Não esperaria nada de um cara que dirigiu a primeira versão de "Meninas Malvadas", mas ao menos que fosse algo divertido, já que o já clássico filme da Regina, feito no início dos anos 2000, reúne os clichês do gênero e consegue trazer momentos icônicos e deliciosamente divertidos.
Já aqui, mais uma obra envolvendo sogra, casamento e amores passados, é tudo tão recliclado que o único atrativo fica por conta do belíssimo cenário, e se o cenário chama mais atenção que roteiro, personagens ou a trama em sim, é porque há algo de errado.
Então, temos o núcleo mais jovem, que irá casa, e o núcleo dos pais dos noivos, que revivem momentos e traumas. A bem da verdade, algo também interessante é a trama sair um pouco do núcleo jovem, mostrando uma vitalidade interessante para pessoas com mais idade. No etntanto, é tudo tão previsível e plastificado, com cenas tão higiênicas e pouco inspiradas, que tudo vai se passando sem agragar maior interesse ou emoção.
Para piorar, o núcleo de cosdjuvantes ou está para fazer um contraponto bem forçado ao casal, ou para tentar criar piadinhas. A cena mais interessante do filme, com os amigos na praia de nudismo, foi filmada com certa vergonha de mostrar os corpos, de modo que é isso que se trata o filme: sabe-se limitado, faz questão de ser limitado. Um filme que já parece datado, e não enxergou o potencial ali, não pela nudez, mas pela liberdade e pelo reencontro dos envolvidos.
Tudo não passou, portanto, de desculpa para fazer os sogros engrenarem um romance tão meloso quanto irreal. Pois embora o filme tente trazer vida nova e anos longos, o faz com os típicos dilemas da produção Netflix. Um desperdício.
Os noivos? Bem, aqui o casamento e os noivos são coadjuvantes de tudo, de modo que já sabemos o desfecho do filme antes mesmo de se passar 20 minutos da obra. A edição está longe de ser esperta. A parte técnica é bonita, claro, e o visual pode tentar camuflar mais uma história vazia diretamente do streaming.
É uma das franquias que eu mais amo no cinema, inclusive o contraverso produto do Tim Burton. No entanto, por mais linda que a fotografia esteja, confesso que achei este bem inferior em termos de roteiro, com vilões bastante estereotipados, com mensagens de doutrinação mais diretas e palatáveis, e principalmente, por um grande desbalanceamento do ritmo: enquanto as cenas de ação empolgam e são bem filmadas, o intervalo entre elas é tão raso quanto maçante, chato mesmo.
Ainda assim, a sensação de torpor à espécie humana permanece, e gostei porque independe do gênero: é a espécie que não presta mesmo. OBS: abre margem à uma continuação, então, esse filme realmente tem cara de um extenso (e por vezes tedioso) prólogo.
Tirando todo o anacronismo e revisionismo, é um filme divertido de acompanhar, me diverti muito mais com isso aqui do que com um Monty Python da vida. Claro que há um pouco de agenda woke, de modo que, sinceramente, eu me via mais no século XXI do que na primeira era cristã. Ainda assim, é simpático em sua proposta e confere diversidade a um mundo que acostumamos a ver com olhos europeus tradicionais.
Embra seja muito genérico, o filtrousado e os figurinos lembram os cássicos charmosos da década de 1980, de modo que a homenagem incrivelmente funciona. Claro que a história é boba, umromance improvável e cheio de personagens clichês em volta, mas para quem é saudosista desas vibe colegial oitocentista vai perceber a dedicação do fime em retratar a época, o timing funciona. Muito interessantever esse exercício de homenagem.
Não senti as quase 3h passarem, o roteiro tem uma fluidez e um vai vem no tempo mas com muita técnica, com filtros diferentes para você não ficar perdido, de modo que legendas são desnecessárias e a imagem dá conta do recado. No entanto, a trama sem pressa e um tanto sofisticadaé, na verdade, bem simples, com uma produtora documentando e escolhendo, dentre 4 histórias de acidente de trabalho, aquela que pode maquear melhor a versão em favor da empresa. é um tanto angustiante ver o capitalismo se aproveitar de epssoas vulneráveis, e consegue assim passar um ar sombrio, mais assutador que muito filme de terror.
Comédia sempre acima do tom, com piadas que dão uma vergonha alheia. As gags estão quase a nível de um "Austin Powers", mas tenta retratar o mundo das empresas de cereais da década de 1960 com muito sarcasmo, ironia, e várias "piadas" (?) de dupl sentido. Gosto como a produção tem ciência do amrketing por trás desse tipo de alimentação, no entanto, o filme por alguma razão não empolga, seja pela edição rapida e duvidosa, pelo excesso de personagens e de tentativas de soar engraçado. Talvez o único excesso que me agrada aqui sejam os figurinos, que estão bem coloridos e divertidos de ver.
