O filme acabou onde tinha que acabar, gente. Vocês queriam de duas uma: que o Pierre fugisse da casa dos pais biológicos e fosse visitar a outra mãe; ou que se acertasse com a "nova família" e se conectasse com eles. Não é simples assim na vida e não devia ser no cinema.
O final é lindo porque mostra uma união que é muito mais geracional do que fraternal - me pareceu que é o Pierre e o irmão dizendo, sem palavras: eles não nos entendem, mas pelo menos temos um ao outro.
O filme anterior da Muylaert é melhor, mas esse é também um tiro certeiro.
Que filme lindo, gente. Uma história de ficção científica sobre um cara redescobrindo a beleza em todas as nuances e detalhes diferentes da vida, depois de encarar tanta morte. E é irônico (e belíssimo) que no final seja só fazendo as pazes com a finitude da mesma vida que ele consiga o que ele quer.
Não vou ficar batendo na tecla dos efeitos e do visual do filme, que é espetacular e imersivo de um jeito sem precedentes, mas não vi ninguém comentando o quanto a história ganhou uma nova dimensão narrativa e intelectual com essa nova versão.
Parece que o Jon Favreau pegou as partes mais bacanas do desenho animado (as músicas, a personalidade dos personagens e a história de amadurecimento), acrescentou os melhores elementos do livro do Kipling (a diferença entre os animais e o Mogli como metáfora pra colonização), e inverteu a moralidade da coisa ao fazer dessa história uma de aceitação e convivência ao invés de dominação.
Não sei de onde saiu essa nota 3.6. Eu não odiei o filme, me diverti em algumas partes e os efeitos são bons e tal. Mas em nenhum momento o filme e os personagens tomaram vida ou me deram alguma razão para essa história ter sido contada. Tem seu valor como arte kitsch e pastiche de fantasia, mas calma lá né.
Uma enorme de uma homenagem aos anos 80 na forma como é filmado, no clima em relação à panoia satanista na época - e é absurdamente bem realizado nesse sentido, na trilha-sonora, fotografia, atuações. Dito isso, faltou substância, falou um motivo pelo qual essa história foi contada.
Funciona como drama e funciona como suspense, mas acima de tudo funciona como um comentário sobre a natureza do contar uma história. As atuações são bacanas e sutis. Enfim, gostei muito.
Que mundo de atriz que é a Sally Field. Aquela cena que ela chega em casa e tira a peruca/maquiagem no espelho, puta que pariu. Não fala uma palavra e me destruiu todo - senti a Doris vivendo e respirando o filme inteiro.
Eu adoro esse filme, mais do que adoro os outros da fase 1 da Marvel, com exceção talvez do primeiro Homem de Ferro. Acho que ele é plasticamente belíssimo, toca em temas diferentes (identidade, o quanto ela é carregada da família, da nossa noção do nosso próprio passado) dos outros filmes do estúdio, tem bons atores e um vilão espetacular - tudo sem perder a coerência com o universo. A Marvel devia olhar aqui pra ver como fazer um filme de tom diferente e interessante, que não caia no padrãozão do estúdio.
Que filme! Me tocou profundamente, me deixou enervado nos momentos certos, me disse algo valioso e mexeu com o meu psicológico com habilidade. Trabalho de mestre da Karyn Kusama, e ótimo roteiro.
Importante demais. A forma como a Jennifer Newsom, que é atriz, coloca a ênfase no poder de influência da mídia tanto aqui quanto no The Mask You Live In é fundamental de um jeito que eu não vi ser abordado por nenhum outro documentarista ou autor.
Não é só um filme, só uma série, só uma música. É importante. É discurso social, é ato político. O quote do Michael Eisner me assustou, o fato de qualquer estúdio ou produtor de mídia seja conduzido com um princípio desses me assusta.
Título terrível, Tina Fey como de costume maravilhosa.
As atuações em geral são uniformemente excelentes, e a trama tem um insight muito interessante sobre um momento específico da história do Oriente Médio e da intervenção americana por lá, e um ponto a fazer: afirmar que a humanidade, com todas as suas falhas e virtudes, segue existindo mesmo no campo de guerra, mas que a brutalidade e a injustiça social desse ambiente não se tornam menos ultrajantes por causa disso.
A parte interessante da temática é como o filme coloca a "raiva" como positivo, diz que se a gente não se desconfiar e se revoltar com quem nos faz mal, ficamos ainda mais na pior.
Mas achei a animação meia-boca e as piadas menos que meia-boca. Pena.
