Uma surpresa cheia de boas atuações que poderia ter tido um desfecho menos clichê. Me lembrou muito uma reinterpretação inferior do classico de Robert Altman , Assassinato em Gosford Park. Não só pelo tema central da historia mas muito pelos angulos de camera e condução da história. Embora eu ache que poderiam ter cortado fora uns 30 minutos de filme que não passam de Filler. No fim ainda se sai como um bom filme de investigação
O melhor do filme é a sensacional Dama Tereza do Sabotage na trilha sonora, até arrepia quando começa tocar. Seu Jorge e Gero Camilo quase afundaram o filme. Não existe quimica nenhuma entre eles e o protagonista, todos os papeis do Seu Jorge parecem iguais o Mané Galinha. O diretor opta por alguns takes que hora são clichezão do cinema americano e hora sao clichezão do cinema brasileiro e fica essa bagunça forçada. Faltou consistência no roteiro e no fim sobra tudo nas costas do Noah Schnapp que é o unico que parece comprar a ideia do filme. O Irmão do Luciano Hulk é judeu? Só um branco de classe alta pra tratar esse tema da ocupação israelense nas terras da Palestina com essa abordagem terrivel dele em um mês que completam 63 anos da invasao, poderia ter escolhido varios dramas familiares, mas não o cara resolve apontar superficialmente e didaticamente o dedo em um conflito que os americanos claramente se posicionam ao lado dos invasores. O diretor parece ter assistido Our Boys e resolveu fazer um "spinoff" gourmetizado da segregação
Primeiro de tudo é que o roteiro desse filme é terrível, péssimo mesmo, força exageradamente algumas situações e deixa tudo jogado no vento. Mas em contrapartida tem algumas cenas de ação memoraveis. É um filme pra desestressar e ver tiro, porrada e bomba. No fim o saldo geral pra mim ficou positivo. É o tipo de filme em que o melhor é assistir sem esperar uma historia decente e desfrutar de suas otimas cenas de ação muito bem dirigidas
A primeira reação que tive vendo esse filme é como ele é parecido com o chileno O Clube, é a sintese do poder do cotidiano. Longe de ser o melhor filme de Ozon, porem como todos os filmes do diretor, ele mantem uma constancia de ritmo o que acaba sendo uma boa experiencia. Aqui voltamos ao tema da pedofilia, abordada por uma vitima já adulta que enfrenta os traumas do passado, embora seja menos pedante e emocional e se escorando em protagonistas adultos, ainda é dificil não comparar com outras obras desse tipo como A Vila do pequeno principe, As Amizades particulares, Os garotos de San Vincent, O inferno de São Judas ou mesmo Má Educação e Michael. É o tipo de obra que joga luz a uma velha questão, a religião é o mal do mundo, é uma cegueira coletiva onde todos os partidarios passam pano um pro outro. É um filme que não me surpreendeu e talvez o problema seja minhas proprias experiencias com filmes desse genero, excluindo a igreja perde-se o poder de persuasão da historia. Embora muito distante tecnicamente o alemào Casa de Verão mesmo com uma direção e fotografia muito inferior a esse filme e fugindo do escopo de narrar um fato da igreja, consegue trazer um questionamento novo, uma abordagem diferente onde não se pauta em o bem e o mal, o certo e o errado, pra mim esse Graças a Deus é mais um filme sobre pedofilia que não traz nada de novo, não ambiciona uma releitura do tema, é só mais do mesmo já visto em outros filmes
Fiquei com a sensação de estar assistindo um Dançando no Escuro de baixo orçamento, não de uma forma ruim. Acho ambos os filmes bem montados, mas com excessivas cenas lentas e carregadas de sofrimentos seguidos. A diferença fica em o Von Trier criticando o sistema operario e a opressão aos pobres e imigrantes e no filme turco carrega muito a tematica da paternidade e da critica aos governos militares que sempre acabam em ditaduras opressoras. Em ambos os filmes o melhor que se tem é a atuação dos protagonistas. Assim como Bjork carrega nas costas Dançando no Escuro, Aras Bulut faz com esse Milagre na cela 7. No mais, nada de novo no front
Larissa Manoela provou que não serve nem pra atuar em filmes de Terror B e Trash. Mais uma bomba desnecessaria da Netflix. Se o roteiro já é ruim, todo o resto acompanha na "ruindade" digna de vergonha alheia
Como fã de filmes de Terror/Horror eu preciso deixar de ir assistir esses filmes novos descritos como filme de pós terror achando que vou ver um filme realmente de Terror. Ao jogar com simbolismos e metaforas essa nova geração consegue otimos momentos de tensão e conseguem criar ambientações perfeitas, mas quando partem pra se atrelar a tentar ser um cult intelectual, acabam por me decepcionar e soam tudo, menos um verdadeiro filme de terror.
