A primeira vez que eu assisti Cabaret (1972) foi aos 13 anos. Desde então, eu já escrevi muitas vezes sobre esse filme. Sabe aquela chave de virada que ocorre na sua mente quando você vê algo especial? Eu ainda lembro do momento que a sessão terminou e fiquei assistindo os créditos finais, sem acreditar no que tinha visto. Na minha visão, os musicais não eram assim. Existia uma modernidade, um sentimento avant-garde que permeia a obra muito mais relevante do que quase todos os filmes lançados depois. Inclusive, muitas das tentativas de modernizar o gênero parecem uma imitação barata do que o premiado diretor e coreógrafo Bob Fosse fez aqui.
São 50 anos de Cabaret. 50 anos desde que as audiências viram Liza Minnelli, a filha de Judy Garland, incorporar Sally Bowles, uma cantora e performer “amadora”, que espera a chance de bombar no cinema alemão (não faz muito sentido agora, mas os países europeus eram a grande fábrica de filmes mundiais antes da Segunda Guerra), e se envolve com um jovem britânico, confuso com sua sexualidade. Se as referências à homossexualidade e bissexualidade não fossem o suficiente para tornar a obra um clássico gay (isso já havia sido abordado em outros filmes, mas está mais ou menos certo afirmar que Cabaret foi o longa mainstream de Hollywood a abordar a diversidade sexual e de gênero sem estigmas), o musical eleva o apelo do gênero ao público.
Existem várias facetas que tornam esse filme tão especial para a comunidade gay. Vamos começar por Sally Bowles, que encarna a fantasia da diva da música e das telonas. Gays sempre idolatraram divas, algo conhecido desde o início da cultura pop, do cinema clássico (Bette Davis, Joan Crawford, Judy Garland), até a os palcos da música internacional (Madonna, Whitney Houston, Lady Gaga). O que não faltam são teorias sobre o motivo disso acontecer. Por que os homens gays se apegam tanto a essas mulheres? Eu gosto de pensar que cada uma, mesmo sendo completamente diferentes, personificam uma ideia de feminilidade negada ou “tirada à força” de quem não se adequa ao padrão de orientação sexual ou gênero. Sally Bowles vive um personagem, de certa forma. Ela é exagerada, uma verdadeira drag queen. Chique, espalhafatosa, e dona de uma suposta liberdade. E o fato da Liza Minnelli ser uma baita cantora e dançarina ajuda muito. No entanto, ao decorrer do longa, vemos que essa faceta não é tão forte quanto parece.
Brian Roberts, um escritor dedicado a pesquisas sei lá de quê, chega em Berlim e logo se encanta por Sally. Porém, a cantora não consegui incluí-lo em sua lista de amantes, o que gera uma discussão sobre a sua sexualidade. Por conta do histórico fracassado de relacionamentos com mulheres, um romance entre os dois parece ser improvável, até que um momento de vulnerabilidade envolvendo Sally e seu pai acende as faíscas do amor entre os dois. Para resumir a ópera, os dois se envolvem com o mesmo homem, e mesmo que a eventual gravidez parece pavimentar um futuro promissor para o casamento dos dois, o relacionamento (e o feto) não sobrevivem ao estilo de vida do casal.
Que Sally e Brian chegaram a realmente se apaixonar um pelo outro é algo deixado em aberto. O que parece de verdade é que os dois se apaixonaram pela ideia de que, por um momento, havia a possibilidade de suas vidas estarem definidas. Para ele, como homem gay, as chances de viver com outro homem durante a década de 30 não seria viável. Para ela, seria uma forma de se estabelecer após uma série de rejeições, tanto de caça-talentos quanto de seu próprio pai. No fim, Sally decide abortar o bebê porque prevê um futuro sombrio para o casal e para a criança. Ela provavelmente se tornaria uma mulher amarga pelos sonhos não realizados e cada mais entregue aos vícios. Ele… é doloroso até para ela admitir durante o filme, mas poderia se envolver de forma extraconjugal com outro homem.
