Um sci-fi muito bom e que lembra muito os ótimos 13º Andar e Matrix - todos os 3 lançados praticamente juntos, acho bem legal essa coincidência -, tem uma ideia e um roteiro muito bem encaixado, só que aqui com uma pegada mais trash que os outros (tem joystick melhor que aquele?). Além disso, o final é bom demais! Deu pra me deixar questionando bastante a minha própria realidade.
O filme é massante, pesado e tem uma atmosfera - criada principalmente pelo som e pelas imagens - que causa muito mal estar. Por isso mesmo acho ele um belo retrato sobre guerras e principalmente sobre a Segunda Grande Guerra, que é o caso. Apesar disso, o roteiro, algumas situações e a utilização e crueldade com animais para entretenimento - que são sempre desnecessárias - não me agradaram.
Aquela cena dele atirando no quadro de Hitler, com uma regressão na vida do mesmo em vídeos e fotos, com ele parando de atirar justamente quando vem a foto do Hitler bebê, fica fantástica quando pegamos o contexto que poucos minutos antes temos um nazista justificando o fato de matar crianças e o mal que elas carregavam e que precisava ser cortado desde cedo. É uma baita reflexão e um baita final pro filme. Me lembrou um pouco uma das cenas finais do Bastardos Inglórios também.
Obs: Dá pra identificar diversos elementos similares com Dunkirk aqui e que possivelmente o Nolan se inspirou para filmá-lo.
Não fica entre as grandes obras do Hitchcock, mas tem muito valor, com uma história bem legal e com um ótimo suspense, apesar da reta final/desenrolar da história não ter me agradado tanto, considerando uma comparação com os costumeiros finais muito bons do Hitchcock. Além disso, esse filme tem um dos elencos mais carismáticos que já vi, principalmente os amigos que apenas queriam ir à Manchester ver sua partida de Críquete.
Apesar de ter achado o início promissor e gostar bastante de filmes que abordam o tema racial, ele acaba por ser tornar um apelo completo e sem parar pra um lado sentimental, forçado e pretensioso, que me decepcionou mais ainda ao ir a fundo buscar a verdadeira história que o filme se baseou e descobrir que tudo no filme é quase que completamente modificado ou inventado. O elenco também achei outra decepção, apesar de gostar das atuações e afins, principalmente do sempre ótimo Denzel Washington, um monte de cara com 25-30 anos na cara se passando por adolescente de ensino médio? Não entendo a mania de Hollywood em não usar adolescentes pra representar adolescentes em filmes. O Ryan Gosling, na época com 19/20 anos, foi o único que convenceu nesse sentido ainda. Infelizmente, até por ser da Disney, acabou se tornar um simples filme de apelo comercial, não conseguiu me convencer.
Se a questão do "monstro" ficasse mais na nossa mente, sem necessariamente mostrar aquele bicho meio sem graça feito puramente de CGI, como tanto forçam nos filmes de terror jumpscares atuais, ficaria bem mais legal. Tratando mais de um terror psicológico mesmo, como tratado na primeira parte do filme.
E to achando que a nota baixíssima desse filme aqui se deve é ao pessoal estar confundindo com o outro Ouija (que é ruim), que é um erro que ocorre também com alguns outros filmes aqui no Filmow, como Morte no Funeral, entre outros.
Tem uma trilha sonora legal e é certamente visualmente estonteante, realmente capricharam demais nesse sentido, porém a história e o desenvolvimento não são lá muito bons não, ainda sim diverte bastante e é uma boa animação. Ressalto que o Homem-Aranha Noir (que dublado pelo Nicolas Cage ficou muito bom) é muito foda, dando conta até de um filme só dele futuramente. Por outro lado o Porco-Aranha (que parecia uma ótima sacada pela referência aos Simpsons) é horrível e muito sem graça. Fora que que tem um detalhe (ou furo) no roteiro que me deixou com uma pulga atrás da orelha:
Pode ter passado despercebido alguma explicação no filme (como ter havido ao menos duas ativações do colisor de partículas), ainda também não consegui rever pra garantir, mas no filme a Gwen do universo alternativo não aparece na escola/mundo do Morales antes do choque do colisor de partículas (que criou assim o choque dos universos)? É que a própria Gwen explica que ela foi parar no universo do Morales por conta disso, porém ela já havia aparecido na trama antes mesmo daquilo ocorrer no universo dele. Isso não faz sentido algum.
Achei o início muito bom, mas o desenrolar do filme não tão legal quanto eu imaginava que seria, ficando em boas partes um tanto quanto desinteressante. Porém ele compensa pelo seu bom final e ótimas abordagens e reflexões referente a religião, que, apesar de questionar atitudes de alguns charlatões na Índia, se encaixa muito bem no Brasil e, com toda certeza, no Mundo todo. E, apesar de já ter me acostumado com o tempo de duração um pouco acima do comum pra todo filme Indiano, achei que aqui, pela história, abordagem e etc, 150 minutos foi um pouco excessivo pra trama também.