Esse filme me lembrou muito o Cold Skin mesmo sendo gêneros diferentes. Desde a estética até a alguns enquadramentos e tambem nessa certa filosofia da solidão que enlouquece. Embora tratem temas e trilhem escolhas narrativas diferentes, ainda prefiro a "infantilidade" surrealista de Cold Skin do que as escolhas simbólicas e "intelectuais" de o Farol. O diretor conduz seu filme mirando em Ari Aster e acaba por soar um M. N. Shyamalan pós A Vila. Tirando as duas grandes atuações dos protagonistas e a absurda engenharia e produção de som, o resto acaba por parecer uma tentativa barata de soar Cult, de forçar a estranheza. Alguma coisa nesse filme me lembrou Nosferatu, talvez seja só o tamanho e formato da tela, outras estão tão obvias as influencias que pra mim levam o filme muito mais pro lado do drama do que pro Terror, tá lá toda a solidão dos personagens de Moby Dick, aquela sensação de se olhar em volta e ver o vazio do mar e uma solidão que acaba por ser compartilhada entre os personagens e que acaba levando a uma claustrofobia nessa reclusão que virá um gatilho pra loucura e paranoia como muitas coisas de A ilha do tesouro, Os trabalhadores do mar ou mesmo o divertido O menino no Convés, os takes e planos que por algum motivo lembram demais Bergman. É um bom filme, mas no meu caso é necessário urgentemente desassociar esse tipo de filme a filme de terror. Perdi muito da experiência do filme por isso. Como uma pessoa que também gosta de histórias marítimas, vou rever o Farol com outros olhos e talvez mude minha critica. A primeira impressão foi essa
O filme é bom, constrói uma atmosfera de suspense e dúvidas e tem boas atuações. Só que chega nesse final e destrói completamente tudo que construiu. Que final broxante
Terminar um filme desse tipo dando razão a esses fanáticos religiosos é um desserviço pra sociedade. Aquela cara de doente mental do McConaughey não condiz com esse final escroto
Despois de tanto tempo o Irlandês enfim veio ao sol. Um filme longo, repleto de erros infantis de continuidade e com uma tríade de atores entregando as últimas grandes atuações da carreira. Scorsese volta pro tema que lhe rendeu os melhores filmes e se apoia nos protagonistas, são eles que fazem o filme ter a grandiosidade que tem, de resto uma direção segura, uma ambientação perfeita e uma chuva de clichês e estereótipos criados pelo próprio Diretor em seus trabalhos anteriores. Muito da critica a Scorsese é sobre a forma que ele glorifica as mortes e os mafiosos e em O Irlandês ele se retrata entregando mortes secas, rápidas e sem composições de cenas grandiosas quando vai retratar os assassinatos alem de os seus mafiosos estarem todos decadentes em busca de uma redenção antes que a morte bata suas portas, bem diferente dos mafiosos do próprio Diretor em outros filmes. Me incomodou o rejuvenescimento dos atores, principalmente de De Niro, pareceu artificial durante todas as cenas mas é algo aceitável pela proposta. É um bom filme que em tempos de pobreza cinematográfica se sobressai, muito longe da perfeição de Bons Companheiros ou mesmo do mediano Cassino. A impressão que tive é que Scorsese se despede do gênero com um último filme e entrega na última cena uma bela referência e homenagem a O poderoso chefão quando ao se despedir deixa a porta entreaberta na melhor composição de cena do filme.
Pesci e Pacino merecem indicação ao Oscar é quem ganhar tá bem ganho. Foram monstruosos.
A cena do De Niro no telefone é uma piada, o erro mais infantil que já vi num filme desse tamanho.
A cena em que o De Niro vai atrás do atendente da loja que empurrou sua filha me deu vergonha alheia de tão mal planejada e executada. Tudo soa falso nela.
Assisti esse filme e esperei um tempão pra postar algo sobre ele aqui. Enquanto a maioria dos brasileiros reclamam da estética da fome e da pobreza no cinema nacional, a França entrega esse filme simples e tão bem conduzido que te impacta a todo momento. Somos em grande parte a geração dos filhos sem pai, das mães que criaram suas crianças sozinhas e foram engolindo todas as adversidades pelo caminho. O retrato que fica é que a pobreza é a mesma em todo lugar mesmo que tu more em primeiro ou terceiro mundo. Que atuação de gigante do garoto Romain Paul, digna de prêmio. Um cinema muito mais de olhares e gestos do que de diálogos. As cenas em que ele e o maestro dividem juntos te faz perceber a distância existente entre eles, frases secas, poucas palavras e a verve do cinema francês que permeia o filme todo. Um Coming of age de gente grande.
