Não fosse a tosquisse poderia até ser considerado uma versão enxuta do clássico de William Friedkin: a mãe da menina possuída não trabalha e o investigar policial tem bem menos tempo em cena. Talvez por seguir à risca o roteiro original, o diretor consiga uma narrativa coesa do inicio ao fim. Mas isso não salva o filme de se tornar uma comédia involuntária principalmente nas cenas de possessão (o clímax é hilariante). Vale uma espiada para conferir a cara de pau dos realizadores turcos da época.
Até a metade dos anos 90 Abel Ferrara firmou sua carreira no cinema com filmes policiais interessantes como "O Rei de Nova York", "Vício Frenético" e "Os Chefões". Mas em seguida embarcou em projetos pretensiosos como "O Vício" e este "Enigma do Poder" que mais despertam sono do que interesse. Na segunda metade o roteiro (que não tem quase nada de ficção científica) vira uma sucessão interminável de flashbacks que nada acrescentam à narrativa. Christopher Walken e Willem Dafoe (também produtores do filme) aparecem no piloto automático, apáticos, enquanto o diretor Ferrara parece mais interessado em explorar a beleza do corpo de Asia Argento. Se fosse um curta-metragem "Enigma do Poder" poderia ser uma boa opção para se assistir após ver "Johnny Mnemonic" (1995) outra adaptação de William Gibson que, embora medíocre, pelo menos é divertida.
Uma das mais fracas adaptações de Philip K. Dick para o cinema, onde o roteiro se vale de (muitas) reviravoltas para prender a atenção do espectador. Mas só algumas dessas reviravoltas são realmente surpreendentes, a maioria só serve para esticar a história. O design de produção investe num tom de "tecno-retrô" que lembra o da primeira trilogia Guerra nas Estrelas. Já os efeitos digitais envelheceram muito mal.
Uma grata surpresa este telefilme da HBO baseado em evento real (há outra versão de 1978 que não vi). O roteiro trata com sensibilidade e ótimos diálogos temas como intercâmbio cultural, a inevitável aculturação do grupo dominado e a perda da identidade, sem deixar de lado a brutalidade com que foram tratados os nativos americanos. Ótimas e contidas atuações de Jon Voight (apesar de já velho para o papel), Graham Greene e David Ogden Stiers. Anne Archer tem menos tempo de tela mas também consegue uma boa atuação. Curiosidade 1: Apesar do título, Ishi não foi o ultimo de sua tribo. Posteriormente se descobriu outros indivíduos do povo Yana que até hoje vivem na Califórnia, Os restos mortais de Ishi lhes foram entregues em 2000. Curiosidade 2: O antropólogo Alfred Kroeber era pai de Ursula K. Le Guin, uma das mais famosas escritoras de ficção científica do século XX.
O roteiro trata da questão do uso de processos médicos para mudança de comportamentos indesejados, algo também explorado em filmes como "Os Dois Mundos de Charlie" e "Laranja Mecânica". A primeira metade do filme, que trata da cirurgia é bem interessante pois trata o assunto com rigor e realismo típicos das obras de Michael Crichton. Mas a segunda metade
vira apenas um filme de assassino em série, embora o diretor Mike Hodges consiga criar um bom suspense (inclusive com uma cena que antecipa "O Iluminado"). Além disso o protagonista é descrito como um especialista em computadores extremamente inteligente mas essa característica praticamente não é explorada pelo roteiro. Ele poderia ter qualquer outra profissão sem que isso provocasse qualquer alteração no desenrolar da história. Pra completar o filme tem um desfecho bem insatisfatório.
Divertida distopia exploitation que já começa com o matte paiting mais tosco da história do cinema. David Carradine tentava se desvencilhar da série "Kung Fu", enquanto Stallone ainda buscava a fama no cinema.
