"Her Only Living Son" superior ao resto do filme. Karyn Kusama esmigalha, puta diretora. Queria que fosse um longa, tava engajado nas atuações e na linguagem visual do filme.
Me diverti no curta da St. Vincent ("The Birthday Party"), tem algo que me intrigou no "The Box", e "Don't Fall" é um bom terror direto, o mais convencional do filme.
P.S.: TODA coletânea de curtas sofre com oscilações de qualidade. Segue sendo uma proposta bacana reunir contos dirigidos por mulheres.
Entendi 0,0% o hate nesse filme. Visualmente é lindo, o conteúdo é muito positivo, a estrutura do roteiro é ok. Tem coisas melhores? Orra se tem. Ava DuVernay já fez melhor? Orra se fez. Segue sendo um filme super bonzinho.
O filme acabou e eu não queria sair dele. Criado com um cuidado, uma paixão, uma ingenuidade, um senso de estranho e da forma como horror e deleite andam de mãos dadas. Tão delicado. Tão lindo. Se pudesse, afundava no filme e não saía nunca mais.
Eu acabei o filme com sentimentos muito conflituosos em relação a ele, mas eu acho que quando eu acabar de digerí-lo ele pode se tornar um dos meus favoritos.
O salto pra fantasia no último minuto me deu um choque, mas depois eu parei pra pensar: o que mais ele podia fazer ali? Como roteirista, ele escreveu, escreveu e escreveu até chegar em um beco sem saída. E terminou o filme com uma metáfora de contraste tão grande e tão triste quanto os detalhes do filme sugeriram o tempo todo.
P.S.: Finalmente Willem Dafoe vai levar esse Oscar.
Um filme sensível e inteligente sobre perder a ilusão de que a gente é só criação nossa, e dar valor aos aspectos formativos que nos tornaram o que a gente é. Isso inclui nossa cidade, por mais que a gente finja odiá-la, e nossos pais, por mais que eles "não nos entendam".
Tremendas atuações da Saoirse, que é A MELHOR ATRIZ DA GERAÇÃO DELA, sem competição nenhuma; da Laurie Metcalf, que acerta um nervo muito cru no seu retrato da maternidade; e do Tracy Letts, que é uma presença muito calorosa e adorável no filme, sem abrir mão da complexidade pra isso.
Não prescrevo a noção de que é só um feel-good drama "redondinho". O que o Jonathan Dayton e a Valerie Faris fazem aqui é muito mais sutil, inteligente e delicado que isso, um filme cheio de nuances e entrelinhas que se traduzem tão bem num clímax tão empolgante e fundamental, especialmente pra quem curte tênis. Como cineastas, fazem absolutamente todas as escolhas certas e eu nunca vou descontar ponto por isso.
Also, Emma Stone melhor aqui que em La La Land, o que é um mérito da performance dela aqui, e não um desmérito da performance dela lá. Ela me emocionou muito na cena no vestiário após o jogo, que bom que o roteiro deu espaço pra ela respirar e entregar aquele momento emocional sem palavra nenhuma.
Não sei, gente... Eu tenho vontade de elogiar o visual porque é um uso muito impecável da melhor técnica que Hollywood pode oferecer hoje em dia, mas ao mesmo tempo eu prefiro os traços retos e áridos do anime do que essas superfícies plásticas já tão manjadas, assim como prefiro a meditação realista sobre gênero e identidade do anime do que essa "nosso valor é a humanidade" que já foi batido um milhão de vezes na ficção.
Eu não sei se eu já me senti assim com outro filme, mas vá lá: O Ato de Matar é um feito monumental de cinema - mas eu não sinto o impulso de dizer isso, de elogiar o trabalho do Oppenheimer. É um filme feio, sobre como a história é a mentira contada pelos vencedores, e como a mentira desmorona quando você conhece os mentirosos, porque eles sabem que eles são. É brutal.
Nenhum filme seria o bastante pra lidar com essa memória e esse assunto, essa imensidão de humanidade - sim, porque não vale dizer que eles são desumanos, pelo contrário, é ao encarar a humanidade deles que o filme nos mostra o quanto somos capazes de tudo isso se perdermos o contato e a empatia uns com os outros.
É uma experiência terrível assistir ao filme, mas ainda é um filme. Ele dói ainda mais por fazer pensar em como lá, na vida real, tudo isso é muito pior, todos os dias (e não só por 2h).
"When they're in this position, where they're sort of on the front lines of the slide toward authoritarianism, just trying to do their job turn them into the opposition"
"I revel in your hatred, because if I weren't effective, you wouldn't hate me"
Que precisão dos documentaristas colocarem essa frase no final do filme - porque é a mais pura verdade. O homem apela para os instintos mais horríveis, egocêntricos, sem escrúpulos, raivosos da humanidade. E ele ganha - TODA. SANTA. VEZ.
