É uma animação muito bonita visualmente, fiquei impressionado pelo realismo e a riqueza de detalhes, principalmente nas cenas envolvendo água. Quanto ao roteiro, não tem nada muito inovador, lembra demais "Como Treinar o Seu Dragão (2010)", por também ter essa dinâmica do humano que faz amizade com uma criatura temida por todos, o que gera conflitos e faz com que o protagonista lute para mudar o pensamento da maioria (e é óbvio que ele vai conseguir isso no final). Mas mesmo sendo clichê, "A Fera do Mar (2022)" tem bons personagens, momentos engraçadinhos, criatura fofa pras crianças gostarem (apesar que tem alguns assuntos complexos que não são tão infantis assim) e visuais lindos de se assistir.
O filme é bastante ágil e frenético, acho que mesmo que você não esteja gostando, alguma cena ou outra vai capturar sua atenção. Souberam trabalhar bem o suspense e a urgência daquela situação, mesmo tendo alguns momentos de respiro, os personagens estão em movimento o tempo todo e tem sempre alguma coisa relevante acontecendo. Infelizmente, falta um pouco mais de desenvolvimento na questão dos personagens, você torce por eles mais pela situação em que estão inseridos do que por eles, em si. Mas eu gostei bastante do paralelo que fizeram com imigração e preconceito, tem uma boa crítica social em meio ao thriller.
É fato que American Pie teve a sua importância para uma geração, mesmo eu tendo nascido depois do lançamento, tenho noção da popularidade. Mas agora para os dias atuais, acredito que esse filme não tenha envelhecido tão bem e não converse tanto com a juventude de hoje. Reconheço os pontos positivos, como a abordagem envolvendo dúvidas sobre sexo e virgindade, 90% focado no lado masculino, mas também mostra as meninas discutindo essas questões (e é aí que o filme ganha força, por mostrar os dois lados). Os personagens têm uma certa química e rendem momentos engraçados, mas no geral, o fio condutor da estória é fraco (são problemáticas que poderiam ser resolvidas numa simples conversa) e não me deu vontade de continuar acompanhando, só não parei de assistir, porque não tenho costume de deixar filmes pela metade.
"Minha Irmã e Eu (2023)" é uma comédia simples em questão de roteiro, mas que ganha força pelo carisma da sua dupla de protagonistas e pelas situações absurdas em que elas são colocadas. E sim, tem muito absurdo nesse filme, no sentido de improbabilidade de acontecer numa vida real, mas se você não levar o filme tão a sério (o que não é muito difícil, já que se trata de uma comédia), é mais fácil de aceitar. Como disse antes, Tatá Werneck e Ingrid Guimarães estão ótimas, a química das duas é muito gostosa de se assistir e é legal a interação que elas têm com os outros personagens. Curioso que a direção e a fotografia me pareceram mais coisa de novela/série, algumas cenas não me passavam uma linguagem cinematográfica, visualmente falando. Mas eu tive uma boa experiência, ri em alguns momentos e gostei do leve toque dramático do terceiro ato (que deve funcionar ainda mais pra quem tem irmão).
"Tarde da Noite Com o Diabo (2023)" é mais uma dessas produções que, quanto menos você souber, melhor. E foi assim que eu dei play, com o mínimo de informação possível. O filme é efetivo em manter um clima de mistério, entregando as informações aos poucos, enquanto deixa um clima de desconfiança no ar. É muito claro que as coisas não estão certas e tudo tende a piorar. Só que quando a entrega do terror finalmente acontece, não é tão recompensadora quanto deveria ser... ficou previsível. Mas no geral, o longa tem bons momentos, a ambientação e a reconstrução de um programa nos anos 70 é muito fiel e imersiva (o filme todo usa gravações e imagens de bastidores desse programa, o que foi uma ótima sacada) e a atuação do David Dastmalchian é um destaque.
Eu costumo maratonar as franquias de forma cronológica, porém no caso de Velozes e Furiosos, como eu já comecei pelo décimo filme, estou assistindo os outros em ordem aleatória. Esse quinto já me chamava atenção por se passar no Brasil e é sempre interessante (às vezes, nem tanto) ver como as pessoas de fora retratam o nosso país. E aqui me agradaram em alguns pontos (como a Gal Gadot caminhando em câmera lenta ao som de "Desabafo" do Marcelo D2), porém é uma representação um tanto estereotipada do Brasil, que pode não incomodar alguns, mas outros vão torcer o nariz. O filme tem cenas de ação grandiosas, ótimas sequências de perseguição e boas coreografias, mas tudo isso é elevado da forma mais exagerada e mirabolante possível (mas eu consigo relevar, já entendo que é uma característica da franquia). É um bom passatempo, mas que poderia ser mais curto, chega um ponto que fica cansativo de acompanhar.
"Pânico na Floresta 4: Origens Sangrentas (2011)" tem uma ambientação que me agrada, boa parte é dentro de um único ambiente, o hospital isolado e com a nevasca impedindo os jovens de fugir... pelo menos, dá pra lembrar que esse é o filme da franquia que se passa na neve (ou deveria se passar lá, infelizmente tem poucas cenas utilizando esse recurso). Mas não tem muito o que elogiar nesse filme, as atuações não convencem, os personagens não parecem pessoas reais, mas sim, peças que o roteiro usa para avançar da forma que convém. O maior exemplo disso, é quando
os jovens conseguem trancar os canibais na cela e uma das moças impede que eles sejam mortos, para não se igualar aos assassinos, o que só serve pra que eles sejam soltos (convenientemente o grampo de cabelo ainda estava lá) e continuem matando.
