Um filme precursor do que mais tarde também rende outros lindos como Garota Interrompida ou Um estranho no ninho. Vamos gradualmente encontrando diálogo e formando simpatia pelas mulheres internadas e suas peculiaridades. O excesso de didática sobre o tratamento pode talvez ser atribuído ao período.
Para quem não sabe dançar ballet, como eu, pode parecer à primeira vista que não é tão difícil transmitir leveza na dança, um grande erro.
Um dos filmes mais completos, vivos, coloridos, bem atuado, bem desenvolvido. Figurino e maquiagens espetaculares, além dos cenários, da coreografia - eu destacaria inclusive os efeitos especiais, um tanto surrealistas e lembrando até um pouco de Salvador Dali em alguns momentos. O paralelo entre a narrativa do conto de fadas, o espetáculo de ballet e a vida das personagens é maravilhoso. O trio central, Moira Shearer (que tem coincidentemente o mesmo sobrenome de uma das melhores atrizes da década de 30, Norma Shearer), Marius Goring e Anton Walbrook desenvolvem seus papéis de forma curiosamente harmônica entre eles, como se de fato estivessem em equilíbrio na trama, sempre em contrapontos. A escolha que Victoria Page é constantemente chamada a fazer entre carreira e vida pessoal - e todo o drama que envolve isso - pode nos parecer mais distante hoje em dia, mas ainda recentemente era uma questão para muitas mulheres.
Um filme que trata de temas tão sensíveis, de morte, mas que nos faz querer viver e ver mais.
Um filme muito provocativo para os tempos em que vivemos. Inverte a noção de prazer (ou será que escancara o que não vemos?), também projeta noções biológicas de evolução e tecnologia para um contexto muito terrível e estranhamente… provável. A evolução é poder comer plástico? Provocativo.
Que filme poético, que delicadeza. É uma proposta excêntrica e ao mesmo tempo mística, fantasiosa, filosófica. Tem muito de autodescoberta, de relação com a natureza e o humano. Amei essa mescla de temas, nunca imaginei algo assim ser possível e tão bem executado. Assistam tendo consciência de que a proposta é de mesclar os mitos e as reflexões. Tem sim algo de assustador e tenebroso que nos remete aos filmes e histórias de bruxas que estamos acostumados, mas aqui a narrativa toma outros rumos.
O filme é vendido como suspense, mas na verdade é um sessão da tarde meio clichezão e água com açúcar, com mensagens muito óbvias. Como disseram aí embaixo, as atuações estão muito ruins - acho que principalmente da Daisy Edgar-Jones. Achei a maquiagem forçada (a mulher vive no pântano e está com o cabelo melhor que muita gente), além de que ficar vendo apenas atores muito padrões é muito anos 90 para a minha cabeça. Em suma, não assista pensando que é um suspense, não espere uma história sem furos. Acho que a premissa tinha potencial, mas nossa, deixou muito a desejar.
Um homem que primeiro tenta acertar, mas pelos motivos errados. E ao final se redime e acaba errando, mas pelos motivos certos. Redenção e um processo jurídico infinito, uma loucura kafkiana de labirintos, a busca pela dona da bolsa que seria a única capaz de salvar tudo (um eterno messias que nunca vem). Eu amo os filmes do Farhadi, nunca erram.
Como se o simples fato do Papai Noel ser generoso e bondoso pudesse mudar o espírito competitivo capitalista de uma loja tão grande quanto a Macy’s. Exagerado? Sem duvida. Mas gostamos mesmo assim porque é filme de Natal e dá aquele quentinho no coração.
