Qual é a função de quem crítica um filme? Assisti a esse filme e depois de refletir um pouco, fiquei pensando... será que criticar tão duramente quanto criticaram A Culpa é das Estrelas (tanto livro quanto filme) é uma maneira, inútil, de tentar acabar com os clichês nas próximas histórias que serão escritas e contadas através do cinema, ou é só apenas uma forma de autoafirmação e massagem do ego. Poxa, uma história dessas está cheia de limitações, uma delas é o fato de estar inundada de clichês, sentimentalismos e alguns exageros, mas é preciso enxergar que mesmo com todas esses problemas inerentes, A Culpa é das Estrelas, livro e filme, consegue cumprir seu papel de entreter, fazer refletir e emocionar. O que quero dizer é que uma história desse tipo impõe uma série de restrições a qualquer meio que tente a expressar. O livro ou o filme não são dignos de um prêmio nobel de literatura ou o prêmio máximo de Cannes, mas se sai muito bem com o que tem. Odiar A Culpa é das Estrelas (ou qualquer outro livro ou filme) não fará de ninguém mais inteligente ou culto.
O filme é sobre o fim da sociedade capitalista como a conhecemos. É a descida desse sistema - cuja finalidade em si é banal e cujo resultado é o nada, o vazio, o "acumular pelo acumular" e o "ter pelo ter" - ao buraco mais profundo, assim, a jornada de Eric é a representação da sociedade no tocante à iminência do desastre e do insucesso. Enquanto ser humano, esse insucesso se dá por conta de sua escolha de trocar sua segurança e seu mundo redondo, sem assimetrias (simbolizado, sabiamente, por sua limousine) pela realidade imperfeita, na qual ele é simplesmente mais um que tenta, entre outras coisas, consumar e manter seu casamento, conseguir sobreviver à loucura dos congestionamentos diários ou entender por que sua próstata é assimétrica - em suma, é a ciência de que fora do seu castelo, fora de onde tinha se adaptado perfeitamente, sua vida também não é perfeita.
Um quadro de beleza e significados ímpares em movimento. É a persistência da memória em versão japonesa. Tudo fenece, derrete e fica debaixo de água, mas são as nossas memórias e tudo e todos atrelados a elas que permanecem conosco até o fim. É por isso que o que levamos em nossas cabeças e, principalmente, em nossos corações são nossas riquezas mais valiosas...
aquela lâmina de vidro estilhaçado enfiada no pescoço que não mata
. O final é tão incrivelmente ruim que aniquila qualquer resquício de dúvida sobre a qualidade do filme até então, se é que tinha alguma. Será que tirando os inúmeros furos no roteiro, o ritmo irregular demais, as atuações pífias e, a cereja desse bolo de merda, o final, sobre alguma coisa genuinamente boa? Duvido...
Considero o filme perfeito em alguns aspectos, como a construção de seus personagens, principalmente do Mark e do Eduardo que não são colocados como o bandido e o mocinho, respectivamente. Ambos tem características boas e ruins, assim como todo o ser humano, por isso fico impressionado com a quantidade de comentários do tipo "se o Mark for assim mesmo..." posto que todos somos anti-heróis, assim como tal. Além disso, a forma como é construída a saga da geração da primeira década do século XXI é arrebatadora. A geração que não desliga nunca, que está sempre conectada, de uma forma ou de outra, seja pelos computadores, celulares, enfim, ou qualquer outro aparelho, e que muitas vezes dá mais atenção aos próprios aparelhos do que às relações humanas, físicas. Com relação a isso, ainda é possível relacionar à outro filme do diretor, o soco no estômago em forma de película, Clube da Luta, onde Fincher constrói outra biografia da geração, só que da década de 1990, dos adultos que vivem num mundo plástico e que "trabalham em empregos que odeiam para comprar coisas que não precisam". O discurso muda, a abordagem continua extremamente interessante. Fora isso, ainda pode-se citar a maravilhosa trilha sonora que é quase um personagem na produção:
na cena em que Mark hackeia Harvard inteira, a trilha acompanha o ritmo acelerado do Zuckerberg ditando o ritmo da própria geração e gerando uma das cenas mais interessantes do filme.
Enfim, as atuações, a edição frenética, a direção. Como já muito foi dito, uma obra-prima moderna, sem dúvidas.
Tão simples e tão singelo que nem parece ser tão recente. Tem esse tom leve (por tratar de um assunto tão pesado) que os filmes de hoje não tem mais. Lindo, lindo. Ah, e que trilha sonora...
Filme lembrete e homenagem à história linda do cinema, mas esperava muuuito mais, o que me causou uma decepção muito grande. Pra mim, hypado, infelizmente.
Pequena Miss Sunshine
4.1 2,8K Assista AgoraConfiram o blog de cinema alemdomovimento: http://alemdomovimento.wordpress.com/2014/07/21/pequena-miss-sunshine-little-miss-sunshine-2006/
A Culpa é das Estrelas
3.7 4,0K Assista AgoraQual é a função de quem crítica um filme? Assisti a esse filme e depois de refletir um pouco, fiquei pensando... será que criticar tão duramente quanto criticaram A Culpa é das Estrelas (tanto livro quanto filme) é uma maneira, inútil, de tentar acabar com os clichês nas próximas histórias que serão escritas e contadas através do cinema, ou é só apenas uma forma de autoafirmação e massagem do ego. Poxa, uma história dessas está cheia de limitações, uma delas é o fato de estar inundada de clichês, sentimentalismos e alguns exageros, mas é preciso enxergar que mesmo com todas esses problemas inerentes, A Culpa é das Estrelas, livro e filme, consegue cumprir seu papel de entreter, fazer refletir e emocionar. O que quero dizer é que uma história desse tipo impõe uma série de restrições a qualquer meio que tente a expressar. O livro ou o filme não são dignos de um prêmio nobel de literatura ou o prêmio máximo de Cannes, mas se sai muito bem com o que tem. Odiar A Culpa é das Estrelas (ou qualquer outro livro ou filme) não fará de ninguém mais inteligente ou culto.