Não estou exigindo demais de um slasher, mas esse tipo de situação é uma ofensa à inteligência de quem assiste. Fora que os efeitos especiais são tenebrosos e a maquiagem dos canibais é digna de pena. Realmente, é difícil encontrar algo pra elogiar nesse filme.
Quando eu vi nos créditos iniciais que o Anthony Perkins era também o diretor desse filme, fiquei curioso e já imaginei que ele fosse dar destaque às atuações (geralmente é o que acontece quando um ator se arrisca na direção). E realmente, os atores estão todos muito bem, com destaque à mocinha da vez (diferente daquela do segundo filme, que tinha dificuldade em mostrar uma mínima emoção), é uma personagem complexa e tem bons momentos. As referências e homenagens à obra original continuam presentes, tem enquadramentos interessantes, a fotografia e o jogo de luz estão muito bem feitos (ainda mais nas cenas tensas), o gore é eficiente e entrega bons momentos... enfim, esse filme me surpreendeu positivamente. Claro que não é perfeito e está longe da qualidade do original, mas pelo menos, é um bom passatempo e é bem melhor que o segundo.
"Dose Dupla (2013)" não é o meu tipo de filme e eu percebi isso logo nos primeiros minutos, então foi difícil chegar até o fim. A estória não me prendeu, achei um pouco confusa (até pelo tanto de nomes que são citados), parece mais um amontoado de clichês do gênero e os personagens não me desceram, entendo o que tentaram fazer (dessa dupla que se odeia, mas são obrigados a se unirem), mas pra mim não funcionou, não tive empatia por nenhum deles. As cenas de ação são boas (talvez um pouco exageradas, mas dá pra relevar), elas são bem coreografadas, têm uma violência gráfica interessante e compensaram a minha experiência (mas repito, esses 108 minutos foram difíceis de acompanhar).
"A Noite das Brincadeiras Mortais (1986)" foi eficiente em me manter imerso nos dois primeiros atos, como eu não sabia nada sobre a estória, fiquei curioso para ver qual caminho iriam seguir (se seria slasher ou algo mais sobrenatural). A ambientação é boa, vários jovens isolados numa casa com pequenas "armadilhas" é algo clichê (me lembrou "A Casa dos Maus Espíritos (1959)"), mas quando é bem feito, funciona, o que foi o caso, achei que trouxe um bom humor. Mas o filme começou a me desanimar nas mortes off screen, não tem nada muito memorável no quesito terror, o que foi um pouco decepcionante. A reviravolta do final me deixou dividido, gostei por ser algo que justifica o título original, mas ao mesmo tempo, me pareceu bobo e me deixou com a sensação de que eu perdi o meu tempo.
"Ricky Stanicky (2024)" é um filme divertido, que funciona muito pelo carisma e presença do John Cena, pena que ele não é o protagonista (mesmo eu tendo gostado do trio de amigos, eles não têm o mesmo apelo). O roteiro é conveniente quando precisa e é cheio de situações que você pensa: "isso só aconteceria em um filme", mas por se tratar de uma comédia, é mais fácil de relevar. O que me incomodou foi a resolução, a forma como facilitaram pro lado dos protagonistas, pra que eles saíssem impunes, me pareceu mais forçado do que o normal... mas enfim, talvez eu esteja exigindo demais do filme. Também acho que a edição poderia ter cortado algumas cenas, eu disse que me diverti assistindo, mas chega uma hora que cansa, é mais longo do que deveria.
P.S: John Cena vestido de Britney Spears merecia mais tempo de tela.
"Garotas em Fuga (2024)" me parecia ser um clássico road movie, digo isso com base no pôster principal, até porque, eu tinha poucas informações sobre a estória (talvez se eu soubesse mais, não teria assistido). E já me surpreendeu logo de cara, porque eu não esperava que teria comédia, mas já dá pra perceber que esse é o tom do filme, pela atuação do Pedro Pascal (que foi um dos motivos que me fez querer assistir, mas ele aparece apenas na abertura). Me lembrou muito "Clube da Luta Para Meninas (2023)", o tipo de humor é o mesmo e a temática é quase idêntica... dito isso, não são filmes feitos pra mim, porém entendo a importância da representatividade. O que acontece, é que as personagens não me conquistaram empatia, a comédia não funcionou e o roteiro não é muito envolvente (até agora não entendi o motivo daquelas cenas aleatórias alucinógenas).
Eu sinto que a Dreamworks está atrasada com a estória desse filme, porque ele é praticamente uma versão de "Red: Crescer é Uma Fera (2022)" da Pixar, mas sem o mesmo carisma. O roteiro é todo previsível, assim que os personagens começam a dar o contexto de onde eles estão, você consegue imaginar quais serão as problemáticas e como as coisas vão se resolver. O filme ainda tenta manter um mistério sobre quem é a antagonista, mas isso é MUITO óbvio desde o início e só faz a protagonista parecer MUITO burra, por se deixar enganar. O estilo da animação também não me agradou, gosto por ser colorida e alegre, mas é tudo muito genérico (talvez pra combinar com a estória) e pouco inspirado. Enfim, mais um filme com potencial que acaba se tornando esquecível, por não ter bons profissionais envolvidos.
