O filme, sobre um casal autista, é estrelado por atores autistas e mostra um lado completamente diferente deste espectro. Sarah é completamente doce, amiga e se aceita, apesar de qualquer diferença. Já David tenta o tempo todo ser um pouco mais dentro do padrão e, assim, eles aprendem um com o outro - seja a sociabilidade, seja a aceitação, seja convivência.
A maneira como se ajudam e se apoiam o tempo todo, aceitando as diferenças, é o ponto alto do filme, o que o torna ainda mais gostoso de assistir.
É um bom filme de gênero que mostra mais um lado do amor, entre tantos outros que andam sendo mais divulgados recentemente. Um brinde a toda esta diversidade!
Ana, a musa de carne e osso da história, é também a personagem mais fugidia. É como um eterno delírio amoroso, onde não há nada de concreto sobre ela, e tudo que a envolve está coberto por um certo mistério ou informações escassas. Em alguns casos, até uma pontinha de surrealismo. Tal como um livro ambulante que ninguém consegue ler do início ao fim - talvez daí o fascínio que desperta nos livreiros por onde passa...
Nossa, ao contrário da maioria, eu gostei bastante dessa adaptação da peça "O princípio de Arquimedes", peça catalã que também ganhou uma versão nos palcos cariocas. A história, aparentemente simples, mostra diversas facetas:
A família de pais separados, onde nenhum dos responsáveis presta atenção de fato no filho. O professor com condutas ligeiramente questionáveis. O tribunal em que vivemos, onde todos chegam a conclusões antes mesmo de ir a fundo no problema. A disseminação de informações não averiguadas como absolutamente reais e comprovadas.
Neste caldeirão, a palavra de um menino visivelmente introspectivo e com problemas familiares sérios contra a de seu professor boa praça, adorado por muitos, mas com comportamentos e comentários dúbios. A dúvida que permanece no ar e causa desconforto sim, mas um final que passa longe de ser aberto. Como sugere o título, aos nossos olhos, já existe um veredito, independente de qual for. Provocação certeira e muitíssimo pontual!
foi a utilização do recurso dos diferentes pontos de vista, descentralizando assim o Auggie do completo foco. Isso ajudou a humanizá-lo, a não vitimizá-lo e acima de tudo, mostrou que tudo tem mais de um lado - por mais feio e descabido que possa parecer
Gostei muito de ver como os veteranos, por mais impecáveis que estejam, abriram um espaço para o Tremblay brilhar - e ele agarrou a oportunidade com unhas e dentes. Expressões em uma atuação primorosa, mesmo com toda aquela maquiagem. Esse menino é de ouro, prevejo uma carreira linda pra ele!
Uma história bonita, dirigida com um equilíbrio que sabe dosar os alívios cômicos para que não vire pastelão, e a as cenas dramáticas, para que não vire um melodrama. Obviamente, previsível em diversos momentos. E isso não tira em nada o brilho das atuações e de uma direção acertada.
Um pequeno estudo de uma parte da geração do milênio, que tanto procura intensidade, paixão e entrega, quando morre de medo de dar o que tanto quer receber. Há muito mais por trás da pura e simples honestidade que se possa imaginar. E que surpresa linda ver a Laia Costa tão bem novamente, depois de vê-la arrasando em Victoria.
A dedicatória ao Anton foi outro momento agridoce, entre muitos do filme.
- O que foi? - Acho que nós vamos... Nós vamos ficar chateados um com o outro. - Por mim, tudo bem. Ficar chateado é bom, também. - Vamos nos magoar, também. - Vamos relembrar o sentido de estarmos juntos - Eu vou decepcioná-lo. - Eu vou decepcioná-la. - Promete? - Prometo.
É um filme que consegue levar o seu segredo bem guardado até o final. Parece ser mais um filme sobre a nostalgia do que não foi, e nos minutinhos finais
você descobre que também é um filme sobre gravidez indesejada e precoce, aborto, e como os dois adolescentes não souberam lidar com isso, apesar do óbvio amor que sentiam um pelo outro. Se torna um filme agridoce, onde um deles ainda vive naquela nostalgia e o outro quer apenas revisitar uma fase onde era mais feliz, mais confiante, era mais engraçado, livre por nem se reconhecer mais nos dias atuais.