Cosmópolis
2.7 1,0K Assista AgoraO filme é sobre o fim da sociedade capitalista como a conhecemos. É a descida desse sistema - cuja finalidade em si é banal e cujo resultado é o nada, o vazio, o "acumular pelo acumular" e o "ter pelo ter" - ao buraco mais profundo, assim, a jornada de Eric é a representação da sociedade no tocante à iminência do desastre e do insucesso. Enquanto ser humano, esse insucesso se dá por conta de sua escolha de trocar sua segurança e seu mundo redondo, sem assimetrias (simbolizado, sabiamente, por sua limousine) pela realidade imperfeita, na qual ele é simplesmente mais um que tenta, entre outras coisas, consumar e manter seu casamento, conseguir sobreviver à loucura dos congestionamentos diários ou entender por que sua próstata é assimétrica - em suma, é a ciência de que fora do seu castelo, fora de onde tinha se adaptado perfeitamente, sua vida também não é perfeita.
A Casa de Pequenos Cubinhos
4.5 766Um quadro de beleza e significados ímpares em movimento. É a persistência da memória em versão japonesa. Tudo fenece, derrete e fica debaixo de água, mas são as nossas memórias e tudo e todos atrelados a elas que permanecem conosco até o fim. É por isso que o que levamos em nossas cabeças e, principalmente, em nossos corações são nossas riquezas mais valiosas...
O Padrasto
2.8 668 Assista AgoraOrdinário e sem-vergonha quanto
aquela lâmina de vidro estilhaçado enfiada no pescoço que não mata
Muito Além do Cidadão Kane
4.1 344 Assista AgoraTodo brasileiro deveria ver este documentário.
O Amor Pede Passagem
2.6 350 Assista AgoraSimpaticíssimo!
Holy Motors
3.9 652 Assista Agora"O cinema é o modo mais direto de entrar em competição com Deus.", Federico Fellini.
A Hora da Estrela
3.8 507 Assista AgoraComo assim a Mercedes não era amarela?
Uma Doce Mentira
3.5 355 Assista AgoraÉ levinho, gostosinho, bonitinho, agradavelzinho, e muitos "inhos" num filme acabam o tornando fraquinho.
A Queda! As Últimas Horas de Hitler
4.1 775Filme dos mais corajosos da História do Cinema, principalmente por mostrar que até mesmo o algoz dos algozes tem certa humanidade.
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista AgoraFez eu sentir saudades de um tempo que não vivi...
Apocalypse Now
4.3 1,2K Assista AgoraFruto de uma das melhores "cheiradas" que a história do cinema já viu!
Ensaio Sobre a Cegueira
4.0 2,5KUm dia, quero eu escrever algo que tenha 10% da profundidade dos textos de José Saramago.
Fargo: Uma Comédia de Erros
3.9 920 Assista AgoraO Melhor dos Irmãos Coen.
A Rede Social
3.6 3,1K Assista AgoraConsidero o filme perfeito em alguns aspectos, como a construção de seus personagens, principalmente do Mark e do Eduardo que não são colocados como o bandido e o mocinho, respectivamente. Ambos tem características boas e ruins, assim como todo o ser humano, por isso fico impressionado com a quantidade de comentários do tipo "se o Mark for assim mesmo..." posto que todos somos anti-heróis, assim como tal. Além disso, a forma como é construída a saga da geração da primeira década do século XXI é arrebatadora. A geração que não desliga nunca, que está sempre conectada, de uma forma ou de outra, seja pelos computadores, celulares, enfim, ou qualquer outro aparelho, e que muitas vezes dá mais atenção aos próprios aparelhos do que às relações humanas, físicas. Com relação a isso, ainda é possível relacionar à outro filme do diretor, o soco no estômago em forma de película, Clube da Luta, onde Fincher constrói outra biografia da geração, só que da década de 1990, dos adultos que vivem num mundo plástico e que "trabalham em empregos que odeiam para comprar coisas que não precisam". O discurso muda, a abordagem continua extremamente interessante. Fora isso, ainda pode-se citar a maravilhosa trilha sonora que é quase um personagem na produção:
na cena em que Mark hackeia Harvard inteira, a trilha acompanha o ritmo acelerado do Zuckerberg ditando o ritmo da própria geração e gerando uma das cenas mais interessantes do filme.
Na Estrada
3.3 1,9KQue trailer!
Um Anjo no Inferno
0.5 94 Assista AgoraRoteiro: Sônia Abrão. Adeus Brasil, adeus vida
Melancolia
3.8 3,1K Assista AgoraTenho a impressão de que vai melhorar com o tempo.
E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?
3.9 371 Assista AgoraO Meu irmão, onde estás?
Uma Típica Conversa Com Minha Mãe
3.8 22O mais engraçado da série.
Inquietos
3.9 1,6K Assista AgoraTão simples e tão singelo que nem parece ser tão recente. Tem esse tom leve (por tratar de um assunto tão pesado) que os filmes de hoje não tem mais. Lindo, lindo. Ah, e que trilha sonora...
O Artista
4.2 2,1K Assista AgoraFilme lembrete e homenagem à história linda do cinema, mas esperava muuuito mais, o que me causou uma decepção muito grande. Pra mim, hypado, infelizmente.
Subtexto
3.6 16O título em português não seria Entrelinhas?