O personagem consegue transmitir sua inedaquação ao mundo, mas o roteiro não adquire a profundidade suficiente do homem do subsolo. Há alguns bons discursos e momentos, mas não há a mesma transformação que o filme tenta sugerir, e algumas sequências são extremamente lentas e prolixas.
Um trecho interressante de uma entrevista do Carax sobre o filme:
"Holy Motors" charts the course of one "actor" (frequent Carax collaborator Denis Lavant, in a jaw-dropping series of performances, including a continuation of a character the two developed for the omnibus film "Tokyo") who inhabits many different roles in a single night in Paris. But don't tell Carax that the movie is about filmmaking -- a notion he disagrees with. "It's not about cinema," Carax grumbled. "The language of the film is cinema. I see it as a kind of science fiction with more fiction than science. It's a world not too far from our world but where it could seem, in one day, to tell the experience of being alive and in this world." Carax later elaborated on the sensation he was going for: "In one day, if [the film] succeeds, you're supposed to see all the feelings and emotions you're supposed to experience in a lifetime."
Holy Motors é indefinível, estranho e experimental, cheio de simbolismos e metáforas que promovem inumeras teorias. Na insanidade de suas ideias não há pistas suficientes que permitem decifrá-lo de maneira precisa. É um filme tão crítico como poético, e transita entre esses momentos. Me senti diversas vezes perdido entre as suas cenas, buscando entendimento, uma solução que fosse pra situações tão bizarras, e poucas foram as vezes que consegui concluir algo diante o que consegui captar. Pro bem ou pro mal, esse foi um dos pontos positivos do filme; questionar e estimular a minha percepção. Entre tantas propostas abstratas o que pareceu mais interressante é de como o protagonista precisa se adaptar ao tempo que ele tem, e o esforço que ele faz pra cumprir seus compromissos. Isso o deixa exausto, e a demanda e cobrança pela perfeição de atuação ao longo do dia absorvem sua vida, que se perde diante a própria escolha de viver assim. Ele faz um esforço imenso pra ser todos, mas nunca é ele mesmo. Essa multiplicidade parece expôr a procura humana diante um mundo com um ritmo acelerado, que não permite intervalos. Mesmo com tanta estranheza é um filme pra ser apreciado, seja por o mistério que possibilitam os questionamentos entre tantas teorias, como pela beleza artística que está inclusa em sua produção. Com poucos diálogos que também são muito bons, e o contraste constante entre crítica e arte permitem projetar pra fora da tela diversas emoções e indagações.
Senti falta de criatividade em argumentos melhores pra sustentar a trama, mas mesmo assim a boa história juntamente com o bom final tornou o filme uma boa fonte de entretenimento.
Qual caminho seguir? Atos conservadores ou impetuosos? Prudentes ou impulsivos? Passionais ou racionais? O que se ganha e o que se perde? A cada escolha uma renúncia, uma desistência, uma sequência abdicada, e uma outra vida que deixa de existir?!?!
"Cada vez que você escolhe uma ação deve estar disposto a escolhê-la por toda a eternidade. O mesmo com cada ação não realizada, cada pensamento natimorto, cada escolha evitada. Toda vida não vivida ficará latejando dentro de você, invivida por toda a eternidade. A voz ignorada de sua consciência continuará clamando para sempre."
Em um filme realmente belo e poético, musicalmente e visualmente impecável, Kieslowski provoca a percepção dos detalhes, das sutilezas e coincidências de oportunidades iguais e escolhas e posturas diferentes. As cenas são mágicas a cada momento, a cada silêncio, a cada lacuna a ser preenchida de sentido, em meios a pequenas metáforas revelam as diferentes causas e efeitos na vida de suas protagonistas. Esse é mais um daqueles filmes que valem a pena serem assistidos mais de uma vez, pela necessidade de entender suas metáforas, captar e absorver as suas minúcias e preencher os espaços vagos, em um ótimo exercício sensorial.
Filme bastante envolvente e intrigante, que junto a uma atmosfera de tensão intensa cria questionamentos sobre um assunto tão pouco ininteligível: o amor. O roteiro é coeso, e não existe grandes tropeços, mas tenho que confessar que fiquei mais envolvido pelo drama do que pela própria trama, que mesmo com a excelente direção que revela aos poucos o mistério dos seus personagens, em alguns aspectos é muito previsível e inverossímil. O ponto positivo fica por conta de diálogos sensacionais e das cenas intercaladas, que confrontam situações e mudanças na realidade do protagonista. A ironia do final tb não poderia ser diferente... vale a pena conferir.
