Realmente, ficou a sensação de que o elenco foi desperdiçado. Infelizmente, essa temporada final não fez jus às anteriores, e eu creio que um grande fator foi a pequena quantidade de episódios. Teria sido muito melhor manter o formato de 8-10 episódios de 40 minutos, pois 3 episódios de 1h foi pouco para responder todas as questões que ficaram em aberto nas temporadas anteriores: quem é Doum, como ele se tornou essa pessoa, qual a relação entre os vilões de cada temporada e como tudo começou... Deu para entender o principal, mas eu esperava mais investigações sobre o orfanato e um pouco mais da história desses três irmãos maléficos. Como já comentaram, a estupidez da Verônica estava mais irritante que o normal!
Eu não acreditei quando ela confiou no Jerônimo logo de cara e até ficou com ele... Além de ter colocado a vida da Ângela em risco em uma situação que já estava dando indícios de ser armação.
Mas também vejo isso como consequência da pressa em finalizar tudo, tornando alguns acontecimentos extremamente forçados. Por conta disso, a mensagem final também ficou descontextualizada. Faltou, mais uma vez, conectar as três temporadas, que tratam de misoginia de formas diferentes, aí faria mais sentido o discurso de
Era para ser uma distração durante meu almoço, mas essa série me conquistou de uma forma que eu acabei maratonando, ainda com um pouco de cautela porque eu não queria que acabasse... Em todos os episódios, os figurinos, penteados e a trilha sonora eram magníficos. Além disso, é incrível como a série consegue ir a extremos, seja tratando de conflitos pessoais até as piadas que arrancam verdadeiras e inesperadas gargalhadas (especialmente com a Kelli). Como nada é perfeito, preciso concordar com quem já apontou alguns furos...
Particularmente, achei a mudança da Tiffany bem corrida e mal desenvolvida, até porque ela menciona alguns incômodos em dado da momento e acaba ficando por isso mesmo. Mas, no geral, ela acaba sendo a personagem com menos desenvolvimento em todas as temporadas (por exemplo, quando ela decidiu "fugir" e ir para um hotel, foi outra ocasião que senti jogada no enredo),
porém eu entendo que precisaria de mais temporadas ou talvez episódios maiores para elaborar melhor certas questões. Enfim, o que com certeza mais me incomodou foi o fato de
o desfecho ideal para todas elas envolver um par romântico. Para mim, quem mais se encaminhou para isso foi a Molly, e o casamento dela foi coerente com o rumo que as coisas estavam tomando. A Kelli ter engravidado fugiu bastante à construção da personagem, mas ainda consegui relevar. Porém, o menos coerente foi a Issa ter voltado com o Lawrence, pois creio que o melhor desfecho para ela seria aprender a ficar sozinha! Ao longo de toda a série ela sofreu por algum homem e, quando tudo estava começando a melhorar, aparecia outro casinho ou paixonite. Quando o Nathan apareceu no aniversário dela para se desculpar, foi o maior exemplo de que um homem não pode ver uma mulher bem, feliz e seguindo em frente, que aí ele precisa dar um jeito de fazer a vida dela girar ao redor dele novamente rs. Nesse sentido, ter voltado com o Lawrence foi menos pior, mas, ainda assim, desnecessário e sem sentido com a evolução que a Issa vinha demonstrando...
Apesar dos pesares, desenvolvi um carinho enorme pela série e pela Issa Rae <3
Sinceramente, não é tudo isso... As cenas nojentas e o plot final podem chocar quem está acostumado a outros estilos de filmes, mas quem, assim como eu, esperava muito mais, vai acabar se frustrando. Acho que se reduzisse em meia hora daria para aumentar algumas estrelas na avaliação, pois eu realmente cheguei ao final pensando "então é isso? e demorou esse tempo todo?"
A primeira tem a ver com o fato de como algumas pessoas escolhem focar tanto no trabalho a fim de criar uma grande distração para o cotidiano. Me lembrei de amigos que, aos 20 e poucos, já passaram a agir como constantemente presos ao trabalho (alguns conseguem até freelas nos dias de folga) sem haver uma real necessidade. Afinal, como a própria Donna parece perceber: essa necessidade existe realmente? Seja em um mundo prestes a explodir ou em nosso dia a dia "normal", o trabalho de fato tem essa importância toda, ou estamos frequentemente cansados e nos profissionalizando para não pensarmos em nossas relações, em nós mesmos e ao nosso redor? De qualquer forma, cada um busca a reclusão egocêntrica à sua maneira: se não for o trabalho, restam as práticas comercializadas como autoconhecimento. As viagens, a meditação, yoga, ingestão de psicoativos... tudo que possa proporcionar uma conexão consigo mesmo. Daí surgem personagens como a amiga de Carol que sempre a ligava para falar sobre o que ELA fez, para onde ELA viajou, o que ELA aprendeu, quem ELA conheceu... Um excesso de si alcançado para mostrar ao outro: veja, te falta tudo isso e eu já consegui. Eu sou interessante, mas e você? O melhor episódio, para mim, é aquele em que Carol consegue encontrar a onda perfeita. O clichê de que "a onda estava o tempo todo ali, quem mudou fui eu" é clichê justamente porque é uma verdade. Enquanto se busca a perfeição, ela já pode estar diante de nossos olhos há muito tempo.
Há muitas coisas mais para comentar... quem sabe quando eu reassistir xD
Para mim, não passa de um filme feito para a Netflix estar com uma produção indicada ao Oscar novamente. Daí vem os diálogos com frases de efeito, o elenco muito bem escalado e o roteiro que poderia ter muito mais potencial.
a crítica ao capitalismo colorido que, por meio de propagandas, vende a si mesmo como a melhor alternativa existente. Entretanto, assim que esse ideal vendido é alcançado, o palco de ilusões estrategicamente criadas é desmoronado. O sonho, na verdade, é o pesadelo. É claro que para as crianças contemporâneas isso nem será percebido hahah mas o filme é feito, em grande parte, para o público nostálgico que assistiu ao primeiro filme na Sessão da Tarde.
