Um ótimo compilado de short horror. Tirando uma ou outra história, esta antologia possui alguns simbolismos e metáforas muito bem elaboradas. São belas adaptações de contos de toda a Europa.
Um bom trabalho. É um filme que além de uma pegada sobrenatural, por parecer um filme de terror, na verdade trata-se mais de um suspensa, que aborda a questão de como o subconsciente trabalha com a mente para nos enganar.
A jovem Maureen, interpretada pela pokerface cara pálida Kristen Stewart (que por sinal está ótima no papel. Sendo talvez o melhor trabalho de sua carreira), vive uma confusão em sua mente.
Em todo momento ela acha que seu irmão falecido esta se comunicando através de aparições. Ou então que o espirito que conversa, é alguém misterioso que morreu.
O filme da a entender que na verdade todos os eventos sobrenaturais que ocorrem, é produto da sua imaginação, e o espirito que a incentiva a fazer coisas, na verdade é seu próprio subconsciente.
Yorgos Lanthimos é conhecido por seus filmes absurdos que fogem da realidade utilizando de alegorias para contar uma história e transmitir uma mensagem. Seus filmes sempre nos contam algo sobre a realidade ou sobre o passado. Bom, no filme O Sacrifício do Cervo (titulo original: The Killing of a Sacred Deer) não seria diferente. O filme possui algumas referências que notei ao panorama judaico cristão. Começamos então falando dos personagens: O personagem principal Dr. Steven Murphy, representaria Deus ou o destino, mas configurado como o decretador; Sua família representaria a humanidade; Seu filho caçula Bob Murphy representaria Jesus Cristo; Seu amigo misterioso representaria o pecado. Vamos então entender esta história. O jovem Martin representa o pecado.
Steven é um cirurgião cardiologista que tem uma família com sua esposa, tendo dois filhos Bob e Kim. O médico acaba conhecendo Martin, filho de um ex-paciente que morreu em cirurgia após sofrer um AVC. A partir daí, Steve cria uma amizade com este garoto, ao nível de apresenta-lo a sua família e seus amigos. Tudo começa a ficar estranho quando seu filho menor Bob perde o movimento das pernas da noite para o dia. Logo o próprio Martin confessa que ele foi o responsável por aquilo, e que o Médico teria que consertar seu erro de ter matado seu pai. Bom, parando para observar, este é o momento em que o tom do filme muda. O garoto insinua, que o cirurgião foi o responsável pela morte de seu pai, pois na época em que estava vivo, em um dos exames, Steve havia dito que não havia risco de morte para o pai de Martin. O garoto afirma então, que iria morrer um por um de sua família, e ele teria que fazer uma difícil decisão.
Bom, podemos interpretar este parágrafo como o nascimento do pecado interno do homem. O pecado, simbolizado por Martin, surgiu com a primeiro decreto de morte. Martin surgiu na vida de Steven exatamente da mesma forma, assim que seu pai (Vida eterna) foi vencido pela morte, nasce então o pecado. O Pai de Martin também poderia ser representado por Adão, visto que Steven sempre alertava o pai de Martin sobre os riscos pra saúde em beber álcool com demasia. Infelizmente esta foi a causa do AVC. Também, Adão foi negligente e escolheu o risco de comer do fruto que trazia morte. Martin representando o pecado, aparece como algo inevitável. Onde estivesse Steven, lá estava Martin para o pressionar pelo seu erro.
Com o passar do tempo os filhos do Doutor Steven começam a adoecer. Urgentemente as crianças vão parar no centro neurológico, pois elas haviam sido submetidas a algum tipo de ataque psicológico que as fizeram com que não conseguissem mais andar, e nem mesmo ter o apetite para se alimentar. A ciência tenta de tudo, mas em vão não obtêm sucesso; nem ao menos para saber do que se trata o problema. Steven fica cada dia mais apreensivo e desesperado. Estranhamente seus filhos começam a obedecer suas ordens que no primeiro ato do filme não faziam. Isto pode representar a forma que os humanos passaram a se relacionar com Deus, ao perceberem as consequências que o peado trazia. Sua filha Kim, se encanta com Martin (pecado), fazendo tudo que ela a pede. Ela se torna uma verdadeira escrava do garoto, e chega até participar do seu plano para continuar gerando morte.
Steven em um ato de desespero, acaba sequestrando o jovem Martin e o torturando. Mas inutilmente ele e sua esposa descobrem que não adianta matar Martin (destruir o pecado), seus filhos e sua esposa estavam condenado a morrerem mais cedo ou mais tarde. Mas ele deveria então fazer uma escolha. Escolher alguém para ser sacrificado para acabar com esta maldição lançada por Martin (pecado). Steven amarra seus filhos e sua esposa na cadeira, uns de frente para os outros em formato circular. O homem então coloca uma venda em cada em si, carrega sua espingarda, e gira em círculos entre os três membros da família. Por ação do destino, o tiro acaba pegando o peito do garoto, que morre na hora. Vale lembrar e ressaltar, que antes de sua morte, o garoto passa a chorar sangue pelos olhos, que pode ser visto como uma referência a última oração de Cristo antes de ser sacrificado para salvar a humanidade. Tempos depois toda sua família já estava curada. Assim como Martin perdeu seu pai, Steven perdeu seu filho. O preço está pago.
Em todas as minhas experiências com filmes longos, filmes com horas de duração, foram grandes experiências que me revelaram que grandes produções são eternizada pelo o que elas representam para o cinema. Seven Samurai do único Akira Kurosawa; Gone with the Wind, de Victor Flaming; e Pulp Fiction do Tarantino, são filmes que me arremataram e me deixaram maravilhados pela sua grandiosidade, e genialidade de seus diretores. Bom, fico feliz, pois mais uma vez esta minha lista de filmes únicos para a história do cinema, foi atualizada com o famoso épico “Ben Hur”, dirigido por William Wyler.
Ben Hur, acompanha a trajetória de vingança do personagem Judah Ben Hur (Charlton Heston), um príncipe judeu, que após notar que seu melhor amigo, um governante romano, não iria ceder a opressão contra seu povo, declara a ele sua inimizade. Nisto, Messala (Stephen Boyd), o governador romano, o persegue até que ele seja condenado injustamente, junto com sua mãe e irmã a prisão. Assim Judah, se depara com uma verdadeira jornada a sua frente, para escapar das garras do império romano e libertar sua família da opressão.
Em minhas primeiras impressões, pude captar algumas referências a personagens e passagens bíblicas. Judah, passou por coisas parecidas que passaram os personagens bíblicos; Moises e José. Moisés, assim como Judah, cresceu na casa dos inimigos, aprendendo da sua cultura, e criando laços afetivos. Assim como o grande profeta, Judah também escapou, e teve sua história de redenção onde confrontou seu opressor. Assim como José, filho de Jacó, foi dado como escravo e por seu próprio senhor fora promovido ao alto escalão, o mesmo aconteceu com Judah. Esta metalinguagem presente aqui, reforça biblicamente as referências do antigo testamento ao próprio Cristo; Sendo aquele que foi vendido por moedas como José, e se tornou o libertador como Moisés.
Nesta jornada, a cada conflito gerado, a cada mentira contada, desperta em Judah uma sede de ódio e vingança. De alguém que repudiava a violência, e acreditada na justiça de Deus, passa a ser um homem que rejeita a provisão divina, e está disposto a fazer sua própria justiça. Apenas quando, ao se deparar com a realidade de tudo que havia ocorrido em sua vida, Judah notou o tamanho erro que cometeu em nutrir o ódio e tomar a vingança de Deus. Ele diz: “Pouco antes de sua morte, eu ouvi ele dizendo “Pai, perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem”. Mesmo nesta hora, eu senti sua voz tomar a espada da minha mão”. Esta frase foi o que representou o entendimento de Judah consumado, a respeito do tal Messias que tanto falavam para ele durante sua jornada ruma a vingança.