Esperei tanto pra ver esse filme e foi uma decepção. Xavier Dolan tá cada vez mais egocêntrico e prepotente. Ouvi uma vez entre amigos alguém falar que Mommy só é um grande filme porque o diretor errou e entregou o que dava e tá começando a fazer sentido. Talvez o único tema dele seja mesmo esse conflito maternal ou histórias sobre gays, ele carrega um vício do cinema europeu com suas famílias disfuncionais e se apega a isso em todos os seus roteiros, tu vai ver um filme do Dolan e já vai sabendo que ele vai esmiuçar novamente esse negócio de família. O que aconteceu com as atuações? Um elenco estelar e ninguém consegue passar veracidade, não tem uma atuação que não pareça exagerada. O elenco parece não ter comprado as ideias do diretor, Natalie Portman irreconhecível, Jacob Tremblay pessimamente bizarro, nada soa natural. Ver o diretor se apoiar na desculpa de que não teve o corte final do filme não se sustenta. Agora entendemos a demora pra esse filme ser lançado
Coringa carrega a maioria dos vícios bons do cinema independente americano e se escora completamente no estilo de construção de personagens do cinema asiatico assim como os realistas sofrimentos sem fim clássicos do cinema europeu, tu consegue enxergar o sofrimento como base parecidos com filmes dos Irmãos Dardenne por exemplo. A referência quase cópia estrutural de Táxi Driver caiu muito bem, a sacada de roteiro em transformar a loucura crescente do Arthur em explosão de insanidade a partir do momento que ele consegue uma arma foi Central, entendemos a critica a liberação das armas, de como uma arma se torna uma extensão de confiança quase falica e embebeda o portador de um poder de um deus. Tirando as referencias ao Batman, mudando o nome da cidade e do protagonista, teríamos um clássico filme indie e dos bons, teria ficado até melhor pq a pior parte do roteiro é quando tem que inserir esse contexto pro personagem e entregar a origem de um vilão de uma HQ. Se compararmos os melhores filmes de 2019 até agora, o coreano Parasita, o árabe Kafernaum, os chinêses Amor até as cinzas e Um elefante sentado quieto e o brasileiro Bacurau, veremos muita similaridade com o que Coringa quer passar e como sua estrutura foge bastante do cinemão comercial americano. Longe de ser uma Obra Prima ou o melhor de 2019, um ótimo filme que espero que traga os mesmos entusiastas desse tipo de cinema a lotar as salas dessas grandes obras com menos marketing que passam batido pelas salas de cinema, isso quando conseguem entrar no circuito nacional. Vejo Coringa como uma chance utópica de virar o jogo da indústria atual dominada por filmes com roteiros ruins e excessos de efeitos especiais
E deu ruim, diferente das outras 2 boas adaptações que a Netflix fez de Stephen King,1922 e Jogo Perigoso. Que filme perdido, atuações fracas e caricatas. Filme clichezão mas que mesmo assim não soube utilizar muito bem a cartilha que seguia. Uma bomba da Netflix. Esse conceito da quebra no tempo e realidades paralelas tem um potencial gigante quando o diretor tenta algo novo, aqui foi feito tudo da pior forma possível e o roteiro cheio de furos piorou com aquele final simplista e largamente já usado
Como a Octavia Spencer entra num projeto bomba desse. Roteiro fraco, plot twist vergonhoso e todas as atuações nível The Room sem a parte cômica. Filme ruim e descartável
Depressivo é a palavra que descreve esse filme. As paisagens bucólicas nessa fronteira da Escócia deixa tudo mais triste ainda. O filme grita solidão o tempo todo. Achei que o diretor ia seguir a pegada de Virunga mas as emoções são bem mais manipuladas. Talvez por se tratar de uma tragédia familiar do mesmo, tem algumas cenas e diálogos muito forçados que dão vergonha alheia. Teria sido mais proveitoso se o diretor apontasse a camera pra cima do sistema de saúde mental dos hospitais.