Sinceramente, quem está criticando tanto criou expectativas demais, o que é problema do espectador e não do filme em si. Ele é bom para pensar sobre algumas coisas, rir e relembrar as personagens.
Esse filme desperta tantas coisas que se torna até difícil comentar sobre ele. Além disso, nitidamente traz muitas referências (que, graças a uma boa alma, estão pontuadas em comentários abaixo hahah). Peele consegue entrelaçar críticas a diversos segmentos com maestria e muita facilidade. Há a questão racial, a preocupação — acima da própria vida — com registrar algo e, claro, o ponto principal: o ato de domar seres, seja de qualquer espécie, para o entretenimento. Sobre este último ponto, entendo que a crítica recai sobre a maneira como isso é feito, não a prática em si. Uma pequena família, em uma região mais afastada e que trabalha com isso há gerações tratando os cavalos com afeto, como é o caso de OJ, obviamente será esmagada pela lógica moderna de desumanização e lucro acima de tudo.
Ricky logo notou isso e tratou de criar o parque para a apreciação dos alienígenas, percebendo uma questão-chave que leva ao sucesso e ao dinheiro: a espetacularização do horror e, consequentemente, do sofrimento. Ao mencionar o surto que o macaco teve anos atrás, é possível perceber certa satisfação em sua fala, pois foi isso que perpetuou o sucesso do show de TV — afinal, foi justamente aquele episódio que se tornou o mais reproduzido e, se não me engano, chegou a ser regravado. Ao provocar o alienígena para que o mesmo aparecesse sempre no mesmo local e horário, ele aplicou a mesma lógica de monetizar a violência. A lógica de OJ, apesar de também ser pautada no lucro (tendo em vista que seu grande objetivo é o de faturar com imagens inéditas), ainda parte de um local de busca por compreensão do outro, que é o alienígena. Assim como faz com os cavalos, ele observa, entende os gatilhos... Aliás, a questão do olhar também é um elemento principal do filme, tanto no sentido literal de não poder olhar para o alien, como no sentido metafórico de enxergar para além de si mesmo. Isso fica evidente quando Emerald relembra uma situação em que o pai não olhou para ela, mas OJ, sim.
Quem assistiu a Um Lugar Silencioso e Bird Box e amou, mas detestou Não! Não Olhe!... Por favor, repense hahah. Para concluir, a única coisa que eu lamento é não ter assistido a essa obra-prima no cinema!
O grande problema de Sex Education, para mim, foi desde sempre ter colocado o Otis como protagonista... Ele é chato, fim de história. É mimado, egoísta e trata quem o ama de uma forma horrorosa em muitas vezes, tanto é que não fui capaz de shippá-lo com a Maeve em momento algum: definição perfeita de "ela é muita areia para o caminhãozinho dele". As tramas dos outros personagens, entretanto, foram a melhor coisa de acompanhar! O amadurecimento de Eric, Adam, Maeve, Aimee, Ruby e até mesmo a mãe do Otis foi algo lindo e muito gostoso de acompanhar ao longo dessa última temporada. Uma season finale digna da qualidade da série, com questões mais adultas mostradas de forma crua... A transição da adolescência para a juventude e a redescoberta de si mesmo se mostrou em diversos espaços: na igreja, universidade, maternidade. Não duvido que será minha comfort series para momentos de reflexão futuramente xD
A única coisa que me incomodou mesmo e achei completamente desnecessária foi a busca de Jackson pelo pai biológico. Por favor, galerinha, esse plot já existe em TODAS as séries com famílias LGTBQIA+. Superem!
Mas é claro que quem não tem a mínima noção sobre a realidade, ou ao menos uma unidade de neurônio funcionando, vai reclamar que o filme tem "lacração feminista". Greta Gerwig pensou nas adolescentes e jovens que iriam assistir e se identificar com absolutamente cada detalhe.
Creio que o fato de ter assistido no cinema melhorou a experiência, especialmente por conta da duração e, obviamente, do impacto de ver a explosão em uma tela enorme — o ponto alto e aguardado do filme. O maior fator positivo, em termos de recepção, tem a ver com o fato de que muitas pessoas passaram a buscar a perspectiva de quem sofreu com a bomba, já que isso não é abordado em momento algum do filme e é algo passível de muitas críticas, que chegaram a ser feitas. Ainda assim, achei interessante acompanhar o processo de recrutamento dos cientistas e suas famílias, a criação de praticamente uma nova cidade para prosseguir com a criação da bomba e os testes... Sem falar nos conflitos políticos.
Há muito tempo queria assistir e em um domingo despretensioso cumpri essa missão. É o tipo de animação que adoro, pois trata de conflitos existencialistas de forma leve ao decorrer da história. Já nos minutos finais,
a cena em que o Sr. Raposo admira o lobo é fantástica! Ele gostaria tanto de almejar a liberdade de um "animal selvagem" que tentava convencer a si mesmo de que, na verdade, morria de medo de lobos. Ele sabia a todo instante que ter uma família implicava na renúncia de sua liberdade e o filme conduz essa trama de uma maneira muito boa, sendo possível entender tanto a perspectiva do Sr. Raposo como a de sua esposa e seu filho.
o cenário monocromático, os personagens suando e a luz amarelada criam um desconforto enorme. Tem como objetivo ser nojento e repulsivo e realmente isso ocorre em alguns momentos (para mim, não ironicamente são os momentos com as pessoas "normais", nos levando a reparar que os mais desajustados são aqueles que se encaixam em certos padrões). Apesar de não ser algo tão inovador, o filme traz questões interessantes: de fato nos atraímos por quem gostamos ou por sua aparência? Quem define o que é (a)normal e com base em quais parâmetros? E por que, enquanto sociedade, simplesmente compramos essa ideia sem questioná-la?