O interessante do filme, é que talvez seja o único que não mostra o rosto de Jesus; a câmera sempre o mostra de costas, ou apenas da cintura para baixo, acentuando um ar de mistério. Isto tudo, revela um outro aspecto interessante sobre o protagonismo do filme. A história de vingança e redenção de Ben Hur, nada mais é que uma ficção paralela com Bíblia, que no fim das contas, mesmo não sendo o protagonista na narrativa, Jesus é elevado a um grau de importância enorme neste filme, que o torna o centro de todo a coesão do filme. O poder de influência de Cristo é tão grande aqui, que mesmo indiretamente, Judah recebeu diversos sinais do próprio Deus através dos ensinamentos de Jesus ouvidos por Esther (Haya Harareet) e passado como alerta para o príncipe. Ensinamentos estes sobre pagar o mal com o bem, amar os inimigos e confiar na justiça de Deus. Notamos aqui o poder das palavras de Jesus. Mas apenas quando Judah entendeu a mensagem de Cristo, foi que ele baixou suas armas e encontrou a paz que tanto almejava. O filme é um espetáculo visual. É de impressionar a produção e a reconstrução histórica e cenográfica da Roma do primeiro século. O figurino, os ícones, as estatuas, as construções, foram totalmente recriadas com alto nível de fidelidade. A proporção de tela Ultra Panavision 70, foi um grande diferencial de Bem Hur. Como esta proporção tem uma horizontal mais larga do que o normal, no verdadeiro formato widescreen, os planos abertos permitiram o filme evocar todo o poder que possuía o império romano. A fotografia maravilhosa deste filme, aliada ao magnifico cenário e ambientação, permitiu que Bem Hur se tornasse uma referência para filmes épicos da mesma linha. Como se não bastasse, o filme não é apenas uma reconstrução visual do primeiro século, muito menos uma remontagem histórica do período em que Cristo viveu. Muito além, o filme transmite a verdade do evangelho, sem ao menos dar ao menos uma fala para Jesus ou algum de seus discípulos. Existem apenas algumas cenas presentes que a bíblia narra, sendo elas a subida pro gólgota, e o sermão do monte.
Bem Hur é um épico extraordinário, muito além de seu tempo esteticamente falando, é um filme lindo de se ver, fácil de se encantar. Confesso que chorei ao ver, principalmente com sua resolução. Talvez seja pelo fato de eu ser um Cristão, e por mérito do roteiro e direção, esta ter sido uma obra fiel a mensagem Jesus trouxe ao mundo. Um filme deste, sem dúvidas é indispensável para qualquer amante da sétima arte. Eu poderia falar sobre os outros muitos atributos e qualidades deste filme, como as atuações, as cenas de corrida de cavalos que foram muito bem montadas, sobre as sequencias dos escravos no navio, que foi muito tenso, mas vou até aqui dizendo que com toda segurança e certeza, que este filme está entre o top 10 dos melhores filmes de todos os tempos.
Filme bem mediano. Temos um primeiro ato muito bem trabalhado, com diálogos sutis. Mas depois no desenvolvimento narrativo, o filme começa a apelar para aqueles diálogos expositivos, que tratam o espectador como um débil mental. Se o filme mantesse a sutileza do começo ao fim, com certeza seria um otimo filme.
Filme cheio de soluções escapistas burras. O roteiro é um pouco atrapalhado, não desenvolve o personagem da garota direito. O filme tem um péssimo ritmo, com um terceiro ato bem forçado. Serio que eles queriam que eu engolisse aquele final??? huhuehueh
Enfim... a premissa é legal, mas a execução deixa desejar. Sei nem porque eu não dei duas estrelas kkk
O filme tem dois arcos muito bem transitados entre si. A narrativa corrobora para um chocante desfecho. Sim, quando eu digo chocante, é chocante mesmo. O filme tem um progresso sensacional na dramatização. O que de fato me incomodou é que, apesar de ambos os arcos funcionarem muito bem, eles parecem dois filmes em um. Talvez o filme fosse perfeito se focasse melhor em apenas no segundo arco.
O filme tem seu mérito. Em diversos momentos me peguei pulando do sofá de nervosismo. De fato é um filme que constrói bem uma tensão atmosférica. Contudo, a exaltação ao imperialismo norte americano, torna o filme um clichê.
Bom, quando fiquei sabendo desta versão live action do Tarzan, eu sabia que não iria dar certo. Uma, porque a história original já está saturada de representações cinematográficas, e outra, que uma nova aventura do Tarzan pós civilização, deesentonaria completamente com o que o personagem representa. O roteiro é bem escabroso, apelando para os maiores clichês de filmes de aventura na selva; o homem macaco convocando os animais a expulsar os homens maus e impedi-los de explorar e escravizar os nativos. Já vimos isto em Avatar, e mesmo pra esta produção, que lotou cinemas de todo o mundo, não foi algo que colou muito. Portanto quando percebi do que se tratava a história, já sabia o que iria acontecer. Os personagens são totalmente sem graça. A Margot como Jane esta bacana, mas o personagem dela é muito contraditório no aspecto força física; uma hora ela bate em 4 caras sozinha, noutra, ela não consegue lutar contra um, sem contar os diálogos terríveis que colocaram na personagem. O Sam Jackson no elenco, foi talvez uma tentativa de criar um alivio comigo ou uma figura mais americanizada; um verdadeiro corvo para o espectador. Inclusive, algumas piadas do personagem funciona, mas infelizmente ele não tem nenhuma função relevante pra trama, ta ali só pra tirar sarro da situação. O Alexander Skarsgård está bem como Tarzan. Por ser um personagem que é mais voltado para expressão e ação, e não para diálogos, ele convence bastante no papel, representando um Tarzan civilizado, mas com traços da selva. Gostei. Djimon Hounsou, como líder da tribo inimiga dos gorilas, foi totalmente descartável com seu personagem; ele possui apenas algumas falas. Christoph Waltz está bem no papel de vilão, mas seu personagem é muito formulaico; Lembra muito um vilão do 007 dos anos 70. O ator fez a maior força para extrai algo bom do personagem, mas infelizmente o roteiro também não contribui. A montagem do filme, logo no início, nos primeiros dez minutos me mostrou que seria uma bagunça. O filme não te passa noção de tempo, de espaço ou veracidade. A montagem é totalmente anticlimática. Isto define a falta de ritmo do filme. A peleta de cores sépia, não sei se foi feita para disfarçar os defeitos de CGI, mas em toda cena escura eles colocavam esse efeito nojento kkkk. No mais o visual do filme é bacana, as tomadas de plano aéreo são bonitas, as cenas que mostram a paisagem na savana, são muito bonitas mesmos. Os efeitos visuais ficaram muito bons nas cenas mais claras, mais especificamente em algumas cenas envolvendo ataque de animais. A lenda de Tarzan era pior do que eu esperava. Um roteiro fraco e preguiçoso, com personagem mal trabalhados, tendo efeitos bons, bons enquadramentos, diálogos terríveis, vilão improvável, o filme não merece ser visto pelo seu mérito.
Os anos 90 foi – se não a melhor – uma das melhores décadas para o cinema americano e mundial. Muito dos filmes lançados nesta década carregavam consigo um peso históricos de críticas sociais. Na verdade perspectiva de revolução social acompanha o cinema desde seu surgimento até como o conhecemos nos dias atuais. Talvez os anos 90 seja um marco de uma nova era para o cinema. Títulos como, Pulp Fiction, Fight Club, Matrix, Seven, The Truman Show, são apenas alguns das dezenas de filmes de uma época em que o cinema estava em seu apogeu intelectual.