Quase um conto de fada às avessas, onde tudo começa bem na adolescência e termina com a impossibilidade da felicidade no final, depois de todo caminho transcorrido, Blue Jay inicia quase sem palavras e termina com uma enxurrada delas, presas por muito tempo, procurando o momento certo para serem ditas. Pena que são ditas tarde demais.
Destaque para a linda, sempre linda Sarah Paulson que sempre entrega uma atuação limpa, sem se tornar caricata. Ela e Mark Duplass (que também está ótimo) dão o toque certo de intimidade para o filme, que tem seu ritmo próprio. O fato de ser em preto & branco é só um de seus charmes a mais. Destaque para a cena com o Wayney, que sintetiza bem o que se passa no filme
Engraçado que esse filme me conquistou muito aos 45 do segundo tempo, quando eu já estava achando que seria mais um filme "amigos se reencontram e passam tudo a limpo em uma casa afastada" (parece que tá quase virando um gênero, até)
A maioria dos filmes dá a impressão de que relacionamentos (entre amigos ou parceiros) é algo muito fácil de se recompor. É quase instantâneo, resolvem que tudo vai voltar a ser como era antes de uma crise, uma mágoa e pronto. A fala da Lola ("Talvez vocês possam criar algo novo juntos") é perfeita, honesta.
O modo que os casais se desentendem e depois tem conversas abertas, até um pouquinho cruéis de certa maneira, fazem a diferença em um filme que tinha tudo para cair no eterno clichê onde todos saem felizes e com uma vida quase renovada depois de um final de semana com amigos. Este diferencial me cativou bastante, apesar de não ter o tornado um filme favorito
Eu gostei do filme justamente porque consegue fazer o que muitas adaptações não conseguem: manter o tom do livro. O livro tem uns momentos de humor mesmo, ele até conta umas coisas mais pesadas, mas o tempo todo tem uns diálogos espertinhos que fazem rir, ou aliviam as cenas.
O filme segue bem a risca o livro, apenas omite algumas coisas que teriam deixado a história muito longa, sem acrescentar muito a ela.
teria sido ótimo ver o espírito de Elvis no filme tmb. E pequeno Ozzie com seu gato Chester, o Terrível. E teria reforçado ainda mais o romance da Stormy e do Odd se eles tivessem a mesma marca de nascença, como no livro
Ótimo exercício de criatividade. O mau e o feio se tornam difíceis de combater quando vem de nós mesmos. A atuação de Carmen Ejogo merece destaque pela naturalidade e beleza. A última cena fica até difícil de assistir
O mais legal desse filme é que de fato nenhum dos personagens busca redenção para seus problemas. Eles sabem que por mais divertida e significativa que seja a viagem, cada um de sua forma carrega sua perda e isso não vai mudar. Gostei muito do diálogo sobre essa redenção que a maioria dos filmes parece querer mostrar, e do fato de nenhum dois dois ter tido O Final. Não tem O Acontecimento, a virada, o amor eterno esperando na esquina. Uma parte do caminho que ensinou aos dois, sem muito alarde.
Um feel good movie bem legal, que conta com piadas rápidas e sarcásticas para manter a dinâmica por boa parte do filme. Boa química entre o trio e um final que emociona.
