GENIAL! Uma verdadeira artista, respondendo à altura o tempo em que vive. Ainda bem que decidi seguir o conselho de uma amiga do facebook que indicava o show em uma postagem que apareceu na minha timeline há um tempo. Não tenho o mínimo interesse por stand-up comedy, mas esse não é um simples stand-up comedy show. Espero que os que ainda não viram, confiram! "Não quero unir vocês pelo riso ou pela raiva. Só queria que minha história fosse ouvida, sentida e compreendida, por indivíduos com pensamentos próprios".
A premissa lembrou-me de "Once". No entanto, a produção dos dois filmes são totalmente diferentes, eu diria até opostas. Pessoalmente, eu prefiro "Once", por ser uma produção mais "cru", sem muita purpurina, o que me toca maisda sensibilidade. Enfim, quem gostou de "La La Land", indicaria dar uma conferida em "Once" também ;)
Não conhecia nada sobre Yogananda, a princípio me era um nome conhecido apenas, nada mais. Mas como venho avançando na prática de yoga, e sentindo a necessidade de ir para além do corpo e mente, criei vergonha na cara de sair da zona de conforto e procurar estudar mais sobre seus fundamentos, história, práticas e personalidades, por assim dizer. Confesso que fiquei muito desconfiada do porquê de Yogananda ir para a América (minha ocidentalidade deu as caras querendo colocar segundas intenções nas ações das pessoas), mas do meio para o final, entendi melhor o sentido da dedicação do guru. Percebo que o documentário salpicou alguns de seus ensinamentos ao longo da narração, e algumas coisas conversaram muito comigo, se ligaram com o que eu já acredito e entendi a partir da minha prática pessoal do yoga. A imagem da cidade ser a "nova floresta" é muito poderosa, e tenho a impressão de que a yoga nos permite a "reconexão", afinal, com nós mesmos, justamente do que mais precisamos. Agora não tem mais jeito: vou TER que ler "Autobiografia de um iogue"! Um bom documentário sobre uma figura importantíssima da humanidade.
Um documentário muito honesto sobre a profissão de ator. É incrível notar que através dos relatos de perrengues diversos, há uma centelha no olhar de todos os atores e atrizes entrevistadas. Mostra o quanto a verdadeira arte está há anos-luz de uma galera mais privilegiada que gosta de se colocar em evidência, mas que não passa de exibicionismo, glamour (um dos temas discutidos!), vaidade... Infelizmente, por conta da influência maciça de nossa televisão, principalmente, as pessoas vêem o ator e a atriz justamente dessa forma oca e distorcida... A atuação é muito maior do que isso! Interessante para todos os iniciados nas artes cênicas, mas também para todos os apreciadores de outros tipos de manifestações artísticas. Há reflexões que nos convidam a reencontrar com o sentido primeiro da arte: o suor, a contestação, a resistência.
É engraçado que quando teve o lançamento do filme, eu queria porque queria ler o romance e assistir ao filme, nem me lembro o porquê. Comprei o livro recentemente em inglês e terminei a leitura esse mês. Pontos altos e baixos no livro, mas realmente o tom de melancolia mais para o final (espero que isso não seja spoiler, rs) me pegou de um jeito... Decidi assistir o filme logo após terminar o livro. Minha impressão durante o filme todo: taí um livro que talvez não caberia virar filme. Achei que o filme perdeu MUITO a substância do que é narrado no livro. Por exemplo, Dexter não é tão babaca no filme quanto o é no livro. =P O que mais me chamou a atenção no livro, o tom da melancolia em algumas partes aparece de forma apagada no filme - pelo menos para mim. Então, a recomendação que lanço, principalmente para quem gostou do filme: LEIAM O LIVRO. Não é o romance mais "uau" que já li (Americanah, de Chimamanda Adichie, que tem o mesmo pano de fundo - a história de um romance que só se consuma após décadas, é MUITO MELHOR), mas é uma boa leitura. Para finalizar: Anne Hathaway é linda demais!!! <3
Filme tocante, poderoso. Tá na lista dos melhores de todos os tempos, todos devem vê-lo, ao menos uma vez na vida.
