Esse filme é um exemplo do desespero que tomava conta dos estúdios de cinema com a cada vez maior popularização da televisão. Para atrair o público de volta às salas começaram as produções em 3-D e também o cinemascope. Esta aventura em clima de filme noir já começa in media res, algo pouco comum na época e mantêm o interesse até o final.
Não só os atores são péssimos, os personagens também são terrivelmente antipáticos. A montagem é caótica e as cenas de luta muito mal coreografadas. Dá a impressão de estar assistindo um filme pornô sem as cenas de putaria.
Uma das maiores aberrações que o subgênero Slasher deu ao mundo. Mas diverte pelas atuações pífias (que ficam piores por causa da péssima dublagem), pela direção incompetente (o diretor James Bryan comandaria filmes pornôs alguns anos depois), pelo roteiro inexistente (muitos personagens entram na história para morrer poucos minutos depois, alguns sem dizer nada) ou pela trilha sonora... bem, só vendo (e ouvindo) pra crer.
Após o fraquíssimo Jogo Sujo, Hitchcock voltou às origens do cinema mudo, usando diálogos em apenas 1/4 da duração de Ricos e Estranhos. Também se sentiu mais livre para ousadias visuais, como o plano de abertura, um travelling de 360° que acompanha a saída dos funcionários de uma companhia. Com muitos momentos divertidos o filme só perde força pelo moralismo de seu desfecho:
Entre outros problemas dessa adaptação temos algumas atitudes dos personagens, como o casamento apressadíssimo do casal título ou a decisão de Capuleto de obrigar a filha a um casamento arranjado, que podiam fazer sentido na época de Shakespeare mas são anacrônicas demais para os anos 90.
Um teatro filmado que mostra um Hitchcock ainda pouco à vontade com o cinema sonoro. Somente a cena do leilão consegue quebrar um pouco a teatralidade da produção. O design de produção também é interessante ao contrapor o visual gótico da mansão dos Hillchrist com o moderno da residência dos Hornblower.
Após apenas 32 minutos já temos a colisão com o iceberg.
Infelizmente isso acaba enfraquecendo o desenvolvimento dos personagens, que são muitos. Para compensar temos um detalhada recriação do verdadeiro navio e cenas convincentes de inundação.
Aqui Hitchcock não faz uso de muitos enquadramentos inusitados como seus filmes anteriores mas mesmo assim entrega um melodrama de ótima qualidade. Lançado pela ClassicLine com o título "Entre a Lei e o Coração".
Um casal de fazendeiros encontra uma gosma branca saindo do chão e o que faz? Dá para as galinhas comerem, é claro! Triste ver a talentosa atriz e diretora Ida Lupino em fim de carreira em uma produção dessas. Marjoe Gortner tenta emplacar como herói enquanto Pamela Franklin (a garotinha do clássico Os Inocentes) está totalmente inexpressiva. Já o veterano Ralph Meeker está apenas irritante como uma caricatura do empresário ganancioso. Os efeitos visuais são uma atração à parte, desde as vespas (que mais parecem sombras) até uma das inundações mais risíveis da história do cinema. Um divertido trash raiz dirigido pelo recentemente falecido Bert I. Gordon.
Era o filme que Alfredão menos gostava mas penso que ele fez outros piores, como A Mulher do Fazendeiro e A Estalagem Maldita. Mais uma vez ele demonstra um imenso talento com a câmera subjetiva (como ao enfocar o fundo de um taça). O roteiro é uma Cinderela às Avessas versão anos 20, com muitos momentos de humor.
Mantendo o mesmo ritmo da primeira parte e uma grande atenção aos detalhes (como a longa cena da coroação de Carlos VII) esta conclusão se destaca pelo terço final, que explora toda a dramaticidade da situação da heroína.
Um dos retratos mais detalhistas e humanos da Heroína da França. Uma excelente recriação de época, fotografia e figurinos realistas. Dá pra se sentir em uma viagem no tempo. Se você espera batalhas catárticas como as de Hollywood talvez fique decepcionado. Os embates aqui são feios e sem glamour. Sandrine Bonnaire, embora já com 27 anos, está perfeita, conseguindo expressar fé, coragem, dor e até arrogância em sua caracterização de Joana D'Arc.
