Cópia de "O bebê de Rosemary", com claras referências do clássico de Roman Polanski e, claro, sem nada da qualidade deste.
O edifício Dakota, agora chama "Paris", tem até o casal do apartamento vizinho que finge ser amigo, só faltou a protagonista resolver cortar o cabelo curtinho...
Kim Delaney é bonita e até se esforça, Thomas Gibson tenta ser sedutor, mas tudo é muito ruim, as cenas do passado são constrangedoras e o seu final
"Tempo" tem uma premissa bastante interessante, apesar de absurda, um local, no caso a praia, que acelera o envelhecimento e a partir daí, o diretor nos apresenta reflexões sobre o clichê "o tempo voa", em como muitas vezes desperdiçamos nosso tempo e nossas vidas com preocupações irrelevantes, ao mesmo tempo que mostra como pessoas confinadas em um ambiente podem se descontrolar.
O maior problema do filme é seu final, pois Shyamalan parece estar preso à sua obra prima "O sexto sentido" e tem sempre a obrigação de um plot twist genial, o que muitas vezes acaba resultando em um final decepcionante. No caso de "Tempo" o final, como a reviravolta é ruim
pois os irmãos mesmo que seus corpos tenham envelhecido o mesmo não teria ocorrido com suas mentes, para poder destruir todo o planejamento da organização farmacêutica que matava pessoas para supostamente salvar milhões.
O final é muito simplista e ingênuo, para todas as reflexões propostas pela narrativa, mas mesmo assim ela nos envolve de forma a querermos desvendar o mistério e chegar até seu final.
quando Jack, o irmão mais velho, encontra a verdadeira mãe de Maisy, numa cama, sobrevivendo ali em condições precárias durante anos. Para que? Aliás revelação que não serviu para nada, pois Maisy, na verdade Jane, nem soube que a mãe ainda vivia.
O filme tem um ritmo bastante lento mas a narrativa é intrigante.
O elenco é acima da média com destaque para Susan Sarandon e conta com participações menores dos veteranos Ellen Burstyn e Donald Sutherland (este sempre com sua presença forte e magnética).
Difícil criar empatia com o personagem de Susan, aquela policial veterana, amargurada com a vida, autodestrutiva, viciada em analgésicos e alcoólatra, que trata todos mal, egoísta e mal humorada, o que é até um clichê de filmes policiais (alguns levados para o lado do humor como o Martin Riggs de Mel Gibson em Máquina Mortífera).
Hazel (Susan) ao investigar a morte de uma idosa moradora da cidade em que é detetive acaba fazendo relação com outras mortes e com a existência de um serial killer.
O final que despertou dúvidas e pode ser aberto ou não...
talvez a aparente loucura de Simon, após conseguir 12 almas voluntárias, ele sendo a última quando se suicidou, que achava que seu irmão ressuscitaria através de uma suposta oração, realmente foi efetiva, já que o corpo despareceu do trailer ou simplesmente algum dos seus "discípulos" teria retirado o corpo?
descobrimos que Mandrake (Daniel Gillies) foi abusado na infância e por isso sua revolta explode em tamanha violência, a partir do momento que ele mata os dois adolescentes filhos do casal e começa a matar aleatoriamente pessoas que nada tem a ver com seu trauma, só nos resta torcer para que ele morra da forma violenta como mata suas vítimas. E é o que acontece, numa cena sem muito sentido, quando o calado Tubs (Mathhias Luafutu) atira contra a cabeça do psicopata, ele que até então havia permitido e até ajudado o parceiro a fazer aquelas barbaridades resolve matá-lo. A narrativa não faz concessões para um final feliz, o que já fica claro aos 20 minutos de filme quando os dois filhos do casal são mortos de forma inesperada e chocante.
Não há muitas explicações para as atitudes dos agressores e nem tampouco para a reação até passiva das vítimas.
As atuações são boas, quem não sente ódio de Mandrake com sua fala mansa enquanto tortura aquela família e vai matando pessoas que nada tem a ver com os traumas do seu passado?