Essa foi a decisão certa? Eu realmente não acho que o filme faz, no final das contas, esse juízo de valor. Será que o apego de Sally a sua liberdade é realmente algo que a liberta, ou que a aprisiona e a afasta de qualquer relacionamento promissor? O que faz um grupo de pessoas se agarrarem a um estilo de vida que logo se tornaria perseguido pelos nazistas (ah, tinha até me esquecido, mas esse filme também é sobre a ascensão do nazismo na Alemanha)? Esses questionamentos são bem pertinentes para quem atua na indústria do entretenimento, o que explica o motivo desse público ter recebido o musical com muito mais entusiasmo do que qualquer outro.
Prova disso é o fato de tanta gente ficar surpresa que, em um ano comandado por O Poderoso Chefão, Cabaret tenha sido o maior vencedor de troféus no Óscar. Mas além da Academia, acredito que o público LGBT consegue se relacionar muito bem com esses temas. A ideia da juventude eterna, de não consolidar uma vida tradicional, é muito relevante para quem sempre terá uma relação difícil com a palavra “família”. E o que realmente é a família para nós? Uma coisa interessante de notar atualmente é que muitas das “conquistas” da população LGBT (mas principalmente da comunidade gay) é de tornar possível que essas pessoas consigam reproduzir o ideal perpetuado pelas famílias heteronormativas durante toda a história.
Bom, mas voltando ao filme, ele ainda conta com a presença de Joel Grey, que interpreta o Emcee. O personagem é como um mediador dos conflitos dos personagens, trazendo-os ao palco do cabaré sempre que puder ser resumida em músicas. Eu acredito que Cabaret é um filme muito importante, mas até um pouco subestimado. Não acho que seja tão comentado quanto merece, e talvez seja por causa da estranha posição que ocupa. Lançado em 1972, a obra não é incluída com frequência como um clássico do New Hollywood, talvez porque o gênero musical ficou muito “pomposo” para as mentes que dominaram a época. Mas ao mesmo tempo, ele também não é lembrado como um dos musicais mais clássicos, justamente por ser muito transgressor em comparação com Cantando na Chuva, Mary Poppins, A Noviça Rebelde, etc.
Eu esperava não gostar desse filme, mas é muito bem feito para uma comédia bobinha. O roteiro é ótimo, e a dinâmica do Joe e da Marisa muito divertida.
O filho é, de longe, a pior coisa do filme. Tirando isso, Robin Williams e Nathan Lane estão perfeitos. É um filme que claramente não é mais tão controverso ou original se comparado com hoje em dia, mas nada supera essas atuações. O elenco é incrível.
Vou dar duas estrelas por conta do esforço e porque enaltece a Britney, mas de qualquer forma, concordo com a Britney quando ela chamou esses documentários de "hipócritas": a mídia agora busca transformar ela em uma pobre vítima, e ao invés de vender revistas como em 2007, agora é para gerar cliques e curtidas. Não que ela não tenha sido vítima, mas ver alguém que teve a sua vida interrompida por conta das constantes intromissões da mídia (que é tão culpada quanto o senhor Spears) receber toda essa atenção novamente revela muito sobre essas plataformas.
Eu sempre vi gente reclamando desse filme, e quando você assiste, você entende muito bem quem são as pessoas que ficam chateadas: aquelas bem chatas, insuportáveis, que devem ser péssimos amigos mas que se acham super certinhas. O filme é, resumindo, uma fábula antiautoritária. É incrível o que as autoridades (representada pelo diretor) fazem para afirmar que todo mundo respeite as mesmas regras, sem respeitar as individualidades de cada um, se rebaixando a invadir a privacidade (como quando o diretor invade a casa de Ferris). Mas, assim como no filme, quanto mais as autoridades, sejam a escola, os pais ou o governo, tentam reprimir e adequar todo mundo ao mesmos padrões, mais rebeldia causa.
