nos vemos diante de uma trama que envolve clonagem humana, cientistas dispostos a sacrificar pessoas em nome de um experimento que possivelmente salvaria a humaninade na qual os fins justificariam os meios. A trama em torno da água lunar é bastante instigante e criativa, assim como o surgimento de misteriosa Luna e sua ligação com o líquido e seus "poderes". Não fica claro quem havia contratado os dois participantes que são "espiões" e nem porque estariam dispostos a sabotar a missão.
O final visualmente belo e em aberto, sem esclarecer alguns pontos, deixa um gancho para uma possível segunda temporada.
Se Nick (Ed Nelson) era também o velho Jensen, ele não havia sido morto na primeira cena do filme? Quem o matou? E se morreu, não foi enterrado? como voltou como o jovem Nick? Porque Nick convida o velho bêbado para ir até a cabana e ver sua transfomação? Precisava dele pra que se no final ele mata o velho depois que este testemunha sua transformação?
Muitas perguntas sem resposta, num filme que, apesar de curto, cansa.
Dick Wolf, criador da franquia "Lei e Ordem", uma das mais longevas da TV, produziu esta série documentário em que mostra casos de crimes reais ocorridos em Nova Iorque e nos apresenta as pessoas que inspiraram os personagens da série.
Um enunciado explica na abertura dos episódios, que existem duas equipes dedicadas a investigar os homicídios ocorridos na cidade divididas entre Manhattan Norte e Manhattan Sul.
Vemos depoimentos de detetives, um promotor e uma legista, que relatam suas experiências na investigação de cinco casos de grande repercussão na crônica policial da famosa metrópole.
A série tem bom ritmo, os casos apresentandos são instigantes:
1- "Massacre em Carnegie Deli" - Um tiroteio no apartamento de uma modelo termina com 3 pessoas mortas, inclusive a dona do apartamento. 2- "Esfaqueamento no Central Park" - Um corpo aparece no lago do icônico Central Park, os acusados do crime são dois suspeitos bastante improváveis. 3- "Desaparecimento em Wall Street" - uma faxineira desaparece em um prédio no famoso centro financeiro da cidade e mobiliza toda a polícia da cidade. 4- "Assassinato em Midtown" - O assassinato de um rico empresário fica sem solução por décadas, até que detetives dedicados acabam resolvendo o caso. 5- "Serial killer no East Harlem" - Um assassino ataca e estupra mulheres no bairro com maioria dos moradores de origem latina.
Em todos os casos, as etapas da investigação são intercaladas com o depoimento dos participantes do caso, como os profissionais encarregados e os parentes das vítimas, desenvolvendo uma eficiente e envolvente narrativa.
Ótimo suspense dramático em que a interação entre os personagens importa mais do que a "busca da verdade", do sutbtítulo nacional.
Matt Damon em belíssima atuação, vive Bill, o pai que viaja para Marselha na França, onde a filha está presa, condenada pelo assassinato da namorada.
Damon dá ao personagem o peso dramático necessário de uma pessoa enbrutecida pela vida, simplória, melancólica, introspectiva, ao mesmo tempo rude e sensível, que está com a vida em escombros como a cidade destruída por um tornado, na qual ele aparece trabalhando na cena inicial. Como as casas destruídas, Bill também vai tentar se reconstruir e se erguer dos escombros ao longo da narrativa.
Sua ligação estremecida com a filha Allison (Abigail Breslin) vai sendo mostrada aos poucos, em encontros na prisão.. Existe tanta mágoa que vai se dissipando até chegar a uma relação sincera e amorosa
depois abalada pela descoberta da suposta culpa da filha.
A forma como o relacionamento de Bil com Virginie (Camille Cottin), a mulher francesa que o ajuda com o idioma e sua filha Maya (Lilou Siavaud, fofissima em atuação cativante), se desenvolve, é de uma leveza e sensibilidade extremas.
o que aconteceu com Akim, o jovem árabe que Bill sequestra e aprisiona, que seria o verdadeiro assassino, mas supostamente obedeceu as ordem de Allison. Ele some do cativeiro, Bill o soltou e ele com medo desapareceu sem denunciá-lo ou foi morto por ele?
Na verdade, essa dúvida não é esclarecida, porque novamente a importância está em como Bill se transforma, a ponto de, em sua última fala, dizer que não mais reconhece a realidade à sua volta, porque ele também havia mudado. A gravidade da situação de Allison e toda a experiência de Bill na França, funcionam apenas para se aprofundar nas relações entre os personagens e na forma como isso afeta suas vidas.
O título "Stillwater" (água parada), o nome da cidade, que muitos disseram que não correponde ao enredo do filme, pode ser interpretado como uma metáfora. Nâo é só o nome da cidade, pois a narrativa nem se desenvolve lá, mas se refere ao estado de espírito de Bill. Alguém cuja vida se encontra estagnada e é prisioneiro dessa paralisia.
O filme que, a princípio, pode parecer um filme de ação e investigação, mas cuja temática é a resignação, a perda, a inadequação, que diz em suas entrelinhas, podemos ter esperança mas devemos aceitar as consequências de nossos atos.O tornado passa na vida de Bill, mas a destruição provocada, não será facilmente reconstruída.
Uma mãe psicopata que leva a síndrome de Munchausen ao nível máximo.
Thriller eficiente com uma dupla de protagonistas entregando ótimas atuações, Sarah Paulson, vivendo Diane, a mãe alucinada, lembrando alguns de seus personagens desequilibrados da famosa série "American Horror Story" e Chloe, a filha abusada, vivida por Kiera Allen
As situações vividas por Chloe são angustiantes, o que garante a tensão durante todo o filme.
o que houve com o homem do correio atacado por Diane? Morreu? O final também deixa uma dúvida, Chloe procurou a mãe biológica? A forçada fica por conta da cena em que Diane prende Chloe num lugar onde todas as informações sobre seu rapto estavam disponíveis.
O filme é baseado na peça teatral que Agatha Christie escreveu a partir de um conto de sua autoria. Teve 6 indicações ao Oscar, mas perdeu todas, incluindo ator, atriz coadjuvante e direção.
SPOILERS ABAIXO:
O conto, bem mais curto que a peça, tem final completamente diferente e se encerra na revelação que Christine sabia que Leonard era culpado, por este motivo elaborou toda a trama para que não confiassem nela e suas mentiras fossem expostas, o que terminaria com a absolvição do marido. No livro e peça, o personagem se chama Romaine e é austríaca, nacionalidade modificada porque a intérprete Marlene Dietrich é alemã. Além disso, o personagem de maior destaque no filme, Sir Wilfrid, não existe.
Já a peça tem o mesmo final do filme, com Christine revelando toda a conspiração arquitetada e o assassinato do companheiro traidor em pleno tribunal. Só que enquanto no filme, temos a insinuação que Leonard sabia da conspiração e até seria o mentor dela, no livro Christine assume toda a autoria por estar apaixonada por ele, ao contrário do que admitia. Um acréscimo à trama cinematográfica, fica por conta da doença de Sir Wilfrid, que também não existe na peça, de resto o filme é bastante fiel.
A produção é dominado por Charles Laughton, que vive o advogado Sir Wilfrid Robarts, personagem que trafega entre o cômico e o dramático, numa performance absolutamente extraordinária. Em recuperação de um ataque cardíaco, insiste em desobedecer todas as ordens médicas que deveriam ser seguidas, sob a supervisão da enfermeira vivida por Elsa Lanchester, que tem boa química com Laughton de quem era esposa na vida real, mas é uma participação pequena que serve como um alívio cômico para o enredo, embora tenha sido indicada ao Oscar de atriz coadjuvante.
Diante da performance estupenda de Laughton, que foi indicado ao Oscar, fica mais evidente a falta de recursos dramáticos de Tyrone Power, vivendo o réu Leonard Vole, que sempre foi mais galã que bom ator. Não que isso estrague o filme, pois Tyrone tem o tipo correto para o personagem, embora com idade acima da indicada, mas um ator com talento dramático teria dado mais peso à narrativa. Suas intervenções indignadas durante o julgamento, soam forçadas e evidenciam ainda mais a canastrice do ator.
