Eu fiz uma ligação prévia equivocada entre esse filme e Orgulho e Preconceito. Pela direção e pela Keira. Assisti O&P primeiro e achei mais raso que esperava. Não me animei de ver esse, que ficou aqui esperando por mim. Ledo engano meu. Ele me reservou a grata surpresa de um filme maravilhoso. Uma fotografia ímpar, as expressões, o timing perfeito. Até o som das teclas da máquina de datilografar dá o tom, dita o ritmo e deixa a gente numa tensão sem igual (numa contundente metáfora sobre a própria história). Muita - mas muita - poesia nesse filme. Um drama sem culpados, sem maniqueísmos. James McAvoy e a Saoirse Ronan são tocantes. Absolutamente tocantes. O filme me prendeu e encantou do começo ao fim. <3 Como eu pude não vê-lo antes?
Eu gostei. Não é uma obra primorosa do cinema, mas é uma fantástica releitura da história da Bela Adormecida. Também não acho a Jolie tão fodástica assim, apesar de que esteve boa. Fiquei imaginando a Charlize Theron com o mesmo desempenho que teve em Branca de Neve e o Caçador e achei que ela merecia muito mais estar nesse filme. Cairia como uma luva. Daí a interpretação da Jolie fica aquém da dela. O que marca nela pra personagem é aquele sorriso de 67 dentes que ela tem. Mas, particularmente, é bem recomendável.
Eu simplesmente adoro os Coen. Esse niilismo abusado dos filmes deles, transformando todas as guerras íntimas humanas, nossa infantil batalha por sucesso e sentido em uma grande, idiota e completa imbecilidade. E eles conseguem fazer tudo com a melhor interpretação dos atores, a melhor fotografia, a melhor trilha sonora e os melhores cenários. <3
A única coisa boa desse documentário e mostrar que temos a consciência (pelo menos nascendo) que antes não tínhamos. Vemos como absurdo hoje o que antes era completamente belo e aceitável. E há cada vez mais vozes que berram isso: Usar os animais como escravos, sem nenhum respeito pela sua vida, é cada vez mais inaceitável na nossa mente, no nosso coração. E, um dia, será crime.
Achei maneiríssimo. Não que eu tome tudo dito lá como incontestável: É preciso sempre filtrar e pôr um 'será?' no que nos dizem. Daí nasce o senso crítico. Mas que há um enorme percentual de verdade ali, há sim.
Sem desconsiderar os benefícios da medicina, até porque o documentário frisa a importância do assunto sobre doenças crônicas, especialmente três delas (câncer, cardiopatias e AVC), é mister que somos o que comemos. Ignorar isso é seguir o caminho do fracasso que já trilhamos, em termos de saúde. É ser burro também diante do capitalismo selvagem e desumano da indústria alimentícia e da farmacêutica.
Meu pai passou por um doloroso tratamento por causa de uma cardiopatia gravíssima, e quando perguntei ao médico se dar-lhe vitaminas ajudaria, embora o médico seja um dos melhores que já vi, a resposta foi: pode dar, mas não vai fazer diferença.
Desde então, a alimentação balanceada e saudável transformou a ele e à minha mãe em pessoas muito mais saudáveis. A ponto de precisar cortar remédios antes absolutamente imprescindíveis. É mentira, então? Não, não é.
As indústrias alimentícia e farmacêutica existem para lucrar, acima de tudo. A quantidade de agrotóxicos, aromatizantes, estabilizantes e etc. que consumimos vai pra onde? Não sai na urina, não.
Pode ser que um dia eu volte aqui e reavalie, mas eu sequer consegui terminar o filme. Fraco, maçante mesmo, entendiante até o limite da paciência, com sequências de cenas em que é possível se perguntar: "Precisava de meia-hora desse cara dançando de frente ao espelho?" Se, como disseram, era a intenção dela fazer um roteiro entediante, ela foi muito feliz nesse objetivo. Se a intenção era fazê-los parecerem vazios de qualquer sentido e sentimento, exaltando apenas fotos numa rede social e as marcas dos itens que carregavam, também conseguiu. Eu é que não consegui gostar. Mas como não sou uma profunda conhecedora de Sofia Coppola, admito a grande possibilidade de não ter entendido, ou ter entendido e mesmo assim, não ter gostado do resultado.