Decaiu um pouquinho, mas não chegou a ficar ruim. Acho que o problema foi tentar experimentar muita coisa numa temporada só. Toda hora um personagem cantava uma musiquinha e isso ficou chato pra caramba. O episódio de natal é notavelmente o pior, foi uma mistureba de Brasil com Egito que não ficou legal. O Nick animado ter encontrado o Nick real foi legal, mas ficou faltando algo... Acho que a temporada não foi construída pra isso. O ponto alto foi o episódio sobre Otelo e a transição do amor para o ódio e vice-versa. De resto, mais do mesmo.
Não sei dizer se é uma série boa ou ruim, mas não faz meu estilo. Eu queria uma série teen para passar o tempo mas os atores são nitidamente mais velhos, aí fica difícil engolir muita maluquice que só aconteceria porque eles são jovens e burros porque o elenco não aparenta isso.
Bom, o Jonah nunca foi muito engraçado e legal, mas ele piorou muito nessa temporada. Infelizmente, é um truque comum: se um personagem começa a ter um discurso mais politizado, ele fica chato. Eu tava até surpresa com o fato de a pauta do sindicalismo aparecer bastante ao longo da série, mas aí transformaram o cara que luta por isso em um chato de galocha e isso acaba reforçando um estereótipo de "militante chato". Aliás, ele a Amy nunca tiveram muita química e eu me emocionei muuuito mais com a despedida dela, Dina e Glenn. Em relação ao humor, pra mim continuou muito bom e me diverti bastante.
Comecei a assistir sem esperar muita coisa e, quando me dei conta, já havia maratonado tudo. Draminha adolescente muito gostoso de assistir, com doses certas de comédia e drama. Com certeza eu morreria de raiva da Devi, mas tinha assistido a um vídeo da Nataly Neri comentando sobre a personagem e isso me ajudou a entender mais as loucuras que ela faz na série. Inclusive, em alguns episódios, lembrei de coisas parecidas que eu fazia quando era adolescente e achei engraçado (realmente, nessa fase a gente só pensa em beijar na boca e outras coisitas mais hahaah). No meio disso tudo, tem a questão do luto, o estresse (também super me identifico com isso) e, juntando essas situações, a vontade é de abraçar Devi e dizer "calma, adolescência é horrível mesmo".
Sem dúvidas, muito melhor que a primeira! Inclusive, a primeira até faz mais sentido agora. Me incomodou um pouco as coisas serem resolvidas no fim, depois de muita m*rda acontecer, mas acho que faz jus à realidade. Uma pessoa traumatizada não sai resolvendo tudo sozinha de uma hora para outra. Inclusive, quando alguém dizia que Mae precisava crescer eu achava surreal, pois ela nitidamente precisava de ajuda profissional. Nesse sentido, foi muito legal ver a George se dispondo a ajudar, mas também descobrindo que precisa respeitar alguns limites e não deixar a outra pessoa ser o centro de tudo. Só é chato ver pessoas se referindo à Mae e George como 'sapatão' e 'lésbica' quando as duas protagonistas são abertamente bissexuais rsrs.
Gente, que correria! Eu entendo que foram poucos episódios, mas vamos combinar que algumas coisas só serviram pra encher linguiça, vide o episódio em que elas ficam chapadas. Um episódio que não agregou muito e serviu pra resolver os dilemas de um jeito bobo: "uau, tô vendo tudo com outros olhos e agora posso ser uma pessoa melhor". Desculpa, mas não colou! Sutton em duas sessões de terapia entendeu todos os traumas dela e deu uma guinada... Eita psicóloga boa, viu! Jane era super perfeccionista, precisava de listas pra tudo mas resolveu jogar a promoção dos sonhos pro alto pra viver ~la vida loca~. E a história de amor com o Scott, depois de sofrer horrores pelo Ryan, foi esquecida no churrasco. Kat só precisava se sentir uma grande gostosa pra voltar pros trilhos? De novo, MUITA COISA rolando em um episódio só! Uma série tão legal merecia um desfecho melhor, sabe?! Ah, nada a ver a Adena ressurgir DO NADA. Nem tocavam mais no nome dela, mas pra ter o "feliz pra sempre" tiveram que reviver os casais lá da primeira temporada (quando o Ryan apareceu até fiquei com medo de a Jane se jogar nos braços dele). Sem falar em muitas personagens que começaram a aparecer mais só no final... Saige, Alex e Andrew. Sinto que tinham um potencial enorme, mas que foi pouco aproveitado ao longo de toda a série e que começaram a aparecer um pouquiiinho mais só no fim. O Alex, por exemplo, sempre serviu pra dar ótimos conselhos e resolver a vida de todo mundo, mas logo depois sumia. Essa coisa de desconstruir a masculinidade namorando uma mulher mais bem-sucedida é um papo tão atual e necessário que deveria ter sido mais explorado (mas a namorada dele quase nem aparecia e, quando aparecia, nem abria a boca rs). Ah, e aquela história de "cancelamento", o cara chamou o Alex de "pussy" no sentido pejorativo mas jura que ele não era mais homofóbico? Acho que quiseram falar de cancelamento porque tá na boca do povo, mas, de novo, o problema da correria né... Enfim, a sensação no geral é de um desfecho indigno pra uma série que em muitos aspectos foi boa.
Nossa, que temporada longa! Achei que não exploraram bem a maior quantidade de episódios. Muitas histórias poderiam ter sido mais desenvolvidas, mas mantiveram o ritmo de "um problema, uma solução" a cada episódio e algumas coisas ficaram muito corridas. Sutton, por exemplo, teve um salto enorme aqui:
casamento, aborto espontâneo, entender que não quer ser mãe, divórcio, descobrir que a mãe está bebendo de novo, transar com uma pessoa comprometida e se sentir culpada por isso.
Tudo isso em mais ou menos 5 episódios pra, no fim das contas, tudo ser resolvido em cinco minutinhos de conversa com a Jane e a Kat...