O excesso de reminiscências deixa claro que literatura é uma coisa, filme é algo completamente diferente, de modo que aqui as imagens são incapazes de traduzir os extensos e aborrecidos monólogos da personagem principal. E olha que gosto do elenco, mesmo com suas limitações, achei que não ficaram bobinhos. A produção de arte deixa a desejar, e os enquadramentos são bem feios, tudo muito mal dirigido. Ainda assim, é um filme com enorme potencial, pois difere um pouco da abordagem açucarada de filmes enlatados para adolescentes para falar num tom mais sério sobre questões de saúde mental e do TOC, e o melhor, sem ser apelativo. John Green merecia um tratamento melhor, assim como fizeram no adorável "A culpa é das estrelas".
O filme funciona em absolutamente tudo o que se propõe quando direciona para homenagear filmes de ação: das gags visuais às brincadeiras com falas de alguns filmes, com direito a cenas de ação que não devem em nada aos clássicos, e uma atuação realmente acima da média do Gosling.
O dublê vai se centrar na vida desses anônimos que fazem cinema, mas não é apenas isso: vai mostrar muitos coadjuvantes e figurantes, câmeras, diretores, produtores. É quase um making of dentro de um filme, com direito a uma trama policial que, por mais simples que seja, permite ao roteiro inserir suas estripolias e cenas icônicas, aliás, mjuito bem dirigidas.
Blunt permanece mais passiva, porém, lá pelas tantas também arregaça as mangas, como boa parte do elenco. Confesso que a vilã não me agradou muito, em especial o maniqueísmo de suas falas, embora, talvez, lembre cernos filmes oitocentistas e mais farsescos.
Mas sem dúvidas o principal mérito de "O dublê" é as inúmeras referências casarem de forma muito orgânica e ágil ao roteiro e à edição, aliás, um show à parte: as duas horas passam voando, e mesmo na preparação para o terceiro ato, quando o filme quase perde o fôlego, a cena final gravando o filme dentro do filme se constitui como um clímax metalinguístico de puro domínio cênico, mesmo com o maniqueísmo da dupla de vilões.
Sem abrir mão da diversão e de tornar mais natural a homenagem, "O dublê" só força mesmo no romance, mas aqui é o que menos importa: garanti de muita explosão, apuro técnico e agilidade em narrar uma história bem amarradinha, tudo o que um filme de ação precisa ser. Destaque também para o som e a trilha do filme, excelentes e dão um charme maior à obra.
Uma animação bem movimentada e com inúmeras gags, faz rir crianças e adultos. Para ver como tornar tudo mais real, como o péssimo live-action, nem sempre é sinônimo de qualidade. Aqui, Garfield está bem mais expressivo, se permitindo, por exemplos, emoções que vão desde o famoso deleite pela gula até o drama familiar. Destaco também os coadjuvantes, muito bem construídos. Em termos de ação, o filme não passa de genérico, inclusive a invasão à fábrica de leite ficou um tanto decepcionante, sem o grau de detalhameno interno que esperava encontrar naquele cenário, fora o roteiro bem esquemático (missão, sabotagem, volta por cima, reencontro). As crianças na minha sessão amaram, recomendado aos pequenos.
Surpreendentemente, Nicholas Galitzine cntracena de igual pra igual com a Hathaway, com uma ajudinha, claro, do roteiro: enquanto escreveram ao rapaz um personagem mais maduro para sua idade, fizeram questão de infantilizar a atriz veterana.
Ainda assim, é um filme simpático demais, e por mais que tente apresentar ao público um romance açucarado, com conflitos muito mais externos que internos, há algumas camadas interessantes ali, como a imagem criada e esperada de um jovem pop star ou a pressão social que há em torno de uma mãe quarentona.
No fim, alguns elementos não são aprofundados, e o fato da dupla principal ser branca e não ter nítida como a difernça social interfere na vida de ambos (pois ela pega avião como se pegasse um metrô), sobra talento nas atuações, e a química, embora nem tenha tanto, é baseada num tremendo grau de esforço dos dois em conferir veracidade, um olhar e um beijo que transmitiu calor. Dupla sensacional, e é isso que importa num filme de romance.
O tom é bem burocrático, mas particularmente gostei muito da atuação centrada e convincente do Russell, que tira leite de pedra de um roteiro que, à primeria vista, parece confuso, mas é muito linear e de fácil assimilação. Note-se que todos os emaranhados da trama são resolvidos numa única cena, e nem se explica como convencer as autoridades da veracidade dos fatos. Ainda assim, a reviravolta do caso e o papel crucial de Russell, por mais previsível que tenha sido, conferiu um charme ao filme, fechando bem o seu arco.
O que está acontecendo com o Bruno Barreto? Espero ao menos que ele esteja ganahndo bem, o filme é deplorável, se sabe toda a história já no trailer, e tem aquela cara de especial de televisão, com atuações muto ruins e piadas fracas.
