Uma bela história, atuação incrível de Mert Turak, mas o filme acaba pecando por excesso: uma das coisas que mais me irritou foi a música (extremamente) alta nos momentos em que se queria emocionar.
Encerrando a trilogia “Planeta dos Macacos”, A Guerra consegue amarrar a saga dos símios liderados por César (Andy Serkis) de forma digna, mas não sem alguns contratempos. Primeiramente a parte técnica do filme merece aplausos. Nenhum dos filmes anteriores retratou os macacos tão bem, fazendo-os parecer realmente reais. A textura da pele, os olhos, a pelugem, expressões, está tudo ali muito real. O roteiro não traz nenhuma surpresa, mas a profundidade emocional está ali, seja nos gestos, seja nas expressões. Inclusive, boa parte do filme é silenciosa, com os macacos mantendo a comunicação ensinada por César. 3 personagens importantes são inseridos na trama. O vilão do filme (Woody Harrelson) ganha profundidade muito depois e não cresce isoladamente, está ali apenas pela sua função e não acrescenta muito. Os outros dois personagens do filme são descartáveis mesmo e estão ali ora pra dar um tom mais cômico ao filme ora apenas para prologar uma revelação e fazer uma ponte entre humanos e macacos. Essa relação é importante para o filme porque, aparentemente, tenta quebrar didatismos. Sim apenas tenta, pois é bem claro que toda a vilania ali exibida cabe àqueles humanos e/ou sua influência sobre seus “aliados” macacos (o legado de Koba). No entanto, a dramaticidade parece perder força lá pro terceiro ato (embora tão logo retorne com força total), criando uma quebra abrupta de expectativa. Soa estranho vê-la sendo explorada demasiadamente e de repente dar vazão a uma certa comicidade num momento importante. Algumas cenas parecem arrastar o filme e outras parecem bem furadas e não sabemos explica-las, mas isso não tira o brilho do filme. O final apoteótico conseguiu amarrar a saga de tal forma que é impossível não se emocionar. Esse momento é todo de César, que prossegue como o ponto alto do filme. No fim das contas, Planeta dos Macacos consegue entregar um bom material, trabalhando segregação como tantos filmes Hollywoodianos. Seu diferencial não é apenas sua técnica, mas seus personagens mais recorrentes, em especial, César
Pretensioso demais, o roteiro é novelesco, rocambolesco e o final é terrível. Os méritos desse filme são todos técnicos e ainda assim isso não o livra de ser blasé.
Na maior... o cara abandona esposa e filho do nada e quando reencontrado pelo filho, este descobre que seu pai teve um filho com a irmã bonitona da sua peguete. Então ele conta para sua mãe e ela vai toda feliz ver o cara (????)
Uma história muito simples, mas bem desenvolvida. ponto positivo pra música e o final do filme, que deixa uma reflexão interessante. Porém, mesmo sendo curto, o filme se estende desnecessariamente. Se fosse um curta metragem teria sido muito mais feliz.
Interessantíssimo filme indiano dirigido por Chaitanya Tamhane (então com seus 26 anos). Vencedor de importantes prêmios nos festivais de cinema de Veneza e Mumbai.
O diretor abusa de planos abertos, fixos e muitas vezes longos (lembrando um pouco "As Estações de Maria") e em poucas cenas a câmera se moverá lentamente acompanhando alguma movimentação, é como se um observador oculto estivesse observando-os. Isso dá ao filme uma perspectiva interessante, que endossa seu realismo e que se torna um recurso conveniente ao estudarmos o cotidiano dos personagens dentro e fora do trabalho, ajudando a construí-los e a compreender a trama.
Os personagens são o maior mérito de Court. Bem construídos e com motivações próprias. Vira Sathidar como o cantor acusado, Vivek Gomber como seu advogado e Geetanjali Kulkarni como a promotora pública estão maravilhosos e possuem muita presença. Até os coadjuvantes e figurantes cooperam para legitimação da naturalidade do filme, os planos de ambientação permitem que até a figuração seja melhor trabalhada. Outro de seus méritos é não soar didático, ao ponto dos diálogos quase banais se tornarem muito importantes para a compreensão da trama e das personagens.