"Argylle: O Superespião (2024)" não traz nada de novo e acaba sendo só mais um passatempo genérico, até mesmo pela forma em que apresenta as cenas de ação, inserindo alguns alívios cômicos (tipo de coisa que o Ryan Reynolds adora fazer). Me lembrou "Cidade Perdida (2022)", por conta da protagonista também ser uma escritora que se mete numa aventura e a estória de seus livros afetar o mundo real, porém a diferença é que esse aqui se leva a sério demais. Tem uma quantidade excessiva de reviravoltas e cada uma é mais absurda que a outra, muitas vezes se escorando em conveniências de roteiro, o que me cansou e me irritou demais. Outra coisa, o marketing desse filme dá a entender que o Henry Cavill é o protagonista, mas não, ele praticamente não tem muita presença, assim como John Cena e Dua Lipa (essa não dura nem 8 min de tela), claramente usaram eles apenas para atrair audiência.
É triste ver um projeto com tanto potencial sendo entregue na mão de profissionais tão ruins. Esse filme teve o azar de ter um diretor muito ruim (isso fica ainda mais nítido nas cenas de ação, que ele tenta dar um ritmo ágil, mas fica tudo mecânico demais), o roteiro é mal escrito (até tem um esforço de tentar emular a forma como os jovens se comunicam nos diálogos, mas de resto, é muito vergonhoso, com direito à lição de moral que você encontra em qualquer livro infantil), os atores não estão bem (tem algumas exceções, mas a maioria deles foram prejudicados pelo texto e a direção), a trilha sonora é pouco animadora, os efeitos especiais me fizeram rir... enfim, deu tudo errado. Até entendo a intenção de trazer o lado sobrenatural e aventureiro das HQs, mas aqui não funcionou... é um filme que pode ser assustador demais para crianças pequenas, mas ao mesmo tempo, dificilmente vai dialogar com os jovens (que deveria ser o público-alvo) e nem com adultos, por ser muito bobinho, então ele acaba sem público.
"Segredos de um Escândalo (2023)" é um filme misterioso, que não tem grandes momentos perturbadores, mas que ainda assim, causa um desconforto, porque você sente que tem algo de errado ali. E isso se deve graças às ótimas performances do trio Julianne Moore, Natalie Portman e Charles Melton, todos entregam muita verdade em cena e, no caso das atrizes, não foi surpresa nenhuma, porque eu já sabia da capacidade delas e o quanto elas são incríveis, mas o Charles me surpreendeu, já que eu conhecia ele de Riverdale e na série ele não tinha grandes momentos. Acho que o terceiro ato do filme poderia ter sido um pouco mais instigante, senti que o ritmo deu uma caída, embora ele ainda entregue grandes cenas.
"Ficção Americana (2023)" tem uma premissa muito interessante, que foi justamente o que me fez querer assistir. Essa crítica envolvendo o que os brancos esperam de um negro, brincando com todos os estereótipos que eles imaginam, foi uma sacada inteligente e que me fez rir várias vezes. Mas tem um porém, o filme também foca nos dilemas internos do protagonista, envolvendo seu distanciamento com a família, ele tentando se conectar de novo, se relacionando com uma nova pessoa... e essa parte da vida pessoal não necessariamente se conecta com o lado profissional, o que não digo como um ponto negativo (até porque, tem momentos muito poderosos, como a questão do Alzheimer da mãe), mas não tem o teor cômico que o outro lado trazia, então me fez gostar um pouco menos. Poderiam ter condensado alguns trechos e focado mais na parte da crítica, porque me pareceu dois filmes diferentes.
"Pobres Criaturas (2023)" é um filme estranho, mas digo isso no bom sentido. Ele soube instigar a minha curiosidade e, visualmente, é tudo muito atrativo e instigante (me deu vontade de morar naquele universo). Pra mim, a Emma Stone roubou a cena (sou suspeito pra falar, porque ela é uma das minhas atrizes favoritas), sua personagem Bella Baxter é fascinante e me surpreendeu várias vezes, tanto em sua inocência quanto em sua inteligência. Tinha receio de que fosse ser um filme cult demais, feito apenas para ganhar prêmios, mas ainda bem que eu estava enganado. Consegui aproveitar a minha experiência ao máximo, também não imaginava que fosse ser tão genuinamente engraçado. Fora que o filme tem uma qualidade técnica inquestionável, a fotografia é linda, a direção é muito boa, os figurinos e os cenários são de encher os olhos, etc. Gostei muito, já é o meu favorito nessa temporada do Oscar.
É muito difícil assistir a um filme, quando a duração dele começa a pesar e foi o que eu senti assistindo a "O Amante de Lady Chatterley (2022)". Parecia que a estória não estava saindo do lugar e cada vez que eu olhava quanto tempo faltava pra acabar (isso nunca é um bom sinal), ainda tinha MUITOS minutos pela frente. Eu entendo o uso das cenas de sexo, não sou contra, mas chega uma hora em que elas ficam repetitivas e não agregam em muita coisa, eu pensava "tá, já entendi que eles transam e se amam, vamos seguir em frente". Demora para o filme engatar e mostrar algo novo, pelo menos quando isso acontece, fui recompensado, tem discussões interessantes ali (como as diferenças de classes sociais)... mas de novo, poderia ter sido mais curto, esses 126 minutos foram sofríveis.