"Voltando para casa no escuro" é indigesto, tenso e mergulha no terror psicológico através de uma brutalidade inesperada e sem sentido, mesmo que para o perturbado Mandrake perdido em sua psicopatia, aquela seja a única saída para que sua vida faça sentido.
Mais um bom drama policial austríaco que mais uma vez tem como cenário uma idílica vila entre as montanhas, uma marca dessa série de filmes produzidos para a TV com o título de "Landkrimi".
O corpo de uma mulher aparece num lago e o que a princípio parecia ser um afogamento acaba se revelando um assassinato. O caso de uma garota desaparecida há 12 anos que era namorada do assistente do inspetor de polícia
acaba tendo relação com o assassinato da mulher do lago, já que ambas haviam sido mortas pela mesmo homem. A conexão entre os dois casos vai sendo revelada de forma coesa e mantendo o interesse.
A forma como esses dramas vindos da Áustria mesclam a vida pessoal de investigadores e investigados com os crimes cometidos é sempre muito envolvente.
O título nacional acaba usando o termo "rasto", mais comum no português de Portugal ao invés de "rastro".
Do mesmo roteirista do ótimo "Buscando" (Searching) de 2018 e seguindo a mesma linha, uma narrativa que é contada totalmente através da tela de dispositivos, conseguindo ser tão bom quanto o primeiro.
O plot twist que é revelado já quase ao final do filme por um "corte" em um vídeo é só uma das boas sacadas em uma narrativa que se desenvolve coesa e sempre em crescente nível de tensão.
O elenco também só merece elogios com destaque para sua expressiva protagonista.
A narrativa envolve, valorizado pelo elenco, com um tema polêmico como a reencarnação, só acho que o final poderia ser menos apressado e ir um pouco além, termina de forma muito repentina.
Assisti no YouTube com o título de "Obsessão do medo".
Feito para a TV, suspense genérico, mas consegue manter a atenção, embora a identidade do estuprador não seja uma grande surpresa.
O que vale destacar, é a abordagem sobre a mulher estuprada ser considerada "culpada" pelo estupro por seu comportamento ou roupas, uma visão equivocada e preconceituosa que ainda hoje muitas pessoas tem.
estava meio na cara que Isabel não havia morrido porque qual assassino de aluguel que mata, tira foto e leva o corpo embora? Porque o corpo sumiria senão para no final a vítima não ter morrido?
que além de não ter descoberto NADA sobre o caso, ainda encerra a investigação sem se preocupar em investigar afinal onde estava o corpo da vítima? Como havia sido removido do local sem deixar uma trilha de sangue? Que assassino de aluguel mata e leva o corpo? Qual a lógica?
Se Edgar Allan Poe fosse vivo, processaria os produtores por colocar seu nome nos créditos desse filme. O enredo não tem quase nada do conto de Poe, a não ser o título que aqui ainda aparece com o estranho nome de "Um minuto antes da morte", sendo que nos letreiros do filme o título é "The oval portrait" (O retrato oval), como no conto de Poe, mas como disse, além disso, pouco tem a narrativa a ver com o conto. a não ser sua fixação mórbida pela morte e a presença do retrato do título.
O filme é uma produção pobre, filmada em um único cenário, com péssimos atores e um enredo de amor impossível. Além disso a protagonista, que acredita estar possuída pelo espírito do retrato, tem muitos anos a mais do que exigiria o personagem, um tipo virginal e inocente.
Com os mesmos personagens Franziska e Martin de "Em águas agitadas" (2019), e como o anterior o roteiro envolve com sua narrativa direta.
Neste sabemos desde a primeira cena quem era o incendiário que provocava incêndios criminosos na pequena vila onde a comandante da polícia é Franziska, policial que enfrenta conflitos com a família por sua orientação sexual (no primeiro filme, o assunto é mais abordado, neste apenas citado brevemente). Para ajudá-la na investigação, novamente vem seu amigo Martin, detetive da capital mas nascido na vila.
Sophie, menina abandonada pela mãe e negligenciada pelo pai. O incêndio que ela causa resulta na morte de um rapaz que estava na casa que ela julgava vazia ao colocar fogo, há um plot twist final em que descobrimos que um rapaz, Theo, havia dopado a vítima e a colocado na casa, sabendo que Sophie iria incendiá-la. O rapaz morto, filho do chefe dos bombeiros, havia causado a morte do irmão de Theo.
