Este é o tipo de série que eu estava esperando.. bom trabalho Netflix! Ansioso por isso... Nada que eu goste mais do que um programa de TV e filmes com temática de espionagem, tudo o que falta é KGB, Stasi, Mossad e Inteligência Cubana
Estou feliz que a Netflix tem algumas séries realmente boas chegando! Depois dos últimos dois anos, nós MERECEMOS shows como este!
Dicas de filmes:
A história de Ames é dramatizada no filme Aldrich Ames: Traitor Within , de 1998 , estrelado por Timothy Hutton como Ames. Aldrich Ames é usado como um personagem de enredo no romance "Icon" de Frederick Forsyth; publicado em 1996!
The Pentagon Papers (2003) é um filme histórico sobre os documentos do Pentágono e o envolvimento de Daniel Ellsberg. O filme, no qual ele é retratado por James Spader.
Master Spy: The Robert Hanssen Story, um filme feito para a televisão de 2002 estrelado por William Hurt como Hanssen.
The Most Dangerous Man in America: Daniel Ellsberg and the Pentagon Papers (2009), um filme que foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário e ganhou um Peabody Award após sua transmissão POV de 2010 na PBS.
Em janeiro de 2019, o filme Official Secrets , contando as ações de Katharine Gun em 2003, com Keira Knightley no papel de Gun
Hearts and Minds , um documentário de 1974 sobre a Guerra do Vietnã com extensas entrevistas com Ellsberg.
The Post é um drama histórico dirigido e co-produzido por Steven Spielberg. O filme também é estrelado por Tom Hanks como Ben Bradlee e Meryl Streep como Katharine Graham.
A captura do espião Robert Hanssen foi dramatizado no filme Breach de 2007 , no qual Chris Cooper interpretou o papel de Hanssen e Ryan Phillippe interpretou O'Neill.
The Boys Who Said NO!, um documentário de 2020. Dirigido pela cineasta indicada ao Oscar Judith Ehrlich.
Family of Spies - filme para TV baseado na traição de John Walker.
Enigma é um thriller de espionagem de 2001. O roteiro foi adaptado do romance Enigma de 1995,de Robert Harris, sobre os decifradores do Enigma de Bletchley Park na Segunda Guerra Mundial.
The Imitation Game é um drama histórico britânico de 2014, baseado na biografia de 1983 Alan Turing: The Enigma de Andrew Hodges.
O caso Snowden pode ser visto: - no documentário ''Citizenfour''; - no filme ''Snowden: Herói ou Traidor'; - documentário ''Zero Days'' sobre o Stuxnet.
“O Arsenal dos Espiões” na Netflix é uma série documental sobre espionagem. Mostra um pouco da história recente dessa ferramenta que muitos governos, amantes e empresas utilizam. Desde microfones dentro de munições até diversas invenções.
Ponto de Virada: 11/9 e a Guerra contra o Terror na Netflix. Esta série impactante sobre os ataques de 11 de setembro acompanha o início da Al-Qaeda, nos anos 80, até a resposta dos Estados Unidos, dentro e fora do país.
Projeto Azorian merece seu próprio filme. Há um documentário baseado no livro. Eu adoraria ver uma releitura cinematográfica dele.
Assista ao filme “Operation Finale” 🔥 Uma equipe ultra secreta de agentes é encarregada de caçar um notório criminoso de guerra, o nazista Adolf Eichmann. No entanto, a busca por justiça os coloca no centro de um jogo mortal de gato e rato.
O filme Munich (2005) realmente resume: você quer KGB, CIA e Mossad no mesmo filme? O governo israelense envia uma missão secreta de retaliação para matar onze pessoas ao redor do mundo depois que terroristas palestinos assassinam onze atletas israelenses nas Olimpíadas de Munique em 1972.
Este é obra prima de Mario Monicelli. O filme, considerado um clássico, retrata os costumes da cavalaria medieval através da comédia satírica. Na Itália, recebeu o prêmio de melhor fotografia, melhor figurino e melhor trilha sonora. É inspirado no Dom Quixote, de Miguel de Cervantes.[carece de fontes] No enredo, Brancaleone e seus homens enfrentam perigos como a peste negra, os sarracenos, os bizantinos e bárbaros, focalizando temas como as relações sociais do feudalismo e o poder da Igreja Católica. O contexto histórico é a Baixa Idade Média, quando o trinômiopeste, fome e guerra marca a crise do século XIV e do próprio sistema feudal.
Esse filme é genial! Muito engraçado e crítico ao mesmo tempo. 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽
"Será puro, quem purificar o impuro". 👐🙌.
Na base do improviso e do imprevisto, na busca incerta cheia de percalços pela conquista do desconhecido, uma paródia quixotesca da aventura humana.
Ícone de filme. Muito bom! Super fiel à idade média. Com pouco dinheiro fez e faz sucesso e vai continuar por décadas e décadas :)
Um clássico do cinema italiano. Uma época de ouro do cinema italiano com grandes diretores, atores e atrizes que batia de frente com o cinema dos grandes estúdios de Hollywood e ganhava grandes prêmios internacionais de cinema. Parabéns e obrigado pela criação!
Vocês talvez não sabem, mas o humor mais importante dos filmes de Brancaleone fica no linguagem: é um italiano inventado, falso antigo, cheio de referências irônicas e regionais, que acho impossível que sejam traduzidas perfeitamente em uma outra língua! O filme mesmo é cheio de referências irônicas da identidade e da cultura italiana contemporânea. O trabalho linguístico do filme foi tam genial que algumas gírias são utilizadas até hoje na língua falada! A tradução portuguesa é ótima, mas infelizmente acho que por um estrangeiro quem não fala um italiano quasi perfeito seria quasi impossível apreciar a ironia genial do filme..
É fantástico do início ao fim.
Aurocastro la perdemmo, ma ad oltremare ci aspettano sanguine et gloria. Qual lupo che si avventa et leone che abbranca, marciamo alle Terre Sante! BRANCA, BRANCA, BRANCA! LEOOOOON!!!!
Quem veio assistir o filme apenas porque o professor indicou, dá um Like.
Resumo do Filme no Contexto Histórico:
O filme “O Incrível Exército de Brancaleone” apresenta o sistema da sociedade feudal da Idade Média. Mostra as estruturas políticas, religiosas, culturais e mentais da época em que se passa.
Brancaleone, um cavaleiro que apesar do título vive em uma cabana pobre com seu insubordinado cavalo Aquilante deixa bem clara a hierarquia medieval onde mais importante do que a situação financeira era a classe social.
quatro amigos maltrapilhos roubam um pergaminho que dá ao seu possuidor o direito de tomar o feudo de Aurocastro. Mesmo sendo os novos donos do papel eles não podem tomar posse da região porque são meros servos. Para isso eles recorrem ao falido cavaleiro
em busca de um acordo pelas terras.
A atividade comercial é representada por Habacuc, um velho judeu que sabe ler e viaja carregando seu imenso baú cheio de mercadorias.
Bom negociador e esperto ele logo se interessa pelo pergaminho e apresenta os maltrapilhos à Brancalone visando obter algum lucro da situação.
Como na Idade Média a única maneira de tornar-se nobre ou adquirir uma herança era se casar com a filha de um senhor feudal, Brancaleone vai participar de um torneio de cavalaria cujo premio era o saudoso e desejado casamento.
Como era pobre e não possuía equipamentos de qualidade, que custavam caro,Brancaleone acaba perdendo e é obrigado a aceitar a proposta de dominar o feudo de Aurocastro e dividir suas riquezas com os donos do pergaminho.
.Os cavaleiros nessa época obedeciam às leis de cavalaria, e uma delas era que se dois cavaleiros se cruzassem num mesmo caminho deveriam lutar para que o vencedor seguisse viagem. Foi o que aconteceu com Brancaleone ao encontrar um cavaleiro bizantino.
Os dois iniciam uma luta, mas o filme apresenta o bizantino como trapaceiro que quer levar vantagem em tudo. Ele sempre pede tréguas na luta quando está e desvantagem, entre outras coisas.
Essa visão por parte dos italianos se deve ao ressentimento deixado pela parte do império de Roma que ruíra (Ocidental), deixada de lado pela outra metade (Oriental).
Outra característica feudal predominante na época é o Teocentrismo e as Cruzadas.
Quando Brancaleone e seus companheiros seguem viagem encontram um feudo e o invadem. Logo descobrem que o local estava infestado pela peste e pensam que vão morrer. Desesperados eles encontram um grande grupo de fiéis em busca da Terra Prometida que alega que quem luta em defesa da fé é livrado de todo o mal, recebendo salvação e libertação do sofrimento material. Brancaleone e seus companheiros juntam-se a eles a fim de lutar contra os infiéis.
Na época as Cruzadas eram muito disseminadas. Os cavaleiros lutavam em nome de Deus em busca de riquezas, prestígio e também garantia de salvação eterna.
Outro trecho do filme em que as leis de cavalaria são abordadas é quando Brancaleone e sua tropa encontram Matelda e seu tutor.
Á beira da morte o velho faz com que ele prometa cuidar e levar a jovem até seu prometido preservando sua honra. Mesmo apaixonado por ela Brancaleone é obrigado a rejeitá-la
porque é dever dos cavaleiros protegerem donzelas em perigo e mantê-las puras.
Mesmo com o aviso de captura o pai do cavaleiro não paga o resgate,
o que mostra falta de compaixão e solidariedade provavelmente o que os romanos do ocidente sentiram dos vizinhos orientais na época de crise que levou os à ruína.
Uma vez por ano a população de Aurocastro era “visitada” pelos Sarracenos que levavam tudo de valor, além da peste negra, do ataque dos bizantinos e bárbaros.
As pilhagens eram muito comuns na época, daí a necessidade de um bom exército em cada feudo.
Os homens acabam sendo capturados e só são salvos pela fé, ou melhor, pela influencia que ela exercia sobre as pessoas na Idade Média.
O grupo que lutava em nome de Deus aparece e pede que o verdadeiro dono do feudo, que reaparece, não se vingue dos homens que lhe roubaram alegando que eles haviam prometido lutar nas Cruzadas e nenhum homem pode tirar a vida daquele que promete lutar pela fé.
O planeta foi devastado por um misterioso cataclismo e, no meio da desolação, um pai e seu filho estão indo para a costa em busca de um lugar seguro para se instalar. Durante a viagem eles cruzarão com outros sobreviventes.
Opinião pessoal:
A primeira vez que a vi, não lhe dei muita atenção, pois estava viajando de ônibus para outra cidade há muitos anos. Com o passar do tempo ficou-me gravada a imagem, o cenário onde o enredo passa e me deparei com o livro que comecei a ler, imaginando todas aquelas paisagens cinzentas, desoladoras, sem esperança, e não lhes nego que em várias passagens do livro derrame lágrimas ao ler diante da crueza da história. Então olhei novamente para o filme, que é fiel aos detalhes do livro; e entendi que é um filme muito subestimado para ser tão lindamente angustiante.
Este não é um filme qualquer sobre o fim do mundo, pois os fatos que levaram ao cataclismo global, é minimizado a tal ponto de nem sequer entender o que aconteceu antes da trama principal. O que realmente importante nesta dura jornada é o amor de pai, a força de vontade e a esperança num panorama de morte e destruição, que deixa uma mensagem que durará se nos mantivermos realmente "humanos".
“The Rookie” está de volta para sua quinta temporada, o que me deixa incrivelmente animado! Por mais calmo que tenha sido o final da última temporada, o prelúdio foi igualmente emocionante e cheio de ação. Como eu suspeitava, Rosalind (Annie Wersching) será julgada desta vez. Bem, pelo menos esse era o plano, mas estamos lidando com a assassina em série Rosalind aqui e ela é muito inteligente, astuta, manipuladora e perigosa por completo! Por mais que eu ame Annie Wersching, não quero conhecê-la como Rosalind porque molhei as calças de puro medo. Estava mais do que claro para mim que ela mataria Chris (Kanoa Goo) durante esse curso, mas o processo, sua fuga, sua assistente... isso foi incrível e eu gostei ao máximo. Isso não quer dizer que eu tolere suas ações. De jeito nenhum, mas acho o desenvolvimento do personagem fascinante e estou muito animado para ver como isso acontece. Ironicamente, é quase como se o caminho de Lucy (Melissa O'Neil) e Tim (Eric Winter) agora estivesse claro, porque mesmo que tudo fosse apenas para se disfarçar, já faz muito tempo que você não sente a atração entre os dois. eles e devo dizer que realmente gosto disso, porque não é o típico vaivém que você fica com muita frequência e depois fica entediado. Mas talvez Angela (Alyssa Diaz) ajude um pouco, pelo menos adorei os comentários que ela fez para Tim. E também adoro John (Nathan Fillion) e Bailey (Jenna Dewan). Essa relação ainda é fresca, mas ao mesmo tempo tão familiar e encantadora que é sempre um prazer assistir. O comentário de Wade (Richard T. Jones) sobre a barriga de Nyla (Mekia Cox) me fez rir, provavelmente porque pensei a mesma coisa, e acho ótimo que John tenha sido recompensado por seus esforços no final da última temporada e um ingresso ouro porque posso entender que ele queira manter seu desejo de ser instrutor. Isso pode lhe render mais alguns comentários divertidos, mas ele certamente aguenta.
#5.02 Novos caminhos
Há um ditado que diz que as mulheres são o sexo mais forte, e Nyla dobrou, triplicou e dez vezes isso neste episódio. O nascimento de seu filho foi incrivelmente agitado e eu realmente gostei. Nyla é uma meia legal de qualquer maneira, mas essa frieza e soltura a tornaram ainda mais simpática desta vez. Pode ser que algumas coisas tenham sido exageradas, mas “The Rookie” ainda tem tudo, soltando cenas realmente dramáticas com uma boa pitada de humor. Com isso, ela conquistou facilmente a coroa. Mesmo que o início da 4ª temporada tenha sido muito bom, o nascimento em casa de Nyla superou de longe. No entanto, isso também mostrou claramente o quão bem Nyla e James (Arjay Smith) se harmonizam e que seus opostos mantêm o equilíbrio em seu relacionamento. Também foi engraçado entre John e Wade (Richard T. Jones), porque embora eles tenham quase a mesma idade, é sempre maravilhoso como ele se abraça na frente de seu chefe e John acaba aplicando o mesmo princípio com Aaron (Tru Valentino) e Smitty (Brent Huff) também é sempre um bom companheiro que, embora não deva ser levado muito a sério, ainda é um prazer ver na tela. Fiquei surpreso com Chris porque pensei que Rosalind o matou. Mas eles provavelmente querem atrasar um pouco mais as coisas entre Lucy e Tim. Em primeiro lugar, não me importo, você não inventa explicações sobre por que eles não podem ficar juntos. Achei interessante não só que Chris sobreviveu e que Lucy também se sente culpada por Tim. Também achei incrivelmente interessante que Tim tenha sido contratado como a voz da razão, e acho que Lucy, como agente disfarçada, é brilhante apenas pela ideia. Também estou animado com o relacionamento entre irmãos entre Tim e Gennifer (Peyton List). O caso de Nyla tornou o caso de John e Aaron quase irrelevante. Mas acho que isso era importante de qualquer maneira, então John fica sabendo que ele é um bom instrutor e será ainda melhor.
#5.03 Os caçadores
A busca por Rosalind já começou e acho incrivelmente interessante como isso foi planejado. Já se notou quando Lucy foi sequestrada que ela é incrivelmente inteligente. Mas também é muito inteligente entrar em um bate-papo e fingir ser uma vítima. Tenho certeza de que Rosalind só queria atingir o objetivo, tirar Lucy de sua concha, justamente porque ela não compareceu ao julgamento, que não aconteceu. Com Chris como uma de suas vítimas, ela o usou efetivamente como uma marionete em relação a Lucy. Achei um pouco estranho o envolvimento do FBI, principalmente porque com Lucy você já tem alguém como Laura (Britt Robertson), que também foi vítima de Rosalind. Mas isso é apenas uma crítica menor, porque eles também querem uma conexão melhor com “The Rookie: Feds” com as participações especiais. Contra a caça, pelo menos a história de Aaron e Tim parecia um preenchimento, mas sublinhou novamente que Aaron não descartou seu passado, mas o aceitou. E então temos John e Celina (Lisseth Chavez). John é definitivamente o responsável pela parte humorística novamente desta vez e desta vez também me perguntei qual dos dois instrutores e quem é novato, o anúncio de Nyla também foi apropriado. Espero que Celina continue nos agraciando por um tempo, seu passado e atributos são ótimos e podem ser muito importantes. Na conversa final com ela, porém, você percebeu o quão bom ele é e se tornará como treinador.
#5.04 A última refeição
Rosalind está de volta e dá o soco final. Um golpe final, cujo desfecho eu já suspeitava, mas que depois se revelou completamente diferente, que me chocou e fascinou ao mesmo tempo. Com o retorno de Rosalind vem a perfídia, mas eu sabia disso. Eu sabia que ela usaria Bailey como alavanca contra John. Não foi à toa que ela ligou para ele da última vez, foi quase um aviso amigável. Mas achei estranho que ele não tenha tomado medidas de proteção previamente. O quão perigosa Rosalind é é bem conhecido, e como Lucy foi mantida em cativeiro na abertura da temporada mostra uma caligrafia clara. Mas também achei interessante que ela não tenha escolhido John apenas como aquele que deveria encontrá-la. Ele também deveria ser aquele que tira a vida dela. Sua turbulência interna era muito clara e outros em seu lugar teriam atirado nela a sangue frio, ele não o fez e acho que isso tem a ver em grande parte com seu conhecimento da natureza humana e experiência de vida, e Rosalind também sabia que este era o fim da linha para ela. Mas o que me fez pensar sobre o cenário realmente incrível é há quanto tempo ela está desenvolvendo esse plano, porque foi planejado até o último detalhe, o que apenas ressalta sua inteligência. Mas o que também me pergunto é se Rosalind não teria afinal um plano B e se não foi por acaso que ela foi baleada do nada após a sua prisão. Obrigado à tristemente falecida Annie Wersching por esta excelente interpretação de Rosalind e parabéns aos roteiristas que desenvolveram esta personagem fascinante.
#5.05 O fugitivo
Desde o início de “The Rookie” a série não se cansa de enfatizar repetidas vezes que as mulheres são claramente o sexo mais forte aqui e desta vez é representada por Angela, Lucy e Celina, o que gostei muito. Com a Ângela estava ligado à família dela e acho que quem mexe com a Ângela realmente não pensou duas vezes. Também foi interessante conhecer sua mãe e três de seus quatro irmãos, embora eu tenha ficado sem palavras ao ouvir Benny (Cristian Gonzalez), embora ele, como clérigo, seja apenas humano e tenha defeitos. Mas acho que você tem certas expectativas. O quão forte Ângela é foi mais uma vez enfatizado pela mãe (Rose Portillo) com uma declaração de amor à filha e também acredito que o amor por uma filha é diferente do amor por um filho. Lucy é a segunda mulher forte, com Smitty (Brent Huff) como oponente... honestamente, isso não é tarefa fácil, mas é sempre engraçado vê-lo fazer isso. A caçada ao fugitivo foi menos engraçada e com Celina temos a terceira mulher que prova ser do sexo forte. Acho incrivelmente interessante como a perda dela é usada pela irmã para o trabalho policial e que Nolan também confia nela. Falando em Nolan... temos um casamento chegando? Achei a proposta de Bailey emocionante e apropriada para os dois. Embora eu não ache que esse fosse o plano de Rosalind, é a recompensa de Nolan por agir de forma tão humana no episódio anterior. Também fiquei surpreso com Ashley (Helena Mattsson) e Grey. Eu poderia entender que Ashley se importa com Tim, mas ele simplesmente não é do tipo que desiste e Grey... bem, aparentemente ele está sofrendo de perda de memória. Não muito tempo atrás, Luna (Angel Parker) pediu que ele se aposentasse, e ele não o fez. Mas está ficando emocionante com Lucy e Tim!!! Acho que finalmente deu certo para ele!
#5.06 Feridas antigas
Eu não esperava que Tim ficasse tão chateado por terminar com Ashley, mas a distração de Lucy tornou tudo divertido novamente. Mas eu teria gostado de ter assistido por mais tempo enquanto ela o enxotava pela cidade. Quase tenho a suspeita de que o relacionamento de Lucy com Chris também não durará muito, com certeza será interessante agora que Tim está livre novamente e percebeu o que tem em Lucy. Presumo que eles se reunirão mais cedo ou mais tarde e então manterão suas piadinhas. A relação entre Bailey e Nolan funciona de forma semelhante, o que sempre me faz sorrir porque ele é de alguma forma inferior a ela. Mas o caso dele com Celina foi bastante interessante (e o que é preciso para ela adormecer) e mostra mais uma vez que é preciso certeza para fechar as coisas. E Elijah (Brandon Jay McLaren) está de volta, sem quem eu realmente poderia ter passado. Eu imagino que agora ele está de alguma forma colocando Monica (Bridget Regan) em perigo, assim como ela está ligada a Wesley e acho que seu relacionamento/casamento com Angela será testado novamente por Monica. Também é surpreendente que ela esteja falando de alguém que ele conhece da faculdade. Mas ela não parece tão louca quanto a outra. Também achei interessante que os pais da namorada de Lila (Carsyn Rose) tiveram um problema com o trabalho de James (Arjay Smith), mas acho que nada acontecerá, o que considero uma pena. O tema é bastante importante.
#5.07 fogo cruzado
A série é conhecida por mostrar mulheres que conseguem se afirmar e que são fortes. Até agora, porém, foi interpretado positivamente. Então é hora de mostrar o outro lado. Embora você também veja gangues em muitas outras séries, mas elas mostram apenas o sexo masculino, desta vez estamos lidando com o sexo feminino e também esclarece o boato de que as mulheres não podem ser brutais e frias como o gelo. O que foi interessante para mim aqui foi que houve dois casos em que as mulheres eram inescrupulosas. O trabalho disfarçado de Lucy também foi aproveitado maravilhosamente para isso, em que mais uma vez gostei muito dela e gostaria de ver mais, mas essa pequena dose cabe bem. Também senti pena da mãe (Cherinda Kincherlow) de Vina (Nicole Chanel Williams), que perdeu a filha para uma gangue de rua e queria proteger o filho (Elijah M. Cooper). Afinal, talvez aprendamos algo novo sobre Thorsen e eu realmente espero que seja isso com Elijah (sim, tenho certeza que é um sonho). Sua aparência meio que me incomoda, mesmo que eu não consiga explicar exatamente o porquê, mas não tenho esse fator surpreendente sobre o que ele pode estar planejando a seguir. Também gostei do caso de John e Celina porque não aborda apenas a crise dos opioides, mas também o que as mulheres são capazes de fazer quando passam por muitas coisas com o cônjuge. Embora eu soubesse que a Sra. Mitchelssen (Jacqueline Obradors) era a assassina, toda a construção fazia sentido novamente.
#5.08 A coleira
Bem, eu não pensei nas joias bonitas para o título do episódio, afinal é um programa policial, então isso teria sido mais como um sonho. Eu também não esperava o que nos foi apresentado e, para ser justo, devo dizer que, embora não achasse que nada iria acontecer com John, meus olhos se arregalaram quando vi o último descarte de bombas. Achei o caso em si super emocionante, triste, instigante e muito bem feito. No último episódio eu escrevi que me faltou o efeito uau com Elijah, era para isso que Richard (Jed Rees) estava lá. Meu Deus, ainda estou completamente chapado. Sempre se diz que a perda de um ente querido e a dor por isso se manifestam de maneiras diferentes, mas quando acontece assim, não dá mais para desculpar com tristeza, isso é ódio, até o último segundo. Felicidades para Celina, embora eu a ache um pouco cansativa com sua obsessão pela casa de John. Mas Chris também era exaustivo e de alguma forma tive a impressão de que eles queriam empurrá-lo para uma direção solidária. Mas como a falecida Rosalind foi mencionada, também posso imaginar que o fim do relacionamento provavelmente será direcionado na direção de que ambos foram vítimas dela. Gostei muito do final desse episódio de Tim e Lucy porque os dois percebem o que estão arriscando e a escolha de carreira de Thorsen e como Harper e Angela revelaram a ele que ele ainda tem muito que aprender, sim, isso foi alguma coisa.
#5.09 revés
Bem, "The Rookie" tem um equilíbrio absolutamente excelente ao adicionar inteligência e sensibilidade a casos difíceis, estressantes e emocionantes. Achei Wade e sua esposa Luna particularmente legais desta vez. Embora o sequestro de sua filha Dominique (Jade Payton) não tenha sido bom para os pais, e eu meio que esperava que eles tivessem outra conversa em família sobre por que Dominique está estudando outra coisa, eu adorei tanto quanto os dois pais. identificado. É quase uma pena que Luna não seja policial, mas sua abordagem me lembrou o papel de Angel em Fugitivos da Marvel, onde ela era advogada. Na prática, foi mais uma vez sublinhado que as mulheres da série são o sexo forte e ainda têm bastante sensibilidade, o que a cena do abraço mostrou muito bem para mim. Depois teve a coisa engraçada sobre a fã de “Avatar” e eu não achei que Lucy fosse tão ignorante nessa área. Talvez isso também se deva ao rompimento com Chris. Eu gosto que ela tenha feito um corte limpo. Fiquei com muita pena da Celina dessa vez. Às vezes acho ela um pouco cansativa com sua tendência, mas poderia simpatizar com ela o quão ruim deve ter sido para ela não saber se a culpa era dela ou não, o que nunca duvidei. Nolan é um treinador muito bom porque compartilha suas experiências com ela, o que a ajuda e provavelmente a ele também. Foi semelhante com Gennifer. Estou esperando por mais cenas de irmãos com Tim aqui.
#5.10 A lista
Finalmente! Finalmente! Finalmente! Lucy e Tim têm seu primeiro encontro oficial. Tudo começou muito bem, apesar de eles se conhecerem há tanto tempo, foi fofo como eles estavam entusiasmados apenas escolhendo as roupas. Tim de alguma forma tinha três camisas realmente muito parecidas? Mas assim como Nyla, eles ficaram incomodados e o encontro não foi o que eles pensavam, mas no final do episódio eles finalmente se beijaram e não foi para trabalhar. Só espero que eles não coloquem muitos obstáculos em seu caminho. Como eu disse, ainda temos Nyla e James. Adorei que eles conversaram sobre o pior cenário (espero que não seja um mau presságio, você sabe) quem acolheria sua filha e foi uma ótima pista para Angela e Wesley. Ele é realmente louco por querer outro filho depois de tão pouco tempo, mesmo estando pronto. Como foi recentemente que ele dormiu demais e quando Jack tomou a chance? Hum, sim, haha. Mas agora vamos ao caso. Foi emocionante e gosto muito de assistir Simone e Carter (James Lesure)... mas isso foi necessário? Eles não tinham muito o que fazer. A menos que "The Rookie: Feds" continue. Mesmo assim, achei intrigante que Amy (Ashli Auguillard) fosse a chefe da gangue.
#5.11 Os nus e os mortos
Achei o título um pouco estranho, só porque não conseguia imaginar o que significava. Mas quando li o nome Brandon Jay McLaren nos créditos, ficou claro que nos divertiríamos novamente com Elijah e, realmente, posso passar sem ele. O que adorei em Rosalind, acho irritante em Elijah porque às vezes tenho a impressão de que você quer preencher algo com isso. E como ele está com frio... você pôde ver isso e ainda não vai acabar. Achei o problema do inquilino de Bailey e John quase divertido e devo dizer que os dois são claramente muito legais quando são privados. Mas esses desenvolvimentos também não são tão ruins, pois eles estão definitivamente progredindo no relacionamento. Tim e Lucy estão um pouco mais longe e achei muito bom que houvesse uma campanha de Lucy aqui. Ele merece um pouco, para poder ver por si mesmo como é. Você pode ver que os dois formam um time imbatível no trabalho ou no que é trabalho durante o treino de beisebol. Gosto muito do lado gentil dele e do fato de ele se preocupar tanto com o bem-estar mental das crianças. Lucy provou mais uma vez o quão durona e compreensiva ela é neste episódio. Eu também pude entender Kyra (Amanda Leighton), embora tenha estremecido um pouco durante a cena da prisão.
Aproveite para compartilhar sua opinião sobre esses episódios e discutir a série conosco. :')
No verão, o cenário das séries é tradicionalmente mais tênue, mas isso não significa que as novas séries tenham automaticamente mais facilidade para atrair um público amplo. É por isso que a equipe de produção de “The Bear” certamente não esperava fazer tanto sucesso do nada. Agora é verão de novo, também temos a impressão de um golpe duplo e a segunda temporada está prestes a começar. Já depois da primeira temporada eu estava me perguntando como o próximo capítulo será desenhado e estamos recebendo respostas agora.
O primeiro elogio vai para a equipe de produção, que para a 2ª temporada não conta apenas com as qualidades de Jeremy Allen White, depois de ele já ter conquistado diversos prêmios de melhor ator de comédia. Em relação à 1ª temporada, eu já havia ressaltado que a estrela é a cozinha, então nunca foi só a Carmy. Conseqüentemente, certamente não teria sido bom para a nova temporada hospedá-la apenas nas costas de White. Então agora um novo foco nos espera, pois primeiro é preciso terminar a cozinha para voltar a ser a estrela. Só nos dois últimos episódios da temporada encontramos o clima que conhecemos do antecessor. Os oito episódios restantes representam um novo território para “O Urso”, o que achei muito bom, pois uma cópia do familiar provavelmente teria ficado muito chata. No geral, porém, tive dificuldades com o primeiro episódio porque faltavam as características típicas no início e tive que encontrar meu caminho para contornar a nova posição inicial. Mas depois que ficou claro que seria montado o novo restaurante com culinária requintada, a premissa básica da segunda temporada tornou-se cada vez mais clara. Para isso, o foco é distribuído por diversos personagens, para que possamos aos poucos olhar por trás de sua fachada. Mesmo que a cozinha e o seu quotidiano nunca se percam como moldura, sublinha-se que as figuras têm de encontrar a sua casa na cozinha, mas ao mesmo tempo têm de ser capazes de sobreviver fora dela.