Enquanto o primeiro filme tinha a cara de um filme B de baixo orçamento, praticamente filmado todo na floresta, este aqui claramente passou de um filme B para um filme genérico mais padrão. Não sei dizer ao certo se isso fez bem ao filme, perdeu em charme mas ganhou na produção de arte e no roteiro, que agora tenta dar uma explicação mais racional às criaturas da floresta (por mais estapafúrdia que seja). O bom é que o sangue continua, mesmo com cenas bem plastificadas, com corpos que mais parecem manequins(as cenas arrancando a cabeça e membros causam risos involuntários). Ainda assim, gosto dessa farofada sanguinária.
Afinal, que história esse filme quer contar? Totalmente perdido, e o superficial que resta é lotado de personagens sem graça e estereotipados. por exemplo, a colega de trabalho que supostamente seriaalguém mais liberal, é totalmente infame, forçada. O galã, um embuste. E achei ótima a introdução em animação, bem como o espaço cênico, mas todo o roteiro e os diálogos são absolutamente descartáveis aqui, era melhor fazer algo mais mirim, porque até mesmo as séries adolescentes da Netflix conseguem ser mais profundo que isso aqui.
Os caras conseguiram um espaço para locação capaz de filmar uma fotografia muito bonita, ou ao menos convincente. Mas esqueceram de depura o texto: humanos de 35 mil anos atrás falando e gesticulando como se estivessem no século XXI. E ainda tem feminismo na história!! Pelo menos Hobbes estava certo, "O homem é o lobo do homem", única premissa que salva o filme do total desastre.
Com muita conversinha e centrado mais na trama e no romance, a parte dois é um passo para trás ao esquecer de vez o jogo cênico dos duelos, marca registrada da história. Chato. ao menos os cenários e figurinos continuam muito bonitos de se ver, e as atuações convencem, ficando com um ar de potencial desperdiçado.
Lembra bastante a vibe de "M3gan", inclusive com passinhos de dança. A ambientação e a construção da atmosfera é excelente. Uma pena que depois fique tudo muito genérico e cansativo, mas a menina é um achado, super talentosa, dá conta do recado (gratificante demais vê-la atacando um brutamonte), e o filme não poupa na violência e no sangue. Como entretenimento, vale muito a sessão.
James Norton consegue não apenas manter a expressão desesperador em que se encontra, como também consegue evoluir na melancolia latente de seu personagem: com a mãe que abandonara a família e sofrendo de uma doença degenerativa, com sua sentença de morte sendo questão de tempo, como um limpador de janelas garantirá um futuro melhor pro seu pequeno filho?
A criança, um doce de menino, é todo o arquétipo de fofura e ternura para nos fazer emocionar, e de fato o filme consegue. Impossível não querer segurar aquela criança no colo, e por isso o filme usa e abusa das cenas fofas entre os dois, como o simples ato de atravessar a rua ou de ler uma história para o filho antes de dormir. Cada quadro é pensado para uma aproximação meiga aos dois.
Contudo, essa construção torna-se, até certo ponto, manipulativa, e contrasta de forma bem maniqueísta com os pais adotivos em potencial, um casal pra lá de estereotipados. Com isso, o filme quase nos faz suspender a imersão, mas ainda bem que a dupla de pai e filho tem um carisma tão absurdo, e o roteiro tem momentos de tamanha sensibilidade, que a emoção não se esvai, e o filme vai nos corroendo por dentro.
Muito tocante e emocionante retrato de um pai com seu filho, numa situação quase de condenação mesmo. Lindo demais.
Pega carona no documentário "Boys State", este muito mais contundente e com um roteiro mais amarrado sobre a história a ser contada. Aqui, parece que não houve tanto a depuração de qual linha de raciocínio seguir, inclusive com umas partes meio confusas, e já no terço final o documentário foca na investigação que uma das meninas resolve fazer sobre as diferenças entre "Boys state" e "Girls state", e pensei comigo: é esse o documentário que não vimos.
De resto, achei bacana ver novamente a simulação do jogo democrático, inclusive claramente as meninas com maior argumentação e aparência se saem melhor. Algo bem interessante também é ver vozes dissonantes, jovens mais liberais e mais conservadoras convivem num grau de civilidade que fiquei imaginando se seria por conta da câmera ou se são assim mesmo.
Em certos momentos me lembrou uma mistura de Kill Bill e John Wick, pela busca por vingança mesmo e a ação frenética, num mundo meio distópico controlado a mão de ferro, que lembra os filmes adolescentes sobre governos autoritários (Divergente, Jogos mortais etc). No entanto, por mais que seja uma mistura de várias referências, até mesmo Karate Kid na fase inicial de preparação do nosso protagonista, o filme se destaca mesmo pelo balé nas cenas de ação, e por mais que as balas convenientemente não dê cabo ao nosso herói, confesso que não desgrudava o olho da tela, e ainda com uma edição primorosa que nem faz cansar as quase duas horas de muito sangue, tiro, porrada e bomba. Super empolgante, e o personagem principal tem seu arco, inclusive familiar, muito bem construído, de modo que as conveniências do roteiro, sinceramente, podem ir para o espaço. Quero o segundo já!