Ao que me parece, quem criticou o roteiro foi ao cinema esperando ver um filme de um vilão sério, inteligente e audacioso infiltrado no mundo de Wall Street até ser descoberto e perseguido pelo FBI. Esperava um filme policial, morte, perseguição e paranoia. Não sentou lá pra ver uma grande dupla, Scorsece e DiCaprio, fazer seu trabalho. As pessoas misturam a história e a necessidade urgente de uma lição de moral em tudo, com o cinema. Mas o cinema pode ser bem heterodoxo. E é o que temos. Alguém que critica leu a biografia do Jordan Belfort antes de ir? Procurou se inteirar do que era aquilo que ia assistir? Ou só levou nas mãos a pipoca, o refrigerante e sua própria expectativa?
Eu não vi DiCaprio no primeiro terço do filme. Não vi um ator merecedor do Oscar. Entretanto eu o vi enlouquecer, se transformar e viver um 'vendedor' completamente louco, sem limites e sem pudores que sugou o dinheiro de pessoas para enriquecer. Vi a ganância brilhar nos olhos dele, vi a depravação dançar na casa dele, o vi consumir-se de drogas. E então eu achei que ele merecia o Oscar, sim, de mãos beijadas.
Vi cenas que seriam trágicas se não fosse cômicas e um diretor mostrar a comicidade, não se comprometer com a dramaticidade, mostrando o quão absurda e sem sentido é levar uma vida que, um dia acabará, com o único sentido de acumular dinheiro e usá-lo de forma completamente inconsequente. Achei-o, com certeza, um dos diretores mais corajosos que eu já vi. Quem teria coragem de concorrer a um Oscar sem um drama profundo nas mãos? Sem 12 Anos de Escravidão fazendo a platéia chorar? Quem teria coragem de concorrer ao Oscar segurando tanta ganância e luxúria nas mãos?
O filme que vi retrata uma reunião de pessoas sem escrúpulos, cometendo todo tipo de absurdos, que explicitaram muito claramente o que foi a vida do lobo de Wall Street. Uma vida tão absurda e sem sentido que não parece real. Mas é. Um iate naufragado com tudo caindo no mar? É verdade. Um helicoptero pousado num campo de golfe pilotado por um drogado? É, é verdade. O que queriam? Outro Michael Douglas? Outro Poder e Cobiça?
Se perguntem por que Scorsece se daria ao trabalho de retratar alguma coisa de forma tão vazia? O roteiro pareceu vazio? Se perguntem por quê. Por que raios um cara que fez O Aviador, Os Infiltrados, Taxi Driver, Touro Indomável, Cassino, A Invenção de Hugo Cabret, se daria ao trabalho de claramente deixar transparecer o quão vazia, cheia de drogas, cheia de sexo, cheia de diversões extremamente vis é a história de Jordan Belfort? Depois voltem e reclamem das cenas de sexo, drogas e anões jogados em alvos. Daí vocês mereciam ouvi-lo dizer: "Por que estão reclamando de mim, se quem criou as expectativas foram vocês?"
Não é tão bom como filme, mas um grito de realidade. Foi sutil, na verdade, sobre o que acontece, apesar de muita gente se chocar. Bom ver o Kevin Kline em ação, mas o filme, como filme, poderia ter sido mais bem trabalhado, o que se conseguiria com uma direção mais visceral, posto que a interpretação geral dos atores foi boa. Achei o desenvolvimento cansativo, com cenas visivelmente feitas pra ocupar tempo e espaço. Melhor seria optar por um filme mais curto ou enchê-lo com partes realmente interessantes. Acelerei a reprodução várias vezes e não teve nenhuma perda relevante de informações.