Ressalto ainda que um Edir Macedo e Valdemiro Santiago, por exemplo, encaixariam como uma luva nesse elenco por parte dos charlatões religiosos.
Um drama forte. Aborda estéticas do status quo por parte da inserção das mulheres na sociedade indiana de forma pesada e bem real, causando muita reflexão (aquele conversa após o casamento mesmo é muito foda). além disso a direção e a forma que o filme vai percorrendo é muito agradável, fazendo os 160 minutos passarem bem rápidos. Tanto Aamir quanto o elenco como um todo também são um show de atuação.
Obs: Não sei o porquê, mas acho o poster do filme que está aqui no Filmow com duas das filhas em suas duas versões muito foda também.
O filme tem um visual e estilo muito bom e uma ótima trilha sonora. O roteiro inicia muito bem e é legal a forma como a história vai se desenvolvendo, considerando a também boa montagem do filme para isso. Porém achei o final bastante ruim, Chris Hemsworth (que não estava bem) e a ideia por trás do personagem deixaram a trama meio tosca, considerando que eu mais achava promissora a trama antes disso ocorrer e o caminho que o filme tomou. Não achei o filme longo, porém que podia ter seu tempo melhor aproveitado, principalmente na reta final, porém gostei das cenas calmas e lentas aproveitando bastante o visual e a imersão no filme. Ainda sim um bom filme e que achei bem interessante.
É legal ver que o estilo do filme lembra um pouco o estilo do Tarantino e também dos Coen (porém ainda sim diferente), que eu acho um ponto legal já que geralmente são filmes mais trabalhados esteticamente e que quase sempre me agradam.
Finalmente um filme do Guy Ritchie que me faz lembrar de seus bons tempos com Snatch e Lock, Stock and Two Smoking Barrels. O filme aqui tem um roteiro que inicialmente parece somente legalzinho, mas que é muito bem conduzido, de forma divertida, com aquela comédia bem estilo Guy Ritchie mesmo, tendo algumas cenas muito diferenciadas e memoráveis. A trilha sonora, a fotografia/jogo de câmeras também são muito bons. E o elenco não deixa a desejar em nenhum momento, vai muito bem. Ótimo filme.
O estilo do filme assim todo o cenário e produção surpreendem muito pelo ano em que foi feito, sendo sem dúvidas visionário na forma que aborda o futuro distópico e a própria ideia do filme. A trama central é muito interessante e dá pra causar uns bons dias de reflexão nessa questão das classes, causando uma ótima imersão do telespectador na situação dos personagens. Porém do meio pro final não achei ela tão bem trabalhada, ficando com algumas situações muito diretas e outras sem um desfecho coerente, um tanto quanto apressado (talvez tenha relação com parte das filmagens terem também sido perdidas).
E, apesar da frase interessante referente a tríade do cérebro (patrões), mãos (operários) e o coração (intermediador), achei o final "romantizado" demais, com aquele ar pacifista e que dali pra frente tudo seria as mil maravilhas na relação e na vida de todos, incluindo a dos operários. Porééém a realidade é bem diferente e não é tão simples assim, e não vejo um final assim dentro um desfecho lógico, mesmo o filme tentando dar a entender um super arrependimento com a situação ali por parte do criador da cidade (vide Michel Temer).
E como assim a galerosa lá recebe a notícia que os filhos deles tão tudo morto, ficam instantaneamente putos com a "bruxa", colocam ela na fogueira e simplesmente DO NADA ficam todos super felizes e achando que agora tá tudo certo. Porra, em teoria eles ainda achavam que os filhos estavam todos mortos, era pra tá todo mundo puto e só ficarem feliz após receberem a notícia que tava todo mundo vivo. Não fez muito sentido essa cena. Ri bastante na hora da situação, mas ainda sim é uma situação super sem lógica por parte do roteiro.
Ágil, bem roteirizado, ótimas cenas de ação e muito divertido de se assistir.
Incrível saber que esse filme na época foi um fracasso de bilheteria em relação ao investido monetariamente nele, principalmente por conta da decadência do cinema mudo, atrapalhando muito profissionalmente o Buster Keaton, obrigando ele a sair de sua carreira independente e assinar com a Metro-Goldwyn-Mayer. Só passou a ser valorizado e reconhecido anos depois, se tornando um dos maiores clássicos de antigamente e talvez de todos os tempos.
Obs: apesar de o filme já ter um ritmo ótimo, eu acho ele ainda mais legal quando visto em velocidade 1,3x/1,4x.
Mas muito sem sentido ele ter decidido de casar com aquela Henrietta, que aparentemente era bem chata e ele não gostava nada. Mesmo com Carrie casada, a Fiona seria uma opção bem mais óbvia e válida (e que na realidade era a que eu tava torcendo), considerando essas circunstâncias. Acredito que, já que a ideia era ele ficar no fim com a Carrie, talvez tenham considerado muito pesado o filme colocar uma situação em que o Charlie largasse a personagem da Fiona no dia do casamento, por isso usaram uma personagem mais chata e que ninguém ligaria tanto.