Marlene Dietrich, por sua vez, vivendo a dúbia Christine, não precisa se esforçar muito, já que sua presença magnética é suficiente para dar ao personagem o vigor necessário. Sua expressão gélida, característica marcante da atriz, é perfeita para viver a esposa vingativa, que depois se revela apaixonada e submissa ao marido disposta a sacrificar-se por ele e disposta também a matá-lo quando descobre sua traição. Dietrich vive essa dubiedade de forma plena. Além disso, ela ainda consegue enganar a todos, personagens e espectadores, como a misteriosa mulher que entrega as cartas “incriminadoras”, uma sensacional atuação aliada a um ótimo trabalho de maquiagem.
A trama é envolvente e seu plot twist, realmente inesperado. Para quem como eu, que já havia lido o conto e a peça, não foi, mas em momento algum, mesmo para mim que já conhecia o final, deixou de ser atrativo, isso graças a forma como o roteiro é desenvolvido aliada à suas atuações, em destaque os já citados Laughton e Dietrich.
Houve tanto empenho dos produtores e elenco para que sua reviravolta não fosse revelada, que há até um apelo durante os créditos finais, para que os espectadores não divulguem nada sobre o desfecho a quem ainda não tenha assistido.
“Testemunha de acusação” com seu roteiro brilhante da maior escritora de mistério de todos os tempos, direção segura de Billy Wilder, que deu o tom certo à narrativa e performances inspiradas foram fatores certamente responsáveis para se tornar um clássico absoluto dos chamados “filmes de tribunal” e, provavelmente, inspirou vários deles.
Não conhecia a série, na mesma linha da famosa e cultuada "Além da Imaginação", com o diferencial que esta tem enredos apenas com temáticas sobrenaturais supostamente baseadas em casos verídicos, enquanto a série de Rod Sterling tinha muitos episódios com temas futuristas e sci-fi.
Temporada completa de 22 episódios, disponível no Youtube com legendas em inglês.
Como toda série de antologia, a qualidade da temporada é irregular, há episódios bons, medianos e ruins e como é comum e obrigatório nestas antologias, todas as narrativas terminam com uma reviravolta ou alguma indagação sobre os estranhos acontecimentos descritos.
Todos os episódios são dirigidos por John Newland, que também é o "host" que faz a apresentação das narrativas.
SPOILERS:
Nesta primeira temporada, destaco como melhores, os episódios:
1- "A noiva possuída" - uma moça recém casada que é possuída pelo espírito de uma outra mulher que foi assassinada e tem o objetivo de revelar o nome de seu assassino.
2 - "A noite de 14 de abril" - mulher tem um sonho em que está morrendo afogada e descobre que o futuro marido comprou passagem para a lua-de-mel em Nova York na viagem inaugural de um certo navio chamado "Titanic", relutando em embarcar, descobre tarde demais que o sonho era premonitário.
3 - "Somente em caso de emergência" - um homem em uma festa tem seu futuro previsto por uma vidente e quando tudo passa a acontecer, começa a temer pela vida.
6 - "Epílogo" - um mulher em processo de divórcio, sofre um acidente com o filho pequeno que fica soterrado em uma antiga mina. Corre para pedir ajuda ao marido que vai com ela ao local e salva a criança, para depois descobrir o corpo da mulher que havia morrido no acidente, portanto como foi buscar ajuda?
13 - "O navegador" - um navio em meio ao oceano, misteriosamente muda de curso atendendo ordens escritas numa lousa. O capitão descobre um homem escondido no porão do navio com giz no bolso, mas ele está em choque e sem reação. No novo curso, encontram e salvam náugfragos à deriva junto com o corpo de um morto, que o capitão descobre ser o homem que encontraram no porão.
17 - "O submarino assombrado" - Já no final da segunda guerra, com a morte de Hitler, um submarino alemão navega tentando fugir dos ataques aliados, enquanto carrega um dos últimos oficiais fiéis ao Führer e ouvem misteriosas batidas no casco da embarcação.
18 - "A imagem da morte" - um homem mata a esposa com a ajuda da amante com quem se casa posteriormente. Quando estão na casa que ele habitava com a esposa agora morta, uma estranha mancha na parede parece impressioná-lo, e começa a se transformar em um caveira. A esposa olha para a parede e literalmente morre de medo tendo um ataque. O marido assassino, que não foi acusado pela morte da primeira esposa, vai para a guilhotina acusado pela morte da segunda.
Visto no Youtube com o título de "O monstro da era atômica", o título nacional, obviamente visa atrair espectadores, mas é um exagero, pois não existe um "monstro".
SPOILERS:
Uma esfera vinda de outro planeta está sendo investigada por um grupo da terra. Enquanto o militar da Força Aérea se preocupa com a segurança e vê o objeto não identificado como uma ameaça, o cientista vê a chance de obter novos conhecimentos e tecnologia.
Do objeto sai um ser, o "Cosmic man" do título original, que tem a capacidade de se camuflar e que traz uma mensagem de paz entre os planetas, quando é recebido com hostilidade, toma a aparência humana se transformando em John Carradine... e se refugia na hospedaria de uma viúva e de seu filho pequeno e paralítico. É exatamente o mesmo enredo do excelente "O dia em que a terra parou" de 1951.
Enquanto no filme de 1951, a tecnologia avançada dos alienígenas é capaz de ressuscitar o protagonista, neste a criança paralítica volta a andar. Milagres extra-terrestres.
Mais um sci-fi que explora a paranoia nuclear mas, esta ao contrário da maioria que colocava os seres alienígenas como inimigos, tem um cunho pacifista. Não é totalmente ruim, mas na mesma linha, como disse, temos o clássico e muito superior filme de 1951.
que decepciona É claro que a intenção era essa mesma, uma reviravolta, pois toda a sequência narrativa leva a crer que o sinal seria enviado por seres alienígenas, para depois descobrirmos que era uma mensagem vinda da própria terra. O espectador acho que esperava mesmo algo na linha "Guerra dos mundos" ou "Independence Day", para se deparar com uma ficção científica de cunho pacifista que de alienígena não tinha nada.
Destaque para Yuna Bennett que vive Charlie, a filha surda da astronauta Paula. A menina tem uma atuação simplesmente cativante.
Refilmagem bacana do cultuado filme de 1958. Com um roteiro bem mais elaborado e efeitos especiais muito mais convincentes (afinal foi feito 30 anos depois com muito mais tecnologia disponível), mas para mim, tanto este como o original, são produções deliciosas e de puro entretenimento e não concordo quando dizem que este é bem mais superior. São produções de épocas diferentes, feito para plateias diferentes e com recursos também muito diversos.
SPOILERS ABAIXO: O protagonista, que na versão de 58 foi vivido por Steve McQueen, neste tem suas ações divididas entre dois personagens, o bom moço Paul (Donovan Leitch) e o “bad boy” Brian (Kevin Dillon), embora o último assuma efetivamente o protagonismo após a chocante e inesperada morte do primeiro.
A mocinha Meg (Shawnee Smith), que em 1958 se limitava a gritar e correr apavorada, neste tem seu lado empoderado, além de ser a bela cheerleader que os garotos admiram, acaba rivalizando nas ações heroicas com o protagonista Brian, sendo ela até responsável pela descoberta de que a criatura não suportava o frio (descoberta essa feita pelo mocinho no original).
Diferente também da versão anterior, a ameaça não vem do espaço, mas em uma reviravolta no meio da narrativa, descobrimos que a gosma assassina foi criada em laboratório, visando vencer uma guerra bacteriológica e os cientistas que, a princípio parecia que vieram para ajudar, eram na verdade, os vilões. O Dr. Meddows (Joe Seneca) era o típico cientista louco, não se importando que a população inteira da cidade morra para capturar sua “experiência” com vida. Claro que, como todo vilão que se preze, ele também vai ser dissolvido pela sua criação.