Desde que soube da morte do Yelchin, mais do que tristeza, senti uma sensação incômoda. Esta sensação só aumentou depois de ver este filme. Eu o vi uns dias atrás e ele ainda estava martelando na minha cabeça. Até que li um artigo lindo no The Guardian sobre como o Yelchin vai fazer falta, porque ele conseguia fazer o típico cara que você pode encontrar no seu dia a dia e ainda assim essa performance ser totalmente verídica e convincente; mais do que isso, conseguia fazer estes papeis sem passar batido e se tornar "só mais um". E aí que me dei conta do quanto isto é absolutamente verdade
Este filme poderia ser apenas mais um sobre uma história de amor que termina balançada porque o casal não consegue lidar com a distância, com as mudanças, com o fato de que as coisas não permanecem sempre iguais mesmo quando o amor ainda está lá. Esta história acontece cada vez mais frequentemente e poderia ser muito ordinária, mas as atuações de Yelchin e Jones tornam o filme dolorosamente bom de assistir. O filme está nos detalhes, nos olhares, nas infinitas pausas, nos suspiros, naquele gesto interrompido no meio; é de uma sutileza tão grande até na hora de mostrar a (falta de) comunicação entre o casal, que é quase impossível não terminá-lo com o coração um pouquinho partido (Ainda que com esperança de que a estranheza entre o casal passe) e um sensação de gosto amargo. A cena em que ele erra o nome da Sam também gera desconforto, apesar de passar quase que com normalidade.
E é exatamente isso. Yelchin, apesar de sua pouca idade, atuava com uma leveza de que já tem muita experiência. Não errava o tom, nem se apagava completamente. A maioria das pessoas que falaram sobre ele falam com o quanto ele era comprometido com seu trabalho. Podia assistir de dois a três filmes em um dia, apenas para pesquisar e aprender. Ele estudava e aprofundava cada gesto ou diálogo por mais simples que fosse. E mesmo assim (ou talvez por isso mesmo) ele conseguia fazer tudo com uma naturalidade linda de se ver. Um ator assim não nasce qualquer dia, mesmo. Acompanhei a carreira quase desde o início e o vi dando interpretações igualmente boas em praticamente todos os gêneros nos quais ele resolvia trabalhar. Uma perda sinceramente lastimável.
O início do filme e como Clément pede Jennifer para sair é completamente forçado e sem clima nenhum. Depois disso, o casal consegue ter uns momentos bonitos em cena,apesar de a química entre eles não ser muito grande. No final das contas o filme nem me pareceu ser tanto sobre preferências, mas sim como as coisas podem não dar certo quando um lado não se abre, não baixa a guarda e simplesmente se sente superior, mesmo que não exteriorize isso.
E o filme poderia ser muito medíocre por isso, já que Jennifer parece querer investir muito em quem não investe nada nela, mas aí chega o final e a única coisa que pensei é que ele é muito bom, só por esse final. "Você tem que aprender a levantar se da mesa quando o amor não esta mais sendo servido". E eu realmente não esperava pelo final. Virou favorito só por ele!
Ele trás a tona o tempo todo sensações físicas, o que nos envolve. Não há como saber o cheiro do perfume, que sequer tem seu nome ou tipo mencionado, ou como o gosto do café é ruim, e são nesses detalhes que ele cria um certo intimismo. Num olhar, num toque quando as duas passam o mesmo perfume, na sensação que Carol sentiu ao ter Therese ela primeira vez com ela, na cama. Nada é explícito, mas tudo fica um tanto quanto palpável. A diferença entre o amor jovem e impulsivo de Therese e o amor quase mais racional de Carol, que precisa pensar em outras questões além de seu próprio prazer, trazem esta sensação de sentimento contido e por vezes até incompreendido.
Destaque principalmente para a Blanchett, que tem um desses olhares de matar. Diz tudo, sem dizer nada. Um filme com um final maravilhoso, conduzido principalmente pelo talento das duas atrizes. Lindo!
Pra mim, um dos pontos altos deste filme é mostrar o óbvio, mas as pessoas parecem esquecer. A culpa da traição é do traidor, e não do traído.
O filme retrata um casamento de 5 anos, já desgastado, em que a comunicação é muito falha. Enquanto o marido parece achar suficiente o que eles tem, Margot quer mais. Ao mesmo tempo que quer mais, não consegue expressar isso de outra forma além da frustração. Há um rodeio enorme entre o casal, que invariavelmente termina a beira de lágrimas. Fica claro que apesar de amar muito o marido, Margot não consegue levar adiante. Transporta essa frustração e desejo de um relacionamento melhor para quem acaba descobrindo ser o seu vizinho, mas obviamente não se sustenta por muito tempo. Paixão, quando não se tem expectativa de virar amor, ou continuar indefinidamente como paixão, se consome rápido.