Duas coisas ainda me surpreenderam:
Primeiro a nota baixíssima desse filme no Filmow, pois considerando a média de notas do site, 3,4 parece bem injusto com o filme.
A outra é que como o pessoal do BAFTA (vide Oscar britânico) teve coragem de dar o prêmio de melhor filme do ano, em 1995, para Quatro Casamentos e um Funeral, quando naquela mesma edição tínhamos simplesmente Forrest Gump, Pulp Fiction e Um Sonho de Liberdade (que não foi nem indicado!), isso fora Leon, mas esse desconsidero porque na época foi bastante criticado e a França lançou outro filme como concorrente aos prêmios. Gostei muito do filme, mas poxa, sem comparação, os outros três (quatro, se for considerar Leon também) são obras primas!
Uma atuação fantástica de Robert De Niro e uma boa direção do gênio Scorsese, porém é baseado em uma história ruim (achei difícil criar um roteiro bom em cima dessa história na realidade, principalmente pela pessoa que o filme retrata), assim difícil de ser contada de forma interessante para o público. Também me incomodou principalmente por diversas mudanças de datas a fim de deixar a obra mais "cinematográfica" - como ele ter conhecido Vikki em 1941, sendo que nesse ano ela tinha 11 anos, e se casado com ela em 1945, segundo o filme, não fazendo nenhum sentido como retrato biográfico considerar isso. Na realidade ele conheceu ela em 1946, se casou e ela engravidou no mesmo ano, no caso.
Apesar disso, o filme conta com bons aspectos técnicos, como fotografia, montagem e edição do filme e das cenas. Além, de como já citei, uma ótima atuação do De Niro e uma boa direção do Scorsese, mas muito longe de ser sua melhor ou uma de suas melhores obras, como muito já ouvi falar.
Acho completamente legítimo a forma do Bergman fazer cinema, porém, após já ter visto O Sétimo Selo e agora Persona, e mesmo buscando entender ao máximo os significados por trás do filme durante e após ele, sinto que não é para mim.
Quando no final ela olha pra indústria de cinema e pensa "por que não?" só fiquei pensando "QUÊÊ??? Só que falta isso ser um filme biográfico da Jéssica Chastain", já que explicaria o fato de ela ter estourado na carreira um tanto quanto tarde e que sempre me faz pensar "onde que essa puta atriz tava se escondendo, gente?". Felizmente não era biográfico! Foi só uma coincidência mesmo haha.
Um roteiro promissor, mas que não me atraiu tanto em seu desenrolar, sendo a história passada de uma forma um tanto desinteressante, arrastada e até um tanto quanto confusa em alguns acontecimentos.
Mesmo com todas as conclusões do final não consegui entender completamente quem seria a moça do início que se passa por Mrs. Mulwray. Seria mesmo a amante? Se sim, por que ela pagaria tal detetive se passando pela esposa para descobrir a suposta amante (que seria a esposa)? Estava brava com o Mr. Mulwray? Ficou inconclusivo. Na verdade, durante boa parte da trama pensei que o Mr. Cross que havia pago para aquela mulher se passar de Mrs. Mulwray, para assim o detetive descobrir o local exato onde sua filha e sua neta/outra filha estavam, considerando ela ter fugido no passado (eu estava achando muito interessante e legal se fosse isso). Porém não faz muito sentido ser isso, não dá a entender em nenhum momento que o Mr. Cross não sabia o local onde eles moravam, e provavelmente saberia, considerando a importância de ambos nos negócios da cidade.
Além disso, apesar de ser bom de forma geral nas categorias técnicas, considerando também a época, me surpreendeu um filme tão consagrado ter algumas edições/gravações tão estranhas em suas filmagens. A cena em que Mr. Gittes é deixado inconsciente na plantação e cortada muita rapidamente para uma tela escura, dando uma sensação muito estranha no telespectador. O primeiro tapa do Mr. Gittes em Mrs. Mulwray também tem um corte tremendamente estranho. E o principal: como puderam deixar passar na cena final quando o câmera visivelmente esbarra no Jack Nicholson quando a câmera está saindo do carro com a Mrs. Mulwray morta e indo em direção a ele, dando uma bela tremida na tela. Me matei de rir naquela cena, não nego.
Que filme, que roteiro, que condução, que atuações! Ele nos instiga o tempo todo a analisar, refletir e julgar as atitudes dos personagens, sem maniqueísmos e colocando em cheque pontos e situações que nos fazem a todo momento mudar em referente a quem nós estamos achando o correto da situação. Analisando e considerando elementos relevantes na cultura Iraniana pra trama também. E no fim temos que:
O filme fica em aberto a decisão da Termeh? Na realidade acredito que não. Ela diz que já decidiu e sabe quem escolheu, fazendo referência a nós, telespectadores, que estamos o tempo todo julgando as atitudes dos personagens e tomando as decisões de quem está certo e errado, inclusive no final, como se fossemos o próprio júri do filme. Portanto, a decisão já tomada por Termeh mas não dita por ela fica a cargo do telespectador decidir, que já tomou qual a decisão dela e por ela. Depois que parei pra refletir, achei esse final fantástico! Obs: na minha decisão a Termeh decide por ficar com a mãe.
