Como são raros os filmes que nos impressionam por sua singeleza em tempos de superproduções hollywoodianas. Talvez seja sobre isso, diminuir o passo. É confortável ficar do lado de arte assim.
Desculpa Kafka, nem sempre uma obra precisa nos ferir. O desastre é tão fiel à todos nós quanto a marca de algo banal.
Simplesmente a melhor produção audiovisual nacional já feita. Que experiência! Diálogos, atuações e dinâmicas de cena completamente impactantes.
Toda construção e ambientação do filme te imergem naquele período. E como é curioso perceber que nós temos tão pouca familiaridade com nossa própria história, escanteando nossos ícones por pura displicência ideológica - “Vocês estão matando um patriota!”.
Wagner Moura estreando com os dois pés na porta na direção dessa preciosidade do nosso cinema. Um filme do caralho!
O Barbeiro da Sibéria tem uma cadência teatral, é verdade. Talvez isso tenha prejudicado o ritmo da história, que leva quase 3 horas pra ser contada. Mas, talvez, essa também seja a sua maior vantagem.
O filme tem um charme genuíno. É tragicômico. E com essa premissa conseguiram desenvolver um romance singelo, mas com muito envolvimento emocional.
Fazia tempo que não me emocionava com uma cena igual àquela do trem, da transferência. Ela fez a experiência valer a pena.
"Tolstoi, o primo do escritor?"
Não sei as narrativas dos filmes russos são sempre construídas assim. A dúvida é suficiente para me fazer correr atrás de mais experiências cinematográficas produzidas por lá. Culpem Sibéria. Ainda bem.
A atmosfera do filme tem um ar introspectivo maçante. Se ele tivesse sido pensado como um thriller, talvez houvesse a possibilidade maior de imersão no drama familiar e nos seus eventuais desdobramentos.
Acabou virando obra pra análise de acadêmico de psicologia. Que fim triste pra qualquer filme.
David Duchovny nunca perde a capacidade de criar arte com um toque singelo, cheio de simplicidade e, ao mesmo, guardar à obra uma profundidade dramática que consegue entregar um sentimento enorme de conforto.
Mais do que narrar uma história de amizade, o filme ensina o verdadeiro significado de resiliência.
Eu quero que se foda se o filme é genial no mérito ou não. Foi foda, amo ver a Bahia retratada na tela, isso que importa.
Alice Braga, Lazaro Ramos e Wagner Moura, todos destruindo na atuação. Filme nacional de qualidade. Viva a baianidade, com todas as suas "desgraças" e seus "vá se fuder", retratada crua nesse clássico.
Faltou muito pouco pra que entregassem um filme incrível.
Ad Astra, por muito pouco, conseguiu fazer o que "Gravidade" não conseguiu. Um filme aeroespacial com um plano de fundo emocional relevante, sem deixar os recursos audiovisuais roubarem a cena.
O problema foi um só: o roteiro não conseguiu lidar bem com o personagem principal. Uma construção pobre do protagonista, que nem Brad Pitt conseguiu salvar.
A expectativa era que a introspecção aglutinasse todo o brilho do filme nele, ainda mais depois do que Brad Pitt conseguiu apresentar em "Fury", personificando um protagonista cheio de atitude.
A tendência é que um personagem principal forte tenha a capacidade de salvar roteiros fracos. Aqui aconteceu o inverso, uma figura central fraca, carregada por um roteiro decente.
O filme abre muito espaço pra "contemplação" de acontecimentos, perdendo a capacidade de dar dinâmica às suas cenas.
Diálogos poderiam ser muito mais explorados, mas tem momentos que fazem assistir valer a pena, apesar do ritmo lento de desencadeamento da narrativa.
Os folks que embalaram a trilha sonora são muito bons - o ponto alto do filme -, capitaneados por Bob Dylan, que é o motor de tudo que acontece.
É preciso força de vontade pra gostar, e, principalmente, chegar até o final. Mas, o tom mórbido causa um certo nível de imersão na melancolia do protagonista.
Que filme! Dá pra sentir a mente criativa de Donald Glover borbulhando o filme todo!
O ar tropical, misturado com cenas que tem atmosferas completamente carregadas - e diálogos marcantes, mostra que o filme consegue ser forte e sensível ao mesmo, sem o medo de parecer descaracterizado.
Outro ponto forte é toda estrutura audiovisual. A fotografia, a ambientação da história, a musicalidade...enfim, a profundidade do filme, transmitida em pouco tempo de tela, é sensacional.
Confesso que não consegui ficar imerso na atmosfera de tensão do filme durante sua primeira hora. E, tensão por tensão, "O Homem nas Trevas" consegue deixar seus nervos à flor da pele com mais competência.