Carmy, Sydney (Ayo Edebiri) e Richie (Ebon Moss-Bachrach) foram certamente os personagens que tiveram maior destaque na 1ª temporada. Essa ligeira tendência ainda pode ser percebida, mas passei a conhecer muito melhor a todos e muitas vezes fui tocado. No entanto, começarei com esses três. Provavelmente o tema mais importante da temporada para Carmy é que ele conta sua própria história de amor fora das quatro paredes da cozinha. Certamente alguém poderia ter assumido na primeira temporada que mais poderia acontecer entre Carmy e Sydney, mas depois que as duas atrizes White e Edebiri enfatizaram várias vezes na turnê de imprensa que é um relacionamento platônico, achei bom que essa linha tivesse sido implementada. tão consistentemente. Embora possa ter havido comportamentos por parte de Sydney que poderiam ter sido interpretados como ciúme clássico, eu realmente gostei de como o programa não usou isso como um clichê de triângulo amoroso, mas sim para enfatizar o relacionamento complexo entre Carmy e Sydney. Os dois não são apenas parceiros iguais profissionalmente, mas também têm uma ligação privada que confunde todas as fronteiras sem que cada reação tenha que ser interpretada a nível sexual. Eu realmente gostei de Claire (Molly Gordon) como novata porque eles têm uma longa história, então ela já conhece Carmy de uma forma que é boa para ele. Basicamente, ela já sabe os motivos de todos os problemas que ele carrega consigo, mas mesmo assim não o julga. Ela é uma amiga muito solidária e geralmente um grande trunfo para esta temporada com seu comportamento calmo. Ainda assim, é apropriado que Carmy se manipule. Pela primeira vez na vida ele se soltou, o que obviamente lhe fez bem, mas ele ainda não percebeu que realmente merece. Eu teria gostado de um final mais otimista para ele, mas a temporada também sublinhou repetidamente o quanto esta família quebrou ao longo dos anos e que ainda é necessária muita cura.
Sydney não tem tanta bagagem envolvida, mas ainda tem uma jornada de aprendizado pela frente. Na verdade, foi bom que Carmy fosse tão egocêntrica que Sydney fosse mais forçada a fazer uma introspecção e se perguntar se a estrela que ela tanto desejava realmente valia a pena os riscos. Na 1ª temporada, já conhecemos Sydney como uma personagem muito autoconfiante que gosta de ofender, mas ao mesmo tempo conta com uma estrutura social funcional. Por isso, ao mesmo tempo que envia os seus colegas para cursos de formação para que possam regressar melhores do que nunca, ela assume o desafio de criar um novo menu com Carmy. Ela está cada vez mais sozinha, por isso também visita a competição sozinha para aprender de todos os lados. Sydney está muito impressionada com a dificuldade do ramo de restaurantes. Como o pai também não apoia incondicionalmente esse sonho, ela tem que lutar contra muitos moinhos de vento e muitas vezes se sente sozinha. No geral, porém, podemos estar muito orgulhosos do quanto Sydney ganhou como personagem. No final das contas, ela às vezes duvida de si mesma, mas desenvolveu uma posição tal dentro da força de trabalho que eles têm uma boa confiança básica nela. Por outro lado, ninguém confia realmente em Richie porque ele é pouco estruturado e sempre parece terrivelmente impulsivo. Ainda assim, no geral, fiquei surpreso com o quanto ele fez nesta segunda temporada. Ele está se questionando mais, de uma forma questionável no início, mas ao mesmo tempo esta temporada também mostra que o enorme potencial de Richie simplesmente nunca foi totalmente realizado. Como eu disse, alguns personagens estão em treinamento nesta temporada, mas surpreendentemente o de Richie foi o que mais me tocou.
Em particular, os cursos de formação apresentados aos chefs trouxeram consigo muitas participações especiais de destaque. No final, certamente não é apenas Olivia Colman que faz o episódio de Richie se destacar, mas a conversa dela com ele como Terry foi definitivamente um momento especial. Era o tipo de coisa que ainda poderia levar um cara animado como Richie a acreditar que Carmy tinha fé nele. Mas também fiquei muito impressionado com a forma como o restaurante foi apresentado, como a loja foi içada com notas e um sistema de malha fechada. Mas fui igualmente convencido na Dinamarca por Will Poulter, que em seu papel de Luca guia calmamente Marcus (Lionel Boyce) e abre seus olhos para um nível totalmente novo na área de sobremesas. Mas também não fiquei indiferente a Tina (Liza Colón-Zayas) e Ebraheim (Edwin Lee Gibson), que são mandados embora juntos mas não poderiam ter feito viagens mais diferentes. Embora se sinta bastante intimidado pelo profissionalismo e, portanto, caracterizado como um chef sensível que também precisa sentir confiança, Tina prospera. Ela não parece confiar na coisa toda, até seu lindo solo no karaokê, que realmente surpreendeu a todos. Sugar (Abby Elliott) também se torna cada vez mais importante nesta segunda temporada. Tudo sobre restaurantes sempre foi um desgaste para ela, mas como Carmy e Sydney realmente precisam dela, ela acaba sendo a gerente que tem a visão mais realista do que está acontecendo e mantém tudo sob controle. No final, ela é a maior vencedora porque fica claro que sem ela o restaurante nunca teria aberto. Também fiquei surpreso com o quão simpática ela parecia e como ainda tinha tempo para lutar contra velhos demônios diante do novo desafio profissional e de sua maternidade iminente.
Com aqueles velhos demônios e o impressionante elenco convidado já mencionado, chegamos ao marcante sexto episódio, contando a história do Natal nos Berzattos de cinco anos atrás. Este episódio é certamente importante porque explica muito sobre a família e as pessoas mais próximas, como Richie. Embora Oliver Platt já tenha arrasado na 1ª temporada como tio Jimmy, ele completa tudo novamente na 2ª temporada. Ele realmente é um personagem que emociona e ao mesmo tempo parece surpreendentemente sensível. Mas não é só Platt quem faz sua aparição neste episódio, também continuamos vendo Jamie Lee Curtis como a mãe Donna, Bob Odenkirk como outro tio e também Sarah Paulson como prima, entre outros. Se na temporada passada muitos momentos na cozinha podiam causar verdadeiro stress, desta vez foi esta peça de câmara no Natal, retratada quase em tempo real, que me empolgou. Na minha mente fiz três cruzes que nunca tive para sentir um Natal assim no meu próprio corpo. O apelo deste episódio certamente também se deve ao fato de que nós, como telespectadores, não estamos completamente levados a entender tudo. Em vez disso, somos apresentados a um estado real que indica muito, mas ao mesmo tempo permite muito espaço para os nossos próprios pensamentos e considerações adicionais em possíveis estações futuras. Prometo a mim mesmo mais uma vez que o conteúdo da série pode ser projetado com muito mais flexibilidade em serviços de streaming. Então este episódio tem quase o dobro da duração dos outros que se seguem e o tempo correspondente também é usado de forma totalmente sensata. Na verdade, estou muito animado para ver se este episódio de Natal receberá algumas indicações para os prêmios da próxima temporada. Foi definitivamente uma experiência única.
A duração mencionada de um episódio também tem muito a ver com a classificação do gênero, já que a comédia costuma ser disponibilizada entre 20 e 30 minutos, enquanto o drama pode se apresentar a partir daí. Isso me leva a outro ponto, porque “O Urso” é veiculado como uma comédia e, portanto, é um exemplo de uma nova tendência de que tais séries tratam cada vez mais de temas muito mais sérios, por isso nem sempre é possível rir alto. Se isto é necessariamente tão inteligente é provavelmente um aspecto que é bom para discussão. Essas séries, que representam mais uma mistura de gêneros, são ótimas e têm qualidade muito própria, mas ainda acho uma pena que a comédia clássica esteja sendo cada vez mais empurrada para fora. "The Bear" ainda é uma ótima série para mim, mas eu não sintonizo lá para ser estupidamente espalhado. Só esse efeito estressante, que foi criado em três episódios desta temporada, requer um nível de atenção completamente diferente. Claro que há humor, mas é sutil e instigante. Isso é bom, mas não deve levar os fãs de sitcoms clássicos a falsas expectativas.
Conclusão
“The Bear” oferece uma ótima segunda temporada que melhora de episódio para episódio. Minha dica de visualização com certeza são os episódios 6, 9 e 10. Muito trabalho de personagem, acima de tudo igual atenção aos personagens, além de participações impressionantes são outros destaques. O mais importante, porém, é que você se reinvente. a segunda temporada e felizmente não exibiu uma cópia.
Vida e arte sempre andam de mãos dadas, por mais que não seja óbvio ou visível.
Mussum, o Filmis não é um filme voltado especificamente para o icônico personagem de Os Trapalhões. Tampouco é um recorte da vida do artista Antônio Carlos Bernardes Gomes. É, na verdade, um pouco de ambos, posicionado em uma zona de intersecção entre personagem e artista. No filme do talentoso Sílvio Guindane somos apresentados a situações chave da vida de Antônio Carlos (ou Mussum) que serviram como seus principais alicerces tanto em sua trajetória pessoal quanto na carreira artística construída através de várias frentes. Acompanhamos no drama com quase duas horas de duração episódios que remetem desde a infância de Mussum até seus últimos dias enquanto membro de seu famigerado grupo de humor. Entre crises de risos e cenas tocantes, percebemos uma pessoa e um personagem moldado por elementos que fogem de seu núcleo familiar: seja fugindo de casa para participar de rodas de samba ou sendo obrigado a apresentar para o público um pouco de seu natural senso de humor, que discutivelmente herdou de sua mãe. O Rio de Janeiro, o amor pela música, o péssimo talento para futebol e até mesmo participação de Cartola e Elza Soares não apenas marcaram a vida de Antônio como também são parte fundamental do estabelecimento dele enquanto multiartista.
Silvio Guindane divide seu personagem principal, e sua narrativa, em três grandes frentes pontuadas por três momentos da vida do protagonista: a infância, a entrada na vida adulta e a consolidação enquanto artista. Nesse primeiro momento, é muito explorada a relação do pequeno Antônio Carlos com sua mãe Malvina – algo que permeia o filme em sua totalidade. Aqui, Guindane constrói um ambiente leve, que através de suas mais diversas sutilezas faz do pequeno casebre de Malvina e de seu filho um lugar acolhedor. Há uma dinâmica de encenação pautada pelo humor inocente do ainda jovem Mussum e pela presença impressionante da atriz Cacau Protásio: nesse primeiro terço, a atriz ganha destaque por seu apurado senso de humor e entrega dramática pontual. Aqui, uma cena ganha destaque.
Quando Antônio Carlos inicia suas aulas no colégio, muito do que aprende, ele traz para casa. Então, em certo dia, ele resolve ensinar sua mãe a escrever seu próprio nome, para poder, finalmente, assinar documentos. A cena em questão revela o potencial de Cacau em sequências dramáticas; sua atuação, entre o encanto quase infantil de poder se reconhecer no papel e o choro engasgado de quem nunca pode assinar o próprio nome, é um dos pontos altos de Mussum, capaz de emocionar até a mais dura das almas. O sorriso de Malvina, de uma espontaneidade tamanha, aproxima a personagem do espectador.
Em um segundo momento, o humorista Yuri Marçal assume a função de dar vida a Antônio Carlos já em sua maioridade, com emprego no exército, já quase na idade adulta. Aqui, ganhamos os primeiros nuances do artista Mussum: já introduzindo no samba, ele e sua banda ganham destaque no cenário carioca principalmente por parcerias com, por exemplo, Elza Soares. Aqui, Sílvio Guindane já apresenta a faceta humorística de Antônio Carlos – parte essa bem executada e cumprida por Marçal. Contudo, se no lado da comédia o filme ganha (e muito) com a entrada do humorista, isso não ocorre na esfera do drama: o ator parece não conseguir sustentar os trechos mais dramáticos de Mussum. Seu trabalho corporal se destaca quando o assunto é fazer rir e já percebemos, nesse momento, primeiros lapsos de gags de humor corporal assumidas pelo personagem Mussum. Nesse estágio da vida, existem os primeiros embates da vida adulta de Antônio Carlos, entre a carreira militar e uma possível aposta na música enquanto ocupação profissional. Se no primeiro terço do filme a leveza é destaque, nesse novo segmento percebemos mais rigor formal por parte da direção; como se a parte lúdica da vida acabasse, dando voz à sobriedade da vida adulta.
Chega em cena, então, Aílton Graça, a escolha perfeita para interpretar Mussum em sua idade adulta. Já estabelecido no ramo da música, novos desafios são propostos na vida de Antônio Carlos: lidar com seu grupo de samba e compromissos da vida de ator – no início trabalhando para Chico Anysio e, depois, em Os Trapalhões. Aílton é uma presença firme e é dono absoluto de toda a encenação. Seu tato humorístico é tanto que a câmera parece nunca querer desgrudar dele: cada segundo de sua atuação é valioso como uma performance efêmera. Toda a transformação corporal do ator e sua capacidade de presença são impressionantes; todo e qualquer detalhe de seu trabalho vale a pena ser notado. No drama, ele se sobressai, conseguindo dar conta dos lados mais obscuros do humorista Mussum – como o medo de perder a mãe e seu problema com o álcool. O final do filme, construído em cima de um catártico discurso, dá ao espectador um pouco do gosto de como a arte salvou – e ainda salva – vidas de crianças da periferia das capitais. A arte não apenas foi tema na vida de Antônio Carlos Bernardes Gomes: foi a responsável em apresentar ao mundo um talento único.
Outro grande mérito do filme de Guindane é saber lidar com a música enquanto instrumento de linguagem. Seja a partir de um melancólico dedilha de Cartola ou aos mais alegres sambas da banda de Mussum, a montagem é certeira em saber pontuar sua atuação a partir dos ritmos das músicas. Nenhuma cena musicada é igual à outra, todas tem suas particularidades de duração, de número de planos e de grau de ruptura entre as imagens. A música, dessa forma, é mais do que um requinte sensorial: é algo que constrói a linguagem do filme.
Mussum, o Filmis é uma tocante viagem através da vida de Antônio Carlos ao mesmo tempo em que constrói a carreira de Mussum enquanto personagem. Guindane, além de arrancar nossos mais sinceros risos e mais tristes lágrimas, consegue também mostrar como os percalços da vida não apenas transformaram a pessoa Antônio, mas como ajudou a construir a identidade de Mussum enquanto personagem. Vida e arte sempre andam de mãos dadas, por mais que não seja óbvio ou visível. Se não fossem as escapadas do pequeno Antônio Carlos para sambas de esquina, quem sabe o que seria dele?
A vulnerabilidade assusta. A sinceridade também. O silêncio, muitas vezes escolhido como forma de neutralizar esses sentimentos, cria tensão e angústia. O não dito é enigmático, mas tão poderoso quanto qualquer forma de comunicação verbal. Em O Acidente, o diretor Bruno Carboni realiza um grande retrato de pequenos detalhes capazes de dar sentido àquilo que não é falado. O filme já inicia com o incidente incitante presente no título: Joana, enquanto pedala pela cidade, encontra-se envolvida em um acidente de carro e é gravada pelo menino Maicon, de doze anos, que estava no banco de carona do automóvel de sua mãe Elaine. Depois do ocorrido, Joana e sua namorada Cecília se veem envolvidas em um jogo de xadrez com a mãe de Maicon e seu pai, Cléber. O acidente parece não ter abalado Joana, que, mesmo grávida, sequer menciona o acontecimento com sua companheira em um primeiro momento; o fato só aparenta atormentar a protagonista quando esta descobre que o vídeo gravado por Maicon foi publicado em uma rede social. A partir daqui, Joana fica particularmente interessada pelo menino e por suas gravações amadoras.
A apatia é uma marca da personagem principal do início ao fim do filme. Quase sempre é enquadrada sozinha, ou quando é vista em um conjunto sempre aparenta haver um oceano de distância entre a outra pessoa. É justamente nos momentos pontuais em que essa lógica é quebrada que surge todo o mérito da direção de Bruno Carboni: os detalhes. Parafraseando, aqui, uma fala do menino Maicon: os detalhes mostram aquilo que a vida deixa passar. Esse é um dos encantos do próprio cinema – conseguir apresentar, por meio do detalhe, uma poética que o olho humano não é capaz ou não quer notar. A relação de Joana com Cecília é marcada por certa distância e frieza, mas uma cena específica consegue conotar que, para além desse jogo de cinismo, há uma dinâmica de afeto muito íntima e particular. As duas, quando deitadas na cama, entrelaçam suas mãos e conduzem um honesto balé de carícias enquanto sussurram palavras inteligíveis uma para a outra. Se o silêncio e o afastamento entre ambas diz que nesta não existe nada intimidade, a dança das mãos aponta para uma direção contrária. Em outra cena, diversos amigos se reúnem no apartamento do casal para celebrar seu casamento. Depois de um emocionante discurso de um dos convidados, um corte nos leva até Joana e Cecília abraçadas no centro da sala dançando; enquanto isso, a música ultrapassa o limite diegético e parecemos estar vendo uma sequência onírica. Ali, os dois corpos estão unidos em um só. Nada é dito: tudo é mostrado.
Joana e Maicon compartilham, de uma maneira torta, similaridades em suas relações interpessoais. A frase do garoto aqui parafraseada por mim se dá em um diálogo com a protagonista no qual ele tenta justificar o porquê de gravar meros detalhes da vida – como um desenho na fachada da escola ou o voar dos pássaros. Quando na presença dos pais, Maicon parece engessado, obrigado a estar ali. Sua sensibilidade não é vista através de grandes gestos de carinho, mas sim por meio da câmera de seu celular. O detalhe, para ele, é uma exceção da vida, breves adendos que compõem a figura maior. Assim como para Joana, é um olhar marco da vida que revela sua verdadeira potência. As gravações de Maicon não dão importância para paisagens ou visões estéticas rebuscadas: tudo o que importa são os detalhes que constroem o mundo.
A direção do estreante em longa-metragens Bruno Carboni é assertiva ao nos apresentar as dinâmicas dos protagonistas ao utilizar certo cinismo. Ao longo do filme, poucas (ou nenhuma) vezes vemos aquilo que os personagens veem ou sabemos o que eles sabem. A focalização é completamente externa, tudo que Joana ou Maicon fazem não é possível de ser antecipado pelo espectador. Estamos sempre distantes. Eles sempre parecem esconder alguma coisa – Cecília, inclusive, verbaliza isso para Joana. Esse distanciamento torna as ações dos protagonistas como impensadas, não justificadas por jogos de causa e consequência. Em dado momento do filme, parece que estamos apenas acompanhando, sem julgamentos ou posicionamentos morais, trechos de um cotidiano onde não há drama. As possibilidades dramáticas, para deixar registrado, são deixadas em segundo plano – vide o aborto natural sofrido por Joana na segunda metade do filme. Carboni conduz o filme de um modo a dar à imagem um tom quase inocente, assim como as gravações de Maicon. Estamos vendo um específico recorte cotidiano. Não há drama, não há conflito: apenas pessoas vivendo.
O que o filme parece dar a entender é que, após o atropelamento, o cotidiano de Joana, antes completamente letárgico, ganhou, no mínimo, certa dinamicidade. Um evento, uma imagem, uma gravação, deu novos contornos à vida dela. Não é mistério, tampouco drama: apenas algo a mais, uma nova relação. Em dados momentos, Joana aparenta buscar drama para sua vida – principalmente quando tenta confrontar os pais do menino. É perceptível que a aproximação com Maicon se dá por sentir que os dois são parecidos: quietos, vulneráveis e curiosos. Suas ações, muitas vezes paradoxais, são um modo de dizer que muitas vezes a vida não possui explicações: há apenas uma zona cinzenta que nosso entendimento comum não é capaz de compreender, como diria Friedrich Durrenmatt. Nos últimos minutos do filme, quando Elaine busca dar um ponto final à relação de Joana com Maicon, a jovem a abraça e chora copiosamente. Como se uma parte de si tivesse morrido. E, de certa forma, isso aconteceu. Ela há de deixar Maicon e, com ele, seus segredos e suas partes mais frágeis.
"Besouro Azul" queria ser único e virou genérico...
Do início ao fim, o foco é a família. Há uma crise de identidade, uma perda e, eventualmente, o personagem começa a entender seus superpoderes. O vilão é tão sem graça que a explicação de sua motivação no final não faz o menor sentido. E assim, tudo termina com um final feliz, o herói fica com a mocinha e é isso. Fim da história!
"Isso não é identidade, é estereótipo"
Expectativa: Valorizar os atores latinos. Realidade: Pesar a mão nos estereótipos.
acho que todos os filmes que trazem culturas diferentes deveriam se inspirar em pantera negra, se aprofundar com respeito e cautela, mostrando o quão lindo determinada cultura é, e não tornando o filme em um poço de estereótipos preconceituosos.
Incrível como para Hollywood, em pleno 2023, qualquer pessoa "não caucasiana" seja retratada, na maioria das vezes, da forma mais estereotipada possível.
"Segunda Chamada" apresentou uma segunda temporada impecável
A primeira temporada de "Segunda Chamada" foi exibida no segundo semestre de 2019. E foi um sucesso. Chamada de "Sob Pressão" da educação, a trama abordou com propriedade a precária situação das escolas públicas do país e como os adultos enfrentam ainda mais dificuldades para o estudo. O êxito garantiu a produção da segunda temporada para 2020, mas veio a pandemia do novo coronavírus. Após muitos adiamentos, a continuação foi finalizada em 2021 e com apenas seis episódios.
Neste ano, o cenário do curso noturno para jovens e adultos da Escola Estadual Carolina Maria de Jesus é ainda mais preocupante do que o habitual e coloca em risco a própria existência do turno. As poucas matrículas não são suficientes para manter os portões abertos. O diretor Jaci (Paulo Gorgulho) não encontra solução para o problema e se vê obrigado a comunicar que não há mais nada a ser feito. Os professores se desanimam mais mais quando percebem que foram em vão os anos de luta contra a péssima infraestrutura, a falta de reconhecimento e o cansaço extremo em prol da educação. Para Lúcia (Deborah Bloch), todavia, a possibilidade de que o curso deixe de existir é inimaginável. A protagonista já tomava para si a responsabilidade de não perder um aluno sequer na temporada passada e agora sua missão se torna ainda maior.
Até porque a volta às aulas tem um gostinho de renovação para a professora de Português, após o divórcio de Alberto e o fim do mistério envolvendo a morte de seu filho --- o enredo da trama de 2019. Em seu caminho para casa, quando tudo parece perdido, ela avista o que vira um feixe de esperança para a continuação do curso noturno: pessoas que vivem nas ruas, com pouco conforto e quase nenhum pertence, ignoradas por grande parte da população.
A personagem reconhece que cada um ali tem história, sonhos e sentimentos. Além de reforçar o seu lema de vida ---- todos têm direito a uma educação digna ----, a professora resolve unir o útil ao agradável. Afinal, a sua ajuda também beneficiaria a Escola Estadual Carolina Maria de Jesus. Lúcia, então, se aproxima do grupo, pronta para fazer um convite aos homens e mulheres que a observam com desconfiança e faz a pergunta: "Quem aqui gostaria de voltar a estudar?" O questionamento (que encerra o primeiro episódio) resulta em um momento emocionante e o início do roteiro da segunda temporada, que conseguiu ser ainda mais forte e necessária que a primeira.
Os professores Marco André (Silvio Guindane), Eliete (Thalita Carauta), Sônia (Hermila Guedes) e o diretor Jaci decidem acolher a ideia de Lúcia. Ainda que não tenham claro o efeito que a chegada do novo grupo de alunos pode provocar na vida dos poucos estudantes já matriculados ---- Walace (Elzio Vieira), Expedita (Vilma Melo), Seu Gilsinho (Moacyr Franco), Anuiá (Adanilo), Jackson (Ariclenes Barroso), Antonia (Jeniffer Dias), Jociane (Fabiana Pimenta),Chico (Dinho Lima Flor) e Vander (Rui Ricardo Diaz) ----, os professores decidem seguir em frente.
Com exceção do quinteto docente central, todos os personagens são novos. E ainda há a chegada dos perfis em situação de rua, que se juntam ao demais na turma de alunos: Hélio (Ângelo Antônio), Valdinei (Pedro Wagner), Néia (Rejane Faria), Leandro (Tamirys O`Hanna), Palito (Gustavo Luz), Sandro (Flávio Bauraqui), Dona Carmem (Nena Inoue) e Evelyn (Nataly Rocha). Todos os perfis têm como missão mostrar o que há por trás dessas escolhas e realidades pouco conhecidas. Vistos de longe são apenas mendigos para uma parte da sociedade, mas a série retrata um pouco do lado humano e a garra que cada um tem para sobreviver e mudar de vida.
São seis episódios que passam voando. Ao contrário da primeira temporada ---- que teve uma maior exploração em cima dos dramas de alguns personagens ----, o foco principal é a escola. O local onde todos se reúnem para aprender vira o maior protagonista. Um lugar de dificuldades, esperança e também tragédia. Todos os capítulos emocionam, sem exagero. Alguns te fazem chorar de alegria e outros de profunda tristeza. O penúltimo episódio, por exemplo, é devastador e marca a saída de uma das melhores personagens da série. Um soco de realidade na cara do telespectador.
O elenco está arrasador. A participação de Moacyr Franco como Seu Gilsinho, um aluno que sofre do Mal de Alzheimer, é emocionante. Todos os atores que interpretam os moradores em situação de rua merecem elogios, mas é necessário destacar Nena Inoue, como Dona Carmem ---- uma babá que dedicou sua vida a duas crianças de família rica e depois foi parar nas ruas ----, e Rejane Faria, que dá um show à parte como Néia, senhora humilde que ama livros, mas não sabe ler. Pedro Wagner, acostumado a interpretar assassinos ou capangas, está brilhante como o simpático Valdinei. Tamirys O`Hanna ainda protagoniza cenas delicadas na reta final com o forte drama de Leandro. Enfim, é um time de luxo.
Escrita por Carla Faour e Júlia Spadaccini e com direção artística de Joana Jabace e direção geral de Pedro Amorim, "Segunda Chamada" demonstra fôlego para muitas outras temporadas. Uma pena que a segunda ---- escrita também por Dino Cantelli, Gionara Moraes, Maira Motta e Marcos Borges ---- tenha apenas seis episódios. Mas ainda bem que cada um consegue mesclar a dura realidade com um universo ficcional da melhor qualidade. É a dramaturgia servindo como utilidade pública. E também é de se lamentar que a O2 Filmes que a produziu ---- devido a imbecilidade da Globo em não continuar a investir nessa obra prima ---- tenha desistido de continuar com a série.
Um produto de tamanha qualidade ter apenas duas temporadas é um desperdício. Fica a dica.
"Minha aldeia fica no Xingu." "O que ele ta fazendo aqui de calça e celular?" "O mesmo que você, estudar. Pelo jeito que tu fala também não é daqui, né baiano..." "SOU DA PARAÍBA, VACILÃO."
"Com licença. Aqui é a turma de matemática?" "É aqui sim, qual seu nome?" "Gilson, mas me chamam de Gilsinho."
"Faz favor, aqui é a sala de matemática?"
"Vc ta no meu lugar." "Aqui não tem lugar certo não, é quem chegar primeiro." "Mas eu sento aí." "Vai se apegar a cadeira do governo, tem outras aí." "Ta defendendo esse veio doido pq?" "Eu não sou doido."
"QUE ISSO????"
"Pra vocês pra ser indígena tem que ser assim, né? Mas a gente não é só isso." "Não mesmo, falta o arco e a flecha." "A gente luta com papel e caneta também!"
"Eu desenho tudo pra lembrar como é nosso sala. Tenho uma doença. Alzheimer. Ela apaga a memória da gente. Cada diz que passa eu esqueço mais e antes que eu me esqueça quem eu sou, queria tirar o meu diploma. Por isso estou aqui."
"Vou embora." "Fica, seu Gilsinho."
Thalita Carauta e Moacyr Franco extraordinários
"Você quem é mesmo?"
(...)
"Brincadeirinha, professora." 🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️
"Vocês moram aqui?" "É nossa casa." "Já vi vocês aqui." "As pessoas até olham, mas ver não veem não." "Vocês gostariam de voltar a estudar?"
Aquele menino que teve que abandonar os estudos nunca perdeu a esperança de um dia voltar. E cá ele está, já de cabelo branco, a memória a falhar, no lugar onde um dia ele esteve: a escola. O menino vai se formar"
"Professora, ainda tem vaga pra nós?"
O que é que há? O que é que tá Se passando Com essa cabeça? O que é que há? O que é que tá Me faltando pra que Eu te conheça melhor? Pra que eu te receba sem choque Pra que eu te perceba No toque das mãos Em teu coração.
"Pq vai falar de beijo gay com a turma?" "É Nelson Rodrigues." "Troca de dramaturgo."
Hoje você é quem manda Falou, 'tá falado Não tem discussão, não A minha gente hoje anda falando de lado E olhando pro chão, viu Você que inventou esse estado E inventou de inventar Toda a escuridão Você que inventou o pecado Esqueceu-se de inventar O perdão Apesar de você Amanhã há de ser outro dia...
"Onde estão as vogais?" "Aqui, ó." "Muito bem." - Vilma Melo: show em Segunda Chamada e em Encantados.
"Foi por causa desse sujeito que me trocou, vagabunda? Ele te come melhor do que eu? Vc vai voltar rastejando pra mim." "Não tenho mais medo de você."
"ELE VAI BATER EM VOCE QUE NEM BATE EM MIM. VAI NA DELEGACIA. TÁ FICHADO." "SUA PUTAAA!!!"
"Nem sei o que me deu pra ter tanta coragem..." "Eu sei pra quem ela deu."
"Ele é meu filho, tá. Eu achei ele na rua." "Vamos ter que chamar o Conselho Tutelar."
"Tu vai ter uma casa e sempre que tiver fome vai poder abrir a geladeira, olha que coisa boa." "E quando vamos pra lá????"
"O que a vida faz com a gente ninguém tem como prever. A gente até finge que tá no controle. Puxa a rédea mais pra cá, puxa a rédea mais pra lá... Tenta frear o ritmo um pouquinho, mas no fundo só a vida sabe pra onde a gente tá lindo." - Hermila Guedes: que atriz.
Pra senhora, professora. Da nossa terra!" "Ai, que lindo." "Foi mt boa a aula hoje." "A próxima vai ser melhor."
"Edith Piaf começou cantando nas ruas de Paris..."
"Voce ta feliz?" "Isso que voce queria conversar?" "Só me responde." "To levando minha vida. Vc devia fazer o mesmo." "Vc destruiu nosso casamento. E disse pra Dora que sou um agressor. Vamos ficar juntos." "ME SOLTA!!! Disse aquilo pra ela nao passar por tudo o que passei." "Vc é um lixo de mulher, chata deprimida. Acha que aquele merda vai aguentar você por mt tempo?" "Eu era assim casada com você, mas sou forte. Não te amo."
"Eu vou embora."
Quand il me prend dans ses bras Qu'il me parle tout bas Je vois la vie en rose Il me dit des mots d'amour Des mots de tous les jours Et ça me fait quelque chose La vien rose... - Edith Piaf - Non Je Ne Regrette Rien.
