Como eu não li o livro em que o filme é baseado, há alguns aspectos que serão uma perspectiva apenas do conteúdo da obra audiovisual mesmo.
Achei interessante a forma que trabalham os conceitos de vida em comunidade, autossuficiência, subsistência, amor livre e até um pouco de primitivismo. É interessante, pois em momento algum é colocado como uma utopia, afinal, aquelas pessoas viveram 6 anos em harmonia, compartilhando seus dia-a-dias. Acho que para mim, o grande ponto levantado pelo filme, não foi exatamente o final romantizado sobre o que acontece nA Praia, mas sim o fato de que muitas vezes as pessoas que não conseguem abandonar seus individualismos, seu egoísmo e sua vontade de se provar melhor que outrem, jamais conseguirão realmente viver em um paraíso. E pior: a mentira, aliada a tudo isso, consegue destruir tudo.
Quando eu fui assistir a esse filme, fui sem expectativa alguma. Eu não sabia do que a história tratava e ainda não tinha visto nenhum filme com a Bette Davis... Eu terminei o filme e fiquei dias pensando na Baby Jane. Que figura mais ambígua. É algo que beira o sinistro e a inocência.
há a primeira desavença entre as irmãs, já que Baby Jane é uma estrela mirim tão mimada, que dá nojo. Ali, ela se mostra como um monstro egocêntrico que consegue obrigar as pessoas à sua volta a fazerem o que ela quer. Uma natureza de obsessão, um lado doentio. O que a coloca como um perfil que realmente se encaixa no que o filme quer que nós pensemos que aconteceu: Baby Jane causou o acidente por sentir prazer sádico nisso. A atuação de Bette Davis está IMPECÁVEL. Talvez uma das melhores que vi até hoje. Me marcou completamente. É medonho.
Esse filme tem uma proposta narrativa genial, mas acaba se perdendo um pouco com a gradação dos conflitos. As inúmeras referências que marcaram época, aparecem somente no início e vão ficando de lado, para dar espaço às vivências do protagonista. Senti falta de um maior número de referências, que não precisavam vir de forma explícita, mas poderiam permear todo o filme, de maneiras sutis. Teria sido um marco documental em um filme ficcional.
Toda a sutileza, os receios, a fragilidade e a insegurança misturados aos diálogos fortes, profundos e que revelam a tentativa do ser humano de relativizar suas dores para aceitar um fim mais ameno, me fazem envolver com a história do protagonista. Não é aquele filme completamente romantizado, em que tem um amor verdadeiro para cuidar. É um filme que mostra todo o peso de você saber que terá um fim antes mesmo de ter vivido. E a forma que tem de se minimizar essa amargura: a tentativa de fingir uma indiferença, esperando que ela vire a realidade
Interestelar é um filme que tira um pouco da subjetividade para a interpretação do final. Nolan optou por algo mais explicativo. Para muitos fãs isso foi bem recebido, mas para outros (que quase sempre não são contemplados, porque esse tipo de filme é arriscado demais), o final em aberto e a instigação para interpretações pessoais que não vieram, são um ponto negativo para o filme. O ritmo narrativo é bastante atraente e nos prende com a alternância entre a vida que o protagonista está levando em sua jornada no espaço e as vidas que foram deixadas na Terra. O tom gradativo dos conflitos deixa sempre uma grande expectativa para o que virá a seguir. A partir do momento em que Cooper cai no buraco negro, teria sido mais interessante ser menos explícito ou ter terminado ali.
Essa pegada mais científica, alinhada com a história extraordinária e nem um pouco clichê, deveria ter rendido pelo menos uma indicação de Melhor Roteiro Original no Oscar de 2015, pois com certeza exigiu do Nolan um estudo de física quântica e muitas pesquisas pra desvendar o "universo" cinematográfico.
Muito interessante um filme para homenagear, mesmo que ainda de uma forma romantizada, o lugar que lançou vários artistas que viriam a ser conhecidos pelas próximas gerações. Além disso, resgata também a época do protopunk, trazendo o Iggy e os Stooges, os Ramones, Patti Smith e histórias como a dos Dead Boys e do próprio Hilly Kristal. Não deixa de ser um agradecimento ao próprio CBGB por ter dado visibilidade e voz à bandas tão boas, que talvez se não tivessem tido essa forcinha, não teríamos ficado conhecendo.
