, mas... pensei que pelo menos esteticamente fosse melhorzinho.
Como lidar com um menino de 14 anos que não sabe a data de seu aniversário? Como julgar um garoto que matou o pai porque o mesmo o espancava? Como adentrar neste mundo quase secreto, quase tabu, do julgamento de menores infratores? Documentário com pitadas (bem leves, quase imperceptíveis) de ficção, é um filme que eu aplaudo de cabeça baixa. O título tem um duplo sentido: estamos falando do juízo enquanto responsabilidade, mas também enquanto parecer do poder judiciário frente aos delitos cometidos pelos adolescentes. Um filme de observação que lembra as obras de Raymond Depardon, renomado documentarista francês que fez uma série de filmes em que registrava julgamentos em tribunais.
Acabei de assistir e tô aqui ainda embasbacado, tentando desatar os nós. No fundo (e aqui a expressão "no fundo" é mais que literal...), é um filme sobre o amor, e poderia ser descrito como "uma história de amor disfarçada de ficção científica". Assistirei mais vezes.
historinha meio besta, mas com um roteiro interessante com diálogos cheios de referências pop, e só por isso já vale o filme, além, é claro, da edição bem humorada com uma arte gráfica inspirada nas HQ'S e um design de som mergulhado no universo dos games.
Não tenho muito o que falar. Apenas a sensação de estar diante de algo sublime que merece ser revisto... e revisto.. e revisto... É o tipo de filme que não se perde no primeiro olhar. A cada olhar, novas descobertas. Um roteiro e uma fotografia incríveis, e a direção marcante do Resnais, que ainda faz questão de tirar uma brincadeira com o espectador pouco antes do final rsrsrs
Uma grande obra cinematográfica. No geral, a fotografia não é nada surpreendente, exceto por alguns momentos pontuais, algumas "vírgulas" visuais que dão um charme especial à narrativa. Um destaque especial para uma cena de amor que acontece no campo: imagens de insetos polinizando as flores e super closes epidérmicos nos corpos do casal. Acima de tudo, porém, é uma história calcada no acaso. Os três momentos de "virada" da narrativa são regidos por situações totalmente inesperadas, o que acaba dando um certo ar de suspense.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraUm filme-pipoca argentino. Mas um bom filme-pipoca. Sendo assim, é aquele tipo que até sua tia pode gostar. Tem de tudo: situações absurdas hilárias (a primeira sequência é a melhor de todas), sangue, explosões, "velocidade máxima" e "temperatura máxima". Vai do suspense à comédia de uma frase a outra. Um certo tom conspiratório permeia toda o filme - e, talvez seja isso que o sustenta. Destaque para a apresentação dos créditos iniciais, com um humor sutil que tenta relacionar cada membro técnico a uma figura animal. Repare nisso ;)
Homens, Mulheres & Filhos
3.6 670 Assista Agora"Se eu desaparecesse amanhã, o Universo nem notaria.". A Voyager, sonda enviada ao espaço em 1977, abre o filme e vai nos acompanhando durante a projeção. Ela carrega um disco com diversos sons gravados na Terra: músicas, ruídos da natureza, sons humanos em 59 línguas, etc. Aos poucos vamos entendendo porque o diretor (Jason Reitman, de "Juno") escolheu essa metáfora.
"Homens, Mulheres e Filhos" é um dos filmes que melhor retratam o que estamos vivendo: a geração do selfie, do whatsapp, do tumblr, e de todas essas bugingangas virtuais que preenche o cyberespaço e o nosso vazio interior.
A guilda de personagens segue vários esteriótipos: a mãe superprotetora (Jennifer Gardner, caricata) que visualiza todas as msgs que a filha recebe (pelo celular e pelas redes sociais) e controla todos os seus passos através de um app; a garota insegura que come quase nada pra se manter magra (magérrima) - uma das dicas que ela recebe de um grupo de ajuda virtual, para não comer doces, é apenas cheirá-lo, e comer outra coisa mais "nutritiva"; o garoto que abandona o futebol para se dedicar a um jogo de RPG virtual, enfurecendo seu pai e seus colegas da escola; o marido (Adam Sandler que está bem no papel, sóbrio) que após meses sem transar com sua esposa, só consegue se excitar visitando os sites pornôs que encontra no histórico do computador do filho; os espaços públicos são cheios de pessoas corcundas digitando no celular - as telas dos apps pipocam sobre a tela através de efeitos de motion graphics (não chega a ser uma novidade estética, mas ok, funcionou).
O personagem de Ansel Elgort cita Carl Sagan várias vezes, assim como o filme nos mostra uma foto tirada pela Voyager ao se despedir do sistema solar: a Terra, um pálido ponto azul perdido no espaço.
O filme defende a tese de que mesmo com toda essa imersão tecnológica, ainda precisamos do contato físico - e isso não é negado em nenhum momento, principalmente qdo um psicologo interroga Tim Mooney (Elgort) que, após dedicar-se exclusivamente ao jogo virtual, perde seus amigos da vida real, mas mesmo assim se apaixona por uma garota do colégio. A vida virtual é parte da vida real. A dicotomia não faz mais sentido. Os extremos passaram a habitar o mesmo núcleo.