Outro ponto bastante diferente em relação ao antececessor, é que esta bolha não perdoa nem personagens bacanas que aparentemente terminariam bem. O bom moço Paul, que dava toda a pinta que seria o protagonista, é engolido logo de cara pela criatura, como também o xerife gente boa, a garçonete boazinha e até criança, o amiguinho do irmão de Meg, todos dissolvidos sem dó pelo ácido “bolhístico”.
Recriam a cena emblemática do original com a bolha invadindo o cinema e há cenas ótimas como o rapaz que é sugado pela bolha e literalmente “entra pelo cano”.
O final não poderia ser mais irônico, com o padre da cidade, virando o líder maluco de uma seita, obcecado pelo fim do mundo, guardando um “pedaço” da bolha em um vidrinho, certamente disposto a libertá-la para consumar o apocalipse.
É necessário ver as duas versões, e mesmo fazendo comparações, como disse, uma não pode ser considerada superior à outra, são simplesmente um retrato da época em que foram produzidas, e, portanto, são diferentes e com suas particularidades .
Para começar, o título aqui está errado. O filme, desde seu original de 1958, tem como título nacional “A bolha assassina” (como sua versão de 1988). “A bolha” é a tradução de seu título em inglês, mas no Brasil ficou mesmo conhecido como “A bolha assassina”.
Mesmo tendo como ameaça algo vindo do espaço, há uma clara influência da paranoia existente devido à guerra fria entre EUA e União Soviética, que inspirou muitas das produções de ficção científica da época. Alguns até apontam o fato da bolha ser vermelha.
Muitos dizem preferir a refilmagem de 1988, por ser muito superior, não concordo. A refilmagem é realmente um remake à altura do seu cultuado original, mas, antes de tudo é preciso olhar sob a ótica da época em que foram produzidos. A bolha de 1958, tem além da óbvia e envolvente nostalgia, um roteiro que é um primor de criatividade e efeitos especiais engenhosos (é até covardia comparar com o filme de 88, produzido 30 anos depois e com muito mais tecnologia disponível).
Sem fazer comparações, a bolha de 1958, é um dos filmes mais legais entre a enxurrada de produções sci-fi das décadas de 50 e 60, por isso mesmo virou um cult, devido vários fatores, seu roteiro divertido, seus efeitos especiais criativos e por ser o primeiro filme protagonizado por Steve McQueen, que depois viraria um astro.
Muitos alegam, com razão, que McQueen e o resto dos jovens do elenco, eram muito “velhos” para papéis de adolescente, mas não aponto como uma falha, pois naquela época era comum esse tipo de escalação com um elenco acima da idade exigida para seus personagens.
A deliciosa canção título que toca na abertura, feita originalmente para o filme pelo famoso compositor Burt Bacharach, fez muito sucesso e em sua letra descreve, em poucos versos, o que se desenrola na narrativa. Inexplicavelmente a canção foi retirada da versão dublada, que vimos à exaustão na TV, substituída por um genérico tema com tons sinistros. Talvez os distribuidores nacionais acharam que a canção era por demais “alegre” para um filme de terror, mas “A bolha assassina” não é um filme de terror, é uma produção muito divertida, inventiva e que se tornou icônica da década de 50.
Beware of The Blob, it crepes (Cuidado com a bolha, ela rasteja) And leaps and glides and slides (e salta e desliza e escorrega) Across the floor (através do chão) Right through the door (vai direto pela porta) And all around the wall (e por toda a parede) A splotch, a blotch (uma mancha, um borrão) Be careful of The Blob! (Cuidado com a bolha)
A premissa que muitos filmes já usaram, antes e depois deste. Um viajante do tempo que descobre que algum evento criado pelo próprio homem, acabou por dizimar parte da humanidade (em alguns filmes, a humanidade inteira).
SPOILERS:
Quando o protagonista chega ao futuro, coincidentemente no ano que assisti ao filme, 2024, a narrativa fica arrastada, e descobrindo a tragédia que abateu o mundo, volta ao passado para tentar evitar o que eles chamam de "praga".
Não entendi porque ele envelhece na votla ao passado, já que não havia envelhecido quando foi para o futuro, mas enfim, é uma sci-fi mediana entre as muitas produzidas nas décadas de 50 e 60.
Quando temos a presença de Lindsay Lohan e a sinopse do filme, já entendemos que é uma comédia romântica e não podemos esperar mais que isso, e acho que o filme cumpre bem o seu papel.
O enredo é pura fantasia, aliada a um cenário absolutamente deslumbrante. Me lembrou outra comedia romântica que brinca com os estereótipos entre britânicos e americanos, "O melhor amigo da noiva" de 2008.
Lindsay Lohan é bonita, parece ter se livrado dos excessos de procedimentos estéticos e certamente é carismática e tem ótima química com Ed Speleers, que além de bonito é bom ator, embora aqui não seja exigido.
É o tipo de fllme que é apenas entretenimento, um passatempo agradável que agrada aos olhos, pela beleza dos atores e do cenário.
A premissa da mulher em coma que guarda algum segredo, é até instigante mas depois tudo vai sendo tão mal desenvolvido, que chega ao final sem gerar muito interesse ou preocupação com o destino de seus personagens.
Acaba se perdendo no desenvolvimento da história, pois a princípio o que seria um enredo instigante que envolvia nazismo e segunda guerra mundial, acaba deixado em segundo plano.
SPOILERS:
A narrativa acaba se fixando totalmente no rapto e morte de Elsa, amiga de Jean, sobrinha do Dr Norberg (Dana Andrews, o nome mais conhecido do elenco), que após ser morta, tem sua cabeça conservada e ressuscitada e comunica-se com Jean por telepatia.
Tem umas soluções criativas, como a cabeça falante e os braços que se moviam pendurados em uma parede supostamente ligados à fios. è uma varição da clássica história de Frankenstein.
O que acho sempre engraçado é os alemães conversando entre si em inglês com sotaque alemão, artífico comum nos filmes dessa época.
aceita tão rapidamente ressuscitar o Dr Malthus, baseado nas anotações do antepassado, até raptando a empregada da casa, para depois arrepender-se e tentar consertar a bobagem.
O México fazia um cinema de horror interessante e criativo.
É tipo um episódio de "Viagem ao fundo do mar" com maior duração. A criatura tem um design tosco, mas era o possível para a época e para um filme de baixo orçamento. Algumas cenas submarinas bem filmadas, vale apenas como curiosidade.
Jeffrey Dean Morgan, mais carismático que bom ator, tem boa atuação como o jornalista oportunista que vê a chance de recuperar sua carreira abalada por divulgação de notícias falsas, quando se depara com uma aparente fenômeno que envolve uma garota que afirma ver a Virgem Maria e começa a operar curar milagrosas.
Há citações sobre as aparições da Virgem Maria em Lourdes (França) em 1858, Fátima (Portugal) em 1917 e em Medjugorje (Bosnia) em 1981, santuários que atraem milhões de peregrinos todos os anos, o que reforça a abordagem religiosa da trama.
É um filme que além do terror, pois há cenas bastante sinistras, trabalha bem a narrativa que mexe com essa dualidade da crença em algo sobrenatural motivado pela fé, ao mesmo tempo questiona se a fé realmente possa ser a explicação para tais acontecimentos que vão além da compreensão humana.
Em certo momento, um personagem diz "a dúvida enfraquece a fé, a dúvida conduz a perdição", alertando para que devemos acreditar incondicionalmente em Deus e nos poderes da fé, para alcançarmos a plenitude da vida e quando descobrimos que na verdade, não são milagres divinos, mas demoníacos, ouvimos "a fé no mal, fortalece o mal".
Apesar de ser primordialmente um filme de terror, com sequências de efeitos especiais bem produzidos, envolve muitos questionamentos filosóficos acerca de fé, que há séculos gera conflitos na humanidade, com um final que reforça o lado religioso da narrativa, quando acontece mesmo um verdadeiro milagre operado por Deus.