É um filme extremamente divertido, onde a comédia se faz presente muito mais do que deveria, inclusive, retirando o peso da trama de investigação. Assim, o resultado parece meio desequilibrado com o objetivo e a história narrada, se um arco mais de ação, detetive, ou uma comédia pastelão (inclusive com umas piadas mais escatológicas meio destoantes de todo o resto). Os vilões são fracos e atram muito genérica, de modo que o clímax não surpreende em nada, mas os personagens principais são hiper carismáticos, aliás, a menina agora merece um filme só dela.
Tem todos os cacoetes de filme de gênero, mas algo que salva tudo é aquele ar de filme B, rodado como se fosse um experimento de alunos de cinema. É tudo tão ruim que chega a ser delicioso, e o melhor de tudo é que é um filme curto e bem ágil. Tem cenas como as amigas indo do nada a um casarão no meio do mato até olhos esbugalhados soltando na tela, e muito sangue (poderia até ter mais). Um verdadeiro Thrash de horror, com algumas cenas pra lá de constrangedoras.
A nova empreitada da A24 tem seu charme, com uma história muito bem contada de um amor lésbico, com personagens bem interessantes, muito bem encenado, e o principal: o espectador entende as motivações e o desenrolar da história é milimetricamente construído.
No entanto, quando o filme precisa arregaçar as mangas e mostrar sua cara no suspense e na ação, parece que a imersão se esvai e o filme volta a ser o mais genérico possível. Há uma cena em especial, ao final, momento de clímax, que arrancou risos constrangedores da plateia, e estou até agora me perguntando qual a intenção, se foi algo voluntário mesmo.
O final meio surpreendente pela sobrevivência de um personagem não soa estranho, o que, volto a repetir: o roteiro dos filmes da A24 estão sendo muito bem escritos, com uma ambientação que convence, de modo geral. Falta agora calibrar as pontas técnicas e os enquadramentos, porque de forma geral, é tudo superior à média.
Uma menção de aplusos à Kristen Stewart, que saiu daquela aberração de Crepúsculo, mas evoluiu para excelentes atuações em suas carreiras, e aqui está mais um trabalho muito bom.
Nem precisa dizer que o ponto alto é a trilha sonora, inclusive havia espaço para muito mais, porém, não sei como funciona aqui a questão dos direitos autorais e tudo o mais. Ainda assim, o esforço de Portella em contar a história é homérico, pois conta com uma clara limitação técnica das alocações (ambientes externos e abertos, por exemplo, são sofríveis).
Ainda assim, o filme empolga, os atores são dedicados, mesmo com um excesso deles. No etanto, a edição e o roteiro pecam por saltos longos, por cenas episódicas e fragmentadas, de modo que, num cinema baseado em fatos reais, há algo de estranho quando as legendas se constituem como principal veículo de informação em detrimento das imagens. É o cinema brasileiro tentando tirar leite de pedra.
Note-se, por exemplo, as tomadas nos transportando para o Rock in Rio: as imagens reais arrepiam, as imagens do filme, dadas as limitações, suspendem o ar de imersão. Portella tenta muito, mas não tem como perceber que no geral é um filme com uma narrativa problemática, que soa mais como homenagem ao rock mesmo, com uma narrativa que se perde no excesso de personagens e não consegue traduzir em imagens toda a efervescência da década de 1980, inclusive política, com um tratamento interessante (pra quem acha que a extrema direita nasceu com o bolsonarismo), mas tão profunda quanto palavras prontas de uma plenária de movimento estudantil universitário.
Ao menos o filme tem alma, tem uma energia e uma lucidez do que pretender abordar, com todos os problemas técnicos e narrativos, consegue dar vida e voz a uma parte importante da nossa história, e de como o rock tem várias facetas, do independente e revolucionário ao seu uso comercial, e de como dialoga com tensões sociais de seu tempo. Vale sim a conferida.
A Mãe da Noiva
2.5 52Não esperaria nada de um cara que dirigiu a primeira versão de "Meninas Malvadas", mas ao menos que fosse algo divertido, já que o já clássico filme da Regina, feito no início dos anos 2000, reúne os clichês do gênero e consegue trazer momentos icônicos e deliciosamente divertidos.
Já aqui, mais uma obra envolvendo sogra, casamento e amores passados, é tudo tão recliclado que o único atrativo fica por conta do belíssimo cenário, e se o cenário chama mais atenção que roteiro, personagens ou a trama em sim, é porque há algo de errado.
