* Precisamos entender os arquétipos da mente humana antes de julgar como interesseiras as mulheres. Mas é sintomático justamente a que namorava com ele por mais de um ano, o vendo como um príncipe e apaixonada, ao receber fotos dele como uma pessoa comum, sem dinheiro em hostels, se referir o que ele seria sem -as mulheres /dinheiro-: "ele não é nada". Então isso resume mais do que a natureza de relacionamentos superficiais e construídos, mas também algo da natureza humana associada ao lucro.
e ele provavelmente se estudado vai ter algum grau de psicopatia encontrado pela camada densa de dissimulação que ele consegue aplicar, e até se enganar a ponto de parecer tão natural e intenso como elas imaginavam. Um talento bem específico e maligno. *
' Conhecer Roma foi uma obcessão por um tempo. O 1º lugar abroad que eu deveria visitar por certo. Algumas obras culturais influenciaram. E após estar lá recentemente, "retornei" uma vez através da serie Os Bórgias; o que já me garantiu uma nova perspectiva sobre a cidade.
Mas agora, finalmente assistindo a esse clássico, percebo a dimensão que o filme ganha depois dessa minha experiência. Revisitar locais em que estive como Piazza Navona, Castelo Sant'Angelo,Pantheon, Piazza di San Pietro e o Vaticano através dessa história, confere densidade à uma vivência, já robusta, a um dos berços da nossa sociedade.
Quanta história já aconteceu ali... e quanto da essência humana não foi identificada, desenvolvida e moldada ao longo de tantos séculos para chegar em nossa relação com o mundo e o que somos hoje?!
ps: Que fagulha incendiária para a imaginação aquelas imagens do arquivo do Vaticano. '
O doc todo é uma lição motivacinal, o discurso sobre o guerreiro que se veste com a armadura para algo que depende do auge físico e mental da forma mais absoluta porque sua vida está em jogo. E além do conteúdo altamente engajante, da construção do protagonista moldado para fazer o que ele faz(pela criação e sua condição neurológica) e da edição de takes que fizeram minha mão suar o tempo todo, foi essa fala do Alex que fez valer o filme pra mim - o pragmatismo que esquecemos pelo hábito de romancear a vida: "For Sanni the point of life is like happiness. For me it's all about performance. The thing is anybody can be happy and cozy. Nothing good happens in the world by being happy and cozy. You know, nobody achieves anything great because they're happy and cozy."
Ciganada neles! "Questo è essere zingari, questa è la zingarata..." E na dúvida: "Tarapia tapioco come se fosse antani con la supercazzola prematurata, con lo scappellamento a destra." Todos os filmes trazendo reflexões sobre a diversão e o riso como válvulas de escape para as condições sociais e biológicas que nos pressionam ao longo da vida. Este terceiro aposta menos na saraivada de situações cômicas e amplia as questões plantadas, principalmente, no desfecho de seus 2 antecessores. Se presta a reforçar sua teoria "de levar a vida menos a sério", abordando agora o existencialismo diante do derradeiro momento da vida, um tabu que cerra o riso até dos mais debochados. Trilogia para ser bastante revisitada ao longo da vida para nos relembrar do valor da ciganada, e, claro, nos fazer rir para um caralho ...s2
' Já vi uma boa soma de filmes e séries, mas quando essa tal Virginie Ledoyen apareceu na tela me pegou de um jeito diferente hein minhas amigos. Uma parada simplesmente magnética. Assim, gostei bem do filme, a temática conversa com umas reflexões que ando tendo sobre espírito aventureiro e tal... mas usar "beleza" pra descrever essa pessoa nesse filme parece um adjetivo mt pequeno. tem realmente algo diferente ali OU EU TÔ MALUCO!? kkkk acabei de assistir e queria desabafar isso :D '
' Podem argumentar que o roteiro de Last action hero é o mais preguiçoso possível. Usam clichês o tempo todo, sem precisar inovar, como forma de piada. E pra mim isso funciona muito bem, o tom canastrão brincando com sensos comuns de Hollywood e a reação dos próprios personagens em relação a isso pra mim foi simplesmente excelente.
Como vivemos o tempo dos filmes de super-herói é simplesmente uma tentação a possibilidade de desfrutar de um dia ao lado de nossos ídolos super-humanos. Um Mash-up de referências e um humor tosco que me remeteu ao recente esquadrão bobalhão suicida, ao qual também amei. -A melhor atuação do Schazenegger já que ela também não precisava ser natural-.
Enfim, adorei o filme. As piadas com o nome real do protagonista, as cenas convencionais demais para um roteiro respeitável, que eles comentam e aceitam já que se trata de hollywood, e depois a inversão da ficção para vida real👏🏼 indicaria facilmente como uma bela comédia '
Fui responder ao comentário abaixo do amigo John Cleverson_Separação?! Que questionava referente ao título do filme e ao protagonismo de Stingo e Sofia E acabei me estendendo. Por isso resolvi "oficializar" em um novo comentário...
O Stingo narra a história sim, mas a respeito do impacto que aquela vivência no Brooklin (com a Sofia, principalmente) teve em seu amadurecimento como homem e escritor. E a complexidade de tudo aquilo que o afetou nessa estadia está diretamente ligado aquele momento crucial (da escolha) na compreensão da dor e da culpa que a Sofia carrega. E se vc observar há outras escolhas ao longo do filme que são justificáveis, como a decisão de mentir sobre o pai ou sobre estar com o Nathan, mas a questão dos filhos realmente é uma reflexão impossível de ser respondida. Se trata de uma grande dor, arrebatadora e incompreensível (como toda a atmosfera descrita pelo narrador). A trama é incrível e promete um livro cheio de camadas. Abs
Malcolm e Marie é um filme tão realista q me vi ali. Parece que fiz sugestões ao roteiro (se fosse, sugeriria menos toques de discursos cinéfilos).
O que me leva a perguntar: Qual é a vdd de um relacionamento assim, um amor urgente e dilacerante? Faz parte? Quem vê de fora pode julgar tóxico. Mas quem já viveu algo assim entende como é instigante e complexa essa teia intimista entre o impulso agressivo e um amor autêntico.
Certamente saudável não é, entretanto, até que ponto isso pode ser uma fase que vai passar, ou realmente deve ser estancado como uma casca de ferida aberta, ou a vida desgasta tanto essa situação que se torna insustentável manter algo assim? Não tenho experiência o suficiente para opinar. Alguém saberia dizer?
O filme que se esforça na dificílima missão de manter um ritmo satisfatório, contudo, eu estive atento e interessado até o final justamente em busca dessas respostas, curioso pelo desfecho, que, naturalmente se manteve reticente
*Zendaya está simplesmente magnética! em alguns momentos me senti extremamente cativado por sua atuação, e mesmo quando não, eu contava os segundos pra câmera voltar o foco pra ela.
--- Um filme honesto de não raros relacionamentos que se auto sabotam por problemas do passado, inseguranças e mágoas; não obstante haja amor, está posto um ciclo eterno de embates que não encontram um desfecho satisfatório para nenhum dos lados...
O filme me remete muito ao episódio “garotas também sentem tesão” de Big mouth. Trata-se de um erotismo feminismo, capaz até de transformar sequestro em amor.