Estes filmes policiais austríacos tem o mérito de equilibrar a investigação com os dramas pessoais dos personagens, que resulta numa mistura envolvente, além de contar sempre com as belas paisagens do país.
Faz parte de uma série de filmes produzidos para a TV austríaca sob o título de "Landkrimi".
Mais um bom drama policial austríaco, que faz parte de uma série de filmes produzidos para a TV sob o titulo de 'Landkrimi", e como nos filmes da série, consegue equilibrar bem o mistério policial com o drama pessoal dos habitantes da vila que é cenário da trama.
Preconceito e inoperância da polícia são alguns do temas abordados;
que abandona a pequena vila e vai viver em Viena, recebe a hostilidade dos habitantes por ser considerada "avançada" e não encontra ajuda quando começa a investigar o desaparecimento de sua irmã e da amiga dela. A solução final é inesperada, quando descobrimos que a vizinha amiga é a responsável pelo morte acidental da garota e todo o conflito foi ocasionado por duas garotas que se apaixonaram mas não podiam viver sua relação em uma vila conservadora.
Mais um drama policial produzido na Áustria e que se passa numa pequena vila de paisagens deslumbrantes, praticamente um sub-gênero no país.
Este foca mais no drama do que na investigação, já que na metade da trama já descobrimos quem foi o responsável pela morte das 3 crianças cujos ossos são descobertos na primeira cena do filme.
quando é revelado que a criança sobrevivente, Claudia, uma menina, seria hermafrodita, e ao crescrer assume o gênero masculino e é o companheiro do médico da vila e que volta em busca de suas origens e buscando superar seus traumas. O roteiro não opta pelo final piegas, em que mãe e filho se encontram e se perdoam, pelo contário, o conflito é exposto e as mágoas e o ódio prevalecem, já que a mãe, que havia sufocado os 3 filhos, confessa estar arrependida de não ter sufocado Claudia, agora Mathias. Assim como temos também um final sem concessões para o drama da protagonista, que após 3 abortos está novamente grávida, mas a criança provavelmente teria alguma deformação. Também continuará com um casamento, cujo marido é machista e conservador.
Mais uma produção para a tv austríaca da série "Landkrimi", que tem qualidade e envolve com sua trama misturando mistério e drama, embora com ritmo lento.
O filme tem uma ótima ambientação em uma sinistra mansão estilo gótico, com bom desempenho de todo o elenco, destaque para o menino protagonista que com sua aparência frágil desenvolve um personagem muito convincente.
apesar de supreendente, não me agradou, pois a premissa é absurda. Se lá fora é um apocalipse zumbi, o que impedia que eles adentrassem a propriedade que não parecia ser nenhuma fortaleza murada? De onde vinham os alimentos e até os cigarros consumidos pelos habitantes da mansão?
Bela fotografia, boa criação de clima de suspense, embora extremamente lento e arrastado.
Continuação de um filme do mesmo ano, baseado numa história real, conta sobre a mulher que assassinou o ex-marido e sua atual esposa.
Não vi o primeiro filme que relata a traição e o término do casamento, este foca na prisão e no julgamento da assassina e acaba sendo um "drama de tribunal".
Meredity Baxter tem boa atuação, mas a narrativa é um tanto enfadonha e repetitiva.
foi para mim um tanto previsível, já que no começo não mostraram o rosto do paciente que fugiu do hospício, lançando a dúvida sobre quem seria o psicopata fugitivo, e todas as pistas dando a entender que seria Stephen, para na revelação final descobrirmos que era Belle. Todas essas pistas davam uma dica de que viria um plot twist, que apesar de esperado, não deixou de ser uma boa solução.
Quem assiste esperando ver um filme de terror, como pode sugerir o trailer, vai se decepcionar, o filme, até difícil de ser definido, pode ser um drama, uma alegoria que usa metáforas para elaborar uma crítica social sobre capitalismo e relações trabalhistas.
