Em 2009, o sul-africano Neil Blomkamp pegou todo o mundo de surpresa com o mais improvável hit do ano, o delirante Distrito 9 (District 9), sci-fi de orçamento baixo para os padrões do gênero, que tornou- se um cult instantâneo. Não foi em vão. A trama trata basicamente de uma invasão alienígena, como muitas que já vimos, mas os detalhes fazem toda a diferença. Uma enorme nave pousa sobre a cidade de Joanesburgo, na África do Sul e os alienígenas que a controlavam pedem asilo por ali. Ao contrário do que imaginavam, porém, passam a ser hostilizados, obrigados a viver em péssimas condições numa miserável colônia chamada Distrito 9, de onde são proibidos de sair. Ao entrar acidentalmente em contato com uma substância alienígena, Wikus van der Merwe, empregado de uma empresa privada militar encarregada de realocar os aliens para outro distrito, passa a desenvolver uma mutação que aos poucos o iguala às criaturas. Contar mais seria estragar a surpresa de quem não conhece o filme, mas essa simples trama é o ponto de partida para uma controversa e excitante coleção de reviravoltas. A partir do momento em que é capturado, Wikus começa a conhecer melhor sua própria raça – a humana – e é aí que passa a gradativamente se afeiçoar aos monstros que antes repudiava. O filme, uma escancarada alegoria do apartheid, mantém suas metáforas sempre em primeiro plano, bastante visíveis (e o fato de que, mesmo assim, boa parte do público não tenha sequer notado qual o verdadeiro assunto, é apenas assustador). Isso, porém, jamais o desmerece. Blomkamp se assemelha a Paul Verhoeven em sua falta de sutileza, que na verdade não é uma falta, mas o próprio projeto estético do diretor. A eloquência é justamente sua maior qualidade. Distrito 9 é vibrante do início ao fim, mas se fosse apenas isso não teria metade do impacto. Conforme a história avança, as criaturas gosmentas passam a me parecer bem menos asquerosas que os humanos. Para mim, a presença de tal mensagem num filme emocionante e divertido como esse o torna imediatamente especial.
O filme é conhecido por sua abordagem satírica em relação à militarização e propaganda. Paul Verhoeven, o diretor, pretendia criar uma sátira da sociedade militarista, mesmo que algumas pessoas inicialmente tenham interpretado o filme de forma literal.
𝐏𝐫𝐨𝐩𝐚𝐠𝐚𝐧𝐝𝐚 𝐧𝐨 𝐅𝐢𝐥𝐦𝐞:
O filme incorpora elementos de propaganda militar fictícia, apresentando vídeos de recrutamento e notícias durante toda a narrativa. Esses elementos de propaganda ajudam a reforçar a visão satírica do diretor sobre a sociedade representada no filme.
𝐀𝐮𝐬ê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐓𝐫𝐚𝐣𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐄𝐧𝐞𝐫𝐠𝐢𝐚:
No livro de Heinlein, os soldados usam trajes de energia, mas no filme esses trajes não foram incluídos devido a restrições orçamentárias. Verhoeven optou por uma estética mais tradicional de ficção científica militar, como uniformes e armaduras convencionais.
𝐂𝐞𝐧𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐁𝐚𝐭𝐚𝐥𝐡𝐚 𝐞𝐦 𝐆𝐫𝐚𝐧𝐝𝐞 𝐄𝐬𝐜𝐚𝐥𝐚:
O filme é notável por suas cenas de batalha em grande escala, que envolvem confrontos intensos entre humanos e insetos alienígenas. As sequências de ação são visualmente impressionantes e contribuíram para o apelo do filme como um épico de ficção científica até hoje.
𝐄𝐥𝐞𝐧𝐜𝐨 𝐉𝐨𝐯𝐞𝐦 𝐞 𝐭𝐚𝐥𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬𝐨:
O elenco principal do filme incluiu atores relativamente jovens na época, como Casper Van Dien, Denise Richards e Neil Patrick Harris. O elenco foi escolhido para se adequar à representação de jovens soldados recrutados.
𝐈𝐧𝐟𝐥𝐮ê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐧𝐨 𝐆ê𝐧𝐞𝐫𝐨:
"Tropas Estelares" teve uma influência significativa no gênero de ficção científica militar. Embora tenha recebido críticas mistas inicialmente, ao longo do tempo o filme ganhou status cult, sendo lembrado pelos fãs como uma obra única dentro do gênero.
𝐃𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧ç𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐑𝐞𝐥𝐚çã𝐨 𝐚𝐨 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨:
O filme diverge consideravelmente do romance de Heinlein em termos de tom e interpretação da mensagem. Heinlein escreveu um livro com uma abordagem mais séria e patriótica, enquanto Verhoeven optou por uma sátira mais sombria e crítica.
𝐏𝐫ê𝐦𝐢𝐨𝐬 𝐞 𝐈𝐧𝐝𝐢𝐜𝐚çõ𝐞𝐬:
Embora não tenha sido um grande sucesso de bilheteria, "Tropas Estelares" foi indicado ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais em 1998. Os efeitos especiais, particularmente nas cenas de batalha, foram reconhecidos por sua alta qualidade e CGI impressionantes para a época.
"𝙏𝙧𝙤𝙥𝙖𝙨 𝙀𝙨𝙩𝙚𝙡𝙖𝙧𝙚𝙨" é reconhecido por sua abordagem única à ficção científica militar e sua crítica satírica ao militarismo e à propaganda. O filme continua sendo objeto de análise como um dos melhores do gênero, além da discussão devido à sua natureza provocativa e à sua representação distorcida de elementos do livro original.
CURIOSIDADE: O diretor Paul Verhoeven, que sempre foi conhecido pelo estilo explícito em Hollywood, nasceu e cresceu na Holanda ocupada pelos "Bigodistas", onde ele via corpo de gente fvzil4da e qu3imada na esquina todo santo dia ao sair na rua; em entrevista, ele disse que ao ser escalado para dirigir o filme, ele ponderou fazer uma crítica simples ao militarismo cego, mas mudou de ideia e optou por fazer o filme "mais f4sc1sta possível", pois o argumento dele é de que "essa ideologia só serve para matar insetos e nada mais".
PS: Assim como Robocop (mesmo diretor) um filme com muitas camadas. Ação crua e crítica social sem apelação. Um clássico!
Independente de toda a discussão político-ideológica, é um filme que diverte e muito! O universo do filme é muito interessante, insetos gigantes, insetos comedores de cérebro, telecinese, as divisões militares, a tecnologia de locomoção pelo espaço, o modo como se vestem e agem, tudo isso junto com o roteiro cheio de ação e as reviravoltas do filme deixam ele incrível! É para ver e rever!
Regravar com mais fidelidade ao livro ia ser muito interessante.
'MESTRES DO AR': A HISTÓRIA REAL POR TRÁS DO 100º GRUPO DE BOMBARDEIOS DOS EUA
Após anos de espera, os fãs das séries Band of Brothers (2001) e The Pacific (2010) finalmente receberam uma "continuação" para os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial em Mestres do Ar (2023), dirigida por Steven Spielberg.
Dessa vez, a história fala sobre o 100º Grupo de Bombardeios, também chamado de "Centésimo Sangrento", que voaram bombardeiros da Inglaterra para a Alemanha durante o conflito armado e sofreram enormes perdas.
Se o que é retratado nas telinhas e telonas já não é bruto o bastante, a realidade foi ainda mais horrível. Por isso, nos próximos parágrafos, aprofundaremos sobre o que realmente aconteceu com esses soldados.
Início da jornada
Cleven e Egan, os aviadores que estão no centro de Mestres do Ar, conheceram-se na primavera de 1940, quando foram designados para morar juntos na escola de aviação. Ambos se alistaram na Força Aérea dos Estados Unidos (USAAF) antes do ataque a Pearl Harbor — inspirados menos pelo patriotismo do que pelo desejo de se tornarem pilotos.
Juntos, os dois ficaram conhecidos como os "dois Buckys" por conta de seus apelidos iguais. Ambos foram enviados para servir no 100º Grupo de Bombardeios, um time de aviadores estabelecido em 1942 com uma formação de 37 tripulações, cada uma composta por 10 homens. Depois de passarem por treinamento corretivo nos EUA, o 100º partiu para Norfolk, na Inglaterra, no fim de maio de 1943. Na época, a Segunda Guerra Mundial já estava favorável para os Aliados, com o Eixo se rendendo no Norte da África e tropas se preparando para invadir o território nazista ocupado a partir de múltiplas frentes.
O grupo participou do seu primeiro bombardeio em 25 de junho daquele ano, pouco mais de duas semanas depois dos homens terem chegado na Inglaterra. Durante os ataques, as tripulações americanas de 10 pessoas engajaram-se em bombardeios de precisão à luz do dia, concentrando-se em alvos estratégicos. O objetivo era restringir a capacidade da Alemanha de "construir máquinas de guerra".
Perigo constante
Os homens da 101ª Divisão Aerotransportada e da Primeira Divisão de Fuzileiros Navais — os heróis das duas séries que precederam Mestres do Ar — passaram semanas ou meses na linha de frente e com poucas pausas. Os aviadores, por outro lado, poderiam estar "no seu beliche às 4 horas da manhã, no ar sobre Colônia às 10 horas, e depois num pub inglês às 20 horas", disseram historiadores.
As missões normalmente duravam menos de um dia e, quando terminavam, a tripulação sobrevivente podia voltar para seu dormitório e recarregar as baterias até o próximo confronto. Porém, servir na USAAF era mais perigoso do que lutar no solo e exigia um preço psicológico único, sendo o contraste entre o tempo passado na base e no ar especialmente nítido.
Um aviador poderia tranquilamente tomar café da manhã ao lado de dois amigos pela manhã e depois voltar para casa sem notícia de seus companheiros no fim do dia. Ou seja, ao contrário da guerra terrestre, não existe um corpo quando alguém é morto. Logo, era extremamente difícil saber se um aviador foi capturado, morto ou se simplesmente desaparecera.
A história do 'Centésimo Sangrento'
Em 1943, o objetivo da USAAF para bombardear a Alemanha até a submissão centrou-se no B-17, que as autoridades acreditavam que poderia se defender contra caças inimigos enquanto lançava bombas sobre alvos industriais preciosos. Foi assim que as Forças Aéreas enviaram uma operação com mais de 1 mil bombardeiros para a Alemanha durante um período de sete dias chamado de "Semana Negra".
Contudo, devido a sucessiva onda de ataques da Luftwaffe, a força aérea alemã, o ataque foi facilmente abatido. Ao final daquela semana, 148 bombardeiros foram destruídos e 1,5 mil homens foram mortos ou capturados, entre eles Cleven e Egan. O primeiro foi capturado e interrogado pelos alemães, enquanto Egan se ofereceu para liderar um ataque a Münster em 10 de outubro para vingar seu amigo.
A Semana Negra provou ser um ponto de virada na guerra aérea, concedendo uma vantagem à Luftwaffe e forçando os americanos a suspender os ataques de longo alcance. O revés, no entanto, foi temporário. Quando os Aliados desembarcaram na Normandia, em 6 de junho de 1944, a Força Aérea Alemã estava virtualmente derrotada, com seus caças atraídos por bombardeiros americanos.
Fim da guerra e legado
Ao contrário da sua reputação, o 100º não sofreu o maior número de perdas entre os grupos da Oitava Força Aérea, o que fez com que muitos historiadores questionassem a reputação de "Centésimo Sangrento" em suas memórias. No entanto, vale ressaltar que o grupo sofreu perdas gigantescas de uma só vez.
No dia 6 de março de 1944, por exemplo, 15 aeronaves do 100º foram abatidas em Berlim. Das 306 missões realizadas por eles entre 25 de junho de 1943 e 20 de abril de 1945, apenas oito foram responsáveis por quase metade de suas perdas.
Os dois Buckys surpreendentemente sobreviveram ao conflito e permaneceram amigos íntimos por anos, com Egan servindo de padrinho de casamento de Cleven com sua namorada de infância. Ambos permaneceram na Força Aérea após a guerra. Egan acabou morrendo de ataque cardíaco em 1961, enquanto Cleven morreu em 2006 aos 87 anos. Suas histórias, no entanto, seguem vivas para a eternidade.
Outras unidades perderam mais aeronaves e tripulações do que nós. O que nos tornou diferentes foi que quando perdemos, perdemos feio. Essas oito missões nos trouxeram fama.” – Harry H. Crosby
Crosby foi Navegador no 100º Grupo e esteve com sua unidade todos os vinte e dois meses em que o 100º esteve em status operacional na Segunda Guerra Mundial até o final das hostilidades em 9 de maio de 45. Ele escreveu um tratado sobre o 100º intitulado “A Wing and A Prayer”.
Durante 22 meses de combate aéreo, as tripulações do 100º Grupo voaram em missões mortais, aprimorando suas habilidades e táticas.
Ao analisar os números brutos de uma forma não emocional, as perdas durante a guerra do Centésimo Sangrento não foram as maiores para a 8ª Força Aérea, embora estivessem entre as três maiores em perdas de grupos de bombardeiros pesados. A história oficial da Fundação do 100º Grupo de Bombardeios totaliza 184 relatórios de tripulações desaparecidas em 306 missões. Em suas memórias, Oitavo Diário de Guerra da Força Aérea, o copiloto John Clark observou que “50% das perdas do Grupo ocorreram em apenas 3% de suas missões”. Como um jogador azarado, as equipes do 100 tiveram dias ruins, e às vezes tiveram dias realmente ruins. Assim, ganhando o apelido de “Bloody 100”.
Cerca de 26.000 membros da Oitava Força Aérea deram suas vidas. O número total de mortos ou desaparecidos foi ligeiramente superior ao sofrido pelo Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e pouco menos de metade das vítimas sofridas por toda a Marinha dos EUA na Segunda Guerra Mundial. Tais comparações não diminuem em nada as contribuições de outros ramos das forças armadas, mas antes apontam para a escala gigantesca dos esforços da Oitava Força Aérea. A parcela do 100º Grupo de Bombardeios nessas perdas foi de 785 mortos ou desaparecidos e 229 aeronaves destruídas ou tornadas impróprias para aeronavegabilidade. Mesmo assim de 25 de junho de 1943 a 20 de abril de 1945, o 100º Grupo de Bombardeio nunca ficou fora de combate devido a perdas.
A expectativa média de vida de um tripulante de B-17 da 8ª Força Aérea em 1943 era de onze missões!
ATENÇÃO, ATENÇÃO: Aproveite para assistir The Tuskegee Airmen (br Prova de Fogo), 1995 ‧ Guerra/Ação ‧ 1h 46m
O primeiro esquadrão de pilotos negros da Força Aérea dos Estados Unidos é formado durante a Segunda Guerra Mundial. Ao chegar à base de Tuskegee, os oficiais selecionados descobrem que, além da guerra, terão que lutar contra o preconceito.
𝐀𝐭𝐮𝐚çõ𝐞𝐬 𝐍𝐨𝐭á𝐯𝐞𝐢𝐬: A performance de Jodie Foster como Clarice Starling e Anthony Hopkins como Hannibal Lecter é frequentemente elogiada. Hopkins, em particular, recebeu aclamação por sua interpretação icônica do inteligente e sinistro Hannibal Lecter, ganhando o Oscar de Melhor Ator por seu papel.
𝐃𝐢𝐫𝐞çã𝐨 𝐇𝐚𝐛𝐢𝐥𝐢𝐝𝐨𝐬𝐚: A direção de Jonathan Demme é frequentemente elogiada pela maneira como ele construiu a tensão e a atmosfera do filme. Sua abordagem visual e narrativa contribuiu significativamente para o suspense e o horror psicológico do filme.
𝐑𝐨𝐭𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐈𝐧𝐭𝐞𝐥𝐢𝐠𝐞𝐧𝐭𝐞: Baseado no livro de Thomas Harris, o roteiro adaptado por Ted Tally é elogiado por sua inteligência e capacidade de manter o público envolvido. A história é complexa, cheia de reviravoltas e diálogos memoráveis.
𝐀𝐭𝐞𝐧çã𝐨 𝐚𝐨𝐬 𝐃𝐞𝐭𝐚𝐥𝐡𝐞𝐬: A atenção aos detalhes na construção dos personagens, cenários e enredo é frequentemente destacada. Cada elemento é cuidadosamente trabalhado para contribuir para a experiência geral do filme.
𝐒𝐮𝐬𝐩𝐞𝐧𝐬𝐞 𝐏𝐬𝐢𝐜𝐨𝐥ó𝐠𝐢𝐜𝐨: "O Silêncio dos Inocentes" é também elogiado por seu suspense psicológico. O filme foca na mente dos personagens e na relação intrigante entre Clarice e Hannibal, em vez de depender apenas de elementos de horror visual.
𝐑𝐞𝐥𝐞𝐯â𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐂𝐮𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚𝐥: O filme teve um impacto significativo na cultura popular e estabeleceu um padrão para filmes de suspense e terror psicológico. Cenas e diálogos do filme tornaram-se parte do cânone cinematográfico.
𝐓𝐫𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐒𝐨𝐧𝐨𝐫𝐚 𝐌𝐞𝐦𝐨𝐫á𝐯𝐞𝐥: A trilha sonora de Howard Shore é frequentemente mencionada como um componente vital do sucesso do filme. A música contribui para a atmosfera tensa e é reconhecida como uma das trilhas sonoras mais icônicas do cinema.
No geral, "𝐎 𝐒𝐢𝐥ê𝐧𝐜𝐢𝐨 𝐝𝐨𝐬 𝐈𝐧𝐨𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬" é elogiado por sua qualidade técnica, performances excepcionais e impacto duradouro no cinema. Ele continua sendo uma referência no gênero de suspense e psicologia criminal.
‘A Favorita’ subverte o conceito de filme histórico convencional.
'A Favorita', de Yorgos Lanthimos, resgata a figura da rainha Anne da Grã Bretanha para falar de manipulação, do poder e do feminino.
Os amantes de filmes históricos podem ficar um tanto frustrados com A Favorita, ótimo longa-metragem do cineasta grego Yorgos Lanthimos, recordista, ao lado de Roma, em indicações ao Oscar, disputando o prêmio em dez categorias. O excelente roteiro de Daborah Davis e Tony McNamara, embora preciso em relação à maior parte dos fatos retratados, não se preocupa tanto em contextualizar o espectador, dispensando recursos mais tradicionais, como textos didáticos introdutórios. Seu foco é outro: retrata as relações perigosas entre a rainha Anne (a excepcional Olivia Colman), Sarah Churchil (Rachel Weisz, de O Jardineiro Fiel) e a camareira Abigail Hill (Emma Stone, de La La Land – Cantando as Estações).
Ao longo da última década, Lanthimos, por conta de filmes como Dente Canino (2009), A Lagosta (2015) e O Sacrifício do Cervo Sagrado (2017), tornou-se um dos diretores mais cultuados pela crítica internacional. Dono de um cinema muito original, para não dizer peculiar, o grego prima pelo exagero, que vai do cinismo ao poético em um estalar dedos, sem um excluir o outro. Todos esses traços excêntricos estão presentes em A Favorita, talvez seu longa mais palatável, perfeito para levar sua estética (e ética) a um público mais amplo.
Embora Anne, cujo reinado durou entre 1707 e 1714, tenha sido uma monarca importante, a primeira da Grã-Bretanha (Inglaterra, Escócia e Irlanda juntas), e o filme se ocupe (bem) das maquinações políticas à época, Lanthimos está mais interessado em discutir outro tipo de poder, de manipulação. Muito frágil, física e emocionalmente, a rainha, além de dores torturantes (sofria de gota e diabetes), carregava em si o gigantesco trauma de ter engravidado 17 vezes sem conseguir criar um filho sequer. Todos morreram, antes ou depois de nascerem. No lugar dessas crianças, criava coelhos, a quem dava os nomes dos bebês perdidos.
Sarah, amiga de juventude de Anne e esposa de um nobre importante na vida militar do Império Britânico, é uma eminência parda, que atua nos bastidores e exerce forte influência sobre a rainha, com quem, segundo o filme, mantém um caso amoroso há muitos anos. A relação entre as duas mulheres começa a deteriorar quando Abigail, prima empobrecida da duquesa, chega à corte e se torna camareira de Anne, conquistando sua confiança e afeto, até assumir o lugar que antes era exclusivo de Sarah.
Construído em episódios, como capítulos de um livro, A Favorita é um jogo, no qual as três protagonistas de alguma forma brincam e desafiam umas as outras, fazendo uso de artimanhas de poder, mas também eróticas e amorosas, em uma teia muito original, que faz lembrar o clássico Barry Lyndon (1975), de Stanley Kubrick, e Ligações Perigosas (1988), de Stephen Frears, ambos também indicados ao Oscar de melhor filme. Lanthimos não faz uma obra reverente à história da Grã-Bretanha. Talvez por ser estrangeiro, lança um olhar cáustico, porém humano, em direção ao decadentismo da aristocracia no século 18.