A proposta em 2 pontos. 1= Estereótipos de poder, perigo e dominação em um galã de 1ª linha com ares mediterrâneos, protetor, desejado por outras (tudo o que os pretin treinado simula como isca pra fisgar elas)
- E Na HR que o Massimo saca 2 pistolas na boate?! kkkkkk –
2= Possivelmente o sucesso existe pela promessa de sexo explicito, não completamente atendido, e pela cultura machista dominante que oprime a sexualidade feminina e que não habilita muitos homens para atenderem aos desejos sexuais das mulheres. Incapazes de satisfazê-las, um clichê que atende ao famigerado e agora reformulado príncipe do cavalo branco sexy parece uma solução bastante desejável.
- Os caras transando horas em todos os cantos do barco como se só tivessem os 2 lá kkkk - ( e ok o sexo no barco parece ser o momento mais verossímil do filme) . A única cena masculina sincera vem logo depois disso, quando ela pergunta, “c tá cansado?”, ele mete essa "não. Mas você precisa descansar ou vai estar cansada para o q teremos hoje a noite"... - Meteu o Loko!! Kkkkkk -
Trilha sonora horrivelmente escandalosa e contraproducente muitas vezes, diálogos meh pra todo lado... Termina em tragédia, como os bons daqueles desvalorizados “romances de banca” (com todo respeito a esses romances).
Como diria o Hessel do omelete quando do lançamento de 50 tons de cinza: Vai tranquilo porque não sustenta nem uma punhetinha. • A vontade de desistir antes do final é grande; e se você procura CINEMA mesmo, fuja desse filme.
A poesia autobiografica de limelight é umas coisas mais poderosas q já vi. Show de humildade no discurso e a participação de Keaton, por td q representa, expõe o tipo que é Chaplin na sua complexa compreensão do show. Chaplin atua como se fosse um veterano do cinema falado, contribui com coreografia, arranjos, compõe trilha sonora, escreve o argumento e dirige... É o domínio absoluto dos componentes da 7° arte. O testamento de um gênio. Não é uma passagem de bastão, mas a consagração de alguém que elevou o sarrafo para o mais alto patamar. Boa sorte aos que o sucedem, superar esse legado é um verdadeiro desafio 👏🏼👏🏼 ART REMAINS!
Assisti aO filme. Acabou e eu "ok, um filme". Só q desde então não consigo mais esvaziar a mente pra pensar em outra coisa, as imagens me vêm o tempo td. Aí eu"ok, um filme, ma pera ae!...."
' Pitoresco é a palavra. E a natureza pessoal das situações, nos faz sentir aquele sabor que só o comezinho de coisas simples e marcantes nos fazem sentir. Consegui realizar diversas relações ao longo do filme com situações dessa característica que estão na minha cabeça, como o livro Léxico familiar de Natalia Ginzburg; o filme A era do rádio de Woody Allen; o brasileiro Cine holliúdy, que também ressalta os personagens marcantes e a vida - contrastante à que conheço na cidade grande-, tão tipica de cidades pequenas e do interior; os tempos vividos no clássico de Raul Pompéia no colégio Ateneu; histórias de avó; e, porque não, as minhas experiencias próprias ao passar pela adolescência e pela puberdade. Com um humor extremamente travesso e bem apurado, esse se tornou um filme que eu indicarei sem hesitar para qualquer um que busque aproveitar bem um tempo, que, por dificuldade da correria da vida, não possa se dedicar a tomar um cafezinho, ouvindo um disco em uma cadeira de balanço na varanda de uma casa distante, com o ar despoluído e o bucólico cantar dos pássaros. Com os causos dessa localidade, indissociável do seu momento histórico, percebemos a riqueza da observação através da lente do micro e não apenas pelo distanciamento que analisa o todo. E, embora a vida seja tão rara, breve, e passe muitas vezes, desapercebida, valorizemos a importância das coisas simples! '
Uma das melhores obras que o gênero faroeste pode oferecer. \Vale as 3 horas, apresentando um crescente épico em relação aos antecessores da trilogia. Tuco Ramirez, impagável, disputa com o protagonista o brilho ao longa da trama - pra mim o melhor personagem da trilogia, junto ao vilão do 2º filme. O pano de fundo político, mostrando a destruição da guerra da perspectiva de dois fora das leis que aparentemente desprezam as motivações daquilo tudo, eleva o impacto do filme. 5 estrelas fáacil. Filmaço!
" Não me acostumo com a introdução de tantos personagens ao longo do filme e acabo me perdendo porque não decoro os rostos, mas, com uma recapitulação rápida, me localizei e confirmei o roteiro redondinho de Diamonds are forever.
Assisti recentemente a Endgame e foi interessante ver, logo no início, 007 dar cabo de ser maior vilão. Contudo, eu estava prevenido de que aquilo não seria o fim. Sean Connery sempre se sai muito bem, e neste filme ele se mostrou quase intocável, pela audácia de suas ações e pela forma que se expôs, lidando diretamente com o inimigo, sem grandes preocupações em poder ser abatido (o que quase se consolida, principalmente no crematório).
A sinopse se estabelece aos poucos durante o filme; com apresentações acontecendo a todo o momento e fazendo conexões com referências usadas no início (como uma loção pós-barba e uma fita k7); diamantes são desviados na África do Sul, e há uma tentativa de tomar conhecimento do sistema que os escondia; isso é feito através de Bond, que vai até a Holanda (onde rolou uma cena de luta no elevador, sinistra) e depois a Los Angeles, conhecendo o Cassino de Willard Whyte, onde atua seu capanga Bert; lá, Bond conta com o suporte de Felix, agente da CIA, e a inesperada cooperação de Tiffany Case, uma personagem agradabilíssima e útil para a missão.
A surpresa está justamente quando 007 percebe que toda a ação centrada na “Whyte House” era orquestrada por Blofeld, que havia sequestrado o retirado bilionário dono do complexo, que aposta no especialista em refração a laser, Dr. Metz, para usar os diamantes como refletores em um satélite e torna-los poderosas armas de destruição, podendo assim chantagear potências mundiais em troca de dinheiro.
Gostei dos personagens Wint and Kidd, sempre completando a frase um do outro, e dando fim em pessoas relacionadas a essa rota ilegal dos diamantes. Com as habituais cenas de ação caprichadas, esse, como sempre, aponta para tendências garantidas pelo otimismo tecnológico do período, influenciadoras por exemplo, da perseguição a um carro de exploração lunar. Mas o destaque está para o desfecho em uma estação de extração de petróleo, onde todo o perigo está prestes a se concretizar, até que a sagacidade de Bond, mais a assistência de Tiffany e da CIA, impedem que o pior aconteça.
A trilha, Diamonds are forever, segue a temática grandiosa, luxuosa e condizente com o ritmo do filme. É mais um 007, que apostou em sua fórmula de sucesso e, mais uma vez, me agradou, obviamente.
‘ Condução maestral de Spielberg em uma demonstração de como se interliga a relação de poderes que se estabelece na sociedade – aqui em especial na estadunidense, no sul, na 1ªmetade do século XIX - e se materializa sempre em opressão violenta aos mais vulneráveis. Celie e Nettie com o padrasto e Alfred, Alfred e Shug com seus pais e até Sophia, que parecia imbatível, estava, assim como os outros, exposta aos brancos.