Acho que não tenho palavras para conseguir descrever tudo o que esse filme me fez sentir, mas tenho uma música que NUNCA vai sair da minha cabeça. Melhor cena, pra mim: https://www.youtube.com/watch?v=FJXgHuie0pE
Filme excelente. Tanto na condução da narrativa até o clímax, que traz um ritmo de gradação crescente à medida em que nos aprofundamos na história de Soraya e na luta de Zahra, como também nas história que é intrigante.
Muito arriscado histórias que suscitam discussões sobre religião, mas cumpre com a adaptação do livro e com o objetivo de trazer, mesmo sendo polêmico, à tona a falta de direitos das mulheres e como são maltratadas em países fundamentalistas.
Interessante ver uma história inédita desse nível ser criada para trazer um personagem de HQ às telonas. Constantine, como filme, possui um excelente roteiro e direção, além, claro, da direção fotográfica. Porém, na adaptação dos quadrinhos para o cinema, o personagem perde muito de sua identidade (apesar de o Keanu Reeves não ter atuado mal, mesmo não sendo loiro como o personagem original). O mago (ele não é um exorcista, ele é um mago que faz alguns exorcismos também) bundão, egocêntrico, egoísta, trapaceiro, vigarista e que vive alternadamente em ondas de sorte e azar, se transformou num heroizinho exorcista e bonzinho com carinha de mau. John Constantine é, antes de tudo, um cara que perdeu todas as pessoas que ele amava por causa de seu próprio egoísmo. Angela não é nem de longe o amor de sua vida. A dureza dos incidentes de Newcastle contribuem para que John não se importe com ninguém e não crie vínculos afetivos. Mas, como disse, para um filme comercial, ficou bem legalzinho. A história é legalzinha.
Eu realmente não sei por onde começar. The Who é minha banda favorita e Quadrophenia, além de meu álbum favorito deles, é também meu filme favorito. Bom, a adaptação é bem diferente do tratamento que a história ganha como a narrativa na ópera-rock, mas, mesmo que distintas, as obras são extremamente interessantes e se completam de forma harmoniosa.
No álbum, o protagonista vai, gradualmente, perdendo o controle. Jovem, inglês e mod nos anos 60, tudo a ver com a vivência do próprio Pete Townshend, que foi quem idealizou e criou a história envolta em Quadrophenia, Jimmy Cooper é uma releitura de sua própria vida. O filme, que trás de uma forma mais sutil os questionamentos do personagem, mostra bem essa loucura que vai tomando conta dele.
A sociedade, principalmente daquela época (estamos falando da transição de Baby Boomers para Geração X), traz à tona a quebra dos paradigmas e da estabilidade, empurrando os jovens para uma reviravolta social. Isso também tá presente no filme. Vemos como Jimmy Cooper e seus amigos rompem com as regras e valores da época, através dos diálogos com seus pais, com o seu patrão, com os donos dos bares que frequentavam e por aí vai.
Além da interessante retratação da juventude inglesa dos anos 60, mostrando o fato histórico das brigas entre mods e rockers, as obras trazem um assunto universal e atemporal: a angústia e as dúvidas que trazem a adolescência.
Jimmy Cooper começa como um jovem que quer apenas se destacar no meio de tantos outros. Para isso, ele age de forma a tentar sempre se engrandecer dentro do grupo em que está inserido -no caso os mods- mas, a medida que o tempo vai passando, nada vai sendo suficiente e tudo parece desmoronar. Para mim, isso dialoga com qualquer jovem, independente da geração.
O fato de em 2h20m ter tantas reviravoltas e mudar a forma de narrar as histórias é bem peculiar. Começa com a história do Luke e você acha que é mais um filme sobre o pai que vai roubar pra manter sua família (ou algo do gênero). Após a sua morte, a narrativa volta-se pra ascensão do Avery Cross, mostrando os esquemas de corrupção e a crise que ele passa como um tira. Ainda temos mais uma virada, quando a narrativa se embala com o Jason e os acontecimentos que o coloca frente a frente com todo o segredo e mistério envoltos na relação com o AJ.