Achei muito interessante a proposta desse filme, me lembrou até "Divertida Mente (2015)" pela forma lúdica que usaram para explicar certos temas. É uma animação muito bem feita e muito convidativa visualmente falando, mesmo usando o escuro como um dos assuntos principais, não é nada sombria. Inclusive, esse é um ponto que deve agradar muito aos pais, porque essa animação deve servir como uma ótima forma de fazer os filhos perderem o medo do escuro (eu imagino). É um bom filme, gosto de como trataram as diferenças entre o dia e a noite, as importâncias de cada uma e os estágios do sono e da noite, também foi interessante como usaram da metalinguagem para contar a estória... só me irritei um pouco com o protagonista, mas enfim, é uma criança.
"Todos Menos Você (2023)" é uma comédia romântica sem uma grande estória condutora, está mais para humor de situações. O que não seria ruim, se pelo menos, a comédia funcionasse e os personagens fossem mais carismáticos. Para não ser injusto com o filme, eu ri nos momentos que eles brincam com situações constrangedoras (por mais que eu já tenha visto algo parecido várias vezes), gostei da química dos protagonistas e entendo essa proposta de fazerem um "enemies to lovers", mas os motivos que fazem aquele casal brigar são sempre muito infantis, o que acabava me irritando (sem contar que era óbvio que eles iriam ficar juntos no final, então tudo aquilo me pareceu uma enrolação interminável).
Eu já sabia da existência da peça de Meninas Malvadas, mas não entendia a necessidade de fazerem outra versão de um filme recente (sim, 2004 pra mim é recente), sendo que a estória nem está tão datada assim. E realmente, em questão de estória mudaram pouca coisa, apenas mudanças pontuais que não alteram muito, então o grande diferencial está no fator musical. Como fã do gênero, fiquei mais do que satisfeito, todas as músicas são ótimas e a Reneé Rapp foi a escolha perfeita para o papel (a voz dela é de deixar qualquer um impressionado, conhecia pouco da sua carreira, mas agora já fiquei curioso pra ouvir mais). Os novos atores são carismáticos e cumprem bem os seus papéis, só achei que alguns eventos do início foram apressados demais (mas de certa forma, eu até entendo, porque o filme já é longo).
Eu reconheço a qualidade técnica que "Zona de Interesse (2023)" oferece: todo o trabalho de som é muito bom (eu ficava atento o tempo todo com a questão do áudio, são sons muito angustiantes pra quem tem noção do que estava acontecendo), a ambientação é essencial (mesmo quando não acontecia algo relevante em destaque, tinha algo a dizer nos pontos menos chamativos das imagens) e as atuações são convincentes (tive muita raiva daquelas pessoas, mesmo elas não fazendo nenhum mal diretamente). Mas é uma experiência que rapidamente fica monótona e cansativa, porque uma vez que você saca a crítica do filme, parece não sobrar mais nada. Poderia ter sido um curta, teria sido mais efetivo e passariam a mensagem da mesma forma.
Sem dúvidas, Mussum é um dos maiores comediantes que esse país já teve e que bom que ele recebeu uma biografia decente. Eu já tinha assistido ao documentário sobre a sua vida (chorei muito, inclusive), mas como faz tempo, lembro de poucas coisas, então não sei até que ponto essa biografia foi fiel ou inventou... mas fato é que eu tive uma boa experiência. Todas as atuações são ótimas, dá pra sentir que os atores estão na mesma sintonia e Ailton Graça foi a escalação perfeita pro papel, já que ele lembra muito o Mussum fisicamente. A estória alterna entre o passado e o momento de ascensão do comediante, o que eu achei uma escolha acertada. Não é um filme de comédia (até porque, por mais que os atores que interpretam os Trapalhões sejam bons, eles não têm o mesmo apelo), mas é um filme bem humorado e quando ele puxa mais pro drama, também funciona.
A Fera do Mar
3.7 237 Assista AgoraÉ uma animação muito bonita visualmente, fiquei impressionado pelo realismo e a riqueza de detalhes, principalmente nas cenas envolvendo água. Quanto ao roteiro, não tem nada muito inovador, lembra demais "Como Treinar o Seu Dragão (2010)", por também ter essa dinâmica do humano que faz amizade com uma criatura temida por todos, o que gera conflitos e faz com que o protagonista lute para mudar o pensamento da maioria (e é óbvio que ele vai conseguir isso no final). Mas mesmo sendo clichê, "A Fera do Mar (2022)" tem bons personagens, momentos engraçadinhos, criatura fofa pras crianças gostarem (apesar que tem alguns assuntos complexos que não são tão infantis assim) e visuais lindos de se assistir.