E a insatisfação continua lá, a espreita. A dança mencionada no título não é só entre Margot e os personagens: é também individualíssima, o que a Margot é e todas as suas frustrações, anseios... É a Margot que só se encontra ao final, em sua plenitude.
Mesmo não mostrando metade do que aparentemente aconteceu com esta menina, este filme causa uma angústia incrível. As atuações são simplesmente maravilhosas e em alguns momentos deu até pra sentir um arrepio na espinha.
Prendi a respiração quando achei que ela poderia ter conseguido fugir, e a sensação que senti quando dá pra perceber que foi tudo um delírio é massacrante.
Pra mim o filme deveria ter parado quando Michel se vinga lindamente do personagem esquentadinho e mimado do Cooper. Porque vamos combinar, o cara volta do passado pra pedir favores a pessoas que ele simplesmente ferrou com a vida e todo mundo aceita de volta. O gay apaixonado que invete tudo nele depois de já ter perdido tudo por causa dele, a lésbica que aceitou dormir com ele (!!!) e se sentiu arrependida depois ajuda ele, a mulher que ele quase agride não só o perdoa como fica com ele.
Francamente né? Todo mundo muito sangue de barata, menos o Michel, melhor pessoa <3
É sincero, até demais. Câncer é mesmo essa mistura de força, fraqueza, fé e desesperança logo em seguida. Ainda é uma doença que vem com o estigma de doença terminal e, infelizmente, isso por muitas vezes se concretiza.
Mas a graça desse filme e o que o faz tão bonito não é só a forma em que retratam a amizade dos personagens e sim sua maior lição: não importa se no final a menina vive ou morre (embora eu tenha torcido para que ela saísse viva, mesmo depois de ela dizer que tinha câncer em estágio 4...que ingenuidade a minha!), o que importa é que ninguém morre se não matamos dentro de nós. Você pode viver com várias pessoas ao redor que estarão mais mortas para você do que uma pessoa querida que faleceu. A vida continua e o amor também, e enquanto mantemos a pessoa conosco, ela simplesmente não morre. Vamos sempre descobrindo coisas, lembrando coisas que a memória às vezes teima em esconder e a dor vira uma saudade boa. Vamos descobrindo outras formas em que a mesma pessoa era vista por diferentes pessoas... como num livro mesmo. Por trás da nossa capa, uma história para cada um que nos lê. E que final lindo todas aquelas mini-obras dentro dos livros. Chorei que nem criança!
O filme também mostra de maneira bem clara a importância que tem dar a nossa cara tapa às vezes e acreditar no que nos dizem, mesmo quando temos toda a certeza de que só estão dizendo aquilo para nos agradar. Os resultados podem ser surpreendentes.
Keep the Change
3.2 1Que experiência bonita ver este filme!
O filme, sobre um casal autista, é estrelado por atores autistas e mostra um lado completamente diferente deste espectro. Sarah é completamente doce, amiga e se aceita, apesar de qualquer diferença. Já David tenta o tempo todo ser um pouco mais dentro do padrão e, assim, eles aprendem um com o outro - seja a sociabilidade, seja a aceitação, seja convivência.
A maneira como se ajudam e se apoiam o tempo todo, aceitando as diferenças, é o ponto alto do filme, o que o torna ainda mais gostoso de assistir.
É um bom filme de gênero que mostra mais um lado do amor, entre tantos outros que andam sendo mais divulgados recentemente. Um brinde a toda esta diversidade!
Severina
3.4 52 Assista AgoraUma ode a literatura, aos encontros com bibliófagos, com o que é de carne e osso, ou físico. O mais bonito para mim é que
Ana, a musa de carne e osso da história, é também a personagem mais fugidia. É como um eterno delírio amoroso, onde não há nada de concreto sobre ela, e tudo que a envolve está coberto por um certo mistério ou informações escassas. Em alguns casos, até uma pontinha de surrealismo. Tal como um livro ambulante que ninguém consegue ler do início ao fim - talvez daí o fascínio que desperta nos livreiros por onde passa...