Típico filme do 3º Reich onde a história serve de pano de fundo para a propaganda ideológica do regime. Aqui os nobres franceses e ingleses são retratados da pior maneira, sempre gananciosos, oportunistas, cruéis e indiferentes ao sofrimento do povo. Já Joana, que deveria ser a protagonista aparece em menos da metade da duração do filme. Um dos poucos pontos positivos é a atuação da bela Angela Salloker, que consegue transmitir fragilidade à personagem, como sua reação ao saber que será executada.
Além da história romanceada de Joana D'Arc, o filme também tem o prólogo e o epilogo durante a Primeira Guerra Mundial. Como os ingleses eram aliados dos franceses na guerra, o roteiro procurou atenuar a vilania deles na história de Joana. Inventaram até um interesse romântico dela por um oficial inglês (!) A cena da batalha das Torres é bem encenada mas a atriz Geraldine Farrar (uma famosa cantora de ópera da época) não convence como Joana. Aos 34 anos ela era visivelmente velha para interpretar a protagonista adolescente.
Um filme que equilibra humor e dor de forma magnifica, apoiada em seu talentoso elenco. Barry Keoghan tem chances de ser um grande nome do cinema nos próximos anos. Seu desempenho aqui me lembrou o de Leonardo Di Caprio em Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador (1993).
Uma homenagem de despedida à Henry Fonda, em seu último western. O diretor Tonino Valerii emula com perfeição os filmes de Sergio Leone, algo reforçado pela divertida trilha sonora de Ennio Morricone (que satirizou várias de suas próprias composições). Fonda e Hill conseguem uma ótima química juntos.
quando a grávida se joga duas vezes (!) do teto do hospital e pouco tempo depois está quase totalmente saudável e seu bebê também. Além disso por que lutar contra a reencarnação se, no universo do filme, ela era inevitável?
Primeiramente, na década de 80 era permitido à menores de idade participar de cenas eróticas simuladas desde que autorizados pelos pais (e certamente um dos pais estava presente durante as filmagens). É verdade que o diretor Alberto Salvá conduz a trama (co-escrita por ele e Elisa Tolomelli) com distanciamento emocional, deixando para o espectador fazer seus julgamentos morais. Mas ele também jamais dirige de forma sensacionalista, buscando explorar um tema polêmico. Sim, o protagonista devia se questionar mais sobre seus atos mas o filme deixa claro que seus sentimentos eram verdadeiros, embora problemáticos. Na época do lançamento não parece ter suscitado muita polêmica, já que foi premiado no Festival de Gramado com os Kikitos de melhor ator e atriz, ambos merecidos pelo ótimo trabalho de Reginaldo Faria e Flávia Monteiro. Ela merece destaque pois sua personagem jamais se torna uma "mini-adulta", alguém mais madura do que seria esperado na sua idade. Muitas de suas atitudes ainda são de criança, o que torna o contexto ainda mais incômodo.
Um argumento comum nos faroestes, uma comunidade que contrata um pistoleiro de passado duvidoso para se livrar de criminosos que querem controlar tudo no local. Mas nesse caso o "pacificador" se mostra cada vez mais truculento, podendo ser tão perigoso quanto os bandidos que enfrenta. A direção de arte recria com realismo a cidadezinha e a fotografia em preto e branco dá um clima noir à narrativa. Uma pérola do gênero que merece ser redescoberta.
O melhor desempenho da carreira de Will Smith, que não se intimida em mostrar Ali como um jovem tão talentoso quanto arrogante, não temendo criar uma persona até mesmo antipática para o personagem-título. Entre os muitos coadjuvantes merecem atenção Mario van Peebles (que recria um Malcolm X que faz jus ao de Denzel Washington no filme de 1992), Jamie Foxx, Jon Voight (irreconhecível sob pesadíssima maquiagem), Giancarlo Esposito e Nona Gaye. Os demais tem pouco tempo de roteiro para brilhar.