Infelizmente, as histórias retratadas se repetem, mais de 50 anos depois... "The Help" tem um contemporâneo tupiniquim. Procurem ler as histórias compartilhadas na página do facebook "Eu empregada doméstica", para ver que a exploração e o racismo ainda é realidade enfrentada pelas empregadas domésticas em seu cotidiano. Há muita patroa precisando de uma enriquecida na dieta por aí... ;) (piada interna do filme, quem assistir, entenderá!)
"Ninguém tinha me perguntado como era ser eu. Assim que eu disse a verdade sobre isso... Eu me senti livre".
Fui assisti ao filme para assistir algo diferente, aprender sobre budismo... Mas me decepcionei. O tom "catequizador" do filme estragou tudo. No entanto fiquei curiosa pela história do budismo. Também não sabia que existiam vários "tipos" de budismo e é possível identificar umas ideias do cristianismo (a questão de se alcançar a Graça identificada com o Barco; a questão do mártir...) no budismo focado no filme. Será que existiu algum tipo de influência?
Educação não diz respeito a apenas letras no caderno, números na lousa, lápis bem apontado na mão. É sobre pessoas e relações que estabelecem entre si. É respeitar a história delas, entender suas motivações, enfrentar as adversidades juntas.
Filme ótimo também para sair do eurocentrismo do nosso dia-a-dia.
Engraçado que tive uma impressão contrária à maioria dos comentários por aqui. Eu gostei MUITO do trabalho de roteiro dessa temporada. Para mim, foi o grande destaque (alguns vão chamar de enrolação, mas eu gostei muito de saborear os episódios). Mas realmente... desapontou não ter tido um desfecho no último episódio... Além disso, tenho que registrar aqui que Jeffrey Dean Morgan está mandando muito bem no Negan. Gosto de estudar os trejeitos que ele criou para o personagem!
O filme não é sobre o Regime Militar. É sobre um cineasta, filho do interior da Bahia que quis mostrar ("os filmes são para serem vistos!") essas nossas raízes de modo original, seu, próprio. Visionário. Esse é o melhor adjetivo para descrever a impressão que tive de seu trabalho como retratado no documentário. Visionário, porém (infelizmente) ignorado atualmente como parte importante da história de nosso cinema, de nossa arte. Saí da exibição do documentário embasbacada ao aprender um pouco sobre esse homem que não teve escrúpulos de produzir o que acreditava, mesmo que isso significasse - como ocorreu de fato - expor-se às garras da ditadura. Apesar do filme não ser sobre o Regime Militar, aprendemos sobre uma das faces dele, e nesse sentido, o documentário é educativo. E não informativo! Pois, nos mostra tudo isso com a profundidade e a emoção presente nos depoimentos dos familiares (irmãos e filhos) de Olney, e não de forma esterilizada como nos livros de História. Uma grande lição!
PS: E como acalmar o coração que sai do cinema aflito para assistir "Manhã Cinzenta", "Grito da Terra"...??????
Documentário interessantíssimo, que rendeu muitas discussões aqui em casa entre meu companheiro e eu. Como educadores, nos deliciamos com as reflexões (ora com divergências, ora com convergências) proporcionada pelo documentário. Todos os pais, professores, famílias, jovens, adultos e idosos deveriam assistir! Gostaria, principalmente, que o pessoal que defende Escola Sem Partido (aquele argumento de que educação só depende dos pais, e não *também* da escola *e outros espaços de socialização*) assistisse a esse documentário e refletissem sobre. O argumento do movimento é totalmente insustentável, como mostra os casos relatados no documentário. A EDUCAÇÃO é social, e assim, TODOS nós somos responsáveis em perpetuá-la ou transcendê-la!
Gostei muito, faz refletir sobre sistema educacional (o meu tema principal =P) Não sei, ainda, como pensar o "home schoolling". Tenho certo preconceito (penso que a prática não é a mais adequada para educação), mas acredito que vem principalmente de desconhecimento. Preciso conhecer mais sobre tais casos. Claro que o que o filme mostra é um caso utópico. Mas um caso que me fez pensar. Foi MUITO agradável assisti-lo. Fiquei fantasiando: e se meu pai fosse assim? E se eu criasse meus filhos assim? Aponto aqui também uma sacada de roteiro metalinguística.
