Vem com a proposta de expor a história sob o olhar da jornalista Virginia Vallejo e acaba caindo num resumão da história do Escobar (para quem viu as outras séries sobre ele, a sensação até é maior). Vale por Javier e Penélope.
Aquele filme que a gente tem até vergonha de marcar como "já vi" por aqui. Se fosse possível dar estrela negativa, eu dava. E olha que achei numa lista de "melhores suspenses para ver na Netflix".
Eu dou é risada de quem acha que Grindelwald é melhor do que Voldemort. Ainda mais um Grindelwald interpretado por J. Depp. Francamente. Nem força de vontade existiu.
(a) a trama por si só já é muito boa, sobre um dos embates entre o presidente Richard Nixon e o jornal 'The Washington Post'. o veículo teve acesso a documentos sigilosos - chamados de Pentagon Papers pelo 'The New York Times' - que revelavam as mentiras de seguidos governos dos Estados Unidos sobre a Guerra do Vietnã. ou seja, um manifesto pela liberdade de imprensa.
(b) quase uma heresia por aqui, mas: Meryl Streep está apenas mediana (e, para mim, bem distante de um prêmio de melhor atriz se ela não tivesse o nome que tem). a personagem é interessante, mas os dilemas entre publicar, e cumprir com a função social do jornalismo, ou não e as relações entre poder e imprensa me despertam mais do que algumas cenas de drama pessoal
. ser mulher e estar naquela posição, sem sombra de dúvidas, ultrapassam o que podemos chamar de desafiador, mas Meryl Streep me disse pouca coisa (talvez possa ser uma questão de roteiro também).
(c) aliás, sutis e boas as passagens em que a personagem transita entre mulheres e o mundo masculino, deixando manifesta a questão de gênero que permeia o filme todo.
(d) dois bons responsáveis pelo gradativo aumento de tensão no filme são a trilha do compositor John Williams e o próprio processo de impressão e veiculação dos jornais – totalmente inebriante do início ao fim. o saudosismo, indiscutivelmente, atrai dos jornalistas mais experientes aos mais novatos.
(e) a cena final fazendo referência ao caso Watergate, briga seguinte entre Nixon e o jornal, salva o filme de terminar minutos antes - 1. numa manjada caminhada dos vencedores Streep e Tom Hanks em direção ao horizonte; - 2. com a silhueta de um Nixon maquiavélico, bem arqui-inimigo, dizendo ao telefone que os jornalistas do veículo não circulariam mais pela Casa Branca (devem existir soluções menos toscas para representar o fato).
(a sombra de 'Todos os Homens do Presidente' (1976) sempre impera, mas posiciono na frente também 'Spotlight' (2015), que, aliás, compartilha um roteirista com 'The Post'.)
Não costumo entrar nesta seara (pois geralmente não os vejo como excludentes), mas: leiam o livro do Gabeira. O filme é fraquíssimo em todos os aspectos possíveis!
Por não ter esquecido mais as reflexões que Jon Krakauer traz no livro (sobre nossas condições de reportar e pensar sob ar rarefeito), lamentei um pouco a transposição do texto para o cinema. Talvez fosse realmente penoso se o foco narrativo ficasse na figura de Jon... Enfim, o filme valeu por recordar alguns dos momentos angustiantes que havia lido há uns anos.
Uma cinebiografia tão fraca para uma artista tão grandiosa como foi Elis. Um roteiro tão ruim para uma interpretação carismática e autêntica de Andreia Horta.
O ruim desses filmes é que eles ficam por um bom tempo como sendo uma espécie de 'biografia definitiva'. Afinal, Andreia está ali como Elis. E o filme deixa a desejar. É conservador, opta por não nos dar muito da época. Deixa o público um pouco perdido - Elis parece que morre, como apontaram abaixo, de uma loucura de momento, muita bebida e muita droga. Raso.