Visualmente impecável, da fotografia à luz de velas e com o uso de grandes angulares de Robbie Ryan aos figurinos de Sandy Powell, A Favorita, contudo, não permite que o estético se sobreponha ao dramático. É engraçado, provocativo e muito moderno, apesar de a trama se passar há mais de 300 anos. Indicadas ao Oscar de atriz coadjuvante, Rachel Weisz, equilibrando o masculino e o feminino, e Emma Stone, deliciosamente vil, brilham muito, mas é de Olivia Colman o grande espetáculo. Vencedora da Copa Volpi de melhor atriz no Festival de Veneza e do Globo de Ouro, além de indicada ao prêmio da Academia, a britânica está extraordinária como a rainha Anne, ao mesmo tempo patética e poderosa, frágil e voluntariosa. É dela a imagem final do filme, que ressoa e atordoa.
"𝙇𝙖𝙜𝙧𝙞𝙢𝙖𝙨 𝙙𝙤 𝙎𝙤𝙡" (𝙏𝙚𝙖𝙧𝙨 𝙤𝙛 𝙩𝙝𝙚 𝙎𝙪𝙣) é um filme de ação e drama militar lançado em 2003, dirigido por Antoine Fuqua e estrelado por Bruce Willis.
Aqui estão alguns pontos que fazem deste um filme excelente:
𝐀𝐭𝐮𝐚çõ𝐞𝐬 𝐈𝐦𝐩𝐚𝐜𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬: Bruce Willis oferece uma performance sólida como o tenente A.K. Waters. Sua habilidade em transmitir as emoções do personagem, especialmente no contexto de um filme de ação, contribui para a autenticidade da narrativa. 𝐅𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐚 𝐞 𝐃𝐢𝐫𝐞çã𝐨: A cinematografia de "Lágrimas do Sol" é muitas vezes elogiada por capturar paisagens deslumbrantes da selva africana. Antoine Fuqua, conhecido por seu estilo visual marcante, proporciona sequências de ação bem coreografadas e momentos intensos.
𝐓𝐞𝐦𝐚𝐬 𝐑𝐞𝐥𝐞𝐯𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬: O filme aborda questões humanitárias, éticas e morais relacionadas a conflitos em zonas de guerra. A exploração desses temas adiciona profundidade à trama, provocando reflexões sobre o papel das forças militares em situações de crise.
𝐓𝐫𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐒𝐨𝐧𝐨𝐫𝐚 𝐄𝐧𝐯𝐨𝐥𝐯𝐞𝐧𝐭𝐞: A trilha sonora, muitas vezes composta por Hans Zimmer em colaboração com Lisa Gerrard, é elogiada por complementar efetivamente a atmosfera do filme. A música contribui para a emoção das cenas e intensifica a experiência do espectador.
𝐏𝐞𝐫𝐬𝐨𝐧𝐚𝐠𝐞𝐧𝐬 𝐁𝐞𝐦 𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐯𝐨𝐥𝐯𝐢𝐝𝐨𝐬: Além do protagonista, "Lágrimas do Sol" apresenta personagens secundários que têm suas próprias histórias e evoluções ao longo do filme. Isso contribui para uma narrativa mais rica e envolvente.
𝐂𝐞𝐧𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐀çã𝐨 𝐑𝐞𝐚𝐥𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬: As sequências de ação são notáveis pela sua realidade e intensidade. O filme evita muitos exageros comuns em filmes do gênero, focando em retratar a brutalidade e a complexidade de situações de conflito.
𝐌𝐢𝐬𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐆ê𝐧𝐞𝐫𝐨𝐬: O filme consegue mesclar elementos de ação, drama e thriller militar de maneira equilibrada, proporcionando uma experiência cinematográfica abrangente e cativante.
𝐂𝐨𝐧𝐬𝐜𝐢ê𝐧𝐜𝐢𝐚: "𝐋á𝐠𝐫𝐢𝐦𝐚𝐬 𝐝𝐨 𝐒𝐨𝐥" não se limita a ser apenas um filme de ação; ele levanta questões sobre refugiados, direitos humanos e a responsabilidade militar em situações de crise, proporcionando uma reflexão mais profunda sobre as complexidades da guerra.
Em resumo, "𝐋á𝐠𝐫𝐢𝐦𝐚𝐬 𝐝𝐨 𝐒𝐨𝐥" é elogiado por sua emocionante narrativa, performances convincentes, cinematografia envolvente e abordagem sensível a questões sociais e éticas. Esses elementos combinados contribuem para um filme que transcende as expectativas típicas do gênero de ação militar.
A 3ª temporada de Reacher no Amazon Prime Video será baseada no livro .
O autor da saga de livros Lee Child revelou qual dos 27 livros publicados que será adaptado para a 3ª temporada:
Persuader - no Brasil tem o título "Acerto de Contas" -, que é o sétimo livro da saga de Jack Reacher.
“Eles podem fazer o que quiserem porque o lance dos dos livros é que você não precisa lê-los em ordem. Todos se seguram sozinhos. O mesmo personagem, obviamente, mas todos se seguram sozinhos. Reacher não é uma pessoa que pensa no passado. Ele nunca prevê o futuro e que vive no hoje então nunca há referências nos livros a livros anteriores. Você não perderá nada se os ler fora de ordem. Podemos fazer a série fora de ordem também”, Lee Child afirmou.
Na terceira temporada, Reacher deve se disfarçar para resgatar um informante detido por um inimigo assustador de seu passado.
"Nós escolhemos, está escolhido", confirmou Lee Child sobre o livro da 3ª temporada, lembrando que ele também é produtor executivo da série. "É uma boa escolha, devo dizer. Acho que fomos muito criativos na forma como sequenciamos o tipo de história".
Lee Child confirmou que veremos Reacher trabalhando sozinho, uma marca registrada do personagem nos livros.
"Sentimos que precisávamos de um livro que fosse mais Reacher sozinho para a terceira temporada. E então era uma questão de qual história funcionaria melhor para isso, e qual teria uma ótima cena de abertura e tudo mais, e encontramos uma que amamos", provocou o autor sobre os próximos episódios da série, que já estão em produção.
Ritchson declarou que a próxima aventura levará seu personagem para um “novo mundo”:
“Não posso falar muito sobre a 3ª temporada, mas direi que há muitas histórias clássicas dos livros que são aventuras nas quais Reacher é profundamente envolvido. E vamos aproveitar para levá-lo a um novo mundo. Pode não ter nada a ver com a família ou com seu passado, ele está apenas vivendo essa aventura e essa é a direção que tomamos.Parece realmente funcionar muito bem para o ritmo que pretendemos levá-lo.”
Além disso, também foi confirmado que Maria Sten voltará como Frances Neagley na terceira temporada.
A produção apresenta uma nova abordagem sobre Jack Reacher, personagem que já teve interpretação de Tom Cruise no cinema.
A 2ª temporada é baseada no livro “Bad Luck and Trouble" (Azar e Contratempo), o décimo primeiro romance de Jack Reacher publicado originalmente em 2007 e a série é estrelada por Alan Ritchson, de Titãs e Smallville. Na trama, Reacher recebe uma mensagem codificada de que os membros de sua antiga unidade do Exército dos EUA, a 110ª PM de Investigações Especiais, estão sendo brutalmente assassinados um a um.
Todos os episódios estão disponíveis no prime video
‘Saltburn’ divide opiniões, apostando na estética do choque.
'Saltburn', novo filme da cineasta britânica Emerald Fennell, é uma corrosiva e hipersexualizada sátira social, mas esbarra em sua abordagem por vezes superficial e cosmética.
Arecepção de Saltburn, o segundo filme da cineasta britânica Emerald Fennell, tem gerado, até o momento, divergências de opinião significativas. O longa-metragem, disponível no Amazon Prime Vídeo, explora a intrusão de um indivíduo de classe média em uma família inglesa extraordinariamente rica e aristocrática.
De um lado, há espectadores e a maioria dos críticos que categorizam o filme como uma confusão exuberante, mas autocomplacente de provocação até certo ponto vazia. Por outro lado, existem aqueles que o veem como um thriller erótico envolvente e bem-sucedido, repleto de momentos impactantes em uma releitura de Fennell de obras como Teorema, obra-prima do cineasta italiano Pier Paolo Pasolini, do romance clássico Brideshead Revisited, de Evelyn Waugh, e, por fim, dos livros e das adaptações para o cinema de O Talentoso Ripley, livro da norte-americana Patricia Highsmith.
Embora haja consenso sobre a estética exuberante e atraente de Saltburn, imagens desconfortáveis, como a de um personagem bebendo água do banho de outro, e o desfecho chocante e meio pretensioso do filme, provocam debates sobre se são expressões da genialidade da diretora ou simples truques baratos e vazios, sob medida para chocar o espectador.
A polêmica em torno de Saltburn não é tanto uma consequência da intenção do filme como sátira social, mas, sim, derivada de suas artimanhas criativas: provocar visualmente, retratar a riqueza aristocrática e a devassidão de maneira luxuosa, e sublinhar desejos de maneira escancarada e abusada.
Saltburn é uma obra focada em sensações, e Fennell demonstra habilidade nesse aspecto. O filme faz uso extensivo de montagens suntuosas, escolhas nostálgicas de trilha sonora (a trama se passa na primeira década deste século), destacando-se especialmente “Time to Pretend”, do MGMT, e “Murder on the Dance Floor”, de Sophie Ellis-Bextor, e dioramas de beleza e vigor intensos.
‘Saltburn’: o enredo
A narrativa inicia com um Oliver Quick adulto (interpretado pelo ator irlandês Barry Keoghan, de Os Banshees de Inisherin) declarando nunca ter estado “apaixonado” pelo lindamente distante Felix Catton de Jacob Elordi (da série Euphoria e o Elvis de Priscilla), enquanto se deleita com closes detalhados do suor de Felix, sua nuca, seus músculos abdominais, seu narcisismo. Tudo observado voyeuristicamente através de uma janela. Isso, de maneira sucinta, estabelece que o filme trata de intoxicação e fixação de Oliver por ele.
A proposta é fazer com que o espectador olhe e sinta primeiro, deixando o pensamento para depois (embora seja válido destacar que mais reflexão pode resultar na desconstrução de toda a trama).
Esse clima, essas sensações emanadas pelo filme, são cativantes, mas também podem distrair, compensar em excesso e até enganar. Apesar dos esforços de sátira em relação à classe social privilegiada, Saltburn parece, em grande medida, ser nada além de luxuoso. O filme se deleita na grandiosidade da mansão que lhe dá título, em reviravoltas na trama que beiram o ridículo, e nas excentricidades aristocráticas representadas pelos excelentes Rosamund Pike e Richard E. Grant, interpretando os pais de Felix.
Vazio
A lógica subjacente – personagens superficiais, descartáveis, e uma trama carente de fundamentação navegando em uma aura sedutora – ecoa, de certa forma, a abordagem de Euphoria, também uma obra que aposta no poder de choque, uma marca da contemporaneidade. Saltburn, assim como a série da HBO, é colorido, intenso, exuberante, excessivamente provocante e, por vezes, frustrantemente superficial, embora jamais monótono, é preciso dizer. Essa abordagem inspirou uma resposta dividida entre público e crítica. Seria Saltburn genial ou vazio? Genuinamente excitante ou apenas provocativo? Arrojado ou tolo?
A inclinação é sempre para a segunda resposta a essas perguntas, pois Saltburn parece superestimar seu poder, confundindo provocação com profundidade. Mais criticamente, há uma tendência a superestimar, mas também subestimar seu próprio impacto – não há como negar que o filme mexe e muito com o público. Sua repercussão é prova disso.
Os esforços de Fennell para provocar por meio de nudez, sexo e violência, embora desconfortáveis, carecem de uma base sólida em termos de construção de personagens humanos que realmente justifique tudo isso. Alguns momentos chegam a meio termo – como o banho de Oliver ou o ato sexual oral em Venetia durante sua menstruação -, sendo, de fato, muito provocativos para um público cada vez mais puritano. Mas, pelo menos, essas cenas tentam materializar o consumo da riqueza dos Catton pelo protagonista de uma maneira carnal.
Contudo, cenas como Oliver fazendo sexo na cova de Felix ou dançando nu na mansão que conquistou sem um propósito claro parecem oportunidades apenas para exibir um ator talentoso e atraente se contorcendo na terra molhada e dançando sem roupas. Não muito mais. A que leva o choque que essas cenas provocam no espectador? Chocam, sim, mas no fundo não querem dizer muito, não.
O que destaca é que a intenção do filme como uma sátira excitante, um retrato do desejo, se torna, por fim, amarga, o que é bem interessante. Como Fennell já fez em Bela Vingança, longa que lhe deu o Oscar de melhor roteiro original, o desfecho é surpreendente, mas não exatamente catártico, porque também sombrio, amargo. O problema é que a cineasta e roteirista não consegue mascarar a ausência de uma intenção coesa, de uma especificidade de personagens, lugar ou ideia. O filme carece dessa consistência, resultando um tanto cosmético, o que compromete seu impacto e deixa sua narrativa flutuando numa espécie de vácuo muito chique.
Saltburn está indicado a cinco Bafta (o Oscar britânico) em cinco categorias, incluindo melhor ator (Barry Keoghan), atriz coadjuvante (Rosemund Pike), ator coadjuvante (Jacob Elordi) e melhor filme britânico.
Muito bom filme, o crime não compensa só traz desgraça.
Esse filme 🎥 é muito bom retratando problemas familiares e conflitos gue toda família infelizmente tem não somos perfeitos temos nossos defeitos e qualidades e o filme traz a toma essa outra situação o de ficar contrabadeando tendo falcatruas e roubos o filme e bom recomendo para guem guiser assistir 😮😮
Uso a frase dos peaky blianders cabalho lerdo e mulheres lijeiras
Excelente trabalho sobre cruel situação drasticamente, ainda tão atual e pior, sobre a violência doméstica contra as mulheres. Atores ótimos. Não conhecia a atriz protagonista. Roteiro, direção, fotografia, figurino, edição...Parabéns! Triste é saber que tantos relacionamentos tóxicos e abusivos, levam à violência física, psicológica...So quem convive com um narcisista compreende bem o personagem
Atuação magistral do nosso saudoso Domingos Montagner...
O filme "O Demolidor" aparentemente parece ser apenas mais um bom filme de ação dos anos 90, onde um "herói" tenta impedir um vilão de dominar o mundo. Mas ele é muito mais do que isso. O filme tem uma crítica social extremamente inteligente, que se prova a cada ano mais certeira. Muitas pessoas dizem, que aquele futuro do filme é praticamente uma previsão do nosso presente, ou uma perspectiva futuro que estamos construindo. No filme, o estado rege todas as regras da civilização, controla absolutamente tudo na vida das pessoas. Por exemplo, como devemos nos vestir, o que comer e beber, o que se pode ver na TV, ouvir, falar, proíbe bebidas alcoólicas, cigarro, sexo, beijar, proíbe até mesmo engravidar sem autorização. Tudo que o governo acha que pode fazer "mal" para as pessoas, ele proíbe. E se a pessoa quebrar qualquer regra, ou tentar questionar o estado, leva multa ou é presa imediatamente. O "politicamente correto", se é que esse termo é realmente o correto, tomou conta de tudo ao extremo. As pessoas que têm pensamento contrário, opiniões diferentes do estado, foram obrigadas a viver nos esgotos ou seriam presas como marginais, passando fome e tendo que roubar para se alimentar, elas são consideradas a escória da sociedade. Enquanto as pessoas que vivem nessa bolha têm fartura, se aproveitando de sua própria hipocrisia. Os policiais não usam mais armas, não são mais treinados. Na verdade, ninguém mais pode ter armas; literalmente, elas só existem em museus. Todos são proibidos de aprender autodefesa, artes marciais também foram proibidas. O estado passou a decidir cada passo da população, que vive em uma superficial e imaginária paz, percebendo ou não a opressão que os cerca. Tudo isso é mostrado no filme com sutilezas e, algumas vezes, de forma explícita. Claro, existem muitas outras críticas sociais dentro do filme, que falarei em outros textos. Na sua opinião, o filme "O Demolidor" realmente acertou em suas previsões? Ou é um exagero dizer isso, já que na maior parte do mundo, inclusive no Brasil, ainda somos teoricamente um país com liberdade! O que acham?
True Detective é uma série de televisão de drama criminal e antologia, conhecida por sua narrativa densa e atmosfera sombria.
Depois de três temporadas, a série continua a intrigar e cativar o público com suas histórias complexas, personagens fascinantes e reflexões profundas sobre a natureza humana.
A 4a temporada com Jodie Foster chega em 14 de janeiro na HBO. Descubra 10 curiosidades sobre True Detective.
Estreou em 2014
True Detective é uma série de antologia de crime e drama que estreou em 2014 na HBO. Cada temporada conta uma história independente com diferentes personagens, elenco e trama.
Criação de Pizzolatto
A série foi criada e escrita por Nic Pizzolatto, um renomado escritor e roteirista americano. Pizzolatto ganhou reconhecimento por sua escrita complexa e atmosférica em True Detective.
Começou bem
A primeira temporada de True Detective foi aclamada pela crítica e pelo público, sendo considerada uma das melhores séries de televisão dos últimos anos. Estrelada por Matthew McConaughey e Woody Harrelson, a temporada explorou um caso de assassinato macabro no sul da Louisiana ao longo de várias décadas.
2a temporada
A segunda temporada de True Detective teve um estilo mais noir, caracterizado por seus visuais estilizados e personagens moralmente ambíguos. A temporada incorporou elementos da estética e narrativa do filme noir, criando uma atmosfera sombria e melancólica que lembra os filmes noir clássicos. A temporada dividiu opiniões, contando com Colin Farrell, Rachel McAdams e Vince Vaughn no elenco.
Mahershala Ali
A terceira temporada de True Detective marcou o retorno da série ao sul dos Estados Unidos, desta vez na região noroeste do Arkansas. Mahershala Ali interpretou o detetive principal, investigando um crime que se desenrola ao longo de três linhas do tempo diferentes.
Marca
A série é conhecida por sua cinematografia impressionante e atmosfera sombria. Os diretores de fotografia e os diretores de cada temporada contribuíram para criar uma estética visual única que se tornou uma marca registrada de True Detective.
Diálogos profundos
Os diálogos complexos e filosóficos são uma característica marcante da série. True Detective explora temas profundos, como a natureza da identidade, a existência do mal e a luta entre o bem e o mal.
Boa música
A trilha sonora de True Detective também recebeu muitos elogios. Cada temporada apresenta uma seleção cuidadosa de músicas que complementam a narrativa e a atmosfera da série.
Matthew McConaughey
A interpretação de Matthew McConaughey do detetive “filosófico” Rust Cohle na 1ª temporada foi aplaudida pela crítica. Ele passou por uma transformação física para o papel, perdendo peso e adotando a aparência para capturar a intensidade e a natureza complexa do personagem.
Natureza humana
True Detective cativou os fãs ao longo das temporadas com suas histórias envolventes e personagens complexos. Apesar de cada temporada ter uma abordagem única, a série continua a explorar os aspectos mais sombrios e profundos da natureza humana, mantendo seu status como uma das séries mais intrigantes e cativantes da televisão.
Ótimo filme. O drama da doença e o sofrimento a cada dia do pistoleiro durão. No final, cenas brutais . John Wayne já era para receber um Oscar por esse filme, mas a Hollywood miserável não deu ao veterano ator, dono de excelentes filmes em sua carreira. Foi-lhe dar em seu último filme, quando ele colocou um tapa-olho. Pouco tempo depois, descobriu-se que ele estava com câncer . Ele foi receber o Oscar já bem magro, abatido pela doença, mesmo assim com muito orgulho pelo ainda que tardio prêmio.
Esse filme tem tudo a ver com o que John Wayne estava passando na realidade. Nessa época ele estava com o câncer bem avançado. O filme é de 1976 Wayne faleceu em virtude do câncer em 1979. Pouco tempo depois de ter recebido uma homenagem especial pela academia de Hollywood.
Debutou hoje no MCU, no ótimo 6° episódio da animação What if, a heroína nativo-americana Kahhori.
E agora trago 10 curiosidades sobre a Kahhori e o seu episódio que APOSTO que você não sabia.
1. Ela é uma personagem original da animação. Não existe uma Kahhori nas HQs.
2. Ela faz parte do povo Mohawk, que viviam na região de New York (nordeste americano) e pelo Canadá. Eles fazem parte da Confederação Iroquesa, ou Haudenosaunee, uma importante civilização nativo-americana da América do Norte.