Assisti no dia 06/05/24
Uma Noite de Crime: A Fronteira
3.0 254 Assista AgoraO filme é bastante ágil e frenético, acho que mesmo que você não esteja gostando, alguma cena ou outra vai capturar sua atenção. Souberam trabalhar bem o suspense e a urgência daquela situação, mesmo tendo alguns momentos de respiro, os personagens estão em movimento o tempo todo e tem sempre alguma coisa relevante acontecendo. Infelizmente, falta um pouco mais de desenvolvimento na questão dos personagens, você torce por eles mais pela situação em que estão inseridos do que por eles, em si. Mas eu gostei bastante do paralelo que fizeram com imigração e preconceito, tem uma boa crítica social em meio ao thriller.
Assisti no dia 03/05/24
American Pie: A Primeira Vez é Inesquecível
3.3 724 Assista AgoraÉ fato que American Pie teve a sua importância para uma geração, mesmo eu tendo nascido depois do lançamento, tenho noção da popularidade. Mas agora para os dias atuais, acredito que esse filme não tenha envelhecido tão bem e não converse tanto com a juventude de hoje. Reconheço os pontos positivos, como a abordagem envolvendo dúvidas sobre sexo e virgindade, 90% focado no lado masculino, mas também mostra as meninas discutindo essas questões (e é aí que o filme ganha força, por mostrar os dois lados). Os personagens têm uma certa química e rendem momentos engraçados, mas no geral, o fio condutor da estória é fraco (são problemáticas que poderiam ser resolvidas numa simples conversa) e não me deu vontade de continuar acompanhando, só não parei de assistir, porque não tenho costume de deixar filmes pela metade.
Assisti no dia 01/05/24
Minha Irmã e Eu
3.1 134 Assista Agora"Minha Irmã e Eu (2023)" é uma comédia simples em questão de roteiro, mas que ganha força pelo carisma da sua dupla de protagonistas e pelas situações absurdas em que elas são colocadas. E sim, tem muito absurdo nesse filme, no sentido de improbabilidade de acontecer numa vida real, mas se você não levar o filme tão a sério (o que não é muito difícil, já que se trata de uma comédia), é mais fácil de aceitar. Como disse antes, Tatá Werneck e Ingrid Guimarães estão ótimas, a química das duas é muito gostosa de se assistir e é legal a interação que elas têm com os outros personagens. Curioso que a direção e a fotografia me pareceram mais coisa de novela/série, algumas cenas não me passavam uma linguagem cinematográfica, visualmente falando. Mas eu tive uma boa experiência, ri em alguns momentos e gostei do leve toque dramático do terceiro ato (que deve funcionar ainda mais pra quem tem irmão).
Assisti no dia 24/04/24
Tarde da Noite Com o Diabo
3.5 285"Tarde da Noite Com o Diabo (2023)" é mais uma dessas produções que, quanto menos você souber, melhor. E foi assim que eu dei play, com o mínimo de informação possível. O filme é efetivo em manter um clima de mistério, entregando as informações aos poucos, enquanto deixa um clima de desconfiança no ar. É muito claro que as coisas não estão certas e tudo tende a piorar. Só que quando a entrega do terror finalmente acontece, não é tão recompensadora quanto deveria ser... ficou previsível. Mas no geral, o longa tem bons momentos, a ambientação e a reconstrução de um programa nos anos 70 é muito fiel e imersiva (o filme todo usa gravações e imagens de bastidores desse programa, o que foi uma ótima sacada) e a atuação do David Dastmalchian é um destaque.
Assisti no dia 22/04/24
Velozes & Furiosos 5: Operação Rio
3.4 1,7K Assista AgoraEu costumo maratonar as franquias de forma cronológica, porém no caso de Velozes e Furiosos, como eu já comecei pelo décimo filme, estou assistindo os outros em ordem aleatória. Esse quinto já me chamava atenção por se passar no Brasil e é sempre interessante (às vezes, nem tanto) ver como as pessoas de fora retratam o nosso país. E aqui me agradaram em alguns pontos (como a Gal Gadot caminhando em câmera lenta ao som de "Desabafo" do Marcelo D2), porém é uma representação um tanto estereotipada do Brasil, que pode não incomodar alguns, mas outros vão torcer o nariz. O filme tem cenas de ação grandiosas, ótimas sequências de perseguição e boas coreografias, mas tudo isso é elevado da forma mais exagerada e mirabolante possível (mas eu consigo relevar, já entendo que é uma característica da franquia). É um bom passatempo, mas que poderia ser mais curto, chega um ponto que fica cansativo de acompanhar.
Assisti no dia 05/04/24
Pânico na Floresta 4: Origens Sangrentas
2.2 474"Pânico na Floresta 4: Origens Sangrentas (2011)" tem uma ambientação que me agrada, boa parte é dentro de um único ambiente, o hospital isolado e com a nevasca impedindo os jovens de fugir... pelo menos, dá pra lembrar que esse é o filme da franquia que se passa na neve (ou deveria se passar lá, infelizmente tem poucas cenas utilizando esse recurso). Mas não tem muito o que elogiar nesse filme, as atuações não convencem, os personagens não parecem pessoas reais, mas sim, peças que o roteiro usa para avançar da forma que convém. O maior exemplo disso, é quando
os jovens conseguem trancar os canibais na cela e uma das moças impede que eles sejam mortos, para não se igualar aos assassinos, o que só serve pra que eles sejam soltos (convenientemente o grampo de cabelo ainda estava lá) e continuem matando.