Na cena em que a família está no ônibus, o pai pergunta a uma das filhas sobre o livro Lolita e insiste para que ela faça uma análise pessoal sobre o que ela leu até ali. E então, ela fala que tinha uma sensação estranha, pois lendo a história do ponto de vista do protagonista, ela chegava a sentir simpatia por ele, mesmo sabendo que ele era um pedófilo. A metalinguística está em a gente estar vendo a história do ponto de vista de Ben, geramos certa simpatia, mas ao mesmo tempo nos questionamos sobre as possíveis consequências negativas para as crianças por terem recebido uma educação deveras destoante do restante da sociedade em que estão inseridas. Sem contar que poderia dar muito errado escalar uma montanha com o céu armando uma tempestade...
Achei longo demais - as cenas de "interconexões" prolongam mais do que o necessário na minha opinião. Sem contar que repete a fórmula de episódios passados.
Apesar das cenas clichés (mais frequentes para o final do filme), achei o filme muito interessante e me fez pensar em como as pessoas lidam com seus traumas. Acho que mais que uma história de amor (e por conta disso, as cenas clichés me desagradam), essa é uma história sobre essa relação íntima das pessoas com os eventos traumáticos que (sobre)vivem. Nesse quesito, três personagens (Pat, Tiffany e o pai do Pat) se destacam. Pat teve que passar pelo extremo de sofrer penalidades judiciais e ter que viver internado em um hospital psiquiátrico; Tiffany (a cena que ela conta sua história ao Pat é lindíssima) enfrentou a frustração da perda do marido se comportando de modo extremamente oposto de quando vivia com o marido; o pai de Pat também teve que enfrentar sanções em relação aos jogos dos Eagles e deu vazão a isso com seu TOC, superstições e apostas. Nos aspectos técnicos, gostei muito do jogo de câmera (troca da lente para uma grande angular) na cena do Halloween, achei que ela poderia ser utilizada em outros momentos pois deu um efeito muito bacana para mostrar o interior do personagem (quem for assistir, vai entender do que estou falando). Por fim, achei que três personagens apareceram muito apagadinhos: Nikki, a mãe e o irmão de Pat. Talvez no livro (que não li) exista um desenvolvimento maior desses personagens.
É um filme muito belo, que retrata uma festividade de um povoado isolado do Peru. A gente se sente dentro daquela cultura e percebe: faz sentido a lógica do Tempo Santo. Quando tudo é permitido, nada é pecado, já que Deus está morto (das 15 h da sexta-feira da Paixão até às 6 h do domingo da ressurreição). Nesse tempo, festanças, libertinagens, pedofilia, a fuga... tudo é encarado com naturalidade. É a apropriação de um rito católico (a Paixão de Cristo) de uma forma inesperada pela cultura desse povoado (por exemplo, na visão "tradicional" a Paixão de Cristo é um período de luto e não de festas). A história de Madeinusa fez-me questionar também até que ponto as tradições podem ser encaradas como prisões e a modernidade (ir para a capital, terra do "gringo") como liberdade. Mas as coisas são mais complexas que isso e tanto a tradição quanto o moderno carregam as marcas contraditórias do humano. Nas passagens de um mundo ao outro, algumas coisas têm que ser quebradas.
Uma professora minha do teatro tinha nos indicado assistir o filme por ser um "show de interpretação" o que realmente é. Tokue foi interpretada por Kirin Kiki com uma sensibilidade tocante. Linda, minha vontade é abraçá-la e encher de beijos! Gostei do ritmo do enredo, onde vamos descobrimos as histórias dos personagens aos poucos. Emociona, porém achei que o desfecho foi meio cliché. Faltou um algo a mais no enredo (mas o que não atrapalha muito na minha opinião o brilho do filme), mas sobrou a vontade de degustar um dorayaki feito com carinho pelos personagens <3
Traz um apanhado geral dando voz à algumas das protagonistas do movimento feminista nos EUA. Primeiramente, o movimento surgiu a partir das insatisfações das mulheres brancas de classe média com as desigualdades trabalhistas a que eram sujeitas em relação aos homens. Mas pouco a pouco o movimento foi se alastrando, ao incluir a causa das mulheres negras, das lésbicas, as pautas sobre o aborto, a sexualidade, a saúde da mulher, a violência contra a mulher, o estupro, a maternidade, o controle de natalidade. Os pontos altos do documentário, para mim, incluíram a parte sobre a radicalização do movimento - uma espécie de misoginia inversa que começou a surgir em determinado momento - e que merecia um maior aprofundamento, e as relações internas de liderança e poder. Vale a pena assistir! Recomendável principalmente para anti-feministas entenderem a origem do movimento e um pouco sobre suas nuances.