O primeiro grande ponto central do filme, onde realmente se concentra sua crítica, não está estritamente vinculado ao tema racismo, mas sobre como pequenos estereótipos, preconceitos e o ódio destilado, pode levar a sociedade, ou mais especificamente uma família, a ruina. Derek, em sua infância, sempre ouviu de seu pai frases racistas e xenofóbicas, durante um simples almoço em família. Pequenas falas que não pareciam tão racistas assim, o famosos racismo velado, construiu um estereótipo na mente de Derek. Quando seu pai morre prestando serviço a um bairro negro, Derek é fortemente afetado por isto. Passa então a associar de forma equivocada, motivado pelo ódio e pela dor, que os imigrantes de forma geral, são os responsáveis por todo o mal no país; na sua mente, talvez se seu pai não tivesse que socorrer negros, ele não teria morrido. Derek percebe, que nada que tenha feito em sua vida, foi suficiente para acabar com o ódio e a dor que sentia. Assim, em seu período na prisão, o jovem é obrigado a se socializar com um negro, devido a tarefa que era feita em dupla no presídio. Por se afastar aos poucos dos cabeças raspadas que havia na prisão, Derek é estuprado e violentado pelos seus próprios companheiros ideológicos. Aos provar do ódio que ele mesmo nutria em si, o jovem começa enxergar que os negros não eram seus inimigos, que ele mal os conhecia para fazer qualquer julgamento; e para sua surpresa foi quem ele mais odiava que o acudiu na prisão, um negro. Com sua liberdade, Derek volta totalmente livre de qualquer preconceito de todos os pensamentos que havia criado em sua mente. Com tudo, seu irmão havia crescido e construiu uma imagem de seu irmão como se ele fosse um herói para ele. Ele havia seguido os mesmos passos de Derek. O ex-presidiário, ex-nazista, ex-skinhead, passa agora a se ver em seu irmão. Este é o momento em que ele compreende o porquê fez o que fez e como chegou a esta vida. Falando sobre a produção em si, o fotografia compete muito bem com o conceito de redenção aqui apresentado através da história de Derek. Em seu passado obscuro antes da prisão, a paleta p&b evoca os tempos remotos da KKK, e do ultranacionalismo, conceituando tudo isto, numa compreensão de algo antiquado, pálido e bilateral. Talvez tenha algo relacionado também com o contraste entre negros e brancos que ainda vivia Derek até o momento de sua liberdade. Ao ser solto, a paleta de cores se abre com a coloração convencional conectando o fato da libertação do personagem para um mundo sem ódio, com as cores vivas e vibrantes. A trilha sonora também se divide pela passagem do tempo. Na vida de Derek antes da prisão, enquanto a palheta preto e branco reforça a mensagem, a música engrandece e conflita os eventos anteriores. Enquanto isto após a redenção do personagem, a trilha se acalma com sutileza, faz referência entre a paz e a tristeza do personagem ao ter sua mente renovada, mas ter que lidar com o ódio de seus antigos amigos. O filme conta com cenas pesadíssimas de agressão, morte e até estupro coletivo. Talvez o peso destas cenas, ou próprio peso narrativo leve o filme a ser o que é. O roteiro tem uma das melhores transições e construções já feitas. O personagem de Edward Norton é muito bem dirigido, as cenas são muito bem filmadas e dirigidas. O caminho que o roteiro faz o personagem percorrer para atingir sua redenção é muito sutil e difícil de se fazer em uma produção de quase duas horas de duração. Geralmente esta mudança drástica e sutil, seja mais encontradas em series ou trilogias de filmes, mas fazer isto neste filme, sem parecer uma mudança forçada e artificial é realmente um mérito para o diretor e roteirista. Este é filme feito realmente para causar incomodo, desprezo e nojo. As suásticas penduradas visivelmente em muitas cenas do filme; as tatuagens sobre a supremacia branca; as considerações burras a respeito da organização social e histórica; me causaram desconforto enorme. Isto significa que o filme cumpriu seu propósito. Ainda falando sobre o incomodo, é impressionante como passamos a odiar o personagem Derek, e passamos a ter compaixão do mesmo ao entender sua realidade, ao entender como ele era alguém que necessitava de ajuda, por tudo que passou. Se este personagem funcionou além do roteiro, grande parte do mérito vai para seu interprete, Edward Norton. Este filme rendeu a Edward Norton uma merecida indicação ao Oscar de melhor ator no ano seguinte ao lançamento. American History X, é um filme feito para chocar as pessoas, a fazerem pensar um pouco fora de sua realidade; começar a entender a realidade dos outros e deixar de fazer perguntas erradas e passar a fazer as certas. Assim como Derek, deixou de perguntar pra si quem era o culpado das coisas ruins que aconteciam no país, devemos buscar a entender, que tudo que fazemos de bom ou ruim existe um motivo, uma fonte por onde nossos ideais surgem. Pois a questão não é o que eu faço com os outros apenas, mas o que eu faço comigo que me faz fazer o que eu faço com os outros?!
Não se vê mais lançamentos de filmes High School cativante como "10 coisas que odeio em você", ou "17 outra vez". “O Date perfeito” tinha tudo pra ser um ótimo filme high school, mas o formato tosco moderno de filmes do gênero é o que sempre estraga esse tipo de longa.
Na premissa, temos Brooks (Noah Centineo), tentando virar um empreendedor para pagar sua faculdade dos sonhos. Ele descobre então uma forma de fazer isto; trabalhando como uma espécie de gigolô teen. Em seu primeiro trabalho o jovem conhece uma garota totalmente diferente das outras. Célia Lieberman (Laura Marano), sabendo que Brooks faz este tipo de trabalho, ambos combinam de usarem as artimanhas de se passar por outra pessoa, para conseguir seus objetivos. Brooks quer conquistar a garota mais popular da escola Shelny Pace (Camila Mendes), enquanto Célia quer conquistar um outro garoto. Mas com o tempo Célia começa a se apaixonar por Brooks que só a vê como uma amiga. Assim começam os problemas.
Mas saindo da ficção, o real problema do filme é seu desenvolvimento. Todo o arco entre os dois leva um tempo necessário para ser construído, o que passa a sensação de compatibilidade entre eles, porém o filme joga tudo isto fora no último ato, quando da forma mais artificial possível há pequenos conflitos dentro do que era pra ser a redenção de Brooks; pois o filme pedia isto. Toda a construção do roteiro foi por água a baixo.
No entanto, apesar de haver um desleixo com o clímax, o filme conta com momentos engraçados e divertidos. Em especial as cenas em que Brooks está trabalhando como gigolô, em que ele se caracteriza dos mais diversos tipos e personalidades. O filme não é ruim, tem inclusive algumas bandeiras sociais levantadas junto a reflexão, temos uma personagem feminina imponderada, e um jovem preocupado com o seu sucesso.
Esse sem dúvida é um dos piores filmes do 007. A ultima vez que tinha assistido foi na infância. Ao assisti-lo ontem, me decepcionei, e vi quão tosco é esse filme. Como um filme do 007 tão recente, pode ser tão tosco e desnecessário assim? Infelizmente minha infância foi uma mentira hahhah.
Eu não sei como não riram com o filme. Foi muito engraçado hahah. Tem alguns problemas de desenvolvimento narrativo, mas nada que comprometa a proposta que é ser engraçado kkkk
Há cerca de 10 aos, nascia uma franquia Marvel que mudaria o rumo das produções cinematográficas. Heróis sempre foram tipos de personagens admirado por todas as idades; mas o aperfeiçoamento do cinema, possibilitou ao público olha-los de uma outra maneira diferente, com um olhar mais profundo e imersivo. Nunca na história do cinema, heróis foram tão prestigiados em filmes, como nesta década.
Desde o primeiro filme do Iron Man até Avengers EndGame, houve uma construção consciente dos personagens e das equipes em questão. Isto possibilitou uma finalização esplendida de toda esta história com os vingadores. Neste último filme, a marca do alívio cômico da Marvel esteve presente como nunca, contrastando com dois atos dramáticos que deram o equilíbrio necessário para o filme. E, felizmente, neste aspecto o filme acertou em cheio, justamente pela densidade narrativa imputada sobre.
O aspecto negativo do filme, foi justamente no primeiro ato, onde há uma tentativa desenfreada de memorar os filmes produzidos pela Marvel através de frases e piadas, que só funcionam como gatilho nostálgico. Mas em compensação, eu fiquei impressionado com as soluções escapistas escrita no roteiro. Não vi mais aquela preguiça que tinha a Marvel para alavancar situações especificas, livrar personagens e criar soluções inteligentes para determinados confrontos.
É de se esperar que um filme de finalização de uma saga, além de ser longo, promova momentos épicos e inesquecíveis para os fãs. Nisto em meio a tantos heróis cada personagem teve seu momento de redenção e de vulnerabilidade. Isto é muito importante não só para homenageá-los, mas para consolida-los, e alguns terem uma resolução necessária.