O que mais me chamou a atenção foi o roteiro, em especial o desenvolvimento da personagem Celie, que exprime um desenvolvimento tão sensível e verossímil que nunca poderia ter sido entregue em mãos melhores que as de Whoopi Goldberg, que pra mim rouba a cena. Dá toda a complexidade, com um talento incrível, a todas as nuances que o papel exige.
E para demarcar com um ponto e vírgula esse arco de Celie, funcionando como um turning point, a relação dela com Shug Avery, que é inusitada e sublime no mesmo ponto. O surgimento de “Deus”, como Sophia explica o encontro com Celie quando ela estava perdida depois de estar presa por tanto tempo, também acontece aqui pois foi essencial para mostrar a Celie que ainda havia o que se viver e deu a confiança necessária para ela se reencontrar enquanto mulher e humana. Por isso, a cena na zona do “Miss Celie Blues” é impagável. Simplesmente um dos ápices do filme.
E encerro com essa analogia belíssima da cor púrpura, que permeou o filme e, no fim, ao mostrar Alfred, enquanto todos estão no campo de flores, ele está em um relvado sem flores, justamente como resultado de suas atitudes, embora eu acredite que haja certa indulgência ao tratar do personagem no fim, mostrando que ele também é parte dessa lógica de relações abusivas.(difícil ver o Danny Glover num carrasco assim, o sorriso desse cara é contagiante!).
“- Mais que tudo Deus adora ser admirado-. - Então Deus é vaidoso? – Vaidoso não, só quer compartilhar o que é bom. Deus deve ficar furioso quando alguém passa pela cor púrpura nos campos e nem se dá conta-. – Está dizendo que ele só quer ser amado, como diz a bíblia? -É Celie. Tudo no mundo só quer ser amado.” ‘
Conhecia Bukowski de ouvido, até que um dia eu tava deprimido e resolvi comprar algo diferente numa livraria, acabei escolhendo um livro de contos dele. Não fazia ideia do seu estilo de vida e fiquei chocado com aquelas histórias. Um homem com um talento reconhecido pelas mais altas camadas da sociedade e que escolhe viver na mais decante miséria. É, definitivamente, um convite para uma profunda reflexão sobre a vida.
No começo custei a comprar que aquela vida levada por Henry pudesse ser real. É um completo esvaziamento do valor que damos a nossa própria vida e corpo em prol do mais objetivo prazer. Não se alimentar, dormir em qualquer lugar, aceitar os mais variados trabalhos, usar o pinto como ferramenta e acima de tudo estar sempre em busca de bebida. Bêbado o tempo todo e fazendo tudo em busca de bebida. Insano. Ainda mais quando a high Society está atrás de você prometendo glória.
Mas essas e quaisquer outras convenções morais ou culturais são ignoradas por Henry. E esse nível de insanidade e desapego que ele leva a vida atrai qualquer um, pois é tão absurdo que só pode se tratar de uma tal liberdade. Conhecer como se daria a concretização disso é uma imensa curiosidade. E o filme é muito bom em criar essa atmosfera de desconexão com a realidade habitual, de tempo ou lugar.
Há um clima de abandono, marginalidade e desinteresse que me remeteu bastante aos contos (que relacionei com imagens de “Charles Bukowski tapes”, até então minha maior referência visual para sua compreensão). Embora não tenha atingido ao todo a imundice e a degradação que encontramos em seus livros, funciona como uma síntese da essência do personagem e uma introdução a esse universo porralouca de Bukowski.
Achei boa a interpretação do Mickey Roarke, comprei, convincente, apesar de não entender a escolha por ele andar o tempo todo corcunda. Torto, pelas dores e a embriaguez, é compreensível, mas curvado daquele tanto pareceu forçar demais. E a Faye Danaway, apesar de eu ter visto recentemente Network e achar que ela transmite um refinamento que destoa da personagem, se sai muito bem como “a louca”. E é muito bom ver a patricinha, na personagem da colunista, se dando mal; em sua arrogância de elite parece entender que pode tudo, e ver ela sendo frustrada é ótimo, com Henry a “atendendo” apenas para seus interesses próprios.
Grandes falas-reflexões, como “Algumas pessoas nunca enlouquecem. Que vida de merda elas devem ter!”; “- quem é você? -a eterna questão; a eterna resposta: eu não sei”; “Não, eu não odeio as pessoas. Só prefiro quando elas não estão por perto”; “alguém estabeleceu a regra que todo mundo tem que fazer algo. Todo mundo tem que ser algo”; “- talvez esse cara tenha motivo para matar. – hey, a maioria das pessoas pensam que têm”.
Enfim, já me estendi. Bom filme. Vale muito a experiência. (trilha sonora da abertura "hip hug her" e a transição que liga o inicio ao fim do filme: muito massa!)
Sou fissurado em biografias e cinebiografias, curto observar a vida de gênios e grandes estrelas. Gosto muito de Chet Baker e fui ver logo q deu na Netflix esse título. Gostei mt, e de tantas e tantas obras inspiradas em estrelas viciadas que já vi, poucas tratam com tanta precisão o fator doença, tanto que dividimos a dor com as pessoas próximas e entendemos ele.
Talvez o tipo de som introspectivo que ele faz influencie nisso e aí devo elogiar o Ethan Hawke. No começo até achei que ele estava sendo o mesmo que já vi em outros filmes, mas ele imprimiu algumas sutilezas, no jeito de falar e em pequenos gestos, que transmitem a complexidade do personagem – menção honrosa pra ele interpretando My funny valentine e I've never been in love before, realmente surpreendente -, o que nos faz ter como parâmetro mais objetivo a personagem Jane, que se entrega por inteiro e é um lastro que vai nos convencendo ao longo do filme.
1 hora e 30 de esforço, dedicação, superação; para 5 de uma escolha fundamental. A metáfora dele atirar a pedra e ela voltar, sendo o motivo de seu dente a menos é ótima. Born to be blue resume, uma palavra que pra mim sempre significou o sentimento tristeza, isso de blue/ blues, mas em um vídeo recente sobre Blues em que o Thunderbird entrevista o Nasi, esse diz que entende a palavra blues como intraduzível, é uma depressão, melancolia ancestral que se aproxima da palavra “banzo” que temos aqui, a dor dos negros causada pela nostalgia de sua terra natal, antes de serem trazidos como escravos, e por algum motivo com essa dimensão da palavra eu experimentei a angustia da Jane - depois tomei conhecimento, ela simboliza todas as esposas que ele teve e que tentaram ajudá-lo -; e do próprio Chet, que entretanto diz ser feliz chapado.
Enfim, isso é apenas uma digressão. Finalizo com uma frase “se Deus te deu um dom, se cresce não, mano. É que ce tá devendo por 3”
* Esse filme é cheio de momentos memoráveis, grandiosos, mesmo sendo simples, e isso desde o início: a frase de abertura de Nietzsche, as imagens fabulosas da espada sendo forjada, a música título... Mas o momento que vou lembrar, e que marca com eficiência a personalidade do protagonista, é a fala do pai para ele "O segredo do aço sempre carregou consigo um mistério. Deve aprender, jovem Conan, deve aprender sua disciplina. Pois ninguém, ninguém neste mundo é confiável. Nem homens, nem mulheres, nem as feras... Nisso você pode confiar[o aço!]" *ps: a Valéria lutando contra os demônios que queriam levar a vida de Conan... Grande momento. Ela é uma personagem completamente moderna e encantadora *
' Pro estilo de cinema que eu prefiro, Corra! é mais filme que A forma da água - acho mais encorpado;
A composição cinematográfica do filme vencedor do Oscar pode ser muito mais exuberante, mas o roteiro ágil, inteligente, o ritmo e o estilo singular de Corra! me interessam mais.
