Valeu pela comédia, pelas referências e pelo conceito artístico, que eu gostei muito. mas o roteiro é muito sistematizado e não explora outros caminhos que seriam mais interessantes.
Não é ruim. O filme se perde no plano de fundo. Toda esta coisa do debate e tals é muito chata. Pelo estilo proposto do filme, eu esperava que eles desenvolvessem melhor o romance dos dois personagens. Alguns acontecimentos que deveriam ser importantes, que dariam peso para a narrativa, são simplesmente deixado de lado.
""Penso no câncer como o asteroide no escuro, me atirando umas pedronas. E me surpreendo quando olho e digo: “Ele não me acertou, eu continuo aqui”. Ele poderia ter me matado mas eu continuo aqui!""
Podemos aqui acompanhar a construção social por trás do ódio ao ocidente (infiéis). É nítido como um pensamento fundamentalista é tão forte na mente dos extremistas. O documentário trás imagens importantíssimas para entender as motivações dos grupos jihadistas.
O documentário revela a realidade negra de morar em uma comunidade racista. Cornelius é agredido, injuriado e maltratado. Ele então acha uma maneira triste de se adaptar em meio aos jovens daquele lugar. Ele se torna branco. Isto mesmo. Apos ver que jovens negros eram hostilizados e agredidos pela sua condição racial, o garoto resolve mudar seus aspectos físicos, virando um branco ambulante. Sendo assim, ele é aceito em alguns grupos.
Com sua confiança e círculos de amizades crescendo, Cornelius se envolve com algumas gangues de garotos brancos e racistas. Com isto ele chega ao seu declínio moral, cometendo agressões sem motivo, apenas para descontar a raiva que passava pelos problemas familiares com seu pai.
O titulo do curta é perfeito, não poderia ser melhor. É claramente uma constatação de que atitudes criminosas, muitas vezes são consequência de consecutivos acontecimentos na vida das pessoas, em especial jovens negros. Bandido, marginais são sim culpados pelos seus atos, porém, a raiz, o foco do problema é bem mais fundo.
O filme é pouco polido no que diz respeito a narrativa. As transições imaginárias ou então as mudanças bruscas de ambiente, ressalvam que há um conflito na forma que o garoto enxerga e se relaciona com seu pai e sua mãe, ambos divorciado. Por uma lado ele vê o seu pai que lhe dava atenção e importância quando ia em sua casa no fim de semana, e agora arruma uma namorada a qual acaba juntos se mudando para longe. Por outro, sua mãe que namora, mas devido comportamentos abusivos do namorado acaba ficando novamente só.
Toda esta tristeza e alegria juntas, consolidam a necessidade do garoto de sair da realidade. Tudo se torna caótico, amplificado na sua visão. Crianças tendem a ver a realidade distorcida, até que adquirem maturidade suficiente para entender o mundo ao seu redor.
O curta tem um belo trabalho de produção artística. Existe conceitos difusos mostrados varias vezes com objetos, como o cavalo de cera, meias, armaduras samurai, piano, etc. O tom abstrato é característico da animação; o que elucida a forma como o garoto vê e lida com o distanciamento familiar "tradicional".
A tensão crescente do curta é toda potencializada pela ambientação estática, que revela a impotência de uma mãe diante o desespero de saber que seu filho esta em perigo. A relação de Marta (Marta Nieto) mãe do garoto e sua mãe (Blanca Apilánez), avó do garoto, reforça em muito, a tensão.
Consolidado com um final em aberto, o findar do curta foca no rosto da avó, indicando um possivel envolvimento com a situação do garoto. Não sei, talvez esteja viajando rsrsrrs.
Quem nunca sentiu ciumes? Quem nunca quis atenção apenas pra si? Assim como a maioria das crianças, Kun sofre de "síndrome do egocentrismos"(sim eu inventei este termo). Kun não gosta da ideia de ter que dividir a atenção de seus pais com sua recém nascida irma, Mirai. O filme trabalha esta evolução de Kun de uma forma estranha e pragmática.
Os acontecimentos de seu jardim, que parecem mágicos ou meras imaginações de sua cabeça, coloca o garoto em um mundo que transita entre o passado, presente e metafisico. Este mundo confronta sua visão umbilical sobre o mundo real; na oportunidade de dar a Kun, a chance de entender que a vida não se trata de si mesmo, mas aprender a conviver com outros. Apesar disto, sua visão teimosa e egoísta continua a mesma, sendo necessário que outras viagens no passado e no futuro sejam feitas.
O fato de grande parte da animação se ambientar na casa de Kun, reforça a ideia de individualismo e limitação do conhecimento das coisas do mundo, tudo que ele conhece esta na casa; o mundo lá fora é totalmente desconhecido. Kun é privado de muita coisa, por ser uma criança mimada, isto o torna muito dependente de seus pais. No momento em que ele realmente sai ao mundo real para fora dos portões de casa, em uma de suas viagens pelo jardim, ele descobre o quanto o mundo real é terrível e diferente de seu ninho, da segurança de sua casa, onde ele tem tudo na mão.
Como se não bastasse, a animação ganha pontos em retratar o casal, pai de Mirai e Kun, como um casal moderno, onde a mulher se torna a chefe da casa e o pai é o passivo de decisões. Por ter tirado licença a maternidade com o nascimento de Mirai, e ao voltar para a rotina de trabalho, o homem é obrigado a tomar conta das tarefas domesticas, mesmo não mostrando habilidade para tais. Outro aspecto legal, é como o filme trabalha o apreço de Kun por brinquedos de trem-bala, de uma forma que ao se deparar com um trem bala que não conhecia, percebemos que o trem-bala desconhecido, se refere ao mundo cruel e real que o garoto não conhecia.
Mirai significa "futuro". Sua irmã nas aparições do futuro, o encaminha para o ápice em que o faz perder a inocência. Ao ver avo quase morrendo na guerra, ou então seu pai caindo da bicicleta, ou sua mãe acudindo um pardal morto por um gato, pode ver que a realidade que ele vivia, era totalmente distante do que acontecia fora de seu ambiente de conforto. No mundo de uma criança inocente, Kun vê em Mirai uma ameaça a sua soberania na casa. Durante todo este processo de amadurecimento, o garoto precisou enxergar que a vida é feita de ciclos, de necessidades e de amadurecimento. Só assim ele pode perceber que o mundo não girava em torno de si próprio.
Van Gogh foi um pintor que teve uma vida um tanto conturbada. Ele não era considerado um bom pintor pelos seus colegas e leigos, era tido como um louco na pacata cidade em onde vivia. Sua "loucura" foi uma arma usada para retratar a beleza que ele via, tanto na natureza quanto nos artifícios humanos.