Pode-se dizer que o legado de Vingadores se estende para um futuro promissor, sendo uma consagração de uma nova era para o cinema e o mundo do entretenimento. Se foi esperado um gran finale para a saga de Vingadores, foi entregue com sucesso.
Fazia tempo que não via uma porcaria como esta kkkkkkkk... Filme totalmete irresponsável com o tema proposto. Uma salada kkkkkkk mds kkkk... Ainda não to acreditando que lançaram esse filme lkkkkkkk
Que a música faz bem para a mente, isto é um fato sabido por todos. O incrível é descobrir novos horizontes de eficiência da música, que ela possui poderes que ninguém imaginaria que houvesse; poder de resgatar memorias, sensações, um dia exterminadas pela própria mente. Foi o que descobriu o pesquisador Dan Cohen, ao submeter alguns idosos vítimas de Alzheimer e Demência a um experiência que abriria novos rumos para o tratamento da doença e cuidados geriátricos.
Dan selecionou a música favoritas de alguns pacientes e os entregou em um iPod junto com um headphone. As reações dos pacientes foram as mais diversas, de choros a danças, mas todos tiveram alguma reação emocional. Um dos casos mais significativos, que fora o mais visível midiaticamente falando, e foi o responsável por abrir as portas para este modelo de tratamento, foi o caso de Henry. Fã de Cab Calloway, Henry na sua juventude era um músico que amava blues e gospel; saía para os bailes para tocar e dançar na noite. Aos 90 anos com a memória comprometida, ao ouvir sua canção favorita, Henry voltou a lembrar da sua juventude falando sobre o que fazia como se tivesse feito na mesma semana. Como se não bastasse, o idoso melhorou sua capacidade comunicativa ao falar de seu passado de música e das sensações que ela despertou em si. Assim começa uma jornada de experiências de 3 anos, que viraria documentário nas mãos de Michael Rossato-Bennett.
Alive Inside, é um documentário de 2014 que apresenta uma nova forma de se tratar doenças degenerativas pela neurologia. A proposta é simples; descobrir a música favorita, ou aquela que pode despertar mais emoções relacionados a identidade do idoso, e faze-lo ouvir. A reação é quase que certa. Muitos pacientes são privados de música e são apenas sedados e medicados, sendo tratado exatamente como um paciente. Ao ter contato com a música - qual talvez por si só, jamais se lembrariam - de alguma forma ela resgata os sentimentos do passado, e sua identidade. Junto com uma equipe de doutores, Dan descobriu que o poder da música pode ser explorado além do que podemos imaginar. A música não serve apenas como um passa tempo, um momento relaxante, mas ela estimula o cérebro mais do nada nem ninguém no mundo pode estimular. Vítimas de Alzheimer geralmente não são tão afetadas pela parte do cérebro que trabalha com a música como a das demais funções. Desta forma a música pode ser vista como uma porta de escape para as mentes que estão presas; refém de uma doença que traz o caos e desorganiza as memorias, as apagando como uma maré sobre a areia.
Mas a pergunta que todos fazem e você deve ter feito é; se este tratamento é tão bom e eficiente, porque não implementa-lo no mundo todo? A verdade é que a indústria farmacêutica não permitiria. As pessoas do século 21, assim como nascem, envelhecem tomando vacinas, soros e medicamentos. Se existe algo que possa enfrentar esta indústria de igual pra igual, ainda não surgiu. Infelizmente além de não ser lucrativo, fones de ouvido com iPod como tratamento, é inviável financeiramente. A alternativa adotada por Dan, foi criar a fundação Music & Memory, que arrecada recursos para tornar possível este tipo de tratamento a milhares de idosos em asilos e hospitais.
O documentário Alive Inside, não é só importante para se entender o poder que a música tem sobre a mente, mas abre um debate super relevante para atualidade. Esta geração está fiando mais velha, com a expectativa de vida aumentando, com a diminuição de filhos por casais, a pirâmide etária tende a inverter, proporcionando um futuro onde haverá mais pessoas de terceira idade do que jovens. Isto pode ser um problema econômico e social, que deve ser discutido com urgência. A forma como envelhecemos deve ser revista. Será que trancar um idoso numa casa isolado do mundo é a melhor solução? Talvez Dan, ao se engajar nesta pela dignidade daqueles que construíram o mundo em que vivemos hoje, seja uma fagulha neste monte de palha individualista. Talvez tudo que estes idosos precisam, seja uma boa música que junto a sua memória e identidade, resgate a alegria de viver.
Ao passo que a historia se desenvolve, e o caos progressivo entona com o seu lado mais trash, o filme revela fortemente ser uma sátira ao discurso comunicativo entre as massas. As referencias ao patriotismo dos republicanos versus o progressismo dos democratás não só é nitida, como é defendida pelo proprio diretor, que em entrevista afirmou que escreveu o roteiro sob o contexto da eleição presidencial de 2016, onde Donald Trump foi eleito e empossado no ano seguinte. Sam Levinson se tornaria pai no mesmo ano da posse, isto o fez repensar a forma que as coisas seriam dali para frente, foi assim que surgiu o roteiro do filme. O odio só gera odio e violencia. Na obra de Fernando Pessoa, O Livro do Dessosego, ele cita a seguinte frase: “Torturamos os nossos irmãos homens com o ódio, o rancor, a maldade e depois dizemos que o mundo é mal”. Esta frase revela uma caracteristica marcante do filme, em que uma das personagens Bex, que é uma joven trans, destila odio contra pessoas conservadoras em resposta ao ser repudiada pelas mesmas. Quando o discurso dá lugar ao terrorismo em Salem, Bex, Lily, Em e Sarah, mantém ainda suas ideias, mas entendem que tudo que fazem gera uma reação; independente se é moralmente aceito ou não. A repulsa pelo que é imoral faz clara alusão com o cruel puritanismo do seculo XVII. Assim como em 1962 pessoas inocentes eram mortas e hostilizadas pela histeria coletiva baseada em surpestições, o mesmo ocorre na salem de 2018; os reacionários se revoltam e levam o caos para a cidade em nome da moral e os bons costumes. Ironicamente um dos personagens, o Policial Richter após liderar a onda de violencia contra as garotas, diz; “we are good people!”. Logo surge o clamor das supostas pessoas de bem, dizendo: “Nós somos boas pessoas!”, isto quase como uma tentativa de amenizar a consciencia por incitar o odio e violencia. Desde a banalização da violencia até a forma tarantinesca do filme de extrapolar as barreiras da civilidade, pode-se entender que a critica recai sobre a forma debil que as pessoas se comunicam e se relacionam; Cada um tem um lado a qual defende com unhas e dentes, mas ningém esta disposto a ouvir a outra versão. Desta forma, sendo um filme que extrapola a realidadea afim de critica-la, Assassination Nation nos mostra de maneira clara e desconsertante as proporçoes que equivalem o odio destilado atraves das midias. Cabe a nós observar a critica e utiliza-la para tornar o mundo menos caotico e mais humanizado.
Mentes Malignas
2.4 45 Assista AgoraUm ótimo compilado de short horror. Tirando uma ou outra história, esta antologia possui alguns simbolismos e metáforas muito bem elaboradas. São belas adaptações de contos de toda a Europa.
Personal Shopper
3.1 384 Assista AgoraUm bom trabalho. É um filme que além de uma pegada sobrenatural, por parecer um filme de terror, na verdade trata-se mais de um suspensa, que aborda a questão de como o subconsciente trabalha com a mente para nos enganar.
A jovem Maureen, interpretada pela pokerface cara pálida Kristen Stewart (que por sinal está ótima no papel. Sendo talvez o melhor trabalho de sua carreira), vive uma confusão em sua mente.
Em todo momento ela acha que seu irmão falecido esta se comunicando através de aparições. Ou então que o espirito que conversa, é alguém misterioso que morreu.
O filme da a entender que na verdade todos os eventos sobrenaturais que ocorrem, é produto da sua imaginação, e o espirito que a incentiva a fazer coisas, na verdade é seu próprio subconsciente.