Foram três tiros pelas costas. Três. Porque ele não queria dar qualquer mínima chance de sobrevivência. Ela estava feliz. Isso era inadmissível p/a ele.
A sequência mais impactante e aterrorizante da série. Tudo ao som de La Vie en Rose, de Edith Piaf
Capítulo 5:
"Temos que manter o maximo de otimismo pros alunos." "QUE OTIMISMO?
"Fico pensando no que eu podia ter feito pra proteger a Sonia." "A culpa nao é sua e nem minha, é dele." "Ela foi mt corajosa. Salvou a vida de outra mulher."
"Chegou hóspede novo na casa. O vacilão que matou a fessora."
"A professora apanhava do marido?" "Sim, e ela denunciou. Foi mt corajosa." "Então mesmo se a gente denunciar o cara continua atrás da gente?"
"O cara que matou a Sonia tá na mesma cela que o Gero. Só tu dar a letra que passam ele."
"TU TAMBÉM ME ACHA UM VIADINHO???" "NÃO. Se você não gosta de meninas é problema seu, mas se alguém tiver te agredindo aqui é problema meu.
"Professora, foram 1314 mulheres assassinadas ano passado." "A cada 7 minutos uma mulher é agredida." "Uma mulher é assassinada a cada 9 horas." "E a maioria são mulheres negras." "80% SÃO MULHERES NEGRAS." "A senhora já sentiu medo por ser mulher?" "Quase todas as mulheres já…
"Minha mãe achou que eu tava de graça com meu padrasto e que a culpa era minha. A rua é dos macho, professora. Todo mundo respeita mais o Leandro que a Leandra." "Aqui na escola vc não precisa ter medo." "Mataram uma professora aqui dentro."
"A gente tem direito a vida." "Essas mulheres têm nome." "Não quero ser mais uma estatística." "Por trás de cada nome tem uma história." "Evelaine Aparecidas Ricardo. PRESENTE." "Viviane Vieira do Amaral. PRESENTE." "Yasmin Costa dos Santos. PRESENTE." "Luciana Carolina Petronilho. PRESENTE." "MARIELLE FRANCO. PRESENTE." "Sonia Gomes Teixeira. Mãe Amorosa, professora incrível. PROFESSORA SONIA PRESENTE."
Ainda ontem chorei de saudade Relendo a carta, sentindo o perfume Mas que fazer com essa dor que me invade Mato esse amor ou me mata o ciúme O dia inteiro te odeio, te busco, te caço Mas no meu sonho de noite, eu te beijo e te abraço Porque os sonhos são meus, ninguém rouba e nem tira Melhor sonhar na verdade que amar na mentira...
"Vô, o senhor vai se formar com tudo o que tem direito. Vai ter canudo, retrato, roupa nova... Do jeitinho que o senhor espera que seja." "Promete?"
"Eu nunca mais vou te esquecer, eu nunca mais vou te esquecer...meu amor. Eu nunca mais vou te esquecer...." - Moacyr Franco simplesmente arrebatador.
E o Angelo Antônio, hein? Depois de tantos bananas passivos, quantos personagens bons e diferenciados ele ganhou nos últimos anos e brilhou em todos.
"Eu era mt nova..." "Entregou seu filho nas mãos de uma médica, não foi?" "Como você sabe?" "Minha mãe. Ela quem me criou. To aqui, sou eu. Seu filho." "Meu filho? Eu ficava tentando imaginar seu olhar. PERDÃOOOOO!!!!"
- Silvio Guindane e Vilma Melo: que atores.
"Vocês não podem fechar a escola." "O teto pode desabar." "Mas os sonhos dos alunos vão desabar junto." "A secretaria não tem verba." "ISSO É DESCASO. É ASSIM QUE A EDUCAÇÃO PÚBLICA É TRATADA NESSE PAÍS." "É DAQUI QUE VAI NASCER UM PAÍS MAIS JUSTO!" "A ESCOLA É NOSSA!" "EU NÃO VOU SUCUMBIR!!!!"
"...a história de uma punhado de homens muito incompletos... incapazes de se desenvolverem... a gente pode escolher todas as variações de ineficácia masculina..."........hahahahaha.. a melhor análise!!!!
um pouco em choque que existe uma série com Donald Sutherland, Hillary Swank e Brandon Fraser e eu não sabia sobre. indo agora mesmo assistir essa beleza!!!!
A série é maravilhosa. Vi a um tempo e qdo vem Succession (2018-2023) imediatamente vejo semelhanças imensas entre os dois poderosos dos dois clãs. Até hj insisto para meus conhecidos verem
Eu me lembro de ter lido alguma coisa sobre esse caso... na revista manchete? Na revista realidade? Só sei que minha cabeça bugou com duas coisas:
uma orelha cortada e um avô milionário que se recusava a pagar o resgate.
Não entendi nada e não tive coragem de pedir interpretação do texto, mas fiquei com essa história pro resto da vida na minha cabeça.
Se alguém aqui defender o ponto de vista do avô eu desisto do ser humano.
Nem sempre um bilionário; agora sempre um bilionário sendo uma horrível pessoal.
E, se focando na história, o sequestro do Little Paul Getty é, além de trágico, de uma imbecilidade absurda. Vale a dica para ver a série, porque o filme com o Christopher Plummer é fantástico 🤩
Continuo achando que gente muito rica e poderosa deixa de ser gente. Vira outra coisa.
"Rensga Hits!" tem o DNA de uma deliciosa e boa novela das sete!
A televisão estreou nesta segunda-feira, dia 21, "Rensga Hits!", série de sucesso do Glaz Entretenimento, disponibilizada na plataforma de streaming da emissora em agosto do ano passado. Ou seja, a trama que engloba o universo do sertanejo, tão em alta no Brasil, migrou para a televisão praticamente um ano depois e com a segunda e terceira temporadas já em processo de gravação e produção.
O título causa estranhamento por ser uma expressão conhecida apenas em Goiânia, onde é ambientada a história. 'Rensga' é uma interjeição tipicamente goiana, que sai do fundo da alma quando uma coisa impressionante acontece diante dos olhos. Pode ser um espanto, uma admiração, um susto. Você nem pensa para falar. É uma palavra que simplesmente sai direto do coração quando algo impacta, em uma demonstração de que aquilo que você acabou de ver ou ouvir realmente te afetou de alguma forma. É uma expressão natural no meio sertanejo.
A trama engloba o universo do sertanejo, tão em alta no Brasil.
A série conta a história de Raíssa Medeiros (Alice Wegmann), uma jovem do interior que descobre que é traída pelo ex-noivo e o abandona no altar, partindo rumo ao sonho de viver da música sertaneja na grande Goiânia.
Antes de chegar à cidade, Raíssa atola o carro e, com tudo dando errado, usa seu talento musical para expressar seus sentimentos e compor o que, depois de um tempo, vem ser o maior hit do feminejo brasileiro ---- só que não na sua voz, mas, sim, na da estrela em ascensão Gláucia Figueira (Lorena Comparato).
E é dentro de duas famosas casas de composição musical ---- a "Rensga Hits!", comandada por Marlene (Deborah Secco), e a Joia Maravilha Records, de Helena Maravilha (Fabiana Karla) ---- que se desenrolam as histórias de verdadeiras estrelas da música sertaneja na série. Mudanças de rumo, imprevistos e algumas puxadas de tapete atravessam a trajetória dos personagens, em uma divertida comédia romântica que tem o protagonismo feminino em primeiro plano e temas como sororidade, busca pelos sonhos e a força das mulheres no centro da narrativa.
A trama é costurada por muitos hits no ritmo da 'sofrência', escritos exclusivamente para a série. E muitos realmente grudam na cabeça do telespectadores. São as chamadas músicas 'chicletes', algo parecido com o que ocorreu em "Cheias de Charme", novela das sete de sucesso exibida em 2012. Todos os hits lançados pelas empreguetes caíram na boca do povo. A série tem vários dramas da vida real e do meio musical, fazendo jus a um típico modão de viola. Até o recente sucesso "Vai na Fé" tinha um pouco de semelhança com a série, já que os hits de Lui Lorenzo (José Loreto) e Sol (Sheron Menezzes) foram criados para o folhetim e caíram no gosto popular. Ou seja, "Rensga Hits!" tinha potencial para ser uma deliciosa produção das 19h. É verdade que a história necessitaria de novos núcleos para ter fôlego de uns 170 capítulos, mas é impossível assistir sem associar ao horário. É preciso observar, ainda, as inúmeras referências a vários cantores do meio sertanejo. É possível identificar vários deles em muitos momentos. O que mais tem na história é indireta bem-humorada.
O elenco está ótimo. Alice Wegmann foi a escolha perfeita para a protagonista Raíssa. A atriz disse em entrevistas que se inspirou em Marília Mendonça e há mesmo semelhanças. A saudosa cantora faria uma participação na trama, mas, infelizmente, não deu tempo. Lorena Comparato é outro nome que se destaca e a rivalidade das irmãs, um plot twist bem novelesco exposto logo no começo, desperta atenção. Maurício Destri também convence como Enzzo Gabriel, assim como Deborah Secco e Fabiana Karla na pele das produtoras que se odeiam. Já Alejandro Claveaux está muito bem como Deivid Carvalho, conhecido como Cafajeste, um cantor sertanejo de sucesso que tem fama de mulherengo e 'pegador', mas por trás das câmeras se relaciona com homens e se apaixona por Kevin Costa (Samuel de Assis, igualmente bem), seu segurança ---- genial a referência ao filme "O Guarda-Costas", de 1992, com Kevin Costner e Whitney Houston. Vale mencionar ainda a volta da grande Lúcia Veríssimo como Maria Abadia, mãe de Raíssa, e Ernani Moraes como Zé Roberto, pai da protagonista. Jeniffer Dias (Thamy), Sidney Santiago (Theo), Mouhamed Harfouch (Isaías), Maíra Azevedo/Tia Má (Carol), Stella Miranda (Maria Alvina) e Guida Vianna (Maria Amália) são outros bons nomes do time.
"Rensga Hits!" é uma série original streaming produzida pela Glaz Entretenimento com criação de Carolina Alckmin e Denis Nielsen, roteiros de Bia Crespo, Nathalia Cruz, Otávio Chamorro, Renata Corrêa (uma das colaboradoras de "Vai na Fé") e Victor Rodrigues, com redação final de Renata Corrêa e produção de Mayra Lucas. É uma trama despretensiosa e bem realizada. Bom vê-la agora na televisão aberta.
Babylon Berlin": Concerto no início da quarta temporada na TV aberta.
O concerto da série de sucesso faz parte da série de concertos "TingelTangel" do renomado Theatre des Westens nos dias 11, 12 e 13 de setembro e leva o público ao mundo atmosférico dos anos 1920 e início dos anos 1930. A trilha sonora da série será encenada e tocada ao vivo com a Baltic Sea Philharmonic sob a direção musical de Johnny Klimek e Kristjan Järvi - com participações especiais de Meret Becker (cantora e atriz principal da série), além de Max Raabe, Natalia Mateo, Madame Le Pustra e outros.
O público pode esperar um show de palco inebriante com imagens da série, que são exibidas pela primeira vez em um novo contexto. O "Babylon Berlin - Concert" é produzido pela TingelTangel e Sunbeam Productions em cooperação com o estúdio de produção XFilme Creative Pool da série e ARD Degeto. Esta é uma compilação do concerto de três dias.
É assim que continua na quarta temporada de "Babylon Berlin".
Nos doze novos episódios de "Babylon Berlin" (recapitulação da terceira temporada), Gereon Rath (Volker Bruch) e Charlotte Ritter (Liv Lisa Fries) mais uma vez desempenham os papéis centrais. A trama é baseada no romance "Goldstein" de Volker Kutscher e começa na virada do ano de 1930/31, quando ocorreu o chamado Putsch de Stennes em Berlim.
Na véspera de Ano Novo, um esquadrão SA liderado por Walther Stennes (Hanno Koffler) saqueia Berlim e destrói as lojas de empresários judeus. Naquela mesma noite, Charlotte Ritter é chamada a uma cena de crime: um homem caiu para a morte do telhado de KaDeWe. Ele escorregou ou alguém ajudou? Enquanto isso, o excêntrico Alfred Nyssen (Lars Eidinger) e sua parceira Helga Rath (Hannah Herzsprung) dão uma grande festa de Réveillon onde ele faz um anúncio especial...
O elenco novamente inclui Benno Fürmann, Christian Friedel, Udo Samel, Godehard Giese, Fritzi Haberlandt, Karl Markovics, Jördis Triebel, Ronald Zehrfeld, Meret Becker, Martin Wuttke, Trystan Pütter e Saskia Rosendahl. Mark Ivanir e Max Raabe são novos junto com mais alguns.
"Babylon Berlin" foi desenvolvido por Achim von Borries, Henk Handloegten e Tom Tykwer e é uma co-produção da XFilme Creative Pool, ARD Degeto, Sky e Beta Film.
‘Nip/Tuck’: os desserviços de uma série que envelheceu mal.
Veiculada entre 2003 e 2010, 'Nip/Tuck' é um grande sucesso do showrunner Ryan Murphy, mas ajudou a veicular vários estigmas contra grupos minoritários.
É provável que a maioria de nós pense no super showrunner Ryan Murphy lembrando de sucessos como American Horror Story e Glee. Mas, antes de soltar estes hits, Murphy chocou a plateia com uma série que bombou na proposta de polemizar com a crescente corrida pelos procedimentos estéticos e transformações corporais, entendidas como se fossem qualquer coisa. Falamos aqui de Nip/Tuck, que durou seis temporadas veiculadas entre 2003 e 2010.
A trama central percorre a relação entre dois cirurgiões plásticos, o sensato e talentoso Sean McNamara (Dylan Walsh) e o fútil e vaidoso Christian Walsh (Julian McMahon). Juntos, eles tocam uma clínica famosa em Miami procurada por centenas de pessoas sedentas por ficarem mais bonitas (algo obviamente discutível) e matarem um pouco do ódio que carregam em si (há um bordão repetido pelos médicos a cada consulta: “diga o que você não gosta em você”).
Para além das cenas envolvendo plásticas (certamente, a cereja do bolo de Nip/Tuck, exibidas de forma explícitas, mas belamente estetizadas, o que chamou muita atenção na época), a série de Ryan Murphy repercutiu muito pelas tramas adjacentes que veiculava. A maior parte delas era tão exagerada que beirava o inverossímil.
Mas, sem dúvida, havia em Nip/Tuck um desejo por fazer um comentário exagerado não apenas sobre a frivolidade das cirurgias e procedimentos estéticos, mas das relações humanas. A revista Vulture, por exemplo, definiu a série como a “mais influente de Ryan Murphy”, e que trazia já a marca registrada do produtor: a de criar programas de televisão que abordam questões sociais relevantes a partir de um tratamento glamouroso.
Nip/Tuck já apresentava outra característica que se repetiria nos outros trabalhos de Ryan Murphy, que é uma forte presença de diversidade, tanto no elenco, quanto nos assuntos abordados. Isso é evidentemente maravilhoso: a produção trouxe muitos personagens gays, transexuais, pessoas com deficiências, e enfrentou temas como abandono parental, ascensão da extrema direita, os perigos do fanatismo religioso, a vida das pessoas HIV+, dentre muitos outros.
Mas os tempos mudam, e a forma com que a realidade é abordada, também. Por isso, é incrível como certas cenas e abordagens do roteiro ficaram incrivelmente datadas, e possivelmente causam vergonha hoje a Ryan Murphy. Se você duvida, preste atenção nestes momentos presentes nas temporadas de Nip/Tuck e que podem ser conferidas a qualquer momento (a série está disponível na Amazon Prime).
A vida com HIV
Por vezes, Nip/Tuck errou não em trazer alguns temas, mas na abordagem sutil que foi feita deles – algo que é bem fácil de passar batido. Um exemplo é o que ocorre no episódio Granville Trapp, da terceira temporada, que mostra um homem que procura a clínica para resolver o que ele chama de “rosto da AIDS”: uma lipoatrofia que faz com que seu rosto perca a gordura nas bochechas e fique levemente encovado.
O sujeito diz que o rosto funciona como “uma letra escarlate que grita ‘homem gay doente’, fique longe”. Ao procurar a clínica para arrumar o rosto, ele afirma que quer começar a namorar novamente – o que gera imediatamente uma reação de espanto no médico Sean McNamara. O sentido negativo imputado à decisão do homem, de voltar a se relacionar, fica restrito à sutileza, sem jamais ser retificado no resto do episódio.
Pessoas com deficiências
Outra situação ocorre no episódio Tommy Bolton, da mesma terceira temporada. Nela, um rapaz com Síndrome de Down, acompanhado pelos pais, vai à clínica com um pedido: quer parecer com sua família. Com má vontade, o médico visitante Quentin Costa (vivido pelo brasileiro Bruno Campos) tenta desconversá-lo passando um valor alto para o total de oito cirurgias reparadoras.
Isso leva a uma discussão entre Costa e o médico Christian Troy. Costa não quer dar desconto nas cirurgias por essa não ser a “fundação Make-A-Wish” (instituição destinada a realizar sonhos de crianças com doenças graves), e emenda dizendo que os procedimentos só representariam uma maior decepção ao paciente. Ao que Troy responde: “a vida dele é uma decepção”.
Há outro acontecimento importante na trama que vai transcorrer nas temporadas seguintes, quando Sean McNamara e sua esposa Julia (Joely Richardson) engravidam de um terceiro filho. Durante a gestação, Julia descobre que há algum problema com a criança, o que é colocado sob um longo suspense, em que o espectador é provocado a ficar tenso para saber qual problema o bebê terá.
Por fim, descobre-se que o menino tem ectrodactilia, uma deficiência em que os dedos das mãos ou dos pés ficam unidos, dando ao membro uma aparência de “garra de lagosta”. Há uma longa abordagem, em vários episódios, sobre o impacto que isso traz na família, em especial sobre o pai, Sean, que só pensa em formas de resolver o “problema”, inclusive considerando o aborto.
Há também cenas comoventes e inspiradas – como quando o casal contrata uma pessoa com nanismo (ninguém menos que Peter Dinklage) para ser babá da criança, e ele aponta que antes de considerarem operar o filho, eles deveriam segurar a mão dele. Entretanto, todo o desenrolar da história, sobretudo no que envolve o pai, é bastante nociva em relação à realidade das pessoas com deficiência.
A abordagem de pessoas transexuais
Sem dúvida, a pior trama apresentada em Nip/Tuck envolve uma que apresenta uma pessoa transexual. É uma série de equívocos tão maléficos que o episódio foi abordado no documentário Disclosure, que reflete justamente sobre a representação de pessoas trans em Hollywood ao longo do tempo. A história envolve uma mulher chamada Ava Moore, interpretada por Famke Janssen. Ela trabalha como coach e tem realizado ações que prejudicam em vários sentidos a família de Sean McNamara e Christian Troy – incluindo (pasme) ter um caso com o filho menor de idade de Sean.
O problema se “resolve” de forma chocante. Christian seduz Ava e faz sexo com ela, numa cena que, claramente, retrata um estupro. A seguir, ele retorna para o consultório e fala para Sean, com cara de nojo: “Ava é um homem”. Segundo se mostra no roteiro, ele descobre isso porque sua vagina reconstruída seria diferente das “mulheres de verdade”.
É toda uma abordagem absurda e que difunde e estimula, além do preconceito, a violência contra mulheres trans. Durante uma cena de Disclosure em que comenta o episódio, a atriz trans Laverne Cox (de Orange is the New Black) parece estar à beira das lágrimas enquanto comenta a cena: “Quero chorar falando sobre essa narrativa… é isso que acontece conosco quando assistimos. Eu me pergunto se alguém, quando estava construindo essas histórias, pensou nas pessoas trans assistindo”. É um desserviço que continua sendo difundido até hoje.
Tia Virgínia não é exatamente sobre Virgínia. É sobre como sua família disfuncional a fez ser como ela é. Perto do Natal, Virginia, responsável por tomar conta de sua mãe em estado terminal, recebe suas duas irmãs, Vanda e Valquíria, para comemorar o dia vinte e cinco de dezembro. O filme se passa apenas em um dia: a véspera do Natal. As três irmãs são interpretadas pelas brilhantes Vera Holtz, Arlete Salles e Louise Cardoso, respectivamente. Ao longo desse dia, os mais diversos confrontos, físicos e verbais, marcam negativamente a data de celebração. A iminente morte da mãe também pauta toda a relação entre as três irmãs que possuem uma diferente relação com a perda da matriarca da família: desde o futuro da casa até o estado mental de Virgínia.
Uma primeira marca estética do filme de Fábio Meira é a construção de um cenário completamente lotado de objetos cênicos. A casa, pertencente à mãe da família, é repleta dos mais variados tipos de prataria e enfeites requintados. O apartamento em nada reflete a idosa: seu olhar vazio e suas mínimas expressões perante a vida representam um curioso contraste com a pompa do apartamento. Louças caras, grandes e belos quadros, sofás estilizados. Tudo é uma marca de um passado que não existe mais. Passado, inclusive, parece ser a única coisa que ainda move Virgínia. A protagonista parece não aceitar que sua mãe já perdeu a lucidez há algum tempo. Virgínia faz de tudo para não acreditar no fim que se aproxima: inventa conversas, conversa como se a mãe ainda a ouvisse e coloca na conta da matriarca algumas decisões suas. Vanda e Valquíria, no entanto, surgem para puxar Virgínia novamente para a realidade. Brigas e mais brigas marcam a tônica entre as três. Anteriormente presa ao passado, o choque de realidade de Virgínia é bruto, comprometendo sua sanidade e sua relação com aqueles à sua volta.
A encenação construída por Fábio Meira faz jus a todos os conflitos envolvendo a família. O espectador não é poupado de nenhum detalhe. Os breves momentos de paz são realmente breves: quando as três irmãs estão em tela, é como se fossemos puxados por um buraco negro forte composto por puro ressentimento. Nada escapa da câmera. Não há ação sugerida ou dinâmicas abertas à interpretação. Toda a raiva, a amargura e um torto senso de amor é entregue ao espectador em sua forma mais pura. As ações físicas das protagonistas, sempre muito pesadas, quase biomecânicas, levam os conflitos quase às vias de fato. Por mais que seja um filme que tente explorar algumas gags humorísticas, o que fica como marca é o conflito, a dor, a perda.
Ainda sobre humor, cabe aqui um pequeno apêndice. O humor é utilizado, aqui, de dois modos muito distintos: o primeiro deles acontece de modo nada natural: sequências pesadas, de muita descarga emocional, são interpeladas por alguma ou outra piada que não casam aquilo que o próprio filme propõe enquanto graça. Nesses momentos, além de não causar um efeito humorístico fortuito, também joga a grande tensão dramática por água abaixo. Em Tia Virgínia, essa ruptura não se encaixa. E não funciona justamente porque o modus operandi de seu humor é baseado no absurdo. É aqui que mora o grande mérito de Fábio Meira: pequenas performances humorísticas que culminam em um humor estranho, de riso difícil, misturado com preocupação.
Para manter o absurdo em dia, vemos diversos planos democráticos, como dira Bazin. O corte parece nunca vir. É agoniante ver algumas sequências de maior tensão sem nenhuma intrusão da montagem. Como dito antes, nada escapa da câmera e tudo é aquilo que é: nada é sugerido. Não se pode confundir isso com didatismo demasiado, de jeito algum. A imagem é clara e cristalina, mas a relação das irmãs transita entre amor e ódio, dor e acalento. Existe apenas uma sequência em que a câmera parece fugir, se esconder. Nesta cena, o diretor parece, por uma única vez, respeitar a intimidade das irmãs, que entre tapas e mais tapas vão em direção a um quarto desocupado e descontam fisicamente umas nas outras aquilo que vêm resguardando durante anos.
Uma das cenas finais é quase um filme à parte. Em meio à caótica ceia de Natal, Virgínia surge completamente maquiada e vestindo um beirando ao kitsch, com flores e plantas. Enquanto Valquíria tenta dizer algumas palavras sobre família, amor e carinho, Virgínia vai ao toca disco e coloca, no máximo volume, um sonoro bolero. Ela começa a dançar. E dançar. E dançar. Tudo em um belíssimo plano. E a dança continua de modo desengonçado, sem noção rítmica. Mas mesmo assim é bela. Vera Holtz consegue emular uma força performática próxima daquilo que Gena Rowlands produz em Uma mulher sob a influência. O balé atrapalhado de Virgínia vem junto de palavras fortes lançadas em direção ao restante da família. Atônitos, todos observam sem dizer nenhuma palavra. Essa falta de reação marca aquele humor absurdo antes citado. Lembra – e talvez eu me arrependa dessa conexão – um pouco do senso de humor de Toni Erdmann, construído a partir de performances patéticas de seus personagens.
Tia Virgínia pode se perder um pouco em algumas sequências que vão para o lado contrário do humor absurdo, mas definitivamente é um filme que, quando acerta, acerta forte. Arlete Salles e Louise Cardoso entregam sólidas atuações, mas Vera Holtz eleva (e muito) o nível do filme. Assim como Virgínia, Holtz é a dona absoluta do filme.
Vai Na Fé: A “trilogia” de superação feminina de Rosane Svartman chega ao apogeu
Autora da novela das 19 reforça seu lugar em sua “mitologia suburbana”, que inclui talento, fama, adolescentes, revelações, música… e sempre um deslizezinho no final.
Quando Vai Na Fé foi anunciada pela TV ela quase sofreu do recorrente equívoco de marketing que o braço streaming da empresa vive cometendo: foi “vendida” do jeito errado, como uma “novela evangélica”, provavelmente para que essa informação atravessasse a mídia e fosse buscar alguns espectadores perdidos para as terras bíblicas da Record. Na ocasião, fiz um texto sobre o quanto essa era uma estratégia equivocada, uma vez que por uma questão de compromisso artístico, a Globo jamais faria uma novela seguindo os padrões conservadores de uma novela da Record e, evidentemente, jamais interessaria o público que está lá buscando produtos de natureza estritamente gospel.
A culpa não era de Rosane Svartman e sua equipe, é preciso dizer. Por tradição crítica, os evangélicos apresentados em novelas da casa eram sempre personagens sem likeability, extremistas, castradores. A partir do momento em que a protagonista seria uma mulher evangélica, era natural pensarmos até que ponto a questão religiosa apareceria com destaque na trama. Estaríamos diante de evangélicos “esterilizados” ou simplesmente de pessoas realistas, que podem seguir uma doutrina religiosa sem que isso signifique excluir ou julgar quem não faz parte dela?
A segunda opção se tornou uma evidência assim que a novela começou. A família de Sol (Sheron Menezes) era uma família suburbana, preta, pobre, evangélica; ou seja, muito próxima da realidade da maioria dos brasileiros desse país. Contudo, a maneira elegante, delicada e justa com a qual a religiosidade desses personagens foi retratada aproximava o núcleo daquele mundo “como deveria ser”, muito mais do que como ele realmente é (e como pessoa gay criada dentro do seio de uma família evangélica, atesto o que quero dizer). Rosane Svartman estava fazendo aqui na nossa teledramaturgia o que já vem sendo feito em algumas narrativas estrangeiras nos últimos anos: naturalizar questões sociais sem polemizar sobre elas.
Nunca vimos uma cena em que um dos membros da família de Sol repreendesse outros personagens por não serem evangélicos como eles. A melhor amiga e a afilhada não eram convertidas; o melhor amigo era gay; o amor de infância era de uma religião de matriz africana… E nunca houve a conversa sobre estar cada um numa ponta desse quadrado (forçado, essencialmente, pelo organismo religioso como um todo). Todo mundo convivia bem, tudo era natural; não havia necessidade de discutir as diferenças, porque elas não eram o centro da narrativa. E assim, a primeira família evangélica simpática – e empática – da TV foi guiada por Rosane e sua equipe com extrema competência.
Svartmanverso
A autora, aliás, parece ter encontrado em Vai Na Fé o resultado quase completo de uma progressão ideológica que já aparecia discretamente em Totalmente Demais, sua primeira novela. Seu texto esperto e inteligente já estava lá, mas ainda era preciso que a mocinha pobre tivesse o rosto europeu de Marina Ruy Barbosa e o galã seguisse esses passos, estampado na beleza de Fábio Assunção. Mas, quando Bom Sucesso chegou, um tempo depois, apesar da protagonista ainda precisar dos olhos azuis de uma Grazi Massafera, ela já tinha uma família inter-racial. Houve uma tentativa um pouco fracassada de dar a David Júnior o destaque de um verdadeiro protagonista; mas o curso foi corrigido com o Ben de Samuel de Assis. Passo a passo, as transformações foram sendo feitas.
Contudo, assim como qualquer autor, Rosane tem suas recorrências. As protagonistas perdidas à margem e que sempre tem algum talento e uma pretensão artística; a mulher executiva complexa, que faz coisas ruins por bons motivos (Juliana Paes, Fabíola Nascimento, Carolina Dieckman); o vilão de terno que tem senso de humor (Armando Babbaioff, Emílio Dantas) e por aí vai… Apesar de amarmos Bruna (Carla Cristina Cardoso), foi até um pouco de exagero coloca-la para fazer uma personagem quase igual a que fez em Bom Sucesso.
Em Vai Na Fé esse mundo próprio do estilo de Rosane parece ter encontrado uma sintonia especial. Se em Totalmente Demais ela – por estar chegando – não podia ousar demais; em Bom Sucesso já começou a incutir elementos lúdicos particulares, ligados sempre a questões artísticas e clássicas. Na novela de Paloma foram os livros; com cenas e cenas inspiradas em grandes títulos da literatura e citações elegantes de autores de todas as nacionalidades. Em Vai Na Fé a estrela foi a música. Canções originais ganharam o país através de Sol e Lui (José Loreto); mas numa virada interessante (e um pouquinho mal dosada) personagens começaram a cantar clássicos, em sequências musicais que costuravam a história.
E tivemos espaço para a celebração da teledramaturgia também. Embora infelizmente a autora tenha escolhido o cinema para colocar a inesquecível Vilma (Renata Sorrah) em ação; a personagem passou a novela citando personagens da nossa história teledramatúrgica e fazendo com que o coração dos noveleiros batesse com um carinho especial por esse projeto. Não só Rosane e seu fantástico time estavam escrevendo uma novela divertida, esperta e coerente, como também estavam aproveitando para festejar esse gênero (que com o crescimento do streaming passou a ser desprezado, precisando cada vez mais de honrarias).
A Fé Não Costuma Falhar
Outro aspecto recorrente da obra de Rosane é a perda de fôlego na reta final, que atingiu toda sua trilogia e que acaba atrapalhando um pouco a experiência. Assim como em Totalmente Demais e Bom Sucesso, a protagonista estava em busca da realização de um sonho artístico. No caso de Sol é possível que no intuito de manter a situação sob controle, o sucesso da personagem tenha demorado demais para acontecer; questão essa que atribuo justamente a esse descarrilho nos 40 capítulos finais.