Uma interessante produção nacional com a maioria do elenco e equipe técnica de mulheres. Tereza Trautman conduz a narrativa com segurança, incluindo um plano-sequência de mais de três minutos. Também consegue interpretações naturalistas de todo o elenco. Já como roteirista o resultado não é tão bom, já que a cada cinco minutos entra um personagem novo em cena (!) Assim as subtramas nunca são desenvolvidas com profundidade.
a de que basta instinto e a experiência profissional para tornar um policial infalível.
Sterling Hayden se sai bem como o policial truculento, assim como Gloria Grahame como uma mulher sensual. Já o canastrão Gene Barry faz um trabalho razoável (e muito melhor do que em Guerra dos Mundos). Mas imagino se o papel tivesse ido para um ator talentoso como, por exemplo Richard Widimark ou Kirk Douglas.
Tubarão com telepatia. Só assim para explicar como peixão descobriu que a família Brody tinha viajado para as Bahamas. Michael Caine recebeu o Oscar de melhor ator coadjuvante enquanto filmava essa bomba. As cenas de ataque são tão mal editadas que não dá pra entender nada. E o que dizer do final, com o tubarão rugindo (com o rugido tirado de um desenho de Tom & Jerry)? Pra não dizer que nada presta, pelo menos a fotografia é bonita, ao contrária do pavoroso 3-D do filme anterior. Triste fim para uma série que começou com um clássico instantâneo.
Detalhe trágico: um ano depois a meininha Judith Barsi foi assassinada, junto com a mãe, pelo pai, que em seguida se suicidou.
Rastros do Inferno
3.7 3Esse filme é um exemplo do desespero que tomava conta dos estúdios de cinema com a cada vez maior popularização da televisão. Para atrair o público de volta às salas começaram as produções em 3-D e também o cinemascope.
Esta aventura em clima de filme noir já começa in media res, algo pouco comum na época e mantêm o interesse até o final.
Killer Workout
2.1 14 Assista AgoraNão só os atores são péssimos, os personagens também são terrivelmente antipáticos. A montagem é caótica e as cenas de luta muito mal coreografadas. Dá a impressão de estar assistindo um filme pornô sem as cenas de putaria.
Perigo na Floresta
2.0 22Uma das maiores aberrações que o subgênero Slasher deu ao mundo. Mas diverte pelas atuações pífias (que ficam piores por causa da péssima dublagem), pela direção incompetente (o diretor James Bryan comandaria filmes pornôs alguns anos depois), pelo roteiro inexistente (muitos personagens entram na história para morrer poucos minutos depois, alguns sem dizer nada) ou pela trilha sonora... bem, só vendo (e ouvindo) pra crer.
O Ringue
3.5 31Filme que marca a estreia como roteirista de Alma Reville, ninguém menos que a esposa de Hitchcock e sua colaboradora por toda a carreira.
Ricos e Estranhos
2.9 19Após o fraquíssimo Jogo Sujo, Hitchcock voltou às origens do cinema mudo, usando diálogos em apenas 1/4 da duração de Ricos e Estranhos. Também se sentiu mais livre para ousadias visuais, como o plano de abertura, um travelling de 360° que acompanha a saída dos funcionários de uma companhia. Com muitos momentos divertidos o filme só perde força pelo moralismo de seu desfecho:
difícil aceitar que Emily preferiria voltar para seu marido grosseirão em vez do gentil comandante Gordon.
Romeu + Julieta
3.4 683 Assista AgoraEntre outros problemas dessa adaptação temos algumas atitudes dos personagens, como o casamento apressadíssimo do casal título ou a decisão de Capuleto de obrigar a filha a um casamento arranjado, que podiam fazer sentido na época de Shakespeare mas são anacrônicas demais para os anos 90.
Jogo Sujo
3.2 12 Assista AgoraUm teatro filmado que mostra um Hitchcock ainda pouco à vontade com o cinema sonoro. Somente a cena do leilão consegue quebrar um pouco a teatralidade da produção. O design de produção também é interessante ao contrapor o visual gótico da mansão dos Hillchrist com o moderno da residência dos Hornblower.
Somente Deus Por Testemunha
4.0 52Essa é a única dramatização da história do Titanic onde a maior parte da metragem é com o desastre em si e não com a viagem.
Após apenas 32 minutos já temos a colisão com o iceberg.