A minha impressão sobre o filme foi: "Hum...? Oi? Que foi?" Não li o romance original, que pode ter bem mais consistência que o filme, mas - a julgar somente pelo filme - faltou profundidade do romance dos personagens principais. A Keira foi um acessório na trama; acessório ruim, por sinal, porque ela pareceu a Kristen Stewart mais velha nesse filme. E essa magreza doentia dela acabava chamando mais atenção do que os diálogos dela com a personagem do Colin. Gostei da construção de alguns dos personagens e do desfecho. Mas o pior foi a sensação de que o acabamento é bom, a história também, mas não souberam fazer acontecer.
Adorei, vou nem mentir. Adoro as atuações e expressões da Sandra Bullock e preciso ver Blue Jasmine, mas tenho que admitir que acho que ela realmente ainda não merecia o Oscar. Como comentaram, foi 'rápido e rasteiro'. Não sei com que pretensões esse filme foi criado. O roteiro é pequeno, vago, rápido, sem muita densidade nem profundidade, mas agrada a quem gosta do estilo. O ponto alto foi a virada que ela deu com as palavras do Matt, nem vou citar o momento porque tô com preguiça de marcar o spoiler.
A direção desse filme tá de parabéns. Fez de um nada, uma história. Eu achava que ia ser uma droga, enrolei séculos pra ver. A Ellen Page tem carinha de porcelana, de menininha, mas tem um jeito meio andrógino, então a posição de menininha sedutora não caía bem, pensei. Mas a direção do filme focou exatamente no que ela tem de mais doce: O rosto. Era um jogo de contrapor o rosto dela e do Patrick Wilson, que foi phoda. Sem falar que ela levou o filme inteiro sobre ela. Praticamente sem cenário, sem detalhes (quem era ela? de onde saiu? por que foi vingar a outra garota?) e a dúvida inteira sobre a idoneidade do cara. Muito bom. E ela já tinha me conquistado em Juno, depois como Kitty Pryde e depois como a Ariadne, de Inception.
Foi melhor que eu esperava, na verdade. À exceção da Saoirse Ronan, eu não prestei atenção ao resto do elenco. Gosto da expressividade dela desde Um Olhar do Paraíso. É suave e autêntica, marcante. No entanto o tom 'mordernoso', junto aos efeitos especiais e o elenco todo com cara de 'novos-astros', acabou tirando o potencial que o filme tinha. É uma idéia interessante, mas a abordagem foi piegas demais pra mim. Dava pra fazer disso uma boa história, mas faltou elenco e 'sustança'.
Esse filme me prendeu do começo ao fim. O que eu acho que o Russell Crowe tentou imprimir no personagem foi a idéia de um homem comum, pacífico, totalmente confiante na sua mulher e capaz de fazer qualquer coisa, superior a si mesmo, negar sua índole, para salvar sua família e seu filho. E ele, de fato, conseguiu. O que eu acho que faltou pra o Paul Haggis conseguir fazer um segundo filme do peso de Crash? Que o resto do elenco fosse do naipe do Russell.
Fabuloso. Mas agora eu tô em choque, igual ao Tom Hanks no final do filme. Acho que só consigo processar o encanto amanhã.
Concordo com o comentário feito um pouco abaixo: Relembrar ao mundo da relação Metrópole x Colônia. Pode parecer descabido, de tão sutil a forma como foi impressa a mensagem subliminar (intencional ou não) no filme. Mas, ao mesmo tempo, ela grita: Grita na fome expressa na cara dos sequestradores e no apelido do capitão deles: Magrelo. Grita na falta clara de opções que ele mesmo cita. Grita na missão do navio: Levar comida aos Somali. Grita na oferta dos negociadores.
E grita no desfecho. Construção fabulosa. Do início ao fim.
Eu gostei da fotografia, dos figurinos, do desempenho geral dos atores.