Muito boa direção! Com algumas easter eggs no roteiro. Quanto à possibilidade de Oscar: algumas pessoas aqui escreveram que o filme é um tapa na cara da sociedade. Assim, me toquei o quanto é NECESSÁRIO para o Brasil esse filme levar a estatueta. Isso faz com que o filme seja uma verdadeira obra de arte, daquelas que transbordam de si mesmas e fazem a gente pensar criticamente a nossa própria realidade. Aguardemos.
Entre "Her" e "Lost in Translation" (de Sophia Coppola), tenho uma séria tendência a optar pelo primeiro filme (não que não tenha gostado também de "Lost in Translation"!). Achei o roteiro e a fotografia de "Her" espetaculares. Joaquin Phoenix perfeito no papel. Impossível não sair "deprê" do filme. Para quem não sabe, há uma historinha de que Sophia Coppola tenha feito o "Lost in Translation" sobre o relacionamento que ela teve com Spike Jonze e que "Her" tenha sido a resposta e a versão de Jonze da história. Ah... os relacionamentos humanos...!
É uma ótima reinvenção da história clássica. Fiel ao livro e ao mesmo tempo com novidades. Impossível escapar das lágrimas ainda mais quando você assiste ao filme ao lado de pessoas que lhe cativou... Esse filme é um sopro de vida!
Numa sociedade distópica onde os livros são considerados ameaças para a sociedade (por deixarem as pessoas tristes), a população vai se deixando padronizar-se em frente da TV e sob o efeito constante de pílulas. Porém, ainda muitos se destacam da massa e tentam subverter o sistema escondendo os livros como podem. Nessa sociedade, os bombeiros assumem a função de vigilantes, caçando e queimando os livros que ainda restam numa tentativa de queimar todo tipo de ideologia existente. Entre eles, Montag se destaca como um proeminente candidato a uma promoção. Mas a vontade de entender o porquê de certas pessoas arriscarem suas vidas pelos livros marca um ponto de inflexão em sua trajetória. Achei muito interessante como os destaques dados às imagens dos livros conversam com a narrativa. Em relação ao livro de Bradbury, até onde me recordo (pois li há muito tempo o livro), o filme lhe é fiel, sem grandes alterações ou supressões. Enfim, eu gosto da história, embora, como alguém já comentou por aqui, seja uma narrativa diferente, por exemplo, da de 1984. Não há, por exemplo, uma definição muito clara de qual seria o análogo do "big brother" nesse universo. A quem os bombeiros respondem? Porém, considero que podemos lançar o foco na ação dos "subversivos".
A segunda metade da temporada tem uma mudança perceptível de direção, com uma pegada muito mais cinematográfica e lançando mão das imagens como recurso para emergimos no universo psíquico das personagens. Bem verdade que nesse momento a narrativa ficou mais lenta, mas mesmo assim, ela me agradou deveras! Palmas para xs diretorxs, a equipe técnica (zumbis maravilhosos!), roteiristas, atores/atrizes, tudo! PS: me arrepiei no fim do último episódio.
Hannah Gadsby: Nanette
4.7 207 Assista AgoraGENIAL!
Uma verdadeira artista, respondendo à altura o tempo em que vive. Ainda bem que decidi seguir o conselho de uma amiga do facebook que indicava o show em uma postagem que apareceu na minha timeline há um tempo. Não tenho o mínimo interesse por stand-up comedy, mas esse não é um simples stand-up comedy show.
Espero que os que ainda não viram, confiram!
"Não quero unir vocês pelo riso ou pela raiva. Só queria que minha história fosse ouvida, sentida e compreendida, por indivíduos com pensamentos próprios".