É bem interessante ver isso tudo acontecer em pouco tempo de filme. Quando você termina e olha, nem parece que era um filme apenas.
Esse filme não me desce de jeito nenhum, pior ainda por ser quase uma autobiografia do Woody Allen. Após as incontáveis denúncias de assédio que tão surgindo, assistir a um filme que retrata a forma nojenta com que ele objetifica é insustentável pra mim. Desculpem-me os que o blindam, mas não há nada de inovador no que ele retrata na história apresentada. Poderia ser a história de muitos homens ali. O que não melhora em nada essa coisa toda.
A combinação de cores e a estética... as luzes... tudo combina perfeitamente com a atmosfera e a década em que foi filmado. Gostei muito. Fora que a Anne Carlisle mandou bem pra caramba nos papéis dela.
Pegar e mostrar que há um corpo, durante toda a trama no baú, faz com que o espectados fique ansioso com o desenrolar do filme, o que aumenta ainda mais com os diálogos simples e despretensiosos que aos poucos vão tensionando ao clímax da história.
Nos dois filmes há a queda do penhasco em paisagens semelhantes e a construção ambígua de morte e vida. A diferença é que em Quadrophenia você não sabe se Jimmy Cooper continua vivo, mas dá pra ver que Harold sim.
De uma certa forma o filme aborda a alienação das pessoas, ao fantasiarem em cima do virtual. Sempre achei que trocar algo real, por fantasias cibernéticas fosse um certo tipo de morte. Achei legal, pois gosto muito de filmes que falam sobre suicídio. E esse filme junta temas como o bullying, suicídio e alienação. A cena que a Sylwia sai do quarto é linda. O filme é bem pesado, mas acho que cumpre o seu papel de reflexão acerca dos temas.
Péssimas atuações, roteiro malfeito, parado demais no início, não nos prende emocionalmente com as personagens. Única coisa boa é a música da Piaf e a Emily Blunt.
As atuações são PÉSSIMAS. Os efeitos são PÉSSIMOS. Isso é filme para crianças, mas eles não aproveitaram nada para o público de outra idade. Fico pensando em como seria insuportável ter um filho e ter que assistir um milhão de vezes esse filme com ele. A única coisa legal, é o papai noel.
A fotografia é muito boa, sinceramente. O contraste das cores vivas (como a roupa vermelha dos oráculos e o dourado dos deuses), com os cenários mórbidos (bem calibrados de escuridão e tons mais fechados), fica excelente. A história é bem superficial, mas é legalzinha. As cenas de violência são um pouco fortes, mas combina com a realidade das guerras da época em que Teseu se citua, na mitologia. O figurino não foi barato, e os cenários também, mas me perdi um pouco, por não saber em que era se passa a história: os capacetes me parecem de um futuro, a arquitetura dos monumentos e das construções também não parecem antigas.
A história é MUITO legal, um roteiro excelente. Adoro filmes que as histórias se cruzam no final. A única coisa ruim, é que eu esperava sentir medo. Mas em troca disso, me surpreendi com esse filme.
A Praia
3.2 694 Assista AgoraComo eu não li o livro em que o filme é baseado, há alguns aspectos que serão uma perspectiva apenas do conteúdo da obra audiovisual mesmo.
Achei interessante a forma que trabalham os conceitos de vida em comunidade, autossuficiência, subsistência, amor livre e até um pouco de primitivismo. É interessante, pois em momento algum é colocado como uma utopia, afinal, aquelas pessoas viveram 6 anos em harmonia, compartilhando seus dia-a-dias. Acho que para mim, o grande ponto levantado pelo filme, não foi exatamente o final romantizado sobre o que acontece nA Praia, mas sim o fato de que muitas vezes as pessoas que não conseguem abandonar seus individualismos, seu egoísmo e sua vontade de se provar melhor que outrem, jamais conseguirão realmente viver em um paraíso. E pior: a mentira, aliada a tudo isso, consegue destruir tudo.
O Que Terá Acontecido a Baby Jane?
4.4 828 Assista AgoraQuando eu fui assistir a esse filme, fui sem expectativa alguma. Eu não sabia do que a história tratava e ainda não tinha visto nenhum filme com a Bette Davis...