Ambos passam mensagens intensas, mas a acidez sagaz com que Jordan Peele trata um tema tão duro me faz sentir uma urgência e uma verdade que têm muito a ver com a vida real, nem sempre tão verde e plena. Total minha vibe. Viva, Corra! '
Como a maioria, imagino, eu estava apreensivo em relação ao novo ator. Connery já parecia o Bond definitivo. Mas como temos que ser flexíveis, porque as coisas são da forma como ocorreram, temos pontos bastante positivos em relação ao George Lazenby. Se ele não pôde oferecer o mesmo charme e elegância do seu antecessor, é inegavelmente mais atlético. Para as cenas de ação transmite completa habilidade e força capazes de realmente realizar o que faz. Além disso, tem um tom diferente de Connery para o humor, sendo menos debochado na colocação das brincadeiras, bastante sutis. O único ponto em que ele não me convenceu foi no final dramático do filme, em que embora a cena valha por si só, sua interpretação não pareceu condizente com o momento profundamente trágico.
Inclusive, eu já previa esse momento de tragédia desde a cena no estábulo, quando ele fez o pedido de casamento. A separação de Bond - com as garotas que os filmes constroem uma relação mais próxima dele - sempre é um momento de lamentação, finalizada na própria história. Seria impossível arrastar um casamento para o filme seguinte, tampouco ignorar o fato. Como uma separação por outros motivos não seria verossímil e a tragédia daria um peso dramático relevante e alimentaria a fúria contínua contra Bloomfield, foi uma dedução óbvia, apesar de eu imaginar que ela fosse acontecer antes do casamento, talvez na avalanche. No final, a ideia já se esvaia, quando o acontecimento de fato se deu.
O Bloomfield, também interpretado por um ator diferente, apresentou diferenças notáveis ao do filme anterior: Por aparecer muito mais, este exigiu maiores definições em relação à sua personalidade. E, apesar de eu ter admirado muito a atuação do ator Telly Savallas ( pela sua segurança e tranquilidade, mostrando uma pretensa vilania de idéias), ele não foi o tipo de personagem que transmite ameaça de nenhum tipo. A tensão desse filme - como os de temática diretamente voltada pra guerra fria - está no terror do que pode acontecer, o que não sabemos bem, mas que será ruim. E, claro, pela expectativa de boa execução nos planos de Bond.
Gostei muito do filme, e achei o roteiro bem pontuado e desenvolvido: A criação da atmosfera com a Tracy; depois todo desenvolvimento da base do laboratório isolado no Alpe; o case da questão genealógica; Bond sendo de novo traído pelo seu insaciável desejo pelas mulheres; depois a fuga e o reencontro com Tracy... - que dirige muito bem, diga-se de passagem, e que pra mim já é uma das Bond girls mais marcantes, interessantes, charmosas, com atitude...
Pontos meh: O desinteresse de M em garantir o afastamento de Bond da missão, e o fato do serviço secreto inglês, estando avisado, buscar uma solução tão simples e equívoca, assim, precisando o dia ser salvo com a ajuda de uma organização ilegal( do pai de Tracy), sem nenhuma implicação nisso.
Por fim, destaco os cenários, lindos como sempre, e a decisão pela base no alto de uma montanha nos Alpes suíços é divina! Não sei qual o meu momento de ação favorito, mas eu diria é a perseguição à Bond, de esqui, após sua incrível fuga do laboratório; além das cenas com Tracy dirigindo.
Essa já é, se não me engano, pelo menos a terceira mulher que morre por se envolver com Bond:Jill em Goldfinger; Aki em Only live twice e agora Tracy. Mortes icônicas, mas esta, provavelmente a com o maior peso pela relação com Tracy, fortemente sacramentada graças à voz marcante de Armstrong durante as cenas em que esses se aproximavam afetivamente - “We have all the time in the world”, lindíssima.
Gosto muito de como o filme mostra que quando jovens temos uma perspectiva do mundo e da vida sempre corajosa, e achamos que temos as melhores idéias e que precisamos apenas de algum espaço. isso parece ótimo e positivo. mas em outro momento da vida vemos que apenas escolhemos um caminho entre tantos outros e que o sucesso e as formas de aproveitar a vida são relativas, e que fugir de certas situações é mais difícil do que encará-las.
Me parece uma grande relativização de fases da vida adulta (suprime o romantismo pela fase jovem, que é uma busca insegura para saber quem somos e o que podemos oferecer ao mundo; e mostra uma verdade que temos para nós mesmos e que é moldada somente ao passar de duros longos anos) e essa relativização amplia muito o olhar do expectador para sua própria vida. não existe uma melhor etapa da vida adulta. existe um equilíbrio, um observar o que há de melhor ao nosso redor para valorizarmos e ao mesmo tempo extrair o melhor de todas as situações que se colocam para nós -viver.
e digo mais, na cena em que Josh desmascara Jamie na homenagem de Leslie, toda a conversa deles me pareceu uma metáfora para a vida( Josh indignado com a maneira como Jamie encara as coisas, concentradas na sua postura profissional, a forma como a juventude subverte tudo que parecia estabelecido; enquanto sua vida "emperrada"parece ser mais autêntica pela sua valorização de certas verdades, ultrapassadas ou não. e às duas formas estão aparentemente ok).
talvez eles sejam documentaristas (documentam a verdade de fatos) porque justamente nos fazem constatar que a verdade, como a mensagem aplicada à visão da vida, como fiz, não são coisas absolutas. e no auge da sabedoria e do sucesso de Leslie ele diz "o filme funciona em vários níveis, que o como se chegou a ele é o menos interessante", nessa minha leitura ele se refere à discussão sobre estilos profissionais e pessoais entre Josh e Jamie.
me interessei mt por esse aspecto da mensagem passada. posso ter viajado um pouco pq n li nenhuma análise desse tipo, mas foi o que mais me agradou além da sagacidade do humor, comedido mas muito certeiro, principalmente em alguns cortes, quando a nova cena sugere algo que na verdade não é, desde a 1° cena do filme.
O Golpista do Tinder
3.5 422*
Precisamos entender os arquétipos da mente humana antes de julgar como interesseiras as mulheres. Mas é sintomático justamente a que namorava com ele por mais de um ano, o vendo como um príncipe e apaixonada, ao receber fotos dele como uma pessoa comum, sem dinheiro em hostels, se referir o que ele seria sem -as mulheres
/dinheiro-: "ele não é nada".
Então isso resume mais do que a natureza de relacionamentos superficiais e construídos, mas também algo da natureza humana associada ao lucro.
e ele provavelmente se estudado vai ter algum grau de psicopatia encontrado pela camada densa de dissimulação que ele consegue aplicar, e até se enganar a ponto de parecer tão natural e intenso como elas imaginavam. Um talento bem específico e maligno.