Não achei fabuloso como esperava achar. Achei que faltou uma amálgama mais forte entre o mundo real e o de fantasia. Havia somente a Ofélia.
A pequena atriz, no entanto, segurou a onda com muito louvor. Mas, achei que faltou algo pra completar o encanto.
Se separarmos os dois mundos, se enxergarmos de fora, do mundo real, toda a história... e depois percebermos somente as 'ilusões' dela como um mundo à parte, como um mundo sustentado tão somente pela imaginação infantil, doce e fértil, como se fosse a versão que ela criou pra todos os acontecimentos, então teremos achado o filme mais encantador e mais profundo que no caso de haver uma ligação real entre ambos.
PS: A melhor parte do filme é aquela que o sujeito fica parecido o coringa. :)
Não tem a pretensão de ser uma obra-prima e nem poderia. É bem pipoca mesmo, roteiro previsível, personagens previsíveis, história comovente no meio e romance mamão com açúcar. Se for só pra divertir, vale a pena. Os efeitos especiais são muuuuuito bons.
Hanna
3.5 946 Assista AgoraQuando a Saoirse Ronan terá um filme que mostre tudo que ela é?
Desejo e Reparação
4.1 1,5K Assista AgoraEu fiz uma ligação prévia equivocada entre esse filme e Orgulho e Preconceito. Pela direção e pela Keira. Assisti O&P primeiro e achei mais raso que esperava. Não me animei de ver esse, que ficou aqui esperando por mim.
Ledo engano meu. Ele me reservou a grata surpresa de um filme maravilhoso. Uma fotografia ímpar, as expressões, o timing perfeito. Até o som das teclas da máquina de datilografar dá o tom, dita o ritmo e deixa a gente numa tensão sem igual (numa contundente metáfora sobre a própria história).
Muita - mas muita - poesia nesse filme.
Um drama sem culpados, sem maniqueísmos.
James McAvoy e a Saoirse Ronan são tocantes. Absolutamente tocantes.
O filme me prendeu e encantou do começo ao fim.
<3 Como eu pude não vê-lo antes?
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraEu gostei. Não é uma obra primorosa do cinema, mas é uma fantástica releitura da história da Bela Adormecida. Também não acho a Jolie tão fodástica assim, apesar de que esteve boa. Fiquei imaginando a Charlize Theron com o mesmo desempenho que teve em Branca de Neve e o Caçador e achei que ela merecia muito mais estar nesse filme. Cairia como uma luva. Daí a interpretação da Jolie fica aquém da dela. O que marca nela pra personagem é aquele sorriso de 67 dentes que ela tem.
Mas, particularmente, é bem recomendável.
Inside Llewyn Davis - Balada de um Homem Comum
3.8 529 Assista AgoraEu simplesmente adoro os Coen. Esse niilismo abusado dos filmes deles, transformando todas as guerras íntimas humanas, nossa infantil batalha por sucesso e sentido em uma grande, idiota e completa imbecilidade.
E eles conseguem fazer tudo com a melhor interpretação dos atores, a melhor fotografia, a melhor trilha sonora e os melhores cenários.
<3
Blackfish: Fúria Animal
4.4 457A única coisa boa desse documentário e mostrar que temos a consciência (pelo menos nascendo) que antes não tínhamos. Vemos como absurdo hoje o que antes era completamente belo e aceitável.
E há cada vez mais vozes que berram isso: Usar os animais como escravos, sem nenhum respeito pela sua vida, é cada vez mais inaceitável na nossa mente, no nosso coração.
E, um dia, será crime.
O Alimento é Importante
4.0 53Achei maneiríssimo. Não que eu tome tudo dito lá como incontestável: É preciso sempre filtrar e pôr um 'será?' no que nos dizem. Daí nasce o senso crítico. Mas que há um enorme percentual de verdade ali, há sim.