O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraANÁLISE CONTÉM SPOILERS!!!
Alegoria a Bíblia em "O Sacrifício do Cervo"
Yorgos Lanthimos é conhecido por seus filmes absurdos que fogem da realidade utilizando de alegorias para contar uma história e transmitir uma mensagem. Seus filmes sempre nos contam algo sobre a realidade ou sobre o passado.
Bom, no filme O Sacrifício do Cervo (titulo original: The Killing of a Sacred Deer) não seria diferente. O filme possui algumas referências que notei ao panorama judaico cristão. Começamos então falando dos personagens: O personagem principal Dr. Steven Murphy, representaria Deus ou o destino, mas configurado como o decretador; Sua família representaria a humanidade; Seu filho caçula Bob Murphy representaria Jesus Cristo; Seu amigo misterioso representaria o pecado. Vamos então entender esta história. O jovem Martin representa o pecado.
Steven é um cirurgião cardiologista que tem uma família com sua esposa, tendo dois filhos Bob e Kim. O médico acaba conhecendo Martin, filho de um ex-paciente que morreu em cirurgia após sofrer um AVC. A partir daí, Steve cria uma amizade com este garoto, ao nível de apresenta-lo a sua família e seus amigos. Tudo começa a ficar estranho quando seu filho menor Bob perde o movimento das pernas da noite para o dia. Logo o próprio Martin confessa que ele foi o responsável por aquilo, e que o Médico teria que consertar seu erro de ter matado seu pai. Bom, parando para observar, este é o momento em que o tom do filme muda. O garoto insinua, que o cirurgião foi o responsável pela morte de seu pai, pois na época em que estava vivo, em um dos exames, Steve havia dito que não havia risco de morte para o pai de Martin. O garoto afirma então, que iria morrer um por um de sua família, e ele teria que fazer uma difícil decisão.
Bom, podemos interpretar este parágrafo como o nascimento do pecado interno do homem. O pecado, simbolizado por Martin, surgiu com a primeiro decreto de morte. Martin surgiu na vida de Steven exatamente da mesma forma, assim que seu pai (Vida eterna) foi vencido pela morte, nasce então o pecado. O Pai de Martin também poderia ser representado por Adão, visto que Steven sempre alertava o pai de Martin sobre os riscos pra saúde em beber álcool com demasia. Infelizmente esta foi a causa do AVC. Também, Adão foi negligente e escolheu o risco de comer do fruto que trazia morte. Martin representando o pecado, aparece como algo inevitável. Onde estivesse Steven, lá estava Martin para o pressionar pelo seu erro.
Com o passar do tempo os filhos do Doutor Steven começam a adoecer. Urgentemente as crianças vão parar no centro neurológico, pois elas haviam sido submetidas a algum tipo de ataque psicológico que as fizeram com que não conseguissem mais andar, e nem mesmo ter o apetite para se alimentar. A ciência tenta de tudo, mas em vão não obtêm sucesso; nem ao menos para saber do que se trata o problema. Steven fica cada dia mais apreensivo e desesperado. Estranhamente seus filhos começam a obedecer suas ordens que no primeiro ato do filme não faziam. Isto pode representar a forma que os humanos passaram a se relacionar com Deus, ao perceberem as consequências que o peado trazia. Sua filha Kim, se encanta com Martin (pecado), fazendo tudo que ela a pede. Ela se torna uma verdadeira escrava do garoto, e chega até participar do seu plano para continuar gerando morte.
Steven em um ato de desespero, acaba sequestrando o jovem Martin e o torturando. Mas inutilmente ele e sua esposa descobrem que não adianta matar Martin (destruir o pecado), seus filhos e sua esposa estavam condenado a morrerem mais cedo ou mais tarde. Mas ele deveria então fazer uma escolha. Escolher alguém para ser sacrificado para acabar com esta maldição lançada por Martin (pecado). Steven amarra seus filhos e sua esposa na cadeira, uns de frente para os outros em formato circular. O homem então coloca uma venda em cada em si, carrega sua espingarda, e gira em círculos entre os três membros da família. Por ação do destino, o tiro acaba pegando o peito do garoto, que morre na hora. Vale lembrar e ressaltar, que antes de sua morte, o garoto passa a chorar sangue pelos olhos, que pode ser visto como uma referência a última oração de Cristo antes de ser sacrificado para salvar a humanidade. Tempos depois toda sua família já estava curada. Assim como Martin perdeu seu pai, Steven perdeu seu filho. O preço está pago.
Ben-Hur
4.3 547 Assista AgoraEm todas as minhas experiências com filmes longos, filmes com horas de duração, foram grandes experiências que me revelaram que grandes produções são eternizada pelo o que elas representam para o cinema. Seven Samurai do único Akira Kurosawa; Gone with the Wind, de Victor Flaming; e Pulp Fiction do Tarantino, são filmes que me arremataram e me deixaram maravilhados pela sua grandiosidade, e genialidade de seus diretores. Bom, fico feliz, pois mais uma vez esta minha lista de filmes únicos para a história do cinema, foi atualizada com o famoso épico “Ben Hur”, dirigido por William Wyler.
Ben Hur, acompanha a trajetória de vingança do personagem Judah Ben Hur (Charlton Heston), um príncipe judeu, que após notar que seu melhor amigo, um governante romano, não iria ceder a opressão contra seu povo, declara a ele sua inimizade. Nisto, Messala (Stephen Boyd), o governador romano, o persegue até que ele seja condenado injustamente, junto com sua mãe e irmã a prisão. Assim Judah, se depara com uma verdadeira jornada a sua frente, para escapar das garras do império romano e libertar sua família da opressão.
Em minhas primeiras impressões, pude captar algumas referências a personagens e passagens bíblicas. Judah, passou por coisas parecidas que passaram os personagens bíblicos; Moises e José. Moisés, assim como Judah, cresceu na casa dos inimigos, aprendendo da sua cultura, e criando laços afetivos. Assim como o grande profeta, Judah também escapou, e teve sua história de redenção onde confrontou seu opressor. Assim como José, filho de Jacó, foi dado como escravo e por seu próprio senhor fora promovido ao alto escalão, o mesmo aconteceu com Judah. Esta metalinguagem presente aqui, reforça biblicamente as referências do antigo testamento ao próprio Cristo; Sendo aquele que foi vendido por moedas como José, e se tornou o libertador como Moisés.
Nesta jornada, a cada conflito gerado, a cada mentira contada, desperta em Judah uma sede de ódio e vingança. De alguém que repudiava a violência, e acreditada na justiça de Deus, passa a ser um homem que rejeita a provisão divina, e está disposto a fazer sua própria justiça. Apenas quando, ao se deparar com a realidade de tudo que havia ocorrido em sua vida, Judah notou o tamanho erro que cometeu em nutrir o ódio e tomar a vingança de Deus. Ele diz: “Pouco antes de sua morte, eu ouvi ele dizendo “Pai, perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem”. Mesmo nesta hora, eu senti sua voz tomar a espada da minha mão”. Esta frase foi o que representou o entendimento de Judah consumado, a respeito do tal Messias que tanto falavam para ele durante sua jornada ruma a vingança.
O interessante do filme, é que talvez seja o único que não mostra o rosto de Jesus; a câmera sempre o mostra de costas, ou apenas da cintura para baixo, acentuando um ar de mistério. Isto tudo, revela um outro aspecto interessante sobre o protagonismo do filme. A história de vingança e redenção de Ben Hur, nada mais é que uma ficção paralela com Bíblia, que no fim das contas, mesmo não sendo o protagonista na narrativa, Jesus é elevado a um grau de importância enorme neste filme, que o torna o centro de todo a coesão do filme. O poder de influência de Cristo é tão grande aqui, que mesmo indiretamente, Judah recebeu diversos sinais do próprio Deus através dos ensinamentos de Jesus ouvidos por Esther (Haya Harareet) e passado como alerta para o príncipe. Ensinamentos estes sobre pagar o mal com o bem, amar os inimigos e confiar na justiça de Deus. Notamos aqui o poder das palavras de Jesus. Mas apenas quando Judah entendeu a mensagem de Cristo, foi que ele baixou suas armas e encontrou a paz que tanto almejava.