Filme muito bem executado e conduzido, mas em um roteiro mal aproveitado. Primeiramente, não há como comparar com Melancholia, onde Lars Von Trier desenvolve argumentos existencialistas, de sentimentos intrínsecos da procura/falta de sentido da vida oprimida pelo medo ancestral da morte; e na contramão Mike Cahill sustenta seu roteiro com argumentos emocionais que beiram o senso comum. Another Earth também é um filme mais objetivo e superficial, de fácil assimilação, e que aposta em um melodrama como proposta central, procurando claramente comover o expectador e estimular a cartase do fracasso. O ponto positivo do filme fica por conta da breve reflexão sobre a terra 2, proposta que é pouco explorada e que na maior parte do tempo presta somente a intenção de amplificar o drama dos personagens. Esses poucos bons momentos acabaram não contribuindo pelo incomodo causado pelo excesso de autopiedade e sentimentalismo que o filme se propõe, e não responde metade das boas questões que deveriam ser desenvolvidas sobre "a outra terra".
Por meio de ótimos diálogos, e com o auxílio da exposição do que há escondido nos pensamentos e intenções dos personagens, o roteiro desenvolve um mergulho no psicológico do protagonista, de suas frustações e inseguranças e toda a irracionalidade que existe nas paixões. O filme é repleto de clichês, mas o grande trunfo do Woody Allen nesse não é só ironizar de maneira inteligente o comportamento humano; é também esmiuçar as intenções por trás das atitudes e expor todas as motivações que garantem os relacionamentos por mais absurdos que eles sejam.
Gostei bastante da introdução e das cenas de tiro e confrontos iniciais, mas depois o filme se resume a cenas de lutas coreografadas em meio a uma trama óbvia demais.
Com uma trama bem elaborada entre dezena de personagens e subtramas, o roteiro consegue ser bem estruturado e manter tudo em ordem, sem sair do ritmo ou se perder no meio do caminho. Pra quem gosta da proposta do submundo nas telas do cinema a fórmula do filme é certeira; apresentação de personagens excêntricos como os do Guy Ritchie, a lisergia do submundo de filmes junkies como Trainspotting, e a insanidade violenta de Tarantino ..somados uma boa dose de humor. Desde "Snatch, Porcos e Diamantes" eu não me divertia tanto com um filme!!!
Gostei do filme, mas falta algo. Fiquei esparando o filme todo que ele arrumasse uma maneira supreendente de confrontar as histórias, mas não há nada além do que se vê.
O filme é agradável de assistir e possui algumas belas cenas, mas a ideia central não consegue sustentar o filme. A proposta passa longe de ser parecida com a do "closer", e não há profundidade suficiente nas histórias dos personagens. A princípio a idéia da casualidade parece ser interressante, mas não chega a lugar algum. O roteiro não apresenta nada de novo ou supreendente, a não ser um monte de clichês que em pouco tempo tornam o filme óbvio demais.
Brilhante, faz alguns meses que a proposta de um filme não me deixava tão envolvido e não me recompensava tanto com sua crítica e seus questionamentos. Não há culpa onde há sucesso? O arrependimento não é somente o fruto de uma escolha ruim, que gera medo ou frustação? Com primor, Woody Allen desenvolve a trama entre duas histórias paralelas, quem confrontam a ambivalência e as contradições do comportamento humano. E um pouco mais além de questionamentos sobre moralidade e o peso da culpa e do arrependimento, o filme recaí sobre a consciência humana, atormentada ou aliviada de acordo com o momento e os resultados de suas pretensões, que incluem frustações, dúvidas, medos, culpa e punições, entre fracassos ou triunfos.
Bom filme, sútil e cativante, com uma bela fotografia e um bom enredo sobre ausência, dor e adaptação humana para conseguir reconstruir a vida, diante os acontecimentos que não se podem evitar.