O pior pra mim foi ela não ter se importado AT ALL com a mãe dela depois de ambas terem construído uma relação muito melhor. "Minha mãe voltou a beber, f*da-se", como assim? Richard queria alguém pra ser mãe do filho dele ou uma barriga de aluguel? "Ah a gente pode ter uma babá e uma cuidadora à noite, você pode ficar o dia todo fora trabalhando etc", que horror, gente! Como se gestar por nove meses, passar por mudanças hormonais, psicológicas e físicas fosse super tranquilo, né?! E depois é só contratar outra mulher pra criar enquanto ele ostenta a família perfeita para os amigos? Pelo amor de deus, o príncipe encantado se demonstrou um belo de um babaca (e choca zero pessoas). E vamos lembrar que a Sutton tinha acabado de sofrer um aborto enquanto o cara já tava planejando a próxima gravidez!!
Kat, puts... Tudo que construíram na terceira temporada foi jogado no LIXO. A única coisa boa foi ela ter se entendido bissexual e ter confrontado a bifobia da Adena.
Super NADA A VER ela ter se atraído pela Eva. É a mesma coisa que uma pessoa de esquerda se apaixonar por um bolsominion. NÃO DÁ!!
E o pior é que construíram uma narrativa de "vamos ouvir as pessoas conservadoras, poxa ):". A Kat foi retratada como uma ativista chata, que se comunica de maneira agressiva e que não sabe dialogar enquanto a Eva parecia um anjinho falando com calma. Foi aqui que a série saiu dos eixos pra mim! Jane amadureceu muito e passei a gostar mais dela. Acho que foi a personagem com o melhor desenvolvimento nessa temporada.
Depois de ter visto todas as temporadas... Kat amadureceu tanto nessa aqui que dá ódio do que fizeram com ela na quarta. No geral, é uma temporada bem esquecível, tanto é que assisti há pouco e já não lembro de muita coisa além das eleições.
E vamos de opiniões (talvez) impopulares: No geral, tudo foi muito corrido e com muitos episódios só pra encher linguiça. Precisava de um episódio INTEIRO naquele karaokê? Um episódio só com o baile da Angie? Mais de uma vez eu fiquei com a sensação de "acabou o episódio, e aí?" porque foram histórias que não acrescentaram absolutamente coisa alguma ao desenvolvimento da série, inclusive o último! Vamos por partes:
- O pior pra mim foi transformarem a Finley em alcoólatra do nada!! De um episódio pra outro a menina tava fazendo xixi no corredor da Dani? Oi? - Alice, Nat e poliamor: que porcaria conservadora fizeram aqui? Só tivemos acesso ao ponto de vista da Alice, mas e a Nat? Foi esquecida no churrasco assim que deixou de ser par romântico da Alice. Por um milésimo de segundo até pensei que poderiam falar sobre relações não-monogâmicas de uma maneira decente (até porque o rebuceteio ali rola solto), mas no fim das contas só serviu pra falar que se atrair por mais de uma pessoa é errado e promíscuo. Ou seja, pode até ser sapatão, mas dentro de uma família tradicional, beleza? - Angie e o doador: já começou errado com a atuação. Jordan Hull foi péssima. Literalmente só ficava tremendo a perna, roendo as unhas e com cara de choro o tempo todo. Além disso, DO NADA surgiu uma vontade incontrolável de conhecer o doador por quê? Isso não foi explorado e no fim das contas serviu pra reforçar uma visão biológica de família. Algo do tipo "quero conhecer meu doador porque eu saí do p*nto dele". Ué, só isso que define família? - Dani e a empresa do pai: já começa com o estereótipo do latino que mexe com ópio. Em todas as conversas com o pai da Dani, nunca se deram o trabalho de colocar uma legenda para as falas dele em espanhol e a Dani sempre respondia em inglês. É assim que estão querendo diversificar a história? Com personagens latinos só pra reforçar o "American Way of Life"? (Óbvio que não estou passando pano pro pai dela, mas por mais que ele esteja errado, é preciso pensar antes de retratar latinos da forma como foi feita) - Bette ficou extremamente insuportável. Aí vemos mais uma bola fora: quando a personagem negra resolve falar sobre racismo, ela fica chata. A Bette sempre foi focada no trabalho, mas não ao ponto em que vimos nessa temporada. Eu não consigo parar de pensar no motivo pra deixarem a personagem tão egoísta e insuportável. - Não dá pra não comentar sobre a atuação (ou melhor, a falta dela) de Katherine Moennig. HORRENDO! A mulher conseguiu me fazer rir na cena mais emocionante, quando Alice estava lendo o capítulo sobre Dana. Quando Shane foi secar as lágrimas, a atuação me doeu de tão ruim que foi. Parecia que tava limpando uma poeira do nariz. - Apelar pra Bette e Tina foi pra fechar com chave de ouro tudo de ruim que aconteceu. Pelo amor de deus, SUPEREM. E a Carrie tava lá nitidamente pra ser a cota de pessoa gorda e idosa, mas mal aparecia e foi construída com uma personalidade chata. Tudo feito pra darmos graças a deus quando o casamento com a Tina não rolasse. Sério, se for pra colocar pessoas trans, negras, gordas, latinas etc. no elenco, que seja pra ter uma história, não só pra preencher cota e fingir que é uma série inclusiva só porque tem um monte de sapatão.
Minha avaliação tem um estrela somente pelo trabalho de Leisha Hailey. A atuação foi impecável, da comédia ao drama sem dificuldade, e Alice continuou uma personagem maravilhosa.
Bom Dia, Verônica (3ª Temporada)
2.7 176 Assista AgoraRealmente, ficou a sensação de que o elenco foi desperdiçado. Infelizmente, essa temporada final não fez jus às anteriores, e eu creio que um grande fator foi a pequena quantidade de episódios. Teria sido muito melhor manter o formato de 8-10 episódios de 40 minutos, pois 3 episódios de 1h foi pouco para responder todas as questões que ficaram em aberto nas temporadas anteriores: quem é Doum, como ele se tornou essa pessoa, qual a relação entre os vilões de cada temporada e como tudo começou... Deu para entender o principal, mas eu esperava mais investigações sobre o orfanato e um pouco mais da história desses três irmãos maléficos. Como já comentaram, a estupidez da Verônica estava mais irritante que o normal!
