Gostei bem mais agora que vi pela segunda vez. História enxuta e personagens com profundidade psicológica. A cena final lembra bastante "Rastros de Ódio".
Fica difícil não comparar este trabalho de Rivette com suas obras anteriores "Paris Nos Pertence" e "Céline e Julie Vão de Barco" o que acaba tirando um pouco de seu brilho. Por outro lado o roteiro ganha interesse pela trajetória da personagem de Bule Ogier, quando vai ficando claro que ela teve ligação com grupos terroristas de esquerda como o Baader-Meinhof e os Brigate Rosse. As imagens contam com muitas cenas de demolições, como um alerta para que a protagonista esqueça seu passado, se renove.
Um filme B difícil de classificar: É uma aventura, faroeste e filme noir. Cada personagem parece ter uma mancha em seu passado e o espectador não sabe em quem confiar. A direção de John Sturges ilustra o perigo do deserto através de enquadramentos abertos que "apequenam" os personagens. O elenco se sai homogeneamente eficiente. Provavelmente foi produzido para aproveitar o sucesso de "O Tesouro de Sierra Madre".
Uma trama com pontos em comum com as obras de Philip K. Dick, o que por si só já mantêm o interesse. O roteiro também lança mão de muitas reviravoltas (algumas ficam até previsíveis na segunda metade), mas acaba esquecendo as regras que ele mesmo estabeleceu:
Para que David obtivesse as lembranças de Joseph Bodna ele não teria que estar na casa do policial, onde este levou o tiro, e não em sua própria casa?
Ray Liotta tem uma presença até contida e eficiente. Já Linda Fiorentino está fraca, exagerando nas caras e bocas da personagem. Ele esteve bem melhor no ano seguinte em MIB - Homens de Preto.
Os fantasmas das vítimas que perseguem o jovem lobisomem são uma inovação ao gênero mas os diálogos dessas cenas acabam repetitivos e aborrecidos.
O romance entre o turista americano e a enfermeira também soa esquemático. E o desfecho é apressado e emocionalmente frio. Por outro lado o filme é uma demonstração de que efeitos práticos sempre tendem sempre a envelhecer melhor que efeitos digitais. A maquiagem do personagem de Griffin Dunne "dilacerado" é simplesmente perfeita e a transformação de David é a mais icônica do gênero.
O inicio do filme é interessante e até ambicioso, divagando sobre a evolução da vida na Terra. Mas o roteiro em si acaba se revelando prolixo, se resumindo à protagonista (e seu "hóspede") se deslocando de uma cidade para outra e fazendo carnificinas. Os diálogos também acabam soando aborrecidos e pouco inspirados. Para piorar o roteiro nunca consegue equilibrar o humor e o terror, algo que Peter Jackson levou à perfeição dois anos depois em "Fome Animal". Ainda assim a quantidade cavalar de gore mantêm o interesse para os fãs.
Clima sinistro, algumas cenas de gore, uma protagonista que demora a perceber o perigo que está correndo e diversas reviravoltas. Surpreende até o último segundo. P.S.: A ruivinha Isabelle Goguey parecia muito com Evan Rachel Wood.
Tal como vários outros realizadores, Cuarón evoca memórias da infância/adolescência para compor uma narrativa fortemente nostálgica. Ajudam nisso uma meticulosa recriação de época e muitas canções do período. É possível identificar claramente cenas que fazem referência a seus trabalhos anteriores como "Gravidade", "Filhos da Esperança" e "E Sua Mãe Também". Do mesmo modo há momentos que remetem à obras de outros cineastas: difícil não pensar em "Titanic" ao ver duas personagens saírem de uma festa dos patrões ricos para a dos empregados pobres; também um túnel lotado de carros me fez lembrar a cena de abertura de "Fellini 8 1/2". Mas, mesmo com a ótima atuação de Yalitza Aparicio, não dá pra negar que sua personagem não têm realmente um arco dramático. Ela é abnegada demais, não só aos patrões mas a praticamente todos os que cruzam em sua vida.
Partindo de uma premissa totalmente absurda a diretora Antonia Bird constrói uma conto sanguinolento cheio de reviravoltas. Atenção à trilha sonora inquietante de Damon Albarn e Michal Nyman, colaborador habitual de Peter Greenaway.
Produção para TV que parece uma homenagem aos filmes B de ficção científica, tano na fotografia quanto no ritmo. Barrault tem uma ótima composição: passei o filme todo achando que outro ator é que tinha feito o Sr. Opale!
O excesso de personagens acaba atrapalhando o desempenho do elenco, já que a maioria dos atores e atrizes fica com pouco tempo de tela. Mesmo assim é um bom neo-noir ancorado na presença durona de Nick Nolte e na excelente recriação de época.
Mesmo não tendo a densidade dramática e visual do filme Amadeus, de Milos Forman, esta produção tcheco-austríaca lançada na comemoração dos 200 anos da morte do grande compositor consegue ser fiel aos fatos sem sacrificar a dramaticidade. É curioso que tenha sido dirigida por Juraj Herz, mais lembrado por filmes de terror e fantasia.