3. O episódio foi desenvolvido com colaboração de membros da Nação Mohawk, como o historiador Doug George e a especialista em língua mohawk Cecelia King.
4. O episódio foi quase todo falado na língua Mohawk e se passa em Akwesasne (hoje conhecido como interior de New York).
5. Kahhori é um nome real do Clã Lobo, que significa 'ela agita a floresta'/alguém que motiva aqueles ao seu redor. E convenhamos, faz todo sentido, né?
6. Ryan Litte é o escritor e co-criador da Kahhori. Ele trabalha nesse episódio desde 2019. E contou que existe um corte do episódio com 10 minutos adicionais.
7. Kahhori foi dublada na versão original pela atriz Kawennáhere Devery Jacobs, que faz parte da Nação Mohawk.
8. O nível se consulta com especialistas na Nação Mohawk foi tão grande que eles colaboraram em todas as camadas da história. Desde o nome dos personagens, personalidades e vestimentas. Tudo para produzir um episódio que fosse fiel e respeitoso.
9. Nos quadrinhos há um reino adjacente e conectado com a Terra chamado Giizhigong. Ele é povoado por nativo-americanos e é acessado pelo Rio Colorado. Giizhigong, na língua Ojíbua, significa "céu" ou "lugar do céu". O que combina com o "Mundo do Céu" que Kahhori visitou.
10. Esse reino adjacente à Terra, mas ainda conectado com ela, é semelhante a Ta-Lo, ligado à cultura chinesa. Vimos ele aparecer em Shang-Chi e a Lenda dos 10 Anéis. Outro reino nesse sentido, mas um pouco diferente, mais espiritual, é Djalia. Esse é o plano astral que contém a memória coletiva de Wakanda
PS: Quando falamos “criem personagens originais”, é disso que estamos falando! Finalmente what if mostrou algo minimamente diferente do MCU... Gostei da iniciativa
Timothée Chalamet é um Willy Wonka jovem e sonhador em prequel divertida, ainda que adocicada.
'Wonka', que narra a juventude do protagonista de 'A Fantástica Fábrica de Chocolates', se destaca por sua leveza, brilho, elenco afiado e números musicais grandiosos.
Amais recente encarnação de Willy Wonka, interpretada por Timothée Chalamet (de Duna) em Wonka, surge na telona como uma figura bem mais jovem, doce e notavelmente menos excêntrica do que suas versões anteriores. Ele embarca em sua jornada do herói com uma aura de sonho e um sorriso permanente nos lábios, mantendo uma atitude positiva, ocasionalmente cantando, dançando de forma um tanto desajeitada e criando doces peculiares, como os chocolates salgados com as “lágrimas agridoces de um palhaço russo”, conhecidos como hoverchocs.
A resiliência – ou seria insistência? – das franquias cinematográficas é evidente em Wonka, novo musical original que explora os primeiros empreendimentos do jovem Willy. O filme se destaca por sua leveza e brilho, e é repleto de artistas talentosos que parecem se divertir (muito) com suas interpretações, mesmo quando assumem papéis malvados.
A qualidade mais evidente dessa encarnação jovem de Willy Wonka é a sua gentileza. Há uma ausência quase absoluta da misantropia sombria presente no romance Charlie e a Fábrica de Chocolate, de Roald Dahl, best-seller de 1964 que gerou diversas adaptações, incluindo filmes anteriores e um musical na Broadway.
A narrativa de Dahl e suas adaptações anteriores apresentam um menino pobre, Charlie, que realiza uma visita transformadora à fábrica de chocolate do enigmático e algo perverso Willy Wonka. Dirigido por Paul King, Wonka retrocede no tempo para quando Willy era um esforçado empreendedor sem dinheiro nos bolsos, mas repleto de encantos e aspirações.
Após anos viajando pelo mundo, ele busca realizar seus sonhos doces em uma cidade que remete à Europa, com uma arquitetura espetacular e espaço para números musicais grandiosos. Seus desafios surgem na forma de um cartel chocolateiro e a dona malvada de uma estalagem, Sra. Scrubbit (Olivia Colman, excepcional como sempre), que escraviza seus hóspedes pobretões.
‘Wonka’: excesso de doçura
Wonka apresenta canções antigas e novas, coreografias envolventes, um rio de chocolate, mas não chega a inovar. Entre seus atrativos está um Chalamet carismático e entusiasmado, de movimentos desajeitados, com seus cabelos sempre desarrumados balançando sob o chapéu de Willy. O desempenho lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de melhor ator (comédia ou musical).
O filme enfatiza Willy como protagonista absoluto. Embora ele logo encontre uma parceira infantil, Noodle (Calah Lane, muito carismática), a mais jovem entre os servos de Sra. Scrubbit. E é Willy, desta vez, quem assume o papel do ingênuo de olhos arregalados que, na história e no filme original era o garoto Charlie.
A personalidade afável de Willy nesta versão o distancia do excêntrico chapeleiro louco de Dahl, aproximando-o espiritualmente do gentil protagonista ursino dos filmes de King, os ótimos Paddington e Paddington 2. Como o personagem Paddington, Willy, o fabricante de doces, logo encontra uma comunidade solidária em seu novo ambiente digitalmente aprimorado. Além disso, recebe calor maternal de Sally Hawkins (de A Forma da Água), compartilha momentos cômicos com um impagável Hugh Grant (aqui como um Oompa-Loompa pistola) e se envolve em escapadas criativas que evidenciam as habilidades de King na construção da narrativa de ação. O filme, no entanto, com sua duração de duas horas, prolonga-se um pouco além do necessário.
O roteiro de King e Simon Farnaby poderia, também, adicionar um tom mais crítico a Wonka; que, às vezes, é adocicado demais – o filme funciona melhor quando explora o humor. Isso não chega a ser surpreendente, dada a reconceituação da personalidade de Wonka por King (sem a presença de ameaça) e a influência da “disneyficação” do entretenimento infantil.
As mudanças no Mundo de Wonka ao longo dos anos, especialmente na caracterização dos Oompa-Loompas, refletem uma evolução significativa. O filme de 1971 com Gene Wilder os retratava com pele laranja e cabelos verdes, uma representação que Tim Burton abandonou em seu filme de 2005 estrelado por Johnny Depp, e que King restaurou.
Um dos desafios para os cineastas contemporâneos ao adaptar a obra de Dahl é aproveitar os elementos agradáveis sem replicar suas facetas menos atraentes. Wonka contorna parte dessas questões por anteceder a notoriedade de Willy, e é possível que em uma eventual sequência, os Oompa-Loompas tenham alcançado uma maior autonomia. Até lá, espera-se que a aversão de Dahl por personagens gordos, evidenciada infelizmente no filme por meio de um chefe de polícia glutão (Keegan-Michael Key), seja deixada para trás.
Wonka, por fim, busca abraçar a gentileza com uma sinceridade espontânea, convidando o espectador a soltar a imaginação, destacando a perspectiva divertida de que um dia Timothée Chalamet se transformará, com alguma sorte, em um Gene Wilder e, esperamos, não em um Johnny Depp.
Nossas impurezas não são fraquezas; na realidade, são justamente elas que nos fazem mais fortes. Esse é o ponto de partida de Samurai de Olhos Azuis, animação franco-americana que estreou na Netflix e tornou-se uma das gratas surpresas do streaming neste final de 2023. Só que a primeira temporada da produção (que tem oito episódios), consegue ser ainda mais profunda.
Para começar, apesar da temática e do pano de fundo orientais, este não é um anime. Trata-se de um "animesque", um desenho animado ocidental que é influenciado pela cultura nipônica. No caso, a criação foi da dupla Amber Noizumi e Michael Green – este último roteirista de Logan e responsável pelo texto do futuro Blade. Os dois também são produtores executivos, ao lado de Erwin Stoff (de Matrix e Constantine). A supervisão de direção é de Jane Wu.
Mal comparando, é como se os animes fossem como o champagne, um produto de origem controlada. Já Samurai de Olhos Azuis é como o espumante: um produto parecido, mas de outro lugar e com suas particularidades.
E que espumante Samurai de Olhos Azuis é: a animação mistura o “sabor” do chanbara (o cinema de samurai, dos clássicos filmes do diretor japonês Akira Kurosawa) com os longas-metragens de spaghetti western estrelados por Clint Eastwood, além de trazer referências a animes como Samurai X e ao bunraku, que é o tradicional teatro de fantoches japonês.
Um samurai com nome
Esta história é sobre Mizu, grande espadachim de olhos azuis que busca vingança contra os homens que amaldiçoaram a sua vida. Até aí, nada que você não tenha visto antes.
Acontece que o desenho animado se passa em meados do século 17, quando o xogum – o ditador militar do Japão, que mandava em tudo enquanto o imperador tinha poder apenas cerimonial – proibiu a entrada e a permanência de cidadãos estrangeiros no país, na política isolacionista conhecida como sakoku e que durou mais de 260 anos.
Pois este é o toque único da produção: Mizu, ao ter a mistura de sangue japonês com europeu, é amaldiçoado pela sociedade, que o considera menos que humano.
Eram quatro os homens brancos que viviam no país ilegalmente no momento do nascimento do samurai, que não sabe quem realmente é o seu pai. Não tem problema: Mizu irá atrás de todos para se vingar por sua existência, trazendo convenientemente uma temporada para cada caçada.
Com esse contexto, Samurai de Olhos Azuis começa a sua trajetória ressoando entre todos aqueles que se sentiram, ou ainda se sentem, rejeitados pela sociedade por suas diferenças.
Não estamos falando apenas de questões étnicas. É aqui que entra um belo paralelo com as espadas: é preciso tirar as impurezas do aço durante o processo de fabricação, mas a busca pela pureza total apenas criará uma liga fraca e quebradiça. São nossas peculiaridades e particularidades que nos dão força e resistência.
Isso por si só já serviria para botar o roteiro de pé, mas os oito episódios desta primeira temporada vão além. De surpresa, Samurai de Olhos Azuis evolui rapidamente para um comentário social, apontando a opressão sofrida pelas mulheres. No contexto do Japão do Período Edo, as jovens só têm dois destinos para suas vidas: se casarem ou se tornarem prostitutas. Na prática, muda apenas o tipo de homem ao qual são vendidas pelo pai.
Nesse sentido, o animesque traz suas principais protagonistas femininas lutando contra as estruturas sociais com as armas que encontram, batalhando pelo controle de seus destinos e pela chance de escolher o seu próprio caminho. Então vem o primeiro grande plot twist da série, que não é um spoiler por estar no material de divulgação: Mizu é, na realidade, uma mulher que se passa por um homem para sobreviver.
Animação e realismo
Samurai de Olhos Azuis é pintado com uma animação bastante bela e moderna, feita em computação gráfica com um toque do estilo tradicional. Já as cenas de luta foram desenhadas a partir de coreografias em live-action com espadachins reais. O resultado na tela lembra os desenhos animados de cinema dos anos 1990, quando a técnica da rotoscopia e os retoques em CGI fizeram com que longas como Anastasia e A Bela e a Fera tivessem aquela movimentação quase real.
Tudo isso é fechado pelo ótimo trabalho de voz original de atores famosos como George Takei (o Sulu da série original de Star Trek), Ming-Na Wen (de Agents of SHIELD e Mulan), Kenneth Branagh (Oppenheimer, Dunkirk) e Cary-Hiroyuki Tagawa (Mortal Kombat, o de 1995). Mas quem comanda a ação mesmo é Maya Erskine, que dá vida a Mizu, fechando o quarteto de protagonistas ao lado de Masi Oka (e seu encantador Ringo), Darren Barnet e Brenda Song.
Nem tudo é perfeito, é claro. Percebe-se que, em alguns momentos, há a tentativa de alongar o enredo, fazendo-o preencher os oito episódios de cerca de 45 minutos. Claramente era possível cortar uma gordura aqui e ali, mas, ao mesmo tempo, essas “esticadas” são bem utilizadas, trazendo surpresas que, por mais que pareçam heterodoxas em um primeiro momento, funcionam bem para o cenário que a animação quer construir.
A equipe de produção (composta por pessoas de diversas origens) também pode incomodar os mais puristas. Mas, mais uma vez, este não é um anime, nem tem como principal alvo o mercado japonês. Trata-se de um produto global.
Talvez aí esteja o real motivo de Samurai de Olhos Azuis ser bem-sucedido, em um ponto que nos leva de volta ao começo desta crítica: é a mistura de ligas que faz o metal ser mais forte.
quando você for mãe/pai e criar uma "Alice" na sua vida, nunca a mimem dando tudo que ela desejar, por mais difícil que seja, as vezes um não também é necessário, especialmente broncas e punições quando a mesma tiver errada. A metáfora do biscoito se referindo as drogas foi muito boa.
Se os pais não tivessem mimado tanto a Alice e tivessem a punido quando a mesma fez coisas erradas, talvez a filha estaria viva para ficar com os pais.
Amo esse estilo de arte, a história da loja e tudo me lembra um pouco xxxholic, se alguém conhecer mais obras nessa vibe por favor me indiquem
A frase final é: "Sereias são mesmo possessivas."
Uma obra prima,o criador é de um talento inigualável....
" O príncipe que confundiu culpa com amor verdadeiro." O resumo do episódio 2, aliás só 4 capítulos não é suficiente para essa obra de arte.
Todos os capítulos dessa série são ótimos, mas amo esse episódio 3:
Ele morreu no auge da sua carreira, e como o conde D mostrou para o Detetive no funeral, todos estavam o elogiando e lamentando sua morte precoce, ele nunca envelhecerá e perderá sua glória ou será esquecido, pois morreu enquanto ainda era uma estrela.
𝐏𝐫𝐨𝐝𝐮çã𝐨: Escrita por Maria Adelaide Amaral, é livremente inspirada no romance homônimo de Dinah Silveira de Queiroz, e escrita com colaboração de Vincent Villari e João Emanuel Carneiro, teve a direção de Alexandre Avancini e Luiz Henrique Rios, contou com a direção geral de Denise Saraceni e Carlos Araújo, e também contou com a direção de núcleo de Denise Saraceni. Contou com Alessandra Negrini, Leandra Leal, Letícia Sabatella, Vera Holtz, Leonardo Brício, Débora Evelyn, Mauro Mendonça e Tarcísio Meira nos papéis principais.
𝐇𝐢𝐬𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚:
"Século XVII. Três mulheres em busca de um sonho. Para alcançá-lo, devem cruzar a maior cadeia de montanhas do Brasil. Devem cruzar a muralha." (traduzido do site da minissérie no Canal 13 do Chile) Os bandeirantes foram os pioneiros no desbravamento europeu do território brasileiro. Paulistas suas atividades consistiam em abrir rotas rumo ao interior do país em busca de riquezas e, também, de índios para serem vendidos como escravos. Mesmo sob domínio territorial português, a luta pela posse das propriedades era constante. Vindos de diferentes partes do mundo, inúmeros forasteiros tentavam se apossar do território conquistado pelos bandeirantes. A muralha é uma referência à Serra do Mar, um grande obstáculo às incursões ao centro do país. É pelas cercanias da Vila de São Paulo, na fazenda de Lagoa Serena, após atravessar a muralha, que habita dom Braz Olinto (Mauro Mendonça), um patriarca que lidera sua família e sua bandeira com muito trabalho e sacrifício. Sua luta principal é dominar e vender mão de obra indígena, adquirida através das empreitadas feitas ao interior.
Nisto, se difere de seu filho Tiago Olinto (Leonardo Brício), que vê, na conquista do ouro, a grande razão para seu empenho pessoal. Junto de dom Braz em suas aventuras, está também Afonso Góis (Celso Frateschi), seu genro, casado com Basília (Deborah Evelyn), sua filha. O casal padece da dor da perda do filho Pedro, que desapareceu, aos 13 anos, durante uma expedição com o pai. Em função disso, a expectativa pelo reencontro do filho é uma constante para Afonso e Basília. Rosália (Regiane Alves), a caçula de Braz, é uma jovem determinada, que se dispõe a largar tudo quando se apaixona de verdade por Bento Coutinho (Caco Ciocler), que trabalha na bandeira de seu pai. Leonel (Leonardo Medeiros), seu filho, é casado com a sensível Margarida (Maria Luísa Mendonça), que acha que seu casamento só será completo após a chegada de um filho. Ainda na fazenda, mora Mãe Cândida (Vera Holtz), esposa de dom Braz, que assume a casa nos períodos em que os homens estão fora.
Afetuosa, porém contida, seus critérios não se baseiam na religião ou na justiça, mas nas prioridades de seus homens. Junto dos filhos, mora a sobrinha Isabel (Alessandra Negrini), a única mulher a enfrentar a mata e as batalhas no meio dos homens. É considerada, por dom Braz, o melhor soldado de sua tropa, inclusive porque salvara a vida do tio durante um ataque à aldeia. Isabel é apaixonada por Tiago e tem comportamento selvagem, o que a faz sentir-se quase como um bicho. Após a batalha, dom Braz informa Tiago de que havia mandado vir de Portugal uma mulher que não fosse uma nativa ou impura, para se casar com o filho. O conflito entre os dois é inevitável. Tendo sido criado no Colégio dos Jesuítas, Tiago teve contato com pensamentos renascentistas e era contra a dominação e o desrespeito aos índios. Seu interesse estava concentrado na observação de estrelas e em sonhar com a conquista do ouro no sertão, na cidade de Sabaraboçu, que muitos achavam se tratar de uma lenda. Tiago tem, como melhor amigo, o índio Apingorá (André Gonçalves), líder de sua tribo, que sabe ler e escrever em português e que ajuda dom Braz nas suas empreitadas.
Pelo mar, chega Beatriz (Leandra Leal), a noiva de Tiago, que é também sua prima. Trata-se de uma menina cheia de sonhos e apaixonada pelo futuro esposo, que sequer conhece. Junto com ela, chegam Ana (Letícia Sabatella), a prostituta Antônia (Cláudia Ohana) e o padre Miguel (Matheus Nachtergaele). A chegada até Lagoa Serena se dá por uma tortuosa caminhada através da Serra do Mar, que já simboliza toda a dificuldade que Beatriz, uma dama europeia, encontra na rudeza dos territórios brasileiros da época. Ao longo do caminho, porém, ela se revela alguém de muita fibra e força, disposta a enfrentar tudo para alcançar seus objetivos, despindo-se de seus sapatos e vestes para enfrentar os campos coloniais. Ana é uma cristã-nova, que chega triste ao Brasil para cumprir sua promessa e casar-se com dom Jerônimo (Tarcísio Meira), um comerciante inimigo de dom Braz.
A promessa de casamento fora feita por seu pai Samuel (Elias Andreato), a quem dom Jerônimo livrara da fogueira da Inquisição. Ao chegar ao Brasil, Ana é recebida por Guilherme Schetz (Alexandre Borges), responsável por levá-la até dom Jerônimo. Assim, Ana passa uma noite na casa de Guilherme, pressentindo que seu destino após a boa companhia do rapaz não seria bom. A figura de dom Jerônimo era a síntese da hipocrisia religiosa de seu tempo e, ao conhecer Ana, ele passa a escravizá-la e espioná-la para saber de sua real conversão. Trata-se de um pervertido, que estupra Moatira (Maria Maya) inúmeras vezes. Dissimulado, porém, passa a maior parte do tempo a procurar heresias e escrevendo cartas ao tribunal do Santo Ofício, a Inquisição. Antônia veio ao Brasil em busca de um bom casamento, sabendo que não havia muitas mulheres brancas por estas terras. Irreverente e debochada, ela ocupa funções estratégicas na vila, como mensageira entre Ana e Guilherme e, mais tarde, ao reencontrar Beatriz, ajudando-a a conquistar Tiago. Já ao chegar, cai nas graças do bem-humorado mestre Davidão (Pedro Paulo Rangel), que passa a cortejá-la. Padre Miguel é um jovem idealista e verdadeiramente crente de sua missão: evangelizar o gentio. Em seu caminho, a paixão por Moatira o faz rever seus conceitos e acreditar que o caminho cultural traçado que não era errado, mas diferente.