Eu não acreditei quando ela confiou no Jerônimo logo de cara e até ficou com ele... Além de ter colocado a vida da Ângela em risco em uma situação que já estava dando indícios de ser armação.
guerrilha feminista
Insecure (5ª Temporada)
4.3 50Era para ser uma distração durante meu almoço, mas essa série me conquistou de uma forma que eu acabei maratonando, ainda com um pouco de cautela porque eu não queria que acabasse... Em todos os episódios, os figurinos, penteados e a trilha sonora eram magníficos. Além disso, é incrível como a série consegue ir a extremos, seja tratando de conflitos pessoais até as piadas que arrancam verdadeiras e inesperadas gargalhadas (especialmente com a Kelli).
Como nada é perfeito, preciso concordar com quem já apontou alguns furos...
Particularmente, achei a mudança da Tiffany bem corrida e mal desenvolvida, até porque ela menciona alguns incômodos em dado da momento e acaba ficando por isso mesmo. Mas, no geral, ela acaba sendo a personagem com menos desenvolvimento em todas as temporadas (por exemplo, quando ela decidiu "fugir" e ir para um hotel, foi outra ocasião que senti jogada no enredo),
Enfim, o que com certeza mais me incomodou foi o fato de
o desfecho ideal para todas elas envolver um par romântico. Para mim, quem mais se encaminhou para isso foi a Molly, e o casamento dela foi coerente com o rumo que as coisas estavam tomando. A Kelli ter engravidado fugiu bastante à construção da personagem, mas ainda consegui relevar. Porém, o menos coerente foi a Issa ter voltado com o Lawrence, pois creio que o melhor desfecho para ela seria aprender a ficar sozinha! Ao longo de toda a série ela sofreu por algum homem e, quando tudo estava começando a melhorar, aparecia outro casinho ou paixonite. Quando o Nathan apareceu no aniversário dela para se desculpar, foi o maior exemplo de que um homem não pode ver uma mulher bem, feliz e seguindo em frente, que aí ele precisa dar um jeito de fazer a vida dela girar ao redor dele novamente rs. Nesse sentido, ter voltado com o Lawrence foi menos pior, mas, ainda assim, desnecessário e sem sentido com a evolução que a Issa vinha demonstrando...
Apesar dos pesares, desenvolvi um carinho enorme pela série e pela Issa Rae <3
Saltburn
3.5 846Sinceramente, não é tudo isso... As cenas nojentas e o plot final podem chocar quem está acostumado a outros estilos de filmes, mas quem, assim como eu, esperava muito mais, vai acabar se frustrando. Acho que se reduzisse em meia hora daria para aumentar algumas estrelas na avaliação, pois eu realmente cheguei ao final pensando "então é isso? e demorou esse tempo todo?"
Carol e o Fim do Mundo
3.8 38 Assista AgoraQuanta coisa cabe em poucos e curtos episódios...
A primeira tem a ver com o fato de como algumas pessoas escolhem focar tanto no trabalho a fim de criar uma grande distração para o cotidiano. Me lembrei de amigos que, aos 20 e poucos, já passaram a agir como constantemente presos ao trabalho (alguns conseguem até freelas nos dias de folga) sem haver uma real necessidade. Afinal, como a própria Donna parece perceber: essa necessidade existe realmente? Seja em um mundo prestes a explodir ou em nosso dia a dia "normal", o trabalho de fato tem essa importância toda, ou estamos frequentemente cansados e nos profissionalizando para não pensarmos em nossas relações, em nós mesmos e ao nosso redor?
De qualquer forma, cada um busca a reclusão egocêntrica à sua maneira: se não for o trabalho, restam as práticas comercializadas como autoconhecimento. As viagens, a meditação, yoga, ingestão de psicoativos... tudo que possa proporcionar uma conexão consigo mesmo. Daí surgem personagens como a amiga de Carol que sempre a ligava para falar sobre o que ELA fez, para onde ELA viajou, o que ELA aprendeu, quem ELA conheceu... Um excesso de si alcançado para mostrar ao outro: veja, te falta tudo isso e eu já consegui. Eu sou interessante, mas e você?
O melhor episódio, para mim, é aquele em que Carol consegue encontrar a onda perfeita. O clichê de que "a onda estava o tempo todo ali, quem mudou fui eu" é clichê justamente porque é uma verdade. Enquanto se busca a perfeição, ela já pode estar diante de nossos olhos há muito tempo.
Há muitas coisas mais para comentar... quem sabe quando eu reassistir xD
O Mundo Depois de Nós
3.2 879 Assista AgoraPara mim, não passa de um filme feito para a Netflix estar com uma produção indicada ao Oscar novamente. Daí vem os diálogos com frases de efeito, o elenco muito bem escalado e o roteiro que poderia ter muito mais potencial.
A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets
3.4 229 Assista AgoraEu esperava um roteiro parecido com o do primeiro filme e é justamente isso o que acontece, mas com uma atualização muito boa:
a crítica ao capitalismo colorido que, por meio de propagandas, vende a si mesmo como a melhor alternativa existente. Entretanto, assim que esse ideal vendido é alcançado, o palco de ilusões estrategicamente criadas é desmoronado. O sonho, na verdade, é o pesadelo.
É claro que para as crianças contemporâneas isso nem será percebido hahah mas o filme é feito, em grande parte, para o público nostálgico que assistiu ao primeiro filme na Sessão da Tarde.
Sinceramente, quem está criticando tanto criou expectativas demais, o que é problema do espectador e não do filme em si. Ele é bom para pensar sobre algumas coisas, rir e relembrar as personagens.