Para quem leu a HQ, essa adaptação é embaraçosa. Não há quase nada da complexidade dos personagens reunidos por Alan Moore e Kevin O'Neill. Para quem não leu, resta um filme burocrático e esquecível, com fracos efeitos visuais e uma montagem histérica nas cenas de ação (parece que o diretor Stephen Norrington e seu montador Paul Rubell não conseguem criar um plano que dure mais de um segundo). Pena que Sean Connery tenha encerrado sua carreira no cinema com uma bomba como essa.
A série se encerra com uma temporada bem satisfatória, embora não tão brilhante quanto as 3ª, 4ª, 5ª e 6ª. Algumas subtramas são mal desenvolvidas, como o romance entre Troi e Worf. Outras são difíceis de aceitar
Toda a concepção de uma distopia capitalista (onde comerciais são snuff films) é bem desenvolvida. Mas o romance dos protagonistas que ocupa a maior parte do filme é bem desinteressante
assim como o final agridoce (imposto pelo produtor Carlo Ponti) que não combina com o tom pessimista do filme (basta comparar com Dr. Fantástico, por exemplo).
O "roteiro" desse filme é praticamente uma cópia do de "Criaturas" (Curse of Komodo), de 2004, também dirigido por Jim Wynorski e igualmente um lixo. Os efeitos visuais seriam constrangedores até para a novela Os Mutantes, da Record. Vale pelo embaraço de ver atores famosos de séries de ficção científica como Michael Dorn, Robert Picardo, George Takei e Bill Mummy pagando mico nessa baixaria.
Embora haja várias citações à vampiros, trata-se de um filme sobre bruxaria. Há diversos problemas de roteiro: além de demorar bastante para a estória começar, isto é, se focar na condessa Bathory, há também a personagem de Ewa Aulin, que tem destaque no primeiro ato mas some do filme no segundo ato, só retornando no final. E para a surpresa de ninguém, recebeu no Brasil um título bem estapafúrdio. A versão lançada pela Versátil na caixa "Vampiros no Cinema vol. 5" é a original espanhola com cenas censuradas. Felizmente nos extras é possível ver as cenas (com nudez) que foram cortadas.
Sam Mendes, auxiliado pelo excelente diretor de fotografia Roger Deakins e pelo magnifico design de produção de Dennis Gassner tenta imergir o expectador no pesadelo da I Guerra Mundial. Mas algumas decisões acabam atrapalhando o clima realista do filme, em especial duas cenas mais apropriadas para filmes hollywoodianos de ação:
quando há uma explosão em um bunker e os dois heróis não sofrem grandes ferimentos (!), e outra quando o protagonista sobrevivente cai em um rio e em seguida despenca de uma alta cachoeira, também sem grandes danos.
1917 é um filme que consegue entreter mas está longe da complexidade de similares como Nada de Novo no Front (versões de 1930 e 2022) e Glória Feita de Sangue (1957), este que é até hoje o paradigma dos filmes da I Guerra Mundial.
Continuação totalmente desnecessária do ótimo "O Morcego", lançado um ano antes. Aqui o roteiro tenta investir mais no humor, que raramente funciona. A direção de arte troca o gótico da fazenda do filme anterior por ambientes urbanos, o que enfraquece a atmosfera do filme.
O diretor Fernando Mendez consegue recriar a atmosfera gótica dos filmes clássicos de terror, com casas enevoadas e cheias de teias de aranhas, adicionados à religiosidade dos mexicanos, além de manter um bom ritmo do inicio ao fim. O que não dá pra deixar passar são os ridículos morcegos pendurados em fios. De resto funciona muito bem. Pena que os brasileiros da época não tenham investido em filmes de gênero como fizeram os mexicanos.
O filme é uma brincadeira entre amigos, sem qualquer pretensão dramática. Vale como curiosidade de ver o registro de várias personalidades da década de 1920 (algumas delas ingerindo bebidas alcoólicas, o que era proibido pela Lei Seca) e pelas imagens de Nova York em 1926. Destaque para Chaplin recriando a famosa cena da dança dos pãenzinhos, de "Em Busca do Ouro".