Nunca existiu uma real ameaça comunista, o que existiu foi um golpe dos militares, uma ditadura sangrenta e uma caça a todos os que não aceitaram esse golpe e automaticamente eram batizados de comunistas (bem parecido com o que acontece hj onde se tu é contra as ideias estapafúrdias da extrema Direita, tu é petista, esquerdista,comunista e que devia ir pra Cuba ou Venezuela, esse é o nivel de argumentação dos eleitores do bozo). Tanto que os maiores comandantes da luta armada contra a ditadura militar foram os próprios militares que desertaram por não apoiar a m3rd@ que o exército estava fazendo tomando o país, fechando o congresso e matando e torturando todos os que não apoiavam. Brasil 2019 com cara de 1964
Um ode ao neorrealismo. A abertura do filme com aquele plano aberto na árvore de Natal lembra muito a abertura de Roma Cidade Aberta. Quase todo o filme é rodado nas ruas em externas. É uma Nápoles contemporânea espelhando os mesmos erros do passado italiano. O filme grita a Vítimas da Tormenta, passeia por Ciganos da Ciambra na forma intimista que trata seu protagonista e o
convívio familiar onde as Matriarcas se conformam que a Máfia é a única a dar oportunidade pra quem está na subexistencia e por fim mergulha na mesma resolução de Gomorra, ninguém é bom ou ruim, são oportunidades e ossos do ofício, os reflexos das influências varrem por todos os personagens. Sabemos que se trata da Camorra,mas é uma história que aconteceria facilmente em qualquer lugar do mundo, seja SP, RJ, Cidade do México ou Chicago. O nascimento de sub gangues dentro das facções. O roteiro é muito bom, mesmo eu não gostando das escolhas que o diretor fez no ato final do filme eu entendo os prêmios que ele ganhou. O final do filme em sí eu gostei, é como quase todos os finais do neorrealismo que ficam em aberto, a impressão que aquele ciclo não termina, os garotos nunca vão sair daquela vida. É a repetição da história de Nápoles em um looping de violência e morte
Nunca vou entender a necessidade de alterar uma obra que já era perfeita quando se adapta. Plínio Marcos foi tão visceral no livro, todo o sofrimento do protagonista, toda a situação no puteiro durante anos foram relegados a 10 minutos de cena. Alterar a essência dos personagens, o desenrolar da história e mudar o final tirou o que tinha de melhor em Reportagem Maldita. O melhor desse filme foi a atuação assombrosa de Maxwell Nascimento, entre as maiores atuações masculinas do cinema nacional
3 estrelas pelas atuações de Carrel e Charlamet porque o filme, mesmo sendo um tema atual e denso, se perdeu nesse roteiro que caminha como tartaruga de tão lento
Gosto demais desse cinema do Ainouz, esse tema de não pertencimento, dessa sensação de ser sempre um forasteiro. Essa dualidade de consciência está em todos os trabalhos do diretor e tô na espera pra ver esse novo trabalho que já vem pro país com o prêmio em Cannes. Mas a verdade é que bateu Bacurau na indicação ao Oscar por ter sido comprado pela Amazon e por Kleber Mendonça ser um crítico feroz da extrema Direita que comanda o país, lobby é tudo.
Comédia divertida, Jacob Tremblay vai se mostrando um grande ator em vários papéis e gêneros diferentes. Essa vibe de Super Bad do filme eu achei bem interessante, uma espécie de pre sequel. É uma comédia besteirol bastante bem feita. Bem do estilo do Seth Rogen, diálogos bem engraçados e situações bizarras da vida de quase todo garoto. Assistiria uma trilogia disso fácil
Ridículo, uma cartilha pra pedofilos. Eu nem estou entrando no mérito de relações entre adultos e adolescentes, se existe amor,fod*-se, cada um com suas escolhas. Mas nesse caso não era isso, tudo foi guiado como um predador rodeando uma presa solitária e triste. O menino em formação sem uma figura masculina importante é envolvido por um soldado através de passeios, doces e ternura. A tentativa de soar poético é patética como a romanização na cena em que o soldado abusa do menino na cama. Quando falaram pra mim que isso era uma espécie de Lolita narrado pela vítima eu achei que era realmente bom, esse filme nunca deve ser colocado na mesma prateleira de Lolita, pelo amor.
Ainda estou pensando se sou eu que sou chato ou o roteiro que partiu errado desde o começo. Tudo funciona, a fotografia é ótima, as atuações boas, os planos no convés são muito bem feitos. A primeira cena no barco quando as velas travam e a camera passeia por toda a extensão é visualmente acima da média. O roteiro me incomodou, a trama desde o começo narra a historia do Capitão e do primeiro oficial, mas o narrador é o Thomas e ele narra sendo onipresente como um Deus, só que ele faz parte da história é nào tinha como narrar passagens que ele não presenciou como as conversas entre os protagonistas na sala do Capitão ou o bote salva vida do Capitão. Não fez sentido nenhum isso, é um furo gigante de roteiro. Mesmo com esse erro infantil, é um ótimo filme
Entre Facas e Segredos
4.0 1,5K Assista AgoraUma surpresa cheia de boas atuações que poderia ter tido um desfecho menos clichê. Me lembrou muito uma reinterpretação inferior do classico de Robert Altman , Assassinato em Gosford Park. Não só pelo tema central da historia mas muito pelos angulos de camera e condução da história. Embora eu ache que poderiam ter cortado fora uns 30 minutos de filme que não passam de Filler. No fim ainda se sai como um bom filme de investigação
Abe
3.2 68 Assista AgoraO melhor do filme é a sensacional Dama Tereza do Sabotage na trilha sonora, até arrepia quando começa tocar. Seu Jorge e Gero Camilo quase afundaram o filme. Não existe quimica nenhuma entre eles e o protagonista, todos os papeis do Seu Jorge parecem iguais o Mané Galinha. O diretor opta por alguns takes que hora são clichezão do cinema americano e hora sao clichezão do cinema brasileiro e fica essa bagunça forçada. Faltou consistência no roteiro e no fim sobra tudo nas costas do Noah Schnapp que é o unico que parece comprar a ideia do filme. O Irmão do Luciano Hulk é judeu? Só um branco de classe alta pra tratar esse tema da ocupação israelense nas terras da Palestina com essa abordagem terrivel dele em um mês que completam 63 anos da invasao, poderia ter escolhido varios dramas familiares, mas não o cara resolve apontar superficialmente e didaticamente o dedo em um conflito que os americanos claramente se posicionam ao lado dos invasores. O diretor parece ter assistido Our Boys e resolveu fazer um "spinoff" gourmetizado da segregação
Resgate
3.5 802Primeiro de tudo é que o roteiro desse filme é terrível, péssimo mesmo, força exageradamente algumas situações e deixa tudo jogado no vento. Mas em contrapartida tem algumas cenas de ação memoraveis.