Por fim, Tamhane mostrou muita competência em escrever e dirigir um filme tão angustiante, cru (sequer possui trilha sonora), naturalista e bem conduzido com tão pouca idade. O que pode pesar é justamente seu ritmo, apesar de não chegar a 2 horas, pode se tornar enfadonho para quem gosta de mais “movimento”. No entanto, vale a pena ser apreciado, pois abre a possibilidade de compararmos a burocracia jurídica indiana com a nossa própria.
Filme estranho, controverso. O final serve apenas para pôr a prova a teoria da irmã mais nova sobre sexo e amor, o que cria uma dualidade, pois se por um lado o que ela pensa ganha mais força; por outro, a situação no qual se deu o desenrolar não faz muito sentido... P.S.: antes do final abrupto a diretora até tenta construir uma tensão, mas ela se converte em uma grande barriga...
Oscilante, ora é um drama, ora é um musical. O filme acompanha a protagonista. A edição começa frenética, e é retomada nas cenas musicais. O final é de chorar horrores.
Um dos meus favoritos! Claramente teatral, Lester abusou da liberdade criativa para dialogar com a juventude (década de 60 foi pertinente para os jovens em muitos sentidos). Esse filme ficou na minha cabeça por dias após assistir. Edição, montagem e, claro, Rita Tushingham maravilhosas!
Lindo, arrebatador, sensível sem ser melodramático! Em meio a uma juventude reclusa e associal, "A Voz do Silêncio" retrata de forma tocante um problema que vai, também silenciosamente, engolindo mais jovens.
Não é só Gail Harris (Michelle Williams) que se torna um símbolo dentro de "Todo dinheiro do mundo", cada personagem ou instituição ganha uma persona desenvolvida através do sequestro de seu filho. Mas apesar de bem conduzido e esforçado em desenvolver elementos reais para conduzir uma ficção, Ridley Scott não entrega seu melhor filme. No final o que fica é a sensação de "é assim mesmo que as coisas são".
Achei melhor que Leviatã por ser mais bem conduzido. Ainda assim a cinematografia é exagerada e lhe confere muito mais tempo do que deveria. No entanto é um filme maravilhoso, com foco total nas personagens centrais, tão reais e tão banais... Tensão muito bem conduzida, sem exageros.
Tinha potencial, mas foi desmerecido e muito por clichês do gênero e furos de roteiro. Uma pena, pois a direção tenta nos enquadrar na perspectiva da protagonista o tempo todo através de um jogo de câmeras interessante.
Destaque para o clímax do filme, que lembra um pouco uma cena de "A Casa Silenciosa".
Os sustos e o suspense são bem conduzidos (de forma até hollywoodiana), mas a trama em si vai se enfraquecendo aos poucos até chegar ao clichezão "algoz caminha calmamente num campo florido em direção a vítima que se arrasta na lama para salvar sua vida". Esperava mais, uma vez que o filme nos brinda com momentos de tensão e suspense bem elaborados.
Achei o filme muito arrastado com várias subtramas e muitas barrigas. Pensei ser um thriller, mas entre um crime e outro há muita coisa (chata) pra passar. Agnieszka não está competente em seu papel, está fantásica, mas sua personagem me soou confusa:
Se defende tanto os animais, por que diabos incriminá-los colocando suas pegadas no local do crime (que ela mesma cometeu)?
Achei uma péssima escolha da Polônia pro Oscar, não por conhecer sugestões melhores, mas simplesmente porque o filme não empolga, é chato demais. Seus maiores méritos (além do papel principal) são técnicos (fotografia, cinematografia, direção...).
As histórias que cercam Tonya Harding são tão controversas que nem me debruço sobre. Sei que filmes biográficos (principalmente os hollywoodianos) prezam por um toque romântico ou emotivo nas cenas que difere e muito do desenrolar real, quem diz se prestou ou não é o público.
No entanto aqui eu tou falando de um filmão, com méritos tanto técnicos quanto de elenco. Não vi muitos filmes com Margot Robbie, pra falar a verdade só O Lobo de Wall Street (onde é coadjuvante) e o terrível Esquadrão Suicida. Mas aqui ela pode mostrar seu valor como uma atriz de peso.