Então, temos o núcleo mais jovem, que irá casa, e o núcleo dos pais dos noivos, que revivem momentos e traumas. A bem da verdade, algo também interessante é a trama sair um pouco do núcleo jovem, mostrando uma vitalidade interessante para pessoas com mais idade. No etntanto, é tudo tão previsível e plastificado, com cenas tão higiênicas e pouco inspiradas, que tudo vai se passando sem agragar maior interesse ou emoção.
Para piorar, o núcleo de cosdjuvantes ou está para fazer um contraponto bem forçado ao casal, ou para tentar criar piadinhas. A cena mais interessante do filme, com os amigos na praia de nudismo, foi filmada com certa vergonha de mostrar os corpos, de modo que é isso que se trata o filme: sabe-se limitado, faz questão de ser limitado. Um filme que já parece datado, e não enxergou o potencial ali, não pela nudez, mas pela liberdade e pelo reencontro dos envolvidos.
Tudo não passou, portanto, de desculpa para fazer os sogros engrenarem um romance tão meloso quanto irreal. Pois embora o filme tente trazer vida nova e anos longos, o faz com os típicos dilemas da produção Netflix. Um desperdício.
Os noivos? Bem, aqui o casamento e os noivos são coadjuvantes de tudo, de modo que já sabemos o desfecho do filme antes mesmo de se passar 20 minutos da obra. A edição está longe de ser esperta. A parte técnica é bonita, claro, e o visual pode tentar camuflar mais uma história vazia diretamente do streaming.
Planeta dos Macacos: O Reinado
3.7 144É uma das franquias que eu mais amo no cinema, inclusive o contraverso produto do Tim Burton. No entanto, por mais linda que a fotografia esteja, confesso que achei este bem inferior em termos de roteiro, com vilões bastante estereotipados, com mensagens de doutrinação mais diretas e palatáveis, e principalmente, por um grande desbalanceamento do ritmo: enquanto as cenas de ação empolgam e são bem filmadas, o intervalo entre elas é tão raso quanto maçante, chato mesmo.
Ainda assim, a sensação de torpor à espécie humana permanece, e gostei porque independe do gênero: é a espécie que não presta mesmo. OBS: abre margem à uma continuação, então, esse filme realmente tem cara de um extenso (e por vezes tedioso) prólogo.
O Livro de Clarence
3.1 7 Assista AgoraTirando todo o anacronismo e revisionismo, é um filme divertido de acompanhar, me diverti muito mais com isso aqui do que com um Monty Python da vida. Claro que há um pouco de agenda woke, de modo que, sinceramente, eu me via mais no século XXI do que na primeira era cristã. Ainda assim, é simpático em sua proposta e confere diversidade a um mundo que acostumamos a ver com olhos europeus tradicionais.
Lisa Frankenstein
3.2 57Embra seja muito genérico, o filtrousado e os figurinos lembram os cássicos charmosos da década de 1980, de modo que a homenagem incrivelmente funciona. Claro que a história é boba, umromance improvável e cheio de personagens clichês em volta, mas para quem é saudosista desas vibe colegial oitocentista vai perceber a dedicação do fime em retratar a época, o timing funciona. Muito interessantever esse exercício de homenagem.
Não Espere Muito do Fim do Mundo
3.7 17 Assista AgoraNão senti as quase 3h passarem, o roteiro tem uma fluidez e um vai vem no tempo mas com muita técnica, com filtros diferentes para você não ficar perdido, de modo que legendas são desnecessárias e a imagem dá conta do recado. No entanto, a trama sem pressa e um tanto sofisticadaé, na verdade, bem simples, com uma produtora documentando e escolhendo, dentre 4 histórias de acidente de trabalho, aquela que pode maquear melhor a versão em favor da empresa. é um tanto angustiante ver o capitalismo se aproveitar de epssoas vulneráveis, e consegue assim passar um ar sombrio, mais assutador que muito filme de terror.
A Batalha do Biscoito Pop-Tart
2.5 35Comédia sempre acima do tom, com piadas que dão uma vergonha alheia. As gags estão quase a nível de um "Austin Powers", mas tenta retratar o mundo das empresas de cereais da década de 1960 com muito sarcasmo, ironia, e várias "piadas" (?) de dupl sentido. Gosto como a produção tem ciência do amrketing por trás desse tipo de alimentação, no entanto, o filme por alguma razão não empolga, seja pela edição rapida e duvidosa, pelo excesso de personagens e de tentativas de soar engraçado. Talvez o único excesso que me agrada aqui sejam os figurinos, que estão bem coloridos e divertidos de ver.