Apesar de nossa desimportância cósmica, ou justamente por causa dela, temos a obrigação de cuidar desse frágil ponto azul e de todos os que vivem nele. Com cuidado, mas sem esquizofrenias - é pequeno demais pra ser levado tão a sério.
A sonda (que existe de verdade) vai fazer 40 anos de sua viagem - e continuará vagando até não sei quando -, mas a base das relações humanas não terá mudado tanto. Os artifícios mudarão, sem dúvida, mas toda a gama dos sentimentos humanos permanecerá a mesma.
É um filme que vai mostrar pras gerações futuras como éramos em 2014. Vai ser curioso assisti-lo daqui a 50 anos
Ventos de Agosto
3.3 73 Assista Agora"Aqui, quando morre, não vai pro céu nem pro inferno. Vai pro mar." O filme de Gabriel Mascaro vai pincelando lentamente sua poesia sobre a natureza: da vida, da terra, do ar, do mar. O fascínio do corpo e da morte rondam suas belas cenas - que vão do sensual ao trágico. Cruza ficção e documentário em vários momentos, o que o enriquece como cinema. Destaque para o (quase-)bordão: "Na quarta rua, depois da curva do rio, quebrando à esquerda".
O Ciúme
3.2 76Lindo filme. Sobre a instabilidade das relações amorosas. Tem um caráter existencialista. É uma reflexão sobre a vida e as paixões. Possui aquela edição sem pressa; uma fotografia em pb em longos planos parados. O tempo é precioso e o registro de cada cena é delicado.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraUm filme raro. Por razões muito particulares, que remetem principalmente ao seu modo de produção - que todos já devem saber. Essa complexidade, no entanto, se traduziu em uma história repleta de sutilezas. É um filme de momentos; uma reflexão sobre o viver e, implicitamente, sobre o fazer cinema. Fazia muito tempo que eu não saía do cinema em um estado de êxito, de graça! Estive diante de uma obra prima!
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraDe cara, vc saca que é um filme de roteiro adaptado. É tanto reviravolta na narrativa que é quase impossível piscar durante as mais de duas horas de projeção. Destaque pra atuação incrível da Rosamund Pika. Ela rouba o filme. David Fincher em plena forma! Um dos grandes de 2014.
Metal e Melancolia
4.5 2Um filme que entrou para a minha lista de favoritos por um dos meus dispositivos preferidos: a simplicidade. Entrevistar taxistas de uma cidade e a partir daí estabelecer relações políticas e poéticas. Metal e melancolia é uma expressão que apelidava a capital do Peru, e acho que não poderia haver título mais certeiro e mais singelo para esta obra. E o título, pelo que o filme mostra, surgiu ao acaso, a partir da fala de um dos entrevistados. Assistam.
Videogramas De Uma Revolução
4.2 11Um filme que merece ser visto e revisto. É tensão do início ao fim. Os bastidores da história em imagens de arquivo que nunca haviam sido exibidas pela tv estatal da Romênia. Além de sua importância histórica crucial, várias opções estéticas me agradaram como um documentário: não há voz de um narrador off nem letreiros, a narração é através da leitura das legendas, como se uma voz inaudível estivesse sendo traduzida. Como os próprios diretores afirmam em um momento, se este filme pôde ser feito, é porque a história também se fez; se este filme foi possível, a história também é possível. Em tempos de manifestações populares que alcançam certa simpatia política a nível mundial, é um filme que se mostra extremamente atual, mesmo que esteja mostrando fatos que aconteceram há mais de vinte anos.
Bravura Indômita
3.9 1,4K Assista AgoraInício e final abrem e fecham poeticamente e com uma linda fotografia este remake. Jeff Bridges e Hailee Steinfield arrasam.
A Religiosa Portuguesa
4.0 18Assisti num misto de estranhamento e encantamento. O filme é desconcertante em vários sentidos: na estética, na construção dos personagens, na apresentação da trilha sonora, na direção firme e ousada de Eugène Green... Como disse o Blynk, é metalinguagem em vários momentos. De certa forma me lembrou Amélie Poulain, só que num grau de estranheza maior. Talvez o mais correto seria dizer que é um anti-Amélie Poulain. Tem um ar de fantasia, de literário, é quase uma trova de duas horas de duração. Um filme para se ter e rever.
Cabeça a Prêmio
2.8 60 Assista AgoraCabeça a Prêmio é um filme especial. Tem seu tempo. As coisas são apresentadas muito gradativamente, oq pode frustrar alguns espectadores mais apressados. Eu demorei 1 hora pra começar a gostar do filme. Mas vale a pena. É um filme brasileiro incomum. E aquela cena final é arrasadora, é como um Gato de Schrödinger.