E uma demonstração pra mim de que esse roteiro é muito foda é ele ter simplesmente ter sido nomeado a melhor roteiro original no Oscar (além de vencer como melhor estrangeiro no Oscar e Globo de Ouro), pois essas categorias (atuações, melhor filme, roteiro e diretor) são bastante preconceituosas e injustas com filmes falados em idiomas que não o inglês e praticamente impossível eles concorrerem em tais categorias. Então isso acaba significando muito.
Jéssica Chastain é uma atriz fantástica (e que tem ótimo dedo pra escolher o tipo de filme em que atua também) e aqui ela destrói mais uma vez. Achei a atuação dele aqui absurda, considerando incrível que ela não foi nem indicada ao Oscar (mas foi ao Globo de Ouro), sendo que ela está muito melhor que a própria Emma Stone em questão de atuação (e que estava ótima no também ótimo La La Land), que foi quem levou o prêmio.
Para quem se sentiu desconfortável ou viu traços de pedofilia na relação da Mathilda com o Léon, recomendo ver a versão extendida (de 136 minutos), nela aborda mais a relação dos dois e também o desejo da Mathilda pelo Léon, em que pra mim ficou claro que se tratava de duas pessoas que nem entendiam o amor direito (além que essa versão também tem eles indo fazer alguns trabalhos juntos, além de outras cenas, que achei que deixou ainda mais fantástico a obra). Mathilda por ser uma criança e ser até então completamente negligenciada, confundindo o amor e cuidado de uma pessoa com um amor mais "sexual" e que ela ainda compreendia muito bem o que era exatamente, porém que Leon o tempo todo recusa. E Léon quando conta o motivo de ter saído da Itália e só ter tido um amor em sua vida, sendo ele também bastante negligenciado, um dos motivos de ele também ser tão inseguro com algumas situações com a Mathilda, porém que no fundo ele sabe que o amor que ele vai aprendendo com a Mathilda tende a ser tornar fraternal, por mais que isso também seja confuso para ele. Particularmente, mesmo sabendo das histórias do diretor e de um caso amoroso dele poder ter servido de incentivo, eu tento ver a história dessa forma e que pra mim acaba se tornando ainda mais delicada e bonita, por mais que se a relação fosse tratada já inicialmente como fraternal ficasse mais "suave" de ser visto pelo público e não tiraria a grandiosidade do filme.
E o que é aquela construção da cena em que a Mathilda volta para o apartamento quando sua família é morta. A música de fundo, os passos em câmera lenta, o desespero crescente e choro indo até a porta de Léon, a gente se sentindo tão angustiado e desesperado junto com ela, e então a porta se abre com toda aquela iluminação em tela e um gigantesco alívio tomando conta. Que atuação da Natalie Portman ali. Uma das minhas cenas preferidas do cinema.
Para mim, esse filme é uma das maiores obras de arte já proporcionados pelo cinema.
Cara, que filme necessário de ser visto! Começou bom e terminou muito melhor. Roteiro foda, que personagens cativantes e com um tema muito forte e que se encaixa perfeitamente na nossa atualidade ainda, gerando muito o que se refletir.
Me arrisco a dizer também que a personagem da Thelma, inclusive, é a personagem que mais evoluiu em um filme que já tive o prazer de assistir.
E esse final? Que foda! Completamente diferente do que qualquer possibilidade que eu tava tentando montar de como o filme terminaria. Talvez não seja aquele final super feliz, daquele estilo que estamos acostumados, mas condiz muito com a evolução das personagens durante o filme, toda a caminhada delas pela liberdade, cujo alcançaram e que encontraram nesse fim do suicídio a única possibilidade de continuarem com essa mesma liberdade. Além da questão óbvia do machismo que as personagens sofreram e o que esse final representa em relação a isso, o final também me fez refletir sobre questões mais gerais sobre suicídio e como pra muitos essa é a única saída pra sua liberdade. Achei bastante icônico.
eXistenZ
3.6 317Um sci-fi muito bom e que lembra muito os ótimos 13º Andar e Matrix - todos os 3 lançados praticamente juntos, acho bem legal essa coincidência -, tem uma ideia e um roteiro muito bem encaixado, só que aqui com uma pegada mais trash que os outros (tem joystick melhor que aquele?). Além disso, o final é bom demais! Deu pra me deixar questionando bastante a minha própria realidade.
A Sombra de uma Dúvida
4.0 194 Assista AgoraO suspense, os diálogos, o roteiro e o carisma dos personagens, principalmente da Charlie, fazem desse filme uma bela obra.
Vá e Veja
4.5 754 Assista AgoraO filme é massante, pesado e tem uma atmosfera - criada principalmente pelo som e pelas imagens - que causa muito mal estar. Por isso mesmo acho ele um belo retrato sobre guerras e principalmente sobre a Segunda Grande Guerra, que é o caso. Apesar disso, o roteiro, algumas situações e a utilização e crueldade com animais para entretenimento - que são sempre desnecessárias - não me agradaram.
