Hoje acabei de terminar de ver o último episódio(23/11/2023) dessa excelente minissérie dirigida Walter Avancini. Para mim foi a primeira, mesmo ela tendo sido reprisada em 85 e 86. Avenida Paulista aborda a cobiça por dinheiro, poder e prestígio. Na minha opinião foi uma das melhores realizadas numa época em que a Globo tinha realmente produções de qualidade. Antônio Fagundes como protagonista e um elenco recheado como Bruna Lombardi, Walmor Chagas, Dina Sfat, Ney Latorraca e Martha Overbeck nos papéis principais.
Sou vascaíno e logicamente que não poderia deixar de assistir este documentário. Para mim Eurico Miranda foi o maior diretor do futebol brasileiro, mas que também deixou um buraco sem fim para o Vasco. É uma relação de amor e ódio para os torcedores vascaínos. Eurico mandava e peitava com qualquer um que falasse mal do clube. Enfim, Eurico Miranda mesmo que tenha feito muitas coisas erradas sempre será lembrado não só pelos vascaínos, e si pelos outros torcedores como uma lenda!
E chegamos na 2 temporada do maior apresentador da tv brasileira. Essa segunda temporada está bem melhor, aqui mostra a melhor fase do apresentador e do SBT que foi os anos 90. E história não falta sobre Silvio Santos, e sem dúvida o maior apresentador da televisão brasileira é cercado de muitas polêmicas, como também de bastante paixão, admiração e curiosidade do grande público. A segunda temporada foca, principalmente, em dois fatos principais da biografia do apresentador: o sonho fracassado da carreira política, em 1989, e a quase falência por causa do escândalo do Banco Panamericano, em 2010. O ponto alto, talvez, desta temporada seja a forma com que ilustra como a Globo tentou destronar Silvio Santos a partir da contratação de um novato, Fausto Silva, que fazia sucesso na Bandeirantes. Não poderia de mencionar os momentos "memoráveis" como o sushi erótico do Faustão, a ereção ao vivo de Jean Claude Van Damme, a banheira do Gugu e a fracassada entrevista falsa que Gugu fez com integrantes do PCC. Algumas caracterizações deixaram a desejar. Enquanto Geraldo Alckmin, Pedro de Lara, Iris Abravanel e o próprio Silvio parecem mais fiel à realidade, outros personagens fugiram muito do esperado, como é o caso de Lula, Collor, Elke Maravilha, Faustão e Gugu. Senti a falta de grandes nomes da emissora como Hebe, Jô Soares, Carlos Alberto de Nóbrega e Mara Maravilha. Aguardemos o que será a terceira e última temporada sobre a vida de uma das maiores personalidades do Brasil e que consolida como uma excelente de entretenimento.
A terceira temporada achei fraquíssima, e por mim já teria se encerrado, porém surge a quarta, e dessa vez dividida em duas partes que ao meu vê ficou melhor e menos cansativa. Joe deixou tudo para trás para recomeçar em outro país, agora em Londres, com outra identidade e novo emprego. Conhecido como professor Johnathan Moore. "You" tem uma nova dinâmica. Joe não está no controle, agora se tornou um alvo e com crimes convergindo ao seu redor. A narração continua, mas agora ela funciona de maneira diferente, não mais idealizando uma mulher, mas quase questionando esse novo assassino que pretende acabar com o disfarce de Joe e, talvez o que gere maior incômodo, levá-lo a matar novamente. E como sempre o desempenho de Badgley sempre foi fundamental para o sucesso da série, já que comprar todas as diferentes facetas do seu personagem Joe vítima de abuso, amante, perseguidor, planejador e, sim, assassino, seria impossível sem que ele nunca perdesse de vista as perturbadoras profundezas da humanidade do personagem. "You" não entrega uma recompensa satisfatória, o que para mim já era de se esperar, mas provavelmente será resolvido com os episódios finais. Essa quarta pelo menos foi regular por mostrar uma nova dinâmica ao protagonista.
Série documentada de uma das maiores tragédias que o Brasil presenciou e que este ano completou 10 anos. Como é de se esperar, o início é o relato do incêndio e a narrativa segue, em parte, os acontecimentos. Mas o destaque dessa produção está na cobertura dos julgamentos. Dirigida pelo repórter Marcelo Canellas, que passou a infância e adolescência em Santa Maria e se formou na mesma universidade de boa parte das vítimas. Seja qual for a forma pela qual o caso foi acompanhado, é irônico pela clareza nos culpados que eles mal são responsabilizados. Ainda nos julgamentos, no principal, temos a atuação de um advogado de defesa que se destaca. Sinceramente, é uma vergonha você ter um profissional se comportando daquela forma e ainda considerar que ele tem ao menos respeito por toda a situação. Imagino que ele queria seguir carreira circense e a família o obrigou a fazer direito. Outro momento é o uso, ainda pela defesa, de uma carta psicografada de uma das vítimas que pedia para esquecer e seguir em frente. “Boate Kiss – A Tragédia de Santa Maria” vem para tentar ajudar mais do que o judiciário vem fazendo.
Apesar de ter sido baseada em fatos me decepcionei com essa minissérie. Os primeiros episódios de “The Watcher” configuram quase como em “ The Shining ” ou “ The Amityville Horror ” (como deveria ser realmente) no sentido de que é principalmente sobre o desvendamento de um patriarca mais do que uma ameaça real e tangível. Esses temas são simplesmente jogados na mesa sem nenhuma visão por trás deles e, em seguida, deixados de lado por uma confusão de outras ideias como satanismo, infidelidade, túneis escondidos e, bem, fetichização caseira expressa através da poesia. Se isso fosse transformado em um filme de 90 minutos, talvez tivesse funcionado. As situações são tão ridículas, os personagens tão caricaturais que é difícil pensar nisso como uma "história real". Uma pena atrizes como Mia Farrow e Naomi Watts entraram numa barca furada. Para aqueles que ainda não viram e leram até agora minha análise, saibam que perderão de 15 a 20 pontos de QI se passarem por esse lixo. A Netflix está no ponto de seu ciclo de vida em que está simplesmente produzindo conteúdo destinado a preencher o espaço e tornar o mundo mais estúpido.
A série é boa, muito bem produzida e acima da média pros padrões da Netflix. Mas não é nada extraordinária e disruptiva como Dark foi. Claramente bebe de várias fontes da cultura pop: Lost, Matrix, Westworld, Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, chegando até Dia da Marmota! Por falar em produções da própria Netflix, além de O.A. lembrei também do filme Oxigênio. Aí mistura isso tudo com uns conceitos filosóficos e existencialistas pra dar aquele verniz intelectual e joga pra galera elocubrar as teorias .. Quanto à polêmica, acho que tanto a série quanto à HQ vão se beneficiar da visibilidade criada, porque ambas são apenas OK, não trazem nada de muito original. Com todo respeito à criadora, mas li a HQ e não vi nenhum indício forte de que houve plágio. As histórias, contextos, cenários, personagens e motivações psicológicas são totalmente diferentes. As únicas (vagas) semelhanças são o uso da pirâmide/ triângulos e a personagem na cápsula de criogenia, clichês que já foram usados à exaustão em dezenas de produções audiovisuais. A própria HQ tem referências a futuro pós-apocalíptico, velocidade de dobra, tripulantes enlouquecendo, que me lembraram Star Trek, Alien, Solaris, Enigma do Horizonte. Enfim, na cultura pop nada de novo se cria, tudo é "inspirado em"...