Assisti no dia 04/04/24
Psicose III
2.8 115 Assista AgoraQuando eu vi nos créditos iniciais que o Anthony Perkins era também o diretor desse filme, fiquei curioso e já imaginei que ele fosse dar destaque às atuações (geralmente é o que acontece quando um ator se arrisca na direção). E realmente, os atores estão todos muito bem, com destaque à mocinha da vez (diferente daquela do segundo filme, que tinha dificuldade em mostrar uma mínima emoção), é uma personagem complexa e tem bons momentos. As referências e homenagens à obra original continuam presentes, tem enquadramentos interessantes, a fotografia e o jogo de luz estão muito bem feitos (ainda mais nas cenas tensas), o gore é eficiente e entrega bons momentos... enfim, esse filme me surpreendeu positivamente. Claro que não é perfeito e está longe da qualidade do original, mas pelo menos, é um bom passatempo e é bem melhor que o segundo.
Assisti no dia 03/04/24
Dose Dupla
3.3 395 Assista Agora"Dose Dupla (2013)" não é o meu tipo de filme e eu percebi isso logo nos primeiros minutos, então foi difícil chegar até o fim. A estória não me prendeu, achei um pouco confusa (até pelo tanto de nomes que são citados), parece mais um amontoado de clichês do gênero e os personagens não me desceram, entendo o que tentaram fazer (dessa dupla que se odeia, mas são obrigados a se unirem), mas pra mim não funcionou, não tive empatia por nenhum deles. As cenas de ação são boas (talvez um pouco exageradas, mas dá pra relevar), elas são bem coreografadas, têm uma violência gráfica interessante e compensaram a minha experiência (mas repito, esses 108 minutos foram difíceis de acompanhar).
Assisti no dia 02/04/24
A Noite das Brincadeiras Mortais
3.2 184"A Noite das Brincadeiras Mortais (1986)" foi eficiente em me manter imerso nos dois primeiros atos, como eu não sabia nada sobre a estória, fiquei curioso para ver qual caminho iriam seguir (se seria slasher ou algo mais sobrenatural). A ambientação é boa, vários jovens isolados numa casa com pequenas "armadilhas" é algo clichê (me lembrou "A Casa dos Maus Espíritos (1959)"), mas quando é bem feito, funciona, o que foi o caso, achei que trouxe um bom humor. Mas o filme começou a me desanimar nas mortes off screen, não tem nada muito memorável no quesito terror, o que foi um pouco decepcionante. A reviravolta do final me deixou dividido, gostei por ser algo que justifica o título original, mas ao mesmo tempo, me pareceu bobo e me deixou com a sensação de que eu perdi o meu tempo.
Assisti no dia 01/04/24
Ricky Stanicky
3.1 77 Assista Agora"Ricky Stanicky (2024)" é um filme divertido, que funciona muito pelo carisma e presença do John Cena, pena que ele não é o protagonista (mesmo eu tendo gostado do trio de amigos, eles não têm o mesmo apelo). O roteiro é conveniente quando precisa e é cheio de situações que você pensa: "isso só aconteceria em um filme", mas por se tratar de uma comédia, é mais fácil de relevar. O que me incomodou foi a resolução, a forma como facilitaram pro lado dos protagonistas, pra que eles saíssem impunes, me pareceu mais forçado do que o normal... mas enfim, talvez eu esteja exigindo demais do filme. Também acho que a edição poderia ter cortado algumas cenas, eu disse que me diverti assistindo, mas chega uma hora que cansa, é mais longo do que deveria.
P.S: John Cena vestido de Britney Spears merecia mais tempo de tela.
Assisti no dia 31/03/24
Garotas em Fuga
2.7 14"Garotas em Fuga (2024)" me parecia ser um clássico road movie, digo isso com base no pôster principal, até porque, eu tinha poucas informações sobre a estória (talvez se eu soubesse mais, não teria assistido). E já me surpreendeu logo de cara, porque eu não esperava que teria comédia, mas já dá pra perceber que esse é o tom do filme, pela atuação do Pedro Pascal (que foi um dos motivos que me fez querer assistir, mas ele aparece apenas na abertura). Me lembrou muito "Clube da Luta Para Meninas (2023)", o tipo de humor é o mesmo e a temática é quase idêntica... dito isso, não são filmes feitos pra mim, porém entendo a importância da representatividade. O que acontece, é que as personagens não me conquistaram empatia, a comédia não funcionou e o roteiro não é muito envolvente (até agora não entendi o motivo daquelas cenas aleatórias alucinógenas).
P.S: Do nada a Miley Cyrus
Assisti no dia 29/03/24
Ruby Marinho: Monstro Adolescente
2.8 40 Assista AgoraEu sinto que a Dreamworks está atrasada com a estória desse filme, porque ele é praticamente uma versão de "Red: Crescer é Uma Fera (2022)" da Pixar, mas sem o mesmo carisma. O roteiro é todo previsível, assim que os personagens começam a dar o contexto de onde eles estão, você consegue imaginar quais serão as problemáticas e como as coisas vão se resolver. O filme ainda tenta manter um mistério sobre quem é a antagonista, mas isso é MUITO óbvio desde o início e só faz a protagonista parecer MUITO burra, por se deixar enganar. O estilo da animação também não me agradou, gosto por ser colorida e alegre, mas é tudo muito genérico (talvez pra combinar com a estória) e pouco inspirado. Enfim, mais um filme com potencial que acaba se tornando esquecível, por não ter bons profissionais envolvidos.