A progressão da carreira de Sol foi bloqueada pelo longo e penoso enredo envolvendo o julgamento de Téo; uma trama que durou muitos capítulos, trouxe discussões importantes, mas que foi encerrado sem o mesmo apuro comum ao texto da novela. Téo vencer o processo é totalmente coerente com a realidade, mas a falta de uma amarração narrativa para que ele pagasse por isso em seguida não é coerente com a ficção. A questão dos abusos foi esquecida na reta final, ele não passou por novo processo, não houve um encerramento digno para essa questão; e o que causou sua “falsa morte” e sua prisão foram as arestas do contrabando. Sempre tive a sensação de que Érika (Letícia Salles) se aproximaria dele, defendendo-o, para ser uma outra vítima; e que isso a acordaria (já que ela tinha um ótimo enredo como contraponto para as questões etaristas levantadas por Vilma). Mas, essa foi uma oportunidade perdida.
Mel Maia foi outra que sofreu com um planejamento difícil. A patricinha influencer tinha um grande potencial, já que estudava em meio a uma porção de bolsistas e tinha zero referência familiar. Os embates com Jennifer (Bella Campos) eram ótimos, a aproximação com a maravilhosa Dora (Claudia Ohana) também foi um acerto… Mas, no meio da novela Guiga foi desviada para um enredo estapafúrdio que foi parar no fim do fofíssimo casal gay formado por Guthierry Sotero e Jean Paulo Campos. Uma mancada quase imperdoável, que encerrou uma bem-vinda trama LGBTQ guiada por atores pretos e terminou por destruir a relevância dos que sobreviveram aos escombros.
É claro que estamos falando de uma novela, uma obra aberta, passível de interferências e pormenores que desconhecemos. Mas, ficamos nos perguntando por que a trama de adoção para o personagem de Marcos Veras não veio antes? Por que não exploraram a relação de Bruna com o filho da fofoqueira? Por que Vitinho (Luis Lobianco) nunca teve uma vida própria…? Talvez jamais saibamos quais as engrenagens que levaram a essas decisões. Elas estão aí e cada um decide qual vai ser o tamanho do pano que passará.
O meu “pano” eu precisei torcer bem para que ele desse conta do absurdo que foi o enredo do sequestro falso armado por Kate (Clara Moneke) e da maluquice que foi ver Jennifer e Rafael (Caio Manhente) achando que enganariam Téo. A maluquice dos irmãos atrapalhados ainda resultou nas acusações de contrabando, mas o falso sequestro não teve absolutamente NENHUM desdobramento coerente. Foi uma decisão narrativa tão ruim, mas tão ruim, que passou um bom tempo circulando pela internet como razão para o descrédito na novela. Rosane ainda tentou defender a ideia usando o passado de Kate para justificar sua irresponsabilidade; traindo a evolução da própria personagem.
E Kate foi o fenômeno que todos nós estávamos precisando. O trabalho de Clara foi comovente de tão especial. Kate era divertida, debochada, mas eram lindas a sensibilidade e a afetuosidade vislumbradas de um simples olhar, vazando de seus escudos de petulância. Se não fosse pelo famigerado sequestro falso, ela teria passado pela novela sem um arranhão sequer; já que, até mesmo na reta final, sua persona empresária foi simplesmente deliciosa de assistir. O trabalho de Clara e o de Carolina Dieckman (como Lumiar), fulguram entre os traços mais inesquecíveis de Vai Na Fé; uma pela expansão, outra pela introversão; mas ambas imperfeitas, humanas, adoráveis.
Apesar dos tropeços (que incluem um último capítulo abaixo da média), está consagrado que quando Rosane Svartman aparece no horário das sete, seremos presenteados com uma novela bem escrita, cuidadosa, com cara de Brasil, com o doce da mentira e a força que supera as realidades. A linda canção de abertura (talvez uma das melhores da história da teledramaturgia), diz perfeitamente que queremos ver nossa família bem, nossos amigos bem, todo mundo bem… E Vai Na Fé passou por nós como uma oração delicada, só fazendo bem, cheia daquele otimismo que acessamos na dúvida, porque o que nos move é o bom e velho “graças a Deus que eu não choro mais”.
O longa “Som da Liberdade” (Sound of Freedom) vai estrear no Brasil no dia 21 de setembro. O anúncio foi feito pela Paris Filmes.
O filme é considerado como uma das maiores surpresas de bilheteria do ano, com bilheteria acumulada de 163 milhões de dólares nos Estados Unidos. Protagonizado por Jim Caviezel, de “A Paixão de Cristo”, o longa conta com direção e roteiro do mexicano Alejandro Monteverde, de “Little Boy” e “Bella”, e produção de Eduardo Verástegui.
Por que o drama de Jim Caviezel está chocando Hollywood?
Primeiramente, é necessário dizer que Sound of Freedom é um grande sucesso de bilheteria nos Estados Unidos. Até aqui, o filme fez algo próximo de U$ 163 milhões de dólares apenas em território norte-americano, visto que ainda não foi lançado internacionalmente, o que acontecerá nos próximos dias e meses. Lembrando que o filme está há menos de uma mês em cartaz. Ou seja, ainda há chão para a obra conquistar números ainda mais expressivos.
Contudo, há quem diga que os números de bilheteria do longa são inflados e irreais. Isso porque, nos Estados Unidos, alguns espectadores alegaram que foram assistir Sound of Freedom esperando salas lotadas (visto que os ingressos apareciam esgotados). Contudo, ao chegarem nos locais, os mesmos espectadores relataram que encontraram cinemas vazios. O que deixou algumas pessoas com o pé atrás e se perguntando: há alguém financiando a produção de maneira oculta, comprando ingressos para inflar os números de bilheteria?
Apesar de isso ser apenas uma teoria de alguns indivíduos e não existir comprovação de fatos, há uma outra polêmica ligada à projeção que também tem acendido debates: direita vs. esquerda. Sim, Sound of Freedom também não escapou da política, apesar de não abordar temas políticos em sua narrativa. Isso porque o filme foi amplamente elogiado e divulgado por pessoas conservadoras e por figuras de direita dos EUA. O que acabou afastando da obra aqueles que se identificam mais com a esquerda.
Inclusive, todo essa questão política que envolve Sound of Freedom começou com alegações de que a produção tem ligações com o QAnon, um grupo extremista de direita que apoia o ex-presidente Donald Trump. Assim como outros movimentos radicais (tanto de esquerda quanto de direita), a organização é acusada de alimentar conspirações e incitar seus membros a cometerem ações violentas. E, tudo isso, claro, não caiu bem com aqueles que pesquisaram mais sobre o longa.
Para alimentar ainda mais a situação polêmica, Jim Caviezel, o astro do projeto, já foi visto falando publicamente em eventos que apoiam conspirações divulgadas pelo QAnon. Por outro lado, a Angel Studios, produtora de Sound of Freedom, declarou que não há conexões entre a obra e grupos extremistas, e que o filme tem apenas o objetivo de conscientizar o público de uma causa importante através de uma história real e heroica.
Inspirado no clássico “Madame Bovary”, o livro escrito por Gustave Flaubert que escandalizou a França no século XIX, essa delícia de filme apresenta uma espécie de versão moderna de sua protagonista. Entretanto, mais do que simplesmente adaptar a história, Gemma Bovery insere o livro na própria narrativa, tarefa esta que cabe ao voyeur interpretado por Fabrice Luchini. Fã declarado do livro, o personagem não apenas reconhece as semelhanças entre Emma e Gemma como passa a admirá-la de longe, numa mistura de fascínio pela obra literária e pela própria musa. É esta mescla o trunfo do filme, auxiliada pelo (habitual) bom trabalho do ator.
Eu tinha lido que Arnold não podia ter filme de culto, mas esse tem todas as críticas. Um pai coragem luta para continuar a manter viva a filha que foi mordida por um zumbi, no seu processo de transformação. Foi um desastre no cinema, mas se você assistir, você encontrará um filme com uma ótima ambientação, momentos de tensão, uma fotografia brutal e a primeira vez que vejo Arnold atuar
Conseguiram fazer de um tema de ficção bastante batido uma história sombria, mas, também de muito amor, e de profunda humanidade. Me emociono sempre que assisto. Abigail Breslin é uma atriz impecável. Valeu.
Nossa me emocionei.Foi uma terrível luta contra a maldita doença. Mas o amor entre pai e filha superou todos os limites.
O amor dela pelo pai era tão grande que resistiu aos instintos. Foi forte até o fim! Que bom que
Gosto muito como Pedro Alux mescla aqui um humor quase que tragicômico com músicas do imaginário pop e, enquanto faz isso, ainda demonstra uma representação visual bem cuidadosa de palavras singulares escolhidas para uso da nomeação de capítulos.Aprendi várias palavras maneiras. Valeu Pedro.
Final inspirado em uma grande obra de Shakespeare???😍😍😍 talvez... cinema. Só sei que aprendi bastante palavras novas com esse curta-metragem😎🙏🏽👍🏽🙌🏽
Talentoso brilhante incrível maravilhoso espetacular nunca o mesmo totalmente único completamente nunca feito antes sem medo de referenciar ou não referenciar ponha num liquidificador cague nele vomite nele coma ele dê a luz a ele.
Conheça o “Sisu”, o segredo finlandês para a felicidade e resiliência.
Descubra o segredo finlandês para a felicidade e resiliência. Aprenda o "sisu", a determinação que coloca a Finlândia no topo do ranking mundial.
Você já ouviu falar do “sisu”? É um conceito e modo de vida profundamente enraizado na cultura finlandesa há mais de 500 anos. Embora não exista uma tradução direta, o “sisu” está relacionado à determinação.
Mas, afinal, por que os finlandeses são os mais felizes do mundo?
Trata-se de ter a coragem de avançar diante da adversidade e enfrentar probabilidades quase impossíveis. E é justamente esse segredo que tem colocado a Finlândia no topo do ranking de países mais felizes do mundo pelos últimos seis anos consecutivos.
E. Elisabet Lahti, uma renomada psicóloga finlandesa e pesquisadora do “sisu”, revela em seu livro “Poder Gentil: Uma Revolução em Como Pensamos, Lideramos e Somos Bem-Sucedidos Usando a Arte Gentil do Sisu” três dicas fundamentais para quem deseja incorporar o “sisu” em suas vidas, assim como os finlandeses:
Busque um propósito de vida além de si mesmo Pesquisas conduzidas pela psicóloga Angela Duckworth demonstraram que podemos suportar muito mais quando trabalhamos por algo que contribui para o mundo além de nós mesmos.
Elisabet compartilha sua experiência pessoal ao completar uma expedição de corrida de 1.500 milhas pela Nova Zelândia, dedicando-a à conscientização sobre a violência familiar. Ela afirma que conectar-se a um propósito maior nos momentos desafiadores nos ajuda a seguir em frente.
Seja resiliente treinando Antes de embarcar na sua corrida épica, Elisabet treinou quase todos os dias durante dois anos. Ela aconselha que a prática e a preparação são fundamentais para acessar o “sisu” interior.
Estudos mostram que nossos corpos possuem reservas ocultas que naturalmente acessamos quando mais precisamos delas. Quanto mais nos desafiamos, mais fortalecemos nossa resiliência.
Gentileza consigo mesmo e conexão com a natureza A autora compartilha um importante aprendizado sobre a necessidade de equilíbrio entre determinação e compaixão. Em sua jornada de treinamento, ela se machucou, mas em vez de desistir ou se esforçar ainda mais, ela decidiu permitir que seu corpo se curasse.
Isso a levou a uma terceira opção, na qual ela incorporou o ciclismo à sua expedição. Reduzindo a velocidade, ela pôde desfrutar da beleza da paisagem ao seu redor e alcançar sua meta de 1.500 milhas.
Da teoria à prática Na Finlândia, caminhar e explorar trilhas na natureza são partes essenciais da cultura local. Essa conexão com a natureza ajuda a encontrar uma calma interior e uma sensação de felicidade que sustentam nos momentos difíceis.
Então, se você deseja descobrir o segredo da felicidade finlandesa e cultivar sua própria resiliência, siga essas dicas e embarque em uma jornada inspiradora de determinação, propósito e conexão com a natureza.
‘O Fim do Sonho Americano’: a radiografia do abismo entre ricos e pobres.
Em ‘O Fim do Sonho Americano’, Noam Chomsky lista dez princípios que propiciam a concentração de poder e renda no planeta.
As oito pessoas mais ricas do mundo têm o mesmo patrimônio que 3,6 bilhões de integrantes da metade mais pobre. No documentário O Fim do Sonho Americano (2015), Noam Chomsky, considerado um dos intelectuais mais influentes da atualidade, faz uma espécie de “radiografia” das causas que cavam esse abismo.
No filme dirigido por Peter Hutchison, Kelly Nyks e Jared P. Scott, Chomsky enumera dez princípios da concentração de renda e poder no mundo. Formado por entrevistas filmadas durante quatro anos, o documentário tem apenas 1h10min de duração. A brevidade da projeção é inversamente proporcional à profundidade das considerações feitas.
Como o título indica, a análise enfoca os Estados Unidos, mas é claramente válida como abordagem do capitalismo financeiro global. Qual seria, afinal, esse “sonho americano”? É a possibilidade de reverter o fato de nascer pobre trabalhando intensamente. Mais uma vez recorrendo ao título, pode-se ver que Chomsky é crítico dessa ideia.
Um dos assuntos que recebe destaque nas entrevistas é a democracia. Segundo o filósofo, o simples fato da existência da desigualdade extrema já tem um “efeito corrosivo na democracia”. Grandes corporações financiam partidos políticos. Quando estão no exercício de seus mandatos, os políticos servem de “avatares” dos donos dessas grandes empresas, elaborando e aprovando leis para atender aos interesses desses grandes detentores de renda e poder, gerando ainda mais concentração de renda e poder. O círculo vicioso é tão tradicional que foi descrito em 1776, por Adam Smith, em A Riqueza das Nações.
O enfraquecimento dos laços de solidariedade é outro dos dez princípios listados pelo entrevistado. A união é prejudicial para os poderosos, porque significa a luta por melhores condições de vida por parte daqueles que compõem as camadas mais inferiores da pirâmide. Os ataques à seguridade social e à escola pública, por exemplo, lançam a ideia de que não é justo, benéfico ou rentável preocupar-se em garantir um bem social para o outro se eu não estou tendo retorno financeiro direto.
Não representa nenhum “crime” contar o final de O Fim do Sonho Americano. Como conclusão, Chomsky pede que as pessoas invistam na união. Um apelo considerável, depois de toda a contextualização feita.
Shakira contou à revista Allure a reação de seus filhos ao assistir o filme da Barbie, e não foi nada positiva: "Meus filhos odiaram esse filme. Eles se sentiram castrados. E eu concordo, até certo ponto. Estou criando dois meninos e quero que eles se sintam poderosos também respeitando as mulheres. Gosto quando a cultura pop empodera as mulheres sem tirar dos homens a possibilifade de serem homens, de também proteger e prover. Acredito em oferecer às mulheres as ferramentas e a confiança de que podemos fazer tudo sem perdermos nossa essência, nossa feminilidade. Acredito que os homens tem um papel na sociedade e as mulheres também. Nós nos complementamos e isso não deve se perder." (Linda e sensata 😏)
ANÁLISE: ‘Barbie’- Precisamos falar sobre Ken
Estrondoso sucesso mundial de bilheteria, 'Barbie', filme da cineasta norte-americana Greta Gerwig, é tanto sobre a jornada feminista de sua protagonista quanto a respeito do encantamento do boneco Ken pelo patriarcado.
Longa-metragem da cineasta norte-americana Greta Gerwig, Barbie, estrondoso sucesso mundial de bilheteria, tem sido acusado por muitos de seus detratores de ser misândrico. Ou seja, de difundir ódio contra os homens, ao questionar o patriarcado, sistema sustentado há milênios por pilares culturais, sociais, econômicos e políticos que beneficiam os homens em detrimento das mulheres.
Sim, o filme, cuja narrativa é construída em torno de sua personagem-título, boneca fabricada pela empresa de brinquedos Mattel, Inc. lançada em 9 de março de 1959. tem uma evidente e inegável abordagem feminista.
Quem conhece a filmografia de Gerwig, que inclui títulos como Lady Bird – A Hora de Voar e Adoráveis Mulheres, sabe que a diretora, roteirista e atriz têm focado em narrativas com protagonistas femininas que se digladiam com estruturas familiares, sociais e econômicas limitadoras, quando não opressivas. Portanto, Barbie não é uma novidade na trajetória artística de Gerwig. Pelo contrário: é um passo a mais, orgânico e coerente com sua obra fílmica, que já lhe rendeu três indicações ao Oscar.
No longa, a boneca Barbie, vivida pela atriz australiana Margot Robbie,
pertence a um subgrupo da marca – ela é um estereótipo, ou seja, é linda, loira, alta, magra, tem pernas longas, pés delicados, moldados para andar sobre saltos altos. Não tem profissão definida, ou qualquer talento intelectual digno de nota. Sua aparência, portanto, mantém seu status quo na Barbieland, mundo cor de rosa onde há bonecas de outras etnias, escritoras, políticas, médicas, em um calculado projeto politicamente correto de diversidade. Mas a rainha, a razão de ser do lugar todo e da marca, é ela.
Acontece que a protagonista do filme, cuja vida é uma eterna festa, sempre leve e solta, mas não exatamente livre, um belo dia começa a ter estranhos pensamentos sobre a morte e seu corpo perfeito apresenta preocupantes anomalias. Os pés já não parecem mais moldados para sapatos de salto alto e, como uma mulher de carne e osso, ela passa a acumular celulite. Barbie já não é a mesma e, para voltar a ser a sua normalidade, ou seja, a ser “perfeita”, ela precisa empreender uma jornada rumo ao mundo real, onde sua dona pode estar atravessando dias difíceis.
Junto a ela, sem ter sido exatamente, convidado, vai Ken (Ryan Gosling).
Costela de Barbie
Na Barbieland, os Kens – há vários deles, de diferentes etnias, mas todos de certa forma pertencentes a um padrão de beleza – são acessórios das Barbies, como se tivessem sido criados a partir de suas costelas, em uma analogia à metáfora patriarcal bíblica. Vivem em função das bonecas. E o Ken estereótipo, loiro, alto, forte, ariano, segue sua Barbie a todos os lugares aonde ela vá, e com ela acaba partindo rumo ao chamado Mundo Real sem saber o que lá vai encontrar.
Ao chegar a Los Angeles, sede da Matell, o casal de bonecos descobre muito rapidamente que vivia em um mundo de fantasia, distorcido. Barbie acreditava ser, há décadas, um modelo de comportamento para as mulheres reais, as empoderando e lhes servindo como exemplo a ser seguindo. Não é verdade! Para seu choque, entre as garotas mais jovens, inclusive, ela é desprezada, por encarnar um símbolo de opressão. Basta por seus pés delicados na vida real, que a boneca começa a ser assediada, inclusive sexualmente, e julgada por sua aparência. A experiência de Ken é um tanto diferente.
Se de onde veio, todo o poder se concentrava nas mãos das Barbies, do sexo oposto, no Mundo Real quem manda, inclusive na própria fábrica de brinquedos que produz os bonecos, são homens. Tudo parece existir em função e para eles. É o País das Maravilhas para Ken, que de mero e submisso coadjuvante passa ambicionar o protagonismo.
Mesmo sem ter grande habilidades, ou formação, capazes de lhe garantir um lugar ao sol, ter “nascido” homem (e branco) já lhe garante muitos privilégios. Ele, então, resolve importar para Barbieland o patriarcado, que lá, sem grande demora, começa a se estabelecer como sistema social e político, fazendo com que as Barbies, por meio de coação e um tanto de inércia, acreditem ser melhor assim, o naturalizando como sistema a ser seguido.
Qualquer semelhança com a vida aqui fora, assim sendo, não é mera coincidência.
Essa busca quase involuntária de Ken pelo protagonismo, tanto em seu mundo quanto dentro da narrativa do filme, é um dos trunfos de Barbie. Greta Gerwig, ao contrário do que vozes mais conservadoras e reacionárias tentam pregar, não fez um filme anti-homem.
O roteiro, assinado por ela e seu marido, o também diretor Noah Baumbach (de História de um Casamento), coloca em questão o patriarcado como forma inquestionável de existência, e denuncia a masculinidade hegemônica, tóxica e violenta, que nega às mulheres voz, espaço e agenciamento, mas também impede os homens de encarar as suas fragilidades, seus desejos e sentimentos mais profundos. Sim, o patriarcado vitimiza muito homens e meninos!
Ao se despedir do mundo de faz de conta e de Ken, para voltar ao Mundo Real e se tornar uma mulher de fato, e não mais uma boneca, Barbie diz ao pretenso namorado que ele e os outros Kens também precisam se encontrar, sair da forma, para buscar suas verdades, e saber quem de fato são, para além da comodidade das construções sociais e culturais que os encaixotam.
Precisamos, neste momento no qual o filme se torna um fenômeno, falar tanto a respeito de Barbie quanto sobre Ken.
‘As Pequenas Coisas da Vida’ encontra o sublime na tragédia.
Minissérie estrelada por Kathryn Hahn, parte do catálogo da Star+, 'As Pequenas Coisas da Vida' revela o sublime em profunda jornada de autodescoberta. Produção é adaptação de livro de Cheryl Strayed.
Que o título não engane: por mais que o belo rosto de Kathryn Hahn na frente da divulgação de As Pequenas Coisas da Vida sugira uma história leve e acolhedora, a série da Star+ está mais próxima de uma bomba que cai sobre a cabeça de quem assiste. O que temos, ao invés disso, são 8 episódios sobre uma pessoa em uma espiral de autodestruição.
Clare, a personagem de Hahn, é uma mulher marcada pelo trágico. Aos 49 anos, ela vive uma crise no casamento e com a filha depois que emprestou dinheiro da família para seu irmão. Clare trabalha numa clínica geriátrica, mas está prestes a ser demitida depois que seus chefes descobrem que ela está dormindo lá, na mesma cama que os internos, depois que o marido a expulsou de casa.
Contudo, em meio a tanta tristeza e fracasso, há espaços eventuais para que o sublime emerja. E isto talvez se deva ao fato de que esta é uma adaptação do livro Pequenas delicadezas: Conselhos sobre o amor e a vida, de Cheryl Strayed – autora também da obra biográfica que deu luz ao sucesso cinematográfico Livre, de 2014, com Reese Whiterspoon (que também é produtora desta série).
Da mesma forma que na obra anterior, Pequenas Delicadezas explora a vida de Cheryl, que é marcada pela figura mítica do curador ferido – ou seja, alguém que, de tão golpeado pela vida, adquire uma sabedoria que serve para ajudar os outros.
Uma mulher em desconstrução
Na trama, Clare é uma mulher de 49 anos marcada por uma tragédia: a morte de sua mãe, Frances (Merritt Wever, de Nurse Jackie) quando ela tinha apenas 22 anos. Em sua memória, sua mãe é uma pessoa extremamente bondosa e que parecia nunca levar as ofensas dos filhos (como nas vezes em que Clare lhe cobrava coisas que eles não podiam ter, por serem pobres) para o lado pessoal.
Sua grande aspiração é a de se tornar uma romancista. Clare (encarnada nos flashbacks pela brilhante atriz Sarah Pidgeon) se torna a primeira pessoa da família a fazer faculdade. Seu talento é evidente, e ela inclusive consegue um contrato editorial para lançar um livro. Mas a tragédia que a acomete com a morte da mãe por um câncer faz com que todos os seus planos desmoronem – e, de alguma forma, por sua própria escolha.
Quase trinta anos depois, Clare está casada com Danny (Quentin Plair) e é mãe de Rae (Tanzyn Crawford). Mas ela simplesmente não consegue parar de destruir tudo o que toca, como se fosse uma Midas ao contrário. Sua carreira não decolou, seu emprego está prestes a acabar, seu marido não consegue a perdoar e sua filha parece odiar. Em certo momento, ela se pergunta como sua vida foi parar tão longe em relação àquilo que ela sonhou se tornar.
Mas algo começa a mudar quando um antigo amigo a procura e oferece a ela um trabalho voluntário, dando conselhos em uma coluna extremamente popular na internet chamada “Dear Sugar”. Mesmo que sua vida seja um lixo, é escrevendo como Sugar que Clare começa aos poucos a abrir espaço para que seu talento, que é a sua prosa empática e delicada, possa novamente florescer.
‘As Pequenas Coisas da Vida’: a força das atrizes
Kathryn Hahn e Tanzyn Crawford: encontro emocionante entre mãe e filha.
Extremamente tocante, As Pequenas Coisas da Vida adquire sua força a partir do texto de Cheryl Strayed (todos os episódios se encerram com a leitura das colunas de Sugar) e da performance de todos os atores. Em especial, há o potente elenco feminino: Kathryn Hahn é uma atriz inacreditavelmente boa. Assim como sua correspondente na juventude – Sarah Pidgeon consegue nos entregar uma Clare que expressa sua dor pungente de maneiras muito convincentes. Ambas estão absolutamente entregues ao papel.
Merritt Wever, como a mãe idealizada, consegue ir muito além do que seria um personagem insípido nas mãos de alguém sem o mesmo talento. Por fim, a jovem atriz australiana Tanzyn Crawford consegue completar com muita dignidade a tríade avó/ mãe/ neta, construindo a adolescente Rae como alguém que lida com os próprios conflitos para além do potencial desmoronamento de sua família.
A dinâmica entre elas (mesmo que algumas personagens nunca se encontrem) é explorada de maneira muito inspirada, deixando claro o quanto um trauma não elaborado pode seguir repercutindo na vida adulta de alguém. Isto se evidencia em um belíssimo episódio em que as versões adultas e adolescentes dos personagens se intercalam em uma mesma cena – de modo a nos dizer que, em situações à flor da pele, somos sempre a mesma criança machucada.
As Pequenas Coisas da Vida pode não ser uma série que vai deixar você alegre. Mas, com sorte, vai comovê-lo e fazê-lo entrar em contato com as suas próprias feridas.
Os Outros: o que esperar da 2ª temporada da série brasileira?
A noticia que muitos fãs de Os Outros estavam esperando, finalmente, chegou: a série brasileira foi renovada para uma segunda temporada. Pertencendo ao catálogo do streaming, a obra foi criada por Lucas Paraizo e conta com um elenco recheado de personalidades brasileiras, como Adriana Esteves, Milhem Cortaz, Maeve Jinkings, Thomas Aquino, Eduardo Sterblitch, entre outras.
Desde que estreou no Brasil, Os Outros cresceu rapidamente em popularidade entre os assinantes do serviço de streaming e se tornou um dos seriados brasileiros de maior sucesso de 2023. Não à toa, a ansiedade dos espectadores por novos episódios está no talo, afinal, a produção ainda tem muitos nós para amarrar em sua narrativa dramática e surpreendente.
Nesse sentido, para deixar os fãs um pouco mais calmos, fomos atrás de tudo o que já foi divulgado sobre a aguardada 2ª temporada de Os Outros. Confira abaixo o que descobrimos!
Os Outros: informações sobre a 2ª temporada da série
A história de Os Outros é a seguinte, segundo o site: "Vizinhos entram em choque após a briga de seus filhos, com consequências absurdas. Uma série atual sobre até onde a falta de diálogo pode levar as pessoas." De maneira crua e envolvente, a obra mostra as vidas conturbadas de vizinhos que moram em um mesmo condomínio e que acabam entrando em confrontos pesados após alguns desentendimentos.
Dessa maneira, apesar de a 2ª temporada de Os Outros ainda não ter ganhado detalhes acerca de sua trama, espera-se que os novos episódios sigam mostrando o desenrolar de brigas e conflitos entre diferentes moradores. O novo ano da série deve mostrar consequências ainda mais pesadas para os fatos retratados em tela e tecer novas críticas sobre a selvageria humana e a falta de comunicação entre semelhantes.
Também é sabido que a nova parte do título deve ser ambientada em um novo condomínio, o que resultará em várias novidades no elenco de Os Outros. Até agora, apenas Adriana Esteves, Antonio Haddad e Eduardo Sterblitch já estão confirmados para retornar à série. No mais, os demais personagens que apareceram na primeira temporada devem lugar à novas figuras (que ainda não foram reveladas).
A expectativa agora é em cima da segunda temporada de "Os Outros", prevista para o segundo semestre deste ano de 2024. Personagens marcantes da primeira seguirão na história, vide Cibele, Sérgio e Marcinho. O enredo agora não terá mais um condomínio como pano de fundo, o que é um risco para a perda de identidade da série. Mas o teaser despertou atenção, principalmente por conta da atuação de Letícia Colin, um novo nome do elenco. A terceira já está praticamente toda escrita e garantida para ano que vem. Só depois será a vez de sua primeira novela para o streaming. E que venha logo. Está pronto para o desafio.
Lembrando também que a temporada de estreia de Os Outros teve 12 episódios no streaming, com lançamentos espaçados (não simultâneos). Por isso, é muito possível que a nova temporada tenha o mesmo número de episódios e seja lançada de forma não simultânea.
O Mundo da Espionagem
3.2 4 Assista AgoraEste é o tipo de série que eu estava esperando.. bom trabalho Netflix! Ansioso por isso... Nada que eu goste mais do que um programa de TV e filmes com temática de espionagem, tudo o que falta é KGB, Stasi, Mossad e Inteligência Cubana
Estou feliz que a Netflix tem algumas séries realmente boas chegando! Depois dos últimos dois anos, nós MERECEMOS shows como este!
Dicas de filmes:
A história de Ames é dramatizada no filme Aldrich Ames: Traitor Within , de 1998 , estrelado por Timothy Hutton como Ames.
Aldrich Ames é usado como um personagem de enredo no romance "Icon" de Frederick Forsyth; publicado em 1996!
The Pentagon Papers (2003) é um filme histórico sobre os documentos do Pentágono e o envolvimento de Daniel Ellsberg. O filme, no qual ele é retratado por James Spader.
Master Spy: The Robert Hanssen Story, um filme feito para a televisão de 2002 estrelado por William Hurt como Hanssen.
The Most Dangerous Man in America: Daniel Ellsberg and the Pentagon Papers (2009), um filme que foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário e ganhou um Peabody Award após sua transmissão POV de 2010 na PBS.
Em janeiro de 2019, o filme Official Secrets , contando as ações de Katharine Gun em 2003, com Keira Knightley no papel de Gun
Hearts and Minds , um documentário de 1974 sobre a Guerra do Vietnã com extensas entrevistas com Ellsberg.