Tartarugas Até Lá Embaixo
3.2 29 Assista AgoraO excesso de reminiscências deixa claro que literatura é uma coisa, filme é algo completamente diferente, de modo que aqui as imagens são incapazes de traduzir os extensos e aborrecidos monólogos da personagem principal. E olha que gosto do elenco, mesmo com suas limitações, achei que não ficaram bobinhos. A produção de arte deixa a desejar, e os enquadramentos são bem feios, tudo muito mal dirigido. Ainda assim, é um filme com enorme potencial, pois difere um pouco da abordagem açucarada de filmes enlatados para adolescentes para falar num tom mais sério sobre questões de saúde mental e do TOC, e o melhor, sem ser apelativo. John Green merecia um tratamento melhor, assim como fizeram no adorável "A culpa é das estrelas".
O Dublê
3.4 180 Assista AgoraO filme funciona em absolutamente tudo o que se propõe quando direciona para homenagear filmes de ação: das gags visuais às brincadeiras com falas de alguns filmes, com direito a cenas de ação que não devem em nada aos clássicos, e uma atuação realmente acima da média do Gosling.
O dublê vai se centrar na vida desses anônimos que fazem cinema, mas não é apenas isso: vai mostrar muitos coadjuvantes e figurantes, câmeras, diretores, produtores. É quase um making of dentro de um filme, com direito a uma trama policial que, por mais simples que seja, permite ao roteiro inserir suas estripolias e cenas icônicas, aliás, mjuito bem dirigidas.
Blunt permanece mais passiva, porém, lá pelas tantas também arregaça as mangas, como boa parte do elenco. Confesso que a vilã não me agradou muito, em especial o maniqueísmo de suas falas, embora, talvez, lembre cernos filmes oitocentistas e mais farsescos.
Mas sem dúvidas o principal mérito de "O dublê" é as inúmeras referências casarem de forma muito orgânica e ágil ao roteiro e à edição, aliás, um show à parte: as duas horas passam voando, e mesmo na preparação para o terceiro ato, quando o filme quase perde o fôlego, a cena final gravando o filme dentro do filme se constitui como um clímax metalinguístico de puro domínio cênico, mesmo com o maniqueísmo da dupla de vilões.
Sem abrir mão da diversão e de tornar mais natural a homenagem, "O dublê" só força mesmo no romance, mas aqui é o que menos importa: garanti de muita explosão, apuro técnico e agilidade em narrar uma história bem amarradinha, tudo o que um filme de ação precisa ser. Destaque também para o som e a trilha do filme, excelentes e dão um charme maior à obra.
Garfield: Fora de Casa
3.2 26Uma animação bem movimentada e com inúmeras gags, faz rir crianças e adultos. Para ver como tornar tudo mais real, como o péssimo live-action, nem sempre é sinônimo de qualidade. Aqui, Garfield está bem mais expressivo, se permitindo, por exemplos, emoções que vão desde o famoso deleite pela gula até o drama familiar. Destaco também os coadjuvantes, muito bem construídos. Em termos de ação, o filme não passa de genérico, inclusive a invasão à fábrica de leite ficou um tanto decepcionante, sem o grau de detalhameno interno que esperava encontrar naquele cenário, fora o roteiro bem esquemático (missão, sabotagem, volta por cima, reencontro). As crianças na minha sessão amaram, recomendado aos pequenos.
Uma Ideia de Você
3.2 324 Assista AgoraSurpreendentemente, Nicholas Galitzine cntracena de igual pra igual com a Hathaway, com uma ajudinha, claro, do roteiro: enquanto escreveram ao rapaz um personagem mais maduro para sua idade, fizeram questão de infantilizar a atriz veterana.
Ainda assim, é um filme simpático demais, e por mais que tente apresentar ao público um romance açucarado, com conflitos muito mais externos que internos, há algumas camadas interessantes ali, como a imagem criada e esperada de um jovem pop star ou a pressão social que há em torno de uma mãe quarentona.
No fim, alguns elementos não são aprofundados, e o fato da dupla principal ser branca e não ter nítida como a difernça social interfere na vida de ambos (pois ela pega avião como se pegasse um metrô), sobra talento nas atuações, e a química, embora nem tenha tanto, é baseada num tremendo grau de esforço dos dois em conferir veracidade, um olhar e um beijo que transmitiu calor. Dupla sensacional, e é isso que importa num filme de romance.
A Teia
2.8 33 Assista AgoraO tom é bem burocrático, mas particularmente gostei muito da atuação centrada e convincente do Russell, que tira leite de pedra de um roteiro que, à primeria vista, parece confuso, mas é muito linear e de fácil assimilação. Note-se que todos os emaranhados da trama são resolvidos numa única cena, e nem se explica como convencer as autoridades da veracidade dos fatos. Ainda assim, a reviravolta do caso e o papel crucial de Russell, por mais previsível que tenha sido, conferiu um charme ao filme, fechando bem o seu arco.
Férias Trocadas
2.1 3O que está acontecendo com o Bruno Barreto? Espero ao menos que ele esteja ganahndo bem, o filme é deplorável, se sabe toda a história já no trailer, e tem aquela cara de especial de televisão, com atuações muto ruins e piadas fracas.