Severina
3.4 52 Assista AgoraTem lá pelo filmes cult
Alex Strangelove - O Amor Pode Ser Confuso
3.2 364 Assista AgoraO chato desse filme é que ele chega ao fim <3
Aos Teus Olhos
3.4 288 Assista AgoraNossa, ao contrário da maioria, eu gostei bastante dessa adaptação da peça "O princípio de Arquimedes", peça catalã que também ganhou uma versão nos palcos cariocas. A história, aparentemente simples, mostra diversas facetas:
A família de pais separados, onde nenhum dos responsáveis presta atenção de fato no filho. O professor com condutas ligeiramente questionáveis. O tribunal em que vivemos, onde todos chegam a conclusões antes mesmo de ir a fundo no problema. A disseminação de informações não averiguadas como absolutamente reais e comprovadas.
Neste caldeirão, a palavra de um menino visivelmente introspectivo e com problemas familiares sérios contra a de seu professor boa praça, adorado por muitos, mas com comportamentos e comentários dúbios. A dúvida que permanece no ar e causa desconforto sim, mas um final que passa longe de ser aberto. Como sugere o título, aos nossos olhos, já existe um veredito, independente de qual for. Provocação certeira e muitíssimo pontual!
Como Falar com Garotas em Festas
3.2 204 Assista AgoraSaiu no RARbg
Extraordinário
4.3 2,1K Assista AgoraÉ muito delicadinho, mesmo lidando com temas tão espinhosos como o bullying, aceitação e sentimentos de pertença.
Uma coisa que eu adorei
foi a utilização do recurso dos diferentes pontos de vista, descentralizando assim o Auggie do completo foco. Isso ajudou a humanizá-lo, a não vitimizá-lo e acima de tudo,
mostrou que tudo tem mais de um lado - por mais feio e descabido que possa parecer
Gostei muito de ver como os veteranos, por mais impecáveis que estejam, abriram um espaço para o Tremblay brilhar - e ele agarrou a oportunidade com unhas e dentes. Expressões em uma atuação primorosa, mesmo com toda aquela maquiagem. Esse menino é de ouro, prevejo uma carreira linda pra ele!
Uma história bonita, dirigida com um equilíbrio que sabe dosar os alívios cômicos para que não vire pastelão, e a as cenas dramáticas, para que não vire um melodrama. Obviamente, previsível em diversos momentos. E isso não tira em nada o brilho das atuações e de uma direção acertada.
Newness
3.4 232Um pequeno estudo de uma parte da geração do milênio, que tanto procura intensidade, paixão e entrega, quando morre de medo de dar o que tanto quer receber. Há muito mais por trás da pura e simples honestidade que se possa imaginar. E que surpresa linda ver a Laia Costa tão bem novamente, depois de vê-la arrasando em Victoria.
A dedicatória ao Anton foi outro momento agridoce, entre muitos do filme.
Melhor diálogo:
- O que foi?
- Acho que nós vamos...
Nós vamos ficar chateados um com o outro.
- Por mim, tudo bem. Ficar chateado é bom, também.
- Vamos nos magoar, também.
- Vamos relembrar o sentido de estarmos juntos
- Eu vou decepcioná-lo.
- Eu vou decepcioná-la.
- Promete?
- Prometo.
O Passado
4.0 292 Assista AgoraAh, a culpa, este bichinho que corrói justamente o nosso ego...
Uma Família de Dois
4.0 268 Assista AgoraNó na garganta define bem os minutos finais
"Meu pai me ensinou a encarar a morte; Gloria me ensinou a encarar a vida"
De Canção Em Canção
2.9 373 Assista Agorahttps://www.youtube.com/watch?v=V9t4SKWryWM&feature=youtu.be
saiu primeiro trailer
Blue Jay
3.8 265 Assista AgoraÉ um filme que consegue levar o seu segredo bem guardado até o final. Parece ser mais um filme sobre a nostalgia do que não foi, e nos minutinhos finais
você descobre que também é um filme sobre gravidez indesejada e precoce, aborto, e como os dois adolescentes não souberam lidar com isso, apesar do óbvio amor que sentiam um pelo outro. Se torna um filme agridoce, onde um deles ainda vive naquela nostalgia e o outro quer apenas revisitar uma fase onde era mais feliz, mais confiante, era mais engraçado, livre por nem se reconhecer mais nos dias atuais.