Não! Não Olhe!
3.5 1,3K Assista AgoraEsse filme desperta tantas coisas que se torna até difícil comentar sobre ele. Além disso, nitidamente traz muitas referências (que, graças a uma boa alma, estão pontuadas em comentários abaixo hahah).
Peele consegue entrelaçar críticas a diversos segmentos com maestria e muita facilidade. Há a questão racial, a preocupação — acima da própria vida — com registrar algo e, claro, o ponto principal: o ato de domar seres, seja de qualquer espécie, para o entretenimento. Sobre este último ponto, entendo que a crítica recai sobre a maneira como isso é feito, não a prática em si. Uma pequena família, em uma região mais afastada e que trabalha com isso há gerações tratando os cavalos com afeto, como é o caso de OJ, obviamente será esmagada pela lógica moderna de desumanização e lucro acima de tudo.
Ricky logo notou isso e tratou de criar o parque para a apreciação dos alienígenas, percebendo uma questão-chave que leva ao sucesso e ao dinheiro: a espetacularização do horror e, consequentemente, do sofrimento. Ao mencionar o surto que o macaco teve anos atrás, é possível perceber certa satisfação em sua fala, pois foi isso que perpetuou o sucesso do show de TV — afinal, foi justamente aquele episódio que se tornou o mais reproduzido e, se não me engano, chegou a ser regravado.
Ao provocar o alienígena para que o mesmo aparecesse sempre no mesmo local e horário, ele aplicou a mesma lógica de monetizar a violência. A lógica de OJ, apesar de também ser pautada no lucro (tendo em vista que seu grande objetivo é o de faturar com imagens inéditas), ainda parte de um local de busca por compreensão do outro, que é o alienígena. Assim como faz com os cavalos, ele observa, entende os gatilhos...
Aliás, a questão do olhar também é um elemento principal do filme, tanto no sentido literal de não poder olhar para o alien, como no sentido metafórico de enxergar para além de si mesmo. Isso fica evidente quando Emerald relembra uma situação em que o pai não olhou para ela, mas OJ, sim.
Quem assistiu a Um Lugar Silencioso e Bird Box e amou, mas detestou Não! Não Olhe!... Por favor, repense hahah.
Para concluir, a única coisa que eu lamento é não ter assistido a essa obra-prima no cinema!
As Fabulosas Aventuras dos Freak Brothers (1ª Temporada)
2.4 2Começou muito bem mas acabou desandando... Não consegui terminar.
Sex Education (4ª Temporada)
3.5 237 Assista AgoraO grande problema de Sex Education, para mim, foi desde sempre ter colocado o Otis como protagonista... Ele é chato, fim de história. É mimado, egoísta e trata quem o ama de uma forma horrorosa em muitas vezes, tanto é que não fui capaz de shippá-lo com a Maeve em momento algum: definição perfeita de "ela é muita areia para o caminhãozinho dele".
As tramas dos outros personagens, entretanto, foram a melhor coisa de acompanhar! O amadurecimento de Eric, Adam, Maeve, Aimee, Ruby e até mesmo a mãe do Otis foi algo lindo e muito gostoso de acompanhar ao longo dessa última temporada. Uma season finale digna da qualidade da série, com questões mais adultas mostradas de forma crua... A transição da adolescência para a juventude e a redescoberta de si mesmo se mostrou em diversos espaços: na igreja, universidade, maternidade. Não duvido que será minha comfort series para momentos de reflexão futuramente xD
A única coisa que me incomodou mesmo e achei completamente desnecessária foi a busca de Jackson pelo pai biológico. Por favor, galerinha, esse plot já existe em TODAS as séries com famílias LGTBQIA+. Superem!
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraMas é claro que quem não tem a mínima noção sobre a realidade, ou ao menos uma unidade de neurônio funcionando, vai reclamar que o filme tem "lacração feminista". Greta Gerwig pensou nas adolescentes e jovens que iriam assistir e se identificar com absolutamente cada detalhe.
Oppenheimer
4.0 1,1KCreio que o fato de ter assistido no cinema melhorou a experiência, especialmente por conta da duração e, obviamente, do impacto de ver a explosão em uma tela enorme — o ponto alto e aguardado do filme. O maior fator positivo, em termos de recepção, tem a ver com o fato de que muitas pessoas passaram a buscar a perspectiva de quem sofreu com a bomba, já que isso não é abordado em momento algum do filme e é algo passível de muitas críticas, que chegaram a ser feitas.
Ainda assim, achei interessante acompanhar o processo de recrutamento dos cientistas e suas famílias, a criação de praticamente uma nova cidade para prosseguir com a criação da bomba e os testes... Sem falar nos conflitos políticos.
Soul
4.3 1,4KAqui a Disney mostrou que SABE o que faz!
O Fantástico Sr. Raposo
4.2 932 Assista AgoraHá muito tempo queria assistir e em um domingo despretensioso cumpri essa missão.
É o tipo de animação que adoro, pois trata de conflitos existencialistas de forma leve ao decorrer da história. Já nos minutos finais,
a cena em que o Sr. Raposo admira o lobo é fantástica! Ele gostaria tanto de almejar a liberdade de um "animal selvagem" que tentava convencer a si mesmo de que, na verdade, morria de medo de lobos. Ele sabia a todo instante que ter uma família implicava na renúncia de sua liberdade e o filme conduz essa trama de uma maneira muito boa, sendo possível entender tanto a perspectiva do Sr. Raposo como a de sua esposa e seu filho.
Peles
3.4 590 Assista AgoraO filme é todo construído a partir de um incômodo. Logo na cena inicial,
antes mesmo de saber que a senhora está nua,
Apesar de não ser algo tão inovador, o filme traz questões interessantes: de fato nos atraímos por quem gostamos ou por sua aparência? Quem define o que é (a)normal e com base em quais parâmetros? E por que, enquanto sociedade, simplesmente compramos essa ideia sem questioná-la?