Antes de fazer a análise quero deixar aqui a crítica negativa que uma de suas filhas, Daniela Beyruti, diretora de televisão, disse que assistiu a apenas um episódio da produção e resolveu não continuar: "Me perguntei: quem produziu isso? Com que intuito?". "História mal contada, tantas inverdades, personagem arrogante, um Silvio Santos que ninguém conhece, nem conheceu. Lamentável!". Como todos sabem,"O Rei da TV' conta a incrível história de Silvio Santos, o jovem de origem humilde, genial e ambicioso que foi atrás de seu sonho e se tornou o empresário e comunicador mais bem sucedido da TV brasileira, além de um dos empresários mais reconhecidos do país. Mas a série na minha opinião foi degradante. Logo no começo do primeiro episódio, Silvio Santos aparece em pânico no palco do Show de Calouros ao perceber que perdeu a voz. Ao ser alertado através de um ponto eletrônico pela produção, foi decidido suspender o programa, que estava ao vivo, e exibir as famosas pegadinhas. Silvio Santos sempre chamou as pegadinhas de “Câmeras Escondidas”, ele nunca usou ponto eletrônico e toda cena nunca ocorreu. Além disso, a produção não conseguiu revisitar a memória afetiva do público os anos 80 na TV. Mesmo tendo personagens tão ricos como Carlos Alberto Nóbrega, Sérgio Mallandro, Elke Maravilha, Hebe Camargo , Roque, Boni,, SBT, Gugu e Silvio Santos. Todos pareciam sair de uma esquete do extinto Zorra Total. Vimos um Gugu vingativo, uma Irís Abravanel fútil, de boca suja e com desejo de poder, um Silvio Santos invejoso, possessivo e que atrasa pagamentos de funcionários dedicados. E tanto Mariano quanto Chachá não conseguiram ser Silvio Santos. Em nenhum momento consegui enxergar neles o apresentador. Estava mais para uma paródia. Aliás, na caracterização, um parecia Dudu Camargo e outro, Raul Gil. Agora uma questão que merece elogios foram a reconstrução de momentos dos anos 60, 70 e 80 ficaram muito boas. É possível ver diversos carros de época andando pelo cenário, o que mostra o cuidado com estes detalhes. Figurinos, cenários e elementos destes dias também mostram dedicação e cuidado por parte da produção. Mesmo não "contando" decentemente a verdadeira história do Silvio Santos "O Rei da TV" merece uma conferida.
Mesmo com meus 53 anos eu não conhecia a história do Jeffrey Dahmer, um dos mais cruéis assassinos em série. A minissérie tem dois objetivos ao contar um resumo da vida do assassino: Mostrar como ele se tornou um dos serial killers mais famosos do mundo e também o que permitiu com que ele fizesse 17 vítimas por mais de 10 anos sem ser preso. O segundo objetivo foi alcançado com sucesso. O sentimento ao final de cada episódio é de revolta com o racismo e a homofobia das autoridades, que mais de uma vez ignoraram denúncias e evidências de que ele dopava, estuprava e matava jovens LGBTQIA+, em sua maioria não brancos. Há quem diga que é necessário mostrar que serial killers não são monstros, e sim pessoas comuns que passam despercebidas na sociedade. É verdade: esse é um dos méritos do gênero "true crime", quando feito de forma responsável. E, em partes, a série cumpre esse papel, mas ultrapassa o limite entre humanização e romantização ao adicionar elementos de ficção que confundem o público. O elenco está ótimo, destaque para Evan Peters que dosa com inteligência as fragilidades do sujeito, bem como suas monstruosidades. Funcionando como drama e suspense, "Dahmer Um Canibal Americano" peca apenas por andar em uma linha muito tênue e perigosa. Ainda que denuncie, produz entretenimento com a dor de inocentes. Ainda que investigue, dá espaço a um homem monstruoso que não merecia mais do que nosso esquecimento. E o que ainda mais me doeu, é que várias mortes poderiam ter sido evitadas. A vizinha ouvia ele matando, ouvia os rapazes pedindo por socorro , ouvia a furadeira ligada de madrugada e sentia o mal cheiro. Todas as noites em que ela ouvia ela ligava para polícia, e a polícia não dava cartaz , diziam que pela manhã iam mandar viaturas. Foram avisados todas as vezes e a polícia foi omissa.
Documentário curto e eficiente desse que foi um dos casos mais tristes que aconteceu na década de 70 nos EUA. Não precisou de tantos detalhes e tantas conversas como vemos em muitos. Esse a Netflix acertou.
Em 1992, a “namoradinha do Brasil” era destaque na novela “De Corpo e Alma”, do horário nobre da Globo. Mas no dia 29 de dezembro de 1992 amanheceu com uma notícia que chocou o Brasil. E, na realidade, tudo indicava que a grande manchete do dia seria o impeachment de Fernando Collor, o então presidente do país. Porém, a morte de uma estrela da novela das 9 (na época era das 8) foi o que marcou a data. Nessa época eu morava em Recife e mesmo assim comprei o jornal "O Globo", onde na primeira página estampava o corpo estendido em um matagal. Com 22 anos, ela estava em ascensão na sua carreira. Ia bem na novela da mãe, em que foi escalada e ensaiava uma peça musical com muita dança, sua paixão. E seu companheiro de cena era o marido Raul Gazolla. Ao que tudo indicava,1992 teria sido um ano excelente para a família Perez. Porém, há poucos dias da virada, tudo mudou. Por quase trinta anos, Glória Perez se recusou a realizar alguma produção sobre o crime que sua filha sofreu. Mas, desta vez ela topou, por confiar em Tatiana Issa, roteirista e diretora do documentário. Tatiana é vencedora de um Emmy e nomeada a outros dois. Ele é, muitas vezes, repetitivo, o que torna a distância ideal para relembrar aquilo que já foi assistido. "Pacto Brutal:O Assassinato de Daniela Perez" é uma excelente série documental que mostra com detalhes e relembra momentos de um crime que mora no imaginário dos brasileiros.
P.S. O documentário é essencial para jamais esquecemos que Guilherme Pádua é um assassino! está solto, mas é assassino!