A trama é intrigante, gera interesse para saber afinal porque aquela gente toda da cidade se volta contra o protagonista após o atropelamento mas tudo é muito arrastado e a narrativa vai e vem sem chegar a lugar algum.
Afinal porque queriam esconder que o homem que ele atropelou morreu? Porque queriam simular que ele morreu de outra forma? E o final, com a empregada contando o que aconteceu, no que iria ajudar o protagonista já que ele havia matado o xerife e atropelado e matado um homem?
A tv americana na década de 70 produziu thrillers bem melhores.
A premissa do serial killer que exibe seus crimes na internet, está mais do que batida, embora não sei se em 2008 já havia tantos filmes com esse tema, mas já existia a série "Criminal Minds", que estreou em 2005 e o filme é praticamente um episódio longo de todos as situações que já vimos na série que apresenta narrativas semelhantes de maneira mais ágil e bem desenvolvida.
Diane Lane é boa atriz, mas não convence como a especialista do FBI em crimes virtuais que de dramática e chorosa, acostumada a ficar sentada em frente a um computador, vira uma super ninja na sequência final.
Todos os acontecimentos apressados, forçados e sem sentido dessa última temporada, podem ser atribuídos pela curta duração de apenas 3 episódios. Claramente a série não ia ser finalizada, então parece que conseguiram .a verba para finalização desde que fosse mais curta.
"Bom dia, Verônica", que começou com uma pegada mais realista e perdeu em parte na segunda temporada, abandonou de vez qualquer resquício de verossimilhança nesta última. Não que tenha ficado ruim, mas parece outra série.
SPOILERS ABAIXO:
A protagonista, que tinha como característica a sagacidade e esperteza, virou uma espécie de zumbi crédulo, confiando logo de cara em um homem, Jerônimo (Rodrigo Santoro) que acaba de conhecer e é seduzida por ele, está certo que era o Santoro, mas mesmo assim a policial deveria ver mais séries policiais com plot twist... rsrsrs
O pastor Matias (Reynaldo Gianecchini), que foi o super vilão perverso da segunda temporada, além de ter seu lado maquiavélico atenuado, teve também uma queda no índice de QI, ao armar um grande esquema para fugir da cadeia e ir justamente para a fazenda de Jerônimo, sabendo que não era bem vindo, ainda mais porque queria sua filha, prisioneira do vilão mor da temporada e de sua mãe Diana (Maitê Proença).
A cena da morte de Matias, muito bem encenada e impactante, foi um dos pontos altos de uma temporada bastante irregular, com personagens com importância bastante diminuída como a delegada Glória e Gisele, que pouco ou nada tiveram de importância no enredo. Angela (Klara Castanho), que foi o grande destaque da temporada anterior, nesta também perdeu importância.
É curioso como os vilões tiveram uma crescente de maldade e de poder da primeira temporada até esta última. Na primeira, Brandão (Du Moscovis) era uma simples policial, na segunda Matias era um pastor rico que comandava uma gangue de mafiosos e na terceira, Jerônimo, era mais rico ainda e comandava também um esquema de abuso de mulheres e tráfico de crianças, mas enquanto Matias parecia acreditar que curava através do sexo, Jerônimo simplesmente usava as mulheres para gerar filhos e depois as matava.
Na última cena, em que descobrimos que Verônica e as mulheres que ela havia salvado das garras de Jerônimo formam uma gangue de justiceiras, vemos uma fala no mínimo incoerente. Elas aprisionam um dos homens que estava no leilão de mulheres, e enquanto ele estava amarrado, retiram o capuz da cabeça dele, Verônica diz seu nome para que ele nunca esqueça e conte aos outros quem vai perseguir todos os abusadores um a um e em seguida corta a garganta dele. What? Como ele iria não esquecer e contar alguma coisa para alguém se é morto 10 segundos depois?
É claro que não é só esta cena, há inúmeras como a facilidade com que Veronica entra na fazenda de Jerônimo, que supostamente deveria ser super vigiada por dezenas de câmeras e capangas.
Talvez o único momento baseado na realidade, foi a fala quase ao final da narrativa de que a justiça no Brasil não funciona, quando comentam que a maioria dos homens aprisionados no leilão de mulheres na fazenda havia sido liberado.
Como ação é envolvente, mas, apesar de apontar estas cenas forçadas, entendo que não podemos nos apegar à lógica, é preciso ligar a suspensão de descrença para curtir, porque é uma produção bem feita e divertida, mas inferior às temporadas anteriores.
Tiffani Thiessem, muito conhecida no Brasil no papel de Valerie, a "nova Brenda" da série sucesso dos anos 90, "Barrados no baile", tem boa atuação como a mulher
que após ser estuprada acaba casando com um estuprador vivido por Eric Close (conhecido pela série "Without a trace"), que passa a ameaçá-la e também a filha recém nascida de ambos, quando ela descobre que ele estava comentendo estupros pelo bairro onde moravam.
O mais triste é que o filme, segundo informam nos créditos, é baseado em fatos reais.
Michael Ironside num raro personagem em que não é o vilão, vive o policial Gary Yanuck.
A trama é bem conduzida, embora o mistério sobre a identidade do assassino é revelado na metade da narrativa, mesmo assim o enredo ainda continua envolvente.
em uma das mortes, o serial killer levanta o policial pelo pescoço... uma mulher, no caso Lynn (Kate Vernon) que depois revela-se que era a assassina, teria força para levantar um homem com o dobro de seu tamanho? O sonambulismo gera alguma força sobrenatural? Um tanto forçado.
justifica-se as mortes como uma vingança de uma mulher que foi estuprada pelos policiais que depois ela assassinou. Gary mata o último da lista de estupradores, após a morte de Lynn, forjando que seria também Lynn que cometera o crime. Ou seja, ninguém fica sabendo sobre o estupro coletivo e Lynn é que fica com fama de assassina serial descontrolada. Lynn matava em estado de sonambulismo sem ter consciência do que fazia? Isso a inocentaria dos crimes? Os estupradores, na verdade, apesar de mortos, ficaram impunes, já que nem suas memórias foram abaladas pois não houve a revelação do crime hediondo que cometeram.
Um final talvez insatisfatório em relação à punição, mas que não deixa de ser realista quando sabemos que existe corporativismo em qualquer profissão.
O Mar da Tranquilidade
3.6 96 Assista AgoraÓtima série de ficção científica vinda da Coreia, com uma pegada da franquia "Alien".
Não conheço os atores, pois não costumo assistir muitas produções coreanas, mas todo o elenco é bastante expressivo e tem atuações muito boas.
O enredo é intrigante, segura a atenção do espectador enquanto se desenrola com cenas tensas, dramáticas e com excelentes efeitos especiais.
O cenário da base lunar, é ao mesmo tempo imenso e claustrofóbico, gerando uma narrativa angustiante.
Quando o mistério que envolve os acontecimentos na base lunar são revelados
nos vemos diante de uma trama que envolve clonagem humana, cientistas dispostos a sacrificar pessoas em nome de um experimento que possivelmente salvaria a humaninade na qual os fins justificariam os meios.
A trama em torno da água lunar é bastante instigante e criativa, assim como o surgimento de misteriosa Luna e sua ligação com o líquido e seus "poderes".
Não fica claro quem havia contratado os dois participantes que são "espiões" e nem porque estariam dispostos a sabotar a missão.
O final visualmente belo e em aberto, sem esclarecer alguns pontos, deixa um gancho para uma possível segunda temporada.
Parceiro do Diabo
1.8 2 Assista AgoraUm filme confuso e tedioso.
Há várias situações sem explicação
Se Nick (Ed Nelson) era também o velho Jensen, ele não havia sido morto na primeira cena do filme? Quem o matou? E se morreu, não foi enterrado? como voltou como o jovem Nick?