*
Anjos e Demônios
3.5 1,6K Assista Agora'
Conhecer Roma foi uma obcessão por um tempo. O 1º lugar abroad que eu deveria visitar por certo. Algumas obras culturais influenciaram.
E após estar lá recentemente, "retornei" uma vez através da serie Os Bórgias; o que já me garantiu uma nova perspectiva sobre a cidade.
Mas agora, finalmente assistindo a esse clássico, percebo a dimensão que o filme ganha depois dessa minha experiência. Revisitar locais em que estive como Piazza Navona, Castelo Sant'Angelo,Pantheon, Piazza di San Pietro e o Vaticano através dessa história, confere densidade à uma vivência, já robusta, a um dos berços da nossa sociedade.
Quanta história já aconteceu ali... e quanto da essência humana não foi identificada, desenvolvida e moldada ao longo de tantos séculos para chegar em nossa relação com o mundo e o que somos hoje?!
ps: Que fagulha incendiária para a imaginação aquelas imagens do arquivo do Vaticano.
'
Free Solo
4.1 160 Assista Agora"
O doc todo é uma lição motivacinal, o discurso sobre o guerreiro que se veste com a armadura para algo que depende do auge físico e mental da forma mais absoluta porque sua vida está em jogo. E além do conteúdo altamente engajante, da construção do protagonista moldado para fazer o que ele faz(pela criação e sua condição neurológica) e da edição de takes que fizeram minha mão suar o tempo todo, foi essa fala do Alex que fez valer o filme pra mim - o pragmatismo que esquecemos pelo hábito de romancear a vida:
"For Sanni the point of life is like happiness. For me it's all about performance. The thing is anybody can be happy and cozy. Nothing good happens in the world by being happy and cozy. You know, nobody achieves anything great because they're happy and cozy."
"
Rastros de Ódio
4.1 272 Assista Agora"...That'll be the day"
Meus Caros Amigos 3
4.0 4Ciganada neles! "Questo è essere zingari, questa è la zingarata..."
E na dúvida: "Tarapia tapioco come se fosse antani con la supercazzola prematurata, con lo scappellamento a destra."
Todos os filmes trazendo reflexões sobre a diversão e o riso como válvulas de escape para as condições sociais e biológicas que nos pressionam ao longo da vida. Este terceiro aposta menos na saraivada de situações cômicas e amplia as questões plantadas, principalmente, no desfecho de seus 2 antecessores.
Se presta a reforçar sua teoria "de levar a vida menos a sério", abordando agora o existencialismo diante do derradeiro momento da vida, um tabu que cerra o riso até dos mais debochados. Trilogia para ser bastante revisitada ao longo da vida para nos relembrar do valor da ciganada, e, claro, nos fazer rir para um caralho ...s2
A Praia
3.2 694 Assista Agora'
Já vi uma boa soma de filmes e séries, mas quando essa tal Virginie Ledoyen apareceu na tela me pegou de um jeito diferente hein minhas amigos. Uma parada simplesmente magnética. Assim, gostei bem do filme, a temática conversa com umas reflexões que ando tendo sobre espírito aventureiro e tal... mas usar "beleza" pra descrever essa pessoa nesse filme parece um adjetivo mt pequeno. tem realmente algo diferente ali OU EU TÔ MALUCO!?
kkkk acabei de assistir e queria desabafar isso :D
'
O Último Grande Herói
3.3 207 Assista Agora'
Podem argumentar que o roteiro de Last action hero é o mais preguiçoso possível. Usam clichês o tempo todo, sem precisar inovar, como forma de piada. E pra mim isso funciona muito bem, o tom canastrão brincando com sensos comuns de Hollywood e a reação dos próprios personagens em relação a isso pra mim foi simplesmente excelente.
Como vivemos o tempo dos filmes de super-herói é simplesmente uma tentação a possibilidade de desfrutar de um dia ao lado de nossos ídolos super-humanos. Um Mash-up de referências e um humor tosco que me remeteu ao recente esquadrão bobalhão suicida, ao qual também amei. -A melhor atuação do Schazenegger já que ela também não precisava ser natural-.
Enfim, adorei o filme. As piadas com o nome real do protagonista, as cenas convencionais demais para um roteiro respeitável, que eles comentam e aceitam já que se trata de hollywood, e depois a inversão da ficção para vida real👏🏼 indicaria facilmente como uma bela comédia
'
A Escolha de Sofia
4.0 516 Assista AgoraFui responder ao comentário abaixo do amigo John Cleverson_Separação?! Que questionava referente ao título do filme e ao protagonismo de Stingo e Sofia E acabei me estendendo. Por isso resolvi "oficializar" em um novo comentário...
O Stingo narra a história sim, mas a respeito do impacto que aquela vivência no Brooklin (com a Sofia, principalmente) teve em seu amadurecimento como homem e escritor. E a complexidade de tudo aquilo que o afetou nessa estadia está diretamente ligado aquele momento crucial (da escolha) na compreensão da dor e da culpa que a Sofia carrega. E se vc observar há outras escolhas ao longo do filme que são justificáveis, como a decisão de mentir sobre o pai ou sobre estar com o Nathan, mas a questão dos filhos realmente é uma reflexão impossível de ser respondida. Se trata de uma grande dor, arrebatadora e incompreensível (como toda a atmosfera descrita pelo narrador). A trama é incrível e promete um livro cheio de camadas. Abs
Malcolm & Marie
3.5 313 Assista Agora"
Malcolm e Marie é um filme tão realista q me vi ali. Parece que fiz sugestões ao roteiro (se fosse, sugeriria menos toques de discursos cinéfilos).
O que me leva a perguntar: Qual é a vdd de um relacionamento assim, um amor urgente e dilacerante? Faz parte? Quem vê de fora pode julgar tóxico. Mas quem já viveu algo assim entende como é instigante e complexa essa teia intimista entre o impulso agressivo e um amor autêntico.
Certamente saudável não é, entretanto, até que ponto isso pode ser uma fase que vai passar, ou realmente deve ser estancado como uma casca de ferida aberta, ou a vida desgasta tanto essa situação que se torna insustentável manter algo assim? Não tenho experiência o suficiente para opinar. Alguém saberia dizer?
O filme que se esforça na dificílima missão de manter um ritmo satisfatório, contudo, eu estive atento e interessado até o final justamente em busca dessas respostas, curioso pelo desfecho, que, naturalmente se manteve reticente
*Zendaya está simplesmente magnética! em alguns momentos me senti extremamente cativado por sua atuação, e mesmo quando não, eu contava os segundos pra câmera voltar o foco pra ela.
--- Um filme honesto de não raros relacionamentos que se auto sabotam por problemas do passado, inseguranças e mágoas; não obstante haja amor, está posto um ciclo eterno de embates que não encontram um desfecho satisfatório para nenhum dos lados...
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Perdi Meu Corpo
3.8 351 Assista Agora'
Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim...
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar🎶
Os autores ouviram Chico Buarque. difícil não associar rs
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365 Dias
1.5 881 Assista Agora'
O filme me remete muito ao episódio “garotas também sentem tesão” de Big mouth. Trata-se de um erotismo feminismo, capaz até de transformar sequestro em amor.