Você só chega no final desse filme e pensa: Brian, parabéns! Essa foi a última adaptação do livro que eu vi, tendo assistido os remakes antes. Por isso, não esperei me surpreender. Mas esse filme mostra como a visão do diretor pode dar um toque especial á obra. A história inteira é filmada como um sonho adolescente que virou um pesadelo. É uma tragédia, que explora vários temas sem querer "doutrinar" o público. Você tem Carrie, uma garota que vive com a sexualidade reprimida, que serve como um contraste para os adolescentes ao seu redor, que são "livres" até demais. No final das contas, é até impossível não se identificar com a raiva mortal, resultado de uma alma agredida. Acho que qualquer pessoa que tenha passado por uma experiência semelhante consegue entender o alívio causado por todo o caos dos poderes de Carrie. Mas no final, essa "explosão" não deixa de criar as suas próprias cicatrizes no mundo exterior, e até em inocentes. Essa versão consegue ser mais perturbadora e, surpreendentemente, assustadora do que as versões anteriores. Nota 10 De Palma, você ENTREGOU.
Sinceramente, vou usar desse comentário só para responder à algumas criticas que eu vi do filme. Esse comentário vai ser longooooo, se sintam livres para discordarem. Vamos falar sobre o racismo. A primeira critica que as pessoas disseram foi que o fato de o filme ter sido lançado em 1939 não é desculpa. Mas ninguém usa isso como desculpa, é simplesmente um fato. Você pode usar isso para relativizar o filme ou para odiá lo. O fato é que um filme de 1939 que trata desse tema não vai ter as melhores representações raciais (na verdade, nenhum filme dessa época). O maior problema que as pessoas apontam no filme é a glorificação do sul escravocrata. Sabe, eu concordo, especialmente no começo. Mas honestamente, ao ver o filme (há muito tempo atrás) eu não pensava "nossa, olha como essa época era boa" (talvez porque eu não sou dos EUA) eu só pensava "a scarlett é uma menina rica e privilegiada e a guerra vai destruir isso" e mesmo hoje, é isso que ainda fica pra mim. Quando assisti o filme, não fazia ideia do que sua representação racial significava. Isso porque a escravidão não tem muita importância dentro do filme. Lógico, ele teve muita importância dentro da guerra mas, será que eu consigo assistir o filme mesmo sabendo disso? Sinceramente, sim. O segundo problema que as pessoas apontam é que os escravos nesse filme estão sempre prontos para ajudar os brancos. Ao ponto de dizerem que eles são escravos felizes. Sobre eles serem felizes, eu não sei, porque eu não vi nenhuma demonstração de felicidade ou infelicidade vindo deles, mas se tratando da conexão entre a Scarlett e seus escravos após eles conseguirem a liberdade... não foi exatamente isso o que aconteceu? Você pode pintar a história na sua cabeça como "quando os escravos foram libertos, de repente se tornaram independentes e nunca mais precisaram ser subservientes de novo" mas, como podemos ver atualmente, isso é mentira. Não havia escolha para os negros a não ser continuarem desempenhando os papéis que desempenhavam quando escravos. Esse é o motivo pelo qual existe o racismo sistemático. E por fim, eu vejo gente toda a hora dizendo "não importa que a Hattie McDaniel ganhou o Oscar, ela nem pode se sentar com os outros na mesa..." Olha, isso é uma pena... qual a culpa do filme nisso? Aquela época era uma merda e é por isso que o fato dela ter recebido o premio foi tão importante. Será que o premio mudou todo um pensamento racista de uma sociedade e acabou com as leis segregacionistas? Não. Afinal, isso continua sendo apenas um filme. Mas querer desmerecer esse feito por causa disso é muito triste. ELA LITERALMENTE DERROTOU ATRIZES BRANCAS (inclusive a Olivia, que vamos ser sinceros, teve um papel muito mais importante em geral).
esse filme é um grande "QUE?" Eu achei muito ruim mas ao mesmo tempo achei bom. Sei lá, eu to confusa até onde o filme é sério ou uma paródia dele mesmo. É tão absurdo kkkkk não sei o que falar gente, mas não custa nada assistir.
Gente, que filme inteligente, adorei. Fiquei surpresa mesmo. E essa é provavelmente a melhor representação “nerd” em um filme e soa bem atual para hoje em dia.