O filme é um espetáculo visual. É de impressionar a produção e a reconstrução histórica e cenográfica da Roma do primeiro século. O figurino, os ícones, as estatuas, as construções, foram totalmente recriadas com alto nível de fidelidade. A proporção de tela Ultra Panavision 70, foi um grande diferencial de Bem Hur. Como esta proporção tem uma horizontal mais larga do que o normal, no verdadeiro formato widescreen, os planos abertos permitiram o filme evocar todo o poder que possuía o império romano. A fotografia maravilhosa deste filme, aliada ao magnifico cenário e ambientação, permitiu que Bem Hur se tornasse uma referência para filmes épicos da mesma linha. Como se não bastasse, o filme não é apenas uma reconstrução visual do primeiro século, muito menos uma remontagem histórica do período em que Cristo viveu. Muito além, o filme transmite a verdade do evangelho, sem ao menos dar ao menos uma fala para Jesus ou algum de seus discípulos. Existem apenas algumas cenas presentes que a bíblia narra, sendo elas a subida pro gólgota, e o sermão do monte.
Bem Hur é um épico extraordinário, muito além de seu tempo esteticamente falando, é um filme lindo de se ver, fácil de se encantar. Confesso que chorei ao ver, principalmente com sua resolução. Talvez seja pelo fato de eu ser um Cristão, e por mérito do roteiro e direção, esta ter sido uma obra fiel a mensagem Jesus trouxe ao mundo. Um filme deste, sem dúvidas é indispensável para qualquer amante da sétima arte. Eu poderia falar sobre os outros muitos atributos e qualidades deste filme, como as atuações, as cenas de corrida de cavalos que foram muito bem montadas, sobre as sequencias dos escravos no navio, que foi muito tenso, mas vou até aqui dizendo que com toda segurança e certeza, que este filme está entre o top 10 dos melhores filmes de todos os tempos.
O Espaço Entre Nós
3.3 455 Assista AgoraFilme bem mediano. Temos um primeiro ato muito bem trabalhado, com diálogos sutis. Mas depois no desenvolvimento narrativo, o filme começa a apelar para aqueles diálogos expositivos, que tratam o espectador como um débil mental. Se o filme mantesse a sutileza do começo ao fim, com certeza seria um otimo filme.
Filme cheio de soluções escapistas burras. O roteiro é um pouco atrapalhado, não desenvolve o personagem da garota direito. O filme tem um péssimo ritmo, com um terceiro ato bem forçado. Serio que eles queriam que eu engolisse aquele final??? huhuehueh
Enfim... a premissa é legal, mas a execução deixa desejar. Sei nem porque eu não dei duas estrelas kkk
A Sombra da Árvore
3.7 35 Assista AgoraA cena final é impagável hjahhahahahhahah
A Sombra da Árvore
3.7 35 Assista AgoraO filme tem dois arcos muito bem transitados entre si. A narrativa corrobora para um chocante desfecho. Sim, quando eu digo chocante, é chocante mesmo. O filme tem um progresso sensacional na dramatização. O que de fato me incomodou é que, apesar de ambos os arcos funcionarem muito bem, eles parecem dois filmes em um. Talvez o filme fosse perfeito se focasse melhor em apenas no segundo arco.
Argo
3.9 2,5KO filme tem seu mérito. Em diversos momentos me peguei pulando do sofá de nervosismo. De fato é um filme que constrói bem uma tensão atmosférica. Contudo, a exaltação ao imperialismo norte americano, torna o filme um clichê.
A Lenda de Tarzan
3.1 793 Assista AgoraBom, quando fiquei sabendo desta versão live action do Tarzan, eu sabia que não iria dar certo. Uma, porque a história original já está saturada de representações cinematográficas, e outra, que uma nova aventura do Tarzan pós civilização, deesentonaria completamente com o que o personagem representa.
O roteiro é bem escabroso, apelando para os maiores clichês de filmes de aventura na selva; o homem macaco convocando os animais a expulsar os homens maus e impedi-los de explorar e escravizar os nativos. Já vimos isto em Avatar, e mesmo pra esta produção, que lotou cinemas de todo o mundo, não foi algo que colou muito. Portanto quando percebi do que se tratava a história, já sabia o que iria acontecer.
Os personagens são totalmente sem graça. A Margot como Jane esta bacana, mas o personagem dela é muito contraditório no aspecto força física; uma hora ela bate em 4 caras sozinha, noutra, ela não consegue lutar contra um, sem contar os diálogos terríveis que colocaram na personagem. O Sam Jackson no elenco, foi talvez uma tentativa de criar um alivio comigo ou uma figura mais americanizada; um verdadeiro corvo para o espectador. Inclusive, algumas piadas do personagem funciona, mas infelizmente ele não tem nenhuma função relevante pra trama, ta ali só pra tirar sarro da situação. O Alexander Skarsgård está bem como Tarzan. Por ser um personagem que é mais voltado para expressão e ação, e não para diálogos, ele convence bastante no papel, representando um Tarzan civilizado, mas com traços da selva. Gostei.
Djimon Hounsou, como líder da tribo inimiga dos gorilas, foi totalmente descartável com seu personagem; ele possui apenas algumas falas. Christoph Waltz está bem no papel de vilão, mas seu personagem é muito formulaico; Lembra muito um vilão do 007 dos anos 70. O ator fez a maior força para extrai algo bom do personagem, mas infelizmente o roteiro também não contribui.
A montagem do filme, logo no início, nos primeiros dez minutos me mostrou que seria uma bagunça. O filme não te passa noção de tempo, de espaço ou veracidade. A montagem é totalmente anticlimática. Isto define a falta de ritmo do filme. A peleta de cores sépia, não sei se foi feita para disfarçar os defeitos de CGI, mas em toda cena escura eles colocavam esse efeito nojento kkkk. No mais o visual do filme é bacana, as tomadas de plano aéreo são bonitas, as cenas que mostram a paisagem na savana, são muito bonitas mesmos. Os efeitos visuais ficaram muito bons nas cenas mais claras, mais especificamente em algumas cenas envolvendo ataque de animais.
A lenda de Tarzan era pior do que eu esperava. Um roteiro fraco e preguiçoso, com personagem mal trabalhados, tendo efeitos bons, bons enquadramentos, diálogos terríveis, vilão improvável, o filme não merece ser visto pelo seu mérito.
A Outra História Americana
4.4 2,2K Assista AgoraOs anos 90 foi – se não a melhor – uma das melhores décadas para o cinema americano e mundial. Muito dos filmes lançados nesta década carregavam consigo um peso históricos de críticas sociais. Na verdade perspectiva de revolução social acompanha o cinema desde seu surgimento até como o conhecemos nos dias atuais. Talvez os anos 90 seja um marco de uma nova era para o cinema. Títulos como, Pulp Fiction, Fight Club, Matrix, Seven, The Truman Show, são apenas alguns das dezenas de filmes de uma época em que o cinema estava em seu apogeu intelectual.
O primeiro grande ponto central do filme, onde realmente se concentra sua crítica, não está estritamente vinculado ao tema racismo, mas sobre como pequenos estereótipos, preconceitos e o ódio destilado, pode levar a sociedade, ou mais especificamente uma família, a ruina. Derek, em sua infância, sempre ouviu de seu pai frases racistas e xenofóbicas, durante um simples almoço em família. Pequenas falas que não pareciam tão racistas assim, o famosos racismo velado, construiu um estereótipo na mente de Derek. Quando seu pai morre prestando serviço a um bairro negro, Derek é fortemente afetado por isto. Passa então a associar de forma equivocada, motivado pelo ódio e pela dor, que os imigrantes de forma geral, são os responsáveis por todo o mal no país; na sua mente, talvez se seu pai não tivesse que socorrer negros, ele não teria morrido.
Derek percebe, que nada que tenha feito em sua vida, foi suficiente para acabar com o ódio e a dor que sentia. Assim, em seu período na prisão, o jovem é obrigado a se socializar com um negro, devido a tarefa que era feita em dupla no presídio. Por se afastar aos poucos dos cabeças raspadas que havia na prisão, Derek é estuprado e violentado pelos seus próprios companheiros ideológicos. Aos provar do ódio que ele mesmo nutria em si, o jovem começa enxergar que os negros não eram seus inimigos, que ele mal os conhecia para fazer qualquer julgamento; e para sua surpresa foi quem ele mais odiava que o acudiu na prisão, um negro.