Não de hoje que as produções vindas da Coreia do Sul vem ganhando cada vez mais espaço no streaming e no cinema, e isso acontece por uma razão muito simples: apoio governamental para a produção cultural no país. E não novidade que os sul coreanos vem dominando o mundo aos pouquinhos. Mas acho que eles lançam demais produções sobre zumbis e que já está ficando batido. Essa tem doze episódios e que ficou muito maçante. Se fossem 12 episódios de 40 minutos ou 8 episódios de 1h a série fluiria muito melhor. Mas cada episódio tem em sua maioria 1 hora de produção. "All of Us Are Dead", que traz muitos zumbis e mortes sanguinolentas e, principalmente, personagens burros e desinteressantes, algo bem típico do gênero zumbi. Os personagens da série seguem o padrão do gênero de zumbis, são incrivelmente burros e cometem erros o tempo todo, a ponto de irritar quem está assistindo quase a todo instante. Derrubar garrafas, fazer barulhos aleatórios, chorar demais, gritar demais, tropeçar a cada 5 passos, todas características altamente irritantes, que seriam facilmente ignoradas se ocorressem em momentos específicos. Mas não há o que reclamar do visual da série, que está dentro do padrão das diversas produções coreanas da plataforma, todas muito bem produzidas graficamente. As mortes são ótimas e os confrontos dos estudantes com os monstros também são bem produzidos, criando uma sensação de sobrevivência muito crível e interessante. "All of Us Are Dead" não é nem de longe uma produção de zumbis incrível e digna do seu tempo, ela é maçante e apela para dramas adolescentes de forma irritante, provando que zumbis e drama não combinam, de fato.
Minissérie bem regular e cansativa. É um daqueles roteiros cheios de guinadas, algumas delas surpreendentes, mas a maioria, previsível. Ficam muitas pontas soltas. Se perde no excesso de viradas e arcos subdesenvolvidos. Além disso,
há um casal de bandidos que anda meio fantasiado e faz coreografias.
É irritante demais e destoa do resto. É curioso como a minissérie prende apenas pelos ganchos e nunca pela trama em si, culpa pelo excesso de clichês e da total falta de sutileza do texto. "Fique Comigo" é esquecível!
Chucky sempre volta. De um jeito ou de outro, o brinquedo assassino encontra um meio de continuar seu reinado de horror. Dessa vez o formato é que mudou, ao invés de filme (reboot ou remake), nosso querido vilão retorna às telas no formato de série. Gostei bastante da série, mesmo tendo ressalvas no decorrer da temporada. Acho que o número de 8 episódios foi prejudicial. Tem uma queda de ritmo notável a partir da metade. E como é uma trama slasher, ela é preenchida com assassinatos frequentes, mas chega uma hora que cansa, né ? Vale a pena salientar que os temas debatidos como o bullying, sexualidade e câncer são muito comentados, mas no roteiro eles são apenas arranhados. Uma grande surpresa aqui foi ver Chucky ser transformado em ícone queer. Foi interessante ver um vilão homicida despido de preconceito LGBTQIA+. Mas a questão é que o ator principal é péssimo! O rapaz só tem duas caras: abusinho e abusinho triste. O restante do elenco até que se sai bem, trazendo velhos conhecidos da série (incluindo Brad Dourif, a clássica voz do boneco). Temos o retorno de alguns rostos famosos da franquia, com o destaque para uma certa personagem. A maioria deles representa apenas um aceno aos fãs e parecem meio deslocados da trama principal. Tem momentos gore, mas não tanto como nos filmes anteriores. Os planos do boneco demoram demais, mas quando se é revelado, é bobo e muito vago. É uma série pra lá de nostálgica, sem dúvida, mas que se sacrifica pela longa duração e com um protagonista que não fará nenhuma falta caso não retorne para segunda temporada. Valeu a pena passar umas horinhas como nosso pra lá de carismático brinquedo asasssino.
P.S. A pergunta que fica é: será que dessa vez Chucky vai conseguir o que quer ou serão necessárias trocentas temporadas (a 2ª já foi confirmada) para que ele cumpra seu objetivo ou seja detido de uma vez por todas ?
Por mim teria encerrado na segunda temporada, mas quando se tem sucesso não tem jeito. Essa achei seus dez episódios enfadonhos e que ficou sem pé nem cabeça. De boa nas duas primeiras se tornou tosquisse. Como virá uma quarta temporada irei conferir para não perder a sequência, mas, tô prevendo nada animador.
Não é de agora que os coreanos fazem excelentes filmes e séries. Todos os episódios de "Round6" remetem a algo relacionado com infância, mas as semelhanças param por aí. Esse está na lista de um dos doramas(Pronúncia japonesa da palavra “drama”) com mais sangues e mortes que já assisti. O diretor e escritor da história, Hwang Dong-Hyuk, fez um trabalho excelente com a ambientação e história dos personagens. Todos os cenários são bem montados e coloridos. A proposta é muito mais macabra, pois traz no aspecto social uma alegoria bastante incomodativa, uma vez que a ideia é provocar uma quantidade absurda de sentimentos revoltantes. Mas o forte da série é a crítica ao sistema capitalista e, principalmente, aos governos que nos vendem uma falsa democracia são os principais destaques da trama. É uma história que consegue mostrar como a vida na sociedade é competitiva e como todos estamos sempre tentando dar o nosso melhor para nos destacar entre todos os outros. Mas também chega ser irracional achar aceitável que pessoas queiram realmente participar de um jogo onde pessoas morrem apenas para ganhar uma bolada ao fim.
Engraçado que essa minissérie nunca me despertou na época quando foi lançada. E graças a Globoplay eu consegui assisti, agora em telefilme de duas horas de duração. Ela tem cerca de 1o horas de duração, mas enfim, o que valeu foi o que vi. A Globo no século passado fazia além de grandes novelas grandes minisséries, e "As Noivas de Copacabana" foi uma delas. E ela teve mais destaque por ter sido baseado em fato. E o que me chamou mais atenção é que ela teve uma história de suspense/policial que deixou o telespectador tenso até seu desfecho. Miguel Falabella fez seu melhor desempenho no papel do psicopata. O elenco temos grandes nomes como Reginaldo Farias, Milton Gonçalves, Raul Cortez e Hugo Carvana. Já no feminino nomes como Tássia Carmargo(Que n apareceu), Patrícia Pillar e estonteante Christiane Torloni. Claro que vendo hoje ela tem muitos furos mas não deixou de ser um grande trabalho feito para uma das melhores minisséries da década de 90.