Esse é o melhor do Almodóvar, demorei tanto para ver e agora já quero reassistir. Tudo está ali, os dramas complexos e bem engendrados, as personagens profundas e controversas, as escolhas que levam a reencontros (sempre com esse passado mal resolvido). As mulheres espetaculares, as cores. E o final com a dedicatória a três das melhores atrizes do cinema (isso realmente me pegou): Bette Davis, Gena Rowlands e Romy Schneider. Fora as referências subterrâneas, All about eve, Garcia Lorca, Tennessee Williams. É o melhor do Almodóvar
Os filmes com o Bing Crosby tem uma delicadeza de arranjos musicais que emocionam. Eles se inserem no filme de forma tão orgânica que fazem tudo valer a pena. A cena que começa com a Ingrid Bergman cantando em sueco e evolui para um arranjo entre as freiras e ele é de uma beleza impressionante
Um filme que poderia ser um conto do Cortazar: o metereologista que descobre a resposta não no céu, mas na terra; não através dos estudos, mas com o ermitão. Amei a ideia
Acho que esse foi o documentário de crime mais amoroso que eu já assisti, quanta delicadeza e quanto empenho em mostrar o que fica de bom na memória das pessoas. Que lindo, chorei horrores, muito afetuoso, assistam, assistam
E a química entre Burt Lancaster e Deborah Kerr? Potente desde a primeira cena. Além disso, o trio principal funciona e dá o tom do filme, cada qual com seu enredo. Fiquei surpresa realmente com a potência do Frank Sinatra e com a irretocável atuação do Montgomery Clift (um dos meus favoritos de todos os tempos)
Um filme sobre ruínas e sobrevivências em tempo de pura ruína e sobrevivência. Viver, apesar de. Criar relações, encontrar resposta no silêncio, falar muitas línguas e ser entendido, falar a mesma língua e não ser entendido. E não sei se é viagem minha, mas esses silêncios, a falta de comunicação e a cidade me lembraram muito mesmo Bergman e Antonioni
Os documentários da Maria Augusta Ramos tinham que ser passados em praça pública - e ver essa juíza atuando é de embrulhar estômago (sério, faltam palavras)
Esse documentário amplia o olhar, ao invés de repetir lugares-comuns desse conflito, expõe as variáveis e os interesses internacionais na região. Achei muito melhor do que o documentário da Netflix, apesar de não gostar muito do estilo, que lembra aqueles com narrativas dramáticas da NatGeo. Gostei mais da segunda metade dele, em que ficam bem evidentes os dólares injetados para tentar controlar a região. Depois de assistir, fico pensando que dadas as inúmeras provocações, a Rússia demorou para reagir
Eu gostei muito de como constroem a história nesse documentário, porque ela te faz entrar no jogo do engano. Claro que o nome do documentário já denuncia que tem um golpe por trás, mas eu mesma fiquei a primeira uma hora inteira pensando "e como ele banca todas essas viagens? E essa roupa? E os hotéis?", é algo inacreditável mesmo, se você não sabe de antemão que se trata de um golpe, você pode até estranhar, mas não tem muito elemento para se desconfiar ali: ele realmente parece um milionário, com fotos no Instagram, stories (e antes ele tinha até o nome "limpo" no Google e um site da empresa!). Acho que a escolha narrativa foi muito boa porque te coloca no lugar da pessoa que não sabe nada, que vai acreditando. Eu acho que o momento crucial de virada é quando ele começa a pedir dinheiro, mas até então tudo parece plausível. Enfim, bom documentário para alertar e com boa escolha de condução da direção, entrega o que propõe
A Cova da Serpente
4.1 42Um filme precursor do que mais tarde também rende outros lindos como Garota Interrompida ou Um estranho no ninho. Vamos gradualmente encontrando diálogo e formando simpatia pelas mulheres internadas e suas peculiaridades. O excesso de didática sobre o tratamento pode talvez ser atribuído ao período.
Os Sapatinhos Vermelhos
4.3 171 Assista AgoraPara quem não sabe dançar ballet, como eu, pode parecer à primeira vista que não é tão difícil transmitir leveza na dança, um grande erro.