Se a opção foi realmente focar na figura da cantora e não no contexto histórico - é uma escolha, apesar de eu achar complicada a dissociação -, nem isso é atingido em diversos momentos cruciais (como o da morte, por exemplo).
Vale por Andreia, por cenas curiosas envolvendo Henfil e Nara Leão e, claro, por ouvir Elis.
Em síntese: um exemplo do que o preconceito racial - e de classe - pode fazer. É isso que você lê por trás de toda a história envolvendo o auge e a queda, principalmente ela, de Wilson Simonal.
Como bem diz um dos entrevistados, apesar de todo o carisma, apesar de mover multidões como nenhum outro artista brasileiro até aquele momento, quando passou por problemas, não houve empatia alguma por ele - e estou falando da classe artística. Circunstâncias? Sim, claro, também.
Mas os mesmos que se serviam de Simonal para o 'Brasil grande', o orgulho de ser brasileiro, armaram pra sua cabeça. Como também diz o Tony Tornado, era um negão incomodando, chegando num lugar que não era visto como dele.
Apesar de ser um tanto distante de nossa realidade comum, e, assim, ganhar o título de 'complexo', a montagem é incrível, dando uma dinâmica única ao filme, que assume um pouco o tom do documentário.
Acho que o documentário preenche algumas "lacunas" do filme. Eu tendo a ser chata com essa ideia de que filmes deixam lacunas, pois entendo como recortes. É claro que fica aquele gostinho de que determinado momento, determinada criação de uma música, fosse mostrado.
Mas eu gostei. As atuações dos "Tims" estão ótimas, mas acho que sempre falta aquela energia do próprio. Não é por falta de talento dos atores, mas Tim Maia é aquele tipo de pessoa quase impossível de ser interpretada por outra. Ele é.
Eu me incomodei com o excesso de narração do Cauã. Não gosto de narrações e deixaria só em momentos pontuais como quando o Tim cai na água e no fim, sobre os gênios e os loucos. Aliás, a cena do show é emocionante e triste.
Olhe, não quero entrar no mérito da execução (até porque percebi que agradou a uns e a outros não), mas o ponto principal do filme são as questões que ele levanta. Fui ver com um amigo e saímos atordoados para discutir o que tínhamos visto e o que conseguíamos tirar daquilo. Aquilo que antes nos parecia tão surreal (quando se diz simplesmente "um relacionamento com um sistema operacional") hoje não soa tão estranho, tal é o clima em que vivemos, em meio ao avanço tecnológico incessante e a nossa dependência das máquinas, visando um "nunca estar sozinho".
Ótimo. No entanto, quem leu a biografia escrita pelo (maravilhoso) Mário Magalhães, vai sentir um vazio talvez. Para mim, ficou parecendo um trailer. O livro é magnífico!!!
Eu sei que é um doc, mas eu teria alongado mais 30 minutos. Tem MUITA gente e MUITA história para contar de Marighella.
O Violinista que Veio do Mar
3.7 126Precisamos falar sobre o amor na velhice! <3 Que delicado. Tudo tem seu tempo para acontecer.
O Sol Também é uma Estrela
3.2 112Hm, casal zero química para mim. Curti mais as inserções e considerações astronômicas e filosóficas.
Escobar: A Traição
3.2 104 Assista AgoraVem com a proposta de expor a história sob o olhar da jornalista Virginia Vallejo e acaba caindo num resumão da história do Escobar (para quem viu as outras séries sobre ele, a sensação até é maior). Vale por Javier e Penélope.
Fica Comigo
2.1 443 Assista AgoraAquele filme que a gente tem até vergonha de marcar como "já vi" por aqui. Se fosse possível dar estrela negativa, eu dava. E olha que achei numa lista de "melhores suspenses para ver na Netflix".
Animais Fantásticos - Os Crimes de Grindelwald
3.5 1,1K Assista AgoraEu dou é risada de quem acha que Grindelwald é melhor do que Voldemort. Ainda mais um Grindelwald interpretado por J. Depp. Francamente. Nem força de vontade existiu.