The Post é um drama histórico dirigido e co-produzido por Steven Spielberg. O filme também é estrelado por Tom Hanks como Ben Bradlee e Meryl Streep como Katharine Graham.
A captura do espião Robert Hanssen foi dramatizado no filme Breach de 2007 , no qual Chris Cooper interpretou o papel de Hanssen e Ryan Phillippe interpretou O'Neill.
The Boys Who Said NO!, um documentário de 2020. Dirigido pela cineasta indicada ao Oscar Judith Ehrlich.
Family of Spies - filme para TV baseado na traição de John Walker.
Enigma é um thriller de espionagem de 2001. O roteiro foi adaptado do romance Enigma de 1995,de Robert Harris, sobre os decifradores do Enigma de Bletchley Park na Segunda Guerra Mundial.
The Imitation Game é um drama histórico britânico de 2014, baseado na biografia de 1983 Alan Turing: The Enigma de Andrew Hodges.
O caso Snowden pode ser visto:
- no documentário ''Citizenfour'';
- no filme ''Snowden: Herói ou Traidor';
- documentário ''Zero Days'' sobre o Stuxnet.
“O Arsenal dos Espiões” na Netflix é uma série documental sobre espionagem. Mostra um pouco da história recente dessa ferramenta que muitos governos, amantes e empresas utilizam. Desde microfones dentro de munições até diversas invenções.
Ponto de Virada: 11/9 e a Guerra contra o Terror na Netflix. Esta série impactante sobre os ataques de 11 de setembro acompanha o início da Al-Qaeda, nos anos 80, até a resposta dos Estados Unidos, dentro e fora do país.
Projeto Azorian merece seu próprio filme. Há um documentário baseado no livro. Eu adoraria ver uma releitura cinematográfica dele.
Assista ao filme “Operation Finale” 🔥 Uma equipe ultra secreta de agentes é encarregada de caçar um notório criminoso de guerra, o nazista Adolf Eichmann. No entanto, a busca por justiça os coloca no centro de um jogo mortal de gato e rato.
O filme Munich (2005) realmente resume: você quer KGB, CIA e Mossad no mesmo filme? O governo israelense envia uma missão secreta de retaliação para matar onze pessoas ao redor do mundo depois que terroristas palestinos assassinam onze atletas israelenses nas Olimpíadas de Munique em 1972.
O Incrível Exército de Brancaleone
4.0 136 Assista AgoraEste é obra prima de Mario Monicelli.
O filme, considerado um clássico, retrata os costumes da cavalaria medieval através da comédia satírica. Na Itália, recebeu o prêmio de melhor fotografia, melhor figurino e melhor trilha sonora. É inspirado no Dom Quixote, de Miguel de Cervantes.[carece de fontes] No enredo, Brancaleone e seus homens enfrentam perigos como a peste negra, os sarracenos, os bizantinos e bárbaros, focalizando temas como as relações sociais do feudalismo e o poder da Igreja Católica. O contexto histórico é a Baixa Idade Média, quando o trinômiopeste, fome e guerra marca a crise do século XIV e do próprio sistema feudal.
Esse filme é genial! Muito engraçado e crítico ao mesmo tempo. 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽
"Será puro, quem purificar o impuro". 👐🙌.
Na base do improviso e do imprevisto, na busca incerta cheia de percalços pela conquista do desconhecido, uma paródia quixotesca da aventura humana.
Ícone de filme. Muito bom! Super fiel à idade média. Com pouco dinheiro fez e faz sucesso e vai continuar por décadas e décadas :)
Um clássico do cinema italiano. Uma época de ouro do cinema italiano com grandes diretores, atores e atrizes que batia de frente com o cinema dos grandes estúdios de Hollywood e ganhava grandes prêmios internacionais de cinema.
Parabéns e obrigado pela criação!
Vocês talvez não sabem, mas o humor mais importante dos filmes de Brancaleone fica no linguagem: é um italiano inventado, falso antigo, cheio de referências irônicas e regionais, que acho impossível que sejam traduzidas perfeitamente em uma outra língua! O filme mesmo é cheio de referências irônicas da identidade e da cultura italiana contemporânea. O trabalho linguístico do filme foi tam genial que algumas gírias são utilizadas até hoje na língua falada! A tradução portuguesa é ótima, mas infelizmente acho que por um estrangeiro quem não fala um italiano quasi perfeito seria quasi impossível apreciar a ironia genial do filme..
É fantástico do início ao fim.
Aurocastro la perdemmo, ma ad oltremare ci aspettano sanguine et gloria. Qual lupo che si avventa et leone che abbranca, marciamo alle Terre Sante!
BRANCA, BRANCA, BRANCA!
LEOOOOON!!!!
P/ mim, a cena
da morte de Habacuc
morreu tendo esperança
Quem veio assistir o filme apenas porque o professor indicou, dá um Like.
Resumo do Filme no Contexto Histórico:
O filme “O Incrível Exército de Brancaleone” apresenta o sistema da sociedade feudal da Idade Média. Mostra as estruturas políticas, religiosas, culturais e mentais da época em que se passa.
Brancaleone, um cavaleiro que apesar do título vive em uma cabana pobre com seu insubordinado cavalo Aquilante deixa bem clara a hierarquia medieval onde mais importante do que a situação financeira era a classe social.
Outro ponto em que isso fica bem claro é quando
quatro amigos maltrapilhos roubam um pergaminho que dá ao seu possuidor o direito de tomar o feudo de Aurocastro. Mesmo sendo os novos donos do papel eles não podem tomar posse da região porque são meros servos. Para isso eles recorrem ao falido cavaleiro
A atividade comercial é representada por Habacuc, um velho judeu que sabe ler e viaja carregando seu imenso baú cheio de mercadorias.
Bom negociador e esperto ele logo se interessa pelo pergaminho e apresenta os maltrapilhos à Brancalone visando obter algum lucro da situação.
Como na Idade Média a única maneira de tornar-se nobre ou adquirir uma herança era se casar com a filha de um senhor feudal, Brancaleone vai participar de um torneio de cavalaria cujo premio era o saudoso e desejado casamento.
Como era pobre e não possuía equipamentos de qualidade, que custavam caro,Brancaleone acaba perdendo e é obrigado a aceitar a proposta de dominar o feudo de Aurocastro e dividir suas riquezas com os donos do pergaminho.
.Os cavaleiros nessa época obedeciam às leis de cavalaria, e uma delas era que se dois cavaleiros se cruzassem num mesmo caminho deveriam lutar para que o vencedor seguisse viagem. Foi o que aconteceu com Brancaleone ao encontrar um cavaleiro bizantino.
Os dois iniciam uma luta, mas o filme apresenta o bizantino como trapaceiro que quer levar vantagem em tudo. Ele sempre pede tréguas na luta quando está e desvantagem, entre outras coisas.
Outra característica feudal predominante na época é o Teocentrismo e as Cruzadas.
Quando Brancaleone e seus companheiros seguem viagem encontram um feudo e o invadem. Logo descobrem que o local estava infestado pela peste e pensam que vão morrer. Desesperados eles encontram um grande grupo de fiéis em busca da Terra Prometida que alega que quem luta em defesa da fé é livrado de todo o mal, recebendo salvação e libertação do sofrimento material. Brancaleone e seus companheiros juntam-se a eles a fim de lutar contra os infiéis.
Outro trecho do filme em que as leis de cavalaria são abordadas é quando Brancaleone e sua tropa encontram Matelda e seu tutor.
Á beira da morte o velho faz com que ele prometa cuidar e levar a jovem até seu prometido preservando sua honra. Mesmo apaixonado por ela Brancaleone é obrigado a rejeitá-la
Mais uma vez o bizantino é visto como
traidor afinal ele abusa da moça e não conta a verdade mesmo após Brancaleone levar a culpa e ser condenado à morte.
Matelda é levada para um convento onde deve pagar pelo pecado cometido
Em outro ponto o ressentimento italiano fica ainda mais claro.
O cavaleiro bizantino se oferece como falso refém para que Brancaleone peça um resgate a sua família e eles dividam a riqueza.
Mesmo com o aviso de captura o pai do cavaleiro não paga o resgate,
Ao chegarem a Aurocastro Brancaleone e sua tropa são muito bem recebidos como novos donos da terra.
Uma vez por ano a população de Aurocastro era “visitada” pelos Sarracenos que levavam tudo de valor, além da peste negra, do ataque dos bizantinos e bárbaros.
Os homens acabam sendo capturados e só são salvos pela fé, ou melhor, pela influencia que ela exercia sobre as pessoas na Idade Média.
O grupo que lutava em nome de Deus aparece e pede que o verdadeiro dono do feudo, que reaparece, não se vingue dos homens que lhe roubaram alegando que eles haviam prometido lutar nas Cruzadas e nenhum homem pode tirar a vida daquele que promete lutar pela fé.
Dessa forma Brancaleone e seu exército
são salvos e resolvem seguir viagem com o grupo tendo como destino a Terra Santa. Já que haviam perdido Aurocastro
A Estrada
3.6 1,3K Assista AgoraO planeta foi devastado por um misterioso cataclismo e, no meio da desolação, um pai e seu filho estão indo para a costa em busca de um lugar seguro para se instalar. Durante a viagem eles cruzarão com outros sobreviventes.
Opinião pessoal:
A primeira vez que a vi, não lhe dei muita atenção, pois estava viajando de ônibus para outra cidade há muitos anos. Com o passar do tempo ficou-me gravada a imagem, o cenário onde o enredo passa e me deparei com o livro que comecei a ler, imaginando todas aquelas paisagens cinzentas, desoladoras, sem esperança, e não lhes nego que em várias passagens do livro derrame lágrimas ao ler diante da crueza da história. Então olhei novamente para o filme, que é fiel aos detalhes do livro; e entendi que é um filme muito subestimado para ser tão lindamente angustiante.
Este não é um filme qualquer sobre o fim do mundo, pois os fatos que levaram ao cataclismo global, é minimizado a tal ponto de nem sequer entender o que aconteceu antes da trama principal. O que realmente importante nesta dura jornada é o amor de pai, a força de vontade e a esperança num panorama de morte e destruição, que deixa uma mensagem que durará se nos mantivermos realmente "humanos".
The Rookie (5ª Temporada)
3.7 3Em algumas resenhas, que descrevem a primeira impressão de cada episódio de “The Rookie” na forma de uma breve resenha.
#5.01 O processo
“The Rookie” está de volta para sua quinta temporada, o que me deixa incrivelmente animado! Por mais calmo que tenha sido o final da última temporada, o prelúdio foi igualmente emocionante e cheio de ação. Como eu suspeitava, Rosalind (Annie Wersching) será julgada desta vez. Bem, pelo menos esse era o plano, mas estamos lidando com a assassina em série Rosalind aqui e ela é muito inteligente, astuta, manipuladora e perigosa por completo! Por mais que eu ame Annie Wersching, não quero conhecê-la como Rosalind porque molhei as calças de puro medo. Estava mais do que claro para mim que ela mataria Chris (Kanoa Goo) durante esse curso, mas o processo, sua fuga, sua assistente... isso foi incrível e eu gostei ao máximo. Isso não quer dizer que eu tolere suas ações. De jeito nenhum, mas acho o desenvolvimento do personagem fascinante e estou muito animado para ver como isso acontece. Ironicamente, é quase como se o caminho de Lucy (Melissa O'Neil) e Tim (Eric Winter) agora estivesse claro, porque mesmo que tudo fosse apenas para se disfarçar, já faz muito tempo que você não sente a atração entre os dois. eles e devo dizer que realmente gosto disso, porque não é o típico vaivém que você fica com muita frequência e depois fica entediado. Mas talvez Angela (Alyssa Diaz) ajude um pouco, pelo menos adorei os comentários que ela fez para Tim. E também adoro John (Nathan Fillion) e Bailey (Jenna Dewan). Essa relação ainda é fresca, mas ao mesmo tempo tão familiar e encantadora que é sempre um prazer assistir. O comentário de Wade (Richard T. Jones) sobre a barriga de Nyla (Mekia Cox) me fez rir, provavelmente porque pensei a mesma coisa, e acho ótimo que John tenha sido recompensado por seus esforços no final da última temporada e um ingresso ouro porque posso entender que ele queira manter seu desejo de ser instrutor. Isso pode lhe render mais alguns comentários divertidos, mas ele certamente aguenta.
#5.02 Novos caminhos
Há um ditado que diz que as mulheres são o sexo mais forte, e Nyla dobrou, triplicou e dez vezes isso neste episódio. O nascimento de seu filho foi incrivelmente agitado e eu realmente gostei. Nyla é uma meia legal de qualquer maneira, mas essa frieza e soltura a tornaram ainda mais simpática desta vez. Pode ser que algumas coisas tenham sido exageradas, mas “The Rookie” ainda tem tudo, soltando cenas realmente dramáticas com uma boa pitada de humor. Com isso, ela conquistou facilmente a coroa. Mesmo que o início da 4ª temporada tenha sido muito bom, o nascimento em casa de Nyla superou de longe. No entanto, isso também mostrou claramente o quão bem Nyla e James (Arjay Smith) se harmonizam e que seus opostos mantêm o equilíbrio em seu relacionamento. Também foi engraçado entre John e Wade (Richard T. Jones), porque embora eles tenham quase a mesma idade, é sempre maravilhoso como ele se abraça na frente de seu chefe e John acaba aplicando o mesmo princípio com Aaron (Tru Valentino) e Smitty (Brent Huff) também é sempre um bom companheiro que, embora não deva ser levado muito a sério, ainda é um prazer ver na tela. Fiquei surpreso com Chris porque pensei que Rosalind o matou. Mas eles provavelmente querem atrasar um pouco mais as coisas entre Lucy e Tim. Em primeiro lugar, não me importo, você não inventa explicações sobre por que eles não podem ficar juntos. Achei interessante não só que Chris sobreviveu e que Lucy também se sente culpada por Tim. Também achei incrivelmente interessante que Tim tenha sido contratado como a voz da razão, e acho que Lucy, como agente disfarçada, é brilhante apenas pela ideia. Também estou animado com o relacionamento entre irmãos entre Tim e Gennifer (Peyton List). O caso de Nyla tornou o caso de John e Aaron quase irrelevante. Mas acho que isso era importante de qualquer maneira, então John fica sabendo que ele é um bom instrutor e será ainda melhor.
#5.03 Os caçadores
A busca por Rosalind já começou e acho incrivelmente interessante como isso foi planejado. Já se notou quando Lucy foi sequestrada que ela é incrivelmente inteligente. Mas também é muito inteligente entrar em um bate-papo e fingir ser uma vítima. Tenho certeza de que Rosalind só queria atingir o objetivo, tirar Lucy de sua concha, justamente porque ela não compareceu ao julgamento, que não aconteceu. Com Chris como uma de suas vítimas, ela o usou efetivamente como uma marionete em relação a Lucy. Achei um pouco estranho o envolvimento do FBI, principalmente porque com Lucy você já tem alguém como Laura (Britt Robertson), que também foi vítima de Rosalind. Mas isso é apenas uma crítica menor, porque eles também querem uma conexão melhor com “The Rookie: Feds” com as participações especiais. Contra a caça, pelo menos a história de Aaron e Tim parecia um preenchimento, mas sublinhou novamente que Aaron não descartou seu passado, mas o aceitou. E então temos John e Celina (Lisseth Chavez). John é definitivamente o responsável pela parte humorística novamente desta vez e desta vez também me perguntei qual dos dois instrutores e quem é novato, o anúncio de Nyla também foi apropriado. Espero que Celina continue nos agraciando por um tempo, seu passado e atributos são ótimos e podem ser muito importantes. Na conversa final com ela, porém, você percebeu o quão bom ele é e se tornará como treinador.
#5.04 A última refeição
Rosalind está de volta e dá o soco final. Um golpe final, cujo desfecho eu já suspeitava, mas que depois se revelou completamente diferente, que me chocou e fascinou ao mesmo tempo. Com o retorno de Rosalind vem a perfídia, mas eu sabia disso. Eu sabia que ela usaria Bailey como alavanca contra John. Não foi à toa que ela ligou para ele da última vez, foi quase um aviso amigável. Mas achei estranho que ele não tenha tomado medidas de proteção previamente. O quão perigosa Rosalind é é bem conhecido, e como Lucy foi mantida em cativeiro na abertura da temporada mostra uma caligrafia clara. Mas também achei interessante que ela não tenha escolhido John apenas como aquele que deveria encontrá-la. Ele também deveria ser aquele que tira a vida dela. Sua turbulência interna era muito clara e outros em seu lugar teriam atirado nela a sangue frio, ele não o fez e acho que isso tem a ver em grande parte com seu conhecimento da natureza humana e experiência de vida, e Rosalind também sabia que este era o fim da linha para ela. Mas o que me fez pensar sobre o cenário realmente incrível é há quanto tempo ela está desenvolvendo esse plano, porque foi planejado até o último detalhe, o que apenas ressalta sua inteligência. Mas o que também me pergunto é se Rosalind não teria afinal um plano B e se não foi por acaso que ela foi baleada do nada após a sua prisão. Obrigado à tristemente falecida Annie Wersching por esta excelente interpretação de Rosalind e parabéns aos roteiristas que desenvolveram esta personagem fascinante.
#5.05 O fugitivo
Desde o início de “The Rookie” a série não se cansa de enfatizar repetidas vezes que as mulheres são claramente o sexo mais forte aqui e desta vez é representada por Angela, Lucy e Celina, o que gostei muito. Com a Ângela estava ligado à família dela e acho que quem mexe com a Ângela realmente não pensou duas vezes. Também foi interessante conhecer sua mãe e três de seus quatro irmãos, embora eu tenha ficado sem palavras ao ouvir Benny (Cristian Gonzalez), embora ele, como clérigo, seja apenas humano e tenha defeitos. Mas acho que você tem certas expectativas. O quão forte Ângela é foi mais uma vez enfatizado pela mãe (Rose Portillo) com uma declaração de amor à filha e também acredito que o amor por uma filha é diferente do amor por um filho. Lucy é a segunda mulher forte, com Smitty (Brent Huff) como oponente... honestamente, isso não é tarefa fácil, mas é sempre engraçado vê-lo fazer isso. A caçada ao fugitivo foi menos engraçada e com Celina temos a terceira mulher que prova ser do sexo forte. Acho incrivelmente interessante como a perda dela é usada pela irmã para o trabalho policial e que Nolan também confia nela. Falando em Nolan... temos um casamento chegando? Achei a proposta de Bailey emocionante e apropriada para os dois. Embora eu não ache que esse fosse o plano de Rosalind, é a recompensa de Nolan por agir de forma tão humana no episódio anterior. Também fiquei surpreso com Ashley (Helena Mattsson) e Grey. Eu poderia entender que Ashley se importa com Tim, mas ele simplesmente não é do tipo que desiste e Grey... bem, aparentemente ele está sofrendo de perda de memória. Não muito tempo atrás, Luna (Angel Parker) pediu que ele se aposentasse, e ele não o fez. Mas está ficando emocionante com Lucy e Tim!!! Acho que finalmente deu certo para ele!
#5.06 Feridas antigas
Eu não esperava que Tim ficasse tão chateado por terminar com Ashley, mas a distração de Lucy tornou tudo divertido novamente. Mas eu teria gostado de ter assistido por mais tempo enquanto ela o enxotava pela cidade. Quase tenho a suspeita de que o relacionamento de Lucy com Chris também não durará muito, com certeza será interessante agora que Tim está livre novamente e percebeu o que tem em Lucy. Presumo que eles se reunirão mais cedo ou mais tarde e então manterão suas piadinhas. A relação entre Bailey e Nolan funciona de forma semelhante, o que sempre me faz sorrir porque ele é de alguma forma inferior a ela. Mas o caso dele com Celina foi bastante interessante (e o que é preciso para ela adormecer) e mostra mais uma vez que é preciso certeza para fechar as coisas. E Elijah (Brandon Jay McLaren) está de volta, sem quem eu realmente poderia ter passado. Eu imagino que agora ele está de alguma forma colocando Monica (Bridget Regan) em perigo, assim como ela está ligada a Wesley e acho que seu relacionamento/casamento com Angela será testado novamente por Monica. Também é surpreendente que ela esteja falando de alguém que ele conhece da faculdade. Mas ela não parece tão louca quanto a outra. Também achei interessante que os pais da namorada de Lila (Carsyn Rose) tiveram um problema com o trabalho de James (Arjay Smith), mas acho que nada acontecerá, o que considero uma pena. O tema é bastante importante.
#5.07 fogo cruzado
A série é conhecida por mostrar mulheres que conseguem se afirmar e que são fortes. Até agora, porém, foi interpretado positivamente. Então é hora de mostrar o outro lado. Embora você também veja gangues em muitas outras séries, mas elas mostram apenas o sexo masculino, desta vez estamos lidando com o sexo feminino e também esclarece o boato de que as mulheres não podem ser brutais e frias como o gelo. O que foi interessante para mim aqui foi que houve dois casos em que as mulheres eram inescrupulosas. O trabalho disfarçado de Lucy também foi aproveitado maravilhosamente para isso, em que mais uma vez gostei muito dela e gostaria de ver mais, mas essa pequena dose cabe bem. Também senti pena da mãe (Cherinda Kincherlow) de Vina (Nicole Chanel Williams), que perdeu a filha para uma gangue de rua e queria proteger o filho (Elijah M. Cooper). Afinal, talvez aprendamos algo novo sobre Thorsen e eu realmente espero que seja isso com Elijah (sim, tenho certeza que é um sonho). Sua aparência meio que me incomoda, mesmo que eu não consiga explicar exatamente o porquê, mas não tenho esse fator surpreendente sobre o que ele pode estar planejando a seguir. Também gostei do caso de John e Celina porque não aborda apenas a crise dos opioides, mas também o que as mulheres são capazes de fazer quando passam por muitas coisas com o cônjuge. Embora eu soubesse que a Sra. Mitchelssen (Jacqueline Obradors) era a assassina, toda a construção fazia sentido novamente.
#5.08 A coleira
Bem, eu não pensei nas joias bonitas para o título do episódio, afinal é um programa policial, então isso teria sido mais como um sonho. Eu também não esperava o que nos foi apresentado e, para ser justo, devo dizer que, embora não achasse que nada iria acontecer com John, meus olhos se arregalaram quando vi o último descarte de bombas. Achei o caso em si super emocionante, triste, instigante e muito bem feito. No último episódio eu escrevi que me faltou o efeito uau com Elijah, era para isso que Richard (Jed Rees) estava lá. Meu Deus, ainda estou completamente chapado. Sempre se diz que a perda de um ente querido e a dor por isso se manifestam de maneiras diferentes, mas quando acontece assim, não dá mais para desculpar com tristeza, isso é ódio, até o último segundo. Felicidades para Celina, embora eu a ache um pouco cansativa com sua obsessão pela casa de John. Mas Chris também era exaustivo e de alguma forma tive a impressão de que eles queriam empurrá-lo para uma direção solidária. Mas como a falecida Rosalind foi mencionada, também posso imaginar que o fim do relacionamento provavelmente será direcionado na direção de que ambos foram vítimas dela. Gostei muito do final desse episódio de Tim e Lucy porque os dois percebem o que estão arriscando e a escolha de carreira de Thorsen e como Harper e Angela revelaram a ele que ele ainda tem muito que aprender, sim, isso foi alguma coisa.
#5.09 revés
Bem, "The Rookie" tem um equilíbrio absolutamente excelente ao adicionar inteligência e sensibilidade a casos difíceis, estressantes e emocionantes. Achei Wade e sua esposa Luna particularmente legais desta vez. Embora o sequestro de sua filha Dominique (Jade Payton) não tenha sido bom para os pais, e eu meio que esperava que eles tivessem outra conversa em família sobre por que Dominique está estudando outra coisa, eu adorei tanto quanto os dois pais. identificado. É quase uma pena que Luna não seja policial, mas sua abordagem me lembrou o papel de Angel em Fugitivos da Marvel, onde ela era advogada. Na prática, foi mais uma vez sublinhado que as mulheres da série são o sexo forte e ainda têm bastante sensibilidade, o que a cena do abraço mostrou muito bem para mim. Depois teve a coisa engraçada sobre a fã de “Avatar” e eu não achei que Lucy fosse tão ignorante nessa área. Talvez isso também se deva ao rompimento com Chris. Eu gosto que ela tenha feito um corte limpo. Fiquei com muita pena da Celina dessa vez. Às vezes acho ela um pouco cansativa com sua tendência, mas poderia simpatizar com ela o quão ruim deve ter sido para ela não saber se a culpa era dela ou não, o que nunca duvidei. Nolan é um treinador muito bom porque compartilha suas experiências com ela, o que a ajuda e provavelmente a ele também. Foi semelhante com Gennifer. Estou esperando por mais cenas de irmãos com Tim aqui.
#5.10 A lista
Finalmente! Finalmente! Finalmente! Lucy e Tim têm seu primeiro encontro oficial. Tudo começou muito bem, apesar de eles se conhecerem há tanto tempo, foi fofo como eles estavam entusiasmados apenas escolhendo as roupas. Tim de alguma forma tinha três camisas realmente muito parecidas? Mas assim como Nyla, eles ficaram incomodados e o encontro não foi o que eles pensavam, mas no final do episódio eles finalmente se beijaram e não foi para trabalhar. Só espero que eles não coloquem muitos obstáculos em seu caminho. Como eu disse, ainda temos Nyla e James. Adorei que eles conversaram sobre o pior cenário (espero que não seja um mau presságio, você sabe) quem acolheria sua filha e foi uma ótima pista para Angela e Wesley. Ele é realmente louco por querer outro filho depois de tão pouco tempo, mesmo estando pronto. Como foi recentemente que ele dormiu demais e quando Jack tomou a chance? Hum, sim, haha. Mas agora vamos ao caso. Foi emocionante e gosto muito de assistir Simone e Carter (James Lesure)... mas isso foi necessário? Eles não tinham muito o que fazer. A menos que "The Rookie: Feds" continue. Mesmo assim, achei intrigante que Amy (Ashli Auguillard) fosse a chefe da gangue.
#5.11 Os nus e os mortos
Achei o título um pouco estranho, só porque não conseguia imaginar o que significava. Mas quando li o nome Brandon Jay McLaren nos créditos, ficou claro que nos divertiríamos novamente com Elijah e, realmente, posso passar sem ele. O que adorei em Rosalind, acho irritante em Elijah porque às vezes tenho a impressão de que você quer preencher algo com isso. E como ele está com frio... você pôde ver isso e ainda não vai acabar. Achei o problema do inquilino de Bailey e John quase divertido e devo dizer que os dois são claramente muito legais quando são privados. Mas esses desenvolvimentos também não são tão ruins, pois eles estão definitivamente progredindo no relacionamento. Tim e Lucy estão um pouco mais longe e achei muito bom que houvesse uma campanha de Lucy aqui. Ele merece um pouco, para poder ver por si mesmo como é. Você pode ver que os dois formam um time imbatível no trabalho ou no que é trabalho durante o treino de beisebol. Gosto muito do lado gentil dele e do fato de ele se preocupar tanto com o bem-estar mental das crianças. Lucy provou mais uma vez o quão durona e compreensiva ela é neste episódio. Eu também pude entender Kyra (Amanda Leighton), embora tenha estremecido um pouco durante a cena da prisão.
Aproveite para compartilhar sua opinião sobre esses episódios e discutir a série conosco. :')
O Urso (2ª Temporada)
4.5 241No verão, o cenário das séries é tradicionalmente mais tênue, mas isso não significa que as novas séries tenham automaticamente mais facilidade para atrair um público amplo. É por isso que a equipe de produção de “The Bear” certamente não esperava fazer tanto sucesso do nada. Agora é verão de novo, também temos a impressão de um golpe duplo e a segunda temporada está prestes a começar. Já depois da primeira temporada eu estava me perguntando como o próximo capítulo será desenhado e estamos recebendo respostas agora.
O primeiro elogio vai para a equipe de produção, que para a 2ª temporada não conta apenas com as qualidades de Jeremy Allen White, depois de ele já ter conquistado diversos prêmios de melhor ator de comédia. Em relação à 1ª temporada, eu já havia ressaltado que a estrela é a cozinha, então nunca foi só a Carmy. Conseqüentemente, certamente não teria sido bom para a nova temporada hospedá-la apenas nas costas de White. Então agora um novo foco nos espera, pois primeiro é preciso terminar a cozinha para voltar a ser a estrela. Só nos dois últimos episódios da temporada encontramos o clima que conhecemos do antecessor. Os oito episódios restantes representam um novo território para “O Urso”, o que achei muito bom, pois uma cópia do familiar provavelmente teria ficado muito chata. No geral, porém, tive dificuldades com o primeiro episódio porque faltavam as características típicas no início e tive que encontrar meu caminho para contornar a nova posição inicial. Mas depois que ficou claro que seria montado o novo restaurante com culinária requintada, a premissa básica da segunda temporada tornou-se cada vez mais clara. Para isso, o foco é distribuído por diversos personagens, para que possamos aos poucos olhar por trás de sua fachada. Mesmo que a cozinha e o seu quotidiano nunca se percam como moldura, sublinha-se que as figuras têm de encontrar a sua casa na cozinha, mas ao mesmo tempo têm de ser capazes de sobreviver fora dela.
Carmy, Sydney (Ayo Edebiri) e Richie (Ebon Moss-Bachrach) foram certamente os personagens que tiveram maior destaque na 1ª temporada. Essa ligeira tendência ainda pode ser percebida, mas passei a conhecer muito melhor a todos e muitas vezes fui tocado. No entanto, começarei com esses três. Provavelmente o tema mais importante da temporada para Carmy é que ele conta sua própria história de amor fora das quatro paredes da cozinha. Certamente alguém poderia ter assumido na primeira temporada que mais poderia acontecer entre Carmy e Sydney, mas depois que as duas atrizes White e Edebiri enfatizaram várias vezes na turnê de imprensa que é um relacionamento platônico, achei bom que essa linha tivesse sido implementada. tão consistentemente. Embora possa ter havido comportamentos por parte de Sydney que poderiam ter sido interpretados como ciúme clássico, eu realmente gostei de como o programa não usou isso como um clichê de triângulo amoroso, mas sim para enfatizar o relacionamento complexo entre Carmy e Sydney. Os dois não são apenas parceiros iguais profissionalmente, mas também têm uma ligação privada que confunde todas as fronteiras sem que cada reação tenha que ser interpretada a nível sexual. Eu realmente gostei de Claire (Molly Gordon) como novata porque eles têm uma longa história, então ela já conhece Carmy de uma forma que é boa para ele. Basicamente, ela já sabe os motivos de todos os problemas que ele carrega consigo, mas mesmo assim não o julga. Ela é uma amiga muito solidária e geralmente um grande trunfo para esta temporada com seu comportamento calmo. Ainda assim, é apropriado que Carmy se manipule. Pela primeira vez na vida ele se soltou, o que obviamente lhe fez bem, mas ele ainda não percebeu que realmente merece. Eu teria gostado de um final mais otimista para ele, mas a temporada também sublinhou repetidamente o quanto esta família quebrou ao longo dos anos e que ainda é necessária muita cura.