É um filme pra desestressar e ver tiro, porrada e bomba. No fim o saldo geral pra mim ficou positivo.
É o tipo de filme em que o melhor é assistir sem esperar uma historia decente e desfrutar de suas otimas cenas de ação muito bem dirigidas
Graças a Deus
3.8 83 Assista AgoraA primeira reação que tive vendo esse filme é como ele é parecido com o chileno O Clube, é a sintese do poder do cotidiano. Longe de ser o melhor filme de Ozon, porem como todos os filmes do diretor, ele mantem uma constancia de ritmo o que acaba sendo uma boa experiencia. Aqui voltamos ao tema da pedofilia, abordada por uma vitima já adulta que enfrenta os traumas do passado, embora seja menos pedante e emocional e se escorando em protagonistas adultos, ainda é dificil não comparar com outras obras desse tipo como A Vila do pequeno principe, As Amizades particulares, Os garotos de San Vincent, O inferno de São Judas ou mesmo Má Educação e Michael. É o tipo de obra que joga luz a uma velha questão, a religião é o mal do mundo, é uma cegueira coletiva onde todos os partidarios passam pano um pro outro. É um filme que não me surpreendeu e talvez o problema seja minhas proprias experiencias com filmes desse genero, excluindo a igreja perde-se o poder de persuasão da historia. Embora muito distante tecnicamente o alemào Casa de Verão mesmo com uma direção e fotografia muito inferior a esse filme e fugindo do escopo de narrar um fato da igreja, consegue trazer um questionamento novo, uma abordagem diferente onde não se pauta em o bem e o mal, o certo e o errado, pra mim esse Graças a Deus é mais um filme sobre pedofilia que não traz nada de novo, não ambiciona uma releitura do tema, é só mais do mesmo já visto em outros filmes
Milagre na Cela 7
4.1 1,2K Assista AgoraFiquei com a sensação de estar assistindo um Dançando no Escuro de baixo orçamento, não de uma forma ruim. Acho ambos os filmes bem montados, mas com excessivas cenas lentas e carregadas de sofrimentos seguidos. A diferença fica em o Von Trier criticando o sistema operario e a opressão aos pobres e imigrantes e no filme turco carrega muito a tematica da paternidade e da critica aos governos militares que sempre acabam em ditaduras opressoras. Em ambos os filmes o melhor que se tem é a atuação dos protagonistas. Assim como Bjork carrega nas costas Dançando no Escuro, Aras Bulut faz com esse Milagre na cela 7. No mais, nada de novo no front
Modo Avião
2.8 243 Assista AgoraModo vergonha alheia
Larissa Manoela provou que não serve nem pra atuar em filmes de Terror B e Trash. Mais uma bomba desnecessaria da Netflix. Se o roteiro já é ruim, todo o resto acompanha na "ruindade" digna de vergonha alheia
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraComo fã de filmes de Terror/Horror eu preciso deixar de ir assistir esses filmes novos descritos como filme de pós terror achando que vou ver um filme realmente de Terror. Ao jogar com simbolismos e metaforas essa nova geração consegue otimos momentos de tensão e conseguem criar ambientações perfeitas, mas quando partem pra se atrelar a tentar ser um cult intelectual, acabam por me decepcionar e soam tudo, menos um verdadeiro filme de terror.