Retratar em pouco menos de duas horas em imagens toda a essencia de um artsta não é uma tarefa facil. Diversos filmes contaram esta mesma historia de Van Gogh. Inclusiva ano passado, "Loving Vincent" concorreu ao Oscar de melhor animação, sendo uma incrível obra de arte em filme, como nunca visto antes.
Mas diferente dos demais filmes sobre o famoso pintor, At Eternity's Gate, é um filme que além de apresentar Vincent como nos o conhecemos, ele aprofunda de uma forma que nos influi para dentro da realidade do personagem. Só assim é possível sentir a dor, a ansiedade e o extasiante momento em que as cores saltavam aos olhos do pintor.
O filme nos permite viver esta experiencia do silencio caótico, o verdadeiro paradoxo de transformar a dor em alegria, algo que transformou Van Gogh no pintor mais peculiar e misterioso de todos os tempos.
Já virei fã do Japonês Bing Lu, este garoto tem não só sensibilidade para direção, mas também na vida de seus próprios amigos, de enxergar problemas que eles passavam de uma forma que tudo se encaixa numa peça só.
Imagine que você seja um jovem diretor, que resolve contar sua historia e de seus amigos; falar sobre suas dificuldades, suas semelhanças e os caminhos que tomaram. Foi o que fez Bing Lu, neste maravilhoso documentário.
O filme 300º deste álbum não poderia ter sido melhor. Este documentário é de uma sensibilidade e profundidade absurda; nunca vi nada igual. A forma que o diretor une estas três historias que aparentemente se resumiria em três garotos com problemas familiares, que acharam refugio no esporte radical. Mas quem assistiu sabe que é muito mais profundo do que se poderia imaginar.
Kiere Johnson, é um jovem negro amigo de Bing Lu. Ele sofre emocionalmente pela perda de seu pai, mas mais ainda pela sua relação com o mesmo. Em sua infancia Kiere sofreu com a autoridade abusiva de seu pai, que o obrigava a trabalhar. Isto acaba o afetando, o fazendo ter que lidar com seus fantasmas. Por outro lado, temos Zack Mulligan, um jovem branco que sofreu com sua infancia conturbada, e agora, sendo pai, luta para levar uma vida mais responsável. Por fim, Bing Lu, é um Asiático que sofreu agreções de seu padrasto, e agora tem que lidar com estas questões com sua mãe, que não estava presente para ampara-lo.
É fácil se emocionar e se identificar com muitas coisas aqui. Você vê na face destes jovens a dor do passado e a esperança de uma vida melhor. A relação parental abordada aqui por Bing Lu é extremamente real. São personagens reais, com problemas reais. Por fim tudo se encaixa em um único plano. Bing Lu ve em seus amigos aspectos de suas experiencias de vida, que possuem ligações simbólicas com sua própria vida.
Este documentário foi uma das melhores coisas que vi. Questões raciais, sobre machismo e abuso de autoridade, são pontos fortes neste trabalho. Já virei fã de Bing Lu, não apenas pela obra, mas pelo seu olhar sensível, em identificar parte dele em seus amigos. Magistral! Este jovem é uma promessa do cinema.
O curta animação com seus 14 minutos de duração, nos coloca em uma satirica, num grupo de apoio para animais. Nisto, os animais acabam tendo problemas pessoais relacionados a sua natureza. Os instintos, que são característicos de cada especie, são inatos e não podem ser negados; eles clamam dentro do corpo, eles fazem parte da genética do ser.
Que mulher incrível! Sua motivação em lutar, a levou de uma mera estudante de direito, até a primeira mulher na Suprema Corte do EUA. Uma mulher equilibrada, que através de seu discurso e sua sobriedade, conseguiu mostrar que o papel da mulher não é ser dona de casa.
Ruth, chegou a estudar, trabalhar, cuidar de seus filhos e do marido que estava com câncer, tudo de uma vez. Como se não bastasse foi a responsável pelo reconhecimento na constituição da criminalização da discriminação sexual. Ela será lembrada para sempre como a RBG
O que falar deste filme??? Uma bagunça do inicio ao fim!!! Olha o nível que chegou o Oscar. É claramente um filme que foi indicado por méritos políticos. Isto me irrita.
Melhor cena do filme, foi a cena pós creditos kkkkk
Todos nos conhecemos a grandeza de Steven Spielberg. Conhecido por ser um bom contador de historias, e um dos maiores nomes do cinema mundial, o diretor possui uma marca característica de seus filmes. A emoção que ele passa, através de sua visão e sensibilidade em tocar o publico é inquestionável. Aqui temos mais um belo trabalho, recheado de efeitos visuais, e que propõe um debate para questões atuais, sobre a tecnologia.
O mundo futurista exposto no filme, evidencia a diferenças de classes sociais, pela consequência da estrutura de monopólio de pequenos grupos. Nada de novo debaixo do sol. Porém este é um aspecto importante do filme, que não é tão discutido; a obviedade do tema, talvez não tenha despertado o interesse de Spielberg, mas um outro tema o despertou. A tecnologia.
Neste mundo, a maior fonte rentável das pessoas se tornou os jogos de realidade virtual. Toda a sociedade vive em função desta tecnologia, claro em busca de uma vida melhor. No entanto, esta boa vida, não é tão fácil de ser conquistada. Mas o filme explora um outro lado desta questão. A atividade tecnológica, cauterizou a mente das pessoas. O fundador e precursor desta tecnologia, que criou todo este sistema, sempre viveu relutando ter uma vida social. Por não ter tais habilidades, isto o levou a acreditar que talvez a realidade virtual poderia ser um substituto da realidade. Mas a mensagem que o filme traz é que, nada pode substituir a realidade.
Halliday o fundador, descobriu no fim da vida, que a sua omissão a realidade, o fez perder o melhor que tinha da vida. Escondeu seu amor a sua amada, tudo porque viveu a vida toda fora da realidade. Isto nos leva a pensar, e fazer uma profunda reflexão, de como as redes sociais podem afetar nossa vida. As relações entre internautas, podem nos tirar da vida real, nos fazendo esquecer o valor de ser de verdade. O filme trabalha muito bem esta ideia, com exemplos dentro do próprio roteiro, com diálogos, sempre deixando uma reflexão a cada estagio da historia.