Sydney não tem tanta bagagem envolvida, mas ainda tem uma jornada de aprendizado pela frente. Na verdade, foi bom que Carmy fosse tão egocêntrica que Sydney fosse mais forçada a fazer uma introspecção e se perguntar se a estrela que ela tanto desejava realmente valia a pena os riscos. Na 1ª temporada, já conhecemos Sydney como uma personagem muito autoconfiante que gosta de ofender, mas ao mesmo tempo conta com uma estrutura social funcional. Por isso, ao mesmo tempo que envia os seus colegas para cursos de formação para que possam regressar melhores do que nunca, ela assume o desafio de criar um novo menu com Carmy. Ela está cada vez mais sozinha, por isso também visita a competição sozinha para aprender de todos os lados. Sydney está muito impressionada com a dificuldade do ramo de restaurantes. Como o pai também não apoia incondicionalmente esse sonho, ela tem que lutar contra muitos moinhos de vento e muitas vezes se sente sozinha. No geral, porém, podemos estar muito orgulhosos do quanto Sydney ganhou como personagem. No final das contas, ela às vezes duvida de si mesma, mas desenvolveu uma posição tal dentro da força de trabalho que eles têm uma boa confiança básica nela. Por outro lado, ninguém confia realmente em Richie porque ele é pouco estruturado e sempre parece terrivelmente impulsivo. Ainda assim, no geral, fiquei surpreso com o quanto ele fez nesta segunda temporada. Ele está se questionando mais, de uma forma questionável no início, mas ao mesmo tempo esta temporada também mostra que o enorme potencial de Richie simplesmente nunca foi totalmente realizado. Como eu disse, alguns personagens estão em treinamento nesta temporada, mas surpreendentemente o de Richie foi o que mais me tocou.
Em particular, os cursos de formação apresentados aos chefs trouxeram consigo muitas participações especiais de destaque. No final, certamente não é apenas Olivia Colman que faz o episódio de Richie se destacar, mas a conversa dela com ele como Terry foi definitivamente um momento especial. Era o tipo de coisa que ainda poderia levar um cara animado como Richie a acreditar que Carmy tinha fé nele. Mas também fiquei muito impressionado com a forma como o restaurante foi apresentado, como a loja foi içada com notas e um sistema de malha fechada. Mas fui igualmente convencido na Dinamarca por Will Poulter, que em seu papel de Luca guia calmamente Marcus (Lionel Boyce) e abre seus olhos para um nível totalmente novo na área de sobremesas. Mas também não fiquei indiferente a Tina (Liza Colón-Zayas) e Ebraheim (Edwin Lee Gibson), que são mandados embora juntos mas não poderiam ter feito viagens mais diferentes. Embora se sinta bastante intimidado pelo profissionalismo e, portanto, caracterizado como um chef sensível que também precisa sentir confiança, Tina prospera. Ela não parece confiar na coisa toda, até seu lindo solo no karaokê, que realmente surpreendeu a todos. Sugar (Abby Elliott) também se torna cada vez mais importante nesta segunda temporada. Tudo sobre restaurantes sempre foi um desgaste para ela, mas como Carmy e Sydney realmente precisam dela, ela acaba sendo a gerente que tem a visão mais realista do que está acontecendo e mantém tudo sob controle. No final, ela é a maior vencedora porque fica claro que sem ela o restaurante nunca teria aberto. Também fiquei surpreso com o quão simpática ela parecia e como ainda tinha tempo para lutar contra velhos demônios diante do novo desafio profissional e de sua maternidade iminente.
Com aqueles velhos demônios e o impressionante elenco convidado já mencionado, chegamos ao marcante sexto episódio, contando a história do Natal nos Berzattos de cinco anos atrás. Este episódio é certamente importante porque explica muito sobre a família e as pessoas mais próximas, como Richie. Embora Oliver Platt já tenha arrasado na 1ª temporada como tio Jimmy, ele completa tudo novamente na 2ª temporada. Ele realmente é um personagem que emociona e ao mesmo tempo parece surpreendentemente sensível. Mas não é só Platt quem faz sua aparição neste episódio, também continuamos vendo Jamie Lee Curtis como a mãe Donna, Bob Odenkirk como outro tio e também Sarah Paulson como prima, entre outros. Se na temporada passada muitos momentos na cozinha podiam causar verdadeiro stress, desta vez foi esta peça de câmara no Natal, retratada quase em tempo real, que me empolgou. Na minha mente fiz três cruzes que nunca tive para sentir um Natal assim no meu próprio corpo. O apelo deste episódio certamente também se deve ao fato de que nós, como telespectadores, não estamos completamente levados a entender tudo. Em vez disso, somos apresentados a um estado real que indica muito, mas ao mesmo tempo permite muito espaço para os nossos próprios pensamentos e considerações adicionais em possíveis estações futuras. Prometo a mim mesmo mais uma vez que o conteúdo da série pode ser projetado com muito mais flexibilidade em serviços de streaming. Então este episódio tem quase o dobro da duração dos outros que se seguem e o tempo correspondente também é usado de forma totalmente sensata. Na verdade, estou muito animado para ver se este episódio de Natal receberá algumas indicações para os prêmios da próxima temporada. Foi definitivamente uma experiência única.
A duração mencionada de um episódio também tem muito a ver com a classificação do gênero, já que a comédia costuma ser disponibilizada entre 20 e 30 minutos, enquanto o drama pode se apresentar a partir daí. Isso me leva a outro ponto, porque “O Urso” é veiculado como uma comédia e, portanto, é um exemplo de uma nova tendência de que tais séries tratam cada vez mais de temas muito mais sérios, por isso nem sempre é possível rir alto. Se isto é necessariamente tão inteligente é provavelmente um aspecto que é bom para discussão. Essas séries, que representam mais uma mistura de gêneros, são ótimas e têm qualidade muito própria, mas ainda acho uma pena que a comédia clássica esteja sendo cada vez mais empurrada para fora. "The Bear" ainda é uma ótima série para mim, mas eu não sintonizo lá para ser estupidamente espalhado. Só esse efeito estressante, que foi criado em três episódios desta temporada, requer um nível de atenção completamente diferente. Claro que há humor, mas é sutil e instigante. Isso é bom, mas não deve levar os fãs de sitcoms clássicos a falsas expectativas.
Conclusão
“The Bear” oferece uma ótima segunda temporada que melhora de episódio para episódio. Minha dica de visualização com certeza são os episódios 6, 9 e 10. Muito trabalho de personagem, acima de tudo igual atenção aos personagens, além de participações impressionantes são outros destaques. O mais importante, porém, é que você se reinvente. a segunda temporada e felizmente não exibiu uma cópia.
Mussum: O Filmis
3.7 174 Assista AgoraVida e arte sempre andam de mãos dadas, por mais que não seja óbvio ou visível.
Mussum, o Filmis não é um filme voltado especificamente para o icônico personagem de Os Trapalhões. Tampouco é um recorte da vida do artista Antônio Carlos Bernardes Gomes. É, na verdade, um pouco de ambos, posicionado em uma zona de intersecção entre personagem e artista. No filme do talentoso Sílvio Guindane somos apresentados a situações chave da vida de Antônio Carlos (ou Mussum) que serviram como seus principais alicerces tanto em sua trajetória pessoal quanto na carreira artística construída através de várias frentes. Acompanhamos no drama com quase duas horas de duração episódios que remetem desde a infância de Mussum até seus últimos dias enquanto membro de seu famigerado grupo de humor. Entre crises de risos e cenas tocantes, percebemos uma pessoa e um personagem moldado por elementos que fogem de seu núcleo familiar: seja fugindo de casa para participar de rodas de samba ou sendo obrigado a apresentar para o público um pouco de seu natural senso de humor, que discutivelmente herdou de sua mãe. O Rio de Janeiro, o amor pela música, o péssimo talento para futebol e até mesmo participação de Cartola e Elza Soares não apenas marcaram a vida de Antônio como também são parte fundamental do estabelecimento dele enquanto multiartista.
Silvio Guindane divide seu personagem principal, e sua narrativa, em três grandes frentes pontuadas por três momentos da vida do protagonista: a infância, a entrada na vida adulta e a consolidação enquanto artista. Nesse primeiro momento, é muito explorada a relação do pequeno Antônio Carlos com sua mãe Malvina – algo que permeia o filme em sua totalidade. Aqui, Guindane constrói um ambiente leve, que através de suas mais diversas sutilezas faz do pequeno casebre de Malvina e de seu filho um lugar acolhedor. Há uma dinâmica de encenação pautada pelo humor inocente do ainda jovem Mussum e pela presença impressionante da atriz Cacau Protásio: nesse primeiro terço, a atriz ganha destaque por seu apurado senso de humor e entrega dramática pontual. Aqui, uma cena ganha destaque.
Quando Antônio Carlos inicia suas aulas no colégio, muito do que aprende, ele traz para casa. Então, em certo dia, ele resolve ensinar sua mãe a escrever seu próprio nome, para poder, finalmente, assinar documentos. A cena em questão revela o potencial de Cacau em sequências dramáticas; sua atuação, entre o encanto quase infantil de poder se reconhecer no papel e o choro engasgado de quem nunca pode assinar o próprio nome, é um dos pontos altos de Mussum, capaz de emocionar até a mais dura das almas. O sorriso de Malvina, de uma espontaneidade tamanha, aproxima a personagem do espectador.
Em um segundo momento, o humorista Yuri Marçal assume a função de dar vida a Antônio Carlos já em sua maioridade, com emprego no exército, já quase na idade adulta. Aqui, ganhamos os primeiros nuances do artista Mussum: já introduzindo no samba, ele e sua banda ganham destaque no cenário carioca principalmente por parcerias com, por exemplo, Elza Soares. Aqui, Sílvio Guindane já apresenta a faceta humorística de Antônio Carlos – parte essa bem executada e cumprida por Marçal. Contudo, se no lado da comédia o filme ganha (e muito) com a entrada do humorista, isso não ocorre na esfera do drama: o ator parece não conseguir sustentar os trechos mais dramáticos de Mussum. Seu trabalho corporal se destaca quando o assunto é fazer rir e já percebemos, nesse momento, primeiros lapsos de gags de humor corporal assumidas pelo personagem Mussum. Nesse estágio da vida, existem os primeiros embates da vida adulta de Antônio Carlos, entre a carreira militar e uma possível aposta na música enquanto ocupação profissional. Se no primeiro terço do filme a leveza é destaque, nesse novo segmento percebemos mais rigor formal por parte da direção; como se a parte lúdica da vida acabasse, dando voz à sobriedade da vida adulta.
Chega em cena, então, Aílton Graça, a escolha perfeita para interpretar Mussum em sua idade adulta. Já estabelecido no ramo da música, novos desafios são propostos na vida de Antônio Carlos: lidar com seu grupo de samba e compromissos da vida de ator – no início trabalhando para Chico Anysio e, depois, em Os Trapalhões. Aílton é uma presença firme e é dono absoluto de toda a encenação. Seu tato humorístico é tanto que a câmera parece nunca querer desgrudar dele: cada segundo de sua atuação é valioso como uma performance efêmera. Toda a transformação corporal do ator e sua capacidade de presença são impressionantes; todo e qualquer detalhe de seu trabalho vale a pena ser notado. No drama, ele se sobressai, conseguindo dar conta dos lados mais obscuros do humorista Mussum – como o medo de perder a mãe e seu problema com o álcool. O final do filme, construído em cima de um catártico discurso, dá ao espectador um pouco do gosto de como a arte salvou – e ainda salva – vidas de crianças da periferia das capitais. A arte não apenas foi tema na vida de Antônio Carlos Bernardes Gomes: foi a responsável em apresentar ao mundo um talento único.
Outro grande mérito do filme de Guindane é saber lidar com a música enquanto instrumento de linguagem. Seja a partir de um melancólico dedilha de Cartola ou aos mais alegres sambas da banda de Mussum, a montagem é certeira em saber pontuar sua atuação a partir dos ritmos das músicas. Nenhuma cena musicada é igual à outra, todas tem suas particularidades de duração, de número de planos e de grau de ruptura entre as imagens. A música, dessa forma, é mais do que um requinte sensorial: é algo que constrói a linguagem do filme.
Mussum, o Filmis é uma tocante viagem através da vida de Antônio Carlos ao mesmo tempo em que constrói a carreira de Mussum enquanto personagem. Guindane, além de arrancar nossos mais sinceros risos e mais tristes lágrimas, consegue também mostrar como os percalços da vida não apenas transformaram a pessoa Antônio, mas como ajudou a construir a identidade de Mussum enquanto personagem. Vida e arte sempre andam de mãos dadas, por mais que não seja óbvio ou visível. Se não fossem as escapadas do pequeno Antônio Carlos para sambas de esquina, quem sabe o que seria dele?
Nota: 4/ 5, ou seja, ótimo.
O Acidente
3.2 6Grande retrato de pequenos detalhes.
A vulnerabilidade assusta. A sinceridade também. O silêncio, muitas vezes escolhido como forma de neutralizar esses sentimentos, cria tensão e angústia. O não dito é enigmático, mas tão poderoso quanto qualquer forma de comunicação verbal. Em O Acidente, o diretor Bruno Carboni realiza um grande retrato de pequenos detalhes capazes de dar sentido àquilo que não é falado. O filme já inicia com o incidente incitante presente no título: Joana, enquanto pedala pela cidade, encontra-se envolvida em um acidente de carro e é gravada pelo menino Maicon, de doze anos, que estava no banco de carona do automóvel de sua mãe Elaine. Depois do ocorrido, Joana e sua namorada Cecília se veem envolvidas em um jogo de xadrez com a mãe de Maicon e seu pai, Cléber. O acidente parece não ter abalado Joana, que, mesmo grávida, sequer menciona o acontecimento com sua companheira em um primeiro momento; o fato só aparenta atormentar a protagonista quando esta descobre que o vídeo gravado por Maicon foi publicado em uma rede social. A partir daqui, Joana fica particularmente interessada pelo menino e por suas gravações amadoras.
A apatia é uma marca da personagem principal do início ao fim do filme. Quase sempre é enquadrada sozinha, ou quando é vista em um conjunto sempre aparenta haver um oceano de distância entre a outra pessoa. É justamente nos momentos pontuais em que essa lógica é quebrada que surge todo o mérito da direção de Bruno Carboni: os detalhes. Parafraseando, aqui, uma fala do menino Maicon: os detalhes mostram aquilo que a vida deixa passar. Esse é um dos encantos do próprio cinema – conseguir apresentar, por meio do detalhe, uma poética que o olho humano não é capaz ou não quer notar. A relação de Joana com Cecília é marcada por certa distância e frieza, mas uma cena específica consegue conotar que, para além desse jogo de cinismo, há uma dinâmica de afeto muito íntima e particular. As duas, quando deitadas na cama, entrelaçam suas mãos e conduzem um honesto balé de carícias enquanto sussurram palavras inteligíveis uma para a outra. Se o silêncio e o afastamento entre ambas diz que nesta não existe nada intimidade, a dança das mãos aponta para uma direção contrária. Em outra cena, diversos amigos se reúnem no apartamento do casal para celebrar seu casamento. Depois de um emocionante discurso de um dos convidados, um corte nos leva até Joana e Cecília abraçadas no centro da sala dançando; enquanto isso, a música ultrapassa o limite diegético e parecemos estar vendo uma sequência onírica. Ali, os dois corpos estão unidos em um só. Nada é dito: tudo é mostrado.
Joana e Maicon compartilham, de uma maneira torta, similaridades em suas relações interpessoais. A frase do garoto aqui parafraseada por mim se dá em um diálogo com a protagonista no qual ele tenta justificar o porquê de gravar meros detalhes da vida – como um desenho na fachada da escola ou o voar dos pássaros. Quando na presença dos pais, Maicon parece engessado, obrigado a estar ali. Sua sensibilidade não é vista através de grandes gestos de carinho, mas sim por meio da câmera de seu celular. O detalhe, para ele, é uma exceção da vida, breves adendos que compõem a figura maior. Assim como para Joana, é um olhar marco da vida que revela sua verdadeira potência. As gravações de Maicon não dão importância para paisagens ou visões estéticas rebuscadas: tudo o que importa são os detalhes que constroem o mundo.
A direção do estreante em longa-metragens Bruno Carboni é assertiva ao nos apresentar as dinâmicas dos protagonistas ao utilizar certo cinismo. Ao longo do filme, poucas (ou nenhuma) vezes vemos aquilo que os personagens veem ou sabemos o que eles sabem. A focalização é completamente externa, tudo que Joana ou Maicon fazem não é possível de ser antecipado pelo espectador. Estamos sempre distantes. Eles sempre parecem esconder alguma coisa – Cecília, inclusive, verbaliza isso para Joana. Esse distanciamento torna as ações dos protagonistas como impensadas, não justificadas por jogos de causa e consequência. Em dado momento do filme, parece que estamos apenas acompanhando, sem julgamentos ou posicionamentos morais, trechos de um cotidiano onde não há drama. As possibilidades dramáticas, para deixar registrado, são deixadas em segundo plano – vide o aborto natural sofrido por Joana na segunda metade do filme. Carboni conduz o filme de um modo a dar à imagem um tom quase inocente, assim como as gravações de Maicon. Estamos vendo um específico recorte cotidiano. Não há drama, não há conflito: apenas pessoas vivendo.
O que o filme parece dar a entender é que, após o atropelamento, o cotidiano de Joana, antes completamente letárgico, ganhou, no mínimo, certa dinamicidade. Um evento, uma imagem, uma gravação, deu novos contornos à vida dela. Não é mistério, tampouco drama: apenas algo a mais, uma nova relação. Em dados momentos, Joana aparenta buscar drama para sua vida – principalmente quando tenta confrontar os pais do menino. É perceptível que a aproximação com Maicon se dá por sentir que os dois são parecidos: quietos, vulneráveis e curiosos. Suas ações, muitas vezes paradoxais, são um modo de dizer que muitas vezes a vida não possui explicações: há apenas uma zona cinzenta que nosso entendimento comum não é capaz de compreender, como diria Friedrich Durrenmatt. Nos últimos minutos do filme, quando Elaine busca dar um ponto final à relação de Joana com Maicon, a jovem a abraça e chora copiosamente. Como se uma parte de si tivesse morrido. E, de certa forma, isso aconteceu. Ela há de deixar Maicon e, com ele, seus segredos e suas partes mais frágeis.
Nota: 4/5, portanto ótimo.
Besouro Azul
3.2 567 Assista Agora"Besouro Azul" queria ser único e virou genérico...
Do início ao fim, o foco é a família. Há uma crise de identidade, uma perda e, eventualmente, o personagem começa a entender seus superpoderes. O vilão é tão sem graça que a explicação de sua motivação no final não faz o menor sentido. E assim, tudo termina com um final feliz, o herói fica com a mocinha e é isso. Fim da história!
"Isso não é identidade, é estereótipo"
Expectativa: Valorizar os atores latinos.
Realidade: Pesar a mão nos estereótipos.
acho que todos os filmes que trazem culturas diferentes deveriam se inspirar em pantera negra, se aprofundar com respeito e cautela, mostrando o quão lindo determinada cultura é, e não tornando o filme em um poço de estereótipos preconceituosos.
Incrível como para Hollywood, em pleno 2023, qualquer pessoa "não caucasiana" seja retratada, na maioria das vezes, da forma mais estereotipada possível.
Segunda Chamada (2ª Temporada)
4.6 59"Segunda Chamada" apresentou uma segunda temporada impecável
A primeira temporada de "Segunda Chamada" foi exibida no segundo semestre de 2019. E foi um sucesso. Chamada de "Sob Pressão" da educação, a trama abordou com propriedade a precária situação das escolas públicas do país e como os adultos enfrentam ainda mais dificuldades para o estudo. O êxito garantiu a produção da segunda temporada para 2020, mas veio a pandemia do novo coronavírus. Após muitos adiamentos, a continuação foi finalizada em 2021 e com apenas seis episódios.
Neste ano, o cenário do curso noturno para jovens e adultos da Escola Estadual Carolina Maria de Jesus é ainda mais preocupante do que o habitual e coloca em risco a própria existência do turno. As poucas matrículas não são suficientes para manter os portões abertos. O diretor Jaci (Paulo Gorgulho) não encontra solução para o problema e se vê obrigado a comunicar que não há mais nada a ser feito. Os professores se desanimam mais mais quando percebem que foram em vão os anos de luta contra a péssima infraestrutura, a falta de reconhecimento e o cansaço extremo em prol da educação.
Para Lúcia (Deborah Bloch), todavia, a possibilidade de que o curso deixe de existir é inimaginável. A protagonista já tomava para si a responsabilidade de não perder um aluno sequer na temporada passada e agora sua missão se torna ainda maior.
Até porque a volta às aulas tem um gostinho de renovação para a professora de Português, após o divórcio de Alberto e o fim do mistério envolvendo a morte de seu filho --- o enredo da trama de 2019. Em seu caminho para casa, quando tudo parece perdido, ela avista o que vira um feixe de esperança para a continuação do curso noturno: pessoas que vivem nas ruas, com pouco conforto e quase nenhum pertence, ignoradas por grande parte da população.
A personagem reconhece que cada um ali tem história, sonhos e sentimentos. Além de reforçar o seu lema de vida ---- todos têm direito a uma educação digna ----, a professora resolve unir o útil ao agradável. Afinal, a sua ajuda também beneficiaria a Escola Estadual Carolina Maria de Jesus. Lúcia, então, se aproxima do grupo, pronta para fazer um convite aos homens e mulheres que a observam com desconfiança e faz a pergunta: "Quem aqui gostaria de voltar a estudar?" O questionamento (que encerra o primeiro episódio) resulta em um momento emocionante e o início do roteiro da segunda temporada, que conseguiu ser ainda mais forte e necessária que a primeira.
Os professores Marco André (Silvio Guindane), Eliete (Thalita Carauta), Sônia (Hermila Guedes) e o diretor Jaci decidem acolher a ideia de Lúcia. Ainda que não tenham claro o efeito que a chegada do novo grupo de alunos pode provocar na vida dos poucos estudantes já matriculados ---- Walace (Elzio Vieira), Expedita (Vilma Melo), Seu Gilsinho (Moacyr Franco), Anuiá (Adanilo), Jackson (Ariclenes Barroso), Antonia (Jeniffer Dias), Jociane (Fabiana Pimenta),Chico (Dinho Lima Flor) e Vander (Rui Ricardo Diaz) ----, os professores decidem seguir em frente.
Com exceção do quinteto docente central, todos os personagens são novos. E ainda há a chegada dos perfis em situação de rua, que se juntam ao demais na turma de alunos: Hélio (Ângelo Antônio), Valdinei (Pedro Wagner), Néia (Rejane Faria), Leandro (Tamirys O`Hanna), Palito (Gustavo Luz), Sandro (Flávio Bauraqui), Dona Carmem (Nena Inoue) e Evelyn (Nataly Rocha). Todos os perfis têm como missão mostrar o que há por trás dessas escolhas e realidades pouco conhecidas. Vistos de longe são apenas mendigos para uma parte da sociedade, mas a série retrata um pouco do lado humano e a garra que cada um tem para sobreviver e mudar de vida.
São seis episódios que passam voando. Ao contrário da primeira temporada ---- que teve uma maior exploração em cima dos dramas de alguns personagens ----, o foco principal é a escola. O local onde todos se reúnem para aprender vira o maior protagonista. Um lugar de dificuldades, esperança e também tragédia. Todos os capítulos emocionam, sem exagero. Alguns te fazem chorar de alegria e outros de profunda tristeza. O penúltimo episódio, por exemplo, é devastador e marca a saída de uma das melhores personagens da série. Um soco de realidade na cara do telespectador.
O elenco está arrasador. A participação de Moacyr Franco como Seu Gilsinho, um aluno que sofre do Mal de Alzheimer, é emocionante. Todos os atores que interpretam os moradores em situação de rua merecem elogios, mas é necessário destacar Nena Inoue, como Dona Carmem ---- uma babá que dedicou sua vida a duas crianças de família rica e depois foi parar nas ruas ----, e Rejane Faria, que dá um show à parte como Néia, senhora humilde que ama livros, mas não sabe ler. Pedro Wagner, acostumado a interpretar assassinos ou capangas, está brilhante como o simpático Valdinei. Tamirys O`Hanna ainda protagoniza cenas delicadas na reta final com o forte drama de Leandro. Enfim, é um time de luxo.
Escrita por Carla Faour e Júlia Spadaccini e com direção artística de Joana Jabace e direção geral de Pedro Amorim, "Segunda Chamada" demonstra fôlego para muitas outras temporadas. Uma pena que a segunda ---- escrita também por Dino Cantelli, Gionara Moraes, Maira Motta e Marcos Borges ---- tenha apenas seis episódios. Mas ainda bem que cada um consegue mesclar a dura realidade com um universo ficcional da melhor qualidade. É a dramaturgia servindo como utilidade pública. E também é de se lamentar que a O2 Filmes que a produziu ---- devido a imbecilidade da Globo em não continuar a investir nessa obra prima ---- tenha desistido de continuar com a série.
Um produto de tamanha qualidade ter apenas duas temporadas é um desperdício. Fica a dica.
CITAÇÕES:
Capítulo 1:
"Minha aldeia fica no Xingu."
"O que ele ta fazendo aqui de calça e celular?"
"O mesmo que você, estudar. Pelo jeito que tu fala também não é daqui, né baiano..."
"SOU DA PARAÍBA, VACILÃO."
"Com licença. Aqui é a turma de matemática?"
"É aqui sim, qual seu nome?"
"Gilson, mas me chamam de Gilsinho."
"Faz favor, aqui é a sala de matemática?"
"Vc ta no meu lugar."
"Aqui não tem lugar certo não, é quem chegar primeiro."
"Mas eu sento aí."
"Vai se apegar a cadeira do governo, tem outras aí."
"Ta defendendo esse veio doido pq?"
"Eu não sou doido."
"QUE ISSO????"
"Pra vocês pra ser indígena tem que ser assim, né? Mas a gente não é só isso."
"Não mesmo, falta o arco e a flecha."
"A gente luta com papel e caneta também!"
"Eu desenho tudo pra lembrar como é nosso sala. Tenho uma doença. Alzheimer. Ela apaga a memória da gente. Cada diz que passa eu esqueço mais e antes que eu me esqueça quem eu sou, queria tirar o meu diploma. Por isso estou aqui."
"Vou embora."
"Fica, seu Gilsinho."
Thalita Carauta e Moacyr Franco extraordinários
"Você quem é mesmo?"
(...)
"Brincadeirinha, professora."
🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️
"Vocês moram aqui?"
"É nossa casa."
"Já vi vocês aqui."
"As pessoas até olham, mas ver não veem não."
"Vocês gostariam de voltar a estudar?"
capítulo 2:
"Lê pra gente, Neia."
"Nao quero."
"Vc trouxe esse livro tão lindo."
"Não quero..."
"Mas..."
"Eu não sei ler..."
"A gente vai te ensinar."
"A analfabeta vai atrasar nossos estudos."
"Na rua ninguém abandona ninguém."
"Não sei ler, mas sou esperta e sei tudo o que está ali naquele livro."
"Essa aqui tava roubando papel higiênico na sala, professora..."
"Disse que eu tava robando, é? Olha como eu to."
"Como você sabe o que ta escrito nos livros?"
"Ele é meu olhos. Tudo o que me conta eu guardo aqui na cachola."
"Marcaram nossos pratos. SÓ OS NOSSOS PRATOS!!!!!!"
"A gente tem doença, pai?"
"Eles é que têm doença na cabeça."
Capítulo 3:
Aquele menino que teve que abandonar os estudos nunca perdeu a esperança de um dia voltar. E cá ele está, já de cabelo branco, a memória a falhar, no lugar onde um dia ele esteve: a escola. O menino vai se formar"
"Professora, ainda tem vaga pra nós?"
O que é que há?
O que é que tá
Se passando
Com essa cabeça?
O que é que há?
O que é que tá
Me faltando pra que
Eu te conheça melhor?
Pra que eu te receba sem choque
Pra que eu te perceba
No toque das mãos
Em teu coração.
"Pq vai falar de beijo gay com a turma?"
"É Nelson Rodrigues."
"Troca de dramaturgo."
"Roubou meu casaco, né????"
"AH, ACHEI MEU CASACO...."
"Esse casaco é meu, tio..."
"Não precisava ter feito isso."
"Isso o que?"
Hoje você é quem manda
Falou, 'tá falado
Não tem discussão, não
A minha gente hoje anda falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia...
Capítulo 4:
"Onde estão as vogais?"
"Aqui, ó."
"Muito bem."
- Vilma Melo: show em Segunda Chamada e em Encantados.
"Foi por causa desse sujeito que me trocou, vagabunda? Ele te come melhor do que eu? Vc vai voltar rastejando pra mim."
"Não tenho mais medo de você."
"ELE VAI BATER EM VOCE QUE NEM BATE EM MIM. VAI NA DELEGACIA. TÁ FICHADO."
"SUA PUTAAA!!!"
"Nem sei o que me deu pra ter tanta coragem..."
"Eu sei pra quem ela deu."
"Ele é meu filho, tá. Eu achei ele na rua."
"Vamos ter que chamar o Conselho Tutelar."
"Tu vai ter uma casa e sempre que tiver fome vai poder abrir a geladeira, olha que coisa boa."
"E quando vamos pra lá????"
"O que a vida faz com a gente ninguém tem como prever. A gente até finge que tá no controle. Puxa a rédea mais pra cá, puxa a rédea mais pra lá... Tenta frear o ritmo um pouquinho, mas no fundo só a vida sabe pra onde a gente tá lindo."
- Hermila Guedes: que atriz.
Pra senhora, professora. Da nossa terra!"
"Ai, que lindo."
"Foi mt boa a aula hoje."
"A próxima vai ser melhor."
"Edith Piaf começou cantando nas ruas de Paris..."
"Voce ta feliz?"
"Isso que voce queria conversar?"
"Só me responde."
"To levando minha vida. Vc devia fazer o mesmo."
"Vc destruiu nosso casamento. E disse pra Dora que sou um agressor. Vamos ficar juntos."
"ME SOLTA!!! Disse aquilo pra ela nao passar por tudo o que passei."