Com sua liberdade, Derek volta totalmente livre de qualquer preconceito de todos os pensamentos que havia criado em sua mente. Com tudo, seu irmão havia crescido e construiu uma imagem de seu irmão como se ele fosse um herói para ele. Ele havia seguido os mesmos passos de Derek. O ex-presidiário, ex-nazista, ex-skinhead, passa agora a se ver em seu irmão. Este é o momento em que ele compreende o porquê fez o que fez e como chegou a esta vida.
Falando sobre a produção em si, o fotografia compete muito bem com o conceito de redenção aqui apresentado através da história de Derek. Em seu passado obscuro antes da prisão, a paleta p&b evoca os tempos remotos da KKK, e do ultranacionalismo, conceituando tudo isto, numa compreensão de algo antiquado, pálido e bilateral. Talvez tenha algo relacionado também com o contraste entre negros e brancos que ainda vivia Derek até o momento de sua liberdade. Ao ser solto, a paleta de cores se abre com a coloração convencional conectando o fato da libertação do personagem para um mundo sem ódio, com as cores vivas e vibrantes. A trilha sonora também se divide pela passagem do tempo. Na vida de Derek antes da prisão, enquanto a palheta preto e branco reforça a mensagem, a música engrandece e conflita os eventos anteriores. Enquanto isto após a redenção do personagem, a trilha se acalma com sutileza, faz referência entre a paz e a tristeza do personagem ao ter sua mente renovada, mas ter que lidar com o ódio de seus antigos amigos.
O filme conta com cenas pesadíssimas de agressão, morte e até estupro coletivo. Talvez o peso destas cenas, ou próprio peso narrativo leve o filme a ser o que é. O roteiro tem uma das melhores transições e construções já feitas. O personagem de Edward Norton é muito bem dirigido, as cenas são muito bem filmadas e dirigidas. O caminho que o roteiro faz o personagem percorrer para atingir sua redenção é muito sutil e difícil de se fazer em uma produção de quase duas horas de duração. Geralmente esta mudança drástica e sutil, seja mais encontradas em series ou trilogias de filmes, mas fazer isto neste filme, sem parecer uma mudança forçada e artificial é realmente um mérito para o diretor e roteirista.
Este é filme feito realmente para causar incomodo, desprezo e nojo. As suásticas penduradas visivelmente em muitas cenas do filme; as tatuagens sobre a supremacia branca; as considerações burras a respeito da organização social e histórica; me causaram desconforto enorme. Isto significa que o filme cumpriu seu propósito. Ainda falando sobre o incomodo, é impressionante como passamos a odiar o personagem Derek, e passamos a ter compaixão do mesmo ao entender sua realidade, ao entender como ele era alguém que necessitava de ajuda, por tudo que passou. Se este personagem funcionou além do roteiro, grande parte do mérito vai para seu interprete, Edward Norton. Este filme rendeu a Edward Norton uma merecida indicação ao Oscar de melhor ator no ano seguinte ao lançamento.
American History X, é um filme feito para chocar as pessoas, a fazerem pensar um pouco fora de sua realidade; começar a entender a realidade dos outros e deixar de fazer perguntas erradas e passar a fazer as certas. Assim como Derek, deixou de perguntar pra si quem era o culpado das coisas ruins que aconteciam no país, devemos buscar a entender, que tudo que fazemos de bom ou ruim existe um motivo, uma fonte por onde nossos ideais surgem. Pois a questão não é o que eu faço com os outros apenas, mas o que eu faço comigo que me faz fazer o que eu faço com os outros?!
Palo Alto
3.2 429Só digo algo. O Nat Wolf é um ótimo ator! ...Selokoo...
O Date Perfeito
2.7 515 Assista AgoraNão se vê mais lançamentos de filmes High School cativante como "10 coisas que odeio em você", ou "17 outra vez". “O Date perfeito” tinha tudo pra ser um ótimo filme high school, mas o formato tosco moderno de filmes do gênero é o que sempre estraga esse tipo de longa.
Na premissa, temos Brooks (Noah Centineo), tentando virar um empreendedor para pagar sua faculdade dos sonhos. Ele descobre então uma forma de fazer isto; trabalhando como uma espécie de gigolô teen. Em seu primeiro trabalho o jovem conhece uma garota totalmente diferente das outras. Célia Lieberman (Laura Marano), sabendo que Brooks faz este tipo de trabalho, ambos combinam de usarem as artimanhas de se passar por outra pessoa, para conseguir seus objetivos. Brooks quer conquistar a garota mais popular da escola Shelny Pace (Camila Mendes), enquanto Célia quer conquistar um outro garoto. Mas com o tempo Célia começa a se apaixonar por Brooks que só a vê como uma amiga. Assim começam os problemas.
Mas saindo da ficção, o real problema do filme é seu desenvolvimento. Todo o arco entre os dois leva um tempo necessário para ser construído, o que passa a sensação de compatibilidade entre eles, porém o filme joga tudo isto fora no último ato, quando da forma mais artificial possível há pequenos conflitos dentro do que era pra ser a redenção de Brooks; pois o filme pedia isto. Toda a construção do roteiro foi por água a baixo.
No entanto, apesar de haver um desleixo com o clímax, o filme conta com momentos engraçados e divertidos. Em especial as cenas em que Brooks está trabalhando como gigolô, em que ele se caracteriza dos mais diversos tipos e personalidades. O filme não é ruim, tem inclusive algumas bandeiras sociais levantadas junto a reflexão, temos uma personagem feminina imponderada, e um jovem preocupado com o seu sucesso.
007 Contra GoldenEye
3.6 269 Assista AgoraEsse sem dúvida é um dos piores filmes do 007. A ultima vez que tinha assistido foi na infância. Ao assisti-lo ontem, me decepcionei, e vi quão tosco é esse filme. Como um filme do 007 tão recente, pode ser tão tosco e desnecessário assim? Infelizmente minha infância foi uma mentira hahhah.
Doses of Horror
1.8 1Mds... que lixo kkkkkk
Esposas Ingênuas
3.4 27 Assista AgoraFilme é um documento histórico
007: Marcado para a Morte
3.4 138 Assista AgoraEsse foi o primeiro James Bond que não tratou a mulher como mero objeto sexual. Foi um dos melhores da série. Gostei muito deste
007: Permissão Para Matar
3.4 150 Assista AgoraFoi o primeiro filme do 007 que colocou uma mulher espiã tão boa quanto o James Bond.
Os Seis Ridículos
2.5 458 Assista AgoraEu não sei como não riram com o filme. Foi muito engraçado hahah. Tem alguns problemas de desenvolvimento narrativo, mas nada que comprometa a proposta que é ser engraçado kkkk
Vingadores: Ultimato
4.3 2,6K Assista AgoraHá cerca de 10 aos, nascia uma franquia Marvel que mudaria o rumo das produções cinematográficas. Heróis sempre foram tipos de personagens admirado por todas as idades; mas o aperfeiçoamento do cinema, possibilitou ao público olha-los de uma outra maneira diferente, com um olhar mais profundo e imersivo. Nunca na história do cinema, heróis foram tão prestigiados em filmes, como nesta década.
Desde o primeiro filme do Iron Man até Avengers EndGame, houve uma construção consciente dos personagens e das equipes em questão. Isto possibilitou uma finalização esplendida de toda esta história com os vingadores. Neste último filme, a marca do alívio cômico da Marvel esteve presente como nunca, contrastando com dois atos dramáticos que deram o equilíbrio necessário para o filme. E, felizmente, neste aspecto o filme acertou em cheio, justamente pela densidade narrativa imputada sobre.
O aspecto negativo do filme, foi justamente no primeiro ato, onde há uma tentativa desenfreada de memorar os filmes produzidos pela Marvel através de frases e piadas, que só funcionam como gatilho nostálgico. Mas em compensação, eu fiquei impressionado com as soluções escapistas escrita no roteiro. Não vi mais aquela preguiça que tinha a Marvel para alavancar situações especificas, livrar personagens e criar soluções inteligentes para determinados confrontos.