Porque Nick convida o velho bêbado para ir até a cabana e ver sua transfomação? Precisava dele pra que se no final ele mata o velho depois que este testemunha sua transformação?
Muitas perguntas sem resposta, num filme que, apesar de curto, cansa.
Homicídio: Nova Iorque (1ª Temporada)
3.8 8Dick Wolf, criador da franquia "Lei e Ordem", uma das mais longevas da TV, produziu esta série documentário em que mostra casos de crimes reais ocorridos em Nova Iorque e nos apresenta as pessoas que inspiraram os personagens da série.
Um enunciado explica na abertura dos episódios, que existem duas equipes dedicadas a investigar os homicídios ocorridos na cidade divididas entre Manhattan Norte e Manhattan Sul.
Vemos depoimentos de detetives, um promotor e uma legista, que relatam suas experiências na investigação de cinco casos de grande repercussão na crônica policial da famosa metrópole.
A série tem bom ritmo, os casos apresentandos são instigantes:
1- "Massacre em Carnegie Deli" - Um tiroteio no apartamento de uma modelo termina com 3 pessoas mortas, inclusive a dona do apartamento.
2- "Esfaqueamento no Central Park" - Um corpo aparece no lago do icônico Central Park, os acusados do crime são dois suspeitos bastante improváveis.
3- "Desaparecimento em Wall Street" - uma faxineira desaparece em um prédio no famoso centro financeiro da cidade e mobiliza toda a polícia da cidade.
4- "Assassinato em Midtown" - O assassinato de um rico empresário fica sem solução por décadas, até que detetives dedicados acabam resolvendo o caso.
5- "Serial killer no East Harlem" - Um assassino ataca e estupra mulheres no bairro com maioria dos moradores de origem latina.
Em todos os casos, as etapas da investigação são intercaladas com o depoimento dos participantes do caso, como os profissionais encarregados e os parentes das vítimas, desenvolvendo uma eficiente e envolvente narrativa.
Stillwater: Em Busca da Verdade
3.3 100 Assista AgoraÓtimo suspense dramático em que a interação entre os personagens importa mais do que a "busca da verdade", do sutbtítulo nacional.
Matt Damon em belíssima atuação, vive Bill, o pai que viaja para Marselha na França, onde a filha está presa, condenada pelo assassinato da namorada.
Damon dá ao personagem o peso dramático necessário de uma pessoa enbrutecida pela vida, simplória, melancólica, introspectiva, ao mesmo tempo rude e sensível, que está com a vida em escombros como a cidade destruída por um tornado, na qual ele aparece trabalhando na cena inicial. Como as casas destruídas, Bill também vai tentar se reconstruir e se erguer dos escombros ao longo da narrativa.
Sua ligação estremecida com a filha Allison (Abigail Breslin) vai sendo mostrada aos poucos, em encontros na prisão.. Existe tanta mágoa que vai se dissipando até chegar a uma relação sincera e amorosa
depois abalada pela descoberta da suposta culpa da filha.
A forma como o relacionamento de Bil com Virginie (Camille Cottin), a mulher francesa que o ajuda com o idioma e sua filha Maya (Lilou Siavaud, fofissima em atuação cativante), se desenvolve, é de uma leveza e sensibilidade extremas.
No final simplesmente não ficamos sabendo
o que aconteceu com Akim, o jovem árabe que Bill sequestra e aprisiona, que seria o verdadeiro assassino, mas supostamente obedeceu as ordem de Allison. Ele some do cativeiro, Bill o soltou e ele com medo desapareceu sem denunciá-lo ou foi morto por ele?
Na verdade, essa dúvida não é esclarecida, porque novamente a importância está em como Bill se transforma, a ponto de, em sua última fala, dizer que não mais reconhece a realidade à sua volta, porque ele também havia mudado. A gravidade da situação de Allison e toda a experiência de Bill na França, funcionam apenas para se aprofundar nas relações entre os personagens e na forma como isso afeta suas vidas.
O título "Stillwater" (água parada), o nome da cidade, que muitos disseram que não correponde ao enredo do filme, pode ser interpretado como uma metáfora. Nâo é só o nome da cidade, pois a narrativa nem se desenvolve lá, mas se refere ao estado de espírito de Bill. Alguém cuja vida se encontra estagnada e é prisioneiro dessa paralisia.
O filme que, a princípio, pode parecer um filme de ação e investigação, mas cuja temática é a resignação, a perda, a inadequação, que diz em suas entrelinhas, podemos ter esperança mas devemos aceitar as consequências de nossos atos.O tornado passa na vida de Bill, mas a destruição provocada, não será facilmente reconstruída.
Fuja
3.4 1,1K Assista AgoraUma mãe psicopata que leva a síndrome de Munchausen ao nível máximo.
Thriller eficiente com uma dupla de protagonistas entregando ótimas atuações, Sarah Paulson, vivendo Diane, a mãe alucinada, lembrando alguns de seus personagens desequilibrados da famosa série "American Horror Story" e Chloe, a filha abusada, vivida por Kiera Allen
As situações vividas por Chloe são angustiantes, o que garante a tensão durante todo o filme.
As perguntas que ficam
o que houve com o homem do correio atacado por Diane? Morreu?
O final também deixa uma dúvida, Chloe procurou a mãe biológica?
A forçada fica por conta da cena em que Diane prende Chloe num lugar onde todas as informações sobre seu rapto estavam disponíveis.
Testemunha de Acusação
4.5 356 Assista AgoraO filme é baseado na peça teatral que Agatha Christie escreveu a partir de um conto de sua autoria. Teve 6 indicações ao Oscar, mas perdeu todas, incluindo ator, atriz coadjuvante e direção.
SPOILERS ABAIXO:
O conto, bem mais curto que a peça, tem final completamente diferente e se encerra na revelação que Christine sabia que Leonard era culpado, por este motivo elaborou toda a trama para que não confiassem nela e suas mentiras fossem expostas, o que terminaria com a absolvição do marido. No livro e peça, o personagem se chama Romaine e é austríaca, nacionalidade modificada porque a intérprete Marlene Dietrich é alemã. Além disso, o personagem de maior destaque no filme, Sir Wilfrid, não existe.
Já a peça tem o mesmo final do filme, com Christine revelando toda a conspiração arquitetada e o assassinato do companheiro traidor em pleno tribunal. Só que enquanto no filme, temos a insinuação que Leonard sabia da conspiração e até seria o mentor dela, no livro Christine assume toda a autoria por estar apaixonada por ele, ao contrário do que admitia. Um acréscimo à trama cinematográfica, fica por conta da doença de Sir Wilfrid, que também não existe na peça, de resto o filme é bastante fiel.
A produção é dominado por Charles Laughton, que vive o advogado Sir Wilfrid Robarts, personagem que trafega entre o cômico e o dramático, numa performance absolutamente extraordinária. Em recuperação de um ataque cardíaco, insiste em desobedecer todas as ordens médicas que deveriam ser seguidas, sob a supervisão da enfermeira vivida por Elsa Lanchester, que tem boa química com Laughton de quem era esposa na vida real, mas é uma participação pequena que serve como um alívio cômico para o enredo, embora tenha sido indicada ao Oscar de atriz coadjuvante.
Diante da performance estupenda de Laughton, que foi indicado ao Oscar, fica mais evidente a falta de recursos dramáticos de Tyrone Power, vivendo o réu Leonard Vole, que sempre foi mais galã que bom ator. Não que isso estrague o filme, pois Tyrone tem o tipo correto para o personagem, embora com idade acima da indicada, mas um ator com talento dramático teria dado mais peso à narrativa. Suas intervenções indignadas durante o julgamento, soam forçadas e evidenciam ainda mais a canastrice do ator.