Ursinho Pooh: Sangue e Mel 2
2.1 20Enquanto o primeiro filme tinha a cara de um filme B de baixo orçamento, praticamente filmado todo na floresta, este aqui claramente passou de um filme B para um filme genérico mais padrão. Não sei dizer ao certo se isso fez bem ao filme, perdeu em charme mas ganhou na produção de arte e no roteiro, que agora tenta dar uma explicação mais racional às criaturas da floresta (por mais estapafúrdia que seja). O bom é que o sangue continua, mesmo com cenas bem plastificadas, com corpos que mais parecem manequins(as cenas arrancando a cabeça e membros causam risos involuntários). Ainda assim, gosto dessa farofada sanguinária.
Downtown Owl
2.5 6Afinal, que história esse filme quer contar? Totalmente perdido, e o superficial que resta é lotado de personagens sem graça e estereotipados. por exemplo, a colega de trabalho que supostamente seriaalguém mais liberal, é totalmente infame, forçada. O galã, um embuste. E achei ótima a introdução em animação, bem como o espaço cênico, mas todo o roteiro e os diálogos são absolutamente descartáveis aqui, era melhor fazer algo mais mirim, porque até mesmo as séries adolescentes da Netflix conseguem ser mais profundo que isso aqui.
A Origem do Medo
2.4 28 Assista AgoraOs caras conseguiram um espaço para locação capaz de filmar uma fotografia muito bonita, ou ao menos convincente. Mas esqueceram de depura o texto: humanos de 35 mil anos atrás falando e gesticulando como se estivessem no século XXI. E ainda tem feminismo na história!! Pelo menos Hobbes estava certo, "O homem é o lobo do homem", única premissa que salva o filme do total desastre.
Os Três Mosqueteiros: Milady
3.3 23 Assista AgoraCom muita conversinha e centrado mais na trama e no romance, a parte dois é um passo para trás ao esquecer de vez o jogo cênico dos duelos, marca registrada da história. Chato. ao menos os cenários e figurinos continuam muito bonitos de se ver, e as atuações convencem, ficando com um ar de potencial desperdiçado.
Abigail
3.1 243Lembra bastante a vibe de "M3gan", inclusive com passinhos de dança. A ambientação e a construção da atmosfera é excelente. Uma pena que depois fique tudo muito genérico e cansativo, mas a menina é um achado, super talentosa, dá conta do recado (gratificante demais vê-la atacando um brutamonte), e o filme não poupa na violência e no sangue. Como entretenimento, vale muito a sessão.
Algum Lugar Especial
3.8 33 Assista AgoraJames Norton consegue não apenas manter a expressão desesperador em que se encontra, como também consegue evoluir na melancolia latente de seu personagem: com a mãe que abandonara a família e sofrendo de uma doença degenerativa, com sua sentença de morte sendo questão de tempo, como um limpador de janelas garantirá um futuro melhor pro seu pequeno filho?
A criança, um doce de menino, é todo o arquétipo de fofura e ternura para nos fazer emocionar, e de fato o filme consegue. Impossível não querer segurar aquela criança no colo, e por isso o filme usa e abusa das cenas fofas entre os dois, como o simples ato de atravessar a rua ou de ler uma história para o filho antes de dormir. Cada quadro é pensado para uma aproximação meiga aos dois.
Contudo, essa construção torna-se, até certo ponto, manipulativa, e contrasta de forma bem maniqueísta com os pais adotivos em potencial, um casal pra lá de estereotipados. Com isso, o filme quase nos faz suspender a imersão, mas ainda bem que a dupla de pai e filho tem um carisma tão absurdo, e o roteiro tem momentos de tamanha sensibilidade, que a emoção não se esvai, e o filme vai nos corroendo por dentro.
Muito tocante e emocionante retrato de um pai com seu filho, numa situação quase de condenação mesmo. Lindo demais.
Girls State
3.6 1 Assista AgoraPega carona no documentário "Boys State", este muito mais contundente e com um roteiro mais amarrado sobre a história a ser contada. Aqui, parece que não houve tanto a depuração de qual linha de raciocínio seguir, inclusive com umas partes meio confusas, e já no terço final o documentário foca na investigação que uma das meninas resolve fazer sobre as diferenças entre "Boys state" e "Girls state", e pensei comigo: é esse o documentário que não vimos.
De resto, achei bacana ver novamente a simulação do jogo democrático, inclusive claramente as meninas com maior argumentação e aparência se saem melhor. Algo bem interessante também é ver vozes dissonantes, jovens mais liberais e mais conservadoras convivem num grau de civilidade que fiquei imaginando se seria por conta da câmera ou se são assim mesmo.