Quase um conto de fada às avessas, onde tudo começa bem na adolescência e termina com a impossibilidade da felicidade no final, depois de todo caminho transcorrido, Blue Jay inicia quase sem palavras e termina com uma enxurrada delas, presas por muito tempo, procurando o momento certo para serem ditas. Pena que são ditas tarde demais.
Destaque para a linda, sempre linda Sarah Paulson que sempre entrega uma atuação limpa, sem se tornar caricata. Ela e Mark Duplass (que também está ótimo) dão o toque certo de intimidade para o filme, que tem seu ritmo próprio. O fato de ser em preto & branco é só um de seus charmes a mais. Destaque para a cena com o Wayney, que sintetiza bem o que se passa no filme
A Intervenção
3.0 55 Assista AgoraEngraçado que esse filme me conquistou muito aos 45 do segundo tempo, quando eu já estava achando que seria mais um filme "amigos se reencontram e passam tudo a limpo em uma casa afastada" (parece que tá quase virando um gênero, até)
A maioria dos filmes dá a impressão de que relacionamentos (entre amigos ou parceiros) é algo muito fácil de se recompor. É quase instantâneo, resolvem que tudo vai voltar a ser como era antes de uma crise, uma mágoa e pronto. A fala da Lola ("Talvez vocês possam criar algo novo juntos") é perfeita, honesta.
O modo que os casais se desentendem e depois tem conversas abertas, até um pouquinho cruéis de certa maneira, fazem a diferença em um filme que tinha tudo para cair no eterno clichê onde todos saem felizes e com uma vida quase renovada depois de um final de semana com amigos. Este diferencial me cativou bastante, apesar de não ter o tornado um filme favorito
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraÉ um livro muito bem desenvolvido e tem tudo pra ser um filmaço, se o roteiro for bem trabalhado. Aguardando ansiosamente!
O Estranho Thomas
3.4 372 Assista AgoraEu gostei do filme justamente porque consegue fazer o que muitas adaptações não conseguem: manter o tom do livro. O livro tem uns momentos de humor mesmo, ele até conta umas coisas mais pesadas, mas o tempo todo tem uns diálogos espertinhos que fazem rir, ou aliviam as cenas.
O filme segue bem a risca o livro, apenas omite algumas coisas que teriam deixado a história muito longa, sem acrescentar muito a ela.
spoiler nem tão spoiler assim do livro:
teria sido ótimo ver o espírito de Elvis no filme tmb. E pequeno Ozzie com seu gato Chester, o Terrível. E teria reforçado ainda mais o romance da Stormy e do Odd se eles tivessem a mesma marca de nascença, como no livro
Chet Baker: A Lenda do Jazz
3.6 58 Assista AgoraÓtimo exercício de criatividade.
O mau e o feio se tornam difíceis de combater quando vem de nós mesmos.
A atuação de Carmen Ejogo merece destaque pela naturalidade e beleza.
A última cena fica até difícil de assistir
Hello fear. Hello death. Fuck you
Amizades Improváveis
3.8 785 Assista AgoraO mais legal desse filme é que de fato nenhum dos personagens busca redenção para seus problemas. Eles sabem que por mais divertida e significativa que seja a viagem, cada um de sua forma carrega sua perda e isso não vai mudar. Gostei muito do diálogo sobre essa redenção que a maioria dos filmes parece querer mostrar, e do fato de nenhum dois dois ter tido O Final. Não tem O Acontecimento, a virada, o amor eterno esperando na esquina. Uma parte do caminho que ensinou aos dois, sem muito alarde.
Um feel good movie bem legal, que conta com piadas rápidas e sarcásticas para manter a dinâmica por boa parte do filme. Boa química entre o trio e um final que emociona.