Tem tudo o que de melhor o cinema coreano oferece em filmes de vingança. A atmosfera criada é cruel, violenta, tensa e envolvente... mas ainda sim senti falta de uma trama melhor, que tivessem mais elos entre os acontecimentos, e não só alguns fatos ocorrendo isoladamente pra sequência do roteiro.
Um belo filme sobre paixões e arrependimentos, com uma trama que confronta o passado e o presente, entre possibilidades, escolhas e desistências. Fiquei na expectativa de um final supreendente, ou pelo menos mais convincente. Mesmo assim é belíssimo desde a primeira cena.
Gostei bastante da adaptação, porém fiquei com uma sensação de que existe uma perda muito grande pro livro, seja pela velocidade com que o filme acontece ou a atuação travada e teatral do Mutarelli, que a maior parte do tempo não consegue transmitir o sentimento do protagonista, e por algumas outras vezes se perde nos diálogos. Também senti falta da ironia característica dos personagens do Mutarelli, que é tão bem interpretada pelo Selton Mello no Cheiro do Ralo.
Mesmo com esses e alguns outros defeitos, a trama criada pelo Mutarelli tem seus méritos no filme. Um exemplo disso é a evolução do personagem em metamorfose, que passa por momentos de resignação, doçura, intimidade, agonia, rejeição.. e aos poucos vai se revelando conforme a perda das rédeas da situação, como um sujeito ciumento, possessivo, egoísta, sórdido.. até chegar ao ápice da sua insanidade. Outro ponto positivo que sustenta o personagem são suas metáforas, que criam questionamentos a respeito dos relacionamentos e da condição humana.
É um bom filme, mas que falha na execução. Creio que por isso não consiga agradar a maioria das pessoas que ainda não leram o livro.
A trama está longe de ser cativante e interressante como é da Amelie Poulain, e pelo contrário, é um tanto indigesta. O grande trunfo da história é a insanidade do que ela contêm, aliada as situações inusitadas de humor negro, que consegue aliar o ambiente sombrio e bizarro do que é proposto, a leveza de cenas de poucos diálogos que valorizam a expressividade dos atores. Um filme com um atmosfera densa, mas belo, gostoso de assistir.
Muito bom, só não é melhor porque é focado na trama principal, omite muitos detalhes, e não há tempo pra contar a história da Lisbeth. Nisso a trilogia original sueca sai ganhando, e vale a pena ser vista também.
O filme é bem construído e as atuações são ótimas, mas a história também não me atraiu. Mesmo sendo imprescindível para sustentar no roteiro o questionamento entre amor/fé vs ceticismo/razão, passei a maior parte do filme incomodado com a proposta do sobrenatural. O ponto positivo da trama é o pragmatismo do personagem do Ralph Fiennes: "Existir é ser notado."
O título é melhor do que o próprio filme. A proposta é ruim e vazia, os personagens não convencem, e a câmera lenta torna o filme ainda mais cansativo. Certamente criei expectativas demais imaginando alguma profundidade no roteiro, que é raso demais e saturado de paixão infantil. Alias, seguindo a linha "ideologia juvenil" de Edukators e The Dreamers, Amores Imaginários poderia fazer parte de uma trilogia, sendo que esse seria o pior deles, que pra chegar ao nível dos outros dois, ainda falta uma proposta maior do que o amor inocente pra deslumbrar grande parte dos "revolucionários de sofá" que reverenciam esses filmes.
Chega a ser interressante a temática sobre escolhas e renúncias, preenchimento de vida, caminhos a seguir, 'efeito borboleta', etc, mas a proposta de que o destino é exato e segue um plano a maioria dos argumentos não convencem. A trama consegue entreter mas não emociona, e o final se torna óbvio demais...
Yeralti
3.4 10O personagem consegue transmitir sua inedaquação ao mundo, mas o roteiro não adquire a profundidade suficiente do homem do subsolo. Há alguns bons discursos e momentos, mas não há a mesma transformação que o filme tenta sugerir, e algumas sequências são extremamente lentas e prolixas.