Contra o Mundo
3.2 70Em certos momentos me lembrou uma mistura de Kill Bill e John Wick, pela busca por vingança mesmo e a ação frenética, num mundo meio distópico controlado a mão de ferro, que lembra os filmes adolescentes sobre governos autoritários (Divergente, Jogos mortais etc). No entanto, por mais que seja uma mistura de várias referências, até mesmo Karate Kid na fase inicial de preparação do nosso protagonista, o filme se destaca mesmo pelo balé nas cenas de ação, e por mais que as balas convenientemente não dê cabo ao nosso herói, confesso que não desgrudava o olho da tela, e ainda com uma edição primorosa que nem faz cansar as quase duas horas de muito sangue, tiro, porrada e bomba. Super empolgante, e o personagem principal tem seu arco, inclusive familiar, muito bem construído, de modo que as conveniências do roteiro, sinceramente, podem ir para o espaço. Quero o segundo já!
Spy X Family Código: Branco
4.1 10É um filme extremamente divertido, onde a comédia se faz presente muito mais do que deveria, inclusive, retirando o peso da trama de investigação. Assim, o resultado parece meio desequilibrado com o objetivo e a história narrada, se um arco mais de ação, detetive, ou uma comédia pastelão (inclusive com umas piadas mais escatológicas meio destoantes de todo o resto). Os vilões são fracos e atram muito genérica, de modo que o clímax não surpreende em nada, mas os personagens principais são hiper carismáticos, aliás, a menina agora merece um filme só dela.
Ursinho Pooh: Sangue e Mel
1.4 197 Assista AgoraTem todos os cacoetes de filme de gênero, mas algo que salva tudo é aquele ar de filme B, rodado como se fosse um experimento de alunos de cinema. É tudo tão ruim que chega a ser delicioso, e o melhor de tudo é que é um filme curto e bem ágil. Tem cenas como as amigas indo do nada a um casarão no meio do mato até olhos esbugalhados soltando na tela, e muito sangue (poderia até ter mais). Um verdadeiro Thrash de horror, com algumas cenas pra lá de constrangedoras.
Love Lies Bleeding: O Amor Sangra
3.6 155 Assista AgoraA nova empreitada da A24 tem seu charme, com uma história muito bem contada de um amor lésbico, com personagens bem interessantes, muito bem encenado, e o principal: o espectador entende as motivações e o desenrolar da história é milimetricamente construído.
No entanto, quando o filme precisa arregaçar as mangas e mostrar sua cara no suspense e na ação, parece que a imersão se esvai e o filme volta a ser o mais genérico possível. Há uma cena em especial, ao final, momento de clímax, que arrancou risos constrangedores da plateia, e estou até agora me perguntando qual a intenção, se foi algo voluntário mesmo.
O final meio surpreendente pela sobrevivência de um personagem não soa estranho, o que, volto a repetir: o roteiro dos filmes da A24 estão sendo muito bem escritos, com uma ambientação que convence, de modo geral. Falta agora calibrar as pontas técnicas e os enquadramentos, porque de forma geral, é tudo superior à média.
Uma menção de aplusos à Kristen Stewart, que saiu daquela aberração de Crepúsculo, mas evoluiu para excelentes atuações em suas carreiras, e aqui está mais um trabalho muito bom.
Aumenta que é Rock'n Roll
3.7 25 Assista AgoraNem precisa dizer que o ponto alto é a trilha sonora, inclusive havia espaço para muito mais, porém, não sei como funciona aqui a questão dos direitos autorais e tudo o mais. Ainda assim, o esforço de Portella em contar a história é homérico, pois conta com uma clara limitação técnica das alocações (ambientes externos e abertos, por exemplo, são sofríveis).
Ainda assim, o filme empolga, os atores são dedicados, mesmo com um excesso deles. No etanto, a edição e o roteiro pecam por saltos longos, por cenas episódicas e fragmentadas, de modo que, num cinema baseado em fatos reais, há algo de estranho quando as legendas se constituem como principal veículo de informação em detrimento das imagens. É o cinema brasileiro tentando tirar leite de pedra.
Note-se, por exemplo, as tomadas nos transportando para o Rock in Rio: as imagens reais arrepiam, as imagens do filme, dadas as limitações, suspendem o ar de imersão. Portella tenta muito, mas não tem como perceber que no geral é um filme com uma narrativa problemática, que soa mais como homenagem ao rock mesmo, com uma narrativa que se perde no excesso de personagens e não consegue traduzir em imagens toda a efervescência da década de 1980, inclusive política, com um tratamento interessante (pra quem acha que a extrema direita nasceu com o bolsonarismo), mas tão profunda quanto palavras prontas de uma plenária de movimento estudantil universitário.
Ao menos o filme tem alma, tem uma energia e uma lucidez do que pretender abordar, com todos os problemas técnicos e narrativos, consegue dar vida e voz a uma parte importante da nossa história, e de como o rock tem várias facetas, do independente e revolucionário ao seu uso comercial, e de como dialoga com tensões sociais de seu tempo. Vale sim a conferida.