Beatriz enfrenta forte luta para conquistar o coração de Tiago. Acobertada por mãe Cândida, Isabel esconde até quando pode sua gravidez, fruto do relacionamento com o primo a quem amava. Durante uma batalha, no entanto, dom Braz é atingido e, antes de morrer, confessa a Isabel que também é sua filha. Ciente de que não poderia levar seu sentimento adiante, a moça se despede de Tiago e entrega seu filho a Beatriz, para que ela assuma sua criação. Isabel segue, então, para uma aldeia e, sob a proteção de Caraíba (Stênio Garcia), é intimada a cumprir seu destino. Voltando ao lugar que lhe pertence, nua, ela anda rumo à mata, que a acolhe, dando a entender que se transforma em uma onça. Após denunciar vários cidadãos da vila à Inquisição, dom Jerônimo passa a mandar prender todos aqueles que se colocam contra sua autoridade. São presos: mestre Davidão e Antônia, Ana e Guilherme e, também, o padre Miguel. Para o julgamento inquisitório, o próprio dom Jerônimo assume o papel de juiz e arma uma audiência pública para incriminar os acusados. Lá, eles são acusados injustamente de pecados como apostasia, prostituição e devassidão moral.
Perante os demais cidadãos, que acompanham inconformados aquele julgamento, todos são condenados à fogueira. Antes de ser queimado, entretanto, Guilherme consegue uma faca e acerta o abdômen de dom Jerônimo. Nesse momento, ele passa a ouvir as verdades sobre sua própria devassidão e pecados ditas por Ana e vê, no centro da fogueira, a falecida Moatira, a quem estuprara diversas vezes e Dom Braz, seu inimigo mortal. Desesperado com as alucinações, termina morto em uma das fogueiras que ele mesmo acendeu. Antônia aceita casar-se com Davidão e Ana passa a viver feliz ao lado de Guilherme, terminando grávida. Padre Miguel se dedica a cuidar de crianças, sob orientação de Caraíba e vê, nas pequenas meninas, a imagem de Moatira, a quem amava. Em Lagoa Serena, Leonel chega de Sabaraboçu dizendo ao irmão Tiago que a terra do ouro não era uma lenda. Nove meses se passam e, após Beatriz dar à luz a pequena Margarida, nome dado em homenagem à falecida cunhada, os dois irmãos tomam a estrada rumo a essas terras, em companhia de Beatriz, que se diz pronta para enfrentar o que for ao lado do marido, e levam os filhos Braz e Margarida.
Godzilla Minus One, tremenda obra-prima que acabei de ver na Netflix, não consegui ver no cinema, e me arrependo, uma aula de como fazer um filme do Godzilla, tem elementos de anime e do cinema dourado japonês trazidos para o presente dia, desenvolvido com maestria, acompanhado de efeitos visuais gloriosos, junto com uma trilha sonora que acompanha todo o filme, nos momentos dramáticos, épicos, as atuações são fenomenais, o desenvolvimento dos personagens é impecável, o roteiro é incrível, tive tempo para bo assistindo um filme com ritmo exato, mais que o recomendado, 10/10. Vou até comprar um Godzilla de brinquedo para esse filme, sim gente, é muito bom. Fatos interessantes ganharam os melhores efeitos visuais no Oscar! Sobre filmes como Oppenheimer. Grande diretor Takashi Yamakashi, por reviver o dourado cinema japonês!
PS: Me lembrou o nível de Shin Godzilla. Provavelmente vai ser um dos melhores filmes do Gojira. Eu amo os filmes japoneses do Godzilla, porque sempre mostra o lado anti vilão dele!🤩
Atores australianos melhores nos negócios... Essa vai ser boa de ver!!
O que é TACP (JTAC)?
https:// taskandpurpose . com / culture/ jtac-vs-tacp-military-definition-covenant-movie/
Eubank, diretor e roteirista de Zona de Risco, aponta que o filme tem a amizade como um dos temas principais. Com um currículo de peso que inclui ‘Atividade Paranormal: Ente Próximo’ e ‘Ameaça Profunda’, o diretor explica que seu novo filme é marcado por um realismo profundo, embora não seja baseado numa história real. A obra acompanha a jornada emocional de Kinney (Liam Hemsworth), um novato que se depara com uma situação que mudará sua vida para sempre.
O elenco do filme é repleto de estrelas: a dupla de irmãos Hemsworth: Liam e Luke, Russell Crowe, Milo Ventimiglia e Ricky Whittle. O diretor conta que se inspirou em alguns filmes de ação e guerra clássicos e modernos para criar seu filme, como ‘Nascido para Matar’, ‘Apocalypse Now’, ‘Atrás das Linhas Inimigas’ e ‘Falcão Negro em Perigo’. O grande diferencial aqui é como o filme toma o ponto de vista dos homens que estão lutando na guerra, abordando as decisões que precisam tomar, e como lidam uns com os outros.
O ganhador do Oscar, Russell Crowe, conta que essa tensão foi fundamental para sua interpretação. “Na nossa história, existe uma intimidade criada entre o operador em terra e o piloto de drone por causa das coisas que estão acontecendo, e certamente quando algo dá errado na operação, o piloto do drone se sente um pouco responsável também. E então, ele tem que fazer tudo o que puder para manter os soldados em terra seguros e ajudá-los em sua missão.”
Zona de Risco foi filmado na Austrália e o ator australiano Liam Hemsworth acredita que as condições naturais que enfrentaram ajudaram a trazer realismo ao longa. “Esperamos que as pessoas possam embarcar nesta jornada com Kinney e sentir como é difícil e assustador ver o amadurecimento do personagem ao enfrentar uma situação sobre a qual ele não tem experiência.”
O diretor Eubank concorda com o astro e acrescenta: “espero que o público se divirta e se empolgue. Eu quero que eles desejem que os personagens saiam vitoriosos e que o filme possa surpreender.”
Sobre os inimigos, são o grupo muçulmano terrorista filipino conhecidos como Abu Sayyaf.
O Abu Sayyaf é um dos diversos grupos separatistas fundamentalistas islâmicas sediadas no sul das Filipinas, onde por quase 30 anos diversos grupos militantes islâmicos estiveram envolvidos em insurgências visando uma província independente no país. O grupo se denomina Al-Harakat Al-Islamiyya ("O Movimento Islâmico").
OBS: São tão ruins quanto o Estado Islâmico, Al Qaeda, Talibã, Hamas, Hezbollah e Boko Haram.
Dá pra se divertir sim, mas é muito vazio e sem nenhum traço de personalidade. As piadas são cansativas e repetitivas demais, não emplacam. O filme não consegue criar AQUELA tensão que é uma das marcar do primeiro filme. Não há senso de ameaça algum. O filme joga no seguro demais, infelizmente.
Até achei no começo que a "Fuga" seria da menina tentando fugir de casa pra explorar o mundo, colocando a Ginger e as outras na outra ponta, o que talvez seria algo muito mais interessante e mais ousado.
Enfim, muito triste que uma sequência de uma das melhores animações já feitas seja basicamente um filme "filler" que mais parece um curta estendido "extra" do que de fato uma continuação, e esteja mofando lá no catálogo da Netflix ao invés de estar nos cinemas pra fazer dinheiro (o original fez 220 mi na época).
O melhor é aceitar que a Aardman já era faz tempo, apesar de que os filmes recentes do Shaun Carneiro são muito bons. E nem é questão de qualidade, e sim de "zeitgeist". Assim como Studio Ghibli, creio que são filmes pra outra era, pra outro público, pra outro tempo, longe do cinismo atual. Expectativa zero pro próximo do Wallace & Gromit também.
Tem um começo bastante promissor, uma vez que a trama é repleta de qualidades e desperta atenção através de um enredo despretensioso e acolhedor.
Com uma narrativa moderna e contemporânea, o filme conta a história de amor de uma cantora de funk e um violinista clássico. Mileny (Clara Moneke), a diva pop do momento, se envolve com o romântico Dante (Isacque Lopes) e decide passar o Natal com ele longe dos holofotes, na região serrana do Rio de Janeiro. Sua família não faz ideia do relacionamento com o rapaz. Preocupada em preservar a relação, ela esconde o namoro dos pais e, consequentemente, dos jornais e portais de fofocas. Ansiosa pelo Natal a sós com o crush, ela tem todos os seus planos arruinados co o súbito aparecimento de sua família e de sua conservadora sobra, e universos e personalidades muito diferentes.
Mileny é filha de Soraya (Vilma Melo) e MC Barbatana (Paulo Tiefenthaler), um dos cassais mais populares a velha guarda do funk carioca, e Dante, de Inês (Taís Araújo), uma pianista consagrada.
O choque entre esses mundos culturais diferentes ---- o funk e a música clássica ---- é o ponto de partida para uma série de conflitos que impactam a relação do casal e que proporcionam um encontro de três gerações ---- a família da cantora também é composta pela avó Gorete (Teca Pereira) e o irmão mais novo Maikon (Guthierry Sotero).
O interior da casa da serra, onde se passa a maior parte da história, foi montado no mesmo cenário onde funcionou o Refúgio Paz de Lumiar de "Vai na Fé", coincidentemente a mesma novela em que brilharam Clara Moneke, Isacque Lopes e Guthierry Sotero. Os três repetem o ótimo desempenho agora no longa-metragem. Clara e Isacque estão à vontade em cena e transmitem a cumplicidade do casal sem esforço, enquanto Guthierry aproveita bem o lado levemente cômico de seu personagem, além de também ter sintonia com Nina Tomsic, outra talentosa atriz que participa da trama interpretando Patrícia, secretária de Inês. Aliás, Taís Araújo se destaca na pele de uma mulher milionária, elitista e arrogante. A perua está longe de ser uma vilã e no final suas atitudes são explicadas através de uma cena emocionante com Clara, mas a atriz explora todas as facetas da personagem que muitas vezes acaba tendo um humor involuntário por conta das caras e bocas diante de tudo o que observa nos costumes da família de sua nora.
O filme tem mistura de drama e comicidade, onde um não atrapalha o outro, como costuma acontecer em algumas produções do gênero. Há uma harmonia em toda a construção do roteiro que flui com tanta naturalidade que faz o tempo passar voando. Vale destacar também Vilma Melo, Paulo Tiefenthaler e Teca Pereira que divertem com personagens que parecem que foram escritos especialmente para eles. É preciso ainda ressaltar a importância a representatividade com o elenco majoritariamente negro em um filme natalino.
"Ritmo de Natal" é o primeiro longa-metragem dos roteiristas Juan Jullian e Leonardo Lanna, que colecionam projetos há muitos anos no audiovisual. A estreia foi com o pé direito. Não há nada para criticar no delicioso filme, dirigido pelo também ótimo Allan Fiterman. Uma deliciosa surpresa natalina.
O impactante ‘Guerra Civil’ é distopia muito próxima da realidade
'Guerra Civil', estrelado por Wagner Moura a Kirsten Dunst, discute os dilemas da imprensa, sobretudo do fotojornalismo, no registro de um conflito de secessão que esfacela os Estados Unidos.
Num futuro não muito distante, os Estados Unidos mergulham em uma guerra interna sangrenta e visceral. O presidente está encurralado na Casa Branca, envolto em um cerco tenso em Washington, D.C. Enquanto isso, nas ruas de uma Nova York desolada, a população aguarda ansiosamente por migalhas de água em meio ao desespero.
A paisagem é dominada por sombras mortais nos telhados, prontas para disparar a qualquer momento, por terroristas dispostos a sacrificar suas próprias vidas e por figuras estranhas e ameaçadoras que vagam pelas ruas. Nesse caos infernal, uma facção rebelde conhecida como Forças Ocidentais, representando o Texas e a Califórnia, emerge como a principal antagonista contra o frágil remanescente do governo federal.
O nítido batuque de um tambor, acompanhado por um ritmo marcial persistente, marca o início de Guerra Civil, filme do britânico Alex Garland que há duas semanas está no topo das bilheterias norte-americanas. O filme evoca lembranças dos grandes filmes de guerra, como o som perturbador da artilharia em O Resgate do Soldado Ryan e a jornada surreal de Apocalypse Now. Há também uma conexão marcante com Extermínio, filme de zumbis de 2002 escrito por Alex Garland, lançado nos cinemas durante os ataques de 11 de setembro de 2001, tornando-se uma produção profundamente atual.
O tema abordado em Guerra Civil será amplamente discutido. O filme retrata uma América intensificada a partir de seu atual estado quase insurrecional, criando uma sensação preocupante de proximidade. Um presidente autocrático, em seu terceiro mandato, ensaia discursos pomposos diante de um teleprompter. As Forças Ocidentais formam uma aliança improvável na tentativa de retomar a capital.
A paisagem suburbana está repleta de shoppings bombardeados, intolerância feroz e, mais inquietante ainda, ocasionalmente há uma cidade onde tudo parece normal, mesmo com os habitantes cientes de que o país está em colapso nos estados vizinhos, erguendo muros pessoais para se proteger. “Apenas tentamos nos manter à parte”, dizem.
Para Garland, a apatia é o verdadeiro adversário. Seus filmes, como Ex-Machina e Aniquilação, são ricos em temas profundos e refletem uma sociedade fragmentada. Guerra Civil retrata melancolicamente essa distopia, evidenciando a perda irreparável de algo maior.
Por isso, Garland escolhe como protagonistas um par de fotojornalistas: uma experiente e a outra aspirante. Interpretada por Kirsten Dunst, Lee é séria e introspectiva, enquanto Jessie, interpretada por Cailee Spaeny, busca apenas aventura, uma iniciação. Elas são acompanhados por Joel, interpretado por Wagner Moura, excelente, e Sammy, vivido por Stephen McKinley Henderson, um veterano jornalista que trabalha para um The New York Times reduzido e possivelmente envolvido em atividades criminosas.
‘Guerra Civil’: road movie
A jornada de Guerra Civil se transforma em um emocionante road movie, repleto de momentos de tensão explosiva e decisões que podem ser definitivas. Algumas imagens são demasiadamente familiares, como a fila de carros abandonados se estendendo até o horizonte. A sequência mais impactante dessa jornada se dá quando a equipe de jornalistas se depara com um dos defensores racistas e nacionalistas do presidente, vivido por um assustador Jesse Piemons, que veste roupas militares de camuflagem e óculos de armação e lentes vermelhas – uma alusão explícita ao Partido Republicano?
As cenas mais marcantes são aquelas que incitam a reflexão. Garland é mestre em transmitir sensações, como o canto dos pássaros sobre gramados ensanguentados ou o humor lacônico de soldados exaustos. Ele nos convida a observar e refletir sobre a condição política geral, questionando se os Estados Unidos realmente merecem uma democracia se mal conseguem se comunicar.
O filme culmina em um ato final avassalador, no qual a imensidão do aparato militar moderno invade a tela. A visão de tanques rolando pela Avenida Pensilvânia, onde está a Casa Branca, em Washington D.C., é perturbadora, e é esse desconforto que confere valor à obra de Garland.
PS: Wagner Moura + A24 = Perfeição
Na aposta ousada da produtora A24, dois foto jornalistas - interpretados por Kirsten Dunst e Wagner Moura - atravessam o território norte-americano, para cobrir um conflito generalizado, mesmo que eles próprios, ainda não o compreendam completamente.
Este longa-metragem dirigido por Alex Garland (Ex Machina), a guerra civil se instaura a partir de um movimento separatista, na qual 19 estados se separam dos EUA.
Os estados do Texas e Califórnia se tornam independentes e formam uma aliança militarizada, ostentando uma nova bandeira americana, com duas estrelas em vez de 50. A aliança é batizada de The Western Forces (As Forças Ocidentais). O resto do país também acaba se dividindo, como uma possível Aliança da Flórida, além de várias outras facções, que incluem Washington, Montana, Geórgia, Louisiana e Minnesota.
Por que os estados se separaram em Guerra Civil?
O enredo aponta para um conflito muito maior do que, simplesmente, uma polarização entre democratas e republicanos. Em Guerra Civil, os EUA vive sob o domínio corrupto e potencialmente fascista do presidente interpretado por Nick Offerman, que ignora a constituição.
Estariam as Forças Ocidentais lutando contra a ascensão de um governo totalitário? Por meios justos? E o mais importante: quem financia as Forças Ocidentais?
Passeando por todas essas interrogações, estão os protagonistas, Kirsten Dunst e Wagner Moura, foto jornalistas tentando capturar os acontecimentos da forma objetiva. Mas, não se ver diretamente envolvido nesse conflito, parece impossível. ... A perspectiva de jornalistas em meio a uma guerra civil em expansão promete um drama intenso. Estou ansioso para ver como essa trama se desenvolve!
"Guerra Civil", da A24, é a produção de maior orçamento do estúdio: US$ 50 milhões. Estrelado por Kirsten Dunst e Wagner Moura, a duração será de 1h49, diferente das 3h15 que estavam especulando.
Três motivos para ver esse filme nos cinemas: 1 - É um filme da A24, que é uma produtora com uma curadoria para seleção de roteiros que sejam diferentes da mesmice que às vezes a indústria cai; 2 - Tem o Wagner Moura no elenco, e acho que convém apoiar empresas estrangeiras que deem boas oportunidades a artistas brasileiros; 3 - É um filme original. E em tempos de sequências, adaptações e remakes, assistir filmes originais nos cinemas é uma forma de mostrar à indústria que queremos ver coisas novas sendo produzidas. (Dito isso: espero que o filme seja bom. hahaha)
Wagner Moura na A24, agora sim o mundo conhecer um dos nossos melhores atores do BR
Conteúdo temático Os temas do filme foram controversos. Em última análise, o filme é sobre o choque de culturas e visões de mundo. Dois indivíduos que acreditam que a sua visão do mundo é superior e, portanto, correta
(assim Carola condena a circuncisão feminina porque não se enquadra na sua perspectiva cultural, enquanto Lemalian não consegue compreender como ela poderia falar com os homens sem ser infiel a ele),
e é a sua incapacidade de compreender o outro que provoca sua miséria, separação e divórcio.
Distrito 9
3.7 2,0K Assista AgoraEm 2009, o sul-africano Neil Blomkamp pegou todo o mundo de surpresa com o mais improvável hit do ano, o delirante Distrito 9 (District 9), sci-fi de orçamento baixo para os padrões do gênero, que tornou- se um cult instantâneo. Não foi em vão.
A trama trata basicamente de uma invasão alienígena, como muitas que já vimos, mas os detalhes fazem toda a diferença. Uma enorme nave pousa sobre a cidade de Joanesburgo, na África do Sul e os alienígenas que a controlavam pedem asilo por ali. Ao contrário do que imaginavam, porém, passam a ser hostilizados, obrigados a viver em péssimas condições numa miserável colônia chamada Distrito 9, de onde são proibidos de sair. Ao entrar acidentalmente em contato com uma substância alienígena, Wikus van der Merwe, empregado de uma empresa privada militar encarregada de realocar os aliens para outro distrito, passa a desenvolver uma mutação que aos poucos o iguala às criaturas.
Contar mais seria estragar a surpresa de quem não conhece o filme, mas essa simples trama é o ponto de partida para uma controversa e excitante coleção de reviravoltas. A partir do momento em que é capturado, Wikus começa a conhecer melhor sua própria raça – a humana – e é aí que passa a gradativamente se afeiçoar aos monstros que antes repudiava.
O filme, uma escancarada alegoria do apartheid, mantém suas metáforas sempre em primeiro plano, bastante visíveis (e o fato de que, mesmo assim, boa parte do público não tenha sequer notado qual o verdadeiro assunto, é apenas assustador). Isso, porém, jamais o desmerece. Blomkamp se assemelha a Paul Verhoeven em sua falta de sutileza, que na verdade não é uma falta, mas o próprio projeto estético do diretor. A eloquência é justamente sua maior qualidade.
Distrito 9 é vibrante do início ao fim, mas se fosse apenas isso não teria metade do impacto. Conforme a história avança, as criaturas gosmentas passam a me parecer bem menos asquerosas que os humanos. Para mim, a presença de tal mensagem num filme emocionante e divertido como esse o torna imediatamente especial.
Tropas Estelares
3.5 468 Assista Agora𝙏𝙧𝙤𝙥𝙖𝙨 𝙀𝙨𝙩𝙚𝙡𝙖𝙧𝙚𝙨" ("𝙎𝙩𝙖𝙧𝙨𝙝𝙞𝙥 𝙏𝙧𝙤𝙤𝙥𝙚𝙧𝙨")
É 𝗎𝗆 𝖿𝗂𝗅𝗆𝖾 𝖽𝖾 𝖿𝗂𝖼çã𝗈 𝖼𝗂𝖾𝗇𝗍í𝖿𝗂𝖼𝖺 𝗅𝖺𝗇ç𝖺𝖽𝗈 𝖾𝗆 𝟣𝟫𝟫𝟩, 𝖽𝗂𝗋𝗂𝗀𝗂𝖽𝗈 𝗉𝗈𝗋 𝖯𝖺𝗎𝗅 𝖵𝖾𝗋𝗁𝗈𝖾𝗏𝖾𝗇 𝖾 𝖻𝖺𝗌𝖾𝖺𝖽𝗈 𝗇𝗈 𝗋𝗈𝗆𝖺𝗇𝖼𝖾 𝗁𝗈𝗆ô𝗇𝗂𝗆𝗈 𝖽𝖾 𝖱𝗈b𝖾𝗋𝗍 𝖠. 𝖧𝖾𝗂𝗇𝗅𝖾𝗂𝗇
𝐀𝐪𝐮𝐢 𝐞𝐬𝐭ã𝐨 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐦𝐚𝐬 𝐜𝐮𝐫𝐢𝐨𝐬𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐨 𝐟𝐢𝐥𝐦𝐞:
𝐒á𝐭𝐢𝐫𝐚 𝐏𝐨𝐥í𝐭𝐢𝐜𝐚 𝐞 𝐌𝐢𝐥𝐢𝐭𝐚𝐫:
O filme é conhecido por sua abordagem satírica em relação à militarização e propaganda. Paul Verhoeven, o diretor, pretendia criar uma sátira da sociedade militarista, mesmo que algumas pessoas inicialmente tenham interpretado o filme de forma literal.