Loucamente Apaixonados
3.5 1,2K Assista AgoraDesde que soube da morte do Yelchin, mais do que tristeza, senti uma sensação incômoda. Esta sensação só aumentou depois de ver este filme. Eu o vi uns dias atrás e ele ainda estava martelando na minha cabeça. Até que li um artigo lindo no The Guardian sobre como o Yelchin vai fazer falta, porque ele conseguia fazer o típico cara que você pode encontrar no seu dia a dia e ainda assim essa performance ser totalmente verídica e convincente; mais do que isso, conseguia fazer estes papeis sem passar batido e se tornar "só mais um". E aí que me dei conta do quanto isto é absolutamente verdade
Este filme poderia ser apenas mais um sobre uma história de amor que termina balançada porque o casal não consegue lidar com a distância, com as mudanças, com o fato de que as coisas não permanecem sempre iguais mesmo quando o amor ainda está lá. Esta história acontece cada vez mais frequentemente e poderia ser muito ordinária, mas as atuações de Yelchin e Jones tornam o filme dolorosamente bom de assistir. O filme está nos detalhes, nos olhares, nas infinitas pausas, nos suspiros, naquele gesto interrompido no meio; é de uma sutileza tão grande até na hora de mostrar a (falta de) comunicação entre o casal, que é quase impossível não terminá-lo com o coração um pouquinho partido (Ainda que com esperança de que a estranheza entre o casal passe) e um sensação de gosto amargo. A cena em que ele erra o nome da Sam também gera desconforto, apesar de passar quase que com normalidade.
E é exatamente isso. Yelchin, apesar de sua pouca idade, atuava com uma leveza de que já tem muita experiência. Não errava o tom, nem se apagava completamente. A maioria das pessoas que falaram sobre ele falam com o quanto ele era comprometido com seu trabalho. Podia assistir de dois a três filmes em um dia, apenas para pesquisar e aprender. Ele estudava e aprofundava cada gesto ou diálogo por mais simples que fosse. E mesmo assim (ou talvez por isso mesmo) ele conseguia fazer tudo com uma naturalidade linda de se ver. Um ator assim não nasce qualquer dia, mesmo. Acompanhei a carreira quase desde o início e o vi dando interpretações igualmente boas em praticamente todos os gêneros nos quais ele resolvia trabalhar. Uma perda sinceramente lastimável.
Não é Meu Tipo
3.5 27Esse filme me deixou muito dividida
O início do filme e como Clément pede Jennifer para sair é completamente forçado e sem clima nenhum. Depois disso, o casal consegue ter uns momentos bonitos em cena,apesar de a química entre eles não ser muito grande. No final das contas o filme nem me pareceu ser tanto sobre preferências, mas sim como as coisas podem não dar certo quando um lado não se abre, não baixa a guarda e simplesmente se sente superior, mesmo que não exteriorize isso.
E o filme poderia ser muito medíocre por isso, já que Jennifer parece querer investir muito em quem não investe nada nela, mas aí chega o final e a única coisa que pensei é que ele é muito bom, só por esse final. "Você tem que aprender a levantar se da mesa quando o amor não esta mais sendo servido". E eu realmente não esperava pelo final. Virou favorito só por ele!
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraÉ um filme contido, acima de tudo. Ele mais insinua do que mostra e acho que aí está sua maior virtude.
Ele trás a tona o tempo todo sensações físicas, o que nos envolve. Não há como saber o cheiro do perfume, que sequer tem seu nome ou tipo mencionado, ou como o gosto do café é ruim, e são nesses detalhes que ele cria um certo intimismo. Num olhar, num toque quando as duas passam o mesmo perfume, na sensação que Carol sentiu ao ter Therese ela primeira vez com ela, na cama. Nada é explícito, mas tudo fica um tanto quanto palpável. A diferença entre o amor jovem e impulsivo de Therese e o amor quase mais racional de Carol, que precisa pensar em outras questões além de seu próprio prazer, trazem esta sensação de sentimento contido e por vezes até incompreendido.