E o argumento "ai, é infantil, desencana" não cola. A Pixar faz filmes apropriados para crianças que tem mensagens lindas, complexas, que podem ser entendidas num nível básico pelos moleques e num nível mais profundo pelos adultos. Quando existe a excelência, não tem porque se contentar com a mediocridade.
"A masculinidade não é orgânica, é reativa. Não é algo que se desenvolve naturalmente, e sim uma rejeição de tudo o que é feminino"
Que filme importante. Eu confesso que minha reação a ele foi uma de reconhecimento, porque eu vivi essa realidade de pressão e de uma cultura tóxica de masculinidade que existe, principalmente, na adolescência, e segue pra vida toda. Por conta da forma como fui criado, nunca me prendi a isso, e toda a cultura da masculinidade sempre me cheirou à artificial. Os testemunhos dos detentos naquela espécie de "aula" foram os que falaram mais alto pra mim, porque mostram os extremos a que isso pode chegar, e exatamente como essa cultura é DIRETAMENTE culpada por isso.
É fascinante pra mim como essa cultura tem sido exposta em projetos como esse, o The Hunting Ground, e filmes como aquele Goat, do Festival de Sundance desse ano.
Achei a mistura de gêneros e a história que muda de direção o tempo todo muito intrigante. A forma como o filme foi editado é genial, me deixou em estado constante de alerta mesmo quando o filme seguia devagar, no começo principalmente.
É um filme estranho e o final irrita bastante gente, mas eu particularmente apreciei bastante a forma como o clima dele, a forma como ele é feito, é desenhado pra perturbar de formas sutis mesmo antes do final.
Enfim, entendo as frustrações de muita gente, mas não pude deixar de adorar.
Eu tenho algumas objeções ao estilo do Villeneuve, mas são implicâncias minhas, porque ele é um ótimo cineasta. O clima, a tensão e a forma como ele conduz esse complexo thriller prova isso - e não acho que seja por acaso que a trama seja cheia de burocracias, impedimentos, "restraints". A tese toda do filme é em cima disso, de nos mostrar como o procedimento político e policial interfere em uma "guerra" de princípios que deveria ser simples, mas é tudo menos isso.
Eu amo muito o Neill por fazer ficção científica com propósito, política, mensagem e alma. Sou apaixonado por ficção científica minha vida inteira e o trabalho do Neill se tornou muito importante pra mim. Mesmo não sendo um cineasta maravilhoso, é um excelente storyteller.
God bless Bryan Singer. Melhor filme da franquia. Acertou o espírito, acertou de forma ESPETACULAR nos temas e discussões levantados pelo roteiro, acertou nas jornadas dos personagens, escancarou a porta para uma franquia/universo que com certeza vai crescer horrores nos próximos anos. Puta roteiro, puta direção e tremendas atuações, especialmente Fassbender e Oscar Isaac.
Dos diretores fazendo cinemão comercial, o Singer é de longe meu favorito.
Eu não tinha assistido quando saiu, vi agora para assistir à "continuação".
É um filme ambicioso, com certeza, e eu tenho algum respeito pelo Snyder como cineasta, acho que ele sabe entreter e criar um espetáculo de uma forma que obviamente não é sutil, mas não precisa ser.
Eu tenho alguns problemas com o roteiro do David S. Goyer, em relação a alguns "atalhos" tomados na história e aos diálogos, que nem sempre atingem o tom certo. Mas tem momentos de brilhantismo no filme, e a forma como ele aborda o mito do super-herói é única, se esse for o tom, o tema e o discurso dos filmes da DC e for seguido à risca, serão filmes interessantes.
P.S.: Assistiria um filme com as aventuras de repórter da Lois da Amy Adams sem reclamar ♥
Achei problemático no sentido que mostra a feminilidade da Lili como uma coleção de padrões e trejeitos, e ser mulher não é isso, trans ou não.
O trabalho do Eddie é sensível, mas ele tá preso em um roteiro que mergulha muito raso na transgeneridade e nos conflitos do personagem. A Alicia fez um trabalho maravilhoso, sólido, que a confirma como uma das grandes atrizes a surgirem nos últimos anos.
E a direção do Tom Hopper me irrita, acho quadradona e de pouca vitalidade. Parece que o filme só respira por conta dos atores, que fazem muito, mas são incapazes de fazer tudo.
Eu adorei o filme, achei bem à moda antiga. O Chris Hemsworth como ator é um ótimo Thor, mas o Ron Howard é um puta diretor e já fez dois ótimos filmes com ele como protagonista - de uma forma ou de outra, a parceria tá dando frutos bacanas.