Eu terminei o filme e fiquei dias pensando na Baby Jane. Que figura mais ambígua. É algo que beira o sinistro e a inocência.
A cena inicial, em que
há a primeira desavença entre as irmãs, já que Baby Jane é uma estrela mirim tão mimada, que dá nojo. Ali, ela se mostra como um monstro egocêntrico que consegue obrigar as pessoas à sua volta a fazerem o que ela quer. Uma natureza de obsessão, um lado doentio. O que a coloca como um perfil que realmente se encaixa no que o filme quer que nós pensemos que aconteceu: Baby Jane causou o acidente por sentir prazer sádico nisso. A atuação de Bette Davis está IMPECÁVEL. Talvez uma das melhores que vi até hoje. Me marcou completamente. É medonho.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraEsse filme tem uma proposta narrativa genial, mas acaba se perdendo um pouco com a gradação dos conflitos. As inúmeras referências que marcaram época, aparecem somente no início e vão ficando de lado, para dar espaço às vivências do protagonista. Senti falta de um maior número de referências, que não precisavam vir de forma explícita, mas poderiam permear todo o filme, de maneiras sutis. Teria sido um marco documental em um filme ficcional.
Nanook, o Esquimó
3.8 81 Assista AgoraA cena final é de uma dureza tão grande, que chego a duvidar de alguma outra obra audiovisual ter conseguido despertar em mim o que esta despertou.
A Morte do Super-Herói
3.9 72Quando eu assisti esse filme, já fazia um tempo que eu não achava um que me tocasse como esse toca.
Toda a sutileza, os receios, a fragilidade e a insegurança misturados aos diálogos fortes, profundos e que revelam a tentativa do ser humano de relativizar suas dores para aceitar um fim mais ameno, me fazem envolver com a história do protagonista. Não é aquele filme completamente romantizado, em que tem um amor verdadeiro para cuidar. É um filme que mostra todo o peso de você saber que terá um fim antes mesmo de ter vivido. E a forma que tem de se minimizar essa amargura: a tentativa de fingir uma indiferença, esperando que ela vire a realidade
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraUm filme excelente, mas que me decepcionou um pouco no final.
Diferente de outros filmes do Nolan, como A Origem e O Grande Truque,
Interestelar é um filme que tira um pouco da subjetividade para a interpretação do final. Nolan optou por algo mais explicativo. Para muitos fãs isso foi bem recebido, mas para outros (que quase sempre não são contemplados, porque esse tipo de filme é arriscado demais), o final em aberto e a instigação para interpretações pessoais que não vieram, são um ponto negativo para o filme. O ritmo narrativo é bastante atraente e nos prende com a alternância entre a vida que o protagonista está levando em sua jornada no espaço e as vidas que foram deixadas na Terra. O tom gradativo dos conflitos deixa sempre uma grande expectativa para o que virá a seguir. A partir do momento em que Cooper cai no buraco negro, teria sido mais interessante ser menos explícito ou ter terminado ali.
Essa pegada mais científica, alinhada com a história extraordinária e nem um pouco clichê, deveria ter rendido pelo menos uma indicação de Melhor Roteiro Original no Oscar de 2015, pois com certeza exigiu do Nolan um estudo de física quântica e muitas pesquisas pra desvendar o "universo" cinematográfico.
CBGB - O Berço do Punk Rock
3.7 187Muito interessante um filme para homenagear, mesmo que ainda de uma forma romantizada, o lugar que lançou vários artistas que viriam a ser conhecidos pelas próximas gerações. Além disso, resgata também a época do protopunk, trazendo o Iggy e os Stooges, os Ramones, Patti Smith e histórias como a dos Dead Boys e do próprio Hilly Kristal. Não deixa de ser um agradecimento ao próprio CBGB por ter dado visibilidade e voz à bandas tão boas, que talvez se não tivessem tido essa forcinha, não teríamos ficado conhecendo.
Tatuagem
4.2 923Acho que não tenho palavras para conseguir descrever tudo o que esse filme me fez sentir, mas tenho uma música que NUNCA vai sair da minha cabeça. Melhor cena, pra mim: https://www.youtube.com/watch?v=FJXgHuie0pE
O Apedrejamento de Soraya M.