Sem desconsiderar os benefícios da medicina, até porque o documentário frisa a importância do assunto sobre doenças crônicas, especialmente três delas (câncer, cardiopatias e AVC), é mister que somos o que comemos. Ignorar isso é seguir o caminho do fracasso que já trilhamos, em termos de saúde. É ser burro também diante do capitalismo selvagem e desumano da indústria alimentícia e da farmacêutica.
Meu pai passou por um doloroso tratamento por causa de uma cardiopatia gravíssima, e quando perguntei ao médico se dar-lhe vitaminas ajudaria, embora o médico seja um dos melhores que já vi, a resposta foi: pode dar, mas não vai fazer diferença.
Desde então, a alimentação balanceada e saudável transformou a ele e à minha mãe em pessoas muito mais saudáveis. A ponto de precisar cortar remédios antes absolutamente imprescindíveis. É mentira, então? Não, não é.
As indústrias alimentícia e farmacêutica existem para lucrar, acima de tudo. A quantidade de agrotóxicos, aromatizantes, estabilizantes e etc. que consumimos vai pra onde? Não sai na urina, não.
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraPode ser que um dia eu volte aqui e reavalie, mas eu sequer consegui terminar o filme. Fraco, maçante mesmo, entendiante até o limite da paciência, com sequências de cenas em que é possível se perguntar: "Precisava de meia-hora desse cara dançando de frente ao espelho?"
Se, como disseram, era a intenção dela fazer um roteiro entediante, ela foi muito feliz nesse objetivo.
Se a intenção era fazê-los parecerem vazios de qualquer sentido e sentimento, exaltando apenas fotos numa rede social e as marcas dos itens que carregavam, também conseguiu.
Eu é que não consegui gostar. Mas como não sou uma profunda conhecedora de Sofia Coppola, admito a grande possibilidade de não ter entendido, ou ter entendido e mesmo assim, não ter gostado do resultado.
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraAo que me parece, quem criticou o roteiro foi ao cinema esperando ver um filme de um vilão sério, inteligente e audacioso infiltrado no mundo de Wall Street até ser descoberto e perseguido pelo FBI. Esperava um filme policial, morte, perseguição e paranoia.
Não sentou lá pra ver uma grande dupla, Scorsece e DiCaprio, fazer seu trabalho.
As pessoas misturam a história e a necessidade urgente de uma lição de moral em tudo, com o cinema. Mas o cinema pode ser bem heterodoxo. E é o que temos.
Alguém que critica leu a biografia do Jordan Belfort antes de ir? Procurou se inteirar do que era aquilo que ia assistir? Ou só levou nas mãos a pipoca, o refrigerante e sua própria expectativa?
Eu não vi DiCaprio no primeiro terço do filme. Não vi um ator merecedor do Oscar. Entretanto eu o vi enlouquecer, se transformar e viver um 'vendedor' completamente louco, sem limites e sem pudores que sugou o dinheiro de pessoas para enriquecer. Vi a ganância brilhar nos olhos dele, vi a depravação dançar na casa dele, o vi consumir-se de drogas. E então eu achei que ele merecia o Oscar, sim, de mãos beijadas.
Vi cenas que seriam trágicas se não fosse cômicas e um diretor mostrar a comicidade, não se comprometer com a dramaticidade, mostrando o quão absurda e sem sentido é levar uma vida que, um dia acabará, com o único sentido de acumular dinheiro e usá-lo de forma completamente inconsequente.
Achei-o, com certeza, um dos diretores mais corajosos que eu já vi. Quem teria coragem de concorrer a um Oscar sem um drama profundo nas mãos? Sem 12 Anos de Escravidão fazendo a platéia chorar? Quem teria coragem de concorrer ao Oscar segurando tanta ganância e luxúria nas mãos?
O filme que vi retrata uma reunião de pessoas sem escrúpulos, cometendo todo tipo de absurdos, que explicitaram muito claramente o que foi a vida do lobo de Wall Street. Uma vida tão absurda e sem sentido que não parece real. Mas é.
Um iate naufragado com tudo caindo no mar? É verdade.
Um helicoptero pousado num campo de golfe pilotado por um drogado? É, é verdade.