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraA premissa lembrou-me de "Once". No entanto, a produção dos dois filmes são totalmente diferentes, eu diria até opostas. Pessoalmente, eu prefiro "Once", por ser uma produção mais "cru", sem muita purpurina, o que me toca maisda sensibilidade. Enfim, quem gostou de "La La Land", indicaria dar uma conferida em "Once" também ;)
Com Amor, Van Gogh
4.3 1K Assista AgoraUma obra de arte para um artista.
Assistam com sensibilidade.
Awake: A Vida de Yogananda
3.9 25 Assista AgoraNão conhecia nada sobre Yogananda, a princípio me era um nome conhecido apenas, nada mais. Mas como venho avançando na prática de yoga, e sentindo a necessidade de ir para além do corpo e mente, criei vergonha na cara de sair da zona de conforto e procurar estudar mais sobre seus fundamentos, história, práticas e personalidades, por assim dizer. Confesso que fiquei muito desconfiada do porquê de Yogananda ir para a América (minha ocidentalidade deu as caras querendo colocar segundas intenções nas ações das pessoas), mas do meio para o final, entendi melhor o sentido da dedicação do guru. Percebo que o documentário salpicou alguns de seus ensinamentos ao longo da narração, e algumas coisas conversaram muito comigo, se ligaram com o que eu já acredito e entendi a partir da minha prática pessoal do yoga. A imagem da cidade ser a "nova floresta" é muito poderosa, e tenho a impressão de que a yoga nos permite a "reconexão", afinal, com nós mesmos, justamente do que mais precisamos. Agora não tem mais jeito: vou TER que ler "Autobiografia de um iogue"! Um bom documentário sobre uma figura importantíssima da humanidade.
Como Você Me Vê?
3.7 2Um documentário muito honesto sobre a profissão de ator. É incrível notar que através dos relatos de perrengues diversos, há uma centelha no olhar de todos os atores e atrizes entrevistadas. Mostra o quanto a verdadeira arte está há anos-luz de uma galera mais privilegiada que gosta de se colocar em evidência, mas que não passa de exibicionismo, glamour (um dos temas discutidos!), vaidade... Infelizmente, por conta da influência maciça de nossa televisão, principalmente, as pessoas vêem o ator e a atriz justamente dessa forma oca e distorcida... A atuação é muito maior do que isso!
Interessante para todos os iniciados nas artes cênicas, mas também para todos os apreciadores de outros tipos de manifestações artísticas. Há reflexões que nos convidam a reencontrar com o sentido primeiro da arte: o suor, a contestação, a resistência.
Um Dia
3.9 3,5K Assista AgoraÉ engraçado que quando teve o lançamento do filme, eu queria porque queria ler o romance e assistir ao filme, nem me lembro o porquê. Comprei o livro recentemente em inglês e terminei a leitura esse mês. Pontos altos e baixos no livro, mas realmente o tom de melancolia mais para o final (espero que isso não seja spoiler, rs) me pegou de um jeito...
Decidi assistir o filme logo após terminar o livro. Minha impressão durante o filme todo: taí um livro que talvez não caberia virar filme. Achei que o filme perdeu MUITO a substância do que é narrado no livro. Por exemplo, Dexter não é tão babaca no filme quanto o é no livro. =P
O que mais me chamou a atenção no livro, o tom da melancolia em algumas partes aparece de forma apagada no filme - pelo menos para mim. Então, a recomendação que lanço, principalmente para quem gostou do filme: LEIAM O LIVRO. Não é o romance mais "uau" que já li (Americanah, de Chimamanda Adichie, que tem o mesmo pano de fundo - a história de um romance que só se consuma após décadas, é MUITO MELHOR), mas é uma boa leitura.
Para finalizar: Anne Hathaway é linda demais!!! <3
Histórias Cruzadas
4.4 3,8K Assista AgoraFilme tocante, poderoso. Tá na lista dos melhores de todos os tempos, todos devem vê-lo, ao menos uma vez na vida.
Infelizmente, as histórias retratadas se repetem, mais de 50 anos depois... "The Help" tem um contemporâneo tupiniquim. Procurem ler as histórias compartilhadas na página do facebook "Eu empregada doméstica", para ver que a exploração e o racismo ainda é realidade enfrentada pelas empregadas domésticas em seu cotidiano.
Há muita patroa precisando de uma enriquecida na dieta por aí... ;)
(piada interna do filme, quem assistir, entenderá!)