𝐏𝐫𝐨𝐩𝐚𝐠𝐚𝐧𝐝𝐚 𝐧𝐨 𝐅𝐢𝐥𝐦𝐞:
O filme incorpora elementos de propaganda militar fictícia, apresentando vídeos de recrutamento e notícias durante toda a narrativa. Esses elementos de propaganda ajudam a reforçar a visão satírica do diretor sobre a sociedade representada no filme.
𝐀𝐮𝐬ê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐓𝐫𝐚𝐣𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐄𝐧𝐞𝐫𝐠𝐢𝐚:
No livro de Heinlein, os soldados usam trajes de energia, mas no filme esses trajes não foram incluídos devido a restrições orçamentárias. Verhoeven optou por uma estética mais tradicional de ficção científica militar, como uniformes e armaduras convencionais.
𝐂𝐞𝐧𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐁𝐚𝐭𝐚𝐥𝐡𝐚 𝐞𝐦 𝐆𝐫𝐚𝐧𝐝𝐞 𝐄𝐬𝐜𝐚𝐥𝐚:
O filme é notável por suas cenas de batalha em grande escala, que envolvem confrontos intensos entre humanos e insetos alienígenas. As sequências de ação são visualmente impressionantes e contribuíram para o apelo do filme como um épico de ficção científica até hoje.
𝐄𝐥𝐞𝐧𝐜𝐨 𝐉𝐨𝐯𝐞𝐦 𝐞 𝐭𝐚𝐥𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬𝐨:
O elenco principal do filme incluiu atores relativamente jovens na época, como Casper Van Dien, Denise Richards e Neil Patrick Harris. O elenco foi escolhido para se adequar à representação de jovens soldados recrutados.
𝐈𝐧𝐟𝐥𝐮ê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐧𝐨 𝐆ê𝐧𝐞𝐫𝐨:
"Tropas Estelares" teve uma influência significativa no gênero de ficção científica militar. Embora tenha recebido críticas mistas inicialmente, ao longo do tempo o filme ganhou status cult, sendo lembrado pelos fãs como uma obra única dentro do gênero.
𝐃𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧ç𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐑𝐞𝐥𝐚çã𝐨 𝐚𝐨 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨:
O filme diverge consideravelmente do romance de Heinlein em termos de tom e interpretação da mensagem. Heinlein escreveu um livro com uma abordagem mais séria e patriótica, enquanto Verhoeven optou por uma sátira mais sombria e crítica.
𝐏𝐫ê𝐦𝐢𝐨𝐬 𝐞 𝐈𝐧𝐝𝐢𝐜𝐚çõ𝐞𝐬:
Embora não tenha sido um grande sucesso de bilheteria, "Tropas Estelares" foi indicado ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais em 1998. Os efeitos especiais, particularmente nas cenas de batalha, foram reconhecidos por sua alta qualidade e CGI impressionantes para a época.
"𝙏𝙧𝙤𝙥𝙖𝙨 𝙀𝙨𝙩𝙚𝙡𝙖𝙧𝙚𝙨" é reconhecido por sua abordagem única à ficção científica militar e sua crítica satírica ao militarismo e à propaganda. O filme continua sendo objeto de análise como um dos melhores do gênero, além da discussão devido à sua natureza provocativa e à sua representação distorcida de elementos do livro original.
CURIOSIDADE: O diretor Paul Verhoeven, que sempre foi conhecido pelo estilo explícito em Hollywood, nasceu e cresceu na Holanda ocupada pelos "Bigodistas", onde ele via corpo de gente fvzil4da e qu3imada na esquina todo santo dia ao sair na rua; em entrevista, ele disse que ao ser escalado para dirigir o filme, ele ponderou fazer uma crítica simples ao militarismo cego, mas mudou de ideia e optou por fazer o filme "mais f4sc1sta possível", pois o argumento dele é de que "essa ideologia só serve para matar insetos e nada mais".
PS: Assim como Robocop (mesmo diretor) um filme com muitas camadas. Ação crua e crítica social sem apelação. Um clássico!
Independente de toda a discussão político-ideológica, é um filme que diverte e muito! O universo do filme é muito interessante, insetos gigantes, insetos comedores de cérebro, telecinese, as divisões militares, a tecnologia de locomoção pelo espaço, o modo como se vestem e agem, tudo isso junto com o roteiro cheio de ação e as reviravoltas do filme deixam ele incrível! É para ver e rever!
Regravar com mais fidelidade ao livro ia ser muito interessante.
Mestres do Ar
3.8 43 Assista Agora'MESTRES DO AR': A HISTÓRIA REAL POR TRÁS DO 100º GRUPO DE BOMBARDEIOS DOS EUA
Após anos de espera, os fãs das séries Band of Brothers (2001) e The Pacific (2010) finalmente receberam uma "continuação" para os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial em Mestres do Ar (2023), dirigida por Steven Spielberg.
Dessa vez, a história fala sobre o 100º Grupo de Bombardeios, também chamado de "Centésimo Sangrento", que voaram bombardeiros da Inglaterra para a Alemanha durante o conflito armado e sofreram enormes perdas.
Se o que é retratado nas telinhas e telonas já não é bruto o bastante, a realidade foi ainda mais horrível. Por isso, nos próximos parágrafos, aprofundaremos sobre o que realmente aconteceu com esses soldados.
Início da jornada
Cleven e Egan, os aviadores que estão no centro de Mestres do Ar, conheceram-se na primavera de 1940, quando foram designados para morar juntos na escola de aviação. Ambos se alistaram na Força Aérea dos Estados Unidos (USAAF) antes do ataque a Pearl Harbor — inspirados menos pelo patriotismo do que pelo desejo de se tornarem pilotos.
Juntos, os dois ficaram conhecidos como os "dois Buckys" por conta de seus apelidos iguais. Ambos foram enviados para servir no 100º Grupo de Bombardeios, um time de aviadores estabelecido em 1942 com uma formação de 37 tripulações, cada uma composta por 10 homens. Depois de passarem por treinamento corretivo nos EUA, o 100º partiu para Norfolk, na Inglaterra, no fim de maio de 1943. Na época, a Segunda Guerra Mundial já estava favorável para os Aliados, com o Eixo se rendendo no Norte da África e tropas se preparando para invadir o território nazista ocupado a partir de múltiplas frentes.
O grupo participou do seu primeiro bombardeio em 25 de junho daquele ano, pouco mais de duas semanas depois dos homens terem chegado na Inglaterra. Durante os ataques, as tripulações americanas de 10 pessoas engajaram-se em bombardeios de precisão à luz do dia, concentrando-se em alvos estratégicos. O objetivo era restringir a capacidade da Alemanha de "construir máquinas de guerra".
Perigo constante
Os homens da 101ª Divisão Aerotransportada e da Primeira Divisão de Fuzileiros Navais — os heróis das duas séries que precederam Mestres do Ar — passaram semanas ou meses na linha de frente e com poucas pausas. Os aviadores, por outro lado, poderiam estar "no seu beliche às 4 horas da manhã, no ar sobre Colônia às 10 horas, e depois num pub inglês às 20 horas", disseram historiadores.
As missões normalmente duravam menos de um dia e, quando terminavam, a tripulação sobrevivente podia voltar para seu dormitório e recarregar as baterias até o próximo confronto. Porém, servir na USAAF era mais perigoso do que lutar no solo e exigia um preço psicológico único, sendo o contraste entre o tempo passado na base e no ar especialmente nítido.
Um aviador poderia tranquilamente tomar café da manhã ao lado de dois amigos pela manhã e depois voltar para casa sem notícia de seus companheiros no fim do dia. Ou seja, ao contrário da guerra terrestre, não existe um corpo quando alguém é morto. Logo, era extremamente difícil saber se um aviador foi capturado, morto ou se simplesmente desaparecera.
A história do 'Centésimo Sangrento'
Em 1943, o objetivo da USAAF para bombardear a Alemanha até a submissão centrou-se no B-17, que as autoridades acreditavam que poderia se defender contra caças inimigos enquanto lançava bombas sobre alvos industriais preciosos. Foi assim que as Forças Aéreas enviaram uma operação com mais de 1 mil bombardeiros para a Alemanha durante um período de sete dias chamado de "Semana Negra".
Contudo, devido a sucessiva onda de ataques da Luftwaffe, a força aérea alemã, o ataque foi facilmente abatido. Ao final daquela semana, 148 bombardeiros foram destruídos e 1,5 mil homens foram mortos ou capturados, entre eles Cleven e Egan. O primeiro foi capturado e interrogado pelos alemães, enquanto Egan se ofereceu para liderar um ataque a Münster em 10 de outubro para vingar seu amigo.
A Semana Negra provou ser um ponto de virada na guerra aérea, concedendo uma vantagem à Luftwaffe e forçando os americanos a suspender os ataques de longo alcance. O revés, no entanto, foi temporário. Quando os Aliados desembarcaram na Normandia, em 6 de junho de 1944, a Força Aérea Alemã estava virtualmente derrotada, com seus caças atraídos por bombardeiros americanos.
Fim da guerra e legado
Ao contrário da sua reputação, o 100º não sofreu o maior número de perdas entre os grupos da Oitava Força Aérea, o que fez com que muitos historiadores questionassem a reputação de "Centésimo Sangrento" em suas memórias. No entanto, vale ressaltar que o grupo sofreu perdas gigantescas de uma só vez.
No dia 6 de março de 1944, por exemplo, 15 aeronaves do 100º foram abatidas em Berlim. Das 306 missões realizadas por eles entre 25 de junho de 1943 e 20 de abril de 1945, apenas oito foram responsáveis por quase metade de suas perdas.
Os dois Buckys surpreendentemente sobreviveram ao conflito e permaneceram amigos íntimos por anos, com Egan servindo de padrinho de casamento de Cleven com sua namorada de infância. Ambos permaneceram na Força Aérea após a guerra. Egan acabou morrendo de ataque cardíaco em 1961, enquanto Cleven morreu em 2006 aos 87 anos. Suas histórias, no entanto, seguem vivas para a eternidade.
Merecemos ser chamados de “Centésimo Sangrento”?
Outras unidades perderam mais aeronaves e tripulações do que nós. O que nos tornou diferentes foi que quando perdemos, perdemos feio. Essas oito missões nos trouxeram fama.” – Harry H. Crosby
Crosby foi Navegador no 100º Grupo e esteve com sua unidade todos os vinte e dois meses em que o 100º esteve em status operacional na Segunda Guerra Mundial até o final das hostilidades em 9 de maio de 45. Ele escreveu um tratado sobre o 100º intitulado “A Wing and A Prayer”.
Durante 22 meses de combate aéreo, as tripulações do 100º Grupo voaram em missões mortais, aprimorando suas habilidades e táticas.
Ao analisar os números brutos de uma forma não emocional, as perdas durante a guerra do Centésimo Sangrento não foram as maiores para a 8ª Força Aérea, embora estivessem entre as três maiores em perdas de grupos de bombardeiros pesados. A história oficial da Fundação do 100º Grupo de Bombardeios totaliza 184 relatórios de tripulações desaparecidas em 306 missões. Em suas memórias, Oitavo Diário de Guerra da Força Aérea, o copiloto John Clark observou que “50% das perdas do Grupo ocorreram em apenas 3% de suas missões”. Como um jogador azarado, as equipes do 100 tiveram dias ruins, e às vezes tiveram dias realmente ruins. Assim, ganhando o apelido de “Bloody 100”.
Cerca de 26.000 membros da Oitava Força Aérea deram suas vidas. O número total de mortos ou desaparecidos foi ligeiramente superior ao sofrido pelo Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e pouco menos de metade das vítimas sofridas por toda a Marinha dos EUA na Segunda Guerra Mundial. Tais comparações não diminuem em nada as contribuições de outros ramos das forças armadas, mas antes apontam para a escala gigantesca dos esforços da Oitava Força Aérea. A parcela do 100º Grupo de Bombardeios nessas perdas foi de 785 mortos ou desaparecidos e 229 aeronaves destruídas ou tornadas impróprias para aeronavegabilidade. Mesmo assim de 25 de junho de 1943 a 20 de abril de 1945, o 100º Grupo de Bombardeio nunca ficou fora de combate devido a perdas.
A expectativa média de vida de um tripulante de B-17 da 8ª Força Aérea em 1943 era de onze missões!
ATENÇÃO, ATENÇÃO: Aproveite para assistir The Tuskegee Airmen (br Prova de Fogo), 1995 ‧ Guerra/Ação ‧ 1h 46m
O primeiro esquadrão de pilotos negros da Força Aérea dos Estados Unidos é formado durante a Segunda Guerra Mundial. Ao chegar à base de Tuskegee, os oficiais selecionados descobrem que, além da guerra, terão que lutar contra o preconceito.
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista Agora𝟳 𝗽𝗼𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗽𝗼𝘀𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗼 𝗙𝗶𝗹𝗺𝗲: 𝗢 𝗦𝗶𝗹𝗲𝗻𝗰𝗶𝗼 𝗱𝗼𝘀 𝗜𝗻𝗼𝗰𝗲𝗻𝘁𝗲𝘀
𝖮 𝖲𝗂𝗅ê𝗇𝖼𝗂𝗈 𝖽𝗈𝗌 𝖨𝗇𝗈𝖼𝖾𝗇𝗍𝖾𝗌" (1991) é 𝖺𝗆𝗉𝗅𝖺𝗆𝖾𝗇𝗍𝖾 𝖼𝗈𝗇𝗌𝗂𝖽𝖾𝗋𝖺𝖽𝗈 𝗎𝗆 𝖼𝗅á𝗌𝗌𝗂𝖼𝗈 𝖽𝗈 𝖼𝗂𝗇𝖾𝗆𝖺 𝖽𝖾𝗌𝖽𝖾 𝗌𝖾𝗎 𝗅𝖺𝗇ç𝖺𝗆𝖾𝗇𝗍𝗈.
𝖠𝗊𝗎𝗂 𝖾𝗌𝗍ã𝗈 𝟩 𝗉𝗈𝗇𝗍𝗈𝗌 𝗉𝗈𝗌𝗂𝗍𝗂𝗏𝗈𝗌 𝗊𝗎𝖾 𝖺𝗃𝗎𝖽𝖺𝗆 𝖺 𝖿𝖺𝗓𝖾𝗋 𝖾𝗌𝗌𝖾 𝖿𝗂𝗅𝗆𝖾 𝖺𝗍𝖾𝗆𝗉𝗈𝗋𝖺𝗅:
𝐀𝐭𝐮𝐚çõ𝐞𝐬 𝐍𝐨𝐭á𝐯𝐞𝐢𝐬: A performance de Jodie Foster como Clarice Starling e Anthony Hopkins como Hannibal Lecter é frequentemente elogiada. Hopkins, em particular, recebeu aclamação por sua interpretação icônica do inteligente e sinistro Hannibal Lecter, ganhando o Oscar de Melhor Ator por seu papel.
𝐃𝐢𝐫𝐞çã𝐨 𝐇𝐚𝐛𝐢𝐥𝐢𝐝𝐨𝐬𝐚: A direção de Jonathan Demme é frequentemente elogiada pela maneira como ele construiu a tensão e a atmosfera do filme. Sua abordagem visual e narrativa contribuiu significativamente para o suspense e o horror psicológico do filme.
𝐑𝐨𝐭𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐈𝐧𝐭𝐞𝐥𝐢𝐠𝐞𝐧𝐭𝐞: Baseado no livro de Thomas Harris, o roteiro adaptado por Ted Tally é elogiado por sua inteligência e capacidade de manter o público envolvido. A história é complexa, cheia de reviravoltas e diálogos memoráveis.
𝐀𝐭𝐞𝐧çã𝐨 𝐚𝐨𝐬 𝐃𝐞𝐭𝐚𝐥𝐡𝐞𝐬: A atenção aos detalhes na construção dos personagens, cenários e enredo é frequentemente destacada. Cada elemento é cuidadosamente trabalhado para contribuir para a experiência geral do filme.
𝐒𝐮𝐬𝐩𝐞𝐧𝐬𝐞 𝐏𝐬𝐢𝐜𝐨𝐥ó𝐠𝐢𝐜𝐨: "O Silêncio dos Inocentes" é também elogiado por seu suspense psicológico. O filme foca na mente dos personagens e na relação intrigante entre Clarice e Hannibal, em vez de depender apenas de elementos de horror visual.
𝐑𝐞𝐥𝐞𝐯â𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐂𝐮𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚𝐥: O filme teve um impacto significativo na cultura popular e estabeleceu um padrão para filmes de suspense e terror psicológico. Cenas e diálogos do filme tornaram-se parte do cânone cinematográfico.
𝐓𝐫𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐒𝐨𝐧𝐨𝐫𝐚 𝐌𝐞𝐦𝐨𝐫á𝐯𝐞𝐥: A trilha sonora de Howard Shore é frequentemente mencionada como um componente vital do sucesso do filme. A música contribui para a atmosfera tensa e é reconhecida como uma das trilhas sonoras mais icônicas do cinema.
No geral, "𝐎 𝐒𝐢𝐥ê𝐧𝐜𝐢𝐨 𝐝𝐨𝐬 𝐈𝐧𝐨𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬" é elogiado por sua qualidade técnica, performances excepcionais e impacto duradouro no cinema. Ele continua sendo uma referência no gênero de suspense e psicologia criminal.
A Favorita
3.9 1,2K Assista Agora‘A Favorita’ subverte o conceito de filme histórico convencional.
'A Favorita', de Yorgos Lanthimos, resgata a figura da rainha Anne da Grã Bretanha para falar de manipulação, do poder e do feminino.
Os amantes de filmes históricos podem ficar um tanto frustrados com A Favorita, ótimo longa-metragem do cineasta grego Yorgos Lanthimos, recordista, ao lado de Roma, em indicações ao Oscar, disputando o prêmio em dez categorias. O excelente roteiro de Daborah Davis e Tony McNamara, embora preciso em relação à maior parte dos fatos retratados, não se preocupa tanto em contextualizar o espectador, dispensando recursos mais tradicionais, como textos didáticos introdutórios. Seu foco é outro: retrata as relações perigosas entre a rainha Anne (a excepcional Olivia Colman), Sarah Churchil (Rachel Weisz, de O Jardineiro Fiel) e a camareira Abigail Hill (Emma Stone, de La La Land – Cantando as Estações).
Ao longo da última década, Lanthimos, por conta de filmes como Dente Canino (2009), A Lagosta (2015) e O Sacrifício do Cervo Sagrado (2017), tornou-se um dos diretores mais cultuados pela crítica internacional. Dono de um cinema muito original, para não dizer peculiar, o grego prima pelo exagero, que vai do cinismo ao poético em um estalar dedos, sem um excluir o outro. Todos esses traços excêntricos estão presentes em A Favorita, talvez seu longa mais palatável, perfeito para levar sua estética (e ética) a um público mais amplo.
Embora Anne, cujo reinado durou entre 1707 e 1714, tenha sido uma monarca importante, a primeira da Grã-Bretanha (Inglaterra, Escócia e Irlanda juntas), e o filme se ocupe (bem) das maquinações políticas à época, Lanthimos está mais interessado em discutir outro tipo de poder, de manipulação. Muito frágil, física e emocionalmente, a rainha, além de dores torturantes (sofria de gota e diabetes), carregava em si o gigantesco trauma de ter engravidado 17 vezes sem conseguir criar um filho sequer. Todos morreram, antes ou depois de nascerem. No lugar dessas crianças, criava coelhos, a quem dava os nomes dos bebês perdidos.
Sarah, amiga de juventude de Anne e esposa de um nobre importante na vida militar do Império Britânico, é uma eminência parda, que atua nos bastidores e exerce forte influência sobre a rainha, com quem, segundo o filme, mantém um caso amoroso há muitos anos. A relação entre as duas mulheres começa a deteriorar quando Abigail, prima empobrecida da duquesa, chega à corte e se torna camareira de Anne, conquistando sua confiança e afeto, até assumir o lugar que antes era exclusivo de Sarah.