"Vc é um lixo de mulher, chata deprimida. Acha que aquele merda vai aguentar você por mt tempo?"
"Eu era assim casada com você, mas sou forte. Não te amo."
"Eu vou embora."
Quand il me prend dans ses bras
Qu'il me parle tout bas
Je vois la vie en rose
Il me dit des mots d'amour
Des mots de tous les jours
Et ça me fait quelque chose
La vien rose...
- Edith Piaf - Non Je Ne Regrette Rien.
"SÔNIA!"
"Eu te amo."
Foram três tiros pelas costas. Três. Porque ele não queria dar qualquer mínima chance de sobrevivência. Ela estava feliz. Isso era inadmissível p/a ele.
Capítulo 5:
"Temos que manter o maximo de otimismo pros alunos."
"QUE OTIMISMO?
NAO FOI UMA PROFESSORA QUE FOI EMBORA DA ESCOLA, FOI UMA MULHER ASSASSINADA EM SALA DE AULA. TEM SANGUE DELA AINDA NAQUELA SALA.
"Fico pensando no que eu podia ter feito pra proteger a Sonia."
"A culpa nao é sua e nem minha, é dele."
"Ela foi mt corajosa. Salvou a vida de outra mulher."
Thalita Carauta e Debora Bloch extraordinárias
"Chegou hóspede novo na casa. O vacilão que matou a fessora."
"A professora apanhava do marido?"
"Sim, e ela denunciou. Foi mt corajosa."
"Então mesmo se a gente denunciar o cara continua atrás da gente?"
"O cara que matou a Sonia tá na mesma cela que o Gero. Só tu dar a letra que passam ele."
"TU TAMBÉM ME ACHA UM VIADINHO???"
"NÃO. Se você não gosta de meninas é problema seu, mas se alguém tiver te agredindo aqui é problema meu.
"Professora, foram 1314 mulheres assassinadas ano passado."
"A cada 7 minutos uma mulher é agredida."
"Uma mulher é assassinada a cada 9 horas."
"E a maioria são mulheres negras."
"80% SÃO MULHERES NEGRAS."
"A senhora já sentiu medo por ser mulher?"
"Quase todas as mulheres já…
"Minha mãe achou que eu tava de graça com meu padrasto e que a culpa era minha. A rua é dos macho, professora. Todo mundo respeita mais o Leandro que a Leandra."
"Aqui na escola vc não precisa ter medo."
"Mataram uma professora aqui dentro."
"A gente tem direito a vida."
"Essas mulheres têm nome."
"Não quero ser mais uma estatística."
"Por trás de cada nome tem uma história."
"Evelaine Aparecidas Ricardo. PRESENTE."
"Viviane Vieira do Amaral. PRESENTE."
"Yasmin Costa dos Santos. PRESENTE."
"Luciana Carolina Petronilho. PRESENTE."
"MARIELLE FRANCO. PRESENTE."
"Sonia Gomes Teixeira. Mãe Amorosa, professora incrível. PROFESSORA SONIA PRESENTE."
Ainda ontem chorei de saudade
Relendo a carta, sentindo o perfume
Mas que fazer com essa dor que me invade
Mato esse amor ou me mata o ciúme
O dia inteiro te odeio, te busco, te caço
Mas no meu sonho de noite, eu te beijo e te abraço
Porque os sonhos são meus, ninguém rouba e nem tira
Melhor sonhar na verdade que amar na mentira...
"Vô, o senhor vai se formar com tudo o que tem direito. Vai ter canudo, retrato, roupa nova... Do jeitinho que o senhor espera que seja."
"Promete?"
"Eu nunca mais vou te esquecer, eu nunca mais vou te esquecer...meu amor. Eu nunca mais vou te esquecer...."
- Moacyr Franco simplesmente arrebatador.
E o Angelo Antônio, hein? Depois de tantos bananas passivos, quantos personagens bons e diferenciados ele ganhou nos últimos anos e brilhou em todos.
"Eu era mt nova..."
"Entregou seu filho nas mãos de uma médica, não foi?"
"Como você sabe?"
"Minha mãe. Ela quem me criou. To aqui, sou eu. Seu filho."
"Meu filho? Eu ficava tentando imaginar seu olhar. PERDÃOOOOO!!!!"
- Silvio Guindane e Vilma Melo: que atores.
"Vocês não podem fechar a escola."
"O teto pode desabar."
"Mas os sonhos dos alunos vão desabar junto."
"A secretaria não tem verba."
"ISSO É DESCASO. É ASSIM QUE A EDUCAÇÃO PÚBLICA É TRATADA NESSE PAÍS."
"É DAQUI QUE VAI NASCER UM PAÍS MAIS JUSTO!"
"A ESCOLA É NOSSA!"
"EU NÃO VOU SUCUMBIR!!!!"
Trust (1ª Temporada)
4.1 23 Assista Agora"...a história de uma punhado de homens muito incompletos... incapazes de se desenvolverem... a gente pode escolher todas as variações de ineficácia masculina..."........hahahahaha.. a melhor análise!!!!
um pouco em choque que existe uma série com Donald Sutherland, Hillary Swank e Brandon Fraser e eu não sabia sobre. indo agora mesmo assistir essa beleza!!!!
A série é maravilhosa. Vi a um tempo e qdo vem Succession (2018-2023) imediatamente vejo semelhanças imensas entre os dois poderosos dos dois clãs. Até hj insisto para meus conhecidos verem
Eu me lembro de ter lido alguma coisa sobre esse caso... na revista manchete? Na revista realidade? Só sei que minha cabeça bugou com duas coisas:
uma orelha cortada e um avô milionário que se recusava a pagar o resgate.
Se alguém aqui defender o ponto de vista do avô eu desisto do ser humano.
Nem sempre um bilionário; agora sempre um bilionário sendo uma horrível pessoal.
E, se focando na história, o sequestro do Little Paul Getty é, além de trágico, de uma imbecilidade absurda. Vale a dica para ver a série, porque o filme com o Christopher Plummer é fantástico 🤩
Continuo achando que gente muito rica e poderosa deixa de ser gente. Vira outra coisa.
Rensga Hits! (1ª Temporada)
3.9 29"Rensga Hits!" tem o DNA de uma deliciosa e boa novela das sete!
A televisão estreou nesta segunda-feira, dia 21, "Rensga Hits!", série de sucesso do Glaz Entretenimento, disponibilizada na plataforma de streaming da emissora em agosto do ano passado. Ou seja, a trama que engloba o universo do sertanejo, tão em alta no Brasil, migrou para a televisão praticamente um ano depois e com a segunda e terceira temporadas já em processo de gravação e produção.
O título causa estranhamento por ser uma expressão conhecida apenas em Goiânia, onde é ambientada a história. 'Rensga' é uma interjeição tipicamente goiana, que sai do fundo da alma quando uma coisa impressionante acontece diante dos olhos. Pode ser um espanto, uma admiração, um susto. Você nem pensa para falar. É uma palavra que simplesmente sai direto do coração quando algo impacta, em uma demonstração de que aquilo que você acabou de ver ou ouvir realmente te afetou de alguma forma. É uma expressão natural no meio sertanejo.
A trama engloba o universo do sertanejo, tão em alta no Brasil.
A série conta a história de Raíssa Medeiros (Alice Wegmann), uma jovem do interior que descobre que é traída pelo ex-noivo e o abandona no altar, partindo rumo ao sonho de viver da música sertaneja na grande Goiânia.
Antes de chegar à cidade, Raíssa atola o carro e, com tudo dando errado, usa seu talento musical para expressar seus sentimentos e compor o que, depois de um tempo, vem ser o maior hit do feminejo brasileiro ---- só que não na sua voz, mas, sim, na da estrela em ascensão Gláucia Figueira (Lorena Comparato).
E é dentro de duas famosas casas de composição musical ---- a "Rensga Hits!", comandada por Marlene (Deborah Secco), e a Joia Maravilha Records, de Helena Maravilha (Fabiana Karla) ---- que se desenrolam as histórias de verdadeiras estrelas da música sertaneja na série. Mudanças de rumo, imprevistos e algumas puxadas de tapete atravessam a trajetória dos personagens, em uma divertida comédia romântica que tem o protagonismo feminino em primeiro plano e temas como sororidade, busca pelos sonhos e a força das mulheres no centro da narrativa.
A trama é costurada por muitos hits no ritmo da 'sofrência', escritos exclusivamente para a série. E muitos realmente grudam na cabeça do telespectadores. São as chamadas músicas 'chicletes', algo parecido com o que ocorreu em "Cheias de Charme", novela das sete de sucesso exibida em 2012. Todos os hits lançados pelas empreguetes caíram na boca do povo. A série tem vários dramas da vida real e do meio musical, fazendo jus a um típico modão de viola. Até o recente sucesso "Vai na Fé" tinha um pouco de semelhança com a série, já que os hits de Lui Lorenzo (José Loreto) e Sol (Sheron Menezzes) foram criados para o folhetim e caíram no gosto popular. Ou seja, "Rensga Hits!" tinha potencial para ser uma deliciosa produção das 19h. É verdade que a história necessitaria de novos núcleos para ter fôlego de uns 170 capítulos, mas é impossível assistir sem associar ao horário. É preciso observar, ainda, as inúmeras referências a vários cantores do meio sertanejo. É possível identificar vários deles em muitos momentos. O que mais tem na história é indireta bem-humorada.
O elenco está ótimo. Alice Wegmann foi a escolha perfeita para a protagonista Raíssa. A atriz disse em entrevistas que se inspirou em Marília Mendonça e há mesmo semelhanças. A saudosa cantora faria uma participação na trama, mas, infelizmente, não deu tempo. Lorena Comparato é outro nome que se destaca e a rivalidade das irmãs, um plot twist bem novelesco exposto logo no começo, desperta atenção. Maurício Destri também convence como Enzzo Gabriel, assim como Deborah Secco e Fabiana Karla na pele das produtoras que se odeiam. Já Alejandro Claveaux está muito bem como Deivid Carvalho, conhecido como Cafajeste, um cantor sertanejo de sucesso que tem fama de mulherengo e 'pegador', mas por trás das câmeras se relaciona com homens e se apaixona por Kevin Costa (Samuel de Assis, igualmente bem), seu segurança ---- genial a referência ao filme "O Guarda-Costas", de 1992, com Kevin Costner e Whitney Houston. Vale mencionar ainda a volta da grande Lúcia Veríssimo como Maria Abadia, mãe de Raíssa, e Ernani Moraes como Zé Roberto, pai da protagonista. Jeniffer Dias (Thamy), Sidney Santiago (Theo), Mouhamed Harfouch (Isaías), Maíra Azevedo/Tia Má (Carol), Stella Miranda (Maria Alvina) e Guida Vianna (Maria Amália) são outros bons nomes do time.
"Rensga Hits!" é uma série original streaming produzida pela Glaz Entretenimento com criação de Carolina Alckmin e Denis Nielsen, roteiros de Bia Crespo, Nathalia Cruz, Otávio Chamorro, Renata Corrêa (uma das colaboradoras de "Vai na Fé") e Victor Rodrigues, com redação final de Renata Corrêa e produção de Mayra Lucas. É uma trama despretensiosa e bem realizada. Bom vê-la agora na televisão aberta.
Babylon Berlin (4ª Temporada)
4.0 5Babylon Berlin": Concerto no início da quarta temporada na TV aberta.
O concerto da série de sucesso faz parte da série de concertos "TingelTangel" do renomado Theatre des Westens nos dias 11, 12 e 13 de setembro e leva o público ao mundo atmosférico dos anos 1920 e início dos anos 1930. A trilha sonora da série será encenada e tocada ao vivo com a Baltic Sea Philharmonic sob a direção musical de Johnny Klimek e Kristjan Järvi - com participações especiais de Meret Becker (cantora e atriz principal da série), além de Max Raabe, Natalia Mateo, Madame Le Pustra e outros.
O público pode esperar um show de palco inebriante com imagens da série, que são exibidas pela primeira vez em um novo contexto. O "Babylon Berlin - Concert" é produzido pela TingelTangel e Sunbeam Productions em cooperação com o estúdio de produção XFilme Creative Pool da série e ARD Degeto. Esta é uma compilação do concerto de três dias.
É assim que continua na quarta temporada de "Babylon Berlin".
Nos doze novos episódios de "Babylon Berlin" (recapitulação da terceira temporada), Gereon Rath (Volker Bruch) e Charlotte Ritter (Liv Lisa Fries) mais uma vez desempenham os papéis centrais. A trama é baseada no romance "Goldstein" de Volker Kutscher e começa na virada do ano de 1930/31, quando ocorreu o chamado Putsch de Stennes em Berlim.
Na véspera de Ano Novo, um esquadrão SA liderado por Walther Stennes (Hanno Koffler) saqueia Berlim e destrói as lojas de empresários judeus. Naquela mesma noite, Charlotte Ritter é chamada a uma cena de crime: um homem caiu para a morte do telhado de KaDeWe. Ele escorregou ou alguém ajudou? Enquanto isso, o excêntrico Alfred Nyssen (Lars Eidinger) e sua parceira Helga Rath (Hannah Herzsprung) dão uma grande festa de Réveillon onde ele faz um anúncio especial...
O elenco novamente inclui Benno Fürmann, Christian Friedel, Udo Samel, Godehard Giese, Fritzi Haberlandt, Karl Markovics, Jördis Triebel, Ronald Zehrfeld, Meret Becker, Martin Wuttke, Trystan Pütter e Saskia Rosendahl. Mark Ivanir e Max Raabe são novos junto com mais alguns.
"Babylon Berlin" foi desenvolvido por Achim von Borries, Henk Handloegten e Tom Tykwer e é uma co-produção da XFilme Creative Pool, ARD Degeto, Sky e Beta Film.
Estética (6ª Temporada)
3.9 35‘Nip/Tuck’: os desserviços de uma série que envelheceu mal.
Veiculada entre 2003 e 2010, 'Nip/Tuck' é um grande sucesso do showrunner Ryan Murphy, mas ajudou a veicular vários estigmas contra grupos minoritários.
É provável que a maioria de nós pense no super showrunner Ryan Murphy lembrando de sucessos como American Horror Story e Glee. Mas, antes de soltar estes hits, Murphy chocou a plateia com uma série que bombou na proposta de polemizar com a crescente corrida pelos procedimentos estéticos e transformações corporais, entendidas como se fossem qualquer coisa. Falamos aqui de Nip/Tuck, que durou seis temporadas veiculadas entre 2003 e 2010.
A trama central percorre a relação entre dois cirurgiões plásticos, o sensato e talentoso Sean McNamara (Dylan Walsh) e o fútil e vaidoso Christian Walsh (Julian McMahon). Juntos, eles tocam uma clínica famosa em Miami procurada por centenas de pessoas sedentas por ficarem mais bonitas (algo obviamente discutível) e matarem um pouco do ódio que carregam em si (há um bordão repetido pelos médicos a cada consulta: “diga o que você não gosta em você”).
Para além das cenas envolvendo plásticas (certamente, a cereja do bolo de Nip/Tuck, exibidas de forma explícitas, mas belamente estetizadas, o que chamou muita atenção na época), a série de Ryan Murphy repercutiu muito pelas tramas adjacentes que veiculava. A maior parte delas era tão exagerada que beirava o inverossímil.
Mas, sem dúvida, havia em Nip/Tuck um desejo por fazer um comentário exagerado não apenas sobre a frivolidade das cirurgias e procedimentos estéticos, mas das relações humanas. A revista Vulture, por exemplo, definiu a série como a “mais influente de Ryan Murphy”, e que trazia já a marca registrada do produtor: a de criar programas de televisão que abordam questões sociais relevantes a partir de um tratamento glamouroso.
Nip/Tuck já apresentava outra característica que se repetiria nos outros trabalhos de Ryan Murphy, que é uma forte presença de diversidade, tanto no elenco, quanto nos assuntos abordados. Isso é evidentemente maravilhoso: a produção trouxe muitos personagens gays, transexuais, pessoas com deficiências, e enfrentou temas como abandono parental, ascensão da extrema direita, os perigos do fanatismo religioso, a vida das pessoas HIV+, dentre muitos outros.
Mas os tempos mudam, e a forma com que a realidade é abordada, também. Por isso, é incrível como certas cenas e abordagens do roteiro ficaram incrivelmente datadas, e possivelmente causam vergonha hoje a Ryan Murphy. Se você duvida, preste atenção nestes momentos presentes nas temporadas de Nip/Tuck e que podem ser conferidas a qualquer momento (a série está disponível na Amazon Prime).
A vida com HIV
Por vezes, Nip/Tuck errou não em trazer alguns temas, mas na abordagem sutil que foi feita deles – algo que é bem fácil de passar batido. Um exemplo é o que ocorre no episódio Granville Trapp, da terceira temporada, que mostra um homem que procura a clínica para resolver o que ele chama de “rosto da AIDS”: uma lipoatrofia que faz com que seu rosto perca a gordura nas bochechas e fique levemente encovado.
O sujeito diz que o rosto funciona como “uma letra escarlate que grita ‘homem gay doente’, fique longe”. Ao procurar a clínica para arrumar o rosto, ele afirma que quer começar a namorar novamente – o que gera imediatamente uma reação de espanto no médico Sean McNamara. O sentido negativo imputado à decisão do homem, de voltar a se relacionar, fica restrito à sutileza, sem jamais ser retificado no resto do episódio.
Pessoas com deficiências
Outra situação ocorre no episódio Tommy Bolton, da mesma terceira temporada. Nela, um rapaz com Síndrome de Down, acompanhado pelos pais, vai à clínica com um pedido: quer parecer com sua família. Com má vontade, o médico visitante Quentin Costa (vivido pelo brasileiro Bruno Campos) tenta desconversá-lo passando um valor alto para o total de oito cirurgias reparadoras.
Isso leva a uma discussão entre Costa e o médico Christian Troy. Costa não quer dar desconto nas cirurgias por essa não ser a “fundação Make-A-Wish” (instituição destinada a realizar sonhos de crianças com doenças graves), e emenda dizendo que os procedimentos só representariam uma maior decepção ao paciente. Ao que Troy responde: “a vida dele é uma decepção”.
Há outro acontecimento importante na trama que vai transcorrer nas temporadas seguintes, quando Sean McNamara e sua esposa Julia (Joely Richardson) engravidam de um terceiro filho. Durante a gestação, Julia descobre que há algum problema com a criança, o que é colocado sob um longo suspense, em que o espectador é provocado a ficar tenso para saber qual problema o bebê terá.
Por fim, descobre-se que o menino tem ectrodactilia, uma deficiência em que os dedos das mãos ou dos pés ficam unidos, dando ao membro uma aparência de “garra de lagosta”. Há uma longa abordagem, em vários episódios, sobre o impacto que isso traz na família, em especial sobre o pai, Sean, que só pensa em formas de resolver o “problema”, inclusive considerando o aborto.
Há também cenas comoventes e inspiradas – como quando o casal contrata uma pessoa com nanismo (ninguém menos que Peter Dinklage) para ser babá da criança, e ele aponta que antes de considerarem operar o filho, eles deveriam segurar a mão dele. Entretanto, todo o desenrolar da história, sobretudo no que envolve o pai, é bastante nociva em relação à realidade das pessoas com deficiência.
A abordagem de pessoas transexuais
Sem dúvida, a pior trama apresentada em Nip/Tuck envolve uma que apresenta uma pessoa transexual. É uma série de equívocos tão maléficos que o episódio foi abordado no documentário Disclosure, que reflete justamente sobre a representação de pessoas trans em Hollywood ao longo do tempo. A história envolve uma mulher chamada Ava Moore, interpretada por Famke Janssen. Ela trabalha como coach e tem realizado ações que prejudicam em vários sentidos a família de Sean McNamara e Christian Troy – incluindo (pasme) ter um caso com o filho menor de idade de Sean.
O problema se “resolve” de forma chocante. Christian seduz Ava e faz sexo com ela, numa cena que, claramente, retrata um estupro. A seguir, ele retorna para o consultório e fala para Sean, com cara de nojo: “Ava é um homem”. Segundo se mostra no roteiro, ele descobre isso porque sua vagina reconstruída seria diferente das “mulheres de verdade”.
É toda uma abordagem absurda e que difunde e estimula, além do preconceito, a violência contra mulheres trans. Durante uma cena de Disclosure em que comenta o episódio, a atriz trans Laverne Cox (de Orange is the New Black) parece estar à beira das lágrimas enquanto comenta a cena: “Quero chorar falando sobre essa narrativa… é isso que acontece conosco quando assistimos. Eu me pergunto se alguém, quando estava construindo essas histórias, pensou nas pessoas trans assistindo”. É um desserviço que continua sendo difundido até hoje.
Tia Virgínia
3.9 27Família entre a dor e o amor.
Tia Virgínia não é exatamente sobre Virgínia. É sobre como sua família disfuncional a fez ser como ela é. Perto do Natal, Virginia, responsável por tomar conta de sua mãe em estado terminal, recebe suas duas irmãs, Vanda e Valquíria, para comemorar o dia vinte e cinco de dezembro. O filme se passa apenas em um dia: a véspera do Natal. As três irmãs são interpretadas pelas brilhantes Vera Holtz, Arlete Salles e Louise Cardoso, respectivamente. Ao longo desse dia, os mais diversos confrontos, físicos e verbais, marcam negativamente a data de celebração. A iminente morte da mãe também pauta toda a relação entre as três irmãs que possuem uma diferente relação com a perda da matriarca da família: desde o futuro da casa até o estado mental de Virgínia.
Uma primeira marca estética do filme de Fábio Meira é a construção de um cenário completamente lotado de objetos cênicos. A casa, pertencente à mãe da família, é repleta dos mais variados tipos de prataria e enfeites requintados. O apartamento em nada reflete a idosa: seu olhar vazio e suas mínimas expressões perante a vida representam um curioso contraste com a pompa do apartamento. Louças caras, grandes e belos quadros, sofás estilizados. Tudo é uma marca de um passado que não existe mais. Passado, inclusive, parece ser a única coisa que ainda move Virgínia. A protagonista parece não aceitar que sua mãe já perdeu a lucidez há algum tempo. Virgínia faz de tudo para não acreditar no fim que se aproxima: inventa conversas, conversa como se a mãe ainda a ouvisse e coloca na conta da matriarca algumas decisões suas. Vanda e Valquíria, no entanto, surgem para puxar Virgínia novamente para a realidade. Brigas e mais brigas marcam a tônica entre as três. Anteriormente presa ao passado, o choque de realidade de Virgínia é bruto, comprometendo sua sanidade e sua relação com aqueles à sua volta.
A encenação construída por Fábio Meira faz jus a todos os conflitos envolvendo a família. O espectador não é poupado de nenhum detalhe. Os breves momentos de paz são realmente breves: quando as três irmãs estão em tela, é como se fossemos puxados por um buraco negro forte composto por puro ressentimento. Nada escapa da câmera. Não há ação sugerida ou dinâmicas abertas à interpretação. Toda a raiva, a amargura e um torto senso de amor é entregue ao espectador em sua forma mais pura. As ações físicas das protagonistas, sempre muito pesadas, quase biomecânicas, levam os conflitos quase às vias de fato. Por mais que seja um filme que tente explorar algumas gags humorísticas, o que fica como marca é o conflito, a dor, a perda.
Ainda sobre humor, cabe aqui um pequeno apêndice. O humor é utilizado, aqui, de dois modos muito distintos: o primeiro deles acontece de modo nada natural: sequências pesadas, de muita descarga emocional, são interpeladas por alguma ou outra piada que não casam aquilo que o próprio filme propõe enquanto graça. Nesses momentos, além de não causar um efeito humorístico fortuito, também joga a grande tensão dramática por água abaixo. Em Tia Virgínia, essa ruptura não se encaixa. E não funciona justamente porque o modus operandi de seu humor é baseado no absurdo. É aqui que mora o grande mérito de Fábio Meira: pequenas performances humorísticas que culminam em um humor estranho, de riso difícil, misturado com preocupação.
Para manter o absurdo em dia, vemos diversos planos democráticos, como dira Bazin. O corte parece nunca vir. É agoniante ver algumas sequências de maior tensão sem nenhuma intrusão da montagem. Como dito antes, nada escapa da câmera e tudo é aquilo que é: nada é sugerido. Não se pode confundir isso com didatismo demasiado, de jeito algum. A imagem é clara e cristalina, mas a relação das irmãs transita entre amor e ódio, dor e acalento. Existe apenas uma sequência em que a câmera parece fugir, se esconder. Nesta cena, o diretor parece, por uma única vez, respeitar a intimidade das irmãs, que entre tapas e mais tapas vão em direção a um quarto desocupado e descontam fisicamente umas nas outras aquilo que vêm resguardando durante anos.
Uma das cenas finais é quase um filme à parte. Em meio à caótica ceia de Natal, Virgínia surge completamente maquiada e vestindo um beirando ao kitsch, com flores e plantas. Enquanto Valquíria tenta dizer algumas palavras sobre família, amor e carinho, Virgínia vai ao toca disco e coloca, no máximo volume, um sonoro bolero. Ela começa a dançar. E dançar. E dançar. Tudo em um belíssimo plano. E a dança continua de modo desengonçado, sem noção rítmica. Mas mesmo assim é bela. Vera Holtz consegue emular uma força performática próxima daquilo que Gena Rowlands produz em Uma mulher sob a influência. O balé atrapalhado de Virgínia vem junto de palavras fortes lançadas em direção ao restante da família. Atônitos, todos observam sem dizer nenhuma palavra. Essa falta de reação marca aquele humor absurdo antes citado. Lembra – e talvez eu me arrependa dessa conexão – um pouco do senso de humor de Toni Erdmann, construído a partir de performances patéticas de seus personagens.
Tia Virgínia pode se perder um pouco em algumas sequências que vão para o lado contrário do humor absurdo, mas definitivamente é um filme que, quando acerta, acerta forte. Arlete Salles e Louise Cardoso entregam sólidas atuações, mas Vera Holtz eleva (e muito) o nível do filme. Assim como Virgínia, Holtz é a dona absoluta do filme.
Nota: Muito Bom, ou seja, 3,5/5
Vai na Fé
3.8 23Vai Na Fé: A “trilogia” de superação feminina de Rosane Svartman chega ao apogeu
Autora da novela das 19 reforça seu lugar em sua “mitologia suburbana”, que inclui talento, fama, adolescentes, revelações, música… e sempre um deslizezinho no final.
Quando Vai Na Fé foi anunciada pela TV ela quase sofreu do recorrente equívoco de marketing que o braço streaming da empresa vive cometendo: foi “vendida” do jeito errado, como uma “novela evangélica”, provavelmente para que essa informação atravessasse a mídia e fosse buscar alguns espectadores perdidos para as terras bíblicas da Record. Na ocasião, fiz um texto sobre o quanto essa era uma estratégia equivocada, uma vez que por uma questão de compromisso artístico, a Globo jamais faria uma novela seguindo os padrões conservadores de uma novela da Record e, evidentemente, jamais interessaria o público que está lá buscando produtos de natureza estritamente gospel.
A culpa não era de Rosane Svartman e sua equipe, é preciso dizer. Por tradição crítica, os evangélicos apresentados em novelas da casa eram sempre personagens sem likeability, extremistas, castradores. A partir do momento em que a protagonista seria uma mulher evangélica, era natural pensarmos até que ponto a questão religiosa apareceria com destaque na trama. Estaríamos diante de evangélicos “esterilizados” ou simplesmente de pessoas realistas, que podem seguir uma doutrina religiosa sem que isso signifique excluir ou julgar quem não faz parte dela?
A segunda opção se tornou uma evidência assim que a novela começou. A família de Sol (Sheron Menezes) era uma família suburbana, preta, pobre, evangélica; ou seja, muito próxima da realidade da maioria dos brasileiros desse país. Contudo, a maneira elegante, delicada e justa com a qual a religiosidade desses personagens foi retratada aproximava o núcleo daquele mundo “como deveria ser”, muito mais do que como ele realmente é (e como pessoa gay criada dentro do seio de uma família evangélica, atesto o que quero dizer). Rosane Svartman estava fazendo aqui na nossa teledramaturgia o que já vem sendo feito em algumas narrativas estrangeiras nos últimos anos: naturalizar questões sociais sem polemizar sobre elas.
Nunca vimos uma cena em que um dos membros da família de Sol repreendesse outros personagens por não serem evangélicos como eles. A melhor amiga e a afilhada não eram convertidas; o melhor amigo era gay; o amor de infância era de uma religião de matriz africana… E nunca houve a conversa sobre estar cada um numa ponta desse quadrado (forçado, essencialmente, pelo organismo religioso como um todo). Todo mundo convivia bem, tudo era natural; não havia necessidade de discutir as diferenças, porque elas não eram o centro da narrativa. E assim, a primeira família evangélica simpática – e empática – da TV foi guiada por Rosane e sua equipe com extrema competência.
Svartmanverso
A autora, aliás, parece ter encontrado em Vai Na Fé o resultado quase completo de uma progressão ideológica que já aparecia discretamente em Totalmente Demais, sua primeira novela. Seu texto esperto e inteligente já estava lá, mas ainda era preciso que a mocinha pobre tivesse o rosto europeu de Marina Ruy Barbosa e o galã seguisse esses passos, estampado na beleza de Fábio Assunção. Mas, quando Bom Sucesso chegou, um tempo depois, apesar da protagonista ainda precisar dos olhos azuis de uma Grazi Massafera, ela já tinha uma família inter-racial. Houve uma tentativa um pouco fracassada de dar a David Júnior o destaque de um verdadeiro protagonista; mas o curso foi corrigido com o Ben de Samuel de Assis. Passo a passo, as transformações foram sendo feitas.
Contudo, assim como qualquer autor, Rosane tem suas recorrências. As protagonistas perdidas à margem e que sempre tem algum talento e uma pretensão artística; a mulher executiva complexa, que faz coisas ruins por bons motivos (Juliana Paes, Fabíola Nascimento, Carolina Dieckman); o vilão de terno que tem senso de humor (Armando Babbaioff, Emílio Dantas) e por aí vai… Apesar de amarmos Bruna (Carla Cristina Cardoso), foi até um pouco de exagero coloca-la para fazer uma personagem quase igual a que fez em Bom Sucesso.
Em Vai Na Fé esse mundo próprio do estilo de Rosane parece ter encontrado uma sintonia especial. Se em Totalmente Demais ela – por estar chegando – não podia ousar demais; em Bom Sucesso já começou a incutir elementos lúdicos particulares, ligados sempre a questões artísticas e clássicas. Na novela de Paloma foram os livros; com cenas e cenas inspiradas em grandes títulos da literatura e citações elegantes de autores de todas as nacionalidades. Em Vai Na Fé a estrela foi a música. Canções originais ganharam o país através de Sol e Lui (José Loreto); mas numa virada interessante (e um pouquinho mal dosada) personagens começaram a cantar clássicos, em sequências musicais que costuravam a história.