Adaptação muito fiel ao romance filosófico de Albert Camus, com ótima direção de arte (como o apartamento deteriorado de Mersault) e atenção aos detalhes
Uma história policial que levanta vários questionamentos sobre lei e justiça. A trama começa com bom ritmo mas em certo momento fica lenta demais, como se os personagens andassem em círculos. Mas o desfecho é muito bom.
Uma fantasia que diverte apesar da previsibilidade e algumas facilitações (como lagartas azuis que curam ferimentos graves). O diretor Juan Carlos Fresnadillo faz o máximo para driblar as limitações do roteiro. Assim temos uma fotografia que passa da secura na terra natal de Elodie para as cores quentes no reino de Aurea que remete aos contos de fada tradicionais, em oposição ao escuro e claustrofóbico da caverna posteriormente.
Um filme que antecipa uma abordagem mais realista e complexa da polícia, antecipando obras como Os Novos Centuriões (1972), Serpico (1973) e Fogo Contra Fogo (1995). Assim, temos um policial que gosta de astronomia e outro que compõe poesia e outros que participam de um coral. Essa complexidade também é aplicada aos criminosos que, mesmo violentos não são unidimensionais.
Cavalgada Trágica
3.5 21 Assista AgoraGostei bem mais agora que vi pela segunda vez. História enxuta e personagens com profundidade psicológica. A cena final lembra bastante "Rastros de Ódio".
A Ponte do Norte/ Um Passeio Por Paris
3.7 10Fica difícil não comparar este trabalho de Rivette com suas obras anteriores "Paris Nos Pertence" e "Céline e Julie Vão de Barco" o que acaba tirando um pouco de seu brilho. Por outro lado o roteiro ganha interesse pela trajetória da personagem de Bule Ogier, quando vai ficando claro que ela teve ligação com grupos terroristas de esquerda como o Baader-Meinhof e os Brigate Rosse. As imagens contam com muitas cenas de demolições, como um alerta para que a protagonista esqueça seu passado, se renove.
7 Homens Maus
2.8 6Um filme B difícil de classificar: É uma aventura, faroeste e filme noir. Cada personagem parece ter uma mancha em seu passado e o espectador não sabe em quem confiar. A direção de John Sturges ilustra o perigo do deserto através de enquadramentos abertos que "apequenam" os personagens. O elenco se sai homogeneamente eficiente. Provavelmente foi produzido para aproveitar o sucesso de "O Tesouro de Sierra Madre".
Inesquecível
3.0 12Uma trama com pontos em comum com as obras de Philip K. Dick, o que por si só já mantêm o interesse. O roteiro também lança mão de muitas reviravoltas (algumas ficam até previsíveis na segunda metade), mas acaba esquecendo as regras que ele mesmo estabeleceu:
Para que David obtivesse as lembranças de Joseph Bodna ele não teria que estar na casa do policial, onde este levou o tiro, e não em sua própria casa?
Ray Liotta tem uma presença até contida e eficiente. Já Linda Fiorentino está fraca, exagerando nas caras e bocas da personagem. Ele esteve bem melhor no ano seguinte em MIB - Homens de Preto.
Os Conquistadores
3.3 9Ótimo faroeste onde o diretor Lang evita o heroísmo:
mesmo o tiroteio final acontece não em um espaço aberto, como era comum no gênero e sim em uma apertada barbearia.
A fotografia em technicolor acentua o calor e a aridez do deserto.
Legião dos Mortos
1.2 20Só posso definir esse filme como "Um Drink no Inferno" caso tivesse sido escrito e dirigido por Tommy Wiseau.
Um Lobisomem Americano em Londres
3.7 609Um roteiro com boas ideias mas nem todas são bem desenvolvidas pelo diretor John Landis.
Os fantasmas das vítimas que perseguem o jovem lobisomem são uma inovação ao gênero mas os diálogos dessas cenas acabam repetitivos e aborrecidos.
Por outro lado o filme é uma demonstração de que efeitos práticos sempre tendem sempre a envelhecer melhor que efeitos digitais. A maquiagem do personagem de Griffin Dunne "dilacerado" é simplesmente perfeita e a transformação de David é a mais icônica do gênero.
Baby Blood
3.3 32O inicio do filme é interessante e até ambicioso, divagando sobre a evolução da vida na Terra. Mas o roteiro em si acaba se revelando prolixo, se resumindo à protagonista (e seu "hóspede") se deslocando de uma cidade para outra e fazendo carnificinas. Os diálogos também acabam soando aborrecidos e pouco inspirados. Para piorar o roteiro nunca consegue equilibrar o humor e o terror, algo que Peter Jackson levou à perfeição dois anos depois em "Fome Animal". Ainda assim a quantidade cavalar de gore mantêm o interesse para os fãs.
Morte Num Domingo de Chuva
3.6 5Filme de vingança com suspense bem construído e cenas de abuso infantil. Não é tão bom quanto um "Cabo do Medo" (1991) mas é bem realizado.