Construído em episódios, como capítulos de um livro, A Favorita é um jogo, no qual as três protagonistas de alguma forma brincam e desafiam umas as outras, fazendo uso de artimanhas de poder, mas também eróticas e amorosas, em uma teia muito original, que faz lembrar o clássico Barry Lyndon (1975), de Stanley Kubrick, e Ligações Perigosas (1988), de Stephen Frears, ambos também indicados ao Oscar de melhor filme. Lanthimos não faz uma obra reverente à história da Grã-Bretanha. Talvez por ser estrangeiro, lança um olhar cáustico, porém humano, em direção ao decadentismo da aristocracia no século 18.
Visualmente impecável, da fotografia à luz de velas e com o uso de grandes angulares de Robbie Ryan aos figurinos de Sandy Powell, A Favorita, contudo, não permite que o estético se sobreponha ao dramático. É engraçado, provocativo e muito moderno, apesar de a trama se passar há mais de 300 anos. Indicadas ao Oscar de atriz coadjuvante, Rachel Weisz, equilibrando o masculino e o feminino, e Emma Stone, deliciosamente vil, brilham muito, mas é de Olivia Colman o grande espetáculo. Vencedora da Copa Volpi de melhor atriz no Festival de Veneza e do Globo de Ouro, além de indicada ao prêmio da Academia, a britânica está extraordinária como a rainha Anne, ao mesmo tempo patética e poderosa, frágil e voluntariosa. É dela a imagem final do filme, que ressoa e atordoa.
Lágrimas do Sol
3.7 348 Assista Agora"𝙇𝙖𝙜𝙧𝙞𝙢𝙖𝙨 𝙙𝙤 𝙎𝙤𝙡" (𝙏𝙚𝙖𝙧𝙨 𝙤𝙛 𝙩𝙝𝙚 𝙎𝙪𝙣) é um filme de ação e drama militar lançado em 2003, dirigido por Antoine Fuqua e estrelado por Bruce Willis.
Aqui estão alguns pontos que fazem deste um filme excelente:
𝐀𝐭𝐮𝐚çõ𝐞𝐬 𝐈𝐦𝐩𝐚𝐜𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬: Bruce Willis oferece uma performance sólida como o tenente A.K. Waters. Sua habilidade em transmitir as emoções do personagem, especialmente no contexto de um filme de ação, contribui para a autenticidade da narrativa.
𝐅𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐚 𝐞 𝐃𝐢𝐫𝐞çã𝐨: A cinematografia de "Lágrimas do Sol" é muitas vezes elogiada por capturar paisagens deslumbrantes da selva africana. Antoine Fuqua, conhecido por seu estilo visual marcante, proporciona sequências de ação bem coreografadas e momentos intensos.
𝐓𝐞𝐦𝐚𝐬 𝐑𝐞𝐥𝐞𝐯𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬: O filme aborda questões humanitárias, éticas e morais relacionadas a conflitos em zonas de guerra. A exploração desses temas adiciona profundidade à trama, provocando reflexões sobre o papel das forças militares em situações de crise.
𝐓𝐫𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐒𝐨𝐧𝐨𝐫𝐚 𝐄𝐧𝐯𝐨𝐥𝐯𝐞𝐧𝐭𝐞: A trilha sonora, muitas vezes composta por Hans Zimmer em colaboração com Lisa Gerrard, é elogiada por complementar efetivamente a atmosfera do filme. A música contribui para a emoção das cenas e intensifica a experiência do espectador.
𝐏𝐞𝐫𝐬𝐨𝐧𝐚𝐠𝐞𝐧𝐬 𝐁𝐞𝐦 𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐯𝐨𝐥𝐯𝐢𝐝𝐨𝐬: Além do protagonista, "Lágrimas do Sol" apresenta personagens secundários que têm suas próprias histórias e evoluções ao longo do filme. Isso contribui para uma narrativa mais rica e envolvente.
𝐂𝐞𝐧𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐀çã𝐨 𝐑𝐞𝐚𝐥𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬: As sequências de ação são notáveis pela sua realidade e intensidade. O filme evita muitos exageros comuns em filmes do gênero, focando em retratar a brutalidade e a complexidade de situações de conflito.
𝐌𝐢𝐬𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐆ê𝐧𝐞𝐫𝐨𝐬: O filme consegue mesclar elementos de ação, drama e thriller militar de maneira equilibrada, proporcionando uma experiência cinematográfica abrangente e cativante.
𝐂𝐨𝐧𝐬𝐜𝐢ê𝐧𝐜𝐢𝐚: "𝐋á𝐠𝐫𝐢𝐦𝐚𝐬 𝐝𝐨 𝐒𝐨𝐥" não se limita a ser apenas um filme de ação; ele levanta questões sobre refugiados, direitos humanos e a responsabilidade militar em situações de crise, proporcionando uma reflexão mais profunda sobre as complexidades da guerra.
Em resumo, "𝐋á𝐠𝐫𝐢𝐦𝐚𝐬 𝐝𝐨 𝐒𝐨𝐥" é elogiado por sua emocionante narrativa, performances convincentes, cinematografia envolvente e abordagem sensível a questões sociais e éticas. Esses elementos combinados contribuem para um filme que transcende as expectativas típicas do gênero de ação militar.
Reacher (3ª Temporada)
3.8 1🕵️♂️🎞️🚨 Qual será o próximo livro adaptado?
A 3ª temporada de Reacher no Amazon Prime Video será baseada no livro .
O autor da saga de livros Lee Child revelou qual dos 27 livros publicados que será adaptado para a 3ª temporada:
Persuader - no Brasil tem o título "Acerto de Contas" -, que é o sétimo livro da saga de Jack Reacher.
“Eles podem fazer o que quiserem porque o lance dos dos livros é que você não precisa lê-los em ordem. Todos se seguram sozinhos. O mesmo personagem, obviamente, mas todos se seguram sozinhos. Reacher não é uma pessoa que pensa no passado. Ele nunca prevê o futuro e que vive no hoje então nunca há referências nos livros a livros anteriores. Você não perderá nada se os ler fora de ordem. Podemos fazer a série fora de ordem também”, Lee Child afirmou.
Na terceira temporada, Reacher deve se disfarçar para resgatar um informante detido por um inimigo assustador de seu passado.
"Nós escolhemos, está escolhido", confirmou Lee Child sobre o livro da 3ª temporada, lembrando que ele também é produtor executivo da série. "É uma boa escolha, devo dizer. Acho que fomos muito criativos na forma como sequenciamos o tipo de história".
Lee Child confirmou que veremos Reacher trabalhando sozinho, uma marca registrada do personagem nos livros.
"Sentimos que precisávamos de um livro que fosse mais Reacher sozinho para a terceira temporada. E então era uma questão de qual história funcionaria melhor para isso, e qual teria uma ótima cena de abertura e tudo mais, e encontramos uma que amamos", provocou o autor sobre os próximos episódios da série, que já estão em produção.
Ritchson declarou que a próxima aventura levará seu personagem para um “novo mundo”:
“Não posso falar muito sobre a 3ª temporada, mas direi que há muitas histórias clássicas dos livros que são aventuras nas quais Reacher é profundamente envolvido. E vamos aproveitar para levá-lo a um novo mundo. Pode não ter nada a ver com a família ou com seu passado, ele está apenas vivendo essa aventura e essa é a direção que tomamos.Parece realmente funcionar muito bem para o ritmo que pretendemos levá-lo.”
Além disso, também foi confirmado que Maria Sten voltará como Frances Neagley na terceira temporada.
A produção apresenta uma nova abordagem sobre Jack Reacher, personagem que já teve interpretação de Tom Cruise no cinema.
A 2ª temporada é baseada no livro “Bad Luck and Trouble" (Azar e Contratempo), o décimo primeiro romance de Jack Reacher publicado originalmente em 2007 e a série é estrelada por Alan Ritchson, de Titãs e Smallville. Na trama, Reacher recebe uma mensagem codificada de que os membros de sua antiga unidade do Exército dos EUA, a 110ª PM de Investigações Especiais, estão sendo brutalmente assassinados um a um.
Todos os episódios estão disponíveis no prime video
Saltburn
3.5 869‘Saltburn’ divide opiniões, apostando na estética do choque.
'Saltburn', novo filme da cineasta britânica Emerald Fennell, é uma corrosiva e hipersexualizada sátira social, mas esbarra em sua abordagem por vezes superficial e cosmética.
Arecepção de Saltburn, o segundo filme da cineasta britânica Emerald Fennell, tem gerado, até o momento, divergências de opinião significativas. O longa-metragem, disponível no Amazon Prime Vídeo, explora a intrusão de um indivíduo de classe média em uma família inglesa extraordinariamente rica e aristocrática.
De um lado, há espectadores e a maioria dos críticos que categorizam o filme como uma confusão exuberante, mas autocomplacente de provocação até certo ponto vazia. Por outro lado, existem aqueles que o veem como um thriller erótico envolvente e bem-sucedido, repleto de momentos impactantes em uma releitura de Fennell de obras como Teorema, obra-prima do cineasta italiano Pier Paolo Pasolini, do romance clássico Brideshead Revisited, de Evelyn Waugh, e, por fim, dos livros e das adaptações para o cinema de O Talentoso Ripley, livro da norte-americana Patricia Highsmith.
Embora haja consenso sobre a estética exuberante e atraente de Saltburn, imagens desconfortáveis, como a de um personagem bebendo água do banho de outro, e o desfecho chocante e meio pretensioso do filme, provocam debates sobre se são expressões da genialidade da diretora ou simples truques baratos e vazios, sob medida para chocar o espectador.
A polêmica em torno de Saltburn não é tanto uma consequência da intenção do filme como sátira social, mas, sim, derivada de suas artimanhas criativas: provocar visualmente, retratar a riqueza aristocrática e a devassidão de maneira luxuosa, e sublinhar desejos de maneira escancarada e abusada.
Saltburn é uma obra focada em sensações, e Fennell demonstra habilidade nesse aspecto. O filme faz uso extensivo de montagens suntuosas, escolhas nostálgicas de trilha sonora (a trama se passa na primeira década deste século), destacando-se especialmente “Time to Pretend”, do MGMT, e “Murder on the Dance Floor”, de Sophie Ellis-Bextor, e dioramas de beleza e vigor intensos.
‘Saltburn’: o enredo
A narrativa inicia com um Oliver Quick adulto (interpretado pelo ator irlandês Barry Keoghan, de Os Banshees de Inisherin) declarando nunca ter estado “apaixonado” pelo lindamente distante Felix Catton de Jacob Elordi (da série Euphoria e o Elvis de Priscilla), enquanto se deleita com closes detalhados do suor de Felix, sua nuca, seus músculos abdominais, seu narcisismo. Tudo observado voyeuristicamente através de uma janela. Isso, de maneira sucinta, estabelece que o filme trata de intoxicação e fixação de Oliver por ele.
A proposta é fazer com que o espectador olhe e sinta primeiro, deixando o pensamento para depois (embora seja válido destacar que mais reflexão pode resultar na desconstrução de toda a trama).
Esse clima, essas sensações emanadas pelo filme, são cativantes, mas também podem distrair, compensar em excesso e até enganar. Apesar dos esforços de sátira em relação à classe social privilegiada, Saltburn parece, em grande medida, ser nada além de luxuoso. O filme se deleita na grandiosidade da mansão que lhe dá título, em reviravoltas na trama que beiram o ridículo, e nas excentricidades aristocráticas representadas pelos excelentes Rosamund Pike e Richard E. Grant, interpretando os pais de Felix.
Vazio
A lógica subjacente – personagens superficiais, descartáveis, e uma trama carente de fundamentação navegando em uma aura sedutora – ecoa, de certa forma, a abordagem de Euphoria, também uma obra que aposta no poder de choque, uma marca da contemporaneidade. Saltburn, assim como a série da HBO, é colorido, intenso, exuberante, excessivamente provocante e, por vezes, frustrantemente superficial, embora jamais monótono, é preciso dizer. Essa abordagem inspirou uma resposta dividida entre público e crítica. Seria Saltburn genial ou vazio? Genuinamente excitante ou apenas provocativo? Arrojado ou tolo?
A inclinação é sempre para a segunda resposta a essas perguntas, pois Saltburn parece superestimar seu poder, confundindo provocação com profundidade. Mais criticamente, há uma tendência a superestimar, mas também subestimar seu próprio impacto – não há como negar que o filme mexe e muito com o público. Sua repercussão é prova disso.
Os esforços de Fennell para provocar por meio de nudez, sexo e violência, embora desconfortáveis, carecem de uma base sólida em termos de construção de personagens humanos que realmente justifique tudo isso. Alguns momentos chegam a meio termo – como o banho de Oliver ou o ato sexual oral em Venetia durante sua menstruação -, sendo, de fato, muito provocativos para um público cada vez mais puritano. Mas, pelo menos, essas cenas tentam materializar o consumo da riqueza dos Catton pelo protagonista de uma maneira carnal.
Contudo, cenas como Oliver fazendo sexo na cova de Felix ou dançando nu na mansão que conquistou sem um propósito claro parecem oportunidades apenas para exibir um ator talentoso e atraente se contorcendo na terra molhada e dançando sem roupas. Não muito mais. A que leva o choque que essas cenas provocam no espectador? Chocam, sim, mas no fundo não querem dizer muito, não.
O que destaca é que a intenção do filme como uma sátira excitante, um retrato do desejo, se torna, por fim, amarga, o que é bem interessante. Como Fennell já fez em Bela Vingança, longa que lhe deu o Oscar de melhor roteiro original, o desfecho é surpreendente, mas não exatamente catártico, porque também sombrio, amargo. O problema é que a cineasta e roteirista não consegue mascarar a ausência de uma intenção coesa, de uma especificidade de personagens, lugar ou ideia. O filme carece dessa consistência, resultando um tanto cosmético, o que compromete seu impacto e deixa sua narrativa flutuando numa espécie de vácuo muito chique.
Saltburn está indicado a cinco Bafta (o Oscar britânico) em cinco categorias, incluindo melhor ator (Barry Keoghan), atriz coadjuvante (Rosemund Pike), ator coadjuvante (Jacob Elordi) e melhor filme britânico.
Cabeça a Prêmio
2.8 61 Assista AgoraMuito bom filme, o crime não compensa só traz desgraça.
Esse filme 🎥 é muito bom retratando problemas familiares e conflitos gue toda família infelizmente tem não somos perfeitos temos nossos defeitos e qualidades e o filme traz a toma essa outra situação o de ficar contrabadeando tendo falcatruas e roubos o filme e bom recomendo para guem guiser assistir 😮😮
Uso a frase dos peaky blianders cabalho lerdo e mulheres lijeiras
Trilha do final...liiindaa
Vidas Partidas
3.3 34 Assista AgoraExcelente trabalho sobre cruel situação drasticamente, ainda tão atual e pior, sobre a violência doméstica contra as mulheres.
Atores ótimos.
Não conhecia a atriz protagonista.
Roteiro, direção, fotografia, figurino, edição...Parabéns!
Triste é saber que tantos relacionamentos tóxicos e abusivos, levam à violência física, psicológica...So quem convive com um narcisista compreende bem o personagem
Atuação magistral do nosso saudoso Domingos Montagner...
O Demolidor
3.3 405 Assista AgoraO filme "O Demolidor" aparentemente parece ser apenas mais um bom filme de ação dos anos 90, onde um "herói" tenta impedir um vilão de dominar o mundo.
Mas ele é muito mais do que isso. O filme tem uma crítica social extremamente inteligente, que se prova a cada ano mais certeira. Muitas pessoas dizem, que aquele futuro do filme é praticamente uma previsão do nosso presente, ou uma perspectiva futuro que estamos construindo.
No filme, o estado rege todas as regras da civilização, controla absolutamente tudo na vida das pessoas. Por exemplo, como devemos nos vestir, o que comer e beber, o que se pode ver na TV, ouvir, falar, proíbe bebidas alcoólicas, cigarro, sexo, beijar, proíbe até mesmo engravidar sem autorização. Tudo que o governo acha que pode fazer "mal" para as pessoas, ele proíbe. E se a pessoa quebrar qualquer regra, ou tentar questionar o estado, leva multa ou é presa imediatamente.
O "politicamente correto", se é que esse termo é realmente o correto, tomou conta de tudo ao extremo. As pessoas que têm pensamento contrário, opiniões diferentes do estado, foram obrigadas a viver nos esgotos ou seriam presas como marginais, passando fome e tendo que roubar para se alimentar, elas são consideradas a escória da sociedade.
Enquanto as pessoas que vivem nessa bolha têm fartura, se aproveitando de sua própria hipocrisia.
Os policiais não usam mais armas, não são mais treinados. Na verdade, ninguém mais pode ter armas; literalmente, elas só existem em museus. Todos são proibidos de aprender autodefesa, artes marciais também foram proibidas. O estado passou a decidir cada passo da população, que vive em uma superficial e imaginária paz, percebendo ou não a opressão que os cerca.
Tudo isso é mostrado no filme com sutilezas e, algumas vezes, de forma explícita. Claro, existem muitas outras críticas sociais dentro do filme, que falarei em outros textos.
Na sua opinião, o filme "O Demolidor" realmente acertou em suas previsões? Ou é um exagero dizer isso, já que na maior parte do mundo, inclusive no Brasil, ainda somos teoricamente um país com liberdade! O que acham?
True Detective: Terra Noturna (4ª Temporada)
3.4 237 Assista Agora10 curiosidades sobre a série True Detective
True Detective é uma série de televisão de drama criminal e antologia, conhecida por sua narrativa densa e atmosfera sombria.
Depois de três temporadas, a série continua a intrigar e cativar o público com suas histórias complexas, personagens fascinantes e reflexões profundas sobre a natureza humana.
A 4a temporada com Jodie Foster chega em 14 de janeiro na HBO. Descubra 10 curiosidades sobre True Detective.
Estreou em 2014
True Detective é uma série de antologia de crime e drama que estreou em 2014 na HBO. Cada temporada conta uma história independente com diferentes personagens, elenco e trama.
Criação de Pizzolatto
A série foi criada e escrita por Nic Pizzolatto, um renomado escritor e roteirista americano. Pizzolatto ganhou reconhecimento por sua escrita complexa e atmosférica em True Detective.
Começou bem
A primeira temporada de True Detective foi aclamada pela crítica e pelo público, sendo considerada uma das melhores séries de televisão dos últimos anos. Estrelada por Matthew McConaughey e Woody Harrelson, a temporada explorou um caso de assassinato macabro no sul da Louisiana ao longo de várias décadas.
2a temporada
A segunda temporada de True Detective teve um estilo mais noir, caracterizado por seus visuais estilizados e personagens moralmente ambíguos. A temporada incorporou elementos da estética e narrativa do filme noir, criando uma atmosfera sombria e melancólica que lembra os filmes noir clássicos. A temporada dividiu opiniões, contando com Colin Farrell, Rachel McAdams e Vince Vaughn no elenco.
Mahershala Ali
A terceira temporada de True Detective marcou o retorno da série ao sul dos Estados Unidos, desta vez na região noroeste do Arkansas. Mahershala Ali interpretou o detetive principal, investigando um crime que se desenrola ao longo de três linhas do tempo diferentes.
Marca
A série é conhecida por sua cinematografia impressionante e atmosfera sombria. Os diretores de fotografia e os diretores de cada temporada contribuíram para criar uma estética visual única que se tornou uma marca registrada de True Detective.
Diálogos profundos
Os diálogos complexos e filosóficos são uma característica marcante da série. True Detective explora temas profundos, como a natureza da identidade, a existência do mal e a luta entre o bem e o mal.
Boa música
A trilha sonora de True Detective também recebeu muitos elogios. Cada temporada apresenta uma seleção cuidadosa de músicas que complementam a narrativa e a atmosfera da série.
Matthew McConaughey
A interpretação de Matthew McConaughey do detetive “filosófico” Rust Cohle na 1ª temporada foi aplaudida pela crítica. Ele passou por uma transformação física para o papel, perdendo peso e adotando a aparência para capturar a intensidade e a natureza complexa do personagem.
Natureza humana
True Detective cativou os fãs ao longo das temporadas com suas histórias envolventes e personagens complexos. Apesar de cada temporada ter uma abordagem única, a série continua a explorar os aspectos mais sombrios e profundos da natureza humana, mantendo seu status como uma das séries mais intrigantes e cativantes da televisão.