4.3 92Filme excelente. Tanto na condução da narrativa até o clímax, que traz um ritmo de gradação crescente à medida em que nos aprofundamos na história de Soraya e na luta de Zahra, como também nas história que é intrigante.
Muito arriscado histórias que suscitam discussões sobre religião, mas cumpre com a adaptação do livro e com o objetivo de trazer, mesmo sendo polêmico, à tona a falta de direitos das mulheres e como são maltratadas em países fundamentalistas.
Constantine
3.8 1,7K Assista AgoraInteressante ver uma história inédita desse nível ser criada para trazer um personagem de HQ às telonas. Constantine, como filme, possui um excelente roteiro e direção, além, claro, da direção fotográfica. Porém, na adaptação dos quadrinhos para o cinema, o personagem perde muito de sua identidade (apesar de o Keanu Reeves não ter atuado mal, mesmo não sendo loiro como o personagem original). O mago (ele não é um exorcista, ele é um mago que faz alguns exorcismos também) bundão, egocêntrico, egoísta, trapaceiro, vigarista e que vive alternadamente em ondas de sorte e azar, se transformou num heroizinho exorcista e bonzinho com carinha de mau. John Constantine é, antes de tudo, um cara que perdeu todas as pessoas que ele amava por causa de seu próprio egoísmo. Angela não é nem de longe o amor de sua vida. A dureza dos incidentes de Newcastle contribuem para que John não se importe com ninguém e não crie vínculos afetivos. Mas, como disse, para um filme comercial, ficou bem legalzinho. A história é legalzinha.
Quadrophenia
3.9 89 Assista AgoraEu realmente não sei por onde começar. The Who é minha banda favorita e Quadrophenia, além de meu álbum favorito deles, é também meu filme favorito. Bom, a adaptação é bem diferente do tratamento que a história ganha como a narrativa na ópera-rock, mas, mesmo que distintas, as obras são extremamente interessantes e se completam de forma harmoniosa.
No álbum, o protagonista vai, gradualmente, perdendo o controle. Jovem, inglês e mod nos anos 60, tudo a ver com a vivência do próprio Pete Townshend, que foi quem idealizou e criou a história envolta em Quadrophenia, Jimmy Cooper é uma releitura de sua própria vida. O filme, que trás de uma forma mais sutil os questionamentos do personagem, mostra bem essa loucura que vai tomando conta dele.
A sociedade, principalmente daquela época (estamos falando da transição de Baby Boomers para Geração X), traz à tona a quebra dos paradigmas e da estabilidade, empurrando os jovens para uma reviravolta social. Isso também tá presente no filme. Vemos como Jimmy Cooper e seus amigos rompem com as regras e valores da época, através dos diálogos com seus pais, com o seu patrão, com os donos dos bares que frequentavam e por aí vai.
Além da interessante retratação da juventude inglesa dos anos 60, mostrando o fato histórico das brigas entre mods e rockers, as obras trazem um assunto universal e atemporal: a angústia e as dúvidas que trazem a adolescência.
Jimmy Cooper começa como um jovem que quer apenas se destacar no meio de tantos outros. Para isso, ele age de forma a tentar sempre se engrandecer dentro do grupo em que está inserido -no caso os mods- mas, a medida que o tempo vai passando, nada vai sendo suficiente e tudo parece desmoronar. Para mim, isso dialoga com qualquer jovem, independente da geração.
O Lugar Onde Tudo Termina
3.7 857 Assista AgoraÉ um filme interessantíssimo em alguns aspectos.
O fato de em 2h20m ter tantas reviravoltas e mudar a forma de narrar as histórias é bem peculiar. Começa com a história do Luke e você acha que é mais um filme sobre o pai que vai roubar pra manter sua família (ou algo do gênero). Após a sua morte, a narrativa volta-se pra ascensão do Avery Cross, mostrando os esquemas de corrupção e a crise que ele passa como um tira. Ainda temos mais uma virada, quando a narrativa se embala com o Jason e os acontecimentos que o coloca frente a frente com todo o segredo e mistério envoltos na relação com o AJ.