O que queriam? Outro Michael Douglas? Outro Poder e Cobiça?
Se perguntem por que Scorsece se daria ao trabalho de retratar alguma coisa de forma tão vazia? O roteiro pareceu vazio? Se perguntem por quê.
Por que raios um cara que fez O Aviador, Os Infiltrados, Taxi Driver, Touro Indomável, Cassino, A Invenção de Hugo Cabret, se daria ao trabalho de claramente deixar transparecer o quão vazia, cheia de drogas, cheia de sexo, cheia de diversões extremamente vis é a história de Jordan Belfort?
Depois voltem e reclamem das cenas de sexo, drogas e anões jogados em alvos.
Daí vocês mereciam ouvi-lo dizer:
"Por que estão reclamando de mim, se quem criou as expectativas foram vocês?"
Desaparecidos
3.6 54Não é tão bom como filme, mas um grito de realidade. Foi sutil, na verdade, sobre o que acontece, apesar de muita gente se chocar.
Bom ver o Kevin Kline em ação, mas o filme, como filme, poderia ter sido mais bem trabalhado, o que se conseguiria com uma direção mais visceral, posto que a interpretação geral dos atores foi boa.
Achei o desenvolvimento cansativo, com cenas visivelmente feitas pra ocupar tempo e espaço. Melhor seria optar por um filme mais curto ou enchê-lo com partes realmente interessantes. Acelerei a reprodução várias vezes e não teve nenhuma perda relevante de informações.
Refém do Espírito
2.4 184 Assista AgoraTão, mas tão, mas tão trash que precisava de uma consultoria com o Zé do Caixão pra ficar bom mesmo.
O Último Guarda-Costas
2.5 214 Assista AgoraA minha impressão sobre o filme foi: "Hum...? Oi? Que foi?"
Não li o romance original, que pode ter bem mais consistência que o filme, mas - a julgar somente pelo filme - faltou profundidade do romance dos personagens principais. A Keira foi um acessório na trama; acessório ruim, por sinal, porque ela pareceu a Kristen Stewart mais velha nesse filme. E essa magreza doentia dela acabava chamando mais atenção do que os diálogos dela com a personagem do Colin.
Gostei da construção de alguns dos personagens e do desfecho. Mas o pior foi a sensação de que o acabamento é bom, a história também, mas não souberam fazer acontecer.
Medo da Verdade
3.7 460 Assista AgoraUm filme bem do jeito Ben Affleck de ser diretor.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraAdorei, vou nem mentir. Adoro as atuações e expressões da Sandra Bullock e preciso ver Blue Jasmine, mas tenho que admitir que acho que ela realmente ainda não merecia o Oscar.
Como comentaram, foi 'rápido e rasteiro'. Não sei com que pretensões esse filme foi criado. O roteiro é pequeno, vago, rápido, sem muita densidade nem profundidade, mas agrada a quem gosta do estilo.
O ponto alto foi a virada que ela deu com as palavras do Matt, nem vou citar o momento porque tô com preguiça de marcar o spoiler.
Atirador
3.7 393 Assista AgoraA sinopse deveria estar marcada como spoiler. Entre os atores medianos, Mark Wahlberg é um dos melhores.
Olho por Olho
3.3 165 Assista AgoraKiefer Sutherland só fazia papel de bad boy, hein? Coisa linda vê-lo jovem atuando. Depois de coroa, agora, mais lindo ainda.
Menina Má.Com
3.3 1,2KA direção desse filme tá de parabéns. Fez de um nada, uma história. Eu achava que ia ser uma droga, enrolei séculos pra ver. A Ellen Page tem carinha de porcelana, de menininha, mas tem um jeito meio andrógino, então a posição de menininha sedutora não caía bem, pensei. Mas a direção do filme focou exatamente no que ela tem de mais doce: O rosto. Era um jogo de contrapor o rosto dela e do Patrick Wilson, que foi phoda. Sem falar que ela levou o filme inteiro sobre ela. Praticamente sem cenário, sem detalhes (quem era ela? de onde saiu? por que foi vingar a outra garota?) e a dúvida inteira sobre a idoneidade do cara.