Allison Janney também é um dos méritos do filme, roubando a cena quando aparece. É sempre assim, a megera rouba a cena da mocinha, mas não se trata de criar uma história de superação. O roteiro, inclusive, acerta ao fazer de sua protagonista uma figura ambivalente e como se não bastasse, a direção valoriza a linguagem corporal dentro e fora das cenas de patinação, muito bem filmadas. Vale destacar o ritmo do filme, que apesar dos suas pausas para respirar, segue com poucos momentos que deixariam o público desatento. Não posso deixar de enfatizar a edição frenética, deve ter sido trabalhoso para Tatiana Riegel selecionar, cortar e manter peças-chave para uma boa cena.
A liberdade criativa permitiu a inserção de um mocumentário e quebras na 4ª parede em momentos esporádicos, isso confere certa leveza a "Eu, Tonya", mas ao mesmo tempo fiquei repensando várias vezes sobre o efeito da oscilação entre comédia e drama (um dramédia, enfim) em uma história com desenvolvimento pesado (as relações violentas com sua mãe e marido) e cheguei a conclusão de que até a própria Tonya deve tá se lixando pra tudo isso.
Não dei muita bola pro filme, não. Acabei me surpreendendo bastante quando decidi, por fim, assistir. Recomendadíssimo!
A cena do casamento kkkkkkk: "I love you truuuullllyyy" Um filme bem bobinho e descompromissado. René Clair sempre teve um pé para comédias mais amenas, assim o foi com "O Milhão", seja com um ou outro ele sempre conseguiu esbanjar criatividade. Achei esse ótimo em vários sentidos, tanto técnicos quanto de atuação, a edição é de qualidade porque confere um bom ritmo ao filme.
Carole Lombard parece desconfortável. Não a toa, brigou com o diretor por achar que seu forte eram as comédias. O maior destaque, ao meu ver, ficou com a Vivienne Osborne, numa atuação tresloucadíssima e exagerada, mas que cai como uma luva no filme. No entanto, este terror se mostra competente, apesar das falhas no roteiro. Destaque pra cena de abertura, com aquele coral cantando freneticamente. Apesar de curto (tem 1h de duração), achei o filme muito arrastado. Péssima tradução do título, à brasileira mesmo.
Dentre todos os títulos que este filme recebeu, espero que o brasileiro não tenha sido uma piada de mau gosto (serião, pensei nisso quando saí da sala do cinema). Um delicioso twistter entre o drama-tribunal-suspense-vingança que resulta num filme, como diria Glória Pires: "muito triste". Todos os personagens adotam essa faceta de uma forma ou de outra. Diane Kruger está ótima como Katja e Fatih Akin soube conduzir o suspense e a tensão crescente com competência sem cair no melodrama. Já disse que Diane Kruger tá fantástica?
Na maior, um dos melhores filmes de animação que assisti. Estava com muita expectativa por ser do universo de Galaxy Tatami e fui correspondido! Verborrágico, louco, frenético, com pouquíssimas pausas e muito ágil. Um delicioso anime sobre amor que se desenrola em uma noite que mais parece ser um ano. Esse clima nonsense confere uma identidade ao filme que somada a sua estética simples, porém muit(íssim)o criativa, resulta num dos melhores (dentre os que assisti) advindos de 2017.
Mucize
4.1 51Uma bela história, atuação incrível de Mert Turak, mas o filme acaba pecando por excesso: uma das coisas que mais me irritou foi a música (extremamente) alta nos momentos em que se queria emocionar.
Planeta dos Macacos: A Guerra
4.0 967 Assista AgoraEncerrando a trilogia “Planeta dos Macacos”, A Guerra consegue amarrar a saga dos símios liderados por César (Andy Serkis) de forma digna, mas não sem alguns contratempos.