E esse negocio de plot twist de vilão já tá ficando batido né dona Disney? O vilão se torna mal trabalhado e esquecível que, quando você pensa em Ursula, Jafar, Scar e entre outros, bate uma decepçãozinha. Podiam criar um filme sem vilão mesmo.
Um dos filmes mais lindos que eu já vi! Parece que as pessoas embirraram mesmo com a Ariel porque ela... se apaixona? Deve ser esse o motivo, porque criticar a garota por tomar atitudes questionáveis não faz sentido. É isso que faz a estória andar pelo amor de Deus. De qualquer forma, tanto esse quanto os outros filmes de princesa pré 2000 apresentam uma certa inocência e magia infantil que é dificílimo de encontrar agora (outra coisa que eu não entendo também é o motivo de filmes infantis estarem cada vez mais cínicos ). Mas citando outras qualidades, esse filme talvez tenha a melhor coleção de música da Disney, e "Aqui no mar" talvez seja a única música (opinião) que ficou melhor traduzida no Brasil. A vilã é, simplesmente, uma das melhores do cinema e os desenhos são lindos. Inclusive, saudades desse tipo de animação. Não entendo essa obsessão por modelos de comportamento. A alma do filme está na estória e não nesse ou naquele personagem. Obsessão que agora está sendo seguida pela Disney, que resolveu refazer os seus clássicos, e cagar um por um um nos últimos anos, talvez pra agradar os leitores do Buzzfeed. Parece que a coitada da Ariel é a próxima vítima...
Na verdade é algo muito comum que pessoas que sejam maltratadas e excluídas com o tempo acabem perdendo a sua humanidade. Esse filme tocante mostra a trajetória de uma mulher trans para voltar a ter aquilo que a faz humana acima de tudo: um coração.
alguém obviamente sairia magoado da estória. Já que era pra ser o Duckie, podiam ter deixado ele sozinho mesmo. Não precisava enfiar uma menina no final pra gente sentir menos pena dele. Seria mais triste, mas acho que seria mais consistente.
Ainda acho que Alguém muito especial é melhor, mas o filme continua lindo de assistir.
Um filme surpreendentemente subestimado. Deveria ser mais conhecido, sendo que é um romance leve com uma personagem principal trans. Coisa difícil de se ver... mas enfim. Com certeza é muito avançado para a época, é divertido e te faz torcer pelo casal principal. E os atores são ótimos também.
ás vezes eu fico indecisa com esse filme, porque do meio pro final eu sinto que eles apressaram muito e o ritmo ficou meio prejudicado mas todo o resto é tão lindo que eu relativizo
Completamente apaixonada pelo Keith!!! Mais um filme teen que funciona justamente porque a mente por trás dele trata seus personagens de uma forma tão séria e humana que é impossível não se identificar..
Cabaret
4.2 253What good is sitting, all alone in your room
Come hear the music play
Life is a cabaret, old chum
Come to the cabaret
A primeira vez que eu assisti Cabaret (1972) foi aos 13 anos. Desde então, eu já escrevi muitas vezes sobre esse filme. Sabe aquela chave de virada que ocorre na sua mente quando você vê algo especial? Eu ainda lembro do momento que a sessão terminou e fiquei assistindo os créditos finais, sem acreditar no que tinha visto. Na minha visão, os musicais não eram assim. Existia uma modernidade, um sentimento avant-garde que permeia a obra muito mais relevante do que quase todos os filmes lançados depois. Inclusive, muitas das tentativas de modernizar o gênero parecem uma imitação barata do que o premiado diretor e coreógrafo Bob Fosse fez aqui.
São 50 anos de Cabaret. 50 anos desde que as audiências viram Liza Minnelli, a filha de Judy Garland, incorporar Sally Bowles, uma cantora e performer “amadora”, que espera a chance de bombar no cinema alemão (não faz muito sentido agora, mas os países europeus eram a grande fábrica de filmes mundiais antes da Segunda Guerra), e se envolve com um jovem britânico, confuso com sua sexualidade. Se as referências à homossexualidade e bissexualidade não fossem o suficiente para tornar a obra um clássico gay (isso já havia sido abordado em outros filmes, mas está mais ou menos certo afirmar que Cabaret foi o longa mainstream de Hollywood a abordar a diversidade sexual e de gênero sem estigmas), o musical eleva o apelo do gênero ao público.