O primeiro ato do filme é bem eficiente, apresentando os personagens e o cenário lamacento do Oregon, em um belo trabalho da direção de arte e locações, realçado pela magnifica fotografia em Tecnicolor. Mas o segundo ato é prolixo, com muitos personagens em pouco tempo de filme, que acabam mal desenvolvidos, em especial o triângulo amoroso entre Logan, Lucy e Caroline, além do vilão vivido por Ward Bond.
A despedida de Chaplin do cinema resultou em um filme apenas mediano, sem o brilhantismo que ele sempre exibiu em suas obras. O humor quase não funciona já que roteiro é praticamente de uma piada só, com os personagens se assustando com alguém que toca a campainha. Ou uma cena de enjoo coletivo que parece deslocada. Mesmo assim é impossível não elogiar a excelente direção de arte, os figurinos e Sophia Loren no auge da beleza.
Como já comentaram abaixo esse filme é "Um Drink no Inferno" com múmias em vez de vampiros. Só que o roteirista Thadd Turner (que também faz o ajudante bigodudo do sheriff) está anos-luz do talento de Quentin Tarantino. Basta dizer que ele não consegue criar um só personagem minimamente interessante. Já o diretor Nick Quested (que antes só havia dirigido videoclipes) demonstra nada saber de cinema
(em uma cena, dois personagens fogem de moto à noite através da pequena cidade onde se passa a ação, e quando o dia amanhece eles ainda estão dentro da cidade!)
No elenco temos Danny Trejo e Billy Drago, com risadas maléficas de vilão de desenho animado, enquanto o resto do elenco é mergulhado na apatia
Não funciona nem como terror nem como comédia. O roteiro é pura enrolação, o elenco é nível Os Mutantes, da Record e nem as (poucas) cenas de sanguinolência valem a hora e meia perdida.
O visual dos personagens tenta emular as produções da Disney e da DreamWorks dos anos 90, como Alladin, Pocahontas, Mulan e O Príncipe do Egito. Por isso há os vilões caricatos (que sempre vestem roupas escuras) e os animais engraçadinhos. O roteiro tem algumas cenas em comum com o clássico de 1961 de Anthony Mann e altera vários outros eventos. A animação nem sempre convence mas é um razoável programa para as crianças.
Filme de estreia de Gerd Oswald (que dez anos depois dirigiria o melhor episódio de Jornada nas Estrelas, A Consciência do Rei) que consegue alguns bons momentos, como a do topo da Prefeitura, quando a tensão é aumentada por vários minutos. Mas o filme tem alguns empecilhos, principalmente a performance de Robert Wagner que, apesar de esforçado, jamais se torna um vilão realmente memorável. A forma como a verdade é descoberta também é "fácil" demais para os investigadores, o que acaba sendo anticlimático.
Seytan
2.5 11Lançado apenas 1 ano após o original essa refilmagem turca de "O Exorcista" já demonstra sua pindaíba na cena inicial, a da escavação arqueológica
onde vemos apenas esqueletos jogados na areia.
Não fosse a tosquisse poderia até ser considerado uma versão enxuta do clássico de William Friedkin: a mãe da menina possuída não trabalha e o investigar policial tem bem menos tempo em cena. Talvez por seguir à risca o roteiro original, o diretor consiga uma narrativa coesa do inicio ao fim. Mas isso não salva o filme de se tornar uma comédia involuntária principalmente nas cenas de possessão (o clímax é hilariante). Vale uma espiada para conferir a cara de pau dos realizadores turcos da época.
Enigma do Poder
3.5 39Até a metade dos anos 90 Abel Ferrara firmou sua carreira no cinema com filmes policiais interessantes como "O Rei de Nova York", "Vício Frenético" e "Os Chefões". Mas em seguida embarcou em projetos pretensiosos como "O Vício" e este "Enigma do Poder" que mais despertam sono do que interesse. Na segunda metade o roteiro (que não tem quase nada de ficção científica) vira uma sucessão interminável de flashbacks que nada acrescentam à narrativa.