O Último Pistoleiro
3.7 49 Assista AgoraÓtimo filme. O drama da doença e o sofrimento a cada dia do pistoleiro durão. No final, cenas brutais . John Wayne já era para receber um Oscar por esse filme, mas a Hollywood miserável não deu ao veterano ator, dono de excelentes filmes em sua carreira. Foi-lhe dar em seu último filme, quando ele colocou um tapa-olho. Pouco tempo depois, descobriu-se que ele estava com câncer . Ele foi receber o Oscar já bem magro, abatido pela doença, mesmo assim com muito orgulho pelo ainda que tardio prêmio.
Esse filme tem tudo a ver com o que John Wayne estava passando na realidade. Nessa época ele estava com o câncer bem avançado. O filme é de 1976 Wayne faleceu em virtude do câncer em 1979. Pouco tempo depois de ter recebido uma homenagem especial pela academia de Hollywood.
What If...? (2ª Temporada)
3.4 7410 CURIOSIDADES SOBRE A KAHHORI
Debutou hoje no MCU, no ótimo 6° episódio da animação What if, a heroína nativo-americana Kahhori.
E agora trago 10 curiosidades sobre a Kahhori e o seu episódio que APOSTO que você não sabia.
1. Ela é uma personagem original da animação. Não existe uma Kahhori nas HQs.
2. Ela faz parte do povo Mohawk, que viviam na região de New York (nordeste americano) e pelo Canadá. Eles fazem parte da Confederação Iroquesa, ou Haudenosaunee, uma importante civilização nativo-americana da América do Norte.
3. O episódio foi desenvolvido com colaboração de membros da Nação Mohawk, como o historiador Doug George e a especialista em língua mohawk Cecelia King.
4. O episódio foi quase todo falado na língua Mohawk e se passa em Akwesasne (hoje conhecido como interior de New York).
5. Kahhori é um nome real do Clã Lobo, que significa 'ela agita a floresta'/alguém que motiva aqueles ao seu redor. E convenhamos, faz todo sentido, né?
6. Ryan Litte é o escritor e co-criador da Kahhori. Ele trabalha nesse episódio desde 2019. E contou que existe um corte do episódio com 10 minutos adicionais.
7. Kahhori foi dublada na versão original pela atriz Kawennáhere Devery Jacobs, que faz parte da Nação Mohawk.
8. O nível se consulta com especialistas na Nação Mohawk foi tão grande que eles colaboraram em todas as camadas da história. Desde o nome dos personagens, personalidades e vestimentas. Tudo para produzir um episódio que fosse fiel e respeitoso.
9. Nos quadrinhos há um reino adjacente e conectado com a Terra chamado Giizhigong. Ele é povoado por nativo-americanos e é acessado pelo Rio Colorado.
Giizhigong, na língua Ojíbua, significa "céu" ou "lugar do céu". O que combina com o "Mundo do Céu" que Kahhori visitou.
10. Esse reino adjacente à Terra, mas ainda conectado com ela, é semelhante a Ta-Lo, ligado à cultura chinesa. Vimos ele aparecer em Shang-Chi e a Lenda dos 10 Anéis.
Outro reino nesse sentido, mas um pouco diferente, mais espiritual, é Djalia. Esse é o plano astral que contém a memória coletiva de Wakanda
PS: Quando falamos “criem personagens originais”, é disso que estamos falando! Finalmente what if mostrou algo minimamente diferente do MCU... Gostei da iniciativa
Wonka
3.4 400 Assista AgoraTimothée Chalamet é um Willy Wonka jovem e sonhador em prequel divertida, ainda que adocicada.
'Wonka', que narra a juventude do protagonista de 'A Fantástica Fábrica de Chocolates', se destaca por sua leveza, brilho, elenco afiado e números musicais grandiosos.
Amais recente encarnação de Willy Wonka, interpretada por Timothée Chalamet (de Duna) em Wonka, surge na telona como uma figura bem mais jovem, doce e notavelmente menos excêntrica do que suas versões anteriores. Ele embarca em sua jornada do herói com uma aura de sonho e um sorriso permanente nos lábios, mantendo uma atitude positiva, ocasionalmente cantando, dançando de forma um tanto desajeitada e criando doces peculiares, como os chocolates salgados com as “lágrimas agridoces de um palhaço russo”, conhecidos como hoverchocs.
A resiliência – ou seria insistência? – das franquias cinematográficas é evidente em Wonka, novo musical original que explora os primeiros empreendimentos do jovem Willy. O filme se destaca por sua leveza e brilho, e é repleto de artistas talentosos que parecem se divertir (muito) com suas interpretações, mesmo quando assumem papéis malvados.
A qualidade mais evidente dessa encarnação jovem de Willy Wonka é a sua gentileza. Há uma ausência quase absoluta da misantropia sombria presente no romance Charlie e a Fábrica de Chocolate, de Roald Dahl, best-seller de 1964 que gerou diversas adaptações, incluindo filmes anteriores e um musical na Broadway.
A narrativa de Dahl e suas adaptações anteriores apresentam um menino pobre, Charlie, que realiza uma visita transformadora à fábrica de chocolate do enigmático e algo perverso Willy Wonka. Dirigido por Paul King, Wonka retrocede no tempo para quando Willy era um esforçado empreendedor sem dinheiro nos bolsos, mas repleto de encantos e aspirações.
Após anos viajando pelo mundo, ele busca realizar seus sonhos doces em uma cidade que remete à Europa, com uma arquitetura espetacular e espaço para números musicais grandiosos. Seus desafios surgem na forma de um cartel chocolateiro e a dona malvada de uma estalagem, Sra. Scrubbit (Olivia Colman, excepcional como sempre), que escraviza seus hóspedes pobretões.
‘Wonka’: excesso de doçura
Wonka apresenta canções antigas e novas, coreografias envolventes, um rio de chocolate, mas não chega a inovar. Entre seus atrativos está um Chalamet carismático e entusiasmado, de movimentos desajeitados, com seus cabelos sempre desarrumados balançando sob o chapéu de Willy. O desempenho lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de melhor ator (comédia ou musical).
O filme enfatiza Willy como protagonista absoluto. Embora ele logo encontre uma parceira infantil, Noodle (Calah Lane, muito carismática), a mais jovem entre os servos de Sra. Scrubbit. E é Willy, desta vez, quem assume o papel do ingênuo de olhos arregalados que, na história e no filme original era o garoto Charlie.
A personalidade afável de Willy nesta versão o distancia do excêntrico chapeleiro louco de Dahl, aproximando-o espiritualmente do gentil protagonista ursino dos filmes de King, os ótimos Paddington e Paddington 2. Como o personagem Paddington, Willy, o fabricante de doces, logo encontra uma comunidade solidária em seu novo ambiente digitalmente aprimorado. Além disso, recebe calor maternal de Sally Hawkins (de A Forma da Água), compartilha momentos cômicos com um impagável Hugh Grant (aqui como um Oompa-Loompa pistola) e se envolve em escapadas criativas que evidenciam as habilidades de King na construção da narrativa de ação. O filme, no entanto, com sua duração de duas horas, prolonga-se um pouco além do necessário.
O roteiro de King e Simon Farnaby poderia, também, adicionar um tom mais crítico a Wonka; que, às vezes, é adocicado demais – o filme funciona melhor quando explora o humor. Isso não chega a ser surpreendente, dada a reconceituação da personalidade de Wonka por King (sem a presença de ameaça) e a influência da “disneyficação” do entretenimento infantil.
As mudanças no Mundo de Wonka ao longo dos anos, especialmente na caracterização dos Oompa-Loompas, refletem uma evolução significativa. O filme de 1971 com Gene Wilder os retratava com pele laranja e cabelos verdes, uma representação que Tim Burton abandonou em seu filme de 2005 estrelado por Johnny Depp, e que King restaurou.
Um dos desafios para os cineastas contemporâneos ao adaptar a obra de Dahl é aproveitar os elementos agradáveis sem replicar suas facetas menos atraentes. Wonka contorna parte dessas questões por anteceder a notoriedade de Willy, e é possível que em uma eventual sequência, os Oompa-Loompas tenham alcançado uma maior autonomia. Até lá, espera-se que a aversão de Dahl por personagens gordos, evidenciada infelizmente no filme por meio de um chefe de polícia glutão (Keegan-Michael Key), seja deixada para trás.
Wonka, por fim, busca abraçar a gentileza com uma sinceridade espontânea, convidando o espectador a soltar a imaginação, destacando a perspectiva divertida de que um dia Timothée Chalamet se transformará, com alguma sorte, em um Gene Wilder e, esperamos, não em um Johnny Depp.
Samurai de Olhos Azuis (1ª Temporada)
4.5 119 Assista AgoraNossas impurezas não são fraquezas; na realidade, são justamente elas que nos fazem mais fortes. Esse é o ponto de partida de Samurai de Olhos Azuis, animação franco-americana que estreou na Netflix e tornou-se uma das gratas surpresas do streaming neste final de 2023. Só que a primeira temporada da produção (que tem oito episódios), consegue ser ainda mais profunda.
Para começar, apesar da temática e do pano de fundo orientais, este não é um anime. Trata-se de um "animesque", um desenho animado ocidental que é influenciado pela cultura nipônica. No caso, a criação foi da dupla Amber Noizumi e Michael Green – este último roteirista de Logan e responsável pelo texto do futuro Blade. Os dois também são produtores executivos, ao lado de Erwin Stoff (de Matrix e Constantine). A supervisão de direção é de Jane Wu.
Mal comparando, é como se os animes fossem como o champagne, um produto de origem controlada. Já Samurai de Olhos Azuis é como o espumante: um produto parecido, mas de outro lugar e com suas particularidades.
E que espumante Samurai de Olhos Azuis é: a animação mistura o “sabor” do chanbara (o cinema de samurai, dos clássicos filmes do diretor japonês Akira Kurosawa) com os longas-metragens de spaghetti western estrelados por Clint Eastwood, além de trazer referências a animes como Samurai X e ao bunraku, que é o tradicional teatro de fantoches japonês.
Um samurai com nome
Esta história é sobre Mizu, grande espadachim de olhos azuis que busca vingança contra os homens que amaldiçoaram a sua vida. Até aí, nada que você não tenha visto antes.
Acontece que o desenho animado se passa em meados do século 17, quando o xogum – o ditador militar do Japão, que mandava em tudo enquanto o imperador tinha poder apenas cerimonial – proibiu a entrada e a permanência de cidadãos estrangeiros no país, na política isolacionista conhecida como sakoku e que durou mais de 260 anos.
Pois este é o toque único da produção: Mizu, ao ter a mistura de sangue japonês com europeu, é amaldiçoado pela sociedade, que o considera menos que humano.
Eram quatro os homens brancos que viviam no país ilegalmente no momento do nascimento do samurai, que não sabe quem realmente é o seu pai. Não tem problema: Mizu irá atrás de todos para se vingar por sua existência, trazendo convenientemente uma temporada para cada caçada.
Com esse contexto, Samurai de Olhos Azuis começa a sua trajetória ressoando entre todos aqueles que se sentiram, ou ainda se sentem, rejeitados pela sociedade por suas diferenças.
Não estamos falando apenas de questões étnicas. É aqui que entra um belo paralelo com as espadas: é preciso tirar as impurezas do aço durante o processo de fabricação, mas a busca pela pureza total apenas criará uma liga fraca e quebradiça. São nossas peculiaridades e particularidades que nos dão força e resistência.
Isso por si só já serviria para botar o roteiro de pé, mas os oito episódios desta primeira temporada vão além. De surpresa, Samurai de Olhos Azuis evolui rapidamente para um comentário social, apontando a opressão sofrida pelas mulheres. No contexto do Japão do Período Edo, as jovens só têm dois destinos para suas vidas: se casarem ou se tornarem prostitutas. Na prática, muda apenas o tipo de homem ao qual são vendidas pelo pai.
Nesse sentido, o animesque traz suas principais protagonistas femininas lutando contra as estruturas sociais com as armas que encontram, batalhando pelo controle de seus destinos e pela chance de escolher o seu próprio caminho. Então vem o primeiro grande plot twist da série, que não é um spoiler por estar no material de divulgação: Mizu é, na realidade, uma mulher que se passa por um homem para sobreviver.
Animação e realismo
Samurai de Olhos Azuis é pintado com uma animação bastante bela e moderna, feita em computação gráfica com um toque do estilo tradicional. Já as cenas de luta foram desenhadas a partir de coreografias em live-action com espadachins reais. O resultado na tela lembra os desenhos animados de cinema dos anos 1990, quando a técnica da rotoscopia e os retoques em CGI fizeram com que longas como Anastasia e A Bela e a Fera tivessem aquela movimentação quase real.
Tudo isso é fechado pelo ótimo trabalho de voz original de atores famosos como George Takei (o Sulu da série original de Star Trek), Ming-Na Wen (de Agents of SHIELD e Mulan), Kenneth Branagh (Oppenheimer, Dunkirk) e Cary-Hiroyuki Tagawa (Mortal Kombat, o de 1995). Mas quem comanda a ação mesmo é Maya Erskine, que dá vida a Mizu, fechando o quarteto de protagonistas ao lado de Masi Oka (e seu encantador Ringo), Darren Barnet e Brenda Song.
Nem tudo é perfeito, é claro. Percebe-se que, em alguns momentos, há a tentativa de alongar o enredo, fazendo-o preencher os oito episódios de cerca de 45 minutos. Claramente era possível cortar uma gordura aqui e ali, mas, ao mesmo tempo, essas “esticadas” são bem utilizadas, trazendo surpresas que, por mais que pareçam heterodoxas em um primeiro momento, funcionam bem para o cenário que a animação quer construir.
A equipe de produção (composta por pessoas de diversas origens) também pode incomodar os mais puristas. Mas, mais uma vez, este não é um anime, nem tem como principal alvo o mercado japonês. Trata-se de um produto global.
Talvez aí esteja o real motivo de Samurai de Olhos Azuis ser bem-sucedido, em um ponto que nos leva de volta ao começo desta crítica: é a mistura de ligas que faz o metal ser mais forte.
Pet Shop of Horrors
4.0 32A vibe desse anime e algo unico
Lição aprendida com esse anime:
quando você for mãe/pai e criar uma "Alice" na sua vida, nunca a mimem dando tudo que ela desejar, por mais difícil que seja, as vezes um não também é necessário, especialmente broncas e punições quando a mesma tiver errada.
A metáfora do biscoito se referindo as drogas foi muito boa.
Se os pais não tivessem mimado tanto a Alice e tivessem a punido quando a mesma fez coisas erradas, talvez a filha estaria viva para ficar com os pais.
Amo esse estilo de arte, a história da loja e tudo me lembra um pouco xxxholic, se alguém conhecer mais obras nessa vibe por favor me indiquem
A frase final é: "Sereias são mesmo possessivas."
Uma obra prima,o criador é de um talento inigualável....
" O príncipe que confundiu culpa com amor verdadeiro."
O resumo do episódio 2, aliás só 4 capítulos não é suficiente para essa obra de arte.
Todos os capítulos dessa série são ótimos, mas amo esse episódio 3:
Ele morreu no auge da sua carreira, e como o conde D mostrou para o Detetive no funeral, todos estavam o elogiando e lamentando sua morte precoce, ele nunca envelhecerá e perderá sua glória ou será esquecido, pois morreu enquanto ainda era uma estrela.
Único episódio com um final feliz é o quinto:
o Kirin viu que o cara tinha a sabedoria para liderar e a bondade para dar felicidade para menina, então os dois aconteceram
A Muralha
4.0 86𝐀 𝐌𝐔𝐑𝐀𝐋𝐇𝐀 (𝐌𝐢𝐧𝐢𝐬𝐬é𝐫𝐢𝐞)
𝘈 𝘔𝘶𝘳𝘢𝘭𝘩𝘢 𝘧𝘰𝘪 𝘶𝘮𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘪𝘴𝘴é𝘳𝘪𝘦 𝘣𝘳𝘢𝘴𝘪𝘭𝘦𝘪𝘳𝘢 𝘱𝘳𝘰𝘥𝘶𝘻𝘪𝘥𝘢 𝘱𝘦𝘭𝘢 𝘛𝘝 𝘎𝘭𝘰𝘣𝘰 𝘦 𝘦𝘹𝘪𝘣𝘪𝘥𝘢 𝘥𝘦 4 𝘥𝘦 𝘫𝘢𝘯𝘦𝘪𝘳𝘰 𝘢 31 𝘥𝘦 𝘮𝘢𝘳ç𝘰 𝘥𝘦 2000, 𝘦𝘮 51 𝘤𝘢𝘱í𝘵𝘶𝘭𝘰𝘴, à𝘴 23𝘩15 𝘥𝘢 𝘯𝘰𝘪𝘵𝘦.
𝐏𝐫𝐨𝐝𝐮çã𝐨:
Escrita por Maria Adelaide Amaral, é livremente inspirada no romance homônimo de Dinah Silveira de Queiroz, e escrita com colaboração de Vincent Villari e João Emanuel Carneiro, teve a direção de Alexandre Avancini e Luiz Henrique Rios, contou com a direção geral de Denise Saraceni e Carlos Araújo, e também contou com a direção de núcleo de Denise Saraceni.
Contou com Alessandra Negrini, Leandra Leal, Letícia Sabatella, Vera Holtz, Leonardo Brício, Débora Evelyn, Mauro Mendonça e Tarcísio Meira nos papéis principais.
𝐇𝐢𝐬𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚:
"Século XVII. Três mulheres em busca de um sonho. Para alcançá-lo, devem cruzar a maior cadeia de montanhas do Brasil. Devem cruzar a muralha." (traduzido do site da minissérie no Canal 13 do Chile)
Os bandeirantes foram os pioneiros no desbravamento europeu do território brasileiro. Paulistas suas atividades consistiam em abrir rotas rumo ao interior do país em busca de riquezas e, também, de índios para serem vendidos como escravos. Mesmo sob domínio territorial português, a luta pela posse das propriedades era constante. Vindos de diferentes partes do mundo, inúmeros forasteiros tentavam se apossar do território conquistado pelos bandeirantes. A muralha é uma referência à Serra do Mar, um grande obstáculo às incursões ao centro do país. É pelas cercanias da Vila de São Paulo, na fazenda de Lagoa Serena, após atravessar a muralha, que habita dom Braz Olinto (Mauro Mendonça), um patriarca que lidera sua família e sua bandeira com muito trabalho e sacrifício. Sua luta principal é dominar e vender mão de obra indígena, adquirida através das empreitadas feitas ao interior.
Nisto, se difere de seu filho Tiago Olinto (Leonardo Brício), que vê, na conquista do ouro, a grande razão para seu empenho pessoal. Junto de dom Braz em suas aventuras, está também Afonso Góis (Celso Frateschi), seu genro, casado com Basília (Deborah Evelyn), sua filha. O casal padece da dor da perda do filho Pedro, que desapareceu, aos 13 anos, durante uma expedição com o pai. Em função disso, a expectativa pelo reencontro do filho é uma constante para Afonso e Basília. Rosália (Regiane Alves), a caçula de Braz, é uma jovem determinada, que se dispõe a largar tudo quando se apaixona de verdade por Bento Coutinho (Caco Ciocler), que trabalha na bandeira de seu pai. Leonel (Leonardo Medeiros), seu filho, é casado com a sensível Margarida (Maria Luísa Mendonça), que acha que seu casamento só será completo após a chegada de um filho. Ainda na fazenda, mora Mãe Cândida (Vera Holtz), esposa de dom Braz, que assume a casa nos períodos em que os homens estão fora.
Afetuosa, porém contida, seus critérios não se baseiam na religião ou na justiça, mas nas prioridades de seus homens. Junto dos filhos, mora a sobrinha Isabel (Alessandra Negrini), a única mulher a enfrentar a mata e as batalhas no meio dos homens. É considerada, por dom Braz, o melhor soldado de sua tropa, inclusive porque salvara a vida do tio durante um ataque à aldeia. Isabel é apaixonada por Tiago e tem comportamento selvagem, o que a faz sentir-se quase como um bicho. Após a batalha, dom Braz informa Tiago de que havia mandado vir de Portugal uma mulher que não fosse uma nativa ou impura, para se casar com o filho. O conflito entre os dois é inevitável. Tendo sido criado no Colégio dos Jesuítas, Tiago teve contato com pensamentos renascentistas e era contra a dominação e o desrespeito aos índios. Seu interesse estava concentrado na observação de estrelas e em sonhar com a conquista do ouro no sertão, na cidade de Sabaraboçu, que muitos achavam se tratar de uma lenda. Tiago tem, como melhor amigo, o índio Apingorá (André Gonçalves), líder de sua tribo, que sabe ler e escrever em português e que ajuda dom Braz nas suas empreitadas.