"Ninguém tinha me perguntado como era ser eu. Assim que eu disse a verdade sobre isso... Eu me senti livre".
Por Que Vivemos?
2.5 4Fui assisti ao filme para assistir algo diferente, aprender sobre budismo...
Mas me decepcionei. O tom "catequizador" do filme estragou tudo.
No entanto fiquei curiosa pela história do budismo. Também não sabia que existiam vários "tipos" de budismo e é possível identificar umas ideias do cristianismo (a questão de se alcançar a Graça identificada com o Barco; a questão do mártir...) no budismo focado no filme. Será que existiu algum tipo de influência?
Uma Lição de Vida
4.3 213"A educação é a chave do cadeado!"
Educação não diz respeito a apenas letras no caderno, números na lousa, lápis bem apontado na mão. É sobre pessoas e relações que estabelecem entre si. É respeitar a história delas, entender suas motivações, enfrentar as adversidades juntas.
Filme ótimo também para sair do eurocentrismo do nosso dia-a-dia.
The Walking Dead (7ª Temporada)
3.6 918 Assista AgoraEngraçado que tive uma impressão contrária à maioria dos comentários por aqui.
Eu gostei MUITO do trabalho de roteiro dessa temporada. Para mim, foi o grande destaque (alguns vão chamar de enrolação, mas eu gostei muito de saborear os episódios).
Mas realmente... desapontou não ter tido um desfecho no último episódio...
Além disso, tenho que registrar aqui que Jeffrey Dean Morgan está mandando muito bem no Negan. Gosto de estudar os trejeitos que ele criou para o personagem!
Sinais de Cinza: A Peleja de Olney contra o Dragão …
3.4 2O filme não é sobre o Regime Militar. É sobre um cineasta, filho do interior da Bahia que quis mostrar ("os filmes são para serem vistos!") essas nossas raízes de modo original, seu, próprio. Visionário. Esse é o melhor adjetivo para descrever a impressão que tive de seu trabalho como retratado no documentário. Visionário, porém (infelizmente) ignorado atualmente como parte importante da história de nosso cinema, de nossa arte.
Saí da exibição do documentário embasbacada ao aprender um pouco sobre esse homem que não teve escrúpulos de produzir o que acreditava, mesmo que isso significasse - como ocorreu de fato - expor-se às garras da ditadura. Apesar do filme não ser sobre o Regime Militar, aprendemos sobre uma das faces dele, e nesse sentido, o documentário é educativo. E não informativo! Pois, nos mostra tudo isso com a profundidade e a emoção presente nos depoimentos dos familiares (irmãos e filhos) de Olney, e não de forma esterilizada como nos livros de História. Uma grande lição!
PS: E como acalmar o coração que sai do cinema aflito para assistir "Manhã Cinzenta", "Grito da Terra"...??????
A Máscara em que Você Vive
4.5 201Documentário interessantíssimo, que rendeu muitas discussões aqui em casa entre meu companheiro e eu. Como educadores, nos deliciamos com as reflexões (ora com divergências, ora com convergências) proporcionada pelo documentário.
Todos os pais, professores, famílias, jovens, adultos e idosos deveriam assistir!
Gostaria, principalmente, que o pessoal que defende Escola Sem Partido (aquele argumento de que educação só depende dos pais, e não *também* da escola *e outros espaços de socialização*) assistisse a esse documentário e refletissem sobre. O argumento do movimento é totalmente insustentável, como mostra os casos relatados no documentário. A EDUCAÇÃO é social, e assim, TODOS nós somos responsáveis em perpetuá-la ou transcendê-la!
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraGostei muito, faz refletir sobre sistema educacional (o meu tema principal =P)
Não sei, ainda, como pensar o "home schoolling". Tenho certo preconceito (penso que a prática não é a mais adequada para educação), mas acredito que vem principalmente de desconhecimento. Preciso conhecer mais sobre tais casos. Claro que o que o filme mostra é um caso utópico. Mas um caso que me fez pensar. Foi MUITO agradável assisti-lo. Fiquei fantasiando: e se meu pai fosse assim? E se eu criasse meus filhos assim?
Aponto aqui também uma sacada de roteiro metalinguística.