A proposta em 2 pontos. 1= Estereótipos de poder, perigo e dominação em um galã de 1ª linha com ares mediterrâneos, protetor, desejado por outras (tudo o que os pretin treinado simula como isca pra fisgar elas)
- E Na HR que o Massimo saca 2 pistolas na boate?! kkkkkk –
2= Possivelmente o sucesso existe pela promessa de sexo explicito, não completamente atendido, e pela cultura machista dominante que oprime a sexualidade feminina e que não habilita muitos homens para atenderem aos desejos sexuais das mulheres. Incapazes de satisfazê-las, um clichê que atende ao famigerado e agora reformulado príncipe do cavalo branco sexy parece uma solução bastante desejável.
- Os caras transando horas em todos os cantos do barco como se só tivessem os 2 lá kkkk - ( e ok o sexo no barco parece ser o momento mais verossímil do filme) . A única cena masculina sincera vem logo depois disso, quando ela pergunta, “c tá cansado?”, ele mete essa "não. Mas você precisa descansar ou vai estar cansada para o q teremos hoje a noite"... - Meteu o Loko!! Kkkkkk -
Trilha sonora horrivelmente escandalosa e contraproducente muitas vezes, diálogos meh pra todo lado...
Termina em tragédia, como os bons daqueles desvalorizados “romances de banca” (com todo respeito a esses romances).
Como diria o Hessel do omelete quando do lançamento de 50 tons de cinza: Vai tranquilo porque não sustenta nem uma punhetinha.
• A vontade de desistir antes do final é grande; e se você procura CINEMA mesmo, fuja desse filme.
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Luzes da Ribalta
4.5 282 Assista Agora'
A poesia autobiografica de limelight é umas coisas mais poderosas q já vi.
Show de humildade no discurso e a participação de Keaton, por td q representa, expõe o tipo que é Chaplin na sua complexa compreensão do show.
Chaplin atua como se fosse um veterano do cinema falado, contribui com coreografia, arranjos, compõe trilha sonora, escreve o argumento e dirige... É o domínio absoluto dos componentes da 7° arte. O testamento de um gênio.
Não é uma passagem de bastão, mas a consagração de alguém que elevou o sarrafo para o mais alto patamar. Boa sorte aos que o sucedem, superar esse legado é um verdadeiro desafio 👏🏼👏🏼
ART REMAINS!
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O Farol
3.8 1,7K Assista Agora.
Assisti aO filme. Acabou e eu "ok, um filme". Só q desde então não consigo mais esvaziar a mente pra pensar em outra coisa, as imagens me vêm o tempo td. Aí eu"ok, um filme, ma pera ae!...."
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Amarcord
4.2 180'
Pitoresco é a palavra. E a natureza pessoal das situações, nos faz sentir aquele sabor que só o comezinho de coisas simples e marcantes nos fazem sentir. Consegui realizar diversas relações ao longo do filme com situações dessa característica que estão na minha cabeça, como o livro Léxico familiar de Natalia Ginzburg; o filme A era do rádio de Woody Allen; o brasileiro Cine holliúdy, que também ressalta os personagens marcantes e a vida - contrastante à que conheço na cidade grande-, tão tipica de cidades pequenas e do interior; os tempos vividos no clássico de Raul Pompéia no colégio Ateneu; histórias de avó; e, porque não, as minhas experiencias próprias ao passar pela adolescência e pela puberdade.
Com um humor extremamente travesso e bem apurado, esse se tornou um filme que eu indicarei sem hesitar para qualquer um que busque aproveitar bem um tempo, que, por dificuldade da correria da vida, não possa se dedicar a tomar um cafezinho, ouvindo um disco em uma cadeira de balanço na varanda de uma casa distante, com o ar despoluído e o bucólico cantar dos pássaros. Com os causos dessa localidade, indissociável do seu momento histórico, percebemos a riqueza da observação através da lente do micro e não apenas pelo distanciamento que analisa o todo. E, embora a vida seja tão rara, breve, e passe muitas vezes, desapercebida, valorizemos a importância das coisas simples!
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Três Homens em Conflito
4.6 1,2K Assista AgoraUma das melhores obras que o gênero faroeste pode oferecer. \Vale as 3 horas, apresentando um crescente épico em relação aos antecessores da trilogia. Tuco Ramirez, impagável, disputa com o protagonista o brilho ao longa da trama - pra mim o melhor personagem da trilogia, junto ao vilão do 2º filme. O pano de fundo político, mostrando a destruição da guerra da perspectiva de dois fora das leis que aparentemente desprezam as motivações daquilo tudo, eleva o impacto do filme. 5 estrelas fáacil. Filmaço!
A Outra História Americana
4.4 2,2K Assista Agora"Well, my conclusion is hate is a baggage"
007: Os Diamantes são Eternos
3.4 162 Assista Agora"
Não me acostumo com a introdução de tantos personagens ao longo do filme e acabo me perdendo porque não decoro os rostos, mas, com uma recapitulação rápida, me localizei e confirmei o roteiro redondinho de Diamonds are forever.
Assisti recentemente a Endgame e foi interessante ver, logo no início, 007 dar cabo de ser maior vilão. Contudo, eu estava prevenido de que aquilo não seria o fim. Sean Connery sempre se sai muito bem, e neste filme ele se mostrou quase intocável, pela audácia de suas ações e pela forma que se expôs, lidando diretamente com o inimigo, sem grandes preocupações em poder ser abatido (o que quase se consolida, principalmente no crematório).
A sinopse se estabelece aos poucos durante o filme; com apresentações acontecendo a todo o momento e fazendo conexões com referências usadas no início (como uma loção pós-barba e uma fita k7); diamantes são desviados na África do Sul, e há uma tentativa de tomar conhecimento do sistema que os escondia; isso é feito através de Bond, que vai até a Holanda (onde rolou uma cena de luta no elevador, sinistra) e depois a Los Angeles, conhecendo o Cassino de Willard Whyte, onde atua seu capanga Bert; lá, Bond conta com o suporte de Felix, agente da CIA, e a inesperada cooperação de Tiffany Case, uma personagem agradabilíssima e útil para a missão.
A surpresa está justamente quando 007 percebe que toda a ação centrada na “Whyte House” era orquestrada por Blofeld, que havia sequestrado o retirado bilionário dono do complexo, que aposta no especialista em refração a laser, Dr. Metz, para usar os diamantes como refletores em um satélite e torna-los poderosas armas de destruição, podendo assim chantagear potências mundiais em troca de dinheiro.
Gostei dos personagens Wint and Kidd, sempre completando a frase um do outro, e dando fim em pessoas relacionadas a essa rota ilegal dos diamantes.
Com as habituais cenas de ação caprichadas, esse, como sempre, aponta para tendências garantidas pelo otimismo tecnológico do período, influenciadoras por exemplo, da perseguição a um carro de exploração lunar. Mas o destaque está para o desfecho em uma estação de extração de petróleo, onde todo o perigo está prestes a se concretizar, até que a sagacidade de Bond, mais a assistência de Tiffany e da CIA, impedem que o pior aconteça.
A trilha, Diamonds are forever, segue a temática grandiosa, luxuosa e condizente com o ritmo do filme. É mais um 007, que apostou em sua fórmula de sucesso e, mais uma vez, me agradou, obviamente.