The L Word: Geração Q (3ª Temporada)
2.9 23Sabe aquele ditado "nada tão ruim que não possa piorar"? Pois bem, pode piorar e MUITO...
Big Mouth (5ª Temporada)
3.8 34 Assista AgoraDecaiu um pouquinho, mas não chegou a ficar ruim. Acho que o problema foi tentar experimentar muita coisa numa temporada só.
Toda hora um personagem cantava uma musiquinha e isso ficou chato pra caramba. O episódio de natal é notavelmente o pior, foi uma mistureba de Brasil com Egito que não ficou legal.
O Nick animado ter encontrado o Nick real foi legal, mas ficou faltando algo... Acho que a temporada não foi construída pra isso.
O ponto alto foi o episódio sobre Otelo e a transição do amor para o ódio e vice-versa. De resto, mais do mesmo.
Outer Banks (1ª Temporada)
3.8 121 Assista AgoraNão sei dizer se é uma série boa ou ruim, mas não faz meu estilo. Eu queria uma série teen para passar o tempo mas os atores são nitidamente mais velhos, aí fica difícil engolir muita maluquice que só aconteceria porque eles são jovens e burros porque o elenco não aparenta isso.
Superstore: Uma Loja de Inconveniências (5ª Temporada)
3.8 52 Assista AgoraBom, o Jonah nunca foi muito engraçado e legal, mas ele piorou muito nessa temporada. Infelizmente, é um truque comum: se um personagem começa a ter um discurso mais politizado, ele fica chato. Eu tava até surpresa com o fato de a pauta do sindicalismo aparecer bastante ao longo da série, mas aí transformaram o cara que luta por isso em um chato de galocha e isso acaba reforçando um estereótipo de "militante chato".
Aliás, ele a Amy nunca tiveram muita química e eu me emocionei muuuito mais com a despedida dela, Dina e Glenn.
Em relação ao humor, pra mim continuou muito bom e me diverti bastante.
Eu Nunca... (1ª Temporada)
4.0 421 Assista AgoraComecei a assistir sem esperar muita coisa e, quando me dei conta, já havia maratonado tudo. Draminha adolescente muito gostoso de assistir, com doses certas de comédia e drama.
Com certeza eu morreria de raiva da Devi, mas tinha assistido a um vídeo da Nataly Neri comentando sobre a personagem e isso me ajudou a entender mais as loucuras que ela faz na série. Inclusive, em alguns episódios, lembrei de coisas parecidas que eu fazia quando era adolescente e achei engraçado (realmente, nessa fase a gente só pensa em beijar na boca e outras coisitas mais hahaah).
No meio disso tudo, tem a questão do luto, o estresse (também super me identifico com isso) e, juntando essas situações, a vontade é de abraçar Devi e dizer "calma, adolescência é horrível mesmo".
Feel Good (2ª Temporada)
3.7 25Sem dúvidas, muito melhor que a primeira! Inclusive, a primeira até faz mais sentido agora.
Me incomodou um pouco as coisas serem resolvidas no fim, depois de muita m*rda acontecer, mas acho que faz jus à realidade. Uma pessoa traumatizada não sai resolvendo tudo sozinha de uma hora para outra. Inclusive, quando alguém dizia que Mae precisava crescer eu achava surreal, pois ela nitidamente precisava de ajuda profissional. Nesse sentido, foi muito legal ver a George se dispondo a ajudar, mas também descobrindo que precisa respeitar alguns limites e não deixar a outra pessoa ser o centro de tudo.
Só é chato ver pessoas se referindo à Mae e George como 'sapatão' e 'lésbica' quando as duas protagonistas são abertamente bissexuais rsrs.
The Bold Type (5ª Temporada)
3.8 22Gente, que correria! Eu entendo que foram poucos episódios, mas vamos combinar que algumas coisas só serviram pra encher linguiça, vide o episódio em que elas ficam chapadas. Um episódio que não agregou muito e serviu pra resolver os dilemas de um jeito bobo: "uau, tô vendo tudo com outros olhos e agora posso ser uma pessoa melhor". Desculpa, mas não colou!
Sutton em duas sessões de terapia entendeu todos os traumas dela e deu uma guinada... Eita psicóloga boa, viu!
Jane era super perfeccionista, precisava de listas pra tudo mas resolveu jogar a promoção dos sonhos pro alto pra viver ~la vida loca~. E a história de amor com o Scott, depois de sofrer horrores pelo Ryan, foi esquecida no churrasco.
Kat só precisava se sentir uma grande gostosa pra voltar pros trilhos?
De novo, MUITA COISA rolando em um episódio só! Uma série tão legal merecia um desfecho melhor, sabe?!
Ah, nada a ver a Adena ressurgir DO NADA. Nem tocavam mais no nome dela, mas pra ter o "feliz pra sempre" tiveram que reviver os casais lá da primeira temporada (quando o Ryan apareceu até fiquei com medo de a Jane se jogar nos braços dele).
Sem falar em muitas personagens que começaram a aparecer mais só no final... Saige, Alex e Andrew. Sinto que tinham um potencial enorme, mas que foi pouco aproveitado ao longo de toda a série e que começaram a aparecer um pouquiiinho mais só no fim. O Alex, por exemplo, sempre serviu pra dar ótimos conselhos e resolver a vida de todo mundo, mas logo depois sumia. Essa coisa de desconstruir a masculinidade namorando uma mulher mais bem-sucedida é um papo tão atual e necessário que deveria ter sido mais explorado (mas a namorada dele quase nem aparecia e, quando aparecia, nem abria a boca rs). Ah, e aquela história de "cancelamento", o cara chamou o Alex de "pussy" no sentido pejorativo mas jura que ele não era mais homofóbico? Acho que quiseram falar de cancelamento porque tá na boca do povo, mas, de novo, o problema da correria né... Enfim, a sensação no geral é de um desfecho indigno pra uma série que em muitos aspectos foi boa.