A cada vez mais as séries de origem espanhola vêm se destacando na Netflix. Desde o lançamento de La Casa de Papel, vemos diversas produções originais sendo lançadas na plataforma de streaming trazendo diferentes histórias, e muitas delas envolvendo crimes, romance, mistério e investigação, tudo em uma série só. Essa minissérie é baseada no livro homônimo de Harlan Coben, escritor norte-americano, e conta uma história envolvente que mistura drama, vingança, romance e muito mistério. Tem uma montagem bem construída e uma ótima fotografia quando mostra Barcelona e Marbella. "O Inocente" tem excesso de viradas que tira um pouco o foco da série. Os arcos se cruzam, mas nem sempre de forma orgânica. Algumas reviravoltas funcionam bem, mas outras não, inclusive a mais importante delas, bem previsível. Achei um tanto exagerado a duração dos episódios, os dois últimos são bem menos interessantes do que o restante da série e poderiam ser resumidos em um só, o que a tornou um tanto arrastada. O elenco se destaca, absolutamente nenhum personagem é desinteressante, independente do grau de envolvimento de cada um com a trama central. Mario Casas, como sempre aparecendo cada vez mais nas produções espanholas. Mario é o coração da série, ele é super carismático, e sempre funciona bem em qualquer papel. Mas para mim Alexandra Jiménez, como a Lorena entregou uma grande atuação, ela realmente foi o grande destaque inesperado. "O Inocente" nos trás, nos detalhes, mais asqueroso, que o ódio e a violência atrofiam a consciência humana, e deformam o espírito de alguém, sejam estes providos por um abalo emocional, ou abastecidos por um ego desenfreado.
"Them" não me encheu os olhos. Os dez episódios também começam a parecer muito para a história, embora, felizmente, alguns deles fiquem com só meia hora de duração, ainda assim sente-se em alguns momentos um pouco de encheção de linguiça. Creio que oito caberiam tranquilamente. Os clichês de terror também começam a dominar a narrativa. Apesar dos roteiristas fazerem o possível para ligá-los ao tema maior do preconceito racial, eles ainda não deixam de ser clichês. O reverendo malvado também me despertou umas lembranças de Poltergeist 2 (1986)…O epísódio mais cruel e triste foi o quinto. O nono, apesar de explicativo, achei entediante. O sobrenatural não tivesse entrado na série ficaria melhor, só focaria na família. No elenco todos eles são fantásticos, e se aprofundam na complexidade de cada personagem que foi lhe dado. A fotografia consegue se equiparar a trama sobrenatural, e a trilha sonora homenageia clássicos, e ainda constrói sua originalidade em cima disso. Mas "Them" não é isso tudo, apesar da violência gráfica mostrada.
O que me fez assistir essa série foi exatamente pelos tigres, animais que acham fascinantes! Mas o conteúdo nessa primeira temporada foi extremamente bizarro! Alias, ela está sendo até o momento a mais bizarra da Netflix. Esta série é definida na frase: Só acredito vendo, vendo não acredito. rs.....Nenhum ser humano se salva no documentário. Os únicos que prestam são os animais. É plot twist em cima de plot twist, mas pra mim o maior plot twist foi o namorado desdentado do Joey Exotic ter largado o Joey pra ficar com a secretária do parque.
Agradável série norueguesa em uma produção em formato de antologia. A premissa é muito bacana e o formato também, mas assim como Black Mirror que usa da mesma técnica da junção de diversas histórias numa mesma temporada, vai do lixo ao luxo. Os roteiros são diversificados, existem contos de fantasmas, psicopatas, lendas nórdicas, tudo no melhor estilo Além da Imaginação. Dos seis contos o que mais gostei foi Um Grande Sacrifício, e o mais fraco O Elefante na Sala.
1-UM GRANDE SACRIFÍCIO(O mistério envolta do comportamento desses moradores e a motivação de cada um deles é o que move o episódio, até a conclusão um tanto quanto trágica. PS: Não recomendo para quem tem receio de qualquer maltrato a animais.
2-TRÊS IRMÃOS LOUCOS(É um episódio muito bem executado, com atmosfera de medo crescente e atuações muito interessantes. Entretanto, a história tem um plot twist pouco original, já visto algumas vezes.
3-ESCRITOR DO MAL(A história é uma das mais criativas e cheia de reviravoltas interessantes, mas a execução nem tanto, se tornando mais cômico do que aterrorizante ao seu final.
4-COBAIAS(O clima é agoniante e com uma tensão crescente, fruto do bom trabalho de direção. Muito bem montado, o episódio proporciona mistério até o fim, levando grandes questões a serem discutidas muito além do terror.
5-A ESCOLA ANTIGA(Esse é o único episódio com apelo ao sobrenatural. é o que mais flerta com o terror como construção do medo no espectador.
6-O ELEFANTE NA SALA(De longe, é o episódio mais fraco da série. É arrastado, apesar de curto, não consegue criar a atmosfera de suspense necessária, como os outros.
"Bloodride"(Coletivo Terror) É uma distração interessante, leve e que vale o momento. Não é uma produção que abusa de jumpscares (quase não há, na verdade), o que é muito bom. As histórias, apesar de algumas serem um pouco clichês, são interessantes e bem feitas. A abertura é muito bem feita e é um dos pontos positivos da série. Tem todos os elementos necessários para criar um clima assustador. Inclusive é mais assustadora do que os próprios contos.
YOU é aquele tipo de série de TV que deveria ter sido feito para existir por apenas uma temporada. Mas como já era de se esperar o sucesso que ela fez pela Netflix foi previsto trazê-la de volta. Na minha opinião não teve o mesmo patamar da primeira. A primeira achei melhor, apesar também que houve algumas coisas absurdas. Essa é segunda é bem devagar e que só vem a engrenar a partir do oitavo episódio quando vem os plot twisters. A segunda consegue provocar um desejo pela investigação muito maior do que na primeira temporada, com nossas suposições sendo alteradas durante o percurso devido às inúmeras reviravoltas que vão surgindo. Diferente da primeira, que chegou a ser acusada de romantizar a obsessão, na segunda temporada o objetivo foi ressaltar que pessoas com personalidades sociopatas estão por aí e que pequenos sinais e alertas podem ser o suficiente para escapar. Penn Badgley tá ótimo como na primeira, consegue desenvolver bem todas as facetas de seu personagem construindo um personagem monstruoso, no bom sentido e no mau sentido (quando necessário). Dos novos personagens destaco dois;Victoria Pedretti (A Maldição da Residência Hill) e Jenna Ortega (Jane, a Virgem) que são as melhores adições da nova temporada. Mas uma nova personagem que eu gostei e que fiquei triste pela sua morte foi a Delliah. O diferencial dessa segunda temporada é que ela apresenta um salto saindo da zona de conforto, quando parecia que a narrativa seria repetitiva. Entre as duas temporadas essa ficou para trás, mas pouco distante.
Esperava mais dessa série. Os três primeiros episódios são bem interessantes, mas a partir do quarto quando a série começa a usar o piloto automático. A série ficou parecendo uma novela, e o elenco sem nenhuma inspiração, sem carisma algum, exceto Eric Bana que atuou razoavelmente. O final foi deprimente. Pra quem ainda n assistiu n vá com esperança de vê uma boa série, é bem regular.
Avenida Paulista
4.3 5Hoje acabei de terminar de ver o último episódio(23/11/2023) dessa excelente minissérie dirigida Walter Avancini. Para mim foi a primeira, mesmo ela tendo sido reprisada em 85 e 86. Avenida Paulista aborda a cobiça por dinheiro, poder e prestígio. Na minha opinião foi uma das melhores realizadas numa época em que a Globo tinha realmente produções de qualidade. Antônio Fagundes como protagonista e um elenco recheado como Bruna Lombardi, Walmor Chagas, Dina Sfat, Ney Latorraca e Martha Overbeck nos papéis principais.