Existem várias facetas que tornam esse filme tão especial para a comunidade gay. Vamos começar por Sally Bowles, que encarna a fantasia da diva da música e das telonas. Gays sempre idolatraram divas, algo conhecido desde o início da cultura pop, do cinema clássico (Bette Davis, Joan Crawford, Judy Garland), até a os palcos da música internacional (Madonna, Whitney Houston, Lady Gaga). O que não faltam são teorias sobre o motivo disso acontecer. Por que os homens gays se apegam tanto a essas mulheres? Eu gosto de pensar que cada uma, mesmo sendo completamente diferentes, personificam uma ideia de feminilidade negada ou “tirada à força” de quem não se adequa ao padrão de orientação sexual ou gênero. Sally Bowles vive um personagem, de certa forma. Ela é exagerada, uma verdadeira drag queen. Chique, espalhafatosa, e dona de uma suposta liberdade. E o fato da Liza Minnelli ser uma baita cantora e dançarina ajuda muito. No entanto, ao decorrer do longa, vemos que essa faceta não é tão forte quanto parece.
Brian Roberts, um escritor dedicado a pesquisas sei lá de quê, chega em Berlim e logo se encanta por Sally. Porém, a cantora não consegui incluí-lo em sua lista de amantes, o que gera uma discussão sobre a sua sexualidade. Por conta do histórico fracassado de relacionamentos com mulheres, um romance entre os dois parece ser improvável, até que um momento de vulnerabilidade envolvendo Sally e seu pai acende as faíscas do amor entre os dois. Para resumir a ópera, os dois se envolvem com o mesmo homem, e mesmo que a eventual gravidez parece pavimentar um futuro promissor para o casamento dos dois, o relacionamento (e o feto) não sobrevivem ao estilo de vida do casal.
Que Sally e Brian chegaram a realmente se apaixonar um pelo outro é algo deixado em aberto. O que parece de verdade é que os dois se apaixonaram pela ideia de que, por um momento, havia a possibilidade de suas vidas estarem definidas. Para ele, como homem gay, as chances de viver com outro homem durante a década de 30 não seria viável. Para ela, seria uma forma de se estabelecer após uma série de rejeições, tanto de caça-talentos quanto de seu próprio pai. No fim, Sally decide abortar o bebê porque prevê um futuro sombrio para o casal e para a criança. Ela provavelmente se tornaria uma mulher amarga pelos sonhos não realizados e cada mais entregue aos vícios. Ele… é doloroso até para ela admitir durante o filme, mas poderia se envolver de forma extraconjugal com outro homem.
Essa foi a decisão certa? Eu realmente não acho que o filme faz, no final das contas, esse juízo de valor. Será que o apego de Sally a sua liberdade é realmente algo que a liberta, ou que a aprisiona e a afasta de qualquer relacionamento promissor? O que faz um grupo de pessoas se agarrarem a um estilo de vida que logo se tornaria perseguido pelos nazistas (ah, tinha até me esquecido, mas esse filme também é sobre a ascensão do nazismo na Alemanha)? Esses questionamentos são bem pertinentes para quem atua na indústria do entretenimento, o que explica o motivo desse público ter recebido o musical com muito mais entusiasmo do que qualquer outro.
Prova disso é o fato de tanta gente ficar surpresa que, em um ano comandado por O Poderoso Chefão, Cabaret tenha sido o maior vencedor de troféus no Óscar. Mas além da Academia, acredito que o público LGBT consegue se relacionar muito bem com esses temas. A ideia da juventude eterna, de não consolidar uma vida tradicional, é muito relevante para quem sempre terá uma relação difícil com a palavra “família”. E o que realmente é a família para nós? Uma coisa interessante de notar atualmente é que muitas das “conquistas” da população LGBT (mas principalmente da comunidade gay) é de tornar possível que essas pessoas consigam reproduzir o ideal perpetuado pelas famílias heteronormativas durante toda a história.