Aquela cena dele atirando no quadro de Hitler, com uma regressão na vida do mesmo em vídeos e fotos, com ele parando de atirar justamente quando vem a foto do Hitler bebê, fica fantástica quando pegamos o contexto que poucos minutos antes temos um nazista justificando o fato de matar crianças e o mal que elas carregavam e que precisava ser cortado desde cedo. É uma baita reflexão e um baita final pro filme. Me lembrou um pouco uma das cenas finais do Bastardos Inglórios também.
Obs: Dá pra identificar diversos elementos similares com Dunkirk aqui e que possivelmente o Nolan se inspirou para filmá-lo.
A Dama Oculta
4.0 142 Assista AgoraNão fica entre as grandes obras do Hitchcock, mas tem muito valor, com uma história bem legal e com um ótimo suspense, apesar da reta final/desenrolar da história não ter me agradado tanto, considerando uma comparação com os costumeiros finais muito bons do Hitchcock. Além disso, esse filme tem um dos elencos mais carismáticos que já vi, principalmente os amigos que apenas queriam ir à Manchester ver sua partida de Críquete.
Duelo de Titãs
4.0 425 Assista AgoraApesar de ter achado o início promissor e gostar bastante de filmes que abordam o tema racial, ele acaba por ser tornar um apelo completo e sem parar pra um lado sentimental, forçado e pretensioso, que me decepcionou mais ainda ao ir a fundo buscar a verdadeira história que o filme se baseou e descobrir que tudo no filme é quase que completamente modificado ou inventado. O elenco também achei outra decepção, apesar de gostar das atuações e afins, principalmente do sempre ótimo Denzel Washington, um monte de cara com 25-30 anos na cara se passando por adolescente de ensino médio? Não entendo a mania de Hollywood em não usar adolescentes pra representar adolescentes em filmes. O Ryan Gosling, na época com 19/20 anos, foi o único que convenceu nesse sentido ainda. Infelizmente, até por ser da Disney, acabou se tornar um simples filme de apelo comercial, não conseguiu me convencer.
Ouija: Origem do Mal
2.8 476 Assista AgoraSurpreendentemente um bom filme de terror. Tem um roteiro e direção bem legal, além da boa caracterização pra década de 60 no filme.
Se a questão do "monstro" ficasse mais na nossa mente, sem necessariamente mostrar aquele bicho meio sem graça feito puramente de CGI, como tanto forçam nos filmes de terror jumpscares atuais, ficaria bem mais legal. Tratando mais de um terror psicológico mesmo, como tratado na primeira parte do filme.
E to achando que a nota baixíssima desse filme aqui se deve é ao pessoal estar confundindo com o outro Ouija (que é ruim), que é um erro que ocorre também com alguns outros filmes aqui no Filmow, como Morte no Funeral, entre outros.
A Princesa e o Plebeu
4.3 417 Assista AgoraAquele final que a gente ama e odeia ao mesmo tempo.
Batalha Real
3.6 588 Assista AgoraTem até a Gogo Yubari vestida de Beatrix Kiddo, não tem como não gostar!
Homem-Aranha: No Aranhaverso
4.4 1,5K Assista AgoraTem uma trilha sonora legal e é certamente visualmente estonteante, realmente capricharam demais nesse sentido, porém a história e o desenvolvimento não são lá muito bons não, ainda sim diverte bastante e é uma boa animação. Ressalto que o Homem-Aranha Noir (que dublado pelo Nicolas Cage ficou muito bom) é muito foda, dando conta até de um filme só dele futuramente. Por outro lado o Porco-Aranha (que parecia uma ótima sacada pela referência aos Simpsons) é horrível e muito sem graça. Fora que que tem um detalhe (ou furo) no roteiro que me deixou com uma pulga atrás da orelha:
Pode ter passado despercebido alguma explicação no filme (como ter havido ao menos duas ativações do colisor de partículas), ainda também não consegui rever pra garantir, mas no filme a Gwen do universo alternativo não aparece na escola/mundo do Morales antes do choque do colisor de partículas (que criou assim o choque dos universos)? É que a própria Gwen explica que ela foi parar no universo do Morales por conta disso, porém ela já havia aparecido na trama antes mesmo daquilo ocorrer no universo dele. Isso não faz sentido algum.
PK
4.2 89 Assista AgoraAchei o início muito bom, mas o desenrolar do filme não tão legal quanto eu imaginava que seria, ficando em boas partes um tanto quanto desinteressante. Porém ele compensa pelo seu bom final e ótimas abordagens e reflexões referente a religião, que, apesar de questionar atitudes de alguns charlatões na Índia, se encaixa muito bem no Brasil e, com toda certeza, no Mundo todo. E, apesar de já ter me acostumado com o tempo de duração um pouco acima do comum pra todo filme Indiano, achei que aqui, pela história, abordagem e etc, 150 minutos foi um pouco excessivo pra trama também.
Ressalto ainda que um Edir Macedo e Valdemiro Santiago, por exemplo, encaixariam como uma luva nesse elenco por parte dos charlatões religiosos.