Holy Motors
3.9 652 Assista AgoraUm trecho interressante de uma entrevista do Carax sobre o filme:
"Holy Motors" charts the course of one "actor" (frequent Carax collaborator Denis Lavant, in a jaw-dropping series of performances, including a continuation of a character the two developed for the omnibus film "Tokyo") who inhabits many different roles in a single night in Paris. But don't tell Carax that the movie is about filmmaking -- a notion he disagrees with. "It's not about cinema," Carax grumbled. "The language of the film is cinema. I see it as a kind of science fiction with more fiction than science. It's a world not too far from our world but where it could seem, in one day, to tell the experience of being alive and in this world." Carax later elaborated on the sensation he was going for: "In one day, if [the film] succeeds, you're supposed to see all the feelings and emotions you're supposed to experience in a lifetime."
Holy Motors
3.9 652 Assista AgoraHoly Motors é indefinível, estranho e experimental, cheio de simbolismos e metáforas que promovem inumeras teorias. Na insanidade de suas ideias não há pistas suficientes que permitem decifrá-lo de maneira precisa. É um filme tão crítico como poético, e transita entre esses momentos. Me senti diversas vezes perdido entre as suas cenas, buscando entendimento, uma solução que fosse pra situações tão bizarras, e poucas foram as vezes que consegui concluir algo diante o que consegui captar. Pro bem ou pro mal, esse foi um dos pontos positivos do filme; questionar e estimular a minha percepção.
Entre tantas propostas abstratas o que pareceu mais interressante é de como o protagonista precisa se adaptar ao tempo que ele tem, e o esforço que ele faz pra cumprir seus compromissos. Isso o deixa exausto, e a demanda e cobrança pela perfeição de atuação ao longo do dia absorvem sua vida, que se perde diante a própria escolha de viver assim. Ele faz um esforço imenso pra ser todos, mas nunca é ele mesmo. Essa multiplicidade parece expôr a procura humana diante um mundo com um ritmo acelerado, que não permite intervalos.
Mesmo com tanta estranheza é um filme pra ser apreciado, seja por o mistério que possibilitam os questionamentos entre tantas teorias, como pela beleza artística que está inclusa em sua produção. Com poucos diálogos que também são muito bons, e o contraste constante entre crítica e arte permitem projetar pra fora da tela diversas emoções e indagações.
Intacto
3.5 48Senti falta de criatividade em argumentos melhores pra sustentar a trama, mas mesmo assim a boa história juntamente com o bom final tornou o filme uma boa fonte de entretenimento.
A Dupla Vida de Véronique
4.1 275 Assista AgoraQual caminho seguir? Atos conservadores ou impetuosos? Prudentes ou impulsivos? Passionais ou racionais? O que se ganha e o que se perde? A cada escolha uma renúncia, uma desistência, uma sequência abdicada, e uma outra vida que deixa de existir?!?!
"Cada vez que você escolhe uma ação deve estar disposto a escolhê-la por toda a eternidade. O mesmo com cada ação não realizada, cada pensamento natimorto, cada escolha evitada. Toda vida não vivida ficará latejando dentro de você, invivida por toda a eternidade. A voz ignorada de sua consciência continuará clamando para sempre."
Em um filme realmente belo e poético, musicalmente e visualmente impecável, Kieslowski provoca a percepção dos detalhes, das sutilezas e coincidências de oportunidades iguais e escolhas e posturas diferentes. As cenas são mágicas a cada momento, a cada silêncio, a cada lacuna a ser preenchida de sentido, em meios a pequenas metáforas revelam as diferentes causas e efeitos na vida de suas protagonistas. Esse é mais um daqueles filmes que valem a pena serem assistidos mais de uma vez, pela necessidade de entender suas metáforas, captar e absorver as suas minúcias e preencher os espaços vagos, em um ótimo exercício sensorial.
Não é Mais uma História de Amor
3.8 60Filme bastante envolvente e intrigante, que junto a uma atmosfera de tensão intensa cria questionamentos sobre um assunto tão pouco ininteligível: o amor. O roteiro é coeso, e não existe grandes tropeços, mas tenho que confessar que fiquei mais envolvido pelo drama do que pela própria trama, que mesmo com a excelente direção que revela aos poucos o mistério dos seus personagens, em alguns aspectos é muito previsível e inverossímil. O ponto positivo fica por conta de diálogos sensacionais e das cenas intercaladas, que confrontam situações e mudanças na realidade do protagonista. A ironia do final tb não poderia ser diferente... vale a pena conferir.