Christopher Walken e Willem Dafoe (também produtores do filme) aparecem no piloto automático, apáticos, enquanto o diretor Ferrara parece mais interessado em explorar a beleza do corpo de Asia Argento.
Se fosse um curta-metragem "Enigma do Poder" poderia ser uma boa opção para se assistir após ver "Johnny Mnemonic" (1995) outra adaptação de William Gibson que, embora medíocre, pelo menos é divertida.
Assassinos Cibernéticos
2.9 31Uma das mais fracas adaptações de Philip K. Dick para o cinema, onde o roteiro se vale de (muitas) reviravoltas para prender a atenção do espectador. Mas só algumas dessas reviravoltas são realmente surpreendentes, a maioria só serve para esticar a história. O design de produção investe num tom de "tecno-retrô" que lembra o da primeira trilogia Guerra nas Estrelas. Já os efeitos digitais envelheceram muito mal.
O último Selvagem
3.5 9 Assista AgoraUma grata surpresa este telefilme da HBO baseado em evento real (há outra versão de 1978 que não vi). O roteiro trata com sensibilidade e ótimos diálogos temas como intercâmbio cultural, a inevitável aculturação do grupo dominado e a perda da identidade, sem deixar de lado a brutalidade com que foram tratados os nativos americanos. Ótimas e contidas atuações de Jon Voight (apesar de já velho para o papel), Graham Greene e David Ogden Stiers. Anne Archer tem menos tempo de tela mas também consegue uma boa atuação.
Curiosidade 1: Apesar do título, Ishi não foi o ultimo de sua tribo. Posteriormente se descobriu outros indivíduos do povo Yana que até hoje vivem na Califórnia, Os restos mortais de Ishi lhes foram entregues em 2000.
Curiosidade 2: O antropólogo Alfred Kroeber era pai de Ursula K. Le Guin, uma das mais famosas escritoras de ficção científica do século XX.
O Homem Terminal
2.9 11O roteiro trata da questão do uso de processos médicos para mudança de comportamentos indesejados, algo também explorado em filmes como "Os Dois Mundos de Charlie" e "Laranja Mecânica". A primeira metade do filme, que trata da cirurgia é bem interessante pois trata o assunto com rigor e realismo típicos das obras de Michael Crichton. Mas a segunda metade
vira apenas um filme de assassino em série, embora o diretor Mike Hodges consiga criar um bom suspense (inclusive com uma cena que antecipa "O Iluminado"). Além disso o protagonista é descrito como um especialista em computadores extremamente inteligente mas essa característica praticamente não é explorada pelo roteiro. Ele poderia ter qualquer outra profissão sem que isso provocasse qualquer alteração no desenrolar da história. Pra completar o filme tem um desfecho bem insatisfatório.
Corrida da Morte: Ano 2000
3.3 57 Assista AgoraDivertida distopia exploitation que já começa com o matte paiting mais tosco da história do cinema. David Carradine tentava se desvencilhar da série "Kung Fu", enquanto Stallone ainda buscava a fama no cinema.
A Liga Extraordinária
3.1 695 Assista AgoraPara quem leu a HQ, essa adaptação é embaraçosa. Não há quase nada da complexidade dos personagens reunidos por Alan Moore e Kevin O'Neill. Para quem não leu, resta um filme burocrático e esquecível, com fracos efeitos visuais e uma montagem histérica nas cenas de ação (parece que o diretor Stephen Norrington e seu montador Paul Rubell não conseguem criar um plano que dure mais de um segundo).
Pena que Sean Connery tenha encerrado sua carreira no cinema com uma bomba como essa.
Jornada nas Estrelas: A Nova Geração (7ª Temporada)
4.3 18 Assista AgoraA série se encerra com uma temporada bem satisfatória, embora não tão brilhante quanto as 3ª, 4ª, 5ª e 6ª. Algumas subtramas são mal desenvolvidas, como o romance entre Troi e Worf. Outras são difíceis de aceitar
como Wesley e Ro Laren abandonarem a Frota Estelar depois de vários anos de experiência e convivência.