Não vou atentar a diversos furos e incoerências no roteiro, porque eu sei que isto não tira o valor do filme, de toda a produção, ada mensagem e da obra por completo. São coisas minimas comparadas com o resto, mas que a certo nível pode incomodar quem é mais atencioso a detalhes. O filme, no geral, tem um ritmo gosto, não perde a frequência
Os personagens são na maioria das vezes funcionais. Os jogadores secundários não atrapalham o andamento do filme, estão ali apenas para compor um time bacana. Wade, o personagem principal, é um pouco vazio. O filme pincela um pouco no que poderia se tornar uma camada, ou motivação para o personagem fazer o bem, mas logo abandona esta questão e foca novamente no conflito. Isto é ruim, porque acaba se tornando um personagem sem muita motivação a nãos ser jogar e ver um mundo melhor; o que faz talvez não sentirmos tanta empatia pelo mesmo. Já Samantha, possui mais camadas que o personagem principal. O seu drama em ter perdido o pai por causa da organização exploradora que ambos lutam contra, faz a sua luta ter muito mais sentido. Esta personagem tem muito mais a dizer do que Wade. A relação entre eles, funciona muito melhor no mundo virtual. Eu gostei muito mais de ver todos os amigos reunidos dentro do jogo, do que fora. O plano real é a pior parte do filme, as piores cenas, os maiores furos acontecem fora da realidade virtual.
O ator Tye Sheridan (Wade), conhecido pelo o papel de Bran Stark no seriado Game of Thrones é um bom ator. No entanto, aqui, seu personagem como já fora dito, não possui muita profundidade, o que tornou sua interpretação um pouco genérica. Destaque para o virtuoso Mark Rylance, que desempenha o melhor papel do filme. Seu personagem é o mais interessante, e muitas vezes se destaca em vários pontos do filme. Ben Mendelsohn faz um bom vilão genérico de aventura infanto juvenil. Já o resto do elenco alterna entre o bom e o sofrível.
A trilha sonora é algo que não podemos deixar passar. Incrivelmente as melhores trilhas do cinema são de filmes do Spielberg. Este é um forte que ninguém pode negar. A trilha acompanha bem as referencias da cultura pop. Temos refetrencias a jogos famosos, como Halo, Overwach. Referecias de filmes como King King, Godzilla, Gigante de Ferro, Star Wars, Series Japonesas. O melhor de tudo, certamente foi ver o Gigante de ferro em ação novamente, se sacrificando. O filme é recheado de referencias. Mas o ponto alto, com certeza são os efeitos visuais. A texturam, mecânica a realidade, foram excepcionalmente o que destacaram o filme. De fato esta categoria, sera a mais difícil de se votar.
O Jogador Numero 1, é um ótimo filme de aventura. Me arrebatou do sofá. Foi um belo show de efeitos visuais, e edição. Quanto a historia, é o mesmo de sempre, mas como todo filme do velho Spielberg, me fez pensar e refletir com otimismo.
Bom, logo de cara podemos notar do que se trata este curta. Nos primeiros minutos, a musica e o contexto que ela fora inserida, já nos da uma ideia do que iremos ver. A tensão do filme é crescente, seu inicio já é sufocante e áspero, o suficiente para incomodar.
Os personagens Junior e Pedro, respectivamente pai e filho, são bem definidos. Junior é um garoto gay, que esconde sua sexualidade do pai. Seu pai, se mostra em uma figura aparentemente autoritária, e sistemática, o que ajuda na construção da crescente tensão. Os primeiros diálogos são deixas que nos faz imaginar qual seria atitude daquele pai ao descobrir sobre a sexualidade do filho. Isto é o que causa o constante incomodo.
Talvez pela obviedade da parte "A" do curta, eu saberia ao certo que fim tomaria. Mas incrivelmente sou surpreendido com um final que teve muito mais a dizer do que o resto da produção. É claro que tudo aqui se complementa, desde a frieza do pai, até as memorias que ele tem no carro, que certamente foi o norte de sua atitude final; de abraçar seu filho ao invés de reproduzir um comportamento insensível e preconceituoso.
Este curta é uma clara alusão social a relação da herança de comportamento dos pais. Tudo que ouvimos na nossa infância e adolescência provavelmente iremos reproduzir no futuro, a menos que façamos diferente dos nossos pais. Como diria Belchior: "Ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais."
A palavra Kandandu pelo que pesquisei, significa 'ABRAÇO", como expressão de afeto, consentimento e hospitalidade o que faz todo sentido para o curta. O abraço que o Pedro dá em Junior, é fruto talvez se uma experiencia negativa com seu pai, junto de uma reflexão sobre a questão. Isto é o que todos os pais deveriam fazer, apesar das diferenças, do choque de realidade, do preconceito, devemos abrir mão de nossos preconceitos para abraçar. Que não seja um a abraço falso, mas que seja verdadeiro.
Eu realmente gostei do trabalho. Relevante, representativo, atual, o curta passa uma mensagem importante sobre amor acima do preconceito.
Star Wars se tornou uma das franquias mais bem sucedidas do mundo. É tanto, que o universo de possibilidades de aventuras não parece ter limite; não havendo sinais de que sera estabelecido um veredicto tão cedo deste universo. Como ponta, a Disney lançou o filme exclusivo que conta a história de Han Solo, antes da sua aventura com Luke e a Princesa Leia.
Temos um inicio clássico, bem característico de Star Wars. O filme do inicio ao fim é frenetico, fluido, sem muita complicação. É basicamente a amostra do trajeto que colocou Han Solo no caminho de Luke. Muitas soluções e esclarecimentos foram feitos neste filme; como Han conheceu o Chew, como ele consegui o blaster a Millennium Falcon, enfim, tudo que os fãs de Star Wars gostariam de ver.
A aventura desta vez não é tão diferente das outras, a não ser as motivações. Aqui elas parecem ser bem mais reais que nos filmes antigos. Porém, outras motivações de personagens secundários, são usadas como fio condutor do desfecho, algo que me incomodou, justamente por desentonar com o resto do filme, que seguia uma linha muito menos ideológica de revolução e muito mais de ambição e busca por sobrevivência e poder. Todo este malabarismo no roteiro, fez o filme perder um pouco o foco narrativo, que era a historia de Han Solo, não tinham que colocar a resistência nesta historia.
Os personagens são interessantes. Tivemos a inserção de personagens inéditos, claro. Estas figuras que cercam a vida de Han, não são muito confiáveis, pois se tratam de mercenarios e servos leais. Isto permite varias possibilidades no roteiro. Woody Harrelson como Beckett, faz um personagem astuto, mas falta um pouco mais de brilho e coerência com este personagem; ele compra muito fácil muitas ideias. Alguém como ele não seria tão fácil de ser convencido ou tapiado. O vilão Dryden Vos, interpretado por Paul Bettany, tem um tom maléfico e cordial. Porém sua verdadeira face revela sua aspereza e levianidade. Este foi um vilão comum que teve boas cenas de seu interprete.