A Outra Terra
3.7 874 Assista AgoraFilme muito bem executado e conduzido, mas em um roteiro mal aproveitado. Primeiramente, não há como comparar com Melancholia, onde Lars Von Trier desenvolve argumentos existencialistas, de sentimentos intrínsecos da procura/falta de sentido da vida oprimida pelo medo ancestral da morte; e na contramão Mike Cahill sustenta seu roteiro com argumentos emocionais que beiram o senso comum. Another Earth também é um filme mais objetivo e superficial, de fácil assimilação, e que aposta em um melodrama como proposta central, procurando claramente comover o expectador e estimular a cartase do fracasso. O ponto positivo do filme fica por conta da breve reflexão sobre a terra 2, proposta que é pouco explorada e que na maior parte do tempo presta somente a intenção de amplificar o drama dos personagens. Esses poucos bons momentos acabaram não contribuindo pelo incomodo causado pelo excesso de autopiedade e sentimentalismo que o filme se propõe, e não responde metade das boas questões que deveriam ser desenvolvidas sobre "a outra terra".
Marcas da Violência
3.8 400 Assista AgoraSó não é melhor porque é muito curto, quando tudo começa a acontecer o filme acaba prematuramente sem explorar suas principais questões.
Noivo Neurótico, Noiva Nervosa
4.1 1,1K Assista AgoraPor meio de ótimos diálogos, e com o auxílio da exposição do que há escondido nos pensamentos e intenções dos personagens, o roteiro desenvolve um mergulho no psicológico do protagonista, de suas frustações e inseguranças e toda a irracionalidade que existe nas paixões. O filme é repleto de clichês, mas o grande trunfo do Woody Allen nesse não é só ironizar de maneira inteligente o comportamento humano; é também esmiuçar as intenções por trás das atitudes e expor todas as motivações que garantem os relacionamentos por mais absurdos que eles sejam.
Operação Invasão
3.9 628 Assista AgoraGostei bastante da introdução e das cenas de tiro e confrontos iniciais, mas depois o filme se resume a cenas de lutas coreografadas em meio a uma trama óbvia demais.
Carne de Neon
3.2 17 Assista AgoraCom uma trama bem elaborada entre dezena de personagens e subtramas, o roteiro consegue ser bem estruturado e manter tudo em ordem, sem sair do ritmo ou se perder no meio do caminho. Pra quem gosta da proposta do submundo nas telas do cinema a fórmula do filme é certeira; apresentação de personagens excêntricos como os do Guy Ritchie, a lisergia do submundo de filmes junkies como Trainspotting, e a insanidade violenta de Tarantino ..somados uma boa dose de humor. Desde "Snatch, Porcos e Diamantes" eu não me divertia tanto com um filme!!!
Melinda e Melinda
3.5 230 Assista AgoraGostei do filme, mas falta algo. Fiquei esparando o filme todo que ele arrumasse uma maneira supreendente de confrontar as histórias, mas não há nada além do que se vê.
360
3.4 928 Assista AgoraO filme é agradável de assistir e possui algumas belas cenas, mas a ideia central não consegue sustentar o filme. A proposta passa longe de ser parecida com a do "closer", e não há profundidade suficiente nas histórias dos personagens. A princípio a idéia da casualidade parece ser interressante, mas não chega a lugar algum. O roteiro não apresenta nada de novo ou supreendente, a não ser um monte de clichês que em pouco tempo tornam o filme óbvio demais.
Crimes e Pecados
4.0 184Brilhante, faz alguns meses que a proposta de um filme não me deixava tão envolvido e não me recompensava tanto com sua crítica e seus questionamentos. Não há culpa onde há sucesso? O arrependimento não é somente o fruto de uma escolha ruim, que gera medo ou frustação? Com primor, Woody Allen desenvolve a trama entre duas histórias paralelas, quem confrontam a ambivalência e as contradições do comportamento humano. E um pouco mais além de questionamentos sobre moralidade e o peso da culpa e do arrependimento, o filme recaí sobre a consciência humana, atormentada ou aliviada de acordo com o momento e os resultados de suas pretensões, que incluem frustações, dúvidas, medos, culpa e punições, entre fracassos ou triunfos.
Des Vents Contraires
3.6 26Bom filme, sútil e cativante, com uma bela fotografia e um bom enredo sobre ausência, dor e adaptação humana para conseguir reconstruir a vida, diante os acontecimentos que não se podem evitar.