A Décima Vítima
3.6 11 Assista AgoraToda a concepção de uma distopia capitalista (onde comerciais são snuff films) é bem desenvolvida. Mas o romance dos protagonistas que ocupa a maior parte do filme é bem desinteressante
assim como o final agridoce (imposto pelo produtor Carlo Ponti) que não combina com o tom pessimista do filme (basta comparar com Dr. Fantástico, por exemplo).
Shockwave
1.3 7 Assista AgoraO "roteiro" desse filme é praticamente uma cópia do de "Criaturas" (Curse of Komodo), de 2004, também dirigido por Jim Wynorski e igualmente um lixo. Os efeitos visuais seriam constrangedores até para a novela Os Mutantes, da Record.
Vale pelo embaraço de ver atores famosos de séries de ficção científica como Michael Dorn, Robert Picardo, George Takei e Bill Mummy pagando mico nessa baixaria.
A Força do Diabo
3.3 12Embora haja várias citações à vampiros, trata-se de um filme sobre bruxaria. Há diversos problemas de roteiro: além de demorar bastante para a estória começar, isto é, se focar na condessa Bathory, há também a personagem de Ewa Aulin, que tem destaque no primeiro ato mas some do filme no segundo ato, só retornando no final. E para a surpresa de ninguém, recebeu no Brasil um título bem estapafúrdio.
A versão lançada pela Versátil na caixa "Vampiros no Cinema vol. 5" é a original espanhola com cenas censuradas. Felizmente nos extras é possível ver as cenas (com nudez) que foram cortadas.
1917
4.2 1,8K Assista AgoraSam Mendes, auxiliado pelo excelente diretor de fotografia Roger Deakins e pelo magnifico design de produção de Dennis Gassner tenta imergir o expectador no pesadelo da I Guerra Mundial. Mas algumas decisões acabam atrapalhando o clima realista do filme, em especial duas cenas mais apropriadas para filmes hollywoodianos de ação:
quando há uma explosão em um bunker e os dois heróis não sofrem grandes ferimentos (!), e outra quando o protagonista sobrevivente cai em um rio e em seguida despenca de uma alta cachoeira, também sem grandes danos.
1917 é um filme que consegue entreter mas está longe da complexidade de similares como Nada de Novo no Front (versões de 1930 e 2022) e Glória Feita de Sangue (1957), este que é até hoje o paradigma dos filmes da I Guerra Mundial.
O Ataúde do Vampiro
3.1 8Continuação totalmente desnecessária do ótimo "O Morcego", lançado um ano antes. Aqui o roteiro tenta investir mais no humor, que raramente funciona. A direção de arte troca o gótico da fazenda do filme anterior por ambientes urbanos, o que enfraquece a atmosfera do filme.
É estranho que o vampiro tinha o poder da hipnose mas não o usou para dominar suas vítimas em nenhum momento do primeiro filme.
O Vampiro
3.6 8O diretor Fernando Mendez consegue recriar a atmosfera gótica dos filmes clássicos de terror, com casas enevoadas e cheias de teias de aranhas, adicionados à religiosidade dos mexicanos, além de manter um bom ritmo do inicio ao fim. O que não dá pra deixar passar são os ridículos morcegos pendurados em fios. De resto funciona muito bem.
Pena que os brasileiros da época não tenham investido em filmes de gênero como fizeram os mexicanos.
Camille
3.5 1O filme é uma brincadeira entre amigos, sem qualquer pretensão dramática. Vale como curiosidade de ver o registro de várias personalidades da década de 1920 (algumas delas ingerindo bebidas alcoólicas, o que era proibido pela Lei Seca) e pelas imagens de Nova York em 1926. Destaque para Chaplin recriando a famosa cena da dança dos pãenzinhos, de "Em Busca do Ouro".