Cisne Negro
4.2 7,9K Assista AgoraDuas coisas em especial me incomodaram: a trilha sonora excessiva, às vezes parece querer acompanhar o filme, mas em outros momentos parece supérflua; e aqueles efeitos especiais… qual a necessidade daquilo, meu deus-do-cinema? O único momento que gostei dessa artimanha foi na cena do balé em que Nina se transforma no cisne negro, achei que ficou bonito. Mas devo dizer que esperava mais do filme (ou seja, MENOS). Mas Black Swan é um grande filme. Méritos: fotografia, edição e a interpretação louvável de Natalie Portman.
Saída Pela Loja de Presentes
4.3 195"um filme sobre um cara que ia fazer um filme sobre mim". mas pode ser tudo outra mentira. Genial.
Toy Story 3
4.4 3,6K Assista AgoraÉ mais q um dos melhores filmes de 2010, é um filme para a vida!
Iluminados
3.9 17Um filme que tem sua importância histórica ao registrar depoimentos e experiências de importantes cinefotógrafos brasileiros. Entre os meus preferidos ali estão Walter Carvalho e Pedro Farkas. Mas o documentário tem um certo ar didático que me irrita, além de uma estratégia narrativa repetitiva e sacal. Acho que o tema merecia uma abordagem mais original.
Enterrado Vivo
3.1 1,6KBuried é acima de tudo um cinema corajoso. Um filme de um cenário só. Ok, seria melhor dizer micro-cenário. E quase é também um filme de um personagem só. Se não chega a ser,
é apenas um personagem - o próprio protagonista, óbvio - que aparece
Rocha que Voa
3.8 7Um belo filme! Eryk Rocha começa sua carreira em longas batento o martelo: "Esse é meu pai e ponto final. Me deixem fazer as minhas coisas agora.". Rocha Que Voa é uma colagem poética de imagens e sons de arquivo. Depoimentos de Glauber costuram todo o documentário, entrecortado às vezes por algumas entrevistas atuais de amigos e companheiros de trabalho. Chama atenção o uso (que alguns podem considerar excessivo) de sobreposições e fusões, o que dá à obra um tom por vezes etéreo. Bela e justa homenagem ao que é considerado o maior diretor de cinema do Brasil, e ninguém mais que seu próprio filho poderia fazer uma obra tão densa quanto o mar e tão leve quanto as nuvens.
A Rede Social
3.6 3,1K Assista Agoraé um filme OK: uma fotografia tradicional, uma edição no ponto, roteiro bem feitinho... Não é nenhuma obra-prima (e talvez nem tenha esse propósito). Não é um filme pra aplaudir de pé. Tudo bem, eu já não esperava muita coisa, mas... pensei que pelo menos esteticamente fosse melhorzinho.
Juízo
4.0 118Como lidar com um menino de 14 anos que não sabe a data de seu aniversário? Como julgar um garoto que matou o pai porque o mesmo o espancava? Como adentrar neste mundo quase secreto, quase tabu, do julgamento de menores infratores? Documentário com pitadas (bem leves, quase imperceptíveis) de ficção, é um filme que eu aplaudo de cabeça baixa. O título tem um duplo sentido: estamos falando do juízo enquanto responsabilidade, mas também enquanto parecer do poder judiciário frente aos delitos cometidos pelos adolescentes. Um filme de observação que lembra as obras de Raymond Depardon, renomado documentarista francês que fez uma série de filmes em que registrava julgamentos em tribunais.
A Origem
4.4 5,9K Assista AgoraAcabei de assistir e tô aqui ainda embasbacado, tentando desatar os nós. No fundo (e aqui a expressão "no fundo" é mais que literal...), é um filme sobre o amor, e poderia ser descrito como "uma história de amor disfarçada de ficção científica". Assistirei mais vezes.
Scott Pilgrim Contra o Mundo
3.9 3,2K Assista Agorahistorinha meio besta, mas com um roteiro interessante com diálogos cheios de referências pop, e só por isso já vale o filme, além, é claro, da edição bem humorada com uma arte gráfica inspirada nas HQ'S e um design de som mergulhado no universo dos games.
Sugar
2.6 56banal
Ervas Daninhas
3.1 142Não tenho muito o que falar. Apenas a sensação de estar diante de algo sublime que merece ser revisto... e revisto.. e revisto... É o tipo de filme que não se perde no primeiro olhar. A cada olhar, novas descobertas. Um roteiro e uma fotografia incríveis, e a direção marcante do Resnais, que ainda faz questão de tirar uma brincadeira com o espectador pouco antes do final rsrsrs
Um Sonho de Amor
3.5 180Uma grande obra cinematográfica. No geral, a fotografia não é nada surpreendente, exceto por alguns momentos pontuais, algumas "vírgulas" visuais que dão um charme especial à narrativa. Um destaque especial para uma cena de amor que acontece no campo: imagens de insetos polinizando as flores e super closes epidérmicos nos corpos do casal.
Acima de tudo, porém, é uma história calcada no acaso. Os três momentos de "virada" da narrativa são regidos por situações totalmente inesperadas, o que acaba dando um certo ar de suspense.