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A Cor Púrpura
4.4 1,4K Assista Agora‘
Condução maestral de Spielberg em uma demonstração de como se interliga a relação de poderes que se estabelece na sociedade – aqui em especial na estadunidense, no sul, na 1ªmetade do século XIX - e se materializa sempre em opressão violenta aos mais vulneráveis. Celie e Nettie com o padrasto e Alfred, Alfred e Shug com seus pais e até Sophia, que parecia imbatível, estava, assim como os outros, exposta aos brancos.
O que mais me chamou a atenção foi o roteiro, em especial o desenvolvimento da personagem Celie, que exprime um desenvolvimento tão sensível e verossímil que nunca poderia ter sido entregue em mãos melhores que as de Whoopi Goldberg, que pra mim rouba a cena. Dá toda a complexidade, com um talento incrível, a todas as nuances que o papel exige.
E para demarcar com um ponto e vírgula esse arco de Celie, funcionando como um turning point, a relação dela com Shug Avery, que é inusitada e sublime no mesmo ponto. O surgimento de “Deus”, como Sophia explica o encontro com Celie quando ela estava perdida depois de estar presa por tanto tempo, também acontece aqui pois foi essencial para mostrar a Celie que ainda havia o que se viver e deu a confiança necessária para ela se reencontrar enquanto mulher e humana. Por isso, a cena na zona do “Miss Celie Blues” é impagável. Simplesmente um dos ápices do filme.
E encerro com essa analogia belíssima da cor púrpura, que permeou o filme e, no fim, ao mostrar Alfred, enquanto todos estão no campo de flores, ele está em um relvado sem flores, justamente como resultado de suas atitudes, embora eu acredite que haja certa indulgência ao tratar do personagem no fim, mostrando que ele também é parte dessa lógica de relações abusivas.(difícil ver o Danny Glover num carrasco assim, o sorriso desse cara é contagiante!).
“- Mais que tudo Deus adora ser admirado-. - Então Deus é vaidoso? – Vaidoso não, só quer compartilhar o que é bom. Deus deve ficar furioso quando alguém passa pela cor púrpura nos campos e nem se dá conta-. – Está dizendo que ele só quer ser amado, como diz a bíblia? -É Celie. Tudo no mundo só quer ser amado.”
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Barfly: Condenados pelo Vício
3.7 135'
Conhecia Bukowski de ouvido, até que um dia eu tava deprimido e resolvi comprar algo diferente numa livraria, acabei escolhendo um livro de contos dele. Não fazia ideia do seu estilo de vida e fiquei chocado com aquelas histórias. Um homem com um talento reconhecido pelas mais altas camadas da sociedade e que escolhe viver na mais decante miséria. É, definitivamente, um convite para uma profunda reflexão sobre a vida.
No começo custei a comprar que aquela vida levada por Henry pudesse ser real. É um completo esvaziamento do valor que damos a nossa própria vida e corpo em prol do mais objetivo prazer. Não se alimentar, dormir em qualquer lugar, aceitar os mais variados trabalhos, usar o pinto como ferramenta e acima de tudo estar sempre em busca de bebida. Bêbado o tempo todo e fazendo tudo em busca de bebida. Insano. Ainda mais quando a high Society está atrás de você prometendo glória.
Mas essas e quaisquer outras convenções morais ou culturais são ignoradas por Henry. E esse nível de insanidade e desapego que ele leva a vida atrai qualquer um, pois é tão absurdo que só pode se tratar de uma tal liberdade. Conhecer como se daria a concretização disso é uma imensa curiosidade. E o filme é muito bom em criar essa atmosfera de desconexão com a realidade habitual, de tempo ou lugar.
Há um clima de abandono, marginalidade e desinteresse que me remeteu bastante aos contos (que relacionei com imagens de “Charles Bukowski tapes”, até então minha maior referência visual para sua compreensão). Embora não tenha atingido ao todo a imundice e a degradação que encontramos em seus livros, funciona como uma síntese da essência do personagem e uma introdução a esse universo porralouca de Bukowski.
Achei boa a interpretação do Mickey Roarke, comprei, convincente, apesar de não entender a escolha por ele andar o tempo todo corcunda. Torto, pelas dores e a embriaguez, é compreensível, mas curvado daquele tanto pareceu forçar demais. E a Faye Danaway, apesar de eu ter visto recentemente Network e achar que ela transmite um refinamento que destoa da personagem, se sai muito bem como “a louca”. E é muito bom ver a patricinha, na personagem da colunista, se dando mal; em sua arrogância de elite parece entender que pode tudo, e ver ela sendo frustrada é ótimo, com Henry a “atendendo” apenas para seus interesses próprios.
Grandes falas-reflexões, como “Algumas pessoas nunca enlouquecem. Que vida de merda elas devem ter!”; “- quem é você? -a eterna questão; a eterna resposta: eu não sei”; “Não, eu não odeio as pessoas. Só prefiro quando elas não estão por perto”; “alguém estabeleceu a regra que todo mundo tem que fazer algo. Todo mundo tem que ser algo”; “- talvez esse cara tenha motivo para matar. – hey, a maioria das pessoas pensam que têm”.
Enfim, já me estendi. Bom filme. Vale muito a experiência. (trilha sonora da abertura "hip hug her" e a transição que liga o inicio ao fim do filme: muito massa!)
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Chet Baker: A Lenda do Jazz
3.7 57 Assista AgoraSou fissurado em biografias e cinebiografias, curto observar a vida de gênios e grandes estrelas. Gosto muito de Chet Baker e fui ver logo q deu na Netflix esse título. Gostei mt, e de tantas e tantas obras inspiradas em estrelas viciadas que já vi, poucas tratam com tanta precisão o fator doença, tanto que dividimos a dor com as pessoas próximas e entendemos ele.
Talvez o tipo de som introspectivo que ele faz influencie nisso e aí devo elogiar o Ethan Hawke. No começo até achei que ele estava sendo o mesmo que já vi em outros filmes, mas ele imprimiu algumas sutilezas, no jeito de falar e em pequenos gestos, que transmitem a complexidade do personagem – menção honrosa pra ele interpretando My funny valentine e I've never been in love before, realmente surpreendente -, o que nos faz ter como parâmetro mais objetivo a personagem Jane, que se entrega por inteiro e é um lastro que vai nos convencendo ao longo do filme.
1 hora e 30 de esforço, dedicação, superação; para 5 de uma escolha fundamental. A metáfora dele atirar a pedra e ela voltar, sendo o motivo de seu dente a menos é ótima. Born to be blue resume, uma palavra que pra mim sempre significou o sentimento tristeza, isso de blue/ blues, mas em um vídeo recente sobre Blues em que o Thunderbird entrevista o Nasi, esse diz que entende a palavra blues como intraduzível, é uma depressão, melancolia ancestral que se aproxima da palavra “banzo” que temos aqui, a dor dos negros causada pela nostalgia de sua terra natal, antes de serem trazidos como escravos, e por algum motivo com essa dimensão da palavra eu experimentei a angustia da Jane - depois tomei conhecimento, ela simboliza todas as esposas que ele teve e que tentaram ajudá-lo -; e do próprio Chet, que entretanto diz ser feliz chapado.