Um dos filmes mais completos, vivos, coloridos, bem atuado, bem desenvolvido. Figurino e maquiagens espetaculares, além dos cenários, da coreografia - eu destacaria inclusive os efeitos especiais, um tanto surrealistas e lembrando até um pouco de Salvador Dali em alguns momentos. O paralelo entre a narrativa do conto de fadas, o espetáculo de ballet e a vida das personagens é maravilhoso. O trio central, Moira Shearer (que tem coincidentemente o mesmo sobrenome de uma das melhores atrizes da década de 30, Norma Shearer), Marius Goring e Anton Walbrook desenvolvem seus papéis de forma curiosamente harmônica entre eles, como se de fato estivessem em equilíbrio na trama, sempre em contrapontos. A escolha que Victoria Page é constantemente chamada a fazer entre carreira e vida pessoal - e todo o drama que envolve isso - pode nos parecer mais distante hoje em dia, mas ainda recentemente era uma questão para muitas mulheres.
Um filme que trata de temas tão sensíveis, de morte, mas que nos faz querer viver e ver mais.
Crimes do Futuro
3.2 265 Assista AgoraUm filme muito provocativo para os tempos em que vivemos. Inverte a noção de prazer (ou será que escancara o que não vemos?), também projeta noções biológicas de evolução e tecnologia para um contexto muito terrível e estranhamente… provável. A evolução é poder comer plástico? Provocativo.
Você Não Estará Só
3.6 126 Assista AgoraQue filme poético, que delicadeza. É uma proposta excêntrica e ao mesmo tempo mística, fantasiosa, filosófica. Tem muito de autodescoberta, de relação com a natureza e o humano. Amei essa mescla de temas, nunca imaginei algo assim ser possível e tão bem executado. Assistam tendo consciência de que a proposta é de mesclar os mitos e as reflexões. Tem sim algo de assustador e tenebroso que nos remete aos filmes e histórias de bruxas que estamos acostumados, mas aqui a narrativa toma outros rumos.
Um Lugar Bem Longe Daqui
3.7 339 Assista AgoraO filme é vendido como suspense, mas na verdade é um sessão da tarde meio clichezão e água com açúcar, com mensagens muito óbvias. Como disseram aí embaixo, as atuações estão muito ruins - acho que principalmente da Daisy Edgar-Jones. Achei a maquiagem forçada (a mulher vive no pântano e está com o cabelo melhor que muita gente), além de que ficar vendo apenas atores muito padrões é muito anos 90 para a minha cabeça. Em suma, não assista pensando que é um suspense, não espere uma história sem furos. Acho que a premissa tinha potencial, mas nossa, deixou muito a desejar.
A Luz é para Todos
3.8 62 Assista AgoraAinda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais.
Um Herói
3.9 56 Assista AgoraUm homem que primeiro tenta acertar, mas pelos motivos errados. E ao final se redime e acaba errando, mas pelos motivos certos. Redenção e um processo jurídico infinito, uma loucura kafkiana de labirintos, a busca pela dona da bolsa que seria a única capaz de salvar tudo (um eterno messias que nunca vem). Eu amo os filmes do Farhadi, nunca erram.
De Ilusão Também Se Vive
3.9 91 Assista AgoraComo se o simples fato do Papai Noel ser generoso e bondoso pudesse mudar o espírito competitivo capitalista de uma loja tão grande quanto a Macy’s. Exagerado? Sem duvida. Mas gostamos mesmo assim porque é filme de Natal e dá aquele quentinho no coração.
Boa Sorte, Leo Grande
3.8 117 Assista AgoraA última cena!