Quarteto Fantástico
2.8 912 Assista AgoraSorte do Chris Evans que pôde depois mostrar carisma como Capitão América, já que aqui ele está irritante do inicio ao fim.
A Noite da Morte
3.4 13Clima sinistro, algumas cenas de gore, uma protagonista que demora a perceber o perigo que está correndo e diversas reviravoltas. Surpreende até o último segundo.
P.S.: A ruivinha Isabelle Goguey parecia muito com Evan Rachel Wood.
Silêncio
3.8 576Tão bom quanto a versão japonesa de 1971.
Menina de Ouro
4.2 1,8K Assista AgoraUm filme sem um cena ou diálogo além do necessário. Seguramente um dos melhores do século XXI.
Mas não Livrai-nos do Mal
3.8 66Filme começa com boa atmosfera mas as traquinagens das garotas ficam repetitivas. Felizmente o desfecho é satisfatório.
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraTal como vários outros realizadores, Cuarón evoca memórias da infância/adolescência para compor uma narrativa fortemente nostálgica. Ajudam nisso uma meticulosa recriação de época e muitas canções do período. É possível identificar claramente cenas que fazem referência a seus trabalhos anteriores como "Gravidade", "Filhos da Esperança" e "E Sua Mãe Também". Do mesmo modo há momentos que remetem à obras de outros cineastas: difícil não pensar em "Titanic" ao ver duas personagens saírem de uma festa dos patrões ricos para a dos empregados pobres; também um túnel lotado de carros me fez lembrar a cena de abertura de "Fellini 8 1/2".
Mas, mesmo com a ótima atuação de Yalitza Aparicio, não dá pra negar que sua personagem não têm realmente um arco dramático. Ela é abnegada demais, não só aos patrões mas a praticamente todos os que cruzam em sua vida.
No fim, sua "ascensão" não passa de subir escadas de uma lavanderia para lavar roupas como faz todos os dias.
Mortos de Fome
3.4 99Partindo de uma premissa totalmente absurda a diretora Antonia Bird constrói uma conto sanguinolento cheio de reviravoltas. Atenção à trilha sonora inquietante de Damon Albarn e Michal Nyman, colaborador habitual de Peter Greenaway.
O Testamento do Dr. Cordelier
3.5 4Produção para TV que parece uma homenagem aos filmes B de ficção científica, tano na fotografia quanto no ritmo. Barrault tem uma ótima composição: passei o filme todo achando que outro ator é que tinha feito o Sr. Opale!
O Preço da Traição
3.0 17 Assista AgoraO excesso de personagens acaba atrapalhando o desempenho do elenco, já que a maioria dos atores e atrizes fica com pouco tempo de tela. Mesmo assim é um bom neo-noir ancorado na presença durona de Nick Nolte e na excelente recriação de época.
A Vida de Mozart
3.7 4Mesmo não tendo a densidade dramática e visual do filme Amadeus, de Milos Forman, esta produção tcheco-austríaca lançada na comemoração dos 200 anos da morte do grande compositor consegue ser fiel aos fatos sem sacrificar a dramaticidade. É curioso que tenha sido dirigida por Juraj Herz, mais lembrado por filmes de terror e fantasia.
O Estrangeiro
3.8 49Adaptação muito fiel ao romance filosófico de Albert Camus, com ótima direção de arte (como o apartamento deteriorado de Mersault) e atenção aos detalhes
(como o bronzeado do protagonista que vai sumindo com o passar do tempo na prisão)
Marcello Mastroianni consegue passar a indiferença do protagonista, em contraponto à alegria quase constante de Marie (Anna Karina).
Os Raptores em Ação
4.0 5Uma história policial que levanta vários questionamentos sobre lei e justiça. A trama começa com bom ritmo mas em certo momento fica lenta demais, como se os personagens andassem em círculos. Mas o desfecho é muito bom.
Donzela
3.1 286 Assista AgoraUma fantasia que diverte apesar da previsibilidade e algumas facilitações (como lagartas azuis que curam ferimentos graves). O diretor Juan Carlos Fresnadillo faz o máximo para driblar as limitações do roteiro. Assim temos uma fotografia que passa da secura na terra natal de Elodie para as cores quentes no reino de Aurea que remete aos contos de fada tradicionais, em oposição ao escuro e claustrofóbico da caverna posteriormente.
Também é interessante como o diretor antecipa a chegada do dragão com uma revoada de pássaros em chamas.
Por fim é divertido ver Millie Bobbie Brown virar uma mini-Ellen Ripley no terceiro ato. Segura uma Sessão da Tarde de boa.
A Lâmpada Azul
3.1 2Um filme que antecipa uma abordagem mais realista e complexa da polícia, antecipando obras como Os Novos Centuriões (1972), Serpico (1973) e Fogo Contra Fogo (1995). Assim, temos um policial que gosta de astronomia e outro que compõe poesia e outros que participam de um coral. Essa complexidade também é aplicada aos criminosos que, mesmo violentos não são unidimensionais.
O Vagabundo da Cidade
3.6 8Vale mais como curiosidade histórica por ser o primeiro trabalho de Fassbinder.