Tom Holland, Brendan Gleeson e Cillian Murphy tão excelentes, como de costume. O roteiro é amarradinho, com uma mensagem simples e bem transmitida, personagens fortes e uma noção bonita da grandeza da natureza, ao mesmo tempo em que mantem os dois pés no chão e conta uma versão realista (e mesmo assim assustadora e de moral muito forte) de um conto clássico.
Dá um desespero enorme, uma tristeza infinita e um nojo tremendo assistir a esse documentário. Senti náuseas algumas vezes, chorei muito, não soube lidar com toda a informação que ele traz e as histórias que ele conta - a da garota da escola católica foi particularmente a que mais me quebrou o coração, ver como aquilo destruiu totalmente a crença dela nas pessoas e na bondade delas...
Mas o que ficou comigo perto do final, além da revolta e da sensação quase opressiva de tristeza, foi na verdade um puta orgulho da minha geração (ou de uma parte dela), que mostra uma coragem tremenda para, sem apoio institucional NENHUM, ir em frente e denunciar esses casos, essas universidades, essa epidemia para a qual o mundo misógino e preocupado com lucro acima de tudo vira a cara. Minha admiração pelas alunas que lideram a iniciativa, a Drea e a Annie, é absurda, e por cada uma das vítimas que concordou em se expor, visto toda a retaliação que receberam, também. É triste que seja preciso que elas se coloquem nos holofotes desse jeito.
É tenso e muito bem realizado no sentido de provocar essa tensão, o diretor tem talento, e o Owen e a Lake estão bem dentro dos limites dos personagens. Agora, que é tremendamente xenofóbico e padrãozão e apelativo e absurdo, não dá pra negar. É muito talento funcionando em cima de um filme terrivelmente repreensível.
Mãe Só Há Uma
3.5 407 Assista AgoraO filme acabou onde tinha que acabar, gente. Vocês queriam de duas uma: que o Pierre fugisse da casa dos pais biológicos e fosse visitar a outra mãe; ou que se acertasse com a "nova família" e se conectasse com eles. Não é simples assim na vida e não devia ser no cinema.
O final é lindo porque mostra uma união que é muito mais geracional do que fraternal - me pareceu que é o Pierre e o irmão dizendo, sem palavras: eles não nos entendem, mas pelo menos temos um ao outro.
O filme anterior da Muylaert é melhor, mas esse é também um tiro certeiro.
Primavera
3.3 160Que filme lindo, gente. Uma história de ficção científica sobre um cara redescobrindo a beleza em todas as nuances e detalhes diferentes da vida, depois de encarar tanta morte. E é irônico (e belíssimo) que no final seja só fazendo as pazes com a finitude da mesma vida que ele consiga o que ele quer.
Mogli: O Menino Lobo
3.8 1,0K Assista AgoraNão vou ficar batendo na tecla dos efeitos e do visual do filme, que é espetacular e imersivo de um jeito sem precedentes, mas não vi ninguém comentando o quanto a história ganhou uma nova dimensão narrativa e intelectual com essa nova versão.
Parece que o Jon Favreau pegou as partes mais bacanas do desenho animado (as músicas, a personalidade dos personagens e a história de amadurecimento), acrescentou os melhores elementos do livro do Kipling (a diferença entre os animais e o Mogli como metáfora pra colonização), e inverteu a moralidade da coisa ao fazer dessa história uma de aceitação e convivência ao invés de dominação.
Enfim, belíssimo.
Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos
3.4 940 Assista AgoraNão sei de onde saiu essa nota 3.6. Eu não odiei o filme, me diverti em algumas partes e os efeitos são bons e tal. Mas em nenhum momento o filme e os personagens tomaram vida ou me deram alguma razão para essa história ter sido contada. Tem seu valor como arte kitsch e pastiche de fantasia, mas calma lá né.
A Casa do Demônio
3.1 193Uma enorme de uma homenagem aos anos 80 na forma como é filmado, no clima em relação à panoia satanista na época - e é absurdamente bem realizado nesse sentido, na trilha-sonora, fotografia, atuações. Dito isso, faltou substância, falou um motivo pelo qual essa história foi contada.
Resolution
3.4 81Funciona como drama e funciona como suspense, mas acima de tudo funciona como um comentário sobre a natureza do contar uma história. As atuações são bacanas e sutis. Enfim, gostei muito.
Deixe-me Entrar
3.4 1,9K Assista AgoraO filme é ótimo, mas queria ter visto mais gente elogiando o Kodi Smit-McPhee aqui nos comentários. A atuação dele me comoveu muito.
Doris, Redescobrindo o Amor
3.5 140 Assista AgoraQue mundo de atriz que é a Sally Field. Aquela cena que ela chega em casa e tira a peruca/maquiagem no espelho, puta que pariu. Não fala uma palavra e me destruiu todo - senti a Doris vivendo e respirando o filme inteiro.