Bom, mas voltando ao filme, ele ainda conta com a presença de Joel Grey, que interpreta o Emcee. O personagem é como um mediador dos conflitos dos personagens, trazendo-os ao palco do cabaré sempre que puder ser resumida em músicas. Eu acredito que Cabaret é um filme muito importante, mas até um pouco subestimado. Não acho que seja tão comentado quanto merece, e talvez seja por causa da estranha posição que ocupa. Lançado em 1972, a obra não é incluída com frequência como um clássico do New Hollywood, talvez porque o gênero musical ficou muito “pomposo” para as mentes que dominaram a época. Mas ao mesmo tempo, ele também não é lembrado como um dos musicais mais clássicos, justamente por ser muito transgressor em comparação com Cantando na Chuva, Mary Poppins, A Noviça Rebelde, etc.
Meu Primo Vinny
3.6 127 Assista AgoraEu esperava não gostar desse filme, mas é muito bem feito para uma comédia bobinha. O roteiro é ótimo, e a dinâmica do Joe e da Marisa muito divertida.
A Gaiola das Loucas
3.6 223 Assista AgoraO filho é, de longe, a pior coisa do filme. Tirando isso, Robin Williams e Nathan Lane estão perfeitos. É um filme que claramente não é mais tão controverso ou original se comparado com hoje em dia, mas nada supera essas atuações. O elenco é incrível.
Britney x Spears
3.6 115Vou dar duas estrelas por conta do esforço e porque enaltece a Britney, mas de qualquer forma, concordo com a Britney quando ela chamou esses documentários de "hipócritas": a mídia agora busca transformar ela em uma pobre vítima, e ao invés de vender revistas como em 2007, agora é para gerar cliques e curtidas. Não que ela não tenha sido vítima, mas ver alguém que teve a sua vida interrompida por conta das constantes intromissões da mídia (que é tão culpada quanto o senhor Spears) receber toda essa atenção novamente revela muito sobre essas plataformas.
Curtindo a Vida Adoidado
4.2 2,3K Assista AgoraEu sempre vi gente reclamando desse filme, e quando você assiste, você entende muito bem quem são as pessoas que ficam chateadas: aquelas bem chatas, insuportáveis, que devem ser péssimos amigos mas que se acham super certinhas.
O filme é, resumindo, uma fábula antiautoritária. É incrível o que as autoridades (representada pelo diretor) fazem para afirmar que todo mundo respeite as mesmas regras, sem respeitar as individualidades de cada um, se rebaixando a invadir a privacidade (como quando o diretor invade a casa de Ferris). Mas, assim como no filme, quanto mais as autoridades, sejam a escola, os pais ou o governo, tentam reprimir e adequar todo mundo ao mesmos padrões, mais rebeldia causa.
Carrie, a Estranha
3.7 1,4K Assista AgoraVocê só chega no final desse filme e pensa: Brian, parabéns! Essa foi a última adaptação do livro que eu vi, tendo assistido os remakes antes. Por isso, não esperei me surpreender. Mas esse filme mostra como a visão do diretor pode dar um toque especial á obra.
A história inteira é filmada como um sonho adolescente que virou um pesadelo. É uma tragédia, que explora vários temas sem querer "doutrinar" o público. Você tem Carrie, uma garota que vive com a sexualidade reprimida, que serve como um contraste para os adolescentes ao seu redor, que são "livres" até demais.
No final das contas, é até impossível não se identificar com a raiva mortal, resultado de uma alma agredida. Acho que qualquer pessoa que tenha passado por uma experiência semelhante consegue entender o alívio causado por todo o caos dos poderes de Carrie. Mas no final, essa "explosão" não deixa de criar as suas próprias cicatrizes no mundo exterior, e até em inocentes.
Essa versão consegue ser mais perturbadora e, surpreendentemente, assustadora do que as versões anteriores. Nota 10 De Palma, você ENTREGOU.