O truque desse filme está guardado no que o roteiro reservou em Adrian, um personagem que foi capaz de manipular até o próprio espectador, provocando uma confusão mental tão grande que você se torna simbionte com Cecilia e a esquizofrenia plantada na mente dela - que atuação de Elisabeth Moss.
O filme tenta chocar com elementos audiovisuais escatológicos que tentam remeter o espectador para uma realidade paralela onde o esoterismo, supostamente, deveria apresentar um certo nível de sensibilidade artística - e não é o que acontece.
É impressionante como certos diretores apostam todas as fichas em metáforas surrealistas pra tentar enganar o espectador. Uma tentativa mascarada de tentar acoplar conteúdo à obra, que, há bem da verdade, só expõe a incapacidade de concatenar boas ideias em um roteiro.
"O Professor" é o tipo de filme que cava um ponto sensível dentro de sua alma.
A morbidez ácida do filme é acompanhada não só pela atuação visceral de Johnny Deep, como também pelo seu roteiro com linhas de diálogo irreverentes, que acabam dando ao filme o equilíbrio ideal entre o espirituoso e o trágico.
Filme incrível.
Grata surpresa.
As avaliações acompanham, em muito, o desenvolvimento da "persona non grata" que Johnny Deep cultivou nos últimos anos, mas, podem ver o filme sem medo de serem felizes e/ou sugados pela sua simplicidade mirabolante.
O filme é para todos,e essa talvez seja sua grande virtude.
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Apenas Uma Vez
4.0 1,4K Assista Agora"Once" é um acalento.
Como são raros os filmes que nos impressionam por sua singeleza em tempos de superproduções hollywoodianas. Talvez seja sobre isso, diminuir o passo. É confortável ficar do lado de arte assim.
Desculpa Kafka, nem sempre uma obra precisa nos ferir. O desastre é tão fiel à todos nós quanto a marca de algo banal.
Mais um pra lista dos favoritos.
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraSimplesmente a melhor produção audiovisual nacional já feita. Que experiência! Diálogos, atuações e dinâmicas de cena completamente impactantes.
Toda construção e ambientação do filme te imergem naquele período. E como é curioso perceber que nós temos tão pouca familiaridade com nossa própria história, escanteando nossos ícones por pura displicência ideológica - “Vocês estão matando um patriota!”.
Wagner Moura estreando com os dois pés na porta na direção dessa preciosidade do nosso cinema. Um filme do caralho!
Cafarnaum
4.6 673 Assista AgoraÉ sempre brutal ver uma realidade tão às avessas.
O filme consegue ser o retrato dessa miserabilidade. Não é comum ver uma obra abordar a periferia de maneira tão crua e profunda.
Zain, por sua vez, dá um show a parte.
Sensacional!
Sibéria
3.9 12O Barbeiro da Sibéria tem uma cadência teatral, é verdade. Talvez isso tenha prejudicado o ritmo da história, que leva quase 3 horas pra ser contada. Mas, talvez, essa também seja a sua maior vantagem.
O filme tem um charme genuíno. É tragicômico. E com essa premissa conseguiram desenvolver um romance singelo, mas com muito envolvimento emocional.
Fazia tempo que não me emocionava com uma cena igual àquela do trem, da transferência. Ela fez a experiência valer a pena.
"Tolstoi, o primo do escritor?"
Não sei as narrativas dos filmes russos são sempre construídas assim. A dúvida é suficiente para me fazer correr atrás de mais experiências cinematográficas produzidas por lá. Culpem Sibéria. Ainda bem.
Dente Canino
3.8 1,2KPremissa boa, muito mal executada.
A atmosfera do filme tem um ar introspectivo maçante. Se ele tivesse sido pensado como um thriller, talvez houvesse a possibilidade maior de imersão no drama familiar e nos seus eventuais desdobramentos.
Acabou virando obra pra análise de acadêmico de psicologia. Que fim triste pra qualquer filme.
Reflexos da Amizade
4.0 80 Assista AgoraDavid Duchovny nunca perde a capacidade de criar arte com um toque singelo, cheio de simplicidade e, ao mesmo, guardar à obra uma profundidade dramática que consegue entregar um sentimento enorme de conforto.
Mais do que narrar uma história de amizade, o filme ensina o verdadeiro significado de resiliência.
Fantástico.
Cidade Baixa
3.4 356 Assista Agora"Difudê" é o melhor adjetivo pra esse filme.
Eu quero que se foda se o filme é genial no mérito ou não. Foi foda, amo ver a Bahia retratada na tela, isso que importa.
Alice Braga, Lazaro Ramos e Wagner Moura, todos destruindo na atuação. Filme nacional de qualidade. Viva a baianidade, com todas as suas "desgraças" e seus "vá se fuder", retratada crua nesse clássico.
O Gênio e o Louco
3.8 102 Assista Agora“Quem imaginaria que a história por de trás da criação do Dicionário Oxford pudesse ser tão interessante?!”.