Na cena em que a família está no ônibus, o pai pergunta a uma das filhas sobre o livro Lolita e insiste para que ela faça uma análise pessoal sobre o que ela leu até ali. E então, ela fala que tinha uma sensação estranha, pois lendo a história do ponto de vista do protagonista, ela chegava a sentir simpatia por ele, mesmo sabendo que ele era um pedófilo. A metalinguística está em a gente estar vendo a história do ponto de vista de Ben, geramos certa simpatia, mas ao mesmo tempo nos questionamos sobre as possíveis consequências negativas para as crianças por terem recebido uma educação deveras destoante do restante da sociedade em que estão inseridas. Sem contar que poderia dar muito errado escalar uma montanha com o céu armando uma tempestade...
Sense8 (2ª Temporada)
4.3 892 Assista AgoraAchei longo demais - as cenas de "interconexões" prolongam mais do que o necessário na minha opinião. Sem contar que repete a fórmula de episódios passados.
(estou falando da cena de sexo)
Mas são bonitinhas as temáticas (que já aparecem na série como um todo) levantadas no episódio!
O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista AgoraApesar das cenas clichés (mais frequentes para o final do filme), achei o filme muito interessante e me fez pensar em como as pessoas lidam com seus traumas. Acho que mais que uma história de amor (e por conta disso, as cenas clichés me desagradam), essa é uma história sobre essa relação íntima das pessoas com os eventos traumáticos que (sobre)vivem. Nesse quesito, três personagens (Pat, Tiffany e o pai do Pat) se destacam. Pat teve que passar pelo extremo de sofrer penalidades judiciais e ter que viver internado em um hospital psiquiátrico; Tiffany (a cena que ela conta sua história ao Pat é lindíssima) enfrentou a frustração da perda do marido se comportando de modo extremamente oposto de quando vivia com o marido; o pai de Pat também teve que enfrentar sanções em relação aos jogos dos Eagles e deu vazão a isso com seu TOC, superstições e apostas.
Nos aspectos técnicos, gostei muito do jogo de câmera (troca da lente para uma grande angular) na cena do Halloween, achei que ela poderia ser utilizada em outros momentos pois deu um efeito muito bacana para mostrar o interior do personagem (quem for assistir, vai entender do que estou falando).
Por fim, achei que três personagens apareceram muito apagadinhos: Nikki, a mãe e o irmão de Pat. Talvez no livro (que não li) exista um desenvolvimento maior desses personagens.
Madeinusa
3.9 23É um filme muito belo, que retrata uma festividade de um povoado isolado do Peru. A gente se sente dentro daquela cultura e percebe: faz sentido a lógica do Tempo Santo. Quando tudo é permitido, nada é pecado, já que Deus está morto (das 15 h da sexta-feira da Paixão até às 6 h do domingo da ressurreição). Nesse tempo, festanças, libertinagens, pedofilia, a fuga... tudo é encarado com naturalidade. É a apropriação de um rito católico (a Paixão de Cristo) de uma forma inesperada pela cultura desse povoado (por exemplo, na visão "tradicional" a Paixão de Cristo é um período de luto e não de festas). A história de Madeinusa fez-me questionar também até que ponto as tradições podem ser encaradas como prisões e a modernidade (ir para a capital, terra do "gringo") como liberdade. Mas as coisas são mais complexas que isso e tanto a tradição quanto o moderno carregam as marcas contraditórias do humano. Nas passagens de um mundo ao outro, algumas coisas têm que ser quebradas.
Sabor da Vida
4.2 130 Assista AgoraUma professora minha do teatro tinha nos indicado assistir o filme por ser um "show de interpretação" o que realmente é. Tokue foi interpretada por Kirin Kiki com uma sensibilidade tocante. Linda, minha vontade é abraçá-la e encher de beijos! Gostei do ritmo do enredo, onde vamos descobrimos as histórias dos personagens aos poucos. Emociona, porém achei que o desfecho foi meio cliché. Faltou um algo a mais no enredo (mas o que não atrapalha muito na minha opinião o brilho do filme), mas sobrou a vontade de degustar um dorayaki feito com carinho pelos personagens <3
She’s Beautiful When She’s Angry
4.6 152Traz um apanhado geral dando voz à algumas das protagonistas do movimento feminista nos EUA. Primeiramente, o movimento surgiu a partir das insatisfações das mulheres brancas de classe média com as desigualdades trabalhistas a que eram sujeitas em relação aos homens. Mas pouco a pouco o movimento foi se alastrando, ao incluir a causa das mulheres negras, das lésbicas, as pautas sobre o aborto, a sexualidade, a saúde da mulher, a violência contra a mulher, o estupro, a maternidade, o controle de natalidade.