Esse filme me lembrou muito o Cold Skin mesmo sendo gêneros diferentes. Desde a estética até a alguns enquadramentos e tambem nessa certa filosofia da solidão que enlouquece. Embora tratem temas e trilhem escolhas narrativas diferentes, ainda prefiro a "infantilidade" surrealista de Cold Skin do que as escolhas simbólicas e "intelectuais" de o Farol. O diretor conduz seu filme mirando em Ari Aster e acaba por soar um M. N. Shyamalan pós A Vila. Tirando as duas grandes atuações dos protagonistas e a absurda engenharia e produção de som, o resto acaba por parecer uma tentativa barata de soar Cult, de forçar a estranheza. Alguma coisa nesse filme me lembrou Nosferatu, talvez seja só o tamanho e formato da tela, outras estão tão obvias as influencias que pra mim levam o filme muito mais pro lado do drama do que pro Terror, tá lá toda a solidão dos personagens de Moby Dick, aquela sensação de se olhar em volta e ver o vazio do mar e uma solidão que acaba por ser compartilhada entre os personagens e que acaba levando a uma claustrofobia nessa reclusão que virá um gatilho pra loucura e paranoia como muitas coisas de A ilha do tesouro, Os trabalhadores do mar ou mesmo o divertido O menino no Convés, os takes e planos que por algum motivo lembram demais Bergman. É um bom filme, mas no meu caso é necessário urgentemente desassociar esse tipo de filme a filme de terror. Perdi muito da experiência do filme por isso. Como uma pessoa que também gosta de histórias marítimas, vou rever o Farol com outros olhos e talvez mude minha critica. A primeira impressão foi essa
A Mão do Diabo
3.5 289O filme é bom, constrói uma atmosfera de suspense e dúvidas e tem boas atuações. Só que chega nesse final e destrói completamente tudo que construiu. Que final broxante
Terminar um filme desse tipo dando razão a esses fanáticos religiosos é um desserviço pra sociedade. Aquela cara de doente mental do McConaughey não condiz com esse final escroto
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraDespois de tanto tempo o Irlandês enfim veio ao sol. Um filme longo, repleto de erros infantis de continuidade e com uma tríade de atores entregando as últimas grandes atuações da carreira. Scorsese volta pro tema que lhe rendeu os melhores filmes e se apoia nos protagonistas, são eles que fazem o filme ter a grandiosidade que tem, de resto uma direção segura, uma ambientação perfeita e uma chuva de clichês e estereótipos criados pelo próprio Diretor em seus trabalhos anteriores. Muito da critica a Scorsese é sobre a forma que ele glorifica as mortes e os mafiosos e em O Irlandês ele se retrata entregando mortes secas, rápidas e sem composições de cenas grandiosas quando vai retratar os assassinatos alem de os seus mafiosos estarem todos decadentes em busca de uma redenção antes que a morte bata suas portas, bem diferente dos mafiosos do próprio Diretor em outros filmes. Me incomodou o rejuvenescimento dos atores, principalmente de De Niro, pareceu artificial durante todas as cenas mas é algo aceitável pela proposta. É um bom filme que em tempos de pobreza cinematográfica se sobressai, muito longe da perfeição de Bons Companheiros ou mesmo do mediano Cassino. A impressão que tive é que Scorsese se despede do gênero com um último filme e entrega na última cena uma bela referência e homenagem a O poderoso chefão quando ao se despedir deixa a porta entreaberta na melhor composição de cena do filme.
Pesci e Pacino merecem indicação ao Oscar é quem ganhar tá bem ganho. Foram monstruosos.
A cena do De Niro no telefone é uma piada, o erro mais infantil que já vi num filme desse tamanho.
A cena em que o De Niro vai atrás do atendente da loja que empurrou sua filha me deu vergonha alheia de tão mal planejada e executada. Tudo soa falso nela.
Scorsese é um dos gigante dos filmes de Máfia
Le dernier coup de marteau
3.8 6Assisti esse filme e esperei um tempão pra postar algo sobre ele aqui. Enquanto a maioria dos brasileiros reclamam da estética da fome e da pobreza no cinema nacional, a França entrega esse filme simples e tão bem conduzido que te impacta a todo momento. Somos em grande parte a geração dos filhos sem pai, das mães que criaram suas crianças sozinhas e foram engolindo todas as adversidades pelo caminho. O retrato que fica é que a pobreza é a mesma em todo lugar mesmo que tu more em primeiro ou terceiro mundo. Que atuação de gigante do garoto Romain Paul, digna de prêmio. Um cinema muito mais de olhares e gestos do que de diálogos. As cenas em que ele e o maestro dividem juntos te faz perceber a distância existente entre eles, frases secas, poucas palavras e a verve do cinema francês que permeia o filme todo. Um Coming of age de gente grande.