...E o Vento Levou
4.3 1,4K Assista AgoraSinceramente, vou usar desse comentário só para responder à algumas criticas que eu vi do filme. Esse comentário vai ser longooooo, se sintam livres para discordarem.
Vamos falar sobre o racismo. A primeira critica que as pessoas disseram foi que o fato de o filme ter sido lançado em 1939 não é desculpa. Mas ninguém usa isso como desculpa, é simplesmente um fato. Você pode usar isso para relativizar o filme ou para odiá lo. O fato é que um filme de 1939 que trata desse tema não vai ter as melhores representações raciais (na verdade, nenhum filme dessa época).
O maior problema que as pessoas apontam no filme é a glorificação do sul escravocrata. Sabe, eu concordo, especialmente no começo. Mas honestamente, ao ver o filme (há muito tempo atrás) eu não pensava "nossa, olha como essa época era boa" (talvez porque eu não sou dos EUA) eu só pensava "a scarlett é uma menina rica e privilegiada e a guerra vai destruir isso" e mesmo hoje, é isso que ainda fica pra mim. Quando assisti o filme, não fazia ideia do que sua representação racial significava. Isso porque a escravidão não tem muita importância dentro do filme. Lógico, ele teve muita importância dentro da guerra mas, será que eu consigo assistir o filme mesmo sabendo disso? Sinceramente, sim.
O segundo problema que as pessoas apontam é que os escravos nesse filme estão sempre prontos para ajudar os brancos. Ao ponto de dizerem que eles são escravos felizes. Sobre eles serem felizes, eu não sei, porque eu não vi nenhuma demonstração de felicidade ou infelicidade vindo deles, mas se tratando da conexão entre a Scarlett e seus escravos após eles conseguirem a liberdade... não foi exatamente isso o que aconteceu?
Você pode pintar a história na sua cabeça como "quando os escravos foram libertos, de repente se tornaram independentes e nunca mais precisaram ser subservientes de novo" mas, como podemos ver atualmente, isso é mentira. Não havia escolha para os negros a não ser continuarem desempenhando os papéis que desempenhavam quando escravos. Esse é o motivo pelo qual existe o racismo sistemático.
E por fim, eu vejo gente toda a hora dizendo "não importa que a Hattie McDaniel ganhou o Oscar, ela nem pode se sentar com os outros na mesa..." Olha, isso é uma pena... qual a culpa do filme nisso? Aquela época era uma merda e é por isso que o fato dela ter recebido o premio foi tão importante. Será que o premio mudou todo um pensamento racista de uma sociedade e acabou com as leis segregacionistas? Não. Afinal, isso continua sendo apenas um filme. Mas querer desmerecer esse feito por causa disso é muito triste. ELA LITERALMENTE DERROTOU ATRIZES BRANCAS (inclusive a Olivia, que vamos ser sinceros, teve um papel muito mais importante em geral).
Quem é Essa Garota?
3.0 194 Assista Agoraesse filme é um grande "QUE?" Eu achei muito ruim mas ao mesmo tempo achei bom. Sei lá, eu to confusa até onde o filme é sério ou uma paródia dele mesmo. É tão absurdo kkkkk não sei o que falar gente, mas não custa nada assistir.
Jogos de Guerra
3.5 89 Assista AgoraGente, que filme inteligente, adorei. Fiquei surpresa mesmo. E essa é provavelmente a melhor representação “nerd” em um filme e soa bem atual para hoje em dia.
A Família Addams
3.3 258 Assista Agorahorrível, a wandinha parece uma sad girl que escuta lana del rey e posta "queria estar morta" nas legendas do insta
Top Gun: Ases Indomáveis
3.5 922 Assista AgoraMeu Deus eu fico TÃO confusa com essas cenas de batalhas kkkkk mas achei bem legal. Mas porque todo mundo nesse filme é tão gostoso? Goose <3
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho
4.2 1,5K Assista AgoraSabe, é bom mas... esperava mais. O filme foi um sucesso tão grande e todo mundo falou tão bem mas a condução da estória é tão básica.