Pelo mar, chega Beatriz (Leandra Leal), a noiva de Tiago, que é também sua prima. Trata-se de uma menina cheia de sonhos e apaixonada pelo futuro esposo, que sequer conhece. Junto com ela, chegam Ana (Letícia Sabatella), a prostituta Antônia (Cláudia Ohana) e o padre Miguel (Matheus Nachtergaele). A chegada até Lagoa Serena se dá por uma tortuosa caminhada através da Serra do Mar, que já simboliza toda a dificuldade que Beatriz, uma dama europeia, encontra na rudeza dos territórios brasileiros da época. Ao longo do caminho, porém, ela se revela alguém de muita fibra e força, disposta a enfrentar tudo para alcançar seus objetivos, despindo-se de seus sapatos e vestes para enfrentar os campos coloniais. Ana é uma cristã-nova, que chega triste ao Brasil para cumprir sua promessa e casar-se com dom Jerônimo (Tarcísio Meira), um comerciante inimigo de dom Braz.
A promessa de casamento fora feita por seu pai Samuel (Elias Andreato), a quem dom Jerônimo livrara da fogueira da Inquisição. Ao chegar ao Brasil, Ana é recebida por Guilherme Schetz (Alexandre Borges), responsável por levá-la até dom Jerônimo. Assim, Ana passa uma noite na casa de Guilherme, pressentindo que seu destino após a boa companhia do rapaz não seria bom. A figura de dom Jerônimo era a síntese da hipocrisia religiosa de seu tempo e, ao conhecer Ana, ele passa a escravizá-la e espioná-la para saber de sua real conversão. Trata-se de um pervertido, que estupra Moatira (Maria Maya) inúmeras vezes. Dissimulado, porém, passa a maior parte do tempo a procurar heresias e escrevendo cartas ao tribunal do Santo Ofício, a Inquisição. Antônia veio ao Brasil em busca de um bom casamento, sabendo que não havia muitas mulheres brancas por estas terras. Irreverente e debochada, ela ocupa funções estratégicas na vila, como mensageira entre Ana e Guilherme e, mais tarde, ao reencontrar Beatriz, ajudando-a a conquistar Tiago. Já ao chegar, cai nas graças do bem-humorado mestre Davidão (Pedro Paulo Rangel), que passa a cortejá-la. Padre Miguel é um jovem idealista e verdadeiramente crente de sua missão: evangelizar o gentio. Em seu caminho, a paixão por Moatira o faz rever seus conceitos e acreditar que o caminho cultural traçado que não era errado, mas diferente.
Beatriz enfrenta forte luta para conquistar o coração de Tiago. Acobertada por mãe Cândida, Isabel esconde até quando pode sua gravidez, fruto do relacionamento com o primo a quem amava. Durante uma batalha, no entanto, dom Braz é atingido e, antes de morrer, confessa a Isabel que também é sua filha. Ciente de que não poderia levar seu sentimento adiante, a moça se despede de Tiago e entrega seu filho a Beatriz, para que ela assuma sua criação. Isabel segue, então, para uma aldeia e, sob a proteção de Caraíba (Stênio Garcia), é intimada a cumprir seu destino. Voltando ao lugar que lhe pertence, nua, ela anda rumo à mata, que a acolhe, dando a entender que se transforma em uma onça. Após denunciar vários cidadãos da vila à Inquisição, dom Jerônimo passa a mandar prender todos aqueles que se colocam contra sua autoridade. São presos: mestre Davidão e Antônia, Ana e Guilherme e, também, o padre Miguel. Para o julgamento inquisitório, o próprio dom Jerônimo assume o papel de juiz e arma uma audiência pública para incriminar os acusados. Lá, eles são acusados injustamente de pecados como apostasia, prostituição e devassidão moral.
Perante os demais cidadãos, que acompanham inconformados aquele julgamento, todos são condenados à fogueira. Antes de ser queimado, entretanto, Guilherme consegue uma faca e acerta o abdômen de dom Jerônimo. Nesse momento, ele passa a ouvir as verdades sobre sua própria devassidão e pecados ditas por Ana e vê, no centro da fogueira, a falecida Moatira, a quem estuprara diversas vezes e Dom Braz, seu inimigo mortal. Desesperado com as alucinações, termina morto em uma das fogueiras que ele mesmo acendeu. Antônia aceita casar-se com Davidão e Ana passa a viver feliz ao lado de Guilherme, terminando grávida. Padre Miguel se dedica a cuidar de crianças, sob orientação de Caraíba e vê, nas pequenas meninas, a imagem de Moatira, a quem amava. Em Lagoa Serena, Leonel chega de Sabaraboçu dizendo ao irmão Tiago que a terra do ouro não era uma lenda. Nove meses se passam e, após Beatriz dar à luz a pequena Margarida, nome dado em homenagem à falecida cunhada, os dois irmãos tomam a estrada rumo a essas terras, em companhia de Beatriz, que se diz pronta para enfrentar o que for ao lado do marido, e levam os filhos Braz e Margarida.
Godzilla: Minus One
4.0 456Godzilla Minus One, tremenda obra-prima que acabei de ver na Netflix, não consegui ver no cinema, e me arrependo, uma aula de como fazer um filme do Godzilla, tem elementos de anime e do cinema dourado japonês trazidos para o presente dia, desenvolvido com maestria, acompanhado de efeitos visuais gloriosos, junto com uma trilha sonora que acompanha todo o filme, nos momentos dramáticos, épicos, as atuações são fenomenais, o desenvolvimento dos personagens é impecável, o roteiro é incrível, tive tempo para bo assistindo um filme com ritmo exato, mais que o recomendado, 10/10.
Vou até comprar um Godzilla de brinquedo para esse filme, sim gente, é muito bom.
Fatos interessantes ganharam os melhores efeitos visuais no Oscar! Sobre filmes como Oppenheimer.
Grande diretor Takashi Yamakashi, por reviver o dourado cinema japonês!
PS: Me lembrou o nível de Shin Godzilla. Provavelmente vai ser um dos melhores filmes do Gojira. Eu amo os filmes japoneses do Godzilla, porque sempre mostra o lado anti vilão dele!🤩
Zona de Risco
3.2 41 Assista AgoraTACP JTAC movie.
Atores australianos melhores nos negócios... Essa vai ser boa de ver!!
O que é TACP (JTAC)?
https:// taskandpurpose . com / culture/ jtac-vs-tacp-military-definition-covenant-movie/
Eubank, diretor e roteirista de Zona de Risco, aponta que o filme tem a amizade como um dos temas principais. Com um currículo de peso que inclui ‘Atividade Paranormal: Ente Próximo’ e ‘Ameaça Profunda’, o diretor explica que seu novo filme é marcado por um realismo profundo, embora não seja baseado numa história real. A obra acompanha a jornada emocional de Kinney (Liam Hemsworth), um novato que se depara com uma situação que mudará sua vida para sempre.
O elenco do filme é repleto de estrelas: a dupla de irmãos Hemsworth: Liam e Luke, Russell Crowe, Milo Ventimiglia e Ricky Whittle. O diretor conta que se inspirou em alguns filmes de ação e guerra clássicos e modernos para criar seu filme, como ‘Nascido para Matar’, ‘Apocalypse Now’, ‘Atrás das Linhas Inimigas’ e ‘Falcão Negro em Perigo’. O grande diferencial aqui é como o filme toma o ponto de vista dos homens que estão lutando na guerra, abordando as decisões que precisam tomar, e como lidam uns com os outros.
O ganhador do Oscar, Russell Crowe, conta que essa tensão foi fundamental para sua interpretação. “Na nossa história, existe uma intimidade criada entre o operador em terra e o piloto de drone por causa das coisas que estão acontecendo, e certamente quando algo dá errado na operação, o piloto do drone se sente um pouco responsável também. E então, ele tem que fazer tudo o que puder para manter os soldados em terra seguros e ajudá-los em sua missão.”
Zona de Risco foi filmado na Austrália e o ator australiano Liam Hemsworth acredita que as condições naturais que enfrentaram ajudaram a trazer realismo ao longa. “Esperamos que as pessoas possam embarcar nesta jornada com Kinney e sentir como é difícil e assustador ver o amadurecimento do personagem ao enfrentar uma situação sobre a qual ele não tem experiência.”
O diretor Eubank concorda com o astro e acrescenta: “espero que o público se divirta e se empolgue. Eu quero que eles desejem que os personagens saiam vitoriosos e que o filme possa surpreender.”
Sobre os inimigos, são o grupo muçulmano terrorista filipino conhecidos como Abu Sayyaf.
O Abu Sayyaf é um dos diversos grupos separatistas fundamentalistas islâmicas sediadas no sul das Filipinas, onde por quase 30 anos diversos grupos militantes islâmicos estiveram envolvidos em insurgências visando uma província independente no país. O grupo se denomina Al-Harakat Al-Islamiyya ("O Movimento Islâmico").
OBS: São tão ruins quanto o Estado Islâmico, Al Qaeda, Talibã, Hamas, Hezbollah e Boko Haram.
Nota: 5/10
A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets
3.4 236 Assista AgoraDá pra se divertir sim, mas é muito vazio e sem nenhum traço de personalidade. As piadas são cansativas e repetitivas demais, não emplacam.
O filme não consegue criar AQUELA tensão que é uma das marcar do primeiro filme. Não há senso de ameaça algum. O filme joga no seguro demais, infelizmente.
Até achei no começo que a "Fuga" seria da menina tentando fugir de casa pra explorar o mundo, colocando a Ginger e as outras na outra ponta, o que talvez seria algo muito mais interessante e mais ousado.
Enfim, muito triste que uma sequência de uma das melhores animações já feitas seja basicamente um filme "filler" que mais parece um curta estendido "extra" do que de fato uma continuação, e esteja mofando lá no catálogo da Netflix ao invés de estar nos cinemas pra fazer dinheiro (o original fez 220 mi na época).
O melhor é aceitar que a Aardman já era faz tempo, apesar de que os filmes recentes do Shaun Carneiro são muito bons. E nem é questão de qualidade, e sim de "zeitgeist". Assim como Studio Ghibli, creio que são filmes pra outra era, pra outro público, pra outro tempo, longe do cinismo atual. Expectativa zero pro próximo do Wallace & Gromit também.
Ritmo de Natal
2.9 21 Assista Agora"Ritmo de Natal" é uma deliciosa surpresa
Tem um começo bastante promissor, uma vez que a trama é repleta de qualidades e desperta atenção através de um enredo despretensioso e acolhedor.
Com uma narrativa moderna e contemporânea, o filme conta a história de amor de uma cantora de funk e um violinista clássico. Mileny (Clara Moneke), a diva pop do momento, se envolve com o romântico Dante (Isacque Lopes) e decide passar o Natal com ele longe dos holofotes, na região serrana do Rio de Janeiro. Sua família não faz ideia do relacionamento com o rapaz. Preocupada em preservar a relação, ela esconde o namoro dos pais e, consequentemente, dos jornais e portais de fofocas. Ansiosa pelo Natal a sós com o crush, ela tem todos os seus planos arruinados co o súbito aparecimento de sua família e de sua conservadora sobra, e universos e personalidades muito diferentes.
Mileny é filha de Soraya (Vilma Melo) e MC Barbatana (Paulo Tiefenthaler), um dos cassais mais populares a velha guarda do funk carioca, e Dante, de Inês (Taís Araújo), uma pianista consagrada.
O choque entre esses mundos culturais diferentes ---- o funk e a música clássica ---- é o ponto de partida para uma série de conflitos que impactam a relação do casal e que proporcionam um encontro de três gerações ---- a família da cantora também é composta pela avó Gorete (Teca Pereira) e o irmão mais novo Maikon (Guthierry Sotero).
O interior da casa da serra, onde se passa a maior parte da história, foi montado no mesmo cenário onde funcionou o Refúgio Paz de Lumiar de "Vai na Fé", coincidentemente a mesma novela em que brilharam Clara Moneke, Isacque Lopes e Guthierry Sotero. Os três repetem o ótimo desempenho agora no longa-metragem. Clara e Isacque estão à vontade em cena e transmitem a cumplicidade do casal sem esforço, enquanto Guthierry aproveita bem o lado levemente cômico de seu personagem, além de também ter sintonia com Nina Tomsic, outra talentosa atriz que participa da trama interpretando Patrícia, secretária de Inês. Aliás, Taís Araújo se destaca na pele de uma mulher milionária, elitista e arrogante. A perua está longe de ser uma vilã e no final suas atitudes são explicadas através de uma cena emocionante com Clara, mas a atriz explora todas as facetas da personagem que muitas vezes acaba tendo um humor involuntário por conta das caras e bocas diante de tudo o que observa nos costumes da família de sua nora.
O filme tem mistura de drama e comicidade, onde um não atrapalha o outro, como costuma acontecer em algumas produções do gênero. Há uma harmonia em toda a construção do roteiro que flui com tanta naturalidade que faz o tempo passar voando. Vale destacar também Vilma Melo, Paulo Tiefenthaler e Teca Pereira que divertem com personagens que parecem que foram escritos especialmente para eles. É preciso ainda ressaltar a importância a representatividade com o elenco majoritariamente negro em um filme natalino.
"Ritmo de Natal" é o primeiro longa-metragem dos roteiristas Juan Jullian e Leonardo Lanna, que colecionam projetos há muitos anos no audiovisual. A estreia foi com o pé direito. Não há nada para criticar no delicioso filme, dirigido pelo também ótimo Allan Fiterman. Uma deliciosa surpresa natalina.
Guerra Civil
3.6 411 Assista AgoraO impactante ‘Guerra Civil’ é distopia muito próxima da realidade
'Guerra Civil', estrelado por Wagner Moura a Kirsten Dunst, discute os dilemas da imprensa, sobretudo do fotojornalismo, no registro de um conflito de secessão que esfacela os Estados Unidos.
Num futuro não muito distante, os Estados Unidos mergulham em uma guerra interna sangrenta e visceral. O presidente está encurralado na Casa Branca, envolto em um cerco tenso em Washington, D.C. Enquanto isso, nas ruas de uma Nova York desolada, a população aguarda ansiosamente por migalhas de água em meio ao desespero.
A paisagem é dominada por sombras mortais nos telhados, prontas para disparar a qualquer momento, por terroristas dispostos a sacrificar suas próprias vidas e por figuras estranhas e ameaçadoras que vagam pelas ruas. Nesse caos infernal, uma facção rebelde conhecida como Forças Ocidentais, representando o Texas e a Califórnia, emerge como a principal antagonista contra o frágil remanescente do governo federal.
O nítido batuque de um tambor, acompanhado por um ritmo marcial persistente, marca o início de Guerra Civil, filme do britânico Alex Garland que há duas semanas está no topo das bilheterias norte-americanas. O filme evoca lembranças dos grandes filmes de guerra, como o som perturbador da artilharia em O Resgate do Soldado Ryan e a jornada surreal de Apocalypse Now. Há também uma conexão marcante com Extermínio, filme de zumbis de 2002 escrito por Alex Garland, lançado nos cinemas durante os ataques de 11 de setembro de 2001, tornando-se uma produção profundamente atual.
O tema abordado em Guerra Civil será amplamente discutido. O filme retrata uma América intensificada a partir de seu atual estado quase insurrecional, criando uma sensação preocupante de proximidade. Um presidente autocrático, em seu terceiro mandato, ensaia discursos pomposos diante de um teleprompter. As Forças Ocidentais formam uma aliança improvável na tentativa de retomar a capital.
A paisagem suburbana está repleta de shoppings bombardeados, intolerância feroz e, mais inquietante ainda, ocasionalmente há uma cidade onde tudo parece normal, mesmo com os habitantes cientes de que o país está em colapso nos estados vizinhos, erguendo muros pessoais para se proteger. “Apenas tentamos nos manter à parte”, dizem.
Para Garland, a apatia é o verdadeiro adversário. Seus filmes, como Ex-Machina e Aniquilação, são ricos em temas profundos e refletem uma sociedade fragmentada. Guerra Civil retrata melancolicamente essa distopia, evidenciando a perda irreparável de algo maior.
Por isso, Garland escolhe como protagonistas um par de fotojornalistas: uma experiente e a outra aspirante. Interpretada por Kirsten Dunst, Lee é séria e introspectiva, enquanto Jessie, interpretada por Cailee Spaeny, busca apenas aventura, uma iniciação. Elas são acompanhados por Joel, interpretado por Wagner Moura, excelente, e Sammy, vivido por Stephen McKinley Henderson, um veterano jornalista que trabalha para um The New York Times reduzido e possivelmente envolvido em atividades criminosas.
‘Guerra Civil’: road movie
A jornada de Guerra Civil se transforma em um emocionante road movie, repleto de momentos de tensão explosiva e decisões que podem ser definitivas. Algumas imagens são demasiadamente familiares, como a fila de carros abandonados se estendendo até o horizonte. A sequência mais impactante dessa jornada se dá quando a equipe de jornalistas se depara com um dos defensores racistas e nacionalistas do presidente, vivido por um assustador Jesse Piemons, que veste roupas militares de camuflagem e óculos de armação e lentes vermelhas – uma alusão explícita ao Partido Republicano?
As cenas mais marcantes são aquelas que incitam a reflexão. Garland é mestre em transmitir sensações, como o canto dos pássaros sobre gramados ensanguentados ou o humor lacônico de soldados exaustos. Ele nos convida a observar e refletir sobre a condição política geral, questionando se os Estados Unidos realmente merecem uma democracia se mal conseguem se comunicar.
O filme culmina em um ato final avassalador, no qual a imensidão do aparato militar moderno invade a tela. A visão de tanques rolando pela Avenida Pensilvânia, onde está a Casa Branca, em Washington D.C., é perturbadora, e é esse desconforto que confere valor à obra de Garland.
PS: Wagner Moura + A24 = Perfeição
Na aposta ousada da produtora A24, dois foto jornalistas - interpretados por Kirsten Dunst e Wagner Moura - atravessam o território norte-americano, para cobrir um conflito generalizado, mesmo que eles próprios, ainda não o compreendam completamente.
Este longa-metragem dirigido por Alex Garland (Ex Machina), a guerra civil se instaura a partir de um movimento separatista, na qual 19 estados se separam dos EUA.
Os estados do Texas e Califórnia se tornam independentes e formam uma aliança militarizada, ostentando uma nova bandeira americana, com duas estrelas em vez de 50. A aliança é batizada de The Western Forces (As Forças Ocidentais). O resto do país também acaba se dividindo, como uma possível Aliança da Flórida, além de várias outras facções, que incluem Washington, Montana, Geórgia, Louisiana e Minnesota.
Por que os estados se separaram em Guerra Civil?
O enredo aponta para um conflito muito maior do que, simplesmente, uma polarização entre democratas e republicanos. Em Guerra Civil, os EUA vive sob o domínio corrupto e potencialmente fascista do presidente interpretado por Nick Offerman, que ignora a constituição.
Estariam as Forças Ocidentais lutando contra a ascensão de um governo totalitário?
Por meios justos?
E o mais importante: quem financia as Forças Ocidentais?
Passeando por todas essas interrogações, estão os protagonistas, Kirsten Dunst e Wagner Moura, foto jornalistas tentando capturar os acontecimentos da forma objetiva. Mas, não se ver diretamente envolvido nesse conflito, parece impossível.
...
A perspectiva de jornalistas em meio a uma guerra civil em expansão promete um drama intenso. Estou ansioso para ver como essa trama se desenvolve!
"Guerra Civil", da A24, é a produção de maior orçamento do estúdio: US$ 50 milhões. Estrelado por Kirsten Dunst e Wagner Moura, a duração será de 1h49, diferente das 3h15 que estavam especulando.
Três motivos para ver esse filme nos cinemas:
1 - É um filme da A24, que é uma produtora com uma curadoria para seleção de roteiros que sejam diferentes da mesmice que às vezes a indústria cai;
2 - Tem o Wagner Moura no elenco, e acho que convém apoiar empresas estrangeiras que deem boas oportunidades a artistas brasileiros;
3 - É um filme original. E em tempos de sequências, adaptações e remakes, assistir filmes originais nos cinemas é uma forma de mostrar à indústria que queremos ver coisas novas sendo produzidas. (Dito isso: espero que o filme seja bom. hahaha)
Wagner Moura na A24, agora sim o mundo conhecer um dos nossos melhores atores do BR
A Massai Branca
3.5 66Conteúdo temático
Os temas do filme foram controversos. Em última análise, o filme é sobre o choque de culturas e visões de mundo. Dois indivíduos que acreditam que a sua visão do mundo é superior e, portanto, correta
(assim Carola condena a circuncisão feminina porque não se enquadra na sua perspectiva cultural, enquanto Lemalian não consegue compreender como ela poderia falar com os homens sem ser infiel a ele),