Enfim, isso é apenas uma digressão. Finalizo com uma frase “se Deus te deu um dom, se cresce não, mano. É que ce tá devendo por 3”
Conan, o Bárbaro
3.5 382 Assista Agora*
Esse filme é cheio de momentos memoráveis, grandiosos, mesmo sendo simples, e isso desde o início: a frase de abertura de Nietzsche, as imagens fabulosas da espada sendo forjada, a música título... Mas o momento que vou lembrar, e que marca com eficiência a personalidade do protagonista, é a fala do pai para ele
"O segredo do aço sempre carregou consigo um mistério. Deve aprender, jovem Conan, deve aprender sua disciplina. Pois ninguém, ninguém neste mundo é confiável. Nem homens, nem mulheres, nem as feras... Nisso você pode confiar[o aço!]"
*ps: a Valéria lutando contra os demônios que queriam levar a vida de Conan... Grande momento. Ela é uma personagem completamente moderna e encantadora
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Corra!
4.2 3,6K Assista Agora'
Pro estilo de cinema que eu prefiro, Corra! é mais filme que A forma da água - acho mais encorpado;
A composição cinematográfica do filme vencedor do Oscar pode ser muito mais exuberante, mas o roteiro ágil, inteligente, o ritmo e o estilo singular de Corra! me interessam mais.
Ambos passam mensagens intensas, mas a acidez sagaz com que Jordan Peele trata um tema tão duro me faz sentir uma urgência e uma verdade que têm muito a ver com a vida real, nem sempre tão verde e plena. Total minha vibe. Viva, Corra!
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007: A Serviço Secreto de Sua Majestade
3.4 222 Assista Agora"
Como a maioria, imagino, eu estava apreensivo em relação ao novo ator. Connery já parecia o Bond definitivo. Mas como temos que ser flexíveis, porque as coisas são da forma como ocorreram, temos pontos bastante positivos em relação ao George Lazenby. Se ele não pôde oferecer o mesmo charme e elegância do seu antecessor, é inegavelmente mais atlético. Para as cenas de ação transmite completa habilidade e força capazes de realmente realizar o que faz. Além disso, tem um tom diferente de Connery para o humor, sendo menos debochado na colocação das brincadeiras, bastante sutis. O único ponto em que ele não me convenceu foi no final dramático do filme, em que embora a cena valha por si só, sua interpretação não pareceu condizente com o momento profundamente trágico.
Inclusive, eu já previa esse momento de tragédia desde a cena no estábulo, quando ele fez o pedido de casamento. A separação de Bond - com as garotas que os filmes constroem uma relação mais próxima dele - sempre é um momento de lamentação, finalizada na própria história. Seria impossível arrastar um casamento para o filme seguinte, tampouco ignorar o fato. Como uma separação por outros motivos não seria verossímil e a tragédia daria um peso dramático relevante e alimentaria a fúria contínua contra Bloomfield, foi uma dedução óbvia, apesar de eu imaginar que ela fosse acontecer antes do casamento, talvez na avalanche. No final, a ideia já se esvaia, quando o acontecimento de fato se deu.
O Bloomfield, também interpretado por um ator diferente, apresentou diferenças notáveis ao do filme anterior: Por aparecer muito mais, este exigiu maiores definições em relação à sua personalidade. E, apesar de eu ter admirado muito a atuação do ator Telly Savallas ( pela sua segurança e tranquilidade, mostrando uma pretensa vilania de idéias), ele não foi o tipo de personagem que transmite ameaça de nenhum tipo. A tensão desse filme - como os de temática diretamente voltada pra guerra fria - está no terror do que pode acontecer, o que não sabemos bem, mas que será ruim. E, claro, pela expectativa de boa execução nos planos de Bond.
Gostei muito do filme, e achei o roteiro bem pontuado e desenvolvido: A criação da atmosfera com a Tracy; depois todo desenvolvimento da base do laboratório isolado no Alpe; o case da questão genealógica; Bond sendo de novo traído pelo seu insaciável desejo pelas mulheres; depois a fuga e o reencontro com Tracy... - que dirige muito bem, diga-se de passagem, e que pra mim já é uma das Bond girls mais marcantes, interessantes, charmosas, com atitude...
Pontos meh: O desinteresse de M em garantir o afastamento de Bond da missão, e o fato do serviço secreto inglês, estando avisado, buscar uma solução tão simples e equívoca, assim, precisando o dia ser salvo com a ajuda de uma organização ilegal( do pai de Tracy), sem nenhuma implicação nisso.
Por fim, destaco os cenários, lindos como sempre, e a decisão pela base no alto de uma montanha nos Alpes suíços é divina! Não sei qual o meu momento de ação favorito, mas eu diria é a perseguição à Bond, de esqui, após sua incrível fuga do laboratório; além das cenas com Tracy dirigindo.
Essa já é, se não me engano, pelo menos a terceira mulher que morre por se envolver com Bond:Jill em Goldfinger; Aki em Only live twice e agora Tracy. Mortes icônicas, mas esta, provavelmente a com o maior peso pela relação com Tracy, fortemente sacramentada graças à voz marcante de Armstrong durante as cenas em que esses se aproximavam afetivamente - “We have all the time in the world”, lindíssima.
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Enquanto Somos Jovens
3.2 233 Assista Agora"
A novidade chega como algo interessante e evolui, se torna maior e incompreensível até o ponto em que nos engole.
Gosto muito de como o filme mostra que quando jovens temos uma perspectiva do mundo e da vida sempre corajosa, e achamos que temos as melhores idéias e que precisamos apenas de algum espaço. isso parece ótimo e positivo. mas em outro momento da vida vemos que apenas escolhemos um caminho entre tantos outros e que o sucesso e as formas de aproveitar a vida são relativas, e que fugir de certas situações é mais difícil do que encará-las.
Me parece uma grande relativização de fases da vida adulta (suprime o romantismo pela fase jovem, que é uma busca insegura para saber quem somos e o que podemos oferecer ao mundo; e mostra uma verdade que temos para nós mesmos e que é moldada somente ao passar de duros longos anos) e essa relativização amplia muito o olhar do expectador para sua própria vida. não existe uma melhor etapa da vida adulta. existe um equilíbrio, um observar o que há de melhor ao nosso redor para valorizarmos e ao mesmo tempo extrair o melhor de todas as situações que se colocam para nós -viver.
e digo mais, na cena em que Josh desmascara Jamie na homenagem de Leslie, toda a conversa deles me pareceu uma metáfora para a vida( Josh indignado com a maneira como Jamie encara as coisas, concentradas na sua postura profissional, a forma como a juventude subverte tudo que parecia estabelecido; enquanto sua vida "emperrada"parece ser mais autêntica pela sua valorização de certas verdades, ultrapassadas ou não. e às duas formas estão aparentemente ok).
talvez eles sejam documentaristas (documentam a verdade de fatos) porque justamente nos fazem constatar que a verdade, como a mensagem aplicada à visão da vida, como fiz, não são coisas absolutas. e no auge da sabedoria e do sucesso de Leslie ele diz "o filme funciona em vários níveis, que o como se chegou a ele é o menos interessante", nessa minha leitura ele se refere à discussão sobre estilos profissionais e pessoais entre Josh e Jamie.
me interessei mt por esse aspecto da mensagem passada. posso ter viajado um pouco pq n li nenhuma análise desse tipo, mas foi o que mais me agradou além da sagacidade do humor, comedido mas muito certeiro, principalmente em alguns cortes, quando a nova cena sugere algo que na verdade não é, desde a 1° cena do filme.
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