Pois é, ninguém, porque ela não é interessante. Não consegui ser fisgado pela história. Meu palpite é que ela não tem nem elementos pra isso.
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 850 Assista AgoraFaltou muito pouco pra que entregassem um filme incrível.
Ad Astra, por muito pouco, conseguiu fazer o que "Gravidade" não conseguiu. Um filme aeroespacial com um plano de fundo emocional relevante, sem deixar os recursos audiovisuais roubarem a cena.
O problema foi um só: o roteiro não conseguiu lidar bem com o personagem principal. Uma construção pobre do protagonista, que nem Brad Pitt conseguiu salvar.
A expectativa era que a introspecção aglutinasse todo o brilho do filme nele, ainda mais depois do que Brad Pitt conseguiu apresentar em "Fury", personificando um protagonista cheio de atitude.
A tendência é que um personagem principal forte tenha a capacidade de salvar roteiros fracos. Aqui aconteceu o inverso, uma figura central fraca, carregada por um roteiro decente.
Os Famosos e os Duendes da Morte
3.7 670 Assista AgoraO filme abre muito espaço pra "contemplação" de acontecimentos, perdendo a capacidade de dar dinâmica às suas cenas.
Diálogos poderiam ser muito mais explorados, mas tem momentos que fazem assistir valer a pena, apesar do ritmo lento de desencadeamento da narrativa.
Os folks que embalaram a trilha sonora são muito bons - o ponto alto do filme -, capitaneados por Bob Dylan, que é o motor de tudo que acontece.
É preciso força de vontade pra gostar, e, principalmente, chegar até o final. Mas, o tom mórbido causa um certo nível de imersão na melancolia do protagonista.
O Pequeno Príncipe
4.2 1,1K Assista AgoraCompletamente delicado, no ponto. Que bom que se fazem filmes assim, nos lembrando que a ingenuidade é sempre o primeiro passo pra irreverência.
"O problema não é crescer, e sim, esquecer!".
Cativante.
Mulan
4.0 163Pegaram um filme infantil da Disney e transformaram em um épico de guerra.
O cinema chinês reacendeu a chama de Mulan, convertendo aquela personagem jovial em uma general de guerra implacável.
Nem sempre mexer numa história consagrada dá certo. Aqui deu, definitivamente.
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 899 Assista AgoraChato. Monótono. Um romance morto.
Não aproveitei nem uma cena no filme.
Nunca vi uma paixão tão sem sal, reproduzida de uma maneira mais maçante ainda.
Guava Island
4.0 248Que filme! Dá pra sentir a mente criativa de Donald Glover borbulhando o filme todo!
O ar tropical, misturado com cenas que tem atmosferas completamente carregadas - e diálogos marcantes, mostra que o filme consegue ser forte e sensível ao mesmo, sem o medo de parecer descaracterizado.
Outro ponto forte é toda estrutura audiovisual. A fotografia, a ambientação da história, a musicalidade...enfim, a profundidade do filme, transmitida em pouco tempo de tela, é sensacional.
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista AgoraFilmão!
Confesso que não consegui ficar imerso na atmosfera de tensão do filme durante sua primeira hora. E, tensão por tensão, "O Homem nas Trevas" consegue deixar seus nervos à flor da pele com mais competência.
O truque desse filme está guardado no que o roteiro reservou em Adrian, um personagem que foi capaz de manipular até o próprio espectador, provocando uma confusão mental tão grande que você se torna simbionte com Cecilia e a esquizofrenia plantada na mente dela - que atuação de Elisabeth Moss.
A Montanha Sagrada
4.3 466Péssimo em todos os sentidos.
Jodorowsky apela à um misticismo oco.
O filme tenta chocar com elementos audiovisuais escatológicos que tentam remeter o espectador para uma realidade paralela onde o esoterismo, supostamente, deveria apresentar um certo nível de sensibilidade artística - e não é o que acontece.
É impressionante como certos diretores apostam todas as fichas em metáforas surrealistas pra tentar enganar o espectador. Uma tentativa mascarada de tentar acoplar conteúdo à obra, que, há bem da verdade, só expõe a incapacidade de concatenar boas ideias em um roteiro.
O Professor
3.2 128 Assista Agora"O Professor" é o tipo de filme que cava um ponto sensível dentro de sua alma.
A morbidez ácida do filme é acompanhada não só pela atuação visceral de Johnny Deep, como também pelo seu roteiro com linhas de diálogo irreverentes, que acabam dando ao filme o equilíbrio ideal entre o espirituoso e o trágico.
Filme incrível.
Grata surpresa.
As avaliações acompanham, em muito, o desenvolvimento da "persona non grata" que Johnny Deep cultivou nos últimos anos, mas, podem ver o filme sem medo de serem felizes e/ou sugados pela sua simplicidade mirabolante.
O filme é para todos,e essa talvez seja sua grande virtude.