The Bold Type (4ª Temporada)
4.0 38 Assista AgoraNossa, que temporada longa! Achei que não exploraram bem a maior quantidade de episódios. Muitas histórias poderiam ter sido mais desenvolvidas, mas mantiveram o ritmo de "um problema, uma solução" a cada episódio e algumas coisas ficaram muito corridas. Sutton, por exemplo, teve um salto enorme aqui:
casamento, aborto espontâneo, entender que não quer ser mãe, divórcio, descobrir que a mãe está bebendo de novo, transar com uma pessoa comprometida e se sentir culpada por isso.
O pior pra mim foi ela não ter se importado AT ALL com a mãe dela depois de ambas terem construído uma relação muito melhor. "Minha mãe voltou a beber, f*da-se", como assim?
Richard queria alguém pra ser mãe do filho dele ou uma barriga de aluguel? "Ah a gente pode ter uma babá e uma cuidadora à noite, você pode ficar o dia todo fora trabalhando etc", que horror, gente! Como se gestar por nove meses, passar por mudanças hormonais, psicológicas e físicas fosse super tranquilo, né?! E depois é só contratar outra mulher pra criar enquanto ele ostenta a família perfeita para os amigos? Pelo amor de deus, o príncipe encantado se demonstrou um belo de um babaca (e choca zero pessoas). E vamos lembrar que a Sutton tinha acabado de sofrer um aborto enquanto o cara já tava planejando a próxima gravidez!!
Kat, puts... Tudo que construíram na terceira temporada foi jogado no LIXO. A única coisa boa foi ela ter se entendido bissexual e ter confrontado a bifobia da Adena.
Super NADA A VER ela ter se atraído pela Eva. É a mesma coisa que uma pessoa de esquerda se apaixonar por um bolsominion. NÃO DÁ!!
Jane amadureceu muito e passei a gostar mais dela. Acho que foi a personagem com o melhor desenvolvimento nessa temporada.
The Bold Type (3ª Temporada)
4.1 24Depois de ter visto todas as temporadas... Kat amadureceu tanto nessa aqui que dá ódio do que fizeram com ela na quarta. No geral, é uma temporada bem esquecível, tanto é que assisti há pouco e já não lembro de muita coisa além das eleições.
The L Word: Geração Q (2ª Temporada)
3.6 31E vamos de opiniões (talvez) impopulares:
No geral, tudo foi muito corrido e com muitos episódios só pra encher linguiça. Precisava de um episódio INTEIRO naquele karaokê? Um episódio só com o baile da Angie? Mais de uma vez eu fiquei com a sensação de "acabou o episódio, e aí?" porque foram histórias que não acrescentaram absolutamente coisa alguma ao desenvolvimento da série, inclusive o último! Vamos por partes:
- O pior pra mim foi transformarem a Finley em alcoólatra do nada!! De um episódio pra outro a menina tava fazendo xixi no corredor da Dani? Oi?
- Alice, Nat e poliamor: que porcaria conservadora fizeram aqui? Só tivemos acesso ao ponto de vista da Alice, mas e a Nat? Foi esquecida no churrasco assim que deixou de ser par romântico da Alice. Por um milésimo de segundo até pensei que poderiam falar sobre relações não-monogâmicas de uma maneira decente (até porque o rebuceteio ali rola solto), mas no fim das contas só serviu pra falar que se atrair por mais de uma pessoa é errado e promíscuo. Ou seja, pode até ser sapatão, mas dentro de uma família tradicional, beleza?
- Angie e o doador: já começou errado com a atuação. Jordan Hull foi péssima. Literalmente só ficava tremendo a perna, roendo as unhas e com cara de choro o tempo todo. Além disso, DO NADA surgiu uma vontade incontrolável de conhecer o doador por quê? Isso não foi explorado e no fim das contas serviu pra reforçar uma visão biológica de família. Algo do tipo "quero conhecer meu doador porque eu saí do p*nto dele". Ué, só isso que define família?
- Dani e a empresa do pai: já começa com o estereótipo do latino que mexe com ópio. Em todas as conversas com o pai da Dani, nunca se deram o trabalho de colocar uma legenda para as falas dele em espanhol e a Dani sempre respondia em inglês. É assim que estão querendo diversificar a história? Com personagens latinos só pra reforçar o "American Way of Life"? (Óbvio que não estou passando pano pro pai dela, mas por mais que ele esteja errado, é preciso pensar antes de retratar latinos da forma como foi feita)
- Bette ficou extremamente insuportável. Aí vemos mais uma bola fora: quando a personagem negra resolve falar sobre racismo, ela fica chata. A Bette sempre foi focada no trabalho, mas não ao ponto em que vimos nessa temporada. Eu não consigo parar de pensar no motivo pra deixarem a personagem tão egoísta e insuportável.
- Não dá pra não comentar sobre a atuação (ou melhor, a falta dela) de Katherine Moennig. HORRENDO! A mulher conseguiu me fazer rir na cena mais emocionante, quando Alice estava lendo o capítulo sobre Dana. Quando Shane foi secar as lágrimas, a atuação me doeu de tão ruim que foi. Parecia que tava limpando uma poeira do nariz.
- Apelar pra Bette e Tina foi pra fechar com chave de ouro tudo de ruim que aconteceu. Pelo amor de deus, SUPEREM. E a Carrie tava lá nitidamente pra ser a cota de pessoa gorda e idosa, mas mal aparecia e foi construída com uma personalidade chata. Tudo feito pra darmos graças a deus quando o casamento com a Tina não rolasse. Sério, se for pra colocar pessoas trans, negras, gordas, latinas etc. no elenco, que seja pra ter uma história, não só pra preencher cota e fingir que é uma série inclusiva só porque tem um monte de sapatão.
Minha avaliação tem um estrela somente pelo trabalho de Leisha Hailey. A atuação foi impecável, da comédia ao drama sem dificuldade, e Alice continuou uma personagem maravilhosa.