Alden Ehrenreich, esta muito bem como Han Solo; consegue imprimir alguns trejeitos clássicos no papel. Logo é denotado as características do personagem feito originalmente por Harrison Ford. Ele possui excesso de confiança, paga de charmoso, é malandro, e não consegue ter caráter ruim. É exatamente como o Han Solo dos anos 70. A Emilia Clarke, interpreta Qi'ra, o primeiro amor de Han. Ela atuou basicamente com expressão, devido a condição que fora posta no papel. Sua personagem é intrigante, valente e esconde bem seus sentimentos. Através do olhar, Emilia Clarke ajuda a deixar muita coisa subentendida a respeito de Qi'ra e suas motivações. Eu gostaria muito de ver esta personagem em outro filme da franquia, mas acho improvável.
Eu posso estar falando besteira, mas eu percebi pobreza na textura da CGI em muitas cenas do filme. Eu até duvidei que estivesse concorrendo ao Oscar de efeitos visuais. Mas dentro do aceitável, a produção de forma geral, o cenário criado, as cenas no Turbilhão foram as visualmente as mais incríveis de cair o queixo.
Solo é mais um filme pra conta da franquia, que na minha visão não foi tão fraco como me falaram, na verdade creio que pode estar entre o top 5 dos melhores filmes da franquia. Eu não sou fã de Star Wars, mas este foi um dos que mais gostei, podem me julgar haha. A imagem pode conter: 3 pessoas
[SPOILER] Eu gostei da historia da moça que acaba tirando a própria vida. Pois na primeira vez na vida dela, ela toma uma decisão definitiva sobre seu destino. Foi irônico mas trágico kkkk [SPOILER]
A principio, para mim o filme pareceu em sua composição, um compilado de curtas-metragem totalmente disconectos. Mas refletindo melhor, o intuito do filme não pareceu estabelecer um sentido real sentido entre todas as historias apresentadas, mas sim contar varias historias que homenageiam os filmes de velho oeste. Foi como se de fato houvessem pegado um livro de contos e contado da maneira que ele é. Este filme na mão dos irmãos Coen foi um prato cheio. Apesar disto, eu não acho que este filme funcione tão bem como um único filme. Talvez ficaria um trabalho mais coeso como serie, no estilo American Horror History, ou até mesmo Doctor Who.
Cada ponta de historia contada aqui, possui sua característica como produção. Ao passo que mudam as historias, também muda o ritmo, a fotografia, o tom do filme. Neste sentido, o problema de ritmo do filme fica mais que evidente. Temos comédia, romance, drama, ação, tudo englobado em uma unica obra de duas horas de duração; não abrindo muito espaço para fluidez. Mas ante o proposito do filme, é compreensivo que não haja como fazer com que as historias se conversem, a não ser pela temática e pela produção artística.
As histórias que são apresentadas são em sua maioria interessantes e cativantes. A primeira temos uma comedia sobre Scruggs, um fora da lei sabichão, que é derrotado pela sua autoconfiança. O filme da tanta enfase ao fato de ele ser rápido no gatilho, ter sempre um truque na manga, que o momento em que ele é abatido, faz com que o publico fique surpreso, ao ver que foram enganados pelo próprio filme.
A segunda história é sobre um jovem bandido que ao assaltar um banco é preso e condenado ao enforcamento. De forma irônica ele escapa mas é condenado mais uma vez a forca. Em seu ultimo diálogo temos uma das cenas mais irônicas e engraçadas do filme.
No terceiro, o filme apresenta um jovem artista e um empresário que vivem de show itinerante. Aqui temos um drama num tom bem melancólico, pela condição do jovem de ser desprovido de pernas e braços.
A quarta historia revela um homem de idade isolado de tudo e de todos, vivendo na floresta em busca de encontrar uma mina de ouro. Aparentemente ele foi garimpeiro por toda vida, e ficou louco, bitolado por achar ouro. Para sua supresa ao achar a preciosidade, é alvejado por um outro homem, que o havia perseguido durante sua jornada. A forma como ele resolve a situação é demais. Esta foi a historia que mais me envolvi.
A quinta historia é talvez a mais longa. Conta a historia de uma moça que viaja para um casamento, mas encontra seu verdadeiro amor na caravana de sua viajem. Mas uma tragedia, por sinal irônica, interrompe tudo. Aqui também tivemos uma das melhores sequencias, onde Grainger Hines tem uma das melhores atuações do filme.
A sexta e ultima historia, é a mais monótona e a que mais desentoa com o resto do filme. Ela se passa a noite, com uma fotografia serpa que eu achei exagerado. Se trata de colegas de viagem que compartilham historias sinistras sobre suas experiencias. Esta ultima parte é pura ostentação ao diálogo. O diálogo é genial, a atmosfera e a trilha sonora escurece o clima, e dão suporte a ascensão do diálogo até algo que se aproxima do suspense.
As atuações no geral foram muito boas, mas em destaque as que me chamaram mais atenção foram as de Tom Waits que fez o velho garimpeiro, e Harry Melling, que fez o jovem itinerante, e Grainger Hines que fez o chefe da companhia. Todos estes três conseguiram captar e expressar os sentimentos e as caraterísticas de seus personagens. O que vale ressaltar, é que o filme faz muito bem em definir rapidamente os personagens, pelas características físicas, pelo modo de falar, pelas breves atitudes; isto é algo que muitos filmes com muito mais tempo para desenvolvimento não conseguem fazer.
Quanto ao figurino, as locações as cenografias, maquiagem, a direção de arte de uma forma geral, foi espetacular. Eu me senti no velho oeste, senti o clima ameaçador de sobrevivência da época, a cultura, etc.
Para quem é fã verdadeiro de Western este filme vai ser um grande agrado. Mas para quem não é familiarizado com este tipo de filme assim como eu, vai sentir incomodado pelo ritmo do filme. Mas de forma geral posso dize que gostei, e foi uma bela obra, e excelente produção de arte.
Emoji: O Filme
2.7 262 Assista AgoraValeu pela comédia, pelas referências e pelo conceito artístico, que eu gostei muito. mas o roteiro é muito sistematizado e não explora outros caminhos que seriam mais interessantes.
Doce Argumento
3.2 87 Assista AgoraNão é ruim. O filme se perde no plano de fundo. Toda esta coisa do debate e tals é muito chata. Pelo estilo proposto do filme, eu esperava que eles desenvolvessem melhor o romance dos dois personagens. Alguns acontecimentos que deveriam ser importantes, que dariam peso para a narrativa, são simplesmente deixado de lado.
A Partida Final
3.9 57""Penso no câncer como o asteroide no escuro, me atirando umas pedronas. E me surpreendo quando olho e digo: “Ele não me acertou, eu continuo aqui”. Ele poderia ter me matado mas eu continuo aqui!""