Muito bom. E ela já tinha me conquistado em Juno, depois como Kitty Pryde e depois como a Ariadne, de Inception.
A Hospedeira
3.2 2,2KFoi melhor que eu esperava, na verdade. À exceção da Saoirse Ronan, eu não prestei atenção ao resto do elenco. Gosto da expressividade dela desde Um Olhar do Paraíso. É suave e autêntica, marcante.
No entanto o tom 'mordernoso', junto aos efeitos especiais e o elenco todo com cara de 'novos-astros', acabou tirando o potencial que o filme tinha.
É uma idéia interessante, mas a abordagem foi piegas demais pra mim.
Dava pra fazer disso uma boa história, mas faltou elenco e 'sustança'.
Eu Vi o Diabo
4.1 1,1KLembrei quando assisti Seven pela primeira vez. Senti uma angústia durante dias... Esse filme me fez sentir pior.
72 Horas
3.6 838 Assista AgoraEsse filme me prendeu do começo ao fim. O que eu acho que o Russell Crowe tentou imprimir no personagem foi a idéia de um homem comum, pacífico, totalmente confiante na sua mulher e capaz de fazer qualquer coisa, superior a si mesmo, negar sua índole, para salvar sua família e seu filho. E ele, de fato, conseguiu.
O que eu acho que faltou pra o Paul Haggis conseguir fazer um segundo filme do peso de Crash? Que o resto do elenco fosse do naipe do Russell.
Capitão Phillips
4.0 1,6K Assista AgoraFabuloso. Mas agora eu tô em choque, igual ao Tom Hanks no final do filme. Acho que só consigo processar o encanto amanhã.
Concordo com o comentário feito um pouco abaixo: Relembrar ao mundo da relação Metrópole x Colônia.
Pode parecer descabido, de tão sutil a forma como foi impressa a mensagem subliminar (intencional ou não) no filme. Mas, ao mesmo tempo, ela grita: Grita na fome expressa na cara dos sequestradores e no apelido do capitão deles: Magrelo.
Grita na falta clara de opções que ele mesmo cita. Grita na missão do navio: Levar comida aos Somali. Grita na oferta dos negociadores.
E grita no desfecho.
Construção fabulosa. Do início ao fim.
O Labirinto do Fauno
4.2 2,9KEu gostei da fotografia, dos figurinos, do desempenho geral dos atores.
Não achei fabuloso como esperava achar. Achei que faltou uma amálgama mais forte entre o mundo real e o de fantasia. Havia somente a Ofélia.
A pequena atriz, no entanto, segurou a onda com muito louvor. Mas, achei que faltou algo pra completar o encanto.
Se separarmos os dois mundos, se enxergarmos de fora, do mundo real, toda a história... e depois percebermos somente as 'ilusões' dela como um mundo à parte, como um mundo sustentado tão somente pela imaginação infantil, doce e fértil, como se fosse a versão que ela criou pra todos os acontecimentos, então teremos achado o filme mais encantador e mais profundo que no caso de haver uma ligação real entre ambos.
PS: A melhor parte do filme é aquela que o sujeito fica parecido o coringa. :)
Hotel Transilvânia
3.6 1,5K Assista AgoraEu achei muito bom! Só a zoada no Crepúsculo já vale o filme inteiro. Humor ácido, tiradas bacanas, precisava nem a história ser boa.
Círculo de Fogo
3.8 2,6K Assista AgoraNão tem a pretensão de ser uma obra-prima e nem poderia. É bem pipoca mesmo, roteiro previsível, personagens previsíveis, história comovente no meio e romance mamão com açúcar.
Se for só pra divertir, vale a pena. Os efeitos especiais são muuuuuito bons.
Truque de Mestre
3.8 2,5K Assista AgoraAchei assim, assim..