Thor
3.3 3,1K Assista AgoraEu adoro esse filme, mais do que adoro os outros da fase 1 da Marvel, com exceção talvez do primeiro Homem de Ferro. Acho que ele é plasticamente belíssimo, toca em temas diferentes (identidade, o quanto ela é carregada da família, da nossa noção do nosso próprio passado) dos outros filmes do estúdio, tem bons atores e um vilão espetacular - tudo sem perder a coerência com o universo. A Marvel devia olhar aqui pra ver como fazer um filme de tom diferente e interessante, que não caia no padrãozão do estúdio.
O Convite
3.3 1,1KQue filme! Me tocou profundamente, me deixou enervado nos momentos certos, me disse algo valioso e mexeu com o meu psicológico com habilidade. Trabalho de mestre da Karyn Kusama, e ótimo roteiro.
Mulheres na Mídia
4.4 52Importante demais. A forma como a Jennifer Newsom, que é atriz, coloca a ênfase no poder de influência da mídia tanto aqui quanto no The Mask You Live In é fundamental de um jeito que eu não vi ser abordado por nenhum outro documentarista ou autor.
Não é só um filme, só uma série, só uma música. É importante. É discurso social, é ato político. O quote do Michael Eisner me assustou, o fato de qualquer estúdio ou produtor de mídia seja conduzido com um princípio desses me assusta.
Uma Repórter em Apuros
3.3 72 Assista AgoraTítulo terrível, Tina Fey como de costume maravilhosa.
As atuações em geral são uniformemente excelentes, e a trama tem um insight muito interessante sobre um momento específico da história do Oriente Médio e da intervenção americana por lá, e um ponto a fazer: afirmar que a humanidade, com todas as suas falhas e virtudes, segue existindo mesmo no campo de guerra, mas que a brutalidade e a injustiça social desse ambiente não se tornam menos ultrajantes por causa disso.
Angry Birds: O Filme
3.4 389 Assista AgoraA parte interessante da temática é como o filme coloca a "raiva" como positivo, diz que se a gente não se desconfiar e se revoltar com quem nos faz mal, ficamos ainda mais na pior.
Mas achei a animação meia-boca e as piadas menos que meia-boca. Pena.
E o argumento "ai, é infantil, desencana" não cola. A Pixar faz filmes apropriados para crianças que tem mensagens lindas, complexas, que podem ser entendidas num nível básico pelos moleques e num nível mais profundo pelos adultos. Quando existe a excelência, não tem porque se contentar com a mediocridade.
A Máscara em que Você Vive
4.5 201"A masculinidade não é orgânica, é reativa. Não é algo que se desenvolve naturalmente, e sim uma rejeição de tudo o que é feminino"
Que filme importante. Eu confesso que minha reação a ele foi uma de reconhecimento, porque eu vivi essa realidade de pressão e de uma cultura tóxica de masculinidade que existe, principalmente, na adolescência, e segue pra vida toda. Por conta da forma como fui criado, nunca me prendi a isso, e toda a cultura da masculinidade sempre me cheirou à artificial. Os testemunhos dos detentos naquela espécie de "aula" foram os que falaram mais alto pra mim, porque mostram os extremos a que isso pode chegar, e exatamente como essa cultura é DIRETAMENTE culpada por isso.
É fascinante pra mim como essa cultura tem sido exposta em projetos como esse, o The Hunting Ground, e filmes como aquele Goat, do Festival de Sundance desse ano.
Kill List
3.3 198David Lynch for dummies.
Achei a mistura de gêneros e a história que muda de direção o tempo todo muito intrigante. A forma como o filme foi editado é genial, me deixou em estado constante de alerta mesmo quando o filme seguia devagar, no começo principalmente.
É um filme estranho e o final irrita bastante gente, mas eu particularmente apreciei bastante a forma como o clima dele, a forma como ele é feito, é desenhado pra perturbar de formas sutis mesmo antes do final.
Enfim, entendo as frustrações de muita gente, mas não pude deixar de adorar.
Sicario: Terra de Ninguém
3.7 942 Assista AgoraEu tenho algumas objeções ao estilo do Villeneuve, mas são implicâncias minhas, porque ele é um ótimo cineasta. O clima, a tensão e a forma como ele conduz esse complexo thriller prova isso - e não acho que seja por acaso que a trama seja cheia de burocracias, impedimentos, "restraints". A tese toda do filme é em cima disso, de nos mostrar como o procedimento político e policial interfere em uma "guerra" de princípios que deveria ser simples, mas é tudo menos isso.