Sobre Pais e Filhos
3.8 32 Assista AgoraPodemos aqui acompanhar a construção social por trás do ódio ao ocidente (infiéis). É nítido como um pensamento fundamentalista é tão forte na mente dos extremistas. O documentário trás imagens importantíssimas para entender as motivações dos grupos jihadistas.
Ovelha Negra
3.9 34O documentário revela a realidade negra de morar em uma comunidade racista. Cornelius é agredido, injuriado e maltratado. Ele então acha uma maneira triste de se adaptar em meio aos jovens daquele lugar. Ele se torna branco. Isto mesmo. Apos ver que jovens negros eram hostilizados e agredidos pela sua condição racial, o garoto resolve mudar seus aspectos físicos, virando um branco ambulante. Sendo assim, ele é aceito em alguns grupos.
Com sua confiança e círculos de amizades crescendo, Cornelius se envolve com algumas gangues de garotos brancos e racistas. Com isto ele chega ao seu declínio moral, cometendo agressões sem motivo, apenas para descontar a raiva que passava pelos problemas familiares com seu pai.
O titulo do curta é perfeito, não poderia ser melhor. É claramente uma constatação de que atitudes criminosas, muitas vezes são consequência de consecutivos acontecimentos na vida das pessoas, em especial jovens negros. Bandido, marginais são sim culpados pelos seus atos, porém, a raiz, o foco do problema é bem mais fundo.
Um Pequeno Passo
4.2 59 Assista AgoraUm simples exemplo de como usar a dor e tristeza para potencializar suas motivações.
Fins de Semana
3.8 31O filme é pouco polido no que diz respeito a narrativa. As transições imaginárias ou então as mudanças bruscas de ambiente, ressalvam que há um conflito na forma que o garoto enxerga e se relaciona com seu pai e sua mãe, ambos divorciado. Por uma lado ele vê o seu pai que lhe dava atenção e importância quando ia em sua casa no fim de semana, e agora arruma uma namorada a qual acaba juntos se mudando para longe. Por outro, sua mãe que namora, mas devido comportamentos abusivos do namorado acaba ficando novamente só.
Toda esta tristeza e alegria juntas, consolidam a necessidade do garoto de sair da realidade. Tudo se torna caótico, amplificado na sua visão. Crianças tendem a ver a realidade distorcida, até que adquirem maturidade suficiente para entender o mundo ao seu redor.
O curta tem um belo trabalho de produção artística. Existe conceitos difusos mostrados varias vezes com objetos, como o cavalo de cera, meias, armaduras samurai, piano, etc. O tom abstrato é característico da animação; o que elucida a forma como o garoto vê e lida com o distanciamento familiar "tradicional".
Border
3.6 219 Assista AgoraFilme asqueroso no bom sentido!!! Otimo!!!
Madre
4.1 53A tensão crescente do curta é toda potencializada pela ambientação estática, que revela a impotência de uma mãe diante o desespero de saber que seu filho esta em perigo. A relação de Marta (Marta Nieto) mãe do garoto e sua mãe (Blanca Apilánez), avó do garoto, reforça em muito, a tensão.
Consolidado com um final em aberto, o findar do curta foca no rosto da avó, indicando um possivel envolvimento com a situação do garoto. Não sei, talvez esteja viajando rsrsrrs.
Mirai
3.6 119Quem nunca sentiu ciumes? Quem nunca quis atenção apenas pra si? Assim como a maioria das crianças, Kun sofre de "síndrome do egocentrismos"(sim eu inventei este termo). Kun não gosta da ideia de ter que dividir a atenção de seus pais com sua recém nascida irma, Mirai. O filme trabalha esta evolução de Kun de uma forma estranha e pragmática.
Os acontecimentos de seu jardim, que parecem mágicos ou meras imaginações de sua cabeça, coloca o garoto em um mundo que transita entre o passado, presente e metafisico. Este mundo confronta sua visão umbilical sobre o mundo real; na oportunidade de dar a Kun, a chance de entender que a vida não se trata de si mesmo, mas aprender a conviver com outros. Apesar disto, sua visão teimosa e egoísta continua a mesma, sendo necessário que outras viagens no passado e no futuro sejam feitas.
O fato de grande parte da animação se ambientar na casa de Kun, reforça a ideia de individualismo e limitação do conhecimento das coisas do mundo, tudo que ele conhece esta na casa; o mundo lá fora é totalmente desconhecido. Kun é privado de muita coisa, por ser uma criança mimada, isto o torna muito dependente de seus pais. No momento em que ele realmente sai ao mundo real para fora dos portões de casa, em uma de suas viagens pelo jardim, ele descobre o quanto o mundo real é terrível e diferente de seu ninho, da segurança de sua casa, onde ele tem tudo na mão.
Como se não bastasse, a animação ganha pontos em retratar o casal, pai de Mirai e Kun, como um casal moderno, onde a mulher se torna a chefe da casa e o pai é o passivo de decisões. Por ter tirado licença a maternidade com o nascimento de Mirai, e ao voltar para a rotina de trabalho, o homem é obrigado a tomar conta das tarefas domesticas, mesmo não mostrando habilidade para tais. Outro aspecto legal, é como o filme trabalha o apreço de Kun por brinquedos de trem-bala, de uma forma que ao se deparar com um trem bala que não conhecia, percebemos que o trem-bala desconhecido, se refere ao mundo cruel e real que o garoto não conhecia.
Mirai significa "futuro". Sua irmã nas aparições do futuro, o encaminha para o ápice em que o faz perder a inocência. Ao ver avo quase morrendo na guerra, ou então seu pai caindo da bicicleta, ou sua mãe acudindo um pardal morto por um gato, pode ver que a realidade que ele vivia, era totalmente distante do que acontecia fora de seu ambiente de conforto. No mundo de uma criança inocente, Kun vê em Mirai uma ameaça a sua soberania na casa. Durante todo este processo de amadurecimento, o garoto precisou enxergar que a vida é feita de ciclos, de necessidades e de amadurecimento. Só assim ele pode perceber que o mundo não girava em torno de si próprio.
No Portal da Eternidade
3.8 348 Assista AgoraVan Gogh foi um pintor que teve uma vida um tanto conturbada. Ele não era considerado um bom pintor pelos seus colegas e leigos, era tido como um louco na pacata cidade em onde vivia. Sua "loucura" foi uma arma usada para retratar a beleza que ele via, tanto na natureza quanto nos artifícios humanos.