A Mão do Eurico
4.0 32Sou vascaíno e logicamente que não poderia deixar de assistir este documentário. Para mim Eurico Miranda foi o maior diretor do futebol brasileiro, mas que também deixou um buraco sem fim para o Vasco. É uma relação de amor e ódio para os torcedores vascaínos. Eurico mandava e peitava com qualquer um que falasse mal do clube. Enfim, Eurico Miranda mesmo que tenha feito muitas coisas erradas sempre será lembrado não só pelos vascaínos, e si pelos outros torcedores como uma lenda!
O Rei da TV (2ª Temporada)
3.6 34E chegamos na 2 temporada do maior apresentador da tv brasileira. Essa segunda temporada está bem melhor, aqui mostra a melhor fase do apresentador e do SBT que foi os anos 90. E história não falta sobre Silvio Santos, e sem dúvida o maior apresentador da televisão brasileira é cercado de muitas polêmicas, como também de bastante paixão, admiração e curiosidade do grande público. A segunda temporada foca, principalmente, em dois fatos principais da biografia do apresentador: o sonho fracassado da carreira política, em 1989, e a quase falência por causa do escândalo do Banco Panamericano, em 2010. O ponto alto, talvez, desta temporada seja a forma com que ilustra como a Globo tentou destronar Silvio Santos a partir da contratação de um novato, Fausto Silva, que fazia sucesso na Bandeirantes. Não poderia de mencionar os momentos "memoráveis" como o sushi erótico do Faustão, a ereção ao vivo de Jean Claude Van Damme, a banheira do Gugu e a fracassada entrevista falsa que Gugu fez com integrantes do PCC. Algumas caracterizações deixaram a desejar. Enquanto Geraldo Alckmin, Pedro de Lara, Iris Abravanel e o próprio Silvio parecem mais fiel à realidade, outros personagens fugiram muito do esperado, como é o caso de Lula, Collor, Elke Maravilha, Faustão e Gugu. Senti a falta de grandes nomes da emissora como Hebe, Jô Soares, Carlos Alberto de Nóbrega e Mara Maravilha. Aguardemos o que será a terceira e última temporada sobre a vida de uma das maiores personalidades do Brasil e que consolida como uma excelente de entretenimento.
Você (4ª Temporada)
3.1 253A terceira temporada achei fraquíssima, e por mim já teria se encerrado, porém surge a quarta, e dessa vez dividida em duas partes que ao meu vê ficou melhor e menos cansativa. Joe deixou tudo para trás para recomeçar em outro país, agora em Londres, com outra identidade e novo emprego. Conhecido como professor Johnathan Moore. "You" tem uma nova dinâmica. Joe não está no controle, agora se tornou um alvo e com crimes convergindo ao seu redor. A narração continua, mas agora ela funciona de maneira diferente, não mais idealizando uma mulher, mas quase questionando esse novo assassino que pretende acabar com o disfarce de Joe e, talvez o que gere maior incômodo, levá-lo a matar novamente. E como sempre o desempenho de Badgley sempre foi fundamental para o sucesso da série, já que comprar todas as diferentes facetas do seu personagem Joe vítima de abuso, amante, perseguidor, planejador e, sim, assassino, seria impossível sem que ele nunca perdesse de vista as perturbadoras profundezas da humanidade do personagem. "You" não entrega uma recompensa satisfatória, o que para mim já era de se esperar, mas provavelmente será resolvido com os episódios finais. Essa quarta pelo menos foi regular por mostrar uma nova dinâmica ao protagonista.
Boate Kiss - A Tragédia de Santa Maria
4.2 81Série documentada de uma das maiores tragédias que o Brasil presenciou e que este ano completou 10 anos. Como é de se esperar, o início é o relato do incêndio e a narrativa segue, em parte, os acontecimentos. Mas o destaque dessa produção está na cobertura dos julgamentos. Dirigida pelo repórter Marcelo Canellas, que passou a infância e adolescência em Santa Maria e se formou na mesma universidade de boa parte das vítimas. Seja qual for a forma pela qual o caso foi acompanhado, é irônico pela clareza nos culpados que eles mal são responsabilizados. Ainda nos julgamentos, no principal, temos a atuação de um advogado de defesa que se destaca. Sinceramente, é uma vergonha você ter um profissional se comportando daquela forma e ainda considerar que ele tem ao menos respeito por toda a situação. Imagino que ele queria seguir carreira circense e a família o obrigou a fazer direito. Outro momento é o uso, ainda pela defesa, de uma carta psicografada de uma das vítimas que pedia para esquecer e seguir em frente. “Boate Kiss – A Tragédia de Santa Maria” vem para tentar ajudar mais do que o judiciário vem fazendo.
Bem-Vindos à Vizinhança
3.1 261Apesar de ter sido baseada em fatos me decepcionei com essa minissérie. Os primeiros episódios de “The Watcher” configuram quase como em “ The Shining ” ou “ The Amityville Horror ” (como deveria ser realmente) no sentido de que é principalmente sobre o desvendamento de um patriarca mais do que uma ameaça real e tangível. Esses temas são simplesmente jogados na mesa sem nenhuma visão por trás deles e, em seguida, deixados de lado por uma confusão de outras ideias como satanismo, infidelidade, túneis escondidos e, bem, fetichização caseira expressa através da poesia. Se isso fosse transformado em um filme de 90 minutos, talvez tivesse funcionado. As situações são tão ridículas, os personagens tão caricaturais que é difícil pensar nisso como uma "história real". Uma pena atrizes como Mia Farrow e Naomi Watts entraram numa barca furada. Para aqueles que ainda não viram e leram até agora minha análise, saibam que perderão de 15 a 20 pontos de QI se passarem por esse lixo. A Netflix está no ponto de seu ciclo de vida em que está simplesmente produzindo conteúdo destinado a preencher o espaço e tornar o mundo mais estúpido.
1899 (1ª Temporada)
3.6 394A série é boa, muito bem produzida e acima da média pros padrões da Netflix. Mas não é nada extraordinária e disruptiva como Dark foi. Claramente bebe de várias fontes da cultura pop: Lost, Matrix, Westworld, Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, chegando até Dia da Marmota! Por falar em produções da própria Netflix, além de O.A. lembrei também do filme Oxigênio. Aí mistura isso tudo com uns conceitos filosóficos e existencialistas pra dar aquele verniz intelectual e joga pra galera elocubrar as teorias ..
Quanto à polêmica, acho que tanto a série quanto à HQ vão se beneficiar da visibilidade criada, porque ambas são apenas OK, não trazem nada de muito original. Com todo respeito à criadora, mas li a HQ e não vi nenhum indício forte de que houve plágio. As histórias, contextos, cenários, personagens e motivações psicológicas são totalmente diferentes. As únicas (vagas) semelhanças são o uso da pirâmide/ triângulos e a personagem na cápsula de criogenia, clichês que já foram usados à exaustão em dezenas de produções audiovisuais. A própria HQ tem referências a futuro pós-apocalíptico, velocidade de dobra, tripulantes enlouquecendo, que me lembraram Star Trek, Alien, Solaris, Enigma do Horizonte. Enfim, na cultura pop nada de novo se cria, tudo é "inspirado em"...