Primeiramente a parte técnica do filme merece aplausos. Nenhum dos filmes anteriores retratou os macacos tão bem, fazendo-os parecer realmente reais. A textura da pele, os olhos, a pelugem, expressões, está tudo ali muito real. O roteiro não traz nenhuma surpresa, mas a profundidade emocional está ali, seja nos gestos, seja nas expressões. Inclusive, boa parte do filme é silenciosa, com os macacos mantendo a comunicação ensinada por César.
3 personagens importantes são inseridos na trama. O vilão do filme (Woody Harrelson) ganha profundidade muito depois e não cresce isoladamente, está ali apenas pela sua função e não acrescenta muito. Os outros dois personagens do filme são descartáveis mesmo e estão ali ora pra dar um tom mais cômico ao filme ora apenas para prologar uma revelação e fazer uma ponte entre humanos e macacos.
Essa relação é importante para o filme porque, aparentemente, tenta quebrar didatismos. Sim apenas tenta, pois é bem claro que toda a vilania ali exibida cabe àqueles humanos e/ou sua influência sobre seus “aliados” macacos (o legado de Koba).
No entanto, a dramaticidade parece perder força lá pro terceiro ato (embora tão logo retorne com força total), criando uma quebra abrupta de expectativa. Soa estranho vê-la sendo explorada demasiadamente e de repente dar vazão a uma certa comicidade num momento importante. Algumas cenas parecem arrastar o filme e outras parecem bem furadas e não sabemos explica-las, mas isso não tira o brilho do filme.
O final apoteótico conseguiu amarrar a saga de tal forma que é impossível não se emocionar. Esse momento é todo de César, que prossegue como o ponto alto do filme.
No fim das contas, Planeta dos Macacos consegue entregar um bom material, trabalhando segregação como tantos filmes Hollywoodianos. Seu diferencial não é apenas sua técnica, mas seus personagens mais recorrentes, em especial, César
O Filme da Minha Vida
3.6 500 Assista AgoraPretensioso demais, o roteiro é novelesco, rocambolesco e o final é terrível. Os méritos desse filme são todos técnicos e ainda assim isso não o livra de ser blasé.
Na maior... o cara abandona esposa e filho do nada e quando reencontrado pelo filho, este descobre que seu pai teve um filho com a irmã bonitona da sua peguete. Então ele conta para sua mãe e ela vai toda feliz ver o cara (????)
O Violinista
3.2 10Uma história muito simples, mas bem desenvolvida. ponto positivo pra música e o final do filme, que deixa uma reflexão interessante. Porém, mesmo sendo curto, o filme se estende desnecessariamente. Se fosse um curta metragem teria sido muito mais feliz.
Tribunal
4.1 6Interessantíssimo filme indiano dirigido por Chaitanya Tamhane (então com seus 26 anos). Vencedor de importantes prêmios nos festivais de cinema de Veneza e Mumbai.
O diretor abusa de planos abertos, fixos e muitas vezes longos (lembrando um pouco "As Estações de Maria") e em poucas cenas a câmera se moverá lentamente acompanhando alguma movimentação, é como se um observador oculto estivesse observando-os. Isso dá ao filme uma perspectiva interessante, que endossa seu realismo e que se torna um recurso conveniente ao estudarmos o cotidiano dos personagens dentro e fora do trabalho, ajudando a construí-los e a compreender a trama.
Os personagens são o maior mérito de Court. Bem construídos e com motivações próprias. Vira Sathidar como o cantor acusado, Vivek Gomber como seu advogado e Geetanjali Kulkarni como a promotora pública estão maravilhosos e possuem muita presença. Até os coadjuvantes e figurantes cooperam para legitimação da naturalidade do filme, os planos de ambientação permitem que até a figuração seja melhor trabalhada. Outro de seus méritos é não soar didático, ao ponto dos diálogos quase banais se tornarem muito importantes para a compreensão da trama e das personagens.
Por fim, Tamhane mostrou muita competência em escrever e dirigir um filme tão angustiante, cru (sequer possui trilha sonora), naturalista e bem conduzido com tão pouca idade. O que pode pesar é justamente seu ritmo, apesar de não chegar a 2 horas, pode se tornar enfadonho para quem gosta de mais “movimento”. No entanto, vale a pena ser apreciado, pois abre a possibilidade de compararmos a burocracia jurídica indiana com a nossa própria.