Destaque principalmente para a Blanchett, que tem um desses olhares de matar. Diz tudo, sem dizer nada. Um filme com um final maravilhoso, conduzido principalmente pelo talento das duas atrizes. Lindo!
Entre o Amor e a Paixão
3.6 427Pra mim, um dos pontos altos deste filme é mostrar o óbvio, mas as pessoas parecem esquecer. A culpa da traição é do traidor, e não do traído.
O filme retrata um casamento de 5 anos, já desgastado, em que a comunicação é muito falha. Enquanto o marido parece achar suficiente o que eles tem, Margot quer mais. Ao mesmo tempo que quer mais, não consegue expressar isso de outra forma além da frustração. Há um rodeio enorme entre o casal, que invariavelmente termina a beira de lágrimas. Fica claro que apesar de amar muito o marido, Margot não consegue levar adiante. Transporta essa frustração e desejo de um relacionamento melhor para quem acaba descobrindo ser o seu vizinho, mas obviamente não se sustenta por muito tempo. Paixão, quando não se tem expectativa de virar amor, ou continuar indefinidamente como paixão, se consome rápido.
E a insatisfação continua lá, a espreita.
A dança mencionada no título não é só entre Margot e os personagens: é também individualíssima, o que a Margot é e todas as suas frustrações, anseios...
É a Margot que só se encontra ao final, em sua plenitude.
Um Crime Americano
4.0 989 Assista AgoraMesmo não mostrando metade do que aparentemente aconteceu com esta menina, este filme causa uma angústia incrível. As atuações são simplesmente maravilhosas e em alguns momentos deu até pra sentir um arrepio na espinha.
Prendi a respiração quando achei que ela poderia ter conseguido fugir, e a sensação que senti quando dá pra perceber que foi tudo um delírio é massacrante.
Pegando Fogo
3.3 545 Assista AgoraNa real mesmo,
Pra mim o filme deveria ter parado quando Michel se vinga lindamente do personagem esquentadinho e mimado do Cooper.
Porque vamos combinar, o cara volta do passado pra pedir favores a pessoas que ele simplesmente ferrou com a vida e todo mundo aceita de volta. O gay apaixonado que invete tudo nele depois de já ter perdido tudo por causa dele, a lésbica que aceitou dormir com ele (!!!) e se sentiu arrependida depois ajuda ele, a mulher que ele quase agride não só o perdoa como fica com ele.
Francamente né?
Todo mundo muito sangue de barata, menos o Michel, melhor pessoa <3
Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer
4.0 888 Assista AgoraÉ um filme intensamente simples, ou se preferir simplesmente intenso.
É sincero, até demais. Câncer é mesmo essa mistura de força, fraqueza, fé e desesperança logo em seguida. Ainda é uma doença que vem com o estigma de doença terminal e, infelizmente, isso por muitas vezes se concretiza.
Mas a graça desse filme e o que o faz tão bonito não é só a forma em que retratam a amizade dos personagens e sim sua maior lição: não importa se no final a menina vive ou morre (embora eu tenha torcido para que ela saísse viva, mesmo depois de ela dizer que tinha câncer em estágio 4...que ingenuidade a minha!), o que importa é que ninguém morre se não matamos dentro de nós. Você pode viver com várias pessoas ao redor que estarão mais mortas para você do que uma pessoa querida que faleceu. A vida continua e o amor também, e enquanto mantemos a pessoa conosco, ela simplesmente não morre. Vamos sempre descobrindo coisas, lembrando coisas que a memória às vezes teima em esconder e a dor vira uma saudade boa. Vamos descobrindo outras formas em que a mesma pessoa era vista por diferentes pessoas... como num livro mesmo. Por trás da nossa capa, uma história para cada um que nos lê. E que final lindo todas aquelas mini-obras dentro dos livros. Chorei que nem criança!
O filme também mostra de maneira bem clara a importância que tem dar a nossa cara tapa às vezes e acreditar no que nos dizem, mesmo quando temos toda a certeza de que só estão dizendo aquilo para nos agradar. Os resultados podem ser surpreendentes.
Enfim, é um filme que levarei com carinho por aí.