Eu Vi o Diabo
4.1 1,1KTem tudo o que de melhor o cinema coreano oferece em filmes de vingança. A atmosfera criada é cruel, violenta, tensa e envolvente... mas ainda sim senti falta de uma trama melhor, que tivessem mais elos entre os acontecimentos, e não só alguns fatos ocorrendo isoladamente pra sequência do roteiro.
Não Se Mova
3.7 60Um belo filme sobre paixões e arrependimentos, com uma trama que confronta o passado e o presente, entre possibilidades, escolhas e desistências. Fiquei na expectativa de um final supreendente, ou pelo menos mais convincente. Mesmo assim é belíssimo desde a primeira cena.
Natimorto
3.6 141Gostei bastante da adaptação, porém fiquei com uma sensação de que existe uma perda muito grande pro livro, seja pela velocidade com que o filme acontece ou a atuação travada e teatral do Mutarelli, que a maior parte do tempo não consegue transmitir o sentimento do protagonista, e por algumas outras vezes se perde nos diálogos. Também senti falta da ironia característica dos personagens do Mutarelli, que é tão bem interpretada pelo Selton Mello no Cheiro do Ralo.
Mesmo com esses e alguns outros defeitos, a trama criada pelo Mutarelli tem seus méritos no filme. Um exemplo disso é a evolução do personagem em metamorfose, que passa por momentos de resignação, doçura, intimidade, agonia, rejeição.. e aos poucos vai se revelando conforme a perda das rédeas da situação, como um sujeito ciumento, possessivo, egoísta, sórdido.. até chegar ao ápice da sua insanidade. Outro ponto positivo que sustenta o personagem são suas metáforas, que criam questionamentos a respeito dos relacionamentos e da condição humana.
É um bom filme, mas que falha na execução. Creio que por isso não consiga agradar a maioria das pessoas que ainda não leram o livro.
Delicatessen
3.8 278 Assista AgoraA trama está longe de ser cativante e interressante como é da Amelie Poulain, e pelo contrário, é um tanto indigesta. O grande trunfo da história é a insanidade do que ela contêm, aliada as situações inusitadas de humor negro, que consegue aliar o ambiente sombrio e bizarro do que é proposto, a leveza de cenas de poucos diálogos que valorizam a expressividade dos atores. Um filme com um atmosfera densa, mas belo, gostoso de assistir.
Um Conto Chinês
4.0 852 Assista AgoraNothing has to make sense, but everything in its right place!!!
Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
4.2 3,1K Assista AgoraMuito bom, só não é melhor porque é focado na trama principal, omite muitos detalhes, e não há tempo pra contar a história da Lisbeth. Nisso a trilogia original sueca sai ganhando, e vale a pena ser vista também.
Fim de Caso
3.8 111 Assista AgoraO filme é bem construído e as atuações são ótimas, mas a história também não me atraiu. Mesmo sendo imprescindível para sustentar no roteiro o questionamento entre amor/fé vs ceticismo/razão, passei a maior parte do filme incomodado com a proposta do sobrenatural. O ponto positivo da trama é o pragmatismo do personagem do Ralph Fiennes: "Existir é ser notado."
Amores Imaginários
3.8 1,5KO título é melhor do que o próprio filme. A proposta é ruim e vazia, os personagens não convencem, e a câmera lenta torna o filme ainda mais cansativo. Certamente criei expectativas demais imaginando alguma profundidade no roteiro, que é raso demais e saturado de paixão infantil. Alias, seguindo a linha "ideologia juvenil" de Edukators e The Dreamers, Amores Imaginários poderia fazer parte de uma trilogia, sendo que esse seria o pior deles, que pra chegar ao nível dos outros dois, ainda falta uma proposta maior do que o amor inocente pra deslumbrar grande parte dos "revolucionários de sofá" que reverenciam esses filmes.
Os Agentes do Destino
3.5 1,1K Assista AgoraChega a ser interressante a temática sobre escolhas e renúncias, preenchimento de vida, caminhos a seguir, 'efeito borboleta', etc, mas a proposta de que o destino é exato e segue um plano a maioria dos argumentos não convencem. A trama consegue entreter mas não emociona, e o final se torna óbvio demais...