Retratar em pouco menos de duas horas em imagens toda a essencia de um artsta não é uma tarefa facil. Diversos filmes contaram esta mesma historia de Van Gogh. Inclusiva ano passado, "Loving Vincent" concorreu ao Oscar de melhor animação, sendo uma incrível obra de arte em filme, como nunca visto antes.
Mas diferente dos demais filmes sobre o famoso pintor, At Eternity's Gate, é um filme que além de apresentar Vincent como nos o conhecemos, ele aprofunda de uma forma que nos influi para dentro da realidade do personagem. Só assim é possível sentir a dor, a ansiedade e o extasiante momento em que as cores saltavam aos olhos do pintor.
O filme nos permite viver esta experiencia do silencio caótico, o verdadeiro paradoxo de transformar a dor em alegria, algo que transformou Van Gogh no pintor mais peculiar e misterioso de todos os tempos.
Minding the Gap
4.1 73Gente a edição desse filme ta inacreditável.
Minding the Gap
4.1 73Já virei fã do Japonês Bing Lu, este garoto tem não só sensibilidade para direção, mas também na vida de seus próprios amigos, de enxergar problemas que eles passavam de uma forma que tudo se encaixa numa peça só.
Minding the Gap
4.1 73Imagine que você seja um jovem diretor, que resolve contar sua historia e de seus amigos; falar sobre suas dificuldades, suas semelhanças e os caminhos que tomaram. Foi o que fez Bing Lu, neste maravilhoso documentário.
O filme 300º deste álbum não poderia ter sido melhor. Este documentário é de uma sensibilidade e profundidade absurda; nunca vi nada igual. A forma que o diretor une estas três historias que aparentemente se resumiria em três garotos com problemas familiares, que acharam refugio no esporte radical. Mas quem assistiu sabe que é muito mais profundo do que se poderia imaginar.
Kiere Johnson, é um jovem negro amigo de Bing Lu. Ele sofre emocionalmente pela perda de seu pai, mas mais ainda pela sua relação com o mesmo. Em sua infancia Kiere sofreu com a autoridade abusiva de seu pai, que o obrigava a trabalhar. Isto acaba o afetando, o fazendo ter que lidar com seus fantasmas. Por outro lado, temos Zack Mulligan, um jovem branco que sofreu com sua infancia conturbada, e agora, sendo pai, luta para levar uma vida mais responsável. Por fim, Bing Lu, é um Asiático que sofreu agreções de seu padrasto, e agora tem que lidar com estas questões com sua mãe, que não estava presente para ampara-lo.
É fácil se emocionar e se identificar com muitas coisas aqui. Você vê na face destes jovens a dor do passado e a esperança de uma vida melhor. A relação parental abordada aqui por Bing Lu é extremamente real. São personagens reais, com problemas reais. Por fim tudo se encaixa em um único plano. Bing Lu ve em seus amigos aspectos de suas experiencias de vida, que possuem ligações simbólicas com sua própria vida.
Este documentário foi uma das melhores coisas que vi. Questões raciais, sobre machismo e abuso de autoridade, são pontos fortes neste trabalho. Já virei fã de Bing Lu, não apenas pela obra, mas pelo seu olhar sensível, em identificar parte dele em seus amigos. Magistral! Este jovem é uma promessa do cinema.
Comportamento Animal
3.5 47O curta animação com seus 14 minutos de duração, nos coloca em uma satirica, num grupo de apoio para animais. Nisto, os animais acabam tendo problemas pessoais relacionados a sua natureza. Os instintos, que são característicos de cada especie, são inatos e não podem ser negados; eles clamam dentro do corpo, eles fazem parte da genética do ser.
Fim de Tarde
4.4 90O caminho traçado rumo a recordação de Emily, é uma emocionante historia que revela o esqucimento mais importante da vida da personagem.
A Juíza
4.0 42 Assista AgoraQue mulher incrível! Sua motivação em lutar, a levou de uma mera estudante de direito, até a primeira mulher na Suprema Corte do EUA. Uma mulher equilibrada, que através de seu discurso e sua sobriedade, conseguiu mostrar que o papel da mulher não é ser dona de casa.
Ruth, chegou a estudar, trabalhar, cuidar de seus filhos e do marido que estava com câncer, tudo de uma vez. Como se não bastasse foi a responsável pelo reconhecimento na constituição da criminalização da discriminação sexual. Ela será lembrada para sempre como a RBG
Vice
3.5 488 Assista AgoraO que falar deste filme??? Uma bagunça do inicio ao fim!!! Olha o nível que chegou o Oscar. É claramente um filme que foi indicado por méritos políticos. Isto me irrita.
Melhor cena do filme, foi a cena pós creditos kkkkk
Jogador Nº 1
3.9 1,4K Assista AgoraTodos nos conhecemos a grandeza de Steven Spielberg. Conhecido por ser um bom contador de historias, e um dos maiores nomes do cinema mundial, o diretor possui uma marca característica de seus filmes. A emoção que ele passa, através de sua visão e sensibilidade em tocar o publico é inquestionável. Aqui temos mais um belo trabalho, recheado de efeitos visuais, e que propõe um debate para questões atuais, sobre a tecnologia.
O mundo futurista exposto no filme, evidencia a diferenças de classes sociais, pela consequência da estrutura de monopólio de pequenos grupos. Nada de novo debaixo do sol. Porém este é um aspecto importante do filme, que não é tão discutido; a obviedade do tema, talvez não tenha despertado o interesse de Spielberg, mas um outro tema o despertou. A tecnologia.
Neste mundo, a maior fonte rentável das pessoas se tornou os jogos de realidade virtual. Toda a sociedade vive em função desta tecnologia, claro em busca de uma vida melhor. No entanto, esta boa vida, não é tão fácil de ser conquistada. Mas o filme explora um outro lado desta questão. A atividade tecnológica, cauterizou a mente das pessoas. O fundador e precursor desta tecnologia, que criou todo este sistema, sempre viveu relutando ter uma vida social. Por não ter tais habilidades, isto o levou a acreditar que talvez a realidade virtual poderia ser um substituto da realidade. Mas a mensagem que o filme traz é que, nada pode substituir a realidade.
Halliday o fundador, descobriu no fim da vida, que a sua omissão a realidade, o fez perder o melhor que tinha da vida. Escondeu seu amor a sua amada, tudo porque viveu a vida toda fora da realidade. Isto nos leva a pensar, e fazer uma profunda reflexão, de como as redes sociais podem afetar nossa vida. As relações entre internautas, podem nos tirar da vida real, nos fazendo esquecer o valor de ser de verdade. O filme trabalha muito bem esta ideia, com exemplos dentro do próprio roteiro, com diálogos, sempre deixando uma reflexão a cada estagio da historia.