Dangal
4.2 64Um drama forte. Aborda estéticas do status quo por parte da inserção das mulheres na sociedade indiana de forma pesada e bem real, causando muita reflexão (aquele conversa após o casamento mesmo é muito foda). além disso a direção e a forma que o filme vai percorrendo é muito agradável, fazendo os 160 minutos passarem bem rápidos. Tanto Aamir quanto o elenco como um todo também são um show de atuação.
Obs: Não sei o porquê, mas acho o poster do filme que está aqui no Filmow com duas das filhas em suas duas versões muito foda também.
Maus Momentos no Hotel Royale
3.6 339 Assista AgoraO filme tem um visual e estilo muito bom e uma ótima trilha sonora. O roteiro inicia muito bem e é legal a forma como a história vai se desenvolvendo, considerando a também boa montagem do filme para isso. Porém achei o final bastante ruim, Chris Hemsworth (que não estava bem) e a ideia por trás do personagem deixaram a trama meio tosca, considerando que eu mais achava promissora a trama antes disso ocorrer e o caminho que o filme tomou. Não achei o filme longo, porém que podia ter seu tempo melhor aproveitado, principalmente na reta final, porém gostei das cenas calmas e lentas aproveitando bastante o visual e a imersão no filme. Ainda sim um bom filme e que achei bem interessante.
É legal ver que o estilo do filme lembra um pouco o estilo do Tarantino e também dos Coen (porém ainda sim diferente), que eu acho um ponto legal já que geralmente são filmes mais trabalhados esteticamente e que quase sempre me agradam.
O Agente da U.N.C.L.E.
3.6 538 Assista AgoraFinalmente um filme do Guy Ritchie que me faz lembrar de seus bons tempos com Snatch e Lock, Stock and Two Smoking Barrels. O filme aqui tem um roteiro que inicialmente parece somente legalzinho, mas que é muito bem conduzido, de forma divertida, com aquela comédia bem estilo Guy Ritchie mesmo, tendo algumas cenas muito diferenciadas e memoráveis. A trilha sonora, a fotografia/jogo de câmeras também são muito bons. E o elenco não deixa a desejar em nenhum momento, vai muito bem. Ótimo filme.
Só amores por aquela cena dele fazendo o lanchinho no caminhão enquanto vê a sofrência do parceiro Russo.
Metrópolis
4.4 631 Assista AgoraO estilo do filme assim todo o cenário e produção surpreendem muito pelo ano em que foi feito, sendo sem dúvidas visionário na forma que aborda o futuro distópico e a própria ideia do filme. A trama central é muito interessante e dá pra causar uns bons dias de reflexão nessa questão das classes, causando uma ótima imersão do telespectador na situação dos personagens. Porém do meio pro final não achei ela tão bem trabalhada, ficando com algumas situações muito diretas e outras sem um desfecho coerente, um tanto quanto apressado (talvez tenha relação com parte das filmagens terem também sido perdidas).
E, apesar da frase interessante referente a tríade do cérebro (patrões), mãos (operários) e o coração (intermediador), achei o final "romantizado" demais, com aquele ar pacifista e que dali pra frente tudo seria as mil maravilhas na relação e na vida de todos, incluindo a dos operários. Porééém a realidade é bem diferente e não é tão simples assim, e não vejo um final assim dentro um desfecho lógico, mesmo o filme tentando dar a entender um super arrependimento com a situação ali por parte do criador da cidade (vide Michel Temer).
E como assim a galerosa lá recebe a notícia que os filhos deles tão tudo morto, ficam instantaneamente putos com a "bruxa", colocam ela na fogueira e simplesmente DO NADA ficam todos super felizes e achando que agora tá tudo certo. Porra, em teoria eles ainda achavam que os filhos estavam todos mortos, era pra tá todo mundo puto e só ficarem feliz após receberem a notícia que tava todo mundo vivo. Não fez muito sentido essa cena. Ri bastante na hora da situação, mas ainda sim é uma situação super sem lógica por parte do roteiro.
A General
4.4 175 Assista AgoraÁgil, bem roteirizado, ótimas cenas de ação e muito divertido de se assistir.
Incrível saber que esse filme na época foi um fracasso de bilheteria em relação ao investido monetariamente nele, principalmente por conta da decadência do cinema mudo, atrapalhando muito profissionalmente o Buster Keaton, obrigando ele a sair de sua carreira independente e assinar com a Metro-Goldwyn-Mayer. Só passou a ser valorizado e reconhecido anos depois, se tornando um dos maiores clássicos de antigamente e talvez de todos os tempos.
Obs: apesar de o filme já ter um ritmo ótimo, eu acho ele ainda mais legal quando visto em velocidade 1,3x/1,4x.
Quatro Casamentos e Um Funeral
3.3 254 Assista AgoraUma comédia/romance bastante divertida e gostosa de assistir, principalmente pelo estilo bem diferente das comédias inglesas.