O Ilhéu
3.5 23Aqui Hitchcock não faz uso de muitos enquadramentos inusitados como seus filmes anteriores mas mesmo assim entrega um melodrama de ótima qualidade.
Lançado pela ClassicLine com o título "Entre a Lei e o Coração".
A Fúria das Feras Atômicas
2.8 18 Assista AgoraUm casal de fazendeiros encontra uma gosma branca saindo do chão e o que faz? Dá para as galinhas comerem, é claro! Triste ver a talentosa atriz e diretora Ida Lupino em fim de carreira em uma produção dessas. Marjoe Gortner tenta emplacar como herói enquanto Pamela Franklin (a garotinha do clássico Os Inocentes) está totalmente inexpressiva. Já o veterano Ralph Meeker está apenas irritante como uma caricatura do empresário ganancioso.
Os efeitos visuais são uma atração à parte, desde as vespas (que mais parecem sombras) até uma das inundações mais risíveis da história do cinema.
Um divertido trash raiz dirigido pelo recentemente falecido Bert I. Gordon.
Champagne
2.9 20Era o filme que Alfredão menos gostava mas penso que ele fez outros piores, como A Mulher do Fazendeiro e A Estalagem Maldita. Mais uma vez ele demonstra um imenso talento com a câmera subjetiva (como ao enfocar o fundo de um taça).
O roteiro é uma Cinderela às Avessas versão anos 20, com muitos momentos de humor.
Joana a Virgem II – As prisões
4.1 2Mantendo o mesmo ritmo da primeira parte e uma grande atenção aos detalhes (como a longa cena da coroação de Carlos VII) esta conclusão se destaca pelo terço final, que explora toda a dramaticidade da situação da heroína.
Joana a Virgem I – As Batalhas
3.9 3Um dos retratos mais detalhistas e humanos da Heroína da França. Uma excelente recriação de época, fotografia e figurinos realistas. Dá pra se sentir em uma viagem no tempo. Se você espera batalhas catárticas como as de Hollywood talvez fique decepcionado. Os embates aqui são feios e sem glamour.
Sandrine Bonnaire, embora já com 27 anos, está perfeita, conseguindo expressar fé, coragem, dor e até arrogância em sua caracterização de Joana D'Arc.
Santa Joana D'Arc
3.2 1Típico filme do 3º Reich onde a história serve de pano de fundo para a propaganda ideológica do regime. Aqui os nobres franceses e ingleses são retratados da pior maneira, sempre gananciosos, oportunistas, cruéis e indiferentes ao sofrimento do povo. Já Joana, que deveria ser a protagonista aparece em menos da metade da duração do filme.
Um dos poucos pontos positivos é a atuação da bela Angela Salloker, que consegue transmitir fragilidade à personagem, como sua reação ao saber que será executada.
Joana D'Arc - A Donzela de Orleans
3.5 1Além da história romanceada de Joana D'Arc, o filme também tem o prólogo e o epilogo durante a Primeira Guerra Mundial. Como os ingleses eram aliados dos franceses na guerra, o roteiro procurou atenuar a vilania deles na história de Joana. Inventaram até um interesse romântico dela por um oficial inglês (!)
A cena da batalha das Torres é bem encenada mas a atriz Geraldine Farrar (uma famosa cantora de ópera da época) não convence como Joana. Aos 34 anos ela era visivelmente velha para interpretar a protagonista adolescente.
Os Banshees de Inisherin
3.9 572 Assista AgoraUm filme que equilibra humor e dor de forma magnifica, apoiada em seu talentoso elenco.
Barry Keoghan tem chances de ser um grande nome do cinema nos próximos anos. Seu desempenho aqui me lembrou o de Leonardo Di Caprio em Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador (1993).
Meu Nome é Ninguém
3.9 81 Assista AgoraUma homenagem de despedida à Henry Fonda, em seu último western. O diretor Tonino Valerii emula com perfeição os filmes de Sergio Leone, algo reforçado pela divertida trilha sonora de Ennio Morricone (que satirizou várias de suas próprias composições).
Fonda e Hill conseguem uma ótima química juntos.