Não vou atentar a diversos furos e incoerências no roteiro, porque eu sei que isto não tira o valor do filme, de toda a produção, ada mensagem e da obra por completo. São coisas minimas comparadas com o resto, mas que a certo nível pode incomodar quem é mais atencioso a detalhes. O filme, no geral, tem um ritmo gosto, não perde a frequência
Os personagens são na maioria das vezes funcionais. Os jogadores secundários não atrapalham o andamento do filme, estão ali apenas para compor um time bacana. Wade, o personagem principal, é um pouco vazio. O filme pincela um pouco no que poderia se tornar uma camada, ou motivação para o personagem fazer o bem, mas logo abandona esta questão e foca novamente no conflito. Isto é ruim, porque acaba se tornando um personagem sem muita motivação a nãos ser jogar e ver um mundo melhor; o que faz talvez não sentirmos tanta empatia pelo mesmo. Já Samantha, possui mais camadas que o personagem principal. O seu drama em ter perdido o pai por causa da organização exploradora que ambos lutam contra, faz a sua luta ter muito mais sentido. Esta personagem tem muito mais a dizer do que Wade. A relação entre eles, funciona muito melhor no mundo virtual. Eu gostei muito mais de ver todos os amigos reunidos dentro do jogo, do que fora. O plano real é a pior parte do filme, as piores cenas, os maiores furos acontecem fora da realidade virtual.
O ator Tye Sheridan (Wade), conhecido pelo o papel de Bran Stark no seriado Game of Thrones é um bom ator. No entanto, aqui, seu personagem como já fora dito, não possui muita profundidade, o que tornou sua interpretação um pouco genérica. Destaque para o virtuoso Mark Rylance, que desempenha o melhor papel do filme. Seu personagem é o mais interessante, e muitas vezes se destaca em vários pontos do filme. Ben Mendelsohn faz um bom vilão genérico de aventura infanto juvenil. Já o resto do elenco alterna entre o bom e o sofrível.
A trilha sonora é algo que não podemos deixar passar. Incrivelmente as melhores trilhas do cinema são de filmes do Spielberg. Este é um forte que ninguém pode negar. A trilha acompanha bem as referencias da cultura pop. Temos refetrencias a jogos famosos, como Halo, Overwach. Referecias de filmes como King King, Godzilla, Gigante de Ferro, Star Wars, Series Japonesas. O melhor de tudo, certamente foi ver o Gigante de ferro em ação novamente, se sacrificando. O filme é recheado de referencias. Mas o ponto alto, com certeza são os efeitos visuais. A texturam, mecânica a realidade, foram excepcionalmente o que destacaram o filme. De fato esta categoria, sera a mais difícil de se votar.
O Jogador Numero 1, é um ótimo filme de aventura. Me arrebatou do sofá. Foi um belo show de efeitos visuais, e edição. Quanto a historia, é o mesmo de sempre, mas como todo filme do velho Spielberg, me fez pensar e refletir com otimismo.
Kandandu
4.0 1Bom, logo de cara podemos notar do que se trata este curta. Nos primeiros minutos, a musica e o contexto que ela fora inserida, já nos da uma ideia do que iremos ver. A tensão do filme é crescente, seu inicio já é sufocante e áspero, o suficiente para incomodar.
Os personagens Junior e Pedro, respectivamente pai e filho, são bem definidos. Junior é um garoto gay, que esconde sua sexualidade do pai. Seu pai, se mostra em uma figura aparentemente autoritária, e sistemática, o que ajuda na construção da crescente tensão. Os primeiros diálogos são deixas que nos faz imaginar qual seria atitude daquele pai ao descobrir sobre a sexualidade do filho. Isto é o que causa o constante incomodo.
Talvez pela obviedade da parte "A" do curta, eu saberia ao certo que fim tomaria. Mas incrivelmente sou surpreendido com um final que teve muito mais a dizer do que o resto da produção. É claro que tudo aqui se complementa, desde a frieza do pai, até as memorias que ele tem no carro, que certamente foi o norte de sua atitude final; de abraçar seu filho ao invés de reproduzir um comportamento insensível e preconceituoso.
Este curta é uma clara alusão social a relação da herança de comportamento dos pais. Tudo que ouvimos na nossa infância e adolescência provavelmente iremos reproduzir no futuro, a menos que façamos diferente dos nossos pais. Como diria Belchior: "Ainda somos os mesmos e vivemos
como os nossos pais."
A palavra Kandandu pelo que pesquisei, significa 'ABRAÇO", como expressão de afeto, consentimento e hospitalidade o que faz todo sentido para o curta. O abraço que o Pedro dá em Junior, é fruto talvez se uma experiencia negativa com seu pai, junto de uma reflexão sobre a questão. Isto é o que todos os pais deveriam fazer, apesar das diferenças, do choque de realidade, do preconceito, devemos abrir mão de nossos preconceitos para abraçar. Que não seja um a abraço falso, mas que seja verdadeiro.
Eu realmente gostei do trabalho. Relevante, representativo, atual, o curta passa uma mensagem importante sobre amor acima do preconceito.
Han Solo: Uma História Star Wars
3.3 638 Assista AgoraStar Wars se tornou uma das franquias mais bem sucedidas do mundo. É tanto, que o universo de possibilidades de aventuras não parece ter limite; não havendo sinais de que sera estabelecido um veredicto tão cedo deste universo. Como ponta, a Disney lançou o filme exclusivo que conta a história de Han Solo, antes da sua aventura com Luke e a Princesa Leia.
Temos um inicio clássico, bem característico de Star Wars. O filme do inicio ao fim é frenetico, fluido, sem muita complicação. É basicamente a amostra do trajeto que colocou Han Solo no caminho de Luke. Muitas soluções e esclarecimentos foram feitos neste filme; como Han conheceu o Chew, como ele consegui o blaster a Millennium Falcon, enfim, tudo que os fãs de Star Wars gostariam de ver.
A aventura desta vez não é tão diferente das outras, a não ser as motivações. Aqui elas parecem ser bem mais reais que nos filmes antigos. Porém, outras motivações de personagens secundários, são usadas como fio condutor do desfecho, algo que me incomodou, justamente por desentonar com o resto do filme, que seguia uma linha muito menos ideológica de revolução e muito mais de ambição e busca por sobrevivência e poder. Todo este malabarismo no roteiro, fez o filme perder um pouco o foco narrativo, que era a historia de Han Solo, não tinham que colocar a resistência nesta historia.