Jackie
3.4 739 Assista AgoraSofrível chegar até o fim com esse filme... Portman ótima, como sempre, mas é demasiadamente longo e cansativo
Para Minha Irmã
3.3 111Filme estranho, controverso. O final serve apenas para pôr a prova a teoria da irmã mais nova sobre sexo e amor, o que cria uma dualidade, pois se por um lado o que ela pensa ganha mais força; por outro, a situação no qual se deu o desenrolar não faz muito sentido...
P.S.: antes do final abrupto a diretora até tenta construir uma tensão, mas ela se converte em uma grande barriga...
Woman of the Lake
4.1 10Uma pena que seja muito arrastado, acho que o filme poderia ter aproveitado ainda mais a tensão estabelecida pela situação delicada.
O Incidente
3.5 163O final é tão didático que estraga o filme...
Memórias de Matsuko
4.3 49Oscilante, ora é um drama, ora é um musical. O filme acompanha a protagonista. A edição começa frenética, e é retomada nas cenas musicais. O final é de chorar horrores.
A Família Bélier
4.2 437Como é que um filme te faz rir o tempo todo e no final te faz chorar que nem criança? Maravilhoso!
A Bossa da Conquista
3.0 7Um dos meus favoritos! Claramente teatral, Lester abusou da liberdade criativa para dialogar com a juventude (década de 60 foi pertinente para os jovens em muitos sentidos). Esse filme ficou na minha cabeça por dias após assistir. Edição, montagem e, claro, Rita Tushingham maravilhosas!
A Voz do Silêncio
4.3 355Lindo, arrebatador, sensível sem ser melodramático! Em meio a uma juventude reclusa e associal, "A Voz do Silêncio" retrata de forma tocante um problema que vai, também silenciosamente, engolindo mais jovens.
Todo o Dinheiro do Mundo
3.3 229 Assista AgoraNão é só Gail Harris (Michelle Williams) que se torna um símbolo dentro de "Todo dinheiro do mundo", cada personagem ou instituição ganha uma persona desenvolvida através do sequestro de seu filho. Mas apesar de bem conduzido e esforçado em desenvolver elementos reais para conduzir uma ficção, Ridley Scott não entrega seu melhor filme. No final o que fica é a sensação de "é assim mesmo que as coisas são".
Sem Amor
3.8 319 Assista AgoraAchei melhor que Leviatã por ser mais bem conduzido. Ainda assim a cinematografia é exagerada e lhe confere muito mais tempo do que deveria. No entanto é um filme maravilhoso, com foco total nas personagens centrais, tão reais e tão banais...
Tensão muito bem conduzida, sem exageros.
Os Olhos de Júlia
3.7 825 Assista AgoraTinha potencial, mas foi desmerecido e muito por clichês do gênero e furos de roteiro. Uma pena, pois a direção tenta nos enquadrar na perspectiva da protagonista o tempo todo através de um jogo de câmeras interessante.
Destaque para o clímax do filme, que lembra um pouco uma cena de "A Casa Silenciosa".
Os sustos e o suspense são bem conduzidos (de forma até hollywoodiana), mas a trama em si vai se enfraquecendo aos poucos até chegar ao clichezão "algoz caminha calmamente num campo florido em direção a vítima que se arrasta na lama para salvar sua vida". Esperava mais, uma vez que o filme nos brinda com momentos de tensão e suspense bem elaborados.
Rastros
3.2 46Achei o filme muito arrastado com várias subtramas e muitas barrigas. Pensei ser um thriller, mas entre um crime e outro há muita coisa (chata) pra passar. Agnieszka não está competente em seu papel, está fantásica, mas sua personagem me soou confusa:
Se defende tanto os animais, por que diabos incriminá-los colocando suas pegadas no local do crime (que ela mesma cometeu)?
Achei uma péssima escolha da Polônia pro Oscar, não por conhecer sugestões melhores, mas simplesmente porque o filme não empolga, é chato demais. Seus maiores méritos (além do papel principal) são técnicos (fotografia, cinematografia, direção...).