O que me dá um pouco de consolo (só um pouco, really) é que ele não parece gostar do país que ele criou. Pode ser presunção minha, mas há algo de assustado ou machucado nos momentos que a gente vê ele reagindo sem pensar que tá em frente a uma câmera (como no choque quando anunciam que o Trump ganhou, e a câmera dá zoom nele). As posições sociais dele mostram que ele não é um cara abjeto e mau (não mais), ele é só um cara que acredita que caras abjetos e maus tem mais chance de estar no poder. E ele tá aterrorizantemente certo.
Uma parte de mim sabe que no fim das contas ele é um cretino, e a pobre da mulher ainda teve que aguentar câmera registrando tudo.
Outra parte de mim concorda absolutamente que, salvo coisas como abuso sexual (crimes, enfim), a vida pessoal de um candidato deveria importar menos que suas ideias.
Quem diria que um filme com uma premissa tão "boba" se proporia a discutir alcoolismo e relacionamentos abusivos? Vim pra me divertir e o filme me pôs pra pensar, o que é sempre maravilhoso.
Megatubarão
2.8 842O tipo de filme ruim que Hollywood precisa produzir mais.
Tau
2.8 310 Assista AgoraGostosinho, né? Simpático na construção dos personagens, e eu adoro a Maika Monroe.
XX
2.7 241"Her Only Living Son" superior ao resto do filme. Karyn Kusama esmigalha, puta diretora. Queria que fosse um longa, tava engajado nas atuações e na linguagem visual do filme.
Me diverti no curta da St. Vincent ("The Birthday Party"), tem algo que me intrigou no "The Box", e "Don't Fall" é um bom terror direto, o mais convencional do filme.
P.S.: TODA coletânea de curtas sofre com oscilações de qualidade. Segue sendo uma proposta bacana reunir contos dirigidos por mulheres.
Uma Dobra no Tempo
2.3 329 Assista AgoraEntendi 0,0% o hate nesse filme.
Visualmente é lindo, o conteúdo é muito positivo, a estrutura do roteiro é ok. Tem coisas melhores? Orra se tem. Ava DuVernay já fez melhor? Orra se fez.
Segue sendo um filme super bonzinho.
As Aventuras de Paddington 2
4.0 130Puta coisa linda, mano.
Uma história maravilhosa dessas sobre imigração.
Tão engraçado, tão fofo, tão tocante, tão positivo!
Amém, Paddington.
Assassinato no Expresso do Oriente
3.4 938 Assista AgoraAgatha Christie deserved better.
A Forma da Água
3.9 2,7KO filme acabou e eu não queria sair dele.
Criado com um cuidado, uma paixão, uma ingenuidade, um senso de estranho e da forma como horror e deleite andam de mãos dadas. Tão delicado. Tão lindo.
Se pudesse, afundava no filme e não saía nunca mais.
The Room
2.3 492Deus me livre mas quem me dera
Projeto Flórida
4.1 1,0KEu acabei o filme com sentimentos muito conflituosos em relação a ele, mas eu acho que quando eu acabar de digerí-lo ele pode se tornar um dos meus favoritos.
O salto pra fantasia no último minuto me deu um choque, mas depois eu parei pra pensar: o que mais ele podia fazer ali? Como roteirista, ele escreveu, escreveu e escreveu até chegar em um beco sem saída. E terminou o filme com uma metáfora de contraste tão grande e tão triste quanto os detalhes do filme sugeriram o tempo todo.
P.S.: Finalmente Willem Dafoe vai levar esse Oscar.
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraSensacional.
Um filme sensível e inteligente sobre perder a ilusão de que a gente é só criação nossa, e dar valor aos aspectos formativos que nos tornaram o que a gente é. Isso inclui nossa cidade, por mais que a gente finja odiá-la, e nossos pais, por mais que eles "não nos entendam".
Tremendas atuações da Saoirse, que é A MELHOR ATRIZ DA GERAÇÃO DELA, sem competição nenhuma; da Laurie Metcalf, que acerta um nervo muito cru no seu retrato da maternidade; e do Tracy Letts, que é uma presença muito calorosa e adorável no filme, sem abrir mão da complexidade pra isso.
A Guerra dos Sexos
3.7 316 Assista AgoraQue filmão, bicho.
Não prescrevo a noção de que é só um feel-good drama "redondinho". O que o Jonathan Dayton e a Valerie Faris fazem aqui é muito mais sutil, inteligente e delicado que isso, um filme cheio de nuances e entrelinhas que se traduzem tão bem num clímax tão empolgante e fundamental, especialmente pra quem curte tênis. Como cineastas, fazem absolutamente todas as escolhas certas e eu nunca vou descontar ponto por isso.