Mas muito sem sentido ele ter decidido de casar com aquela Henrietta, que aparentemente era bem chata e ele não gostava nada. Mesmo com Carrie casada, a Fiona seria uma opção bem mais óbvia e válida (e que na realidade era a que eu tava torcendo), considerando essas circunstâncias. Acredito que, já que a ideia era ele ficar no fim com a Carrie, talvez tenham considerado muito pesado o filme colocar uma situação em que o Charlie largasse a personagem da Fiona no dia do casamento, por isso usaram uma personagem mais chata e que ninguém ligaria tanto.
Duas coisas ainda me surpreenderam:
Primeiro a nota baixíssima desse filme no Filmow, pois considerando a média de notas do site, 3,4 parece bem injusto com o filme.
A outra é que como o pessoal do BAFTA (vide Oscar britânico) teve coragem de dar o prêmio de melhor filme do ano, em 1995, para Quatro Casamentos e um Funeral, quando naquela mesma edição tínhamos simplesmente Forrest Gump, Pulp Fiction e Um Sonho de Liberdade (que não foi nem indicado!), isso fora Leon, mas esse desconsidero porque na época foi bastante criticado e a França lançou outro filme como concorrente aos prêmios. Gostei muito do filme, mas poxa, sem comparação, os outros três (quatro, se for considerar Leon também) são obras primas!
Touro Indomável
4.2 708 Assista AgoraUma atuação fantástica de Robert De Niro e uma boa direção do gênio Scorsese, porém é baseado em uma história ruim (achei difícil criar um roteiro bom em cima dessa história na realidade, principalmente pela pessoa que o filme retrata), assim difícil de ser contada de forma interessante para o público. Também me incomodou principalmente por diversas mudanças de datas a fim de deixar a obra mais "cinematográfica" - como ele ter conhecido Vikki em 1941, sendo que nesse ano ela tinha 11 anos, e se casado com ela em 1945, segundo o filme, não fazendo nenhum sentido como retrato biográfico considerar isso. Na realidade ele conheceu ela em 1946, se casou e ela engravidou no mesmo ano, no caso.
Apesar disso, o filme conta com bons aspectos técnicos, como fotografia, montagem e edição do filme e das cenas. Além, de como já citei, uma ótima atuação do De Niro e uma boa direção do Scorsese, mas muito longe de ser sua melhor ou uma de suas melhores obras, como muito já ouvi falar.
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraAcho completamente legítimo a forma do Bergman fazer cinema, porém, após já ter visto O Sétimo Selo e agora Persona, e mesmo buscando entender ao máximo os significados por trás do filme durante e após ele, sinto que não é para mim.
Jolene
3.7 51Quando acabou o filme só fiquei na vontade de estar naquela rua e dar uma abraço na Jolene.
E a Jéssica Chastain tá um absurdo nesse filme. Que atriz!
Quando no final ela olha pra indústria de cinema e pensa "por que não?" só fiquei pensando "QUÊÊ??? Só que falta isso ser um filme biográfico da Jéssica Chastain", já que explicaria o fato de ela ter estourado na carreira um tanto quanto tarde e que sempre me faz pensar "onde que essa puta atriz tava se escondendo, gente?". Felizmente não era biográfico! Foi só uma coincidência mesmo haha.
Chinatown
4.1 636 Assista AgoraUm roteiro promissor, mas que não me atraiu tanto em seu desenrolar, sendo a história passada de uma forma um tanto desinteressante, arrastada e até um tanto quanto confusa em alguns acontecimentos.
Mesmo com todas as conclusões do final não consegui entender completamente quem seria a moça do início que se passa por Mrs. Mulwray. Seria mesmo a amante? Se sim, por que ela pagaria tal detetive se passando pela esposa para descobrir a suposta amante (que seria a esposa)? Estava brava com o Mr. Mulwray? Ficou inconclusivo. Na verdade, durante boa parte da trama pensei que o Mr. Cross que havia pago para aquela mulher se passar de Mrs. Mulwray, para assim o detetive descobrir o local exato onde sua filha e sua neta/outra filha estavam, considerando ela ter fugido no passado (eu estava achando muito interessante e legal se fosse isso). Porém não faz muito sentido ser isso, não dá a entender em nenhum momento que o Mr. Cross não sabia o local onde eles moravam, e provavelmente saberia, considerando a importância de ambos nos negócios da cidade.
Além disso, apesar de ser bom de forma geral nas categorias técnicas, considerando também a época, me surpreendeu um filme tão consagrado ter algumas edições/gravações tão estranhas em suas filmagens. A cena em que Mr. Gittes é deixado inconsciente na plantação e cortada muita rapidamente para uma tela escura, dando uma sensação muito estranha no telespectador. O primeiro tapa do Mr. Gittes em Mrs. Mulwray também tem um corte tremendamente estranho. E o principal: como puderam deixar passar na cena final quando o câmera visivelmente esbarra no Jack Nicholson quando a câmera está saindo do carro com a Mrs. Mulwray morta e indo em direção a ele, dando uma bela tremida na tela. Me matei de rir naquela cena, não nego.