Paixão Selvagem
3.7 10O primeiro ato do filme é bem eficiente, apresentando os personagens e o cenário lamacento do Oregon, em um belo trabalho da direção de arte e locações, realçado pela magnifica fotografia em Tecnicolor. Mas o segundo ato é prolixo, com muitos personagens em pouco tempo de filme, que acabam mal desenvolvidos, em especial o triângulo amoroso entre Logan, Lucy e Caroline, além do vilão vivido por Ward Bond.
A Condessa de Hong Kong
3.6 47A despedida de Chaplin do cinema resultou em um filme apenas mediano, sem o brilhantismo que ele sempre exibiu em suas obras. O humor quase não funciona já que roteiro é praticamente de uma piada só, com os personagens se assustando com alguém que toca a campainha. Ou uma cena de enjoo coletivo que parece deslocada.
Mesmo assim é impossível não elogiar a excelente direção de arte, os figurinos e Sophia Loren no auge da beleza.
7 Múmias
1.4 44 Assista AgoraComo já comentaram abaixo esse filme é "Um Drink no Inferno" com múmias em vez de vampiros. Só que o roteirista Thadd Turner (que também faz o ajudante bigodudo do sheriff) está anos-luz do talento de Quentin Tarantino. Basta dizer que ele não consegue criar um só personagem minimamente interessante. Já o diretor Nick Quested (que antes só havia dirigido videoclipes) demonstra nada saber de cinema
(em uma cena, dois personagens fogem de moto à noite através da pequena cidade onde se passa a ação, e quando o dia amanhece eles ainda estão dentro da cidade!)
No elenco temos Danny Trejo e Billy Drago, com risadas maléficas de vilão de desenho animado, enquanto o resto do elenco é mergulhado na apatia
(Repare como eles não estranham sequer o fato dos habitantes da cidade se vestirem como no velho oeste!)
Enfim, um filme trash até a alma.
A Noite dos Demônios
3.1 170Não funciona nem como terror nem como comédia. O roteiro é pura enrolação, o elenco é nível Os Mutantes, da Record e nem as (poucas) cenas de sanguinolência valem a hora e meia perdida.
El Cid - A Lenda
3.0 2O visual dos personagens tenta emular as produções da Disney e da DreamWorks dos anos 90, como Alladin, Pocahontas, Mulan e O Príncipe do Egito. Por isso há os vilões caricatos (que sempre vestem roupas escuras) e os animais engraçadinhos.
O roteiro tem algumas cenas em comum com o clássico de 1961 de Anthony Mann e altera vários outros eventos. A animação nem sempre convence mas é um razoável programa para as crianças.
Sonho Mortal
3.2 27 Assista AgoraO roteiro prioriza o clima de paranoia em lugar dos sustos e tem um final surpresa bem resolvido. Há cenas bem sanguinolentas e boa maquiagem.
Gólgota
3.5 3Fato macabro: o ator Harry Baur (Herodes) foi preso e torturado pela Gestapo em 1943 e encontrado morto dois dias depois.
Forasteiro da Noite
3.7 8Roteiro muito previsível, com elenco fraco e várias cenas forçadas:
o descarrilamento do trem, a queda do protagonista no precipício, o quadro que cai sem motivo na vilã.
Só vale pela fotografia de alto contraste e como curiosidade para os fãs do grande cineasta Anthony Mann.
Amor, Prelúdio de Morte
3.7 8Filme de estreia de Gerd Oswald (que dez anos depois dirigiria o melhor episódio de Jornada nas Estrelas, A Consciência do Rei) que consegue alguns bons momentos, como a do topo da Prefeitura, quando a tensão é aumentada por vários minutos. Mas o filme tem alguns empecilhos, principalmente a performance de Robert Wagner que, apesar de esforçado, jamais se torna um vilão realmente memorável. A forma como a verdade é descoberta também é "fácil" demais para os investigadores, o que acaba sendo anticlimático.