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraAs histórias que cercam Tonya Harding são tão controversas que nem me debruço sobre. Sei que filmes biográficos (principalmente os hollywoodianos) prezam por um toque romântico ou emotivo nas cenas que difere e muito do desenrolar real, quem diz se prestou ou não é o público.
No entanto aqui eu tou falando de um filmão, com méritos tanto técnicos quanto de elenco. Não vi muitos filmes com Margot Robbie, pra falar a verdade só O Lobo de Wall Street (onde é coadjuvante) e o terrível Esquadrão Suicida. Mas aqui ela pode mostrar seu valor como uma atriz de peso.
Allison Janney também é um dos méritos do filme, roubando a cena quando aparece. É sempre assim, a megera rouba a cena da mocinha, mas não se trata de criar uma história de superação. O roteiro, inclusive, acerta ao fazer de sua protagonista uma figura ambivalente e como se não bastasse, a direção valoriza a linguagem corporal dentro e fora das cenas de patinação, muito bem filmadas. Vale destacar o ritmo do filme, que apesar dos suas pausas para respirar, segue com poucos momentos que deixariam o público desatento. Não posso deixar de enfatizar a edição frenética, deve ter sido trabalhoso para Tatiana Riegel selecionar, cortar e manter peças-chave para uma boa cena.
A liberdade criativa permitiu a inserção de um mocumentário e quebras na 4ª parede em momentos esporádicos, isso confere certa leveza a "Eu, Tonya", mas ao mesmo tempo fiquei repensando várias vezes sobre o efeito da oscilação entre comédia e drama (um dramédia, enfim) em uma história com desenvolvimento pesado (as relações violentas com sua mãe e marido) e cheguei a conclusão de que até a própria Tonya deve tá se lixando pra tudo isso.
Não dei muita bola pro filme, não. Acabei me surpreendendo bastante quando decidi, por fim, assistir. Recomendadíssimo!
Casei-me Com Uma Feiticeira
3.6 34 Assista AgoraA cena do casamento kkkkkkk: "I love you truuuullllyyy"
Um filme bem bobinho e descompromissado. René Clair sempre teve um pé para comédias mais amenas, assim o foi com "O Milhão", seja com um ou outro ele sempre conseguiu esbanjar criatividade. Achei esse ótimo em vários sentidos, tanto técnicos quanto de atuação, a edição é de qualidade porque confere um bom ritmo ao filme.
Anjo e Demônio
3.4 4Carole Lombard parece desconfortável. Não a toa, brigou com o diretor por achar que seu forte eram as comédias. O maior destaque, ao meu ver, ficou com a Vivienne Osborne, numa atuação tresloucadíssima e exagerada, mas que cai como uma luva no filme. No entanto, este terror se mostra competente, apesar das falhas no roteiro. Destaque pra cena de abertura, com aquele coral cantando freneticamente.
Apesar de curto (tem 1h de duração), achei o filme muito arrastado. Péssima tradução do título, à brasileira mesmo.
Em Pedaços
3.9 236 Assista AgoraDentre todos os títulos que este filme recebeu, espero que o brasileiro não tenha sido uma piada de mau gosto (serião, pensei nisso quando saí da sala do cinema).
Um delicioso twistter entre o drama-tribunal-suspense-vingança que resulta num filme, como diria Glória Pires: "muito triste". Todos os personagens adotam essa faceta de uma forma ou de outra. Diane Kruger está ótima como Katja e Fatih Akin soube conduzir o suspense e a tensão crescente com competência sem cair no melodrama.
Já disse que Diane Kruger tá fantástica?
Yoru wa Mijikashi Arukeyo Otome
4.0 19Na maior, um dos melhores filmes de animação que assisti. Estava com muita expectativa por ser do universo de Galaxy Tatami e fui correspondido!
Verborrágico, louco, frenético, com pouquíssimas pausas e muito ágil. Um delicioso anime sobre amor que se desenrola em uma noite que mais parece ser um ano. Esse clima nonsense confere uma identidade ao filme que somada a sua estética simples, porém muit(íssim)o criativa, resulta num dos melhores (dentre os que assisti) advindos de 2017.