O Rei da TV (1ª Temporada)
3.6 63Antes de fazer a análise quero deixar aqui a crítica negativa que uma de suas filhas, Daniela Beyruti, diretora de televisão, disse que assistiu a apenas um episódio da produção e resolveu não continuar: "Me perguntei: quem produziu isso? Com que intuito?". "História mal contada, tantas inverdades, personagem arrogante, um Silvio Santos que ninguém conhece, nem conheceu. Lamentável!".
Como todos sabem,"O Rei da TV' conta a incrível história de Silvio Santos, o jovem de origem humilde, genial e ambicioso que foi atrás de seu sonho e se tornou o empresário e comunicador mais bem sucedido da TV brasileira, além de um dos empresários mais reconhecidos do país. Mas a série na minha opinião foi degradante. Logo no começo do primeiro episódio, Silvio Santos aparece em pânico no palco do Show de Calouros ao perceber que perdeu a voz. Ao ser alertado através de um ponto eletrônico pela produção, foi decidido suspender o programa, que estava ao vivo, e exibir as famosas pegadinhas. Silvio Santos sempre chamou as pegadinhas de “Câmeras Escondidas”, ele nunca usou ponto eletrônico e toda cena nunca ocorreu. Além disso, a produção não conseguiu revisitar a memória afetiva do público os anos 80 na TV. Mesmo tendo personagens tão ricos como Carlos Alberto Nóbrega, Sérgio Mallandro, Elke Maravilha, Hebe Camargo , Roque, Boni,, SBT, Gugu e Silvio Santos. Todos pareciam sair de uma esquete do extinto Zorra Total. Vimos um Gugu vingativo, uma Irís Abravanel fútil, de boca suja e com desejo de poder, um Silvio Santos invejoso, possessivo e que atrasa pagamentos de funcionários dedicados. E tanto Mariano quanto Chachá não conseguiram ser Silvio Santos. Em nenhum momento consegui enxergar neles o apresentador. Estava mais para uma paródia. Aliás, na caracterização, um parecia Dudu Camargo e outro, Raul Gil. Agora uma questão que merece elogios foram a reconstrução de momentos dos anos 60, 70 e 80 ficaram muito boas. É possível ver diversos carros de época andando pelo cenário, o que mostra o cuidado com estes detalhes. Figurinos, cenários e elementos destes dias também mostram dedicação e cuidado por parte da produção. Mesmo não "contando" decentemente a verdadeira história do Silvio Santos "O Rei da TV" merece uma conferida.
Dahmer: Um Canibal Americano
4.0 671Mesmo com meus 53 anos eu não conhecia a história do Jeffrey Dahmer, um dos mais cruéis assassinos em série. A minissérie tem dois objetivos ao contar um resumo da vida do assassino: Mostrar como ele se tornou um dos serial killers mais famosos do mundo e também o que permitiu com que ele fizesse 17 vítimas por mais de 10 anos sem ser preso. O segundo objetivo foi alcançado com sucesso. O sentimento ao final de cada episódio é de revolta com o racismo e a homofobia das autoridades, que mais de uma vez ignoraram denúncias e evidências de que ele dopava, estuprava e matava jovens LGBTQIA+, em sua maioria não brancos. Há quem diga que é necessário mostrar que serial killers não são monstros, e sim pessoas comuns que passam despercebidas na sociedade. É verdade: esse é um dos méritos do gênero "true crime", quando feito de forma responsável. E, em partes, a série cumpre esse papel, mas ultrapassa o limite entre humanização e romantização ao adicionar elementos de ficção que confundem o público. O elenco está ótimo, destaque para Evan Peters que dosa com inteligência as fragilidades do sujeito, bem como suas monstruosidades. Funcionando como drama e suspense, "Dahmer Um Canibal Americano" peca apenas por andar em uma linha muito tênue e perigosa. Ainda que denuncie, produz entretenimento com a dor de inocentes. Ainda que investigue, dá espaço a um homem monstruoso que não merecia mais do que nosso esquecimento. E o que ainda mais me doeu, é que várias mortes poderiam ter sido evitadas. A vizinha ouvia ele matando, ouvia os rapazes pedindo por socorro , ouvia a furadeira ligada de madrugada e sentia o mal cheiro. Todas as noites em que ela ouvia ela ligava para polícia, e a polícia não dava cartaz , diziam que pela manhã iam mandar viaturas. Foram avisados todas as vezes e a polícia foi omissa.
Conversando com um Serial Killer: O Palhaço Assassino
3.7 84Documentário curto e eficiente desse que foi um dos casos mais tristes que aconteceu na década de 70 nos EUA. Não precisou de tantos detalhes e tantas conversas como vemos em muitos. Esse a Netflix acertou.
Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez
4.4 415Em 1992, a “namoradinha do Brasil” era destaque na novela “De Corpo e Alma”, do horário nobre da Globo. Mas no dia 29 de dezembro de 1992 amanheceu com uma notícia que chocou o Brasil. E, na realidade, tudo indicava que a grande manchete do dia seria o impeachment de Fernando Collor, o então presidente do país. Porém, a morte de uma estrela da novela das 9 (na época era das 8) foi o que marcou a data. Nessa época eu morava em Recife e mesmo assim comprei o jornal "O Globo", onde na primeira página estampava o corpo estendido em um matagal. Com 22 anos, ela estava em ascensão na sua carreira. Ia bem na novela da mãe, em que foi escalada e ensaiava uma peça musical com muita dança, sua paixão. E seu companheiro de cena era o marido Raul Gazolla. Ao que tudo indicava,1992 teria sido um ano excelente para a família Perez. Porém, há poucos dias da virada, tudo mudou. Por quase trinta anos, Glória Perez se recusou a realizar alguma produção sobre o crime que sua filha sofreu. Mas, desta vez ela topou, por confiar em Tatiana Issa, roteirista e diretora do documentário. Tatiana é vencedora de um Emmy e nomeada a outros dois. Ele é, muitas vezes, repetitivo, o que torna a distância ideal para relembrar aquilo que já foi assistido. "Pacto Brutal:O Assassinato de Daniela Perez" é uma excelente série documental que mostra com detalhes e relembra momentos de um crime que mora no imaginário dos brasileiros.
P.S. O documentário é essencial para jamais esquecemos que Guilherme Pádua é um assassino! está solto, mas é assassino!