A Separação
4.2 725 Assista AgoraQue filme, que roteiro, que condução, que atuações! Ele nos instiga o tempo todo a analisar, refletir e julgar as atitudes dos personagens, sem maniqueísmos e colocando em cheque pontos e situações que nos fazem a todo momento mudar em referente a quem nós estamos achando o correto da situação. Analisando e considerando elementos relevantes na cultura Iraniana pra trama também. E no fim temos que:
O filme fica em aberto a decisão da Termeh? Na realidade acredito que não. Ela diz que já decidiu e sabe quem escolheu, fazendo referência a nós, telespectadores, que estamos o tempo todo julgando as atitudes dos personagens e tomando as decisões de quem está certo e errado, inclusive no final, como se fossemos o próprio júri do filme. Portanto, a decisão já tomada por Termeh mas não dita por ela fica a cargo do telespectador decidir, que já tomou qual a decisão dela e por ela. Depois que parei pra refletir, achei esse final fantástico! Obs: na minha decisão a Termeh decide por ficar com a mãe.
E uma demonstração pra mim de que esse roteiro é muito foda é ele ter simplesmente ter sido nomeado a melhor roteiro original no Oscar (além de vencer como melhor estrangeiro no Oscar e Globo de Ouro), pois essas categorias (atuações, melhor filme, roteiro e diretor) são bastante preconceituosas e injustas com filmes falados em idiomas que não o inglês e praticamente impossível eles concorrerem em tais categorias. Então isso acaba significando muito.
Armas na Mesa
4.0 221 Assista AgoraJéssica Chastain é uma atriz fantástica (e que tem ótimo dedo pra escolher o tipo de filme em que atua também) e aqui ela destrói mais uma vez. Achei a atuação dele aqui absurda, considerando incrível que ela não foi nem indicada ao Oscar (mas foi ao Globo de Ouro), sendo que ela está muito melhor que a própria Emma Stone em questão de atuação (e que estava ótima no também ótimo La La Land), que foi quem levou o prêmio.
O Profissional
4.3 2,2K Assista AgoraPara quem se sentiu desconfortável ou viu traços de pedofilia na relação da Mathilda com o Léon, recomendo ver a versão extendida (de 136 minutos), nela aborda mais a relação dos dois e também o desejo da Mathilda pelo Léon, em que pra mim ficou claro que se tratava de duas pessoas que nem entendiam o amor direito (além que essa versão também tem eles indo fazer alguns trabalhos juntos, além de outras cenas, que achei que deixou ainda mais fantástico a obra). Mathilda por ser uma criança e ser até então completamente negligenciada, confundindo o amor e cuidado de uma pessoa com um amor mais "sexual" e que ela ainda compreendia muito bem o que era exatamente, porém que Leon o tempo todo recusa. E Léon quando conta o motivo de ter saído da Itália e só ter tido um amor em sua vida, sendo ele também bastante negligenciado, um dos motivos de ele também ser tão inseguro com algumas situações com a Mathilda, porém que no fundo ele sabe que o amor que ele vai aprendendo com a Mathilda tende a ser tornar fraternal, por mais que isso também seja confuso para ele. Particularmente, mesmo sabendo das histórias do diretor e de um caso amoroso dele poder ter servido de incentivo, eu tento ver a história dessa forma e que pra mim acaba se tornando ainda mais delicada e bonita, por mais que se a relação fosse tratada já inicialmente como fraternal ficasse mais "suave" de ser visto pelo público e não tiraria a grandiosidade do filme.
E o que é aquela construção da cena em que a Mathilda volta para o apartamento quando sua família é morta. A música de fundo, os passos em câmera lenta, o desespero crescente e choro indo até a porta de Léon, a gente se sentindo tão angustiado e desesperado junto com ela, e então a porta se abre com toda aquela iluminação em tela e um gigantesco alívio tomando conta. Que atuação da Natalie Portman ali. Uma das minhas cenas preferidas do cinema.
Para mim, esse filme é uma das maiores obras de arte já proporcionados pelo cinema.
Thelma & Louise
4.2 967 Assista AgoraCara, que filme necessário de ser visto! Começou bom e terminou muito melhor. Roteiro foda, que personagens cativantes e com um tema muito forte e que se encaixa perfeitamente na nossa atualidade ainda, gerando muito o que se refletir.
Me arrisco a dizer também que a personagem da Thelma, inclusive, é a personagem que mais evoluiu em um filme que já tive o prazer de assistir.
E esse final? Que foda! Completamente diferente do que qualquer possibilidade que eu tava tentando montar de como o filme terminaria. Talvez não seja aquele final super feliz, daquele estilo que estamos acostumados, mas condiz muito com a evolução das personagens durante o filme, toda a caminhada delas pela liberdade, cujo alcançaram e que encontraram nesse fim do suicídio a única possibilidade de continuarem com essa mesma liberdade. Além da questão óbvia do machismo que as personagens sofreram e o que esse final representa em relação a isso, o final também me fez refletir sobre questões mais gerais sobre suicídio e como pra muitos essa é a única saída pra sua liberdade. Achei bastante icônico.