Virtude Selvagem
3.9 28 Assista AgoraAinda bem que eu não assisti esse filme na minha época de pré-adolescência, o tanto que eu ia chorar, nossa
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraEsse é o melhor do Almodóvar, demorei tanto para ver e agora já quero reassistir. Tudo está ali, os dramas complexos e bem engendrados, as personagens profundas e controversas, as escolhas que levam a reencontros (sempre com esse passado mal resolvido). As mulheres espetaculares, as cores. E o final com a dedicatória a três das melhores atrizes do cinema (isso realmente me pegou): Bette Davis, Gena Rowlands e Romy Schneider. Fora as referências subterrâneas, All about eve, Garcia Lorca, Tennessee Williams. É o melhor do Almodóvar
O Show Deve Continuar
4.0 126 Assista AgoraA cena de dança da Air Rotica, melhor cena sensual-sexual dançada que já vi, um espetáculo à parte
Os Sinos de Santa Maria
3.8 26Os filmes com o Bing Crosby tem uma delicadeza de arranjos musicais que emocionam. Eles se inserem no filme de forma tão orgânica que fazem tudo valer a pena. A cena que começa com a Ingrid Bergman cantando em sueco e evolui para um arranjo entre as freiras e ele é de uma beleza impressionante
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraÉpoca de imaginar outras vidas e universos possíveis e felizes para poder, talvez, ressignificar o nosso
Granizo
3.0 58Um filme que poderia ser um conto do Cortazar: o metereologista que descobre a resposta não no céu, mas na terra; não através dos estudos, mas com o ermitão. Amei a ideia
Dear Zachary: Um Caso Chocante
4.4 251Acho que esse foi o documentário de crime mais amoroso que eu já assisti, quanta delicadeza e quanto empenho em mostrar o que fica de bom na memória das pessoas. Que lindo, chorei horrores, muito afetuoso, assistam, assistam
A Um Passo da Eternidade
3.9 154 Assista AgoraE a química entre Burt Lancaster e Deborah Kerr? Potente desde a primeira cena.
Além disso, o trio principal funciona e dá o tom do filme, cada qual com seu enredo. Fiquei surpresa realmente com a potência do Frank Sinatra e com a irretocável atuação do Montgomery Clift (um dos meus favoritos de todos os tempos)
Belfast
3.5 291 Assista AgoraUma tentativa de fazer um Cinema Paradiso britânico
Spencer
3.7 569 Assista AgoraEsse filme vale pelas cenas dela dançando com esses vestidos Chanel
Drive My Car
3.8 385 Assista AgoraUm filme sobre ruínas e sobrevivências em tempo de pura ruína e sobrevivência. Viver, apesar de. Criar relações, encontrar resposta no silêncio, falar muitas línguas e ser entendido, falar a mesma língua e não ser entendido. E não sei se é viagem minha, mas esses silêncios, a falta de comunicação e a cidade me lembraram muito mesmo Bergman e Antonioni
Juízo
4.0 118Os documentários da Maria Augusta Ramos tinham que ser passados em praça pública - e ver essa juíza atuando é de embrulhar estômago (sério, faltam palavras)
Ucrânia em Chamas
4.1 5 Assista AgoraEsse documentário amplia o olhar, ao invés de repetir lugares-comuns desse conflito, expõe as variáveis e os interesses internacionais na região. Achei muito melhor do que o documentário da Netflix, apesar de não gostar muito do estilo, que lembra aqueles com narrativas dramáticas da NatGeo. Gostei mais da segunda metade dele, em que ficam bem evidentes os dólares injetados para tentar controlar a região. Depois de assistir, fico pensando que dadas as inúmeras provocações, a Rússia demorou para reagir
O Bom Pastor
3.2 36Um filme que te conquista, as músicas te tocam, muito delicado
O Golpista do Tinder
3.5 418Eu gostei muito de como constroem a história nesse documentário, porque ela te faz entrar no jogo do engano. Claro que o nome do documentário já denuncia que tem um golpe por trás, mas eu mesma fiquei a primeira uma hora inteira pensando "e como ele banca todas essas viagens? E essa roupa? E os hotéis?", é algo inacreditável mesmo, se você não sabe de antemão que se trata de um golpe, você pode até estranhar, mas não tem muito elemento para se desconfiar ali: ele realmente parece um milionário, com fotos no Instagram, stories (e antes ele tinha até o nome "limpo" no Google e um site da empresa!). Acho que a escolha narrativa foi muito boa porque te coloca no lugar da pessoa que não sabe nada, que vai acreditando. Eu acho que o momento crucial de virada é quando ele começa a pedir dinheiro, mas até então tudo parece plausível. Enfim, bom documentário para alertar e com boa escolha de condução da direção, entrega o que propõe