É de se esperar que um filme de finalização de uma saga, além de ser longo, promova momentos épicos e inesquecíveis para os fãs. Nisto em meio a tantos heróis cada personagem teve seu momento de redenção e de vulnerabilidade. Isto é muito importante não só para homenageá-los, mas para consolida-los, e alguns terem uma resolução necessária.
Pode-se dizer que o legado de Vingadores se estende para um futuro promissor, sendo uma consagração de uma nova era para o cinema e o mundo do entretenimento. Se foi esperado um gran finale para a saga de Vingadores, foi entregue com sucesso.
#Horror
1.6 36 Assista AgoraFazia tempo que não via uma porcaria como esta kkkkkkkk... Filme totalmete irresponsável com o tema proposto. Uma salada kkkkkkk mds kkkk... Ainda não to acreditando que lançaram esse filme lkkkkkkk
Alive Inside
4.6 100Que a música faz bem para a mente, isto é um fato sabido por todos. O incrível é descobrir novos horizontes de eficiência da música, que ela possui poderes que ninguém imaginaria que houvesse; poder de resgatar memorias, sensações, um dia exterminadas pela própria mente. Foi o que descobriu o pesquisador Dan Cohen, ao submeter alguns idosos vítimas de Alzheimer e Demência a um experiência que abriria novos rumos para o tratamento da doença e cuidados geriátricos.
Dan selecionou a música favoritas de alguns pacientes e os entregou em um iPod junto com um headphone. As reações dos pacientes foram as mais diversas, de choros a danças, mas todos tiveram alguma reação emocional. Um dos casos mais significativos, que fora o mais visível midiaticamente falando, e foi o responsável por abrir as portas para este modelo de tratamento, foi o caso de Henry. Fã de Cab Calloway, Henry na sua juventude era um músico que amava blues e gospel; saía para os bailes para tocar e dançar na noite. Aos 90 anos com a memória comprometida, ao ouvir sua canção favorita, Henry voltou a lembrar da sua juventude falando sobre o que fazia como se tivesse feito na mesma semana. Como se não bastasse, o idoso melhorou sua capacidade comunicativa ao falar de seu passado de música e das sensações que ela despertou em si. Assim começa uma jornada de experiências de 3 anos, que viraria documentário nas mãos de Michael Rossato-Bennett.
Alive Inside, é um documentário de 2014 que apresenta uma nova forma de se tratar doenças degenerativas pela neurologia. A proposta é simples; descobrir a música favorita, ou aquela que pode despertar mais emoções relacionados a identidade do idoso, e faze-lo ouvir. A reação é quase que certa. Muitos pacientes são privados de música e são apenas sedados e medicados, sendo tratado exatamente como um paciente. Ao ter contato com a música - qual talvez por si só, jamais se lembrariam - de alguma forma ela resgata os sentimentos do passado, e sua identidade.
Junto com uma equipe de doutores, Dan descobriu que o poder da música pode ser explorado além do que podemos imaginar. A música não serve apenas como um passa tempo, um momento relaxante, mas ela estimula o cérebro mais do nada nem ninguém no mundo pode estimular. Vítimas de Alzheimer geralmente não são tão afetadas pela parte do cérebro que trabalha com a música como a das demais funções. Desta forma a música pode ser vista como uma porta de escape para as mentes que estão presas; refém de uma doença que traz o caos e desorganiza as memorias, as apagando como uma maré sobre a areia.
Mas a pergunta que todos fazem e você deve ter feito é; se este tratamento é tão bom e eficiente, porque não implementa-lo no mundo todo? A verdade é que a indústria farmacêutica não permitiria. As pessoas do século 21, assim como nascem, envelhecem tomando vacinas, soros e medicamentos. Se existe algo que possa enfrentar esta indústria de igual pra igual, ainda não surgiu. Infelizmente além de não ser lucrativo, fones de ouvido com iPod como tratamento, é inviável financeiramente. A alternativa adotada por Dan, foi criar a fundação Music & Memory, que arrecada recursos para tornar possível este tipo de tratamento a milhares de idosos em asilos e hospitais.
O documentário Alive Inside, não é só importante para se entender o poder que a música tem sobre a mente, mas abre um debate super relevante para atualidade. Esta geração está fiando mais velha, com a expectativa de vida aumentando, com a diminuição de filhos por casais, a pirâmide etária tende a inverter, proporcionando um futuro onde haverá mais pessoas de terceira idade do que jovens. Isto pode ser um problema econômico e social, que deve ser discutido com urgência. A forma como envelhecemos deve ser revista. Será que trancar um idoso numa casa isolado do mundo é a melhor solução? Talvez Dan, ao se engajar nesta pela dignidade daqueles que construíram o mundo em que vivemos hoje, seja uma fagulha neste monte de palha individualista. Talvez tudo que estes idosos precisam, seja uma boa música que junto a sua memória e identidade, resgate a alegria de viver.
Deus e o Diabo na Terra do Sol
4.1 426 Assista AgoraGrande obra de Glauber Rocha. Eu descobri algo sobre interessante sobre o filme. Quer saber? Veja meu vídeo onde eu explico melhor:
https://www.youtube.com/watch?v=3QaGg_f9VX8
O Grinch
3.3 195 Assista AgoraMuito inferior ao filme de 2000. Veja o video que eu explico melhor isto:
https://www.youtube.com/watch?v=A1ddCDksx8c
País da Violência
3.5 276 Assista AgoraAo passo que a historia se desenvolve, e o caos progressivo entona com o seu lado mais trash, o filme revela fortemente ser uma sátira ao discurso comunicativo entre as massas. As referencias ao patriotismo dos republicanos versus o progressismo dos democratás não só é nitida, como é defendida pelo proprio diretor, que em entrevista afirmou que escreveu o roteiro sob o contexto da eleição presidencial de 2016, onde Donald Trump foi eleito e empossado no ano seguinte. Sam Levinson se tornaria pai no mesmo ano da posse, isto o fez repensar a forma que as coisas seriam dali para frente, foi assim que surgiu o roteiro do filme.
O odio só gera odio e violencia. Na obra de Fernando Pessoa, O Livro do Dessosego, ele cita a seguinte frase: “Torturamos os nossos irmãos homens com o ódio, o rancor, a maldade e depois dizemos que o mundo é mal”. Esta frase revela uma caracteristica marcante do filme, em que uma das personagens Bex, que é uma joven trans, destila odio contra pessoas conservadoras em resposta ao ser repudiada pelas mesmas. Quando o discurso dá lugar ao terrorismo em Salem, Bex, Lily, Em e Sarah, mantém ainda suas ideias, mas entendem que tudo que fazem gera uma reação; independente se é moralmente aceito ou não. A repulsa pelo que é imoral faz clara alusão com o cruel puritanismo do seculo XVII. Assim como em 1962 pessoas inocentes eram mortas e hostilizadas pela histeria coletiva baseada em surpestições, o mesmo ocorre na salem de 2018; os reacionários se revoltam e levam o caos para a cidade em nome da moral e os bons costumes. Ironicamente um dos personagens, o Policial Richter após liderar a onda de violencia contra as garotas, diz; “we are good people!”. Logo surge o clamor das supostas pessoas de bem, dizendo: “Nós somos boas pessoas!”, isto quase como uma tentativa de amenizar a consciencia por incitar o odio e violencia.
Desde a banalização da violencia até a forma tarantinesca do filme de extrapolar as barreiras da civilidade, pode-se entender que a critica recai sobre a forma debil que as pessoas se comunicam e se relacionam; Cada um tem um lado a qual defende com unhas e dentes, mas ningém esta disposto a ouvir a outra versão. Desta forma, sendo um filme que extrapola a realidadea afim de critica-la, Assassination Nation nos mostra de maneira clara e desconsertante as proporçoes que equivalem o odio destilado atraves das midias. Cabe a nós observar a critica e utiliza-la para tornar o mundo menos caotico e mais humanizado.