E esse negocio de plot twist de vilão já tá ficando batido né dona Disney? O vilão se torna mal trabalhado e esquecível que, quando você pensa em Ursula, Jafar, Scar e entre outros, bate uma decepçãozinha. Podiam criar um filme sem vilão mesmo.
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista AgoraQUE FILME LINDO! sem mais
A Pequena Sereia
3.7 576 Assista AgoraUm dos filmes mais lindos que eu já vi! Parece que as pessoas embirraram mesmo com a Ariel porque ela... se apaixona? Deve ser esse o motivo, porque criticar a garota por tomar atitudes questionáveis não faz sentido. É isso que faz a estória andar pelo amor de Deus.
De qualquer forma, tanto esse quanto os outros filmes de princesa pré 2000 apresentam uma certa inocência e magia infantil que é dificílimo de encontrar agora (outra coisa que eu não entendo também é o motivo de filmes infantis estarem cada vez mais cínicos ).
Mas citando outras qualidades, esse filme talvez tenha a melhor coleção de música da Disney, e "Aqui no mar" talvez seja a única música (opinião) que ficou melhor traduzida no Brasil. A vilã é, simplesmente, uma das melhores do cinema e os desenhos são lindos. Inclusive, saudades desse tipo de animação.
Não entendo essa obsessão por modelos de comportamento. A alma do filme está na estória e não nesse ou naquele personagem. Obsessão que agora está sendo seguida pela Disney, que resolveu refazer os seus clássicos, e cagar um por um um nos últimos anos, talvez pra agradar os leitores do Buzzfeed. Parece que a coitada da Ariel é a próxima vítima...
Tangerina
4.0 278 Assista Agora"say my name, say my name
Você é aquela que eles expulsaram da banda"
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Que atrizes maravilhosas.
Transamerica
4.1 746 Assista AgoraNa verdade é algo muito comum que pessoas que sejam maltratadas e excluídas com o tempo acabem perdendo a sua humanidade. Esse filme tocante mostra a trajetória de uma mulher trans para voltar a ter aquilo que a faz humana acima de tudo: um coração.
a cena em que ela se dá conta da dor que sente no peito... impossível não se arrepiar
A Garota de Rosa-Shocking
3.6 535 Assista Agoranão acho que o final desse filme seja ruim. O que eu acredito que poderia ser diferente é que
alguém obviamente sairia magoado da estória. Já que era pra ser o Duckie, podiam ter deixado ele sozinho mesmo. Não precisava enfiar uma menina no final pra gente sentir menos pena dele. Seria mais triste, mas acho que seria mais consistente.
Ainda acho que Alguém muito especial é melhor, mas o filme continua lindo de assistir.
Uma Garota Diferente
3.6 14Um filme surpreendentemente subestimado. Deveria ser mais conhecido, sendo que é um romance leve com uma personagem principal trans. Coisa difícil de se ver... mas enfim. Com certeza é muito avançado para a época, é divertido e te faz torcer pelo casal principal. E os atores são ótimos também.
V de Vingança
4.3 3,0K Assista Agorasó os Anonymous kkkk de qualquer forma acho esse filme um pouco superestimado
...E o Vento Levou
4.3 1,4K Assista Agoraás vezes eu fico indecisa com esse filme, porque do meio pro final eu sinto que eles apressaram muito e o ritmo ficou meio prejudicado mas todo o resto é tão lindo que eu relativizo
Uma Secretária de Futuro
3.4 155LET THE RIVER RUUUUUNNNNNN
Que filme amigos, queria ter o cabelo da Tess e, me deus, tô apaixonada pelo Jack
Alguém Muito Especial
3.6 232Completamente apaixonada pelo Keith!!! Mais um filme teen que funciona justamente porque a mente por trás dele trata seus personagens de uma forma tão séria e humana que é impossível não se identificar..
Poltergeist: O Fenômeno
3.5 1,1K Assista AgoraEu sou boba por esse filme kkkk acho tão lindo a forma como é conduzido. A inocência infantil do terror
Halloween 4: O Retorno de Michael Myers
3.1 374 Assista Agorao filme é quase uma bobeira completa, mas o final me deixou arrepiada.