Visões
2.6 60Assim como no anterior The Eye, os diretores constroem bem o clima aterrorizante. Mas fica difícil levar à sério
quando a grávida se joga duas vezes (!) do teto do hospital e pouco tempo depois está quase totalmente saudável e seu bebê também. Além disso por que lutar contra a reencarnação se, no universo do filme, ela era inevitável?
A Menina do Lado
2.6 51Primeiramente, na década de 80 era permitido à menores de idade participar de cenas eróticas simuladas desde que autorizados pelos pais (e certamente um dos pais estava presente durante as filmagens). É verdade que o diretor Alberto Salvá conduz a trama (co-escrita por ele e Elisa Tolomelli) com distanciamento emocional, deixando para o espectador fazer seus julgamentos morais. Mas ele também jamais dirige de forma sensacionalista, buscando explorar um tema polêmico. Sim, o protagonista devia se questionar mais sobre seus atos mas o filme deixa claro que seus sentimentos eram verdadeiros, embora problemáticos.
Na época do lançamento não parece ter suscitado muita polêmica, já que foi premiado no Festival de Gramado com os Kikitos de melhor ator e atriz, ambos merecidos pelo ótimo trabalho de Reginaldo Faria e Flávia Monteiro. Ela merece destaque pois sua personagem jamais se torna uma "mini-adulta", alguém mais madura do que seria esperado na sua idade. Muitas de suas atitudes ainda são de criança, o que torna o contexto ainda mais incômodo.
Armado Até os Dentes
3.8 7Um argumento comum nos faroestes, uma comunidade que contrata um pistoleiro de passado duvidoso para se livrar de criminosos que querem controlar tudo no local. Mas nesse caso o "pacificador" se mostra cada vez mais truculento, podendo ser tão perigoso quanto os bandidos que enfrenta. A direção de arte recria com realismo a cidadezinha e a fotografia em preto e branco dá um clima noir à narrativa. Uma pérola do gênero que merece ser redescoberta.
Ali
3.6 173 Assista AgoraO melhor desempenho da carreira de Will Smith, que não se intimida em mostrar Ali como um jovem tão talentoso quanto arrogante, não temendo criar uma persona até mesmo antipática para o personagem-título. Entre os muitos coadjuvantes merecem atenção Mario van Peebles (que recria um Malcolm X que faz jus ao de Denzel Washington no filme de 1992), Jamie Foxx, Jon Voight (irreconhecível sob pesadíssima maquiagem), Giancarlo Esposito e Nona Gaye. Os demais tem pouco tempo de roteiro para brilhar.
Sonhos de Menina Moça
3.1 2Uma interessante produção nacional com a maioria do elenco e equipe técnica de mulheres. Tereza Trautman conduz a narrativa com segurança, incluindo um plano-sequência de mais de três minutos. Também consegue interpretações naturalistas de todo o elenco.
Já como roteirista o resultado não é tão bom, já que a cada cinco minutos entra um personagem novo em cena (!) Assim as subtramas nunca são desenvolvidas com profundidade.
Fúria Assassina
3.6 5O filme começa com uma crítica à violência policial mas termina com uma mensagem questionável:
a de que basta instinto e a experiência profissional para tornar um policial infalível.
Sterling Hayden se sai bem como o policial truculento, assim como Gloria Grahame como uma mulher sensual. Já o canastrão Gene Barry faz um trabalho razoável (e muito melhor do que em Guerra dos Mundos). Mas imagino se o papel tivesse ido para um ator talentoso como, por exemplo Richard Widimark ou Kirk Douglas.
Tubarão 4: A Vingança
2.1 133 Assista AgoraTubarão com telepatia. Só assim para explicar como peixão descobriu que a família Brody tinha viajado para as Bahamas. Michael Caine recebeu o Oscar de melhor ator coadjuvante enquanto filmava essa bomba. As cenas de ataque são tão mal editadas que não dá pra entender nada. E o que dizer do final, com o tubarão rugindo (com o rugido tirado de um desenho de Tom & Jerry)?
Pra não dizer que nada presta, pelo menos a fotografia é bonita, ao contrária do pavoroso 3-D do filme anterior. Triste fim para uma série que começou com um clássico instantâneo.
Detalhe trágico: um ano depois a meininha Judith Barsi foi assassinada, junto com a mãe, pelo pai, que em seguida se suicidou.