All Of Us Are Dead (1ª Temporada)
3.7 288Não de hoje que as produções vindas da Coreia do Sul vem ganhando cada vez mais espaço no streaming e no cinema, e isso acontece por uma razão muito simples: apoio governamental para a produção cultural no país. E não novidade que os sul coreanos vem dominando o mundo aos pouquinhos. Mas acho que eles lançam demais produções sobre zumbis e que já está ficando batido. Essa tem doze episódios e que ficou muito maçante. Se fossem 12 episódios de 40 minutos ou 8 episódios de 1h a série fluiria muito melhor. Mas cada episódio tem em sua maioria 1 hora de produção. "All of Us Are Dead", que traz muitos zumbis e mortes sanguinolentas e, principalmente, personagens burros e desinteressantes, algo bem típico do gênero zumbi. Os personagens da série seguem o padrão do gênero de zumbis, são incrivelmente burros e cometem erros o tempo todo, a ponto de irritar quem está assistindo quase a todo instante. Derrubar garrafas, fazer barulhos aleatórios, chorar demais, gritar demais, tropeçar a cada 5 passos, todas características altamente irritantes, que seriam facilmente ignoradas se ocorressem em momentos específicos. Mas não há o que reclamar do visual da série, que está dentro do padrão das diversas produções coreanas da plataforma, todas muito bem produzidas graficamente. As mortes são ótimas e os confrontos dos estudantes com os monstros também são bem produzidos, criando uma sensação de sobrevivência muito crível e interessante. "All of Us Are Dead" não é nem de longe uma produção de zumbis incrível e digna do seu tempo, ela é maçante e apela para dramas adolescentes de forma irritante, provando que zumbis e drama não combinam, de fato.
Fique Comigo
3.2 70Minissérie bem regular e cansativa. É um daqueles roteiros cheios de guinadas, algumas delas surpreendentes, mas a maioria, previsível. Ficam muitas pontas soltas. Se perde no excesso de viradas e arcos subdesenvolvidos. Além disso,
há um casal de bandidos que anda meio fantasiado e faz coreografias.
Chucky (1ª Temporada)
3.7 339Chucky sempre volta. De um jeito ou de outro, o brinquedo assassino encontra um meio de continuar seu reinado de horror. Dessa vez o formato é que mudou, ao invés de filme (reboot ou remake), nosso querido vilão retorna às telas no formato de série. Gostei bastante da série, mesmo tendo ressalvas no decorrer da temporada. Acho que o número de 8 episódios foi prejudicial. Tem uma queda de ritmo notável a partir da metade. E como é uma trama slasher, ela é preenchida com assassinatos frequentes, mas chega uma hora que cansa, né ? Vale a pena salientar que os temas debatidos como o bullying, sexualidade e câncer são muito comentados, mas no roteiro eles são apenas arranhados. Uma grande surpresa aqui foi ver Chucky ser transformado em ícone queer. Foi interessante ver um vilão homicida despido de preconceito LGBTQIA+. Mas a questão é que o ator principal é péssimo! O rapaz só tem duas caras: abusinho e abusinho triste. O restante do elenco até que se sai bem, trazendo velhos conhecidos da série (incluindo Brad Dourif, a clássica voz do boneco). Temos o retorno de alguns rostos famosos da franquia, com o destaque para uma certa personagem. A maioria deles representa apenas um aceno aos fãs e parecem meio deslocados da trama principal. Tem momentos gore, mas não tanto como nos filmes anteriores. Os planos do boneco demoram demais, mas quando se é revelado, é bobo e muito vago. É uma série pra lá de nostálgica, sem dúvida, mas que se sacrifica pela longa duração e com um protagonista que não fará nenhuma falta caso não retorne para segunda temporada. Valeu a pena passar umas horinhas como nosso pra lá de carismático brinquedo asasssino.
P.S. A pergunta que fica é: será que dessa vez Chucky vai conseguir o que quer ou serão necessárias trocentas temporadas (a 2ª já foi confirmada) para que ele cumpra seu objetivo ou seja detido de uma vez por todas ?
Você (3ª Temporada)
3.5 361Por mim teria encerrado na segunda temporada, mas quando se tem sucesso não tem jeito. Essa achei seus dez episódios enfadonhos e que ficou sem pé nem cabeça. De boa nas duas primeiras se tornou tosquisse. Como virá uma quarta temporada irei conferir para não perder a sequência, mas, tô prevendo nada animador.
Round 6 (1ª Temporada)
4.0 1,2KNão é de agora que os coreanos fazem excelentes filmes e séries. Todos os episódios de "Round6" remetem a algo relacionado com infância, mas as semelhanças param por aí. Esse está na lista de um dos doramas(Pronúncia japonesa da palavra “drama”) com mais sangues e mortes que já assisti. O diretor e escritor da história, Hwang Dong-Hyuk, fez um trabalho excelente com a ambientação e história dos personagens. Todos os cenários são bem montados e coloridos. A proposta é muito mais macabra, pois traz no aspecto social uma alegoria bastante incomodativa, uma vez que a ideia é provocar uma quantidade absurda de sentimentos revoltantes. Mas o forte da série é a crítica ao sistema capitalista e, principalmente, aos governos que nos vendem uma falsa democracia são os principais destaques da trama. É uma história que consegue mostrar como a vida na sociedade é competitiva e como todos estamos sempre tentando dar o nosso melhor para nos destacar entre todos os outros. Mas também chega ser irracional achar aceitável que pessoas queiram realmente participar de um jogo onde pessoas morrem apenas para ganhar uma bolada ao fim.
As Noivas de Copacabana
3.6 61Engraçado que essa minissérie nunca me despertou na época quando foi lançada. E graças a Globoplay eu consegui assisti, agora em telefilme de duas horas de duração. Ela tem cerca de 1o horas de duração, mas enfim, o que valeu foi o que vi. A Globo no século passado fazia além de grandes novelas grandes minisséries, e "As Noivas de Copacabana" foi uma delas. E ela teve mais destaque por ter sido baseado em fato. E o que me chamou mais atenção é que ela teve uma história de suspense/policial que deixou o telespectador tenso até seu desfecho. Miguel Falabella fez seu melhor desempenho no papel do psicopata. O elenco temos grandes nomes como Reginaldo Farias, Milton Gonçalves, Raul Cortez e Hugo Carvana. Já no feminino nomes como Tássia Carmargo(Que n apareceu), Patrícia Pillar e estonteante Christiane Torloni. Claro que vendo hoje ela tem muitos furos mas não deixou de ser um grande trabalho feito para uma das melhores minisséries da década de 90.