Chappie
3.6 1,1K Assista AgoraEu amo muito o Neill por fazer ficção científica com propósito, política, mensagem e alma. Sou apaixonado por ficção científica minha vida inteira e o trabalho do Neill se tornou muito importante pra mim. Mesmo não sendo um cineasta maravilhoso, é um excelente storyteller.
X-Men: Apocalipse
3.5 2,1K Assista AgoraGod bless Bryan Singer. Melhor filme da franquia. Acertou o espírito, acertou de forma ESPETACULAR nos temas e discussões levantados pelo roteiro, acertou nas jornadas dos personagens, escancarou a porta para uma franquia/universo que com certeza vai crescer horrores nos próximos anos. Puta roteiro, puta direção e tremendas atuações, especialmente Fassbender e Oscar Isaac.
Dos diretores fazendo cinemão comercial, o Singer é de longe meu favorito.
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista AgoraEu não tinha assistido quando saiu, vi agora para assistir à "continuação".
É um filme ambicioso, com certeza, e eu tenho algum respeito pelo Snyder como cineasta, acho que ele sabe entreter e criar um espetáculo de uma forma que obviamente não é sutil, mas não precisa ser.
Eu tenho alguns problemas com o roteiro do David S. Goyer, em relação a alguns "atalhos" tomados na história e aos diálogos, que nem sempre atingem o tom certo. Mas tem momentos de brilhantismo no filme, e a forma como ele aborda o mito do super-herói é única, se esse for o tom, o tema e o discurso dos filmes da DC e for seguido à risca, serão filmes interessantes.
P.S.: Assistiria um filme com as aventuras de repórter da Lois da Amy Adams sem reclamar ♥
Pokémon, O Filme 8: Lucario e o Mistério de Mew
3.8 29 Assista AgoraNão esperava que fosse um dos melhores a essa altura do campeonato, mas olha só, me surpreendi bastante.
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraAchei problemático no sentido que mostra a feminilidade da Lili como uma coleção de padrões e trejeitos, e ser mulher não é isso, trans ou não.
O trabalho do Eddie é sensível, mas ele tá preso em um roteiro que mergulha muito raso na transgeneridade e nos conflitos do personagem. A Alicia fez um trabalho maravilhoso, sólido, que a confirma como uma das grandes atrizes a surgirem nos últimos anos.
E a direção do Tom Hopper me irrita, acho quadradona e de pouca vitalidade. Parece que o filme só respira por conta dos atores, que fazem muito, mas são incapazes de fazer tudo.
No Coração do Mar
3.6 776 Assista AgoraEu adorei o filme, achei bem à moda antiga. O Chris Hemsworth como ator é um ótimo Thor, mas o Ron Howard é um puta diretor e já fez dois ótimos filmes com ele como protagonista - de uma forma ou de outra, a parceria tá dando frutos bacanas.
Tom Holland, Brendan Gleeson e Cillian Murphy tão excelentes, como de costume. O roteiro é amarradinho, com uma mensagem simples e bem transmitida, personagens fortes e uma noção bonita da grandeza da natureza, ao mesmo tempo em que mantem os dois pés no chão e conta uma versão realista (e mesmo assim assustadora e de moral muito forte) de um conto clássico.
The Hunting Ground
4.5 161Dá um desespero enorme, uma tristeza infinita e um nojo tremendo assistir a esse documentário. Senti náuseas algumas vezes, chorei muito, não soube lidar com toda a informação que ele traz e as histórias que ele conta - a da garota da escola católica foi particularmente a que mais me quebrou o coração, ver como aquilo destruiu totalmente a crença dela nas pessoas e na bondade delas...
Mas o que ficou comigo perto do final, além da revolta e da sensação quase opressiva de tristeza, foi na verdade um puta orgulho da minha geração (ou de uma parte dela), que mostra uma coragem tremenda para, sem apoio institucional NENHUM, ir em frente e denunciar esses casos, essas universidades, essa epidemia para a qual o mundo misógino e preocupado com lucro acima de tudo vira a cara. Minha admiração pelas alunas que lideram a iniciativa, a Drea e a Annie, é absurda, e por cada uma das vítimas que concordou em se expor, visto toda a retaliação que receberam, também. É triste que seja preciso que elas se coloquem nos holofotes desse jeito.
Horas de Desespero
3.5 466 Assista AgoraÉ tenso e muito bem realizado no sentido de provocar essa tensão, o diretor tem talento, e o Owen e a Lake estão bem dentro dos limites dos personagens.
Agora, que é tremendamente xenofóbico e padrãozão e apelativo e absurdo, não dá pra negar. É muito talento funcionando em cima de um filme terrivelmente repreensível.