Os personagens são interessantes. Tivemos a inserção de personagens inéditos, claro. Estas figuras que cercam a vida de Han, não são muito confiáveis, pois se tratam de mercenarios e servos leais. Isto permite varias possibilidades no roteiro. Woody Harrelson como Beckett, faz um personagem astuto, mas falta um pouco mais de brilho e coerência com este personagem; ele compra muito fácil muitas ideias. Alguém como ele não seria tão fácil de ser convencido ou tapiado. O vilão Dryden Vos, interpretado por Paul Bettany, tem um tom maléfico e cordial. Porém sua verdadeira face revela sua aspereza e levianidade. Este foi um vilão comum que teve boas cenas de seu interprete.
Alden Ehrenreich, esta muito bem como Han Solo; consegue imprimir alguns trejeitos clássicos no papel. Logo é denotado as características do personagem feito originalmente por Harrison Ford. Ele possui excesso de confiança, paga de charmoso, é malandro, e não consegue ter caráter ruim. É exatamente como o Han Solo dos anos 70. A Emilia Clarke, interpreta Qi'ra, o primeiro amor de Han. Ela atuou basicamente com expressão, devido a condição que fora posta no papel. Sua personagem é intrigante, valente e esconde bem seus sentimentos. Através do olhar, Emilia Clarke ajuda a deixar muita coisa subentendida a respeito de Qi'ra e suas motivações. Eu gostaria muito de ver esta personagem em outro filme da franquia, mas acho improvável.
Eu posso estar falando besteira, mas eu percebi pobreza na textura da CGI em muitas cenas do filme. Eu até duvidei que estivesse concorrendo ao Oscar de efeitos visuais. Mas dentro do aceitável, a produção de forma geral, o cenário criado, as cenas no Turbilhão foram as visualmente as mais incríveis de cair o queixo.
Solo é mais um filme pra conta da franquia, que na minha visão não foi tão fraco como me falaram, na verdade creio que pode estar entre o top 5 dos melhores filmes da franquia. Eu não sou fã de Star Wars, mas este foi um dos que mais gostei, podem me julgar haha.
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Poderia Me Perdoar?
3.6 266Esta atriz, acredito que tenha sido o melhor papel dela. Filme legal, não grande coisa, mas legal.
A Balada de Buster Scruggs
3.7 531 Assista Agora[SPOILER] Eu gostei da historia da moça que acaba tirando a própria vida. Pois na primeira vez na vida dela, ela toma uma decisão definitiva sobre seu destino. Foi irônico mas trágico kkkk [SPOILER]
A Balada de Buster Scruggs
3.7 531 Assista AgoraA principio, para mim o filme pareceu em sua composição, um compilado de curtas-metragem totalmente disconectos. Mas refletindo melhor, o intuito do filme não pareceu estabelecer um sentido real sentido entre todas as historias apresentadas, mas sim contar varias historias que homenageiam os filmes de velho oeste. Foi como se de fato houvessem pegado um livro de contos e contado da maneira que ele é. Este filme na mão dos irmãos Coen foi um prato cheio. Apesar disto, eu não acho que este filme funcione tão bem como um único filme. Talvez ficaria um trabalho mais coeso como serie, no estilo American Horror History, ou até mesmo Doctor Who.
Cada ponta de historia contada aqui, possui sua característica como produção. Ao passo que mudam as historias, também muda o ritmo, a fotografia, o tom do filme. Neste sentido, o problema de ritmo do filme fica mais que evidente. Temos comédia, romance, drama, ação, tudo englobado em uma unica obra de duas horas de duração; não abrindo muito espaço para fluidez. Mas ante o proposito do filme, é compreensivo que não haja como fazer com que as historias se conversem, a não ser pela temática e pela produção artística.
As histórias que são apresentadas são em sua maioria interessantes e cativantes. A primeira temos uma comedia sobre Scruggs, um fora da lei sabichão, que é derrotado pela sua autoconfiança. O filme da tanta enfase ao fato de ele ser rápido no gatilho, ter sempre um truque na manga, que o momento em que ele é abatido, faz com que o publico fique surpreso, ao ver que foram enganados pelo próprio filme.
A segunda história é sobre um jovem bandido que ao assaltar um banco é preso e condenado ao enforcamento. De forma irônica ele escapa mas é condenado mais uma vez a forca. Em seu ultimo diálogo temos uma das cenas mais irônicas e engraçadas do filme.
No terceiro, o filme apresenta um jovem artista e um empresário que vivem de show itinerante. Aqui temos um drama num tom bem melancólico, pela condição do jovem de ser desprovido de pernas e braços.
A quarta historia revela um homem de idade isolado de tudo e de todos, vivendo na floresta em busca de encontrar uma mina de ouro. Aparentemente ele foi garimpeiro por toda vida, e ficou louco, bitolado por achar ouro. Para sua supresa ao achar a preciosidade, é alvejado por um outro homem, que o havia perseguido durante sua jornada. A forma como ele resolve a situação é demais. Esta foi a historia que mais me envolvi.
A quinta historia é talvez a mais longa. Conta a historia de uma moça que viaja para um casamento, mas encontra seu verdadeiro amor na caravana de sua viajem. Mas uma tragedia, por sinal irônica, interrompe tudo. Aqui também tivemos uma das melhores sequencias, onde Grainger Hines tem uma das melhores atuações do filme.
A sexta e ultima historia, é a mais monótona e a que mais desentoa com o resto do filme. Ela se passa a noite, com uma fotografia serpa que eu achei exagerado. Se trata de colegas de viagem que compartilham historias sinistras sobre suas experiencias. Esta ultima parte é pura ostentação ao diálogo. O diálogo é genial, a atmosfera e a trilha sonora escurece o clima, e dão suporte a ascensão do diálogo até algo que se aproxima do suspense.
As atuações no geral foram muito boas, mas em destaque as que me chamaram mais atenção foram as de Tom Waits que fez o velho garimpeiro, e Harry Melling, que fez o jovem itinerante, e Grainger Hines que fez o chefe da companhia. Todos estes três conseguiram captar e expressar os sentimentos e as caraterísticas de seus personagens. O que vale ressaltar, é que o filme faz muito bem em definir rapidamente os personagens, pelas características físicas, pelo modo de falar, pelas breves atitudes; isto é algo que muitos filmes com muito mais tempo para desenvolvimento não conseguem fazer.
Quanto ao figurino, as locações as cenografias, maquiagem, a direção de arte de uma forma geral, foi espetacular. Eu me senti no velho oeste, senti o clima ameaçador de sobrevivência da época, a cultura, etc.
Para quem é fã verdadeiro de Western este filme vai ser um grande agrado. Mas para quem não é familiarizado com este tipo de filme assim como eu, vai sentir incomodado pelo ritmo do filme. Mas de forma geral posso dize que gostei, e foi uma bela obra, e excelente produção de arte.