O Inocente
4.0 302A cada vez mais as séries de origem espanhola vêm se destacando na Netflix. Desde o lançamento de La Casa de Papel, vemos diversas produções originais sendo lançadas na plataforma de streaming trazendo diferentes histórias, e muitas delas envolvendo crimes, romance, mistério e investigação, tudo em uma série só. Essa minissérie é baseada no livro homônimo de Harlan Coben, escritor norte-americano, e conta uma história envolvente que mistura drama, vingança, romance e muito mistério. Tem uma montagem bem construída e uma ótima fotografia quando mostra Barcelona e Marbella. "O Inocente" tem excesso de viradas que tira um pouco o foco da série. Os arcos se cruzam, mas nem sempre de forma orgânica. Algumas reviravoltas funcionam bem, mas outras não, inclusive a mais importante delas, bem previsível. Achei um tanto exagerado a duração dos episódios, os dois últimos são bem menos interessantes do que o restante da série e poderiam ser resumidos em um só, o que a tornou um tanto arrastada. O elenco se destaca, absolutamente nenhum personagem é desinteressante, independente do grau de envolvimento de cada um com a trama central. Mario Casas, como sempre aparecendo cada vez mais nas produções espanholas. Mario é o coração da série, ele é super carismático, e sempre funciona bem em qualquer papel. Mas para mim Alexandra Jiménez, como a Lorena entregou uma grande atuação, ela realmente foi o grande destaque inesperado. "O Inocente" nos trás, nos detalhes, mais asqueroso, que o ódio e a violência atrofiam a consciência humana, e deformam o espírito de alguém, sejam estes providos por um abalo emocional, ou abastecidos por um ego desenfreado.
Eles (1ª Temporada)
4.1 543"Them" não me encheu os olhos. Os dez episódios também começam a parecer muito para a história, embora, felizmente, alguns deles fiquem com só meia hora de duração, ainda assim sente-se em alguns momentos um pouco de encheção de linguiça. Creio que oito caberiam tranquilamente. Os clichês de terror também começam a dominar a narrativa. Apesar dos roteiristas fazerem o possível para ligá-los ao tema maior do preconceito racial, eles ainda não deixam de ser clichês. O reverendo malvado também me despertou umas lembranças de Poltergeist 2 (1986)…O epísódio mais cruel e triste foi o quinto. O nono, apesar de explicativo, achei entediante. O sobrenatural não tivesse entrado na série ficaria melhor, só focaria na família. No elenco todos eles são fantásticos, e se aprofundam na complexidade de cada personagem que foi lhe dado. A fotografia consegue se equiparar a trama sobrenatural, e a trilha sonora homenageia clássicos, e ainda constrói sua originalidade em cima disso. Mas "Them" não é isso tudo, apesar da violência gráfica mostrada.
A Máfia dos Tigres (1ª Temporada)
4.0 219O que me fez assistir essa série foi exatamente pelos tigres, animais que acham fascinantes! Mas o conteúdo nessa primeira temporada foi extremamente bizarro! Alias, ela está sendo até o momento a mais bizarra da Netflix. Esta série é definida na frase: Só acredito vendo, vendo não acredito. rs.....Nenhum ser humano se salva no documentário. Os únicos que prestam são os animais. É plot twist em cima de plot twist, mas pra mim o maior plot twist foi o namorado desdentado do Joey Exotic ter largado o Joey pra ficar com a secretária do parque.
Coletivo Terror (1ª Temporada)
3.1 138Agradável série norueguesa em uma produção em formato de antologia. A premissa é muito bacana e o formato também, mas assim como Black Mirror que usa da mesma técnica da junção de diversas histórias numa mesma temporada, vai do lixo ao luxo. Os roteiros são diversificados, existem contos de fantasmas, psicopatas, lendas nórdicas, tudo no melhor estilo Além da Imaginação. Dos seis contos o que mais gostei foi Um Grande Sacrifício, e o mais fraco O Elefante na Sala.
1-UM GRANDE SACRIFÍCIO(O mistério envolta do comportamento desses moradores e a motivação de cada um deles é o que move o episódio, até a conclusão um tanto quanto trágica. PS: Não recomendo para quem tem receio de qualquer maltrato a animais.
2-TRÊS IRMÃOS LOUCOS(É um episódio muito bem executado, com atmosfera de medo crescente e atuações muito interessantes. Entretanto, a história tem um plot twist pouco original, já visto algumas vezes.
3-ESCRITOR DO MAL(A história é uma das mais criativas e cheia de reviravoltas interessantes, mas a execução nem tanto, se tornando mais cômico do que aterrorizante ao seu final.
4-COBAIAS(O clima é agoniante e com uma tensão crescente, fruto do bom trabalho de direção. Muito bem montado, o episódio proporciona mistério até o fim, levando grandes questões a serem discutidas muito além do terror.
5-A ESCOLA ANTIGA(Esse é o único episódio com apelo ao sobrenatural. é o que mais flerta com o terror como construção do medo no espectador.
6-O ELEFANTE NA SALA(De longe, é o episódio mais fraco da série. É arrastado, apesar de curto, não consegue criar a atmosfera de suspense necessária, como os outros.
"Bloodride"(Coletivo Terror) É uma distração interessante, leve e que vale o momento. Não é uma produção que abusa de jumpscares (quase não há, na verdade), o que é muito bom. As histórias, apesar de algumas serem um pouco clichês, são interessantes e bem feitas. A abertura é muito bem feita e é um dos pontos positivos da série. Tem todos os elementos necessários para criar um clima assustador. Inclusive é mais assustadora do que os próprios contos.
Você (2ª Temporada)
3.5 611YOU é aquele tipo de série de TV que deveria ter sido feito para existir por apenas uma temporada. Mas como já era de se esperar o sucesso que ela fez pela Netflix foi previsto trazê-la de volta. Na minha opinião não teve o mesmo patamar da primeira. A primeira achei melhor, apesar também que houve algumas coisas absurdas. Essa é segunda é bem devagar e que só vem a engrenar a partir do oitavo episódio quando vem os plot twisters. A segunda consegue provocar um desejo pela investigação muito maior do que na primeira temporada, com nossas suposições sendo alteradas durante o percurso devido às inúmeras reviravoltas que vão surgindo. Diferente da primeira, que chegou a ser acusada de romantizar a obsessão, na segunda temporada o objetivo foi ressaltar que pessoas com personalidades sociopatas estão por aí e que pequenos sinais e alertas podem ser o suficiente para escapar. Penn Badgley tá ótimo como na primeira, consegue desenvolver bem todas as facetas de seu personagem construindo um personagem monstruoso, no bom sentido e no mau sentido (quando necessário). Dos novos personagens destaco dois;Victoria Pedretti (A Maldição da Residência Hill) e Jenna Ortega (Jane, a Virgem) que são as melhores adições da nova temporada. Mas uma nova personagem que eu gostei e que fiquei triste pela sua morte foi a Delliah. O diferencial dessa segunda temporada é que ela apresenta um salto saindo da zona de conforto, quando parecia que a narrativa seria repetitiva. Entre as duas temporadas essa ficou para trás, mas pouco distante.
Dirty John - O Golpe do Amor (1ª Temporada)
3.5 104Esperava mais dessa série. Os três primeiros episódios são bem interessantes, mas a partir do quarto quando a série começa a usar o piloto automático. A série ficou parecendo uma novela, e o elenco sem nenhuma inspiração, sem carisma algum, exceto Eric Bana que atuou razoavelmente. O final foi deprimente. Pra quem ainda n assistiu n vá com esperança de vê uma boa série, é bem regular.
Euphoria (1ª Temporada)
4.3 892Série típica para os aborrecentes