A Morte e Vida de John F. Donovan
3.3 193Esperei tanto pra ver esse filme e foi uma decepção. Xavier Dolan tá cada vez mais egocêntrico e prepotente. Ouvi uma vez entre amigos alguém falar que Mommy só é um grande filme porque o diretor errou e entregou o que dava e tá começando a fazer sentido. Talvez o único tema dele seja mesmo esse conflito maternal ou histórias sobre gays, ele carrega um vício do cinema europeu com suas famílias disfuncionais e se apega a isso em todos os seus roteiros, tu vai ver um filme do Dolan e já vai sabendo que ele vai esmiuçar novamente esse negócio de família. O que aconteceu com as atuações? Um elenco estelar e ninguém consegue passar veracidade, não tem uma atuação que não pareça exagerada. O elenco parece não ter comprado as ideias do diretor, Natalie Portman irreconhecível, Jacob Tremblay pessimamente bizarro, nada soa natural. Ver o diretor se apoiar na desculpa de que não teve o corte final do filme não se sustenta. Agora entendemos a demora pra esse filme ser lançado
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraA ovação que o filme está recebendo é o que me deixa mais surpreso
Coringa carrega a maioria dos vícios bons do cinema independente americano e se escora completamente no estilo de construção de personagens do cinema asiatico assim como os realistas sofrimentos sem fim clássicos do cinema europeu, tu consegue enxergar o sofrimento como base parecidos com filmes dos Irmãos Dardenne por exemplo. A referência quase cópia estrutural de Táxi Driver caiu muito bem, a sacada de roteiro em transformar a loucura crescente do Arthur em explosão de insanidade a partir do momento que ele consegue uma arma foi Central, entendemos a critica a liberação das armas, de como uma arma se torna uma extensão de confiança quase falica e embebeda o portador de um poder de um deus. Tirando as referencias ao Batman, mudando o nome da cidade e do protagonista, teríamos um clássico filme indie e dos bons, teria ficado até melhor pq a pior parte do roteiro é quando tem que inserir esse contexto pro personagem e entregar a origem de um vilão de uma HQ. Se compararmos os melhores filmes de 2019 até agora, o coreano Parasita, o árabe Kafernaum, os chinêses Amor até as cinzas e Um elefante sentado quieto e o brasileiro Bacurau, veremos muita similaridade com o que Coringa quer passar e como sua estrutura foge bastante do cinemão comercial americano. Longe de ser uma Obra Prima ou o melhor de 2019, um ótimo filme que espero que traga os mesmos entusiastas desse tipo de cinema a lotar as salas dessas grandes obras com menos marketing que passam batido pelas salas de cinema, isso quando conseguem entrar no circuito nacional. Vejo Coringa como uma chance utópica de virar o jogo da indústria atual dominada por filmes com roteiros ruins e excessos de efeitos especiais
Campo do Medo
2.7 733 Assista AgoraE deu ruim, diferente das outras 2 boas adaptações que a Netflix fez de Stephen King,1922 e Jogo Perigoso.
Que filme perdido, atuações fracas e caricatas. Filme clichezão mas que mesmo assim não soube utilizar muito bem a cartilha que seguia. Uma bomba da Netflix.
Esse conceito da quebra no tempo e realidades paralelas tem um potencial gigante quando o diretor tenta algo novo, aqui foi feito tudo da pior forma possível e o roteiro cheio de furos piorou com aquele final simplista e largamente já usado
Ma
2.6 633 Assista AgoraComo a Octavia Spencer entra num projeto bomba desse. Roteiro fraco, plot twist vergonhoso e todas as atuações nível The Room sem a parte cômica. Filme ruim e descartável
Evelyn
3.7 15 Assista AgoraDepressivo é a palavra que descreve esse filme. As paisagens bucólicas nessa fronteira da Escócia deixa tudo mais triste ainda. O filme grita solidão o tempo todo. Achei que o diretor ia seguir a pegada de Virunga mas as emoções são bem mais manipuladas. Talvez por se tratar de uma tragédia familiar do mesmo, tem algumas cenas e diálogos muito forçados que dão vergonha alheia. Teria sido mais proveitoso se o diretor apontasse a camera pra cima do sistema de saúde mental dos hospitais.