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraContraste e sutileza.
Que cena é a de Cleo apagando todas as luzes da casa e acendendo a vela para se exercitar.
The Post: A Guerra Secreta
3.5 607 Assista Agora(5) comentários sobre 'The Post':
(a) a trama por si só já é muito boa, sobre um dos embates entre o presidente Richard Nixon e o jornal 'The Washington Post'. o veículo teve acesso a documentos sigilosos - chamados de Pentagon Papers pelo 'The New York Times' - que revelavam as mentiras de seguidos governos dos Estados Unidos sobre a Guerra do Vietnã. ou seja, um manifesto pela liberdade de imprensa.
(b) quase uma heresia por aqui, mas: Meryl Streep está apenas mediana (e, para mim, bem distante de um prêmio de melhor atriz se ela não tivesse o nome que tem). a personagem é interessante, mas os dilemas entre publicar, e cumprir com a função social do jornalismo, ou não e as relações entre poder e imprensa me despertam mais do que algumas cenas de drama pessoal
(a consulta a Robert McNamara é risível)
ser mulher e estar naquela posição, sem sombra de dúvidas, ultrapassam o que podemos chamar de desafiador, mas Meryl Streep me disse pouca coisa (talvez possa ser uma questão de roteiro também).
(c) aliás, sutis e boas as passagens em que a personagem transita entre mulheres e o mundo masculino, deixando manifesta a questão de gênero que permeia o filme todo.
(d) dois bons responsáveis pelo gradativo aumento de tensão no filme são a trilha do compositor John Williams e o próprio processo de impressão e veiculação dos jornais – totalmente inebriante do início ao fim. o saudosismo, indiscutivelmente, atrai dos jornalistas mais experientes aos mais novatos.
(e) a cena final fazendo referência ao caso Watergate, briga seguinte entre Nixon e o jornal, salva o filme de terminar minutos antes
- 1. numa manjada caminhada dos vencedores Streep e Tom Hanks em direção ao horizonte;
- 2. com a silhueta de um Nixon maquiavélico, bem arqui-inimigo, dizendo ao telefone que os jornalistas do veículo não circulariam mais pela Casa Branca (devem existir soluções menos toscas para representar o fato).
(a sombra de 'Todos os Homens do Presidente' (1976) sempre impera, mas posiciono na frente também 'Spotlight' (2015), que, aliás, compartilha um roteirista com 'The Post'.)
O Vento Nos Levará
3.9 40 Assista AgoraPrefiro o presente.
O Que é Isso, Companheiro?
3.8 339 Assista AgoraNão costumo entrar nesta seara (pois geralmente não os vejo como excludentes), mas: leiam o livro do Gabeira.
O filme é fraquíssimo em todos os aspectos possíveis!
Evereste
3.3 550 Assista AgoraPor não ter esquecido mais as reflexões que Jon Krakauer traz no livro (sobre nossas condições de reportar e pensar sob ar rarefeito), lamentei um pouco a transposição do texto para o cinema. Talvez fosse realmente penoso se o foco narrativo ficasse na figura de Jon... Enfim, o filme valeu por recordar alguns dos momentos angustiantes que havia lido há uns anos.
Elis
3.5 522 Assista AgoraUma cinebiografia tão fraca para uma artista tão grandiosa como foi Elis. Um roteiro tão ruim para uma interpretação carismática e autêntica de Andreia Horta.
O ruim desses filmes é que eles ficam por um bom tempo como sendo uma espécie de 'biografia definitiva'. Afinal, Andreia está ali como Elis. E o filme deixa a desejar. É conservador, opta por não nos dar muito da época. Deixa o público um pouco perdido - Elis parece que morre, como apontaram abaixo, de uma loucura de momento, muita bebida e muita droga. Raso.