Os pontos altos do documentário, para mim, incluíram a parte sobre a radicalização do movimento - uma espécie de misoginia inversa que começou a surgir em determinado momento - e que merecia um maior aprofundamento, e as relações internas de liderança e poder.
Vale a pena assistir! Recomendável principalmente para anti-feministas entenderem a origem do movimento e um pouco sobre suas nuances.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraMuito boa direção! Com algumas easter eggs no roteiro.
Quanto à possibilidade de Oscar: algumas pessoas aqui escreveram que o filme é um tapa na cara da sociedade. Assim, me toquei o quanto é NECESSÁRIO para o Brasil esse filme levar a estatueta. Isso faz com que o filme seja uma verdadeira obra de arte, daquelas que transbordam de si mesmas e fazem a gente pensar criticamente a nossa própria realidade. Aguardemos.
A Incrível História de Adaline
3.7 1,5K Assista AgoraLinda fotografia e figurino. Mas achei roteiro meio sem sal. Esperava mais.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraEntre "Her" e "Lost in Translation" (de Sophia Coppola), tenho uma séria tendência a optar pelo primeiro filme (não que não tenha gostado também de "Lost in Translation"!). Achei o roteiro e a fotografia de "Her" espetaculares. Joaquin Phoenix perfeito no papel. Impossível não sair "deprê" do filme.
Para quem não sabe, há uma historinha de que Sophia Coppola tenha feito o "Lost in Translation" sobre o relacionamento que ela teve com Spike Jonze e que "Her" tenha sido a resposta e a versão de Jonze da história.
Ah... os relacionamentos humanos...!
O Pequeno Príncipe
4.2 1,1K Assista AgoraÉ uma ótima reinvenção da história clássica. Fiel ao livro e ao mesmo tempo com novidades. Impossível escapar das lágrimas ainda mais quando você assiste ao filme ao lado de pessoas que lhe cativou... Esse filme é um sopro de vida!
Fahrenheit 451
4.2 418Numa sociedade distópica onde os livros são considerados ameaças para a sociedade (por deixarem as pessoas tristes), a população vai se deixando padronizar-se em frente da TV e sob o efeito constante de pílulas. Porém, ainda muitos se destacam da massa e tentam subverter o sistema escondendo os livros como podem. Nessa sociedade, os bombeiros assumem a função de vigilantes, caçando e queimando os livros que ainda restam numa tentativa de queimar todo tipo de ideologia existente. Entre eles, Montag se destaca como um proeminente candidato a uma promoção. Mas a vontade de entender o porquê de certas pessoas arriscarem suas vidas pelos livros marca um ponto de inflexão em sua trajetória. Achei muito interessante como os destaques dados às imagens dos livros conversam com a narrativa. Em relação ao livro de Bradbury, até onde me recordo (pois li há muito tempo o livro), o filme lhe é fiel, sem grandes alterações ou supressões. Enfim, eu gosto da história, embora, como alguém já comentou por aqui, seja uma narrativa diferente, por exemplo, da de 1984. Não há, por exemplo, uma definição muito clara de qual seria o análogo do "big brother" nesse universo. A quem os bombeiros respondem? Porém, considero que podemos lançar o foco na ação dos "subversivos".
Saber de cor as grandes obras e viver em reclusão é o suficiente para superar a Idade das Trevas?
The Walking Dead (5ª Temporada)
4.2 1,4K Assista AgoraA segunda metade da temporada tem uma mudança perceptível de direção, com uma pegada muito mais cinematográfica e lançando mão das imagens como recurso para emergimos no universo psíquico das personagens. Bem verdade que nesse momento a narrativa ficou mais lenta, mas mesmo assim, ela me agradou deveras! Palmas para xs diretorxs, a equipe técnica (zumbis maravilhosos!), roteiristas, atores/atrizes, tudo!
PS: me arrepiei no fim do último episódio.