It: Capítulo Dois
3.4 1,5K Assista AgoraQue decepção
1964: O Brasil Entre Armas e Livros
3.1 331Nunca existiu uma real ameaça comunista, o que existiu foi um golpe dos militares, uma ditadura sangrenta e uma caça a todos os que não aceitaram esse golpe e automaticamente eram batizados de comunistas (bem parecido com o que acontece hj onde se tu é contra as ideias estapafúrdias da extrema Direita, tu é petista, esquerdista,comunista e que devia ir pra Cuba ou Venezuela, esse é o nivel de argumentação dos eleitores do bozo). Tanto que os maiores comandantes da luta armada contra a ditadura militar foram os próprios militares que desertaram por não apoiar a m3rd@ que o exército estava fazendo tomando o país, fechando o congresso e matando e torturando todos os que não apoiavam. Brasil 2019 com cara de 1964
Piranhas
3.4 22Um ode ao neorrealismo. A abertura do filme com aquele plano aberto na árvore de Natal lembra muito a abertura de Roma Cidade Aberta. Quase todo o filme é rodado nas ruas em externas. É uma Nápoles contemporânea espelhando os mesmos erros do passado italiano. O filme grita a Vítimas da Tormenta, passeia por Ciganos da Ciambra na forma intimista que trata seu protagonista e o
convívio familiar onde as Matriarcas se conformam que a Máfia é a única a dar oportunidade pra quem está na subexistencia e por fim mergulha na mesma resolução de Gomorra, ninguém é bom ou ruim, são oportunidades e ossos do ofício, os reflexos das influências varrem por todos os personagens. Sabemos que se trata da Camorra,mas é uma história que aconteceria facilmente em qualquer lugar do mundo, seja SP, RJ, Cidade do México ou Chicago. O nascimento de sub gangues dentro das facções. O roteiro é muito bom, mesmo eu não gostando das escolhas que o diretor fez no ato final do filme eu entendo os prêmios que ele ganhou. O final do filme em sí eu gostei, é como quase todos os finais do neorrealismo que ficam em aberto, a impressão que aquele ciclo não termina, os garotos nunca vão sair daquela vida. É a repetição da história de Nápoles em um looping de violência e morte
Querô
3.5 127 Assista AgoraNunca vou entender a necessidade de alterar uma obra que já era perfeita quando se adapta. Plínio Marcos foi tão visceral no livro, todo o sofrimento do protagonista, toda a situação no puteiro durante anos foram relegados a 10 minutos de cena. Alterar a essência dos personagens, o desenrolar da história e mudar o final tirou o que tinha de melhor em Reportagem Maldita. O melhor desse filme foi a atuação assombrosa de Maxwell Nascimento, entre as maiores atuações masculinas do cinema nacional
Querido Menino
3.8 471 Assista Agora3 estrelas pelas atuações de Carrel e Charlamet porque o filme, mesmo sendo um tema atual e denso, se perdeu nesse roteiro que caminha como tartaruga de tão lento
A Vida Invisível
4.3 645Gosto demais desse cinema do Ainouz, esse tema de não pertencimento, dessa sensação de ser sempre um forasteiro. Essa dualidade de consciência está em todos os trabalhos do diretor e tô na espera pra ver esse novo trabalho que já vem pro país com o prêmio em Cannes. Mas a verdade é que bateu Bacurau na indicação ao Oscar por ter sido comprado pela Amazon e por Kleber Mendonça ser um crítico feroz da extrema Direita que comanda o país, lobby é tudo.
Bons Meninos
3.5 227Comédia divertida, Jacob Tremblay vai se mostrando um grande ator em vários papéis e gêneros diferentes. Essa vibe de Super Bad do filme eu achei bem interessante, uma espécie de pre sequel. É uma comédia besteirol bastante bem feita. Bem do estilo do Seth Rogen, diálogos bem engraçados e situações bizarras da vida de quase todo garoto. Assistiria uma trilogia disso fácil
Para um Soldado Perdido
3.6 77Ridículo, uma cartilha pra pedofilos. Eu nem estou entrando no mérito de relações entre adultos e adolescentes, se existe amor,fod*-se, cada um com suas escolhas. Mas nesse caso não era isso, tudo foi guiado como um predador rodeando uma presa solitária e triste. O menino em formação sem uma figura masculina importante é envolvido por um soldado através de passeios, doces e ternura. A tentativa de soar poético é patética como a romanização na cena em que o soldado abusa do menino na cama. Quando falaram pra mim que isso era uma espécie de Lolita narrado pela vítima eu achei que era realmente bom, esse filme nunca deve ser colocado na mesma prateleira de Lolita, pelo amor.
No Coração do Mar
3.6 776 Assista AgoraAinda estou pensando se sou eu que sou chato ou o roteiro que partiu errado desde o começo. Tudo funciona, a fotografia é ótima, as atuações boas, os planos no convés são muito bem feitos. A primeira cena no barco quando as velas travam e a camera passeia por toda a extensão é visualmente acima da média. O roteiro me incomodou, a trama desde o começo narra a historia do Capitão e do primeiro oficial, mas o narrador é o Thomas e ele narra sendo onipresente como um Deus, só que ele faz parte da história é nào tinha como narrar passagens que ele não presenciou como as conversas entre os protagonistas na sala do Capitão ou o bote salva vida do Capitão. Não fez sentido nenhum isso, é um furo gigante de roteiro. Mesmo com esse erro infantil, é um ótimo filme