Marlene Dietrich, por sua vez, vivendo a dúbia Christine, não precisa se esforçar muito, já que sua presença magnética é suficiente para dar ao personagem o vigor necessário. Sua expressão gélida, característica marcante da atriz, é perfeita para viver a esposa vingativa, que depois se revela apaixonada e submissa ao marido disposta a sacrificar-se por ele e disposta também a matá-lo quando descobre sua traição. Dietrich vive essa dubiedade de forma plena. Além disso, ela ainda consegue enganar a todos, personagens e espectadores, como a misteriosa mulher que entrega as cartas “incriminadoras”, uma sensacional atuação aliada a um ótimo trabalho de maquiagem.
A trama é envolvente e seu plot twist, realmente inesperado. Para quem como eu, que já havia lido o conto e a peça, não foi, mas em momento algum, mesmo para mim que já conhecia o final, deixou de ser atrativo, isso graças a forma como o roteiro é desenvolvido aliada à suas atuações, em destaque os já citados Laughton e Dietrich.
Houve tanto empenho dos produtores e elenco para que sua reviravolta não fosse revelada, que há até um apelo durante os créditos finais, para que os espectadores não divulguem nada sobre o desfecho a quem ainda não tenha assistido.
“Testemunha de acusação” com seu roteiro brilhante da maior escritora de mistério de todos os tempos, direção segura de Billy Wilder, que deu o tom certo à narrativa e performances inspiradas foram fatores certamente responsáveis para se tornar um clássico absoluto dos chamados “filmes de tribunal” e, provavelmente, inspirou vários deles.
Um Passo Além (1ª Temporada)
3.6 4 Assista AgoraNão conhecia a série, na mesma linha da famosa e cultuada "Além da Imaginação", com o diferencial que esta tem enredos apenas com temáticas sobrenaturais supostamente baseadas em casos verídicos, enquanto a série de Rod Sterling tinha muitos episódios com temas futuristas e sci-fi.
Temporada completa de 22 episódios, disponível no Youtube com legendas em inglês.
Como toda série de antologia, a qualidade da temporada é irregular, há episódios bons, medianos e ruins e como é comum e obrigatório nestas antologias, todas as narrativas terminam com uma reviravolta ou alguma indagação sobre os estranhos acontecimentos descritos.
Todos os episódios são dirigidos por John Newland, que também é o "host" que faz a apresentação das narrativas.
SPOILERS:
Nesta primeira temporada, destaco como melhores, os episódios:
1- "A noiva possuída" - uma moça recém casada que é possuída pelo espírito de uma outra mulher que foi assassinada e tem o objetivo de revelar o nome de seu assassino.
2 - "A noite de 14 de abril" - mulher tem um sonho em que está morrendo afogada e descobre que o futuro marido comprou passagem para a lua-de-mel em Nova York na viagem inaugural de um certo navio chamado "Titanic", relutando em embarcar, descobre tarde demais que o sonho era premonitário.
3 - "Somente em caso de emergência" - um homem em uma festa tem seu futuro previsto por uma vidente e quando tudo passa a acontecer, começa a temer pela vida.
6 - "Epílogo" - um mulher em processo de divórcio, sofre um acidente com o filho pequeno que fica soterrado em uma antiga mina. Corre para pedir ajuda ao marido que vai com ela ao local e salva a criança, para depois descobrir o corpo da mulher que havia morrido no acidente, portanto como foi buscar ajuda?
13 - "O navegador" - um navio em meio ao oceano, misteriosamente muda de curso atendendo ordens escritas numa lousa. O capitão descobre um homem escondido no porão do navio com giz no bolso, mas ele está em choque e sem reação. No novo curso, encontram e salvam náugfragos à deriva junto com o corpo de um morto, que o capitão descobre ser o homem que encontraram no porão.
17 - "O submarino assombrado" - Já no final da segunda guerra, com a morte de Hitler, um submarino alemão navega tentando fugir dos ataques aliados, enquanto carrega um dos últimos oficiais fiéis ao Führer e ouvem misteriosas batidas no casco da embarcação.
18 - "A imagem da morte" - um homem mata a esposa com a ajuda da amante com quem se casa posteriormente. Quando estão na casa que ele habitava com a esposa agora morta, uma estranha mancha na parede parece impressioná-lo, e começa a se transformar em um caveira. A esposa olha para a parede e literalmente morre de medo tendo um ataque. O marido assassino, que não foi acusado pela morte da primeira esposa, vai para a guilhotina acusado pela morte da segunda.
The Cosmic Man
2.6 3Visto no Youtube com o título de "O monstro da era atômica", o título nacional, obviamente visa atrair espectadores, mas é um exagero, pois não existe um "monstro".
SPOILERS:
Uma esfera vinda de outro planeta está sendo investigada por um grupo da terra.
Enquanto o militar da Força Aérea se preocupa com a segurança e vê o objeto não identificado como uma ameaça, o cientista vê a chance de obter novos conhecimentos e tecnologia.
Do objeto sai um ser, o "Cosmic man" do título original, que tem a capacidade de se camuflar e que traz uma mensagem de paz entre os planetas, quando é recebido com hostilidade, toma a aparência humana se transformando em John Carradine... e se refugia na hospedaria de uma viúva e de seu filho pequeno e paralítico.
É exatamente o mesmo enredo do excelente "O dia em que a terra parou" de 1951.
Enquanto no filme de 1951, a tecnologia avançada dos alienígenas é capaz de ressuscitar o protagonista, neste a criança paralítica volta a andar. Milagres extra-terrestres.
Mais um sci-fi que explora a paranoia nuclear mas, esta ao contrário da maioria que colocava os seres alienígenas como inimigos, tem um cunho pacifista. Não é totalmente ruim, mas na mesma linha, como disse, temos o clássico e muito superior filme de 1951.
O Sinal
3.2 37 Assista AgoraA Alemanha tem produzido ótimas séries, como a já cultuada "Dark".
Esta começa bem, desenvolvendo uma narrativa intrigante mas vai perdendo força a medida que avança chegando a um final
que decepciona É claro que a intenção era essa mesma, uma reviravolta, pois toda a sequência narrativa leva a crer que o sinal seria enviado por seres alienígenas, para depois descobrirmos que era uma mensagem vinda da própria terra.
O espectador acho que esperava mesmo algo na linha "Guerra dos mundos" ou "Independence Day", para se deparar com uma ficção científica de cunho pacifista que de alienígena não tinha nada.
Destaque para Yuna Bennett que vive Charlie, a filha surda da astronauta Paula. A menina tem uma atuação simplesmente cativante.
A Bolha Assassina
3.1 661 Assista AgoraRefilmagem bacana do cultuado filme de 1958. Com um roteiro bem mais elaborado e efeitos especiais muito mais convincentes (afinal foi feito 30 anos depois com muito mais tecnologia disponível), mas para mim, tanto este como o original, são produções deliciosas e de puro entretenimento e não concordo quando dizem que este é bem mais superior. São produções de épocas diferentes, feito para plateias diferentes e com recursos também muito diversos.
SPOILERS ABAIXO:
O protagonista, que na versão de 58 foi vivido por Steve McQueen, neste tem suas ações divididas entre dois personagens, o bom moço Paul (Donovan Leitch) e o “bad boy” Brian (Kevin Dillon), embora o último assuma efetivamente o protagonismo após a chocante e inesperada morte do primeiro.
A mocinha Meg (Shawnee Smith), que em 1958 se limitava a gritar e correr apavorada, neste tem seu lado empoderado, além de ser a bela cheerleader que os garotos admiram, acaba rivalizando nas ações heroicas com o protagonista Brian, sendo ela até responsável pela descoberta de que a criatura não suportava o frio (descoberta essa feita pelo mocinho no original).
Diferente também da versão anterior, a ameaça não vem do espaço, mas em uma reviravolta no meio da narrativa, descobrimos que a gosma assassina foi criada em laboratório, visando vencer uma guerra bacteriológica e os cientistas que, a princípio parecia que vieram para ajudar, eram na verdade, os vilões. O Dr. Meddows (Joe Seneca) era o típico cientista louco, não se importando que a população inteira da cidade morra para capturar sua “experiência” com vida. Claro que, como todo vilão que se preze, ele também vai ser dissolvido pela sua criação.