Assisti no dia 21/03/24
Argylle: O Superespião
2.8 87"Argylle: O Superespião (2024)" não traz nada de novo e acaba sendo só mais um passatempo genérico, até mesmo pela forma em que apresenta as cenas de ação, inserindo alguns alívios cômicos (tipo de coisa que o Ryan Reynolds adora fazer). Me lembrou "Cidade Perdida (2022)", por conta da protagonista também ser uma escritora que se mete numa aventura e a estória de seus livros afetar o mundo real, porém a diferença é que esse aqui se leva a sério demais. Tem uma quantidade excessiva de reviravoltas e cada uma é mais absurda que a outra, muitas vezes se escorando em conveniências de roteiro, o que me cansou e me irritou demais. Outra coisa, o marketing desse filme dá a entender que o Henry Cavill é o protagonista, mas não, ele praticamente não tem muita presença, assim como John Cena e Dua Lipa (essa não dura nem 8 min de tela), claramente usaram eles apenas para atrair audiência.
Assisti no dia 19/03/24
Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo
1.8 36 Assista AgoraÉ triste ver um projeto com tanto potencial sendo entregue na mão de profissionais tão ruins. Esse filme teve o azar de ter um diretor muito ruim (isso fica ainda mais nítido nas cenas de ação, que ele tenta dar um ritmo ágil, mas fica tudo mecânico demais), o roteiro é mal escrito (até tem um esforço de tentar emular a forma como os jovens se comunicam nos diálogos, mas de resto, é muito vergonhoso, com direito à lição de moral que você encontra em qualquer livro infantil), os atores não estão bem (tem algumas exceções, mas a maioria deles foram prejudicados pelo texto e a direção), a trilha sonora é pouco animadora, os efeitos especiais me fizeram rir... enfim, deu tudo errado. Até entendo a intenção de trazer o lado sobrenatural e aventureiro das HQs, mas aqui não funcionou... é um filme que pode ser assustador demais para crianças pequenas, mas ao mesmo tempo, dificilmente vai dialogar com os jovens (que deveria ser o público-alvo) e nem com adultos, por ser muito bobinho, então ele acaba sem público.
Assisti no dia 12/03/24
Segredos de um Escândalo
3.5 278 Assista Agora"Segredos de um Escândalo (2023)" é um filme misterioso, que não tem grandes momentos perturbadores, mas que ainda assim, causa um desconforto, porque você sente que tem algo de errado ali. E isso se deve graças às ótimas performances do trio Julianne Moore, Natalie Portman e Charles Melton, todos entregam muita verdade em cena e, no caso das atrizes, não foi surpresa nenhuma, porque eu já sabia da capacidade delas e o quanto elas são incríveis, mas o Charles me surpreendeu, já que eu conhecia ele de Riverdale e na série ele não tinha grandes momentos. Acho que o terceiro ato do filme poderia ter sido um pouco mais instigante, senti que o ritmo deu uma caída, embora ele ainda entregue grandes cenas.
Assisti no dia 09/03/24
Ficção Americana
3.8 368 Assista Agora"Ficção Americana (2023)" tem uma premissa muito interessante, que foi justamente o que me fez querer assistir. Essa crítica envolvendo o que os brancos esperam de um negro, brincando com todos os estereótipos que eles imaginam, foi uma sacada inteligente e que me fez rir várias vezes. Mas tem um porém, o filme também foca nos dilemas internos do protagonista, envolvendo seu distanciamento com a família, ele tentando se conectar de novo, se relacionando com uma nova pessoa... e essa parte da vida pessoal não necessariamente se conecta com o lado profissional, o que não digo como um ponto negativo (até porque, tem momentos muito poderosos, como a questão do Alzheimer da mãe), mas não tem o teor cômico que o outro lado trazia, então me fez gostar um pouco menos. Poderiam ter condensado alguns trechos e focado mais na parte da crítica, porque me pareceu dois filmes diferentes.
Assisti no dia 04/03/24
Pobres Criaturas
4.2 1,1K Assista Agora"Pobres Criaturas (2023)" é um filme estranho, mas digo isso no bom sentido. Ele soube instigar a minha curiosidade e, visualmente, é tudo muito atrativo e instigante (me deu vontade de morar naquele universo). Pra mim, a Emma Stone roubou a cena (sou suspeito pra falar, porque ela é uma das minhas atrizes favoritas), sua personagem Bella Baxter é fascinante e me surpreendeu várias vezes, tanto em sua inocência quanto em sua inteligência. Tinha receio de que fosse ser um filme cult demais, feito apenas para ganhar prêmios, mas ainda bem que eu estava enganado. Consegui aproveitar a minha experiência ao máximo, também não imaginava que fosse ser tão genuinamente engraçado. Fora que o filme tem uma qualidade técnica inquestionável, a fotografia é linda, a direção é muito boa, os figurinos e os cenários são de encher os olhos, etc. Gostei muito, já é o meu favorito nessa temporada do Oscar.