Also, Emma Stone melhor aqui que em La La Land, o que é um mérito da performance dela aqui, e não um desmérito da performance dela lá. Ela me emocionou muito na cena no vestiário após o jogo, que bom que o roteiro deu espaço pra ela respirar e entregar aquele momento emocional sem palavra nenhuma.
O Assassino: O Primeiro Alvo
3.2 217 Assista AgoraAbsolutamente todo mundo envolvido nesse filme merece um filme melhor.
Patton Oswalt: Annihilation
3.6 2 Assista AgoraPODE ENTRAR PEGAR SEU SEGUNDO EMMY, PATTON!
Puta coisa linda esse especial.
A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell
3.2 1,0K Assista AgoraNão sei, gente... Eu tenho vontade de elogiar o visual porque é um uso muito impecável da melhor técnica que Hollywood pode oferecer hoje em dia, mas ao mesmo tempo eu prefiro os traços retos e áridos do anime do que essas superfícies plásticas já tão manjadas, assim como prefiro a meditação realista sobre gênero e identidade do anime do que essa "nosso valor é a humanidade" que já foi batido um milhão de vezes na ficção.
O Ato de Matar
4.3 135Eu não sei se eu já me senti assim com outro filme, mas vá lá: O Ato de Matar é um feito monumental de cinema - mas eu não sinto o impulso de dizer isso, de elogiar o trabalho do Oppenheimer. É um filme feio, sobre como a história é a mentira contada pelos vencedores, e como a mentira desmorona quando você conhece os mentirosos, porque eles sabem que eles são. É brutal.
Nenhum filme seria o bastante pra lidar com essa memória e esse assunto, essa imensidão de humanidade - sim, porque não vale dizer que eles são desumanos, pelo contrário, é ao encarar a humanidade deles que o filme nos mostra o quanto somos capazes de tudo isso se perdermos o contato e a empatia uns com os outros.
É uma experiência terrível assistir ao filme, mas ainda é um filme. Ele dói ainda mais por fazer pensar em como lá, na vida real, tudo isso é muito pior, todos os dias (e não só por 2h).
Nobody Speak: Trials of the Free Press
3.6 10 Assista Agora"When they're in this position, where they're sort of on the front lines of the slide toward authoritarianism, just trying to do their job turn them into the opposition"
YES YES YES, alguém precisava falar isso.
Get Me Roger Stone
3.7 21"I revel in your hatred, because if I weren't effective, you wouldn't hate me"
Que precisão dos documentaristas colocarem essa frase no final do filme - porque é a mais pura verdade. O homem apela para os instintos mais horríveis, egocêntricos, sem escrúpulos, raivosos da humanidade. E ele ganha - TODA. SANTA. VEZ.
O que me dá um pouco de consolo (só um pouco, really) é que ele não parece gostar do país que ele criou. Pode ser presunção minha, mas há algo de assustado ou machucado nos momentos que a gente vê ele reagindo sem pensar que tá em frente a uma câmera (como no choque quando anunciam que o Trump ganhou, e a câmera dá zoom nele). As posições sociais dele mostram que ele não é um cara abjeto e mau (não mais), ele é só um cara que acredita que caras abjetos e maus tem mais chance de estar no poder. E ele tá aterrorizantemente certo.
Weiner
3.8 10Uma parte de mim sabe que no fim das contas ele é um cretino, e a pobre da mulher ainda teve que aguentar câmera registrando tudo.
Outra parte de mim concorda absolutamente que, salvo coisas como abuso sexual (crimes, enfim), a vida pessoal de um candidato deveria importar menos que suas ideias.
Power Rangers
3.2 1,1K Assista AgoraO Clube dos Cinco com poderes. E sem John Hughes. E sem tempo pra desenvolver os personagens além de umas pinceladas muito grosseiras e generalizadas.
Eu gosto do olho do Dean Israelite, mas o filme não é bom não gente.
Com a Maldade na Alma
4.1 87 Assista AgoraNão senti falta da Joan. Olivia de Havilland tá espetacular no papel.
Colossal
3.1 338 Assista AgoraQuem diria que um filme com uma premissa tão "boba" se proporia a discutir alcoolismo e relacionamentos abusivos? Vim pra me divertir e o filme me pôs pra pensar, o que é sempre maravilhoso.
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraQUE FILME É ESSE MEUS AMORES?????
Que fotografia linda de morrer, que direção magistral. Patty Jenkins pra presidente do mundo!
Lovesong
3.1 116Tão lindo (esteticamente e narrativamente), tão complexo, e que mundo de atriz a Riley Keough. De quebrar o coração.
Hasan Minhaj: Homecoming King
4.3 5 Assista Agora"Your brain can be racist, your body will just betray you"
QUE RIDICULAMENTE MARAVILHOSO ESSE ESPECIAL
<3