Outro ponto bastante diferente em relação ao antececessor, é que esta bolha não perdoa nem personagens bacanas que aparentemente terminariam bem. O bom moço Paul, que dava toda a pinta que seria o protagonista, é engolido logo de cara pela criatura, como também o xerife gente boa, a garçonete boazinha e até criança, o amiguinho do irmão de Meg, todos dissolvidos sem dó pelo ácido “bolhístico”.
Recriam a cena emblemática do original com a bolha invadindo o cinema e há cenas ótimas como o rapaz que é sugado pela bolha e literalmente “entra pelo cano”.
O final não poderia ser mais irônico, com o padre da cidade, virando o líder maluco de uma seita, obcecado pelo fim do mundo, guardando um “pedaço” da bolha em um vidrinho, certamente disposto a libertá-la para consumar o apocalipse.
É necessário ver as duas versões, e mesmo fazendo comparações, como disse, uma não pode ser considerada superior à outra, são simplesmente um retrato da época em que foram produzidas, e, portanto, são diferentes e com suas particularidades .
A Bolha
3.2 103 Assista AgoraPara começar, o título aqui está errado. O filme, desde seu original de 1958, tem como título nacional “A bolha assassina” (como sua versão de 1988). “A bolha” é a tradução de seu título em inglês, mas no Brasil ficou mesmo conhecido como “A bolha assassina”.
Mesmo tendo como ameaça algo vindo do espaço, há uma clara influência da paranoia existente devido à guerra fria entre EUA e União Soviética, que inspirou muitas das produções de ficção científica da época. Alguns até apontam o fato da bolha ser vermelha.
Muitos dizem preferir a refilmagem de 1988, por ser muito superior, não concordo. A refilmagem é realmente um remake à altura do seu cultuado original, mas, antes de tudo é preciso olhar sob a ótica da época em que foram produzidos. A bolha de 1958, tem além da óbvia e envolvente nostalgia, um roteiro que é um primor de criatividade e efeitos especiais engenhosos (é até covardia comparar com o filme de 88, produzido 30 anos depois e com muito mais tecnologia disponível).
Sem fazer comparações, a bolha de 1958, é um dos filmes mais legais entre a enxurrada de produções sci-fi das décadas de 50 e 60, por isso mesmo virou um cult, devido vários fatores, seu roteiro divertido, seus efeitos especiais criativos e por ser o primeiro filme protagonizado por Steve McQueen, que depois viraria um astro.
Muitos alegam, com razão, que McQueen e o resto dos jovens do elenco, eram muito “velhos” para papéis de adolescente, mas não aponto como uma falha, pois naquela época era comum esse tipo de escalação com um elenco acima da idade exigida para seus personagens.
A deliciosa canção título que toca na abertura, feita originalmente para o filme pelo famoso compositor Burt Bacharach, fez muito sucesso e em sua letra descreve, em poucos versos, o que se desenrola na narrativa. Inexplicavelmente a canção foi retirada da versão dublada, que vimos à exaustão na TV, substituída por um genérico tema com tons sinistros. Talvez os distribuidores nacionais acharam que a canção era por demais “alegre” para um filme de terror, mas “A bolha assassina” não é um filme de terror, é uma produção muito divertida, inventiva e que se tornou icônica da década de 50.
Beware of The Blob, it crepes (Cuidado com a bolha, ela rasteja)
And leaps and glides and slides (e salta e desliza e escorrega)
Across the floor (através do chão)
Right through the door (vai direto pela porta)
And all around the wall (e por toda a parede)
A splotch, a blotch (uma mancha, um borrão)
Be careful of The Blob! (Cuidado com a bolha)
Fantasma do Espaço
2.9 6 Assista AgoraMais uma sci-fi da década de 50 que é apenas mediana e curiosa.
O filme inteiro se resume à perseguição ao tal fantasma, um alienígena que veste uma roupa parecida com um escafandro, o que torna o filme enfadonho.
A parte mais interessante é o aparecimento do ser ao final da narrativa, com efeitos especiais criativos e razoáveis para a época.
Além da Barreira do Tempo
2.8 3A premissa que muitos filmes já usaram, antes e depois deste. Um viajante do tempo que descobre que algum evento criado pelo próprio homem, acabou por dizimar parte da humanidade (em alguns filmes, a humanidade inteira).
SPOILERS:
Quando o protagonista chega ao futuro, coincidentemente no ano que assisti ao filme, 2024, a narrativa fica arrastada, e descobrindo a tragédia que abateu o mundo, volta ao passado para tentar evitar o que eles chamam de "praga".
Não entendi porque ele envelhece na votla ao passado, já que não havia envelhecido quando foi para o futuro, mas enfim, é uma sci-fi mediana entre as muitas produzidas nas décadas de 50 e 60.
Pedido Irlandês
2.7 121Quando temos a presença de Lindsay Lohan e a sinopse do filme, já entendemos que é uma comédia romântica e não podemos esperar mais que isso, e acho que o filme cumpre bem o seu papel.
O enredo é pura fantasia, aliada a um cenário absolutamente deslumbrante. Me lembrou outra comedia romântica que brinca com os estereótipos entre britânicos e americanos, "O melhor amigo da noiva" de 2008.
Lindsay Lohan é bonita, parece ter se livrado dos excessos de procedimentos estéticos e certamente é carismática e tem ótima química com Ed Speleers, que além de bonito é bom ator, embora aqui não seja exigido.
É o tipo de fllme que é apenas entretenimento, um passatempo agradável que agrada aos olhos, pela beleza dos atores e do cenário.
Paralisia
2.3 73 Assista AgoraMais um filme ruim produzido pela Netflix.
A premissa da mulher em coma que guarda algum segredo, é até instigante mas depois tudo vai sendo tão mal desenvolvido, que chega ao final sem gerar muito interesse ou preocupação com o destino de seus personagens.
Morte no Gelo
2.9 4Acaba se perdendo no desenvolvimento da história, pois a princípio o que seria um enredo instigante que envolvia nazismo e segunda guerra mundial, acaba deixado em segundo plano.
SPOILERS:
A narrativa acaba se fixando totalmente no rapto e morte de Elsa, amiga de Jean, sobrinha do Dr Norberg (Dana Andrews, o nome mais conhecido do elenco), que após ser morta, tem sua cabeça conservada e ressuscitada e comunica-se com Jean por telepatia.
Tem umas soluções criativas, como a cabeça falante e os braços que se moviam pendurados em uma parede supostamente ligados à fios. è uma varição da clássica história de Frankenstein.
O que acho sempre engraçado é os alemães conversando entre si em inglês com sotaque alemão, artífico comum nos filmes dessa época.
La Marca del Muerto
3.0 2Terror mexicano bastante climático embora com todos os clichês de filmes de terror com cientista louco.
Tem uma narrativa um tanto arrastada, mas não impede o envolvimento com seu enredo sinistro.
É claro que podemos questionar porque Gonzalo (Fernando Casanova)
aceita tão rapidamente ressuscitar o Dr Malthus, baseado nas anotações do antepassado, até raptando a empregada da casa, para depois arrepender-se e tentar consertar a bobagem.
O México fazia um cinema de horror interessante e criativo.
Viagem Rumo ao Infinito
3.0 4É tipo um episódio de "Viagem ao fundo do mar" com maior duração.
A criatura tem um design tosco, mas era o possível para a época e para um filme de baixo orçamento.
Algumas cenas submarinas bem filmadas, vale apenas como curiosidade.
Rogai Por Nós
2.3 409 Assista AgoraTerror bem produzido e com bom elenco.
SPOILERS ABAIXO:
Jeffrey Dean Morgan, mais carismático que bom ator, tem boa atuação como o jornalista oportunista que vê a chance de recuperar sua carreira abalada por divulgação de notícias falsas, quando se depara com uma aparente fenômeno que envolve uma garota que afirma ver a Virgem Maria e começa a operar curar milagrosas.