Assisti no dia 03/03/24
O Amante de Lady Chatterley
3.4 156 Assista AgoraÉ muito difícil assistir a um filme, quando a duração dele começa a pesar e foi o que eu senti assistindo a "O Amante de Lady Chatterley (2022)". Parecia que a estória não estava saindo do lugar e cada vez que eu olhava quanto tempo faltava pra acabar (isso nunca é um bom sinal), ainda tinha MUITOS minutos pela frente. Eu entendo o uso das cenas de sexo, não sou contra, mas chega uma hora em que elas ficam repetitivas e não agregam em muita coisa, eu pensava "tá, já entendi que eles transam e se amam, vamos seguir em frente". Demora para o filme engatar e mostrar algo novo, pelo menos quando isso acontece, fui recompensado, tem discussões interessantes ali (como as diferenças de classes sociais)... mas de novo, poderia ter sido mais curto, esses 126 minutos foram sofríveis.
Assisti no dia 02/03/24
Orion e o Escuro
3.3 71 Assista AgoraAchei muito interessante a proposta desse filme, me lembrou até "Divertida Mente (2015)" pela forma lúdica que usaram para explicar certos temas. É uma animação muito bem feita e muito convidativa visualmente falando, mesmo usando o escuro como um dos assuntos principais, não é nada sombria. Inclusive, esse é um ponto que deve agradar muito aos pais, porque essa animação deve servir como uma ótima forma de fazer os filhos perderem o medo do escuro (eu imagino). É um bom filme, gosto de como trataram as diferenças entre o dia e a noite, as importâncias de cada uma e os estágios do sono e da noite, também foi interessante como usaram da metalinguagem para contar a estória... só me irritei um pouco com o protagonista, mas enfim, é uma criança.
Assisti no dia 01/03/24
Todos Menos Você
3.1 347 Assista Agora"Todos Menos Você (2023)" é uma comédia romântica sem uma grande estória condutora, está mais para humor de situações. O que não seria ruim, se pelo menos, a comédia funcionasse e os personagens fossem mais carismáticos. Para não ser injusto com o filme, eu ri nos momentos que eles brincam com situações constrangedoras (por mais que eu já tenha visto algo parecido várias vezes), gostei da química dos protagonistas e entendo essa proposta de fazerem um "enemies to lovers", mas os motivos que fazem aquele casal brigar são sempre muito infantis, o que acabava me irritando (sem contar que era óbvio que eles iriam ficar juntos no final, então tudo aquilo me pareceu uma enrolação interminável).
Assisti no dia 29/02/24
Meninas Malvadas
3.2 179 Assista AgoraEu já sabia da existência da peça de Meninas Malvadas, mas não entendia a necessidade de fazerem outra versão de um filme recente (sim, 2004 pra mim é recente), sendo que a estória nem está tão datada assim. E realmente, em questão de estória mudaram pouca coisa, apenas mudanças pontuais que não alteram muito, então o grande diferencial está no fator musical. Como fã do gênero, fiquei mais do que satisfeito, todas as músicas são ótimas e a Reneé Rapp foi a escolha perfeita para o papel (a voz dela é de deixar qualquer um impressionado, conhecia pouco da sua carreira, mas agora já fiquei curioso pra ouvir mais). Os novos atores são carismáticos e cumprem bem os seus papéis, só achei que alguns eventos do início foram apressados demais (mas de certa forma, eu até entendo, porque o filme já é longo).
Assisti no dia 28/02/24
Zona de Interesse
3.6 582 Assista AgoraEu reconheço a qualidade técnica que "Zona de Interesse (2023)" oferece: todo o trabalho de som é muito bom (eu ficava atento o tempo todo com a questão do áudio, são sons muito angustiantes pra quem tem noção do que estava acontecendo), a ambientação é essencial (mesmo quando não acontecia algo relevante em destaque, tinha algo a dizer nos pontos menos chamativos das imagens) e as atuações são convincentes (tive muita raiva daquelas pessoas, mesmo elas não fazendo nenhum mal diretamente). Mas é uma experiência que rapidamente fica monótona e cansativa, porque uma vez que você saca a crítica do filme, parece não sobrar mais nada. Poderia ter sido um curta, teria sido mais efetivo e passariam a mensagem da mesma forma.
Assisti no dia 21/02/24
Mussum: O Filmis
3.7 164 Assista AgoraSem dúvidas, Mussum é um dos maiores comediantes que esse país já teve e que bom que ele recebeu uma biografia decente. Eu já tinha assistido ao documentário sobre a sua vida (chorei muito, inclusive), mas como faz tempo, lembro de poucas coisas, então não sei até que ponto essa biografia foi fiel ou inventou... mas fato é que eu tive uma boa experiência. Todas as atuações são ótimas, dá pra sentir que os atores estão na mesma sintonia e Ailton Graça foi a escalação perfeita pro papel, já que ele lembra muito o Mussum fisicamente. A estória alterna entre o passado e o momento de ascensão do comediante, o que eu achei uma escolha acertada. Não é um filme de comédia (até porque, por mais que os atores que interpretam os Trapalhões sejam bons, eles não têm o mesmo apelo), mas é um filme bem humorado e quando ele puxa mais pro drama, também funciona.
Assisti no dia 18/02/24