Se a opção foi realmente focar na figura da cantora e não no contexto histórico - é uma escolha, apesar de eu achar complicada a dissociação -, nem isso é atingido em diversos momentos cruciais (como o da morte, por exemplo).
Vale por Andreia, por cenas curiosas envolvendo Henfil e Nara Leão e, claro, por ouvir Elis.
Aura
3.3 84Adoro a dubiedade que gera o foco no olhar do cachorro no fim.
Simonal, Ninguém Sabe o Duro que Dei
4.0 127 Assista AgoraEm síntese: um exemplo do que o preconceito racial - e de classe - pode fazer. É isso que você lê por trás de toda a história envolvendo o auge e a queda, principalmente ela, de Wilson Simonal.
Como bem diz um dos entrevistados, apesar de todo o carisma, apesar de mover multidões como nenhum outro artista brasileiro até aquele momento, quando passou por problemas, não houve empatia alguma por ele - e estou falando da classe artística. Circunstâncias? Sim, claro, também.
Mas os mesmos que se serviam de Simonal para o 'Brasil grande', o orgulho de ser brasileiro, armaram pra sua cabeça. Como também diz o Tony Tornado, era um negão incomodando, chegando num lugar que não era visto como dele.
O Contador
3.7 647 Assista AgoraSimples assim: trilha sonora boa e roteiro bem ruim.
Não sei porque insistem que tudo deve ser bem explicadinho e amarrado. Preguiça.
A Grande Aposta
3.7 1,3KApesar de ser um tanto distante de nossa realidade comum, e, assim, ganhar o título de 'complexo', a montagem é incrível, dando uma dinâmica única ao filme, que assume um pouco o tom do documentário.
Tangerinas
4.3 243Que filme!!!
Tim Maia - Não Há Nada Igual
3.6 593 Assista AgoraAcho que o documentário preenche algumas "lacunas" do filme. Eu tendo a ser chata com essa ideia de que filmes deixam lacunas, pois entendo como recortes. É claro que fica aquele gostinho de que determinado momento, determinada criação de uma música, fosse mostrado.
Mas eu gostei. As atuações dos "Tims" estão ótimas, mas acho que sempre falta aquela energia do próprio. Não é por falta de talento dos atores, mas Tim Maia é aquele tipo de pessoa quase impossível de ser interpretada por outra. Ele é.
Eu me incomodei com o excesso de narração do Cauã. Não gosto de narrações e deixaria só em momentos pontuais como quando o Tim cai na água e no fim, sobre os gênios e os loucos.
Aliás, a cena do show é emocionante e triste.
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraLinda é a filha dela pegando nos chifrinhos e falando "up, up". <3
Antes do Inverno
3.3 37 Assista AgoraE a música cantada por Lou... <3
As Invasões Bárbaras
4.0 203Para mim, foi acabar o filme e a vontade de ver de novo chegou.
Entre Nós
3.6 619 Assista AgoraMaravilhoso!
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraOlhe, não quero entrar no mérito da execução (até porque percebi que agradou a uns e a outros não), mas o ponto principal do filme são as questões que ele levanta. Fui ver com um amigo e saímos atordoados para discutir o que tínhamos visto e o que conseguíamos tirar daquilo.
Aquilo que antes nos parecia tão surreal (quando se diz simplesmente "um relacionamento com um sistema operacional") hoje não soa tão estranho, tal é o clima em que vivemos, em meio ao avanço tecnológico incessante e a nossa dependência das máquinas, visando um "nunca estar sozinho".
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista AgoraCate Blanchett única neste filme!
Marighella
4.1 112Ótimo. No entanto, quem leu a biografia escrita pelo (maravilhoso) Mário Magalhães, vai sentir um vazio talvez. Para mim, ficou parecendo um trailer. O livro é magnífico!!!
Eu sei que é um doc, mas eu teria alongado mais 30 minutos. Tem MUITA gente e MUITA história para contar de Marighella.