Há citações sobre as aparições da Virgem Maria em Lourdes (França) em 1858, Fátima (Portugal) em 1917 e em Medjugorje (Bosnia) em 1981, santuários que atraem milhões de peregrinos todos os anos, o que reforça a abordagem religiosa da trama.
É um filme que além do terror, pois há cenas bastante sinistras, trabalha bem a narrativa que mexe com essa dualidade da crença em algo sobrenatural motivado pela fé, ao mesmo tempo questiona se a fé realmente possa ser a explicação para tais acontecimentos que vão além da compreensão humana.
Em certo momento, um personagem diz "a dúvida enfraquece a fé, a dúvida conduz a perdição", alertando para que devemos acreditar incondicionalmente em Deus e nos poderes da fé, para alcançarmos a plenitude da vida e quando descobrimos que na verdade, não são milagres divinos, mas demoníacos, ouvimos "a fé no mal, fortalece o mal".
Apesar de ser primordialmente um filme de terror, com sequências de efeitos especiais bem produzidos, envolve muitos questionamentos filosóficos acerca de fé, que há séculos gera conflitos na humanidade, com um final que reforça o lado religioso da narrativa, quando acontece mesmo um verdadeiro milagre operado por Deus.
Grito de Pânico
2.3 5A trama é intrigante, gera interesse para saber afinal porque aquela gente toda da cidade se volta contra o protagonista após o atropelamento mas tudo é muito arrastado e a narrativa vai e vem sem chegar a lugar algum.
Além disso, muitas pontas soltas
Afinal porque queriam esconder que o homem que ele atropelou morreu? Porque queriam simular que ele morreu de outra forma?
E o final, com a empregada contando o que aconteceu, no que iria ajudar o protagonista já que ele havia matado o xerife e atropelado e matado um homem?
A tv americana na década de 70 produziu thrillers bem melhores.
Sem Vestígios
3.4 280 Assista AgoraA premissa do serial killer que exibe seus crimes na internet, está mais do que batida, embora não sei se em 2008 já havia tantos filmes com esse tema, mas já existia a série "Criminal Minds", que estreou em 2005 e o filme é praticamente um episódio longo de todos as situações que já vimos na série que apresenta narrativas semelhantes de maneira mais ágil e bem desenvolvida.
Diane Lane é boa atriz, mas não convence como a especialista do FBI em crimes virtuais que de dramática e chorosa, acostumada a ficar sentada em frente a um computador, vira uma super ninja na sequência final.
Não é ruim, mas não empolga, é apenas assistível.
Bom Dia, Verônica (3ª Temporada)
2.7 184 Assista AgoraTodos os acontecimentos apressados, forçados e sem sentido dessa última temporada, podem ser atribuídos pela curta duração de apenas 3 episódios. Claramente a série não ia ser finalizada, então parece que conseguiram .a verba para finalização desde que fosse mais curta.
"Bom dia, Verônica", que começou com uma pegada mais realista e perdeu em parte na segunda temporada, abandonou de vez qualquer resquício de verossimilhança nesta última. Não que tenha ficado ruim, mas parece outra série.
SPOILERS ABAIXO:
A protagonista, que tinha como característica a sagacidade e esperteza, virou uma espécie de zumbi crédulo, confiando logo de cara em um homem, Jerônimo (Rodrigo Santoro) que acaba de conhecer e é seduzida por ele, está certo que era o Santoro, mas mesmo assim a policial deveria ver mais séries policiais com plot twist... rsrsrs
O pastor Matias (Reynaldo Gianecchini), que foi o super vilão perverso da segunda temporada, além de ter seu lado maquiavélico atenuado, teve também uma queda no índice de QI, ao armar um grande esquema para fugir da cadeia e ir justamente para a fazenda de Jerônimo, sabendo que não era bem vindo, ainda mais porque queria sua filha, prisioneira do vilão mor da temporada e de sua mãe Diana (Maitê Proença).
A cena da morte de Matias, muito bem encenada e impactante, foi um dos pontos altos de uma temporada bastante irregular, com personagens com importância bastante diminuída como a delegada Glória e Gisele, que pouco ou nada tiveram de importância no enredo. Angela (Klara Castanho), que foi o grande destaque da temporada anterior, nesta também perdeu importância.
É curioso como os vilões tiveram uma crescente de maldade e de poder da primeira temporada até esta última. Na primeira, Brandão (Du Moscovis) era uma simples policial, na segunda Matias era um pastor rico que comandava uma gangue de mafiosos e na terceira, Jerônimo, era mais rico ainda e comandava também um esquema de abuso de mulheres e tráfico de crianças, mas enquanto Matias parecia acreditar que curava através do sexo, Jerônimo simplesmente usava as mulheres para gerar filhos e depois as matava.
Na última cena, em que descobrimos que Verônica e as mulheres que ela havia salvado das garras de Jerônimo formam uma gangue de justiceiras, vemos uma fala no mínimo incoerente. Elas aprisionam um dos homens que estava no leilão de mulheres, e enquanto ele estava amarrado, retiram o capuz da cabeça dele, Verônica diz seu nome para que ele nunca esqueça e conte aos outros quem vai perseguir todos os abusadores um a um e em seguida corta a garganta dele. What? Como ele iria não esquecer e contar alguma coisa para alguém se é morto 10 segundos depois?
É claro que não é só esta cena, há inúmeras como a facilidade com que Veronica entra na fazenda de Jerônimo, que supostamente deveria ser super vigiada por dezenas de câmeras e capangas.
Talvez o único momento baseado na realidade, foi a fala quase ao final da narrativa de que a justiça no Brasil não funciona, quando comentam que a maioria dos homens aprisionados no leilão de mulheres na fazenda havia sido liberado.
Como ação é envolvente, mas, apesar de apontar estas cenas forçadas, entendo que não podemos nos apegar à lógica, é preciso ligar a suspensão de descrença para curtir, porque é uma produção bem feita e divertida, mas inferior às temporadas anteriores.
Vivendo Com o Perigo
2.9 20Tiffani Thiessem, muito conhecida no Brasil no papel de Valerie, a "nova Brenda" da série sucesso dos anos 90, "Barrados no baile", tem boa atuação como a mulher
que após ser estuprada acaba casando com um estuprador vivido por Eric Close (conhecido pela série "Without a trace"), que passa a ameaçá-la e também a filha recém nascida de ambos, quando ela descobre que ele estava comentendo estupros pelo bairro onde moravam.
O mais triste é que o filme, segundo informam nos créditos, é baseado em fatos reais.
Fugindo da Morte
2.8 5Michael Ironside num raro personagem em que não é o vilão, vive o policial Gary Yanuck.
A trama é bem conduzida, embora o mistério sobre a identidade do assassino é revelado na metade da narrativa, mesmo assim o enredo ainda continua envolvente.
Mas uma ressalva
em uma das mortes, o serial killer levanta o policial pelo pescoço... uma mulher, no caso Lynn (Kate Vernon) que depois revela-se que era a assassina, teria força para levantar um homem com o dobro de seu tamanho? O sonambulismo gera alguma força sobrenatural? Um tanto forçado.
Em relação ao final
justifica-se as mortes como uma vingança de uma mulher que foi estuprada pelos policiais que depois ela assassinou. Gary mata o último da lista de estupradores, após a morte de Lynn, forjando que seria também Lynn que cometera o crime. Ou seja, ninguém fica sabendo sobre o estupro coletivo e Lynn é que fica com fama de assassina serial descontrolada.
Lynn matava em estado de sonambulismo sem ter consciência do que fazia? Isso a inocentaria dos crimes?
Os estupradores, na verdade, apesar de mortos, ficaram impunes, já que nem suas memórias foram abaladas pois não houve a revelação do crime hediondo que cometeram.
Um final talvez insatisfatório em relação à punição, mas que não deixa de ser realista quando sabemos que existe corporativismo em qualquer profissão.