E tivemos espaço para a celebração da teledramaturgia também. Embora infelizmente a autora tenha escolhido o cinema para colocar a inesquecível Vilma (Renata Sorrah) em ação; a personagem passou a novela citando personagens da nossa história teledramatúrgica e fazendo com que o coração dos noveleiros batesse com um carinho especial por esse projeto. Não só Rosane e seu fantástico time estavam escrevendo uma novela divertida, esperta e coerente, como também estavam aproveitando para festejar esse gênero (que com o crescimento do streaming passou a ser desprezado, precisando cada vez mais de honrarias).
A Fé Não Costuma Falhar
Outro aspecto recorrente da obra de Rosane é a perda de fôlego na reta final, que atingiu toda sua trilogia e que acaba atrapalhando um pouco a experiência. Assim como em Totalmente Demais e Bom Sucesso, a protagonista estava em busca da realização de um sonho artístico. No caso de Sol é possível que no intuito de manter a situação sob controle, o sucesso da personagem tenha demorado demais para acontecer; questão essa que atribuo justamente a esse descarrilho nos 40 capítulos finais.
A progressão da carreira de Sol foi bloqueada pelo longo e penoso enredo envolvendo o julgamento de Téo; uma trama que durou muitos capítulos, trouxe discussões importantes, mas que foi encerrado sem o mesmo apuro comum ao texto da novela. Téo vencer o processo é totalmente coerente com a realidade, mas a falta de uma amarração narrativa para que ele pagasse por isso em seguida não é coerente com a ficção. A questão dos abusos foi esquecida na reta final, ele não passou por novo processo, não houve um encerramento digno para essa questão; e o que causou sua “falsa morte” e sua prisão foram as arestas do contrabando. Sempre tive a sensação de que Érika (Letícia Salles) se aproximaria dele, defendendo-o, para ser uma outra vítima; e que isso a acordaria (já que ela tinha um ótimo enredo como contraponto para as questões etaristas levantadas por Vilma). Mas, essa foi uma oportunidade perdida.
Mel Maia foi outra que sofreu com um planejamento difícil. A patricinha influencer tinha um grande potencial, já que estudava em meio a uma porção de bolsistas e tinha zero referência familiar. Os embates com Jennifer (Bella Campos) eram ótimos, a aproximação com a maravilhosa Dora (Claudia Ohana) também foi um acerto… Mas, no meio da novela Guiga foi desviada para um enredo estapafúrdio que foi parar no fim do fofíssimo casal gay formado por Guthierry Sotero e Jean Paulo Campos. Uma mancada quase imperdoável, que encerrou uma bem-vinda trama LGBTQ guiada por atores pretos e terminou por destruir a relevância dos que sobreviveram aos escombros.
É claro que estamos falando de uma novela, uma obra aberta, passível de interferências e pormenores que desconhecemos. Mas, ficamos nos perguntando por que a trama de adoção para o personagem de Marcos Veras não veio antes? Por que não exploraram a relação de Bruna com o filho da fofoqueira? Por que Vitinho (Luis Lobianco) nunca teve uma vida própria…? Talvez jamais saibamos quais as engrenagens que levaram a essas decisões. Elas estão aí e cada um decide qual vai ser o tamanho do pano que passará.
O meu “pano” eu precisei torcer bem para que ele desse conta do absurdo que foi o enredo do sequestro falso armado por Kate (Clara Moneke) e da maluquice que foi ver Jennifer e Rafael (Caio Manhente) achando que enganariam Téo. A maluquice dos irmãos atrapalhados ainda resultou nas acusações de contrabando, mas o falso sequestro não teve absolutamente NENHUM desdobramento coerente. Foi uma decisão narrativa tão ruim, mas tão ruim, que passou um bom tempo circulando pela internet como razão para o descrédito na novela. Rosane ainda tentou defender a ideia usando o passado de Kate para justificar sua irresponsabilidade; traindo a evolução da própria personagem.
E Kate foi o fenômeno que todos nós estávamos precisando. O trabalho de Clara foi comovente de tão especial. Kate era divertida, debochada, mas eram lindas a sensibilidade e a afetuosidade vislumbradas de um simples olhar, vazando de seus escudos de petulância. Se não fosse pelo famigerado sequestro falso, ela teria passado pela novela sem um arranhão sequer; já que, até mesmo na reta final, sua persona empresária foi simplesmente deliciosa de assistir. O trabalho de Clara e o de Carolina Dieckman (como Lumiar), fulguram entre os traços mais inesquecíveis de Vai Na Fé; uma pela expansão, outra pela introversão; mas ambas imperfeitas, humanas, adoráveis.
Apesar dos tropeços (que incluem um último capítulo abaixo da média), está consagrado que quando Rosane Svartman aparece no horário das sete, seremos presenteados com uma novela bem escrita, cuidadosa, com cara de Brasil, com o doce da mentira e a força que supera as realidades. A linda canção de abertura (talvez uma das melhores da história da teledramaturgia), diz perfeitamente que queremos ver nossa família bem, nossos amigos bem, todo mundo bem… E Vai Na Fé passou por nós como uma oração delicada, só fazendo bem, cheia daquele otimismo que acessamos na dúvida, porque o que nos move é o bom e velho “graças a Deus que eu não choro mais”.
Som da Liberdade
3.8 479 Assista AgoraO longa “Som da Liberdade” (Sound of Freedom) vai estrear no Brasil no dia 21 de setembro. O anúncio foi feito pela Paris Filmes.
O filme é considerado como uma das maiores surpresas de bilheteria do ano, com bilheteria acumulada de 163 milhões de dólares nos Estados Unidos. Protagonizado por Jim Caviezel, de “A Paixão de Cristo”, o longa conta com direção e roteiro do mexicano Alejandro Monteverde, de “Little Boy” e “Bella”, e produção de Eduardo Verástegui.
Por que o drama de Jim Caviezel está chocando Hollywood?
Primeiramente, é necessário dizer que Sound of Freedom é um grande sucesso de bilheteria nos Estados Unidos. Até aqui, o filme fez algo próximo de U$ 163 milhões de dólares apenas em território norte-americano, visto que ainda não foi lançado internacionalmente, o que acontecerá nos próximos dias e meses. Lembrando que o filme está há menos de uma mês em cartaz. Ou seja, ainda há chão para a obra conquistar números ainda mais expressivos.
Contudo, há quem diga que os números de bilheteria do longa são inflados e irreais. Isso porque, nos Estados Unidos, alguns espectadores alegaram que foram assistir Sound of Freedom esperando salas lotadas (visto que os ingressos apareciam esgotados). Contudo, ao chegarem nos locais, os mesmos espectadores relataram que encontraram cinemas vazios. O que deixou algumas pessoas com o pé atrás e se perguntando: há alguém financiando a produção de maneira oculta, comprando ingressos para inflar os números de bilheteria?
Apesar de isso ser apenas uma teoria de alguns indivíduos e não existir comprovação de fatos, há uma outra polêmica ligada à projeção que também tem acendido debates: direita vs. esquerda. Sim, Sound of Freedom também não escapou da política, apesar de não abordar temas políticos em sua narrativa. Isso porque o filme foi amplamente elogiado e divulgado por pessoas conservadoras e por figuras de direita dos EUA. O que acabou afastando da obra aqueles que se identificam mais com a esquerda.
Inclusive, todo essa questão política que envolve Sound of Freedom começou com alegações de que a produção tem ligações com o QAnon, um grupo extremista de direita que apoia o ex-presidente Donald Trump. Assim como outros movimentos radicais (tanto de esquerda quanto de direita), a organização é acusada de alimentar conspirações e incitar seus membros a cometerem ações violentas. E, tudo isso, claro, não caiu bem com aqueles que pesquisaram mais sobre o longa.
Para alimentar ainda mais a situação polêmica, Jim Caviezel, o astro do projeto, já foi visto falando publicamente em eventos que apoiam conspirações divulgadas pelo QAnon. Por outro lado, a Angel Studios, produtora de Sound of Freedom, declarou que não há conexões entre a obra e grupos extremistas, e que o filme tem apenas o objetivo de conscientizar o público de uma causa importante através de uma história real e heroica.
Gemma Bovery: A Vida Imita a Arte
3.5 51 Assista AgoraInspirado no clássico “Madame Bovary”, o livro escrito por Gustave Flaubert que escandalizou a França no século XIX, essa delícia de filme apresenta uma espécie de versão moderna de sua protagonista. Entretanto, mais do que simplesmente adaptar a história, Gemma Bovery insere o livro na própria narrativa, tarefa esta que cabe ao voyeur interpretado por Fabrice Luchini. Fã declarado do livro, o personagem não apenas reconhece as semelhanças entre Emma e Gemma como passa a admirá-la de longe, numa mistura de fascínio pela obra literária e pela própria musa. É esta mescla o trunfo do filme, auxiliada pelo (habitual) bom trabalho do ator.
Maggie: A Transformação
2.7 449Eu tinha lido que Arnold não podia ter filme de culto, mas esse tem todas as críticas. Um pai coragem luta para continuar a manter viva a filha que foi mordida por um zumbi, no seu processo de transformação. Foi um desastre no cinema, mas se você assistir, você encontrará um filme com uma ótima ambientação, momentos de tensão, uma fotografia brutal e a primeira vez que vejo Arnold atuar
Conseguiram fazer de um tema de ficção bastante batido uma história sombria, mas, também de muito amor, e de profunda humanidade. Me emociono sempre que assisto. Abigail Breslin é uma atriz impecável. Valeu.
Nossa me emocionei.Foi uma terrível luta contra a maldita doença. Mas o amor entre pai e filha superou todos os limites.
O amor dela pelo pai era tão grande que resistiu aos instintos. Foi forte até o fim! Que bom que
o pai não precisou tirar a vida da filha amada. Ela o poupou dessa tristeza além da que ele já estava tendo.
Sisu: Um Caso de Determinação Diante da Adversidade
2.6 1Gosto muito como Pedro Alux mescla aqui um humor quase que tragicômico com músicas do imaginário pop e, enquanto faz isso, ainda demonstra uma representação visual bem cuidadosa de palavras singulares escolhidas para uso da nomeação de capítulos.Aprendi várias palavras maneiras. Valeu Pedro.
Final inspirado em uma grande obra de Shakespeare???😍😍😍 talvez... cinema. Só sei que aprendi bastante palavras novas com esse curta-metragem😎🙏🏽👍🏽🙌🏽
Talentoso brilhante incrível maravilhoso espetacular nunca o mesmo totalmente único completamente nunca feito antes sem medo de referenciar ou não referenciar ponha num liquidificador cague nele vomite nele coma ele dê a luz a ele.
Sisu: Uma História De Determinação
3.5 226 Assista AgoraConheça o “Sisu”, o segredo finlandês para a felicidade e resiliência.
Descubra o segredo finlandês para a felicidade e resiliência. Aprenda o "sisu", a determinação que coloca a Finlândia no topo do ranking mundial.
Você já ouviu falar do “sisu”?
É um conceito e modo de vida profundamente enraizado na cultura finlandesa há mais de 500 anos. Embora não exista uma tradução direta, o “sisu” está relacionado à determinação.
Mas, afinal, por que os finlandeses são os mais felizes do mundo?
Trata-se de ter a coragem de avançar diante da adversidade e enfrentar probabilidades quase impossíveis. E é justamente esse segredo que tem colocado a Finlândia no topo do ranking de países mais felizes do mundo pelos últimos seis anos consecutivos.
E. Elisabet Lahti, uma renomada psicóloga finlandesa e pesquisadora do “sisu”, revela em seu livro “Poder Gentil: Uma Revolução em Como Pensamos, Lideramos e Somos Bem-Sucedidos Usando a Arte Gentil do Sisu” três dicas fundamentais para quem deseja incorporar o “sisu” em suas vidas, assim como os finlandeses:
Busque um propósito de vida além de si mesmo
Pesquisas conduzidas pela psicóloga Angela Duckworth demonstraram que podemos suportar muito mais quando trabalhamos por algo que contribui para o mundo além de nós mesmos.
Elisabet compartilha sua experiência pessoal ao completar uma expedição de corrida de 1.500 milhas pela Nova Zelândia, dedicando-a à conscientização sobre a violência familiar. Ela afirma que conectar-se a um propósito maior nos momentos desafiadores nos ajuda a seguir em frente.
Seja resiliente treinando
Antes de embarcar na sua corrida épica, Elisabet treinou quase todos os dias durante dois anos. Ela aconselha que a prática e a preparação são fundamentais para acessar o “sisu” interior.
Estudos mostram que nossos corpos possuem reservas ocultas que naturalmente acessamos quando mais precisamos delas. Quanto mais nos desafiamos, mais fortalecemos nossa resiliência.
Gentileza consigo mesmo e conexão com a natureza
A autora compartilha um importante aprendizado sobre a necessidade de equilíbrio entre determinação e compaixão. Em sua jornada de treinamento, ela se machucou, mas em vez de desistir ou se esforçar ainda mais, ela decidiu permitir que seu corpo se curasse.
Isso a levou a uma terceira opção, na qual ela incorporou o ciclismo à sua expedição. Reduzindo a velocidade, ela pôde desfrutar da beleza da paisagem ao seu redor e alcançar sua meta de 1.500 milhas.
Da teoria à prática
Na Finlândia, caminhar e explorar trilhas na natureza são partes essenciais da cultura local. Essa conexão com a natureza ajuda a encontrar uma calma interior e uma sensação de felicidade que sustentam nos momentos difíceis.
Então, se você deseja descobrir o segredo da felicidade finlandesa e cultivar sua própria resiliência, siga essas dicas e embarque em uma jornada inspiradora de determinação, propósito e conexão com a natureza.
Requiem for the American Dream
4.4 64‘O Fim do Sonho Americano’: a radiografia do abismo entre ricos e pobres.
Em ‘O Fim do Sonho Americano’, Noam Chomsky lista dez princípios que propiciam a concentração de poder e renda no planeta.
As oito pessoas mais ricas do mundo têm o mesmo patrimônio que 3,6 bilhões de integrantes da metade mais pobre. No documentário O Fim do Sonho Americano (2015), Noam Chomsky, considerado um dos intelectuais mais influentes da atualidade, faz uma espécie de “radiografia” das causas que cavam esse abismo.
No filme dirigido por Peter Hutchison, Kelly Nyks e Jared P. Scott, Chomsky enumera dez princípios da concentração de renda e poder no mundo. Formado por entrevistas filmadas durante quatro anos, o documentário tem apenas 1h10min de duração. A brevidade da projeção é inversamente proporcional à profundidade das considerações feitas.
Como o título indica, a análise enfoca os Estados Unidos, mas é claramente válida como abordagem do capitalismo financeiro global. Qual seria, afinal, esse “sonho americano”? É a possibilidade de reverter o fato de nascer pobre trabalhando intensamente. Mais uma vez recorrendo ao título, pode-se ver que Chomsky é crítico dessa ideia.
Um dos assuntos que recebe destaque nas entrevistas é a democracia. Segundo o filósofo, o simples fato da existência da desigualdade extrema já tem um “efeito corrosivo na democracia”. Grandes corporações financiam partidos políticos. Quando estão no exercício de seus mandatos, os políticos servem de “avatares” dos donos dessas grandes empresas, elaborando e aprovando leis para atender aos interesses desses grandes detentores de renda e poder, gerando ainda mais concentração de renda e poder. O círculo vicioso é tão tradicional que foi descrito em 1776, por Adam Smith, em A Riqueza das Nações.
O enfraquecimento dos laços de solidariedade é outro dos dez princípios listados pelo entrevistado. A união é prejudicial para os poderosos, porque significa a luta por melhores condições de vida por parte daqueles que compõem as camadas mais inferiores da pirâmide. Os ataques à seguridade social e à escola pública, por exemplo, lançam a ideia de que não é justo, benéfico ou rentável preocupar-se em garantir um bem social para o outro se eu não estou tendo retorno financeiro direto.
Não representa nenhum “crime” contar o final de O Fim do Sonho Americano. Como conclusão, Chomsky pede que as pessoas invistam na união. Um apelo considerável, depois de toda a contextualização feita.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraShakira contou à revista Allure a reação de seus filhos ao assistir o filme da Barbie, e não foi nada positiva:
"Meus filhos odiaram esse filme. Eles se sentiram castrados. E eu concordo, até certo ponto.
Estou criando dois meninos e quero que eles se sintam poderosos também respeitando as mulheres. Gosto quando a cultura pop empodera as mulheres sem tirar dos homens a possibilifade de serem homens, de também proteger e prover. Acredito em oferecer às mulheres as ferramentas e a confiança de que podemos fazer tudo sem perdermos nossa essência, nossa feminilidade. Acredito que os homens tem um papel na sociedade e as mulheres também. Nós nos complementamos e isso não deve se perder."
(Linda e sensata 😏)
ANÁLISE: ‘Barbie’- Precisamos falar sobre Ken
Estrondoso sucesso mundial de bilheteria, 'Barbie', filme da cineasta norte-americana Greta Gerwig, é tanto sobre a jornada feminista de sua protagonista quanto a respeito do encantamento do boneco Ken pelo patriarcado.
Longa-metragem da cineasta norte-americana Greta Gerwig, Barbie, estrondoso sucesso mundial de bilheteria, tem sido acusado por muitos de seus detratores de ser misândrico. Ou seja, de difundir ódio contra os homens, ao questionar o patriarcado, sistema sustentado há milênios por pilares culturais, sociais, econômicos e políticos que beneficiam os homens em detrimento das mulheres.
Sim, o filme, cuja narrativa é construída em torno de sua personagem-título, boneca fabricada pela empresa de brinquedos Mattel, Inc. lançada em 9 de março de 1959. tem uma evidente e inegável abordagem feminista.
Quem conhece a filmografia de Gerwig, que inclui títulos como Lady Bird – A Hora de Voar e Adoráveis Mulheres, sabe que a diretora, roteirista e atriz têm focado em narrativas com protagonistas femininas que se digladiam com estruturas familiares, sociais e econômicas limitadoras, quando não opressivas. Portanto, Barbie não é uma novidade na trajetória artística de Gerwig. Pelo contrário: é um passo a mais, orgânico e coerente com sua obra fílmica, que já lhe rendeu três indicações ao Oscar.
No longa, a boneca Barbie, vivida pela atriz australiana Margot Robbie,
pertence a um subgrupo da marca – ela é um estereótipo, ou seja, é linda, loira, alta, magra, tem pernas longas, pés delicados, moldados para andar sobre saltos altos. Não tem profissão definida, ou qualquer talento intelectual digno de nota. Sua aparência, portanto, mantém seu status quo na Barbieland, mundo cor de rosa onde há bonecas de outras etnias, escritoras, políticas, médicas, em um calculado projeto politicamente correto de diversidade. Mas a rainha, a razão de ser do lugar todo e da marca, é ela.
Acontece que a protagonista do filme, cuja vida é uma eterna festa, sempre leve e solta, mas não exatamente livre, um belo dia começa a ter estranhos pensamentos sobre a morte e seu corpo perfeito apresenta preocupantes anomalias. Os pés já não parecem mais moldados para sapatos de salto alto e, como uma mulher de carne e osso, ela passa a acumular celulite. Barbie já não é a mesma e, para voltar a ser a sua normalidade, ou seja, a ser “perfeita”, ela precisa empreender uma jornada rumo ao mundo real, onde sua dona pode estar atravessando dias difíceis.
Costela de Barbie
Na Barbieland, os Kens – há vários deles, de diferentes etnias, mas todos de certa forma pertencentes a um padrão de beleza – são acessórios das Barbies, como se tivessem sido criados a partir de suas costelas, em uma analogia à metáfora patriarcal bíblica. Vivem em função das bonecas. E o Ken estereótipo, loiro, alto, forte, ariano, segue sua Barbie a todos os lugares aonde ela vá, e com ela acaba partindo rumo ao chamado Mundo Real sem saber o que lá vai encontrar.
Ao chegar a Los Angeles, sede da Matell, o casal de bonecos descobre muito rapidamente que vivia em um mundo de fantasia, distorcido. Barbie acreditava ser, há décadas, um modelo de comportamento para as mulheres reais, as empoderando e lhes servindo como exemplo a ser seguindo. Não é verdade! Para seu choque, entre as garotas mais jovens, inclusive, ela é desprezada, por encarnar um símbolo de opressão. Basta por seus pés delicados na vida real, que a boneca começa a ser assediada, inclusive sexualmente, e julgada por sua aparência. A experiência de Ken é um tanto diferente.
Se de onde veio, todo o poder se concentrava nas mãos das Barbies, do sexo oposto, no Mundo Real quem manda, inclusive na própria fábrica de brinquedos que produz os bonecos, são homens. Tudo parece existir em função e para eles. É o País das Maravilhas para Ken, que de mero e submisso coadjuvante passa ambicionar o protagonismo.
Mesmo sem ter grande habilidades, ou formação, capazes de lhe garantir um lugar ao sol, ter “nascido” homem (e branco) já lhe garante muitos privilégios. Ele, então, resolve importar para Barbieland o patriarcado, que lá, sem grande demora, começa a se estabelecer como sistema social e político, fazendo com que as Barbies, por meio de coação e um tanto de inércia, acreditem ser melhor assim, o naturalizando como sistema a ser seguido.
Essa busca quase involuntária de Ken pelo protagonismo, tanto em seu mundo quanto dentro da narrativa do filme, é um dos trunfos de Barbie. Greta Gerwig, ao contrário do que vozes mais conservadoras e reacionárias tentam pregar, não fez um filme anti-homem.
O roteiro, assinado por ela e seu marido, o também diretor Noah Baumbach (de História de um Casamento), coloca em questão o patriarcado como forma inquestionável de existência, e denuncia a masculinidade hegemônica, tóxica e violenta, que nega às mulheres voz, espaço e agenciamento, mas também impede os homens de encarar as suas fragilidades, seus desejos e sentimentos mais profundos. Sim, o patriarcado vitimiza muito homens e meninos!
Ao se despedir do mundo de faz de conta e de Ken, para voltar ao Mundo Real e se tornar uma mulher de fato, e não mais uma boneca, Barbie diz ao pretenso namorado que ele e os outros Kens também precisam se encontrar, sair da forma, para buscar suas verdades, e saber quem de fato são, para além da comodidade das construções sociais e culturais que os encaixotam.
Precisamos, neste momento no qual o filme se torna um fenômeno, falar tanto a respeito de Barbie quanto sobre Ken.
As Pequenas Coisas da Vida
3.9 18 Assista Agora‘As Pequenas Coisas da Vida’ encontra o sublime na tragédia.
Minissérie estrelada por Kathryn Hahn, parte do catálogo da Star+, 'As Pequenas Coisas da Vida' revela o sublime em profunda jornada de autodescoberta. Produção é adaptação de livro de Cheryl Strayed.
Que o título não engane: por mais que o belo rosto de Kathryn Hahn na frente da divulgação de As Pequenas Coisas da Vida sugira uma história leve e acolhedora, a série da Star+ está mais próxima de uma bomba que cai sobre a cabeça de quem assiste. O que temos, ao invés disso, são 8 episódios sobre uma pessoa em uma espiral de autodestruição.
Clare, a personagem de Hahn, é uma mulher marcada pelo trágico. Aos 49 anos, ela vive uma crise no casamento e com a filha depois que emprestou dinheiro da família para seu irmão. Clare trabalha numa clínica geriátrica, mas está prestes a ser demitida depois que seus chefes descobrem que ela está dormindo lá, na mesma cama que os internos, depois que o marido a expulsou de casa.
Contudo, em meio a tanta tristeza e fracasso, há espaços eventuais para que o sublime emerja. E isto talvez se deva ao fato de que esta é uma adaptação do livro Pequenas delicadezas: Conselhos sobre o amor e a vida, de Cheryl Strayed – autora também da obra biográfica que deu luz ao sucesso cinematográfico Livre, de 2014, com Reese Whiterspoon (que também é produtora desta série).
Da mesma forma que na obra anterior, Pequenas Delicadezas explora a vida de Cheryl, que é marcada pela figura mítica do curador ferido – ou seja, alguém que, de tão golpeado pela vida, adquire uma sabedoria que serve para ajudar os outros.
Uma mulher em desconstrução
Na trama, Clare é uma mulher de 49 anos marcada por uma tragédia: a morte de sua mãe, Frances (Merritt Wever, de Nurse Jackie) quando ela tinha apenas 22 anos. Em sua memória, sua mãe é uma pessoa extremamente bondosa e que parecia nunca levar as ofensas dos filhos (como nas vezes em que Clare lhe cobrava coisas que eles não podiam ter, por serem pobres) para o lado pessoal.
Sua grande aspiração é a de se tornar uma romancista. Clare (encarnada nos flashbacks pela brilhante atriz Sarah Pidgeon) se torna a primeira pessoa da família a fazer faculdade. Seu talento é evidente, e ela inclusive consegue um contrato editorial para lançar um livro. Mas a tragédia que a acomete com a morte da mãe por um câncer faz com que todos os seus planos desmoronem – e, de alguma forma, por sua própria escolha.
Quase trinta anos depois, Clare está casada com Danny (Quentin Plair) e é mãe de Rae (Tanzyn Crawford). Mas ela simplesmente não consegue parar de destruir tudo o que toca, como se fosse uma Midas ao contrário. Sua carreira não decolou, seu emprego está prestes a acabar, seu marido não consegue a perdoar e sua filha parece odiar. Em certo momento, ela se pergunta como sua vida foi parar tão longe em relação àquilo que ela sonhou se tornar.
Mas algo começa a mudar quando um antigo amigo a procura e oferece a ela um trabalho voluntário, dando conselhos em uma coluna extremamente popular na internet chamada “Dear Sugar”. Mesmo que sua vida seja um lixo, é escrevendo como Sugar que Clare começa aos poucos a abrir espaço para que seu talento, que é a sua prosa empática e delicada, possa novamente florescer.
‘As Pequenas Coisas da Vida’: a força das atrizes
Kathryn Hahn e Tanzyn Crawford: encontro emocionante entre mãe e filha.
Extremamente tocante, As Pequenas Coisas da Vida adquire sua força a partir do texto de Cheryl Strayed (todos os episódios se encerram com a leitura das colunas de Sugar) e da performance de todos os atores. Em especial, há o potente elenco feminino: Kathryn Hahn é uma atriz inacreditavelmente boa. Assim como sua correspondente na juventude – Sarah Pidgeon consegue nos entregar uma Clare que expressa sua dor pungente de maneiras muito convincentes. Ambas estão absolutamente entregues ao papel.
Merritt Wever, como a mãe idealizada, consegue ir muito além do que seria um personagem insípido nas mãos de alguém sem o mesmo talento. Por fim, a jovem atriz australiana Tanzyn Crawford consegue completar com muita dignidade a tríade avó/ mãe/ neta, construindo a adolescente Rae como alguém que lida com os próprios conflitos para além do potencial desmoronamento de sua família.
A dinâmica entre elas (mesmo que algumas personagens nunca se encontrem) é explorada de maneira muito inspirada, deixando claro o quanto um trauma não elaborado pode seguir repercutindo na vida adulta de alguém. Isto se evidencia em um belíssimo episódio em que as versões adultas e adolescentes dos personagens se intercalam em uma mesma cena – de modo a nos dizer que, em situações à flor da pele, somos sempre a mesma criança machucada.
As Pequenas Coisas da Vida pode não ser uma série que vai deixar você alegre. Mas, com sorte, vai comovê-lo e fazê-lo entrar em contato com as suas próprias feridas.
Os Outros (2ª Temporada)
1Os Outros: o que esperar da 2ª temporada da série brasileira?
A noticia que muitos fãs de Os Outros estavam esperando, finalmente, chegou: a série brasileira foi renovada para uma segunda temporada. Pertencendo ao catálogo do streaming, a obra foi criada por Lucas Paraizo e conta com um elenco recheado de personalidades brasileiras, como Adriana Esteves, Milhem Cortaz, Maeve Jinkings, Thomas Aquino, Eduardo Sterblitch, entre outras.
Desde que estreou no Brasil, Os Outros cresceu rapidamente em popularidade entre os assinantes do serviço de streaming e se tornou um dos seriados brasileiros de maior sucesso de 2023. Não à toa, a ansiedade dos espectadores por novos episódios está no talo, afinal, a produção ainda tem muitos nós para amarrar em sua narrativa dramática e surpreendente.
Nesse sentido, para deixar os fãs um pouco mais calmos, fomos atrás de tudo o que já foi divulgado sobre a aguardada 2ª temporada de Os Outros. Confira abaixo o que descobrimos!
Os Outros: informações sobre a 2ª temporada da série
A história de Os Outros é a seguinte, segundo o site: "Vizinhos entram em choque após a briga de seus filhos, com consequências absurdas. Uma série atual sobre até onde a falta de diálogo pode levar as pessoas." De maneira crua e envolvente, a obra mostra as vidas conturbadas de vizinhos que moram em um mesmo condomínio e que acabam entrando em confrontos pesados após alguns desentendimentos.
Dessa maneira, apesar de a 2ª temporada de Os Outros ainda não ter ganhado detalhes acerca de sua trama, espera-se que os novos episódios sigam mostrando o desenrolar de brigas e conflitos entre diferentes moradores. O novo ano da série deve mostrar consequências ainda mais pesadas para os fatos retratados em tela e tecer novas críticas sobre a selvageria humana e a falta de comunicação entre semelhantes.
Também é sabido que a nova parte do título deve ser ambientada em um novo condomínio, o que resultará em várias novidades no elenco de Os Outros. Até agora, apenas Adriana Esteves, Antonio Haddad e Eduardo Sterblitch já estão confirmados para retornar à série. No mais, os demais personagens que apareceram na primeira temporada devem lugar à novas figuras (que ainda não foram reveladas).
A expectativa agora é em cima da segunda temporada de "Os Outros", prevista para o segundo semestre deste ano de 2024. Personagens marcantes da primeira seguirão na história, vide Cibele, Sérgio e Marcinho. O enredo agora não terá mais um condomínio como pano de fundo, o que é um risco para a perda de identidade da série. Mas o teaser despertou atenção, principalmente por conta da atuação de Letícia Colin, um novo nome do elenco. A terceira já está praticamente toda escrita e garantida para ano que vem. Só depois será a vez de sua primeira novela para o streaming. E que venha logo. Está pronto para o desafio.
Lembrando também que a temporada de estreia de Os Outros teve 12 episódios no streaming, com lançamentos espaçados (não simultâneos). Por isso, é muito possível que a nova temporada tenha o mesmo número de episódios e seja lançada de forma não simultânea.