Desconstruindo Harry
4.0 334 Assista AgoraEsse filme não me desce de jeito nenhum, pior ainda por ser quase uma autobiografia do Woody Allen. Após as incontáveis denúncias de assédio que tão surgindo, assistir a um filme que retrata a forma nojenta com que ele objetifica é insustentável pra mim. Desculpem-me os que o blindam, mas não há nada de inovador no que ele retrata na história apresentada. Poderia ser a história de muitos homens ali. O que não melhora em nada essa coisa toda.
Liquid Sky
3.7 71A combinação de cores e a estética... as luzes... tudo combina perfeitamente com a atmosfera e a década em que foi filmado. Gostei muito. Fora que a Anne Carlisle mandou bem pra caramba nos papéis dela.
Festim Diabólico
4.3 882 Assista AgoraIncrível como Hitchcock pega algo simples e torna uma obra-prima do suspense.
Pegar e mostrar que há um corpo, durante toda a trama no baú, faz com que o espectados fique ansioso com o desenrolar do filme, o que aumenta ainda mais com os diálogos simples e despretensiosos que aos poucos vão tensionando ao clímax da história.
Ensina-me a Viver
4.3 873 Assista AgoraIncrível como esse final me lembra bastante o final de Quadrophenia.
Nos dois filmes há a queda do penhasco em paisagens semelhantes e a construção ambígua de morte e vida. A diferença é que em Quadrophenia você não sabe se Jimmy Cooper continua vivo, mas dá pra ver que Harold sim.
Sala do Suicídio
3.8 275De uma certa forma o filme aborda a alienação das pessoas, ao fantasiarem em cima do virtual. Sempre achei que trocar algo real, por fantasias cibernéticas fosse um certo tipo de morte. Achei legal, pois gosto muito de filmes que falam sobre suicídio. E esse filme junta temas como o bullying, suicídio e alienação. A cena que a Sylwia sai do quarto é linda. O filme é bem pesado, mas acho que cumpre o seu papel de reflexão acerca dos temas.
Meu Amor de Verão
3.0 210Péssimas atuações, roteiro malfeito, parado demais no início, não nos prende emocionalmente com as personagens. Única coisa boa é a música da Piaf e a Emily Blunt.
Peter Pan
3.5 495 Assista AgoraEsse filme trouxe um pouco da magia e das reflexões do clássico escrito por J. M. Barrie. Tem cenas muito fieis à obra.
O Melhor Amigo do Papai Noel
3.4 21 Assista AgoraAs atuações são PÉSSIMAS. Os efeitos são PÉSSIMOS. Isso é filme para crianças, mas eles não aproveitaram nada para o público de outra idade. Fico pensando em como seria insuportável ter um filho e ter que assistir um milhão de vezes esse filme com ele. A única coisa legal, é o papai noel.
Os Anjos Entram em Campo
2.9 34As atuações não são muito boas e sinceramente...
a cena deles imitando um anjo no estádio é muito exagerada.
Realmente é um filme pra sessão da tarde: ou pras crianças, ou pra minha mãe (que ama e chora com todos eles).
O Preço do Amanhã
3.6 2,9K Assista AgoraA ideia do filme é muito boa. A questão do tempo como moeda é uma metáfora cabível para o caminho que a sociedade está evoluindo.
A parte em que ele vai encontrar a mãe, confesso que foi bem feita. Fiquei ansiosa e nervosa pelo que estava por vir
Imortais
2.9 1,9K Assista AgoraA fotografia é muito boa, sinceramente. O contraste das cores vivas (como a roupa vermelha dos oráculos e o dourado dos deuses), com os cenários mórbidos (bem calibrados de escuridão e tons mais fechados), fica excelente. A história é bem superficial, mas é legalzinha. As cenas de violência são um pouco fortes, mas combina com a realidade das guerras da época em que Teseu se citua, na mitologia. O figurino não foi barato, e os cenários também, mas me perdi um pouco, por não saber em que era se passa a história: os capacetes me parecem de um futuro, a arquitetura dos monumentos e das construções também não parecem antigas.
Contos do Dia das Bruxas
3.3 558 Assista AgoraA história é MUITO legal, um roteiro excelente. Adoro filmes que as histórias se cruzam no final. A única coisa ruim, é que eu esperava sentir medo. Mas em troca disso, me surpreendi com esse filme.