Os problemas estruturais como vazamentos e infiltrações que Helena encontra no imóvel que aluga para montar seu mercadinho, funcionam como um gatilho para a paranoia que começa a tomar conta dela.
A criatura que Helena encontra atrás da parede sobre a qual não temos maiores explicações, e que resvala no realismo fantástico, nos leva a crer que sua função é ser uma metáfora, o ser demoníaco é todo o colapso que toma conta da vida de Helena, começando pelo empreendimento que não óbtem o sucesso esperado até o desemprego do marido que abala o casamento e suas relações com seus próprios empregados. Helena não esconde a revolta de ver o marido, experiente e talentoso, sendo trocado por alguém mais jovem e sem experiência, algo comum no mercado de trabalho, e parece descontar isso em seus próprios "subalternos.
Apesar da protagnista tratar a sua funcionária doméstica com respeito e delicadeza, ela não a vê como mais do que um acessório que cuida da casa e da filha na sua ausência.
As mensagens do longa não estão exatamente escondidas, mas podem ser interpretadas de diferentes formas, cabendo a cada um decifrá-las.
Como entretenimento, o filme é lento e arrastado, mas é um bom exercício de reflexão. Pode ser que o único horror mostrado no filme, seja a sociedade, que exige que você trabalhe, mesmo sem perspectivas de futuro ou melhora de vida, mas não dá oportunidade para que todos consigam um trabalho digno, talvez seja este o lado mais macabro (e real) da narrativa, como a cena final que expõe a competitividade que beira a selvageria no atual mercado de trabalho.
A Hammer produziu uma quadrilogia com o clássico personagem da múmia, "A múmia" (1959), "A maldição da múmia" (1964), "Sangue no sarcófago da múmia" (1971) e este "A mortalha da múmia" (1967) também conhecido como "O sarcófago maldito".
Este tem muitos diálogos e demora para a ação propriamente dita, ou seja, os ataques da múmia, mas tem um bom clima de suspense e um par de vilões sinistros que controlam e são responsáveis pela ressuscitação da criatura.
Eu, particularmente, gosto muito destes filmes com enredos que envolvem maldições do antigo Egito com sarcófagos, faraós, múmias, princesas etc...
Suspense bem clichê, com o típico enredo de família ameaçada por casal de psicopatas.
Como curiosidade, no elenco Marg Helgenberger, que depois ficaria bastante conhecida como uma das peritas da série CSI Las Vegas, a franquia original que revolucionou o mercado americano de séries procedurais.
que a assassina, que era a réporter de tv, tinha sérios traumas vindos da infância e em consequência disso, distúrbios psicológicos que provocaram sua psicopatia. Este enredo, hoje em dia bastante comum em filmes e séries, é, por exemplo, o tema de nove entre dez episódios da série "Criminal Minds".
O título é apelativo e a nudez desnecessária, mas eram pré requisitos dos filmes produzidos na chamada "boca do lixo paulistana" e funcionavam como chamarizes de bilheteria, afinal o público alvo daquelas produções dificilmente se interessaria por um filme cuja trama lenta e intrigante com ares hitchcockianos lembra também o cinema intimista de Walter Hugo Khouri e os chamados "giallos", os suspenses italianos.
já que o marido tentar enlouquecer a esposa para levá-la à internação ou à morte, interessado em seu dinheiro não é novidade desde os tempos de "Á meia luz" (Gaslight) de 1944, clássico com Ingrid Bergman. Nesse caso, o marido se utiliza da, ainda na época, rudimentar tecnologia, para aterrorizar a esposa que já se recuperava de um esgotamento nervoso. O final acaba por apelar ao sobrenatural escancarado, deixando de lado a trama maquiavélica tencológica quando Helena (Kate Hansen) supostamente é possuída pelo espírito do marido de Arlete (Betty Saady), amante de seu marido (Flavio Galvão) a quem ela acaba por assassinar.
Incomoda um pouco a dublagem feita posteriormente que dá um ar artifical às atuações mas era algo comum no cinema dos anos 70.
Algumas boas sequências como a do enforcamento na abertura e a do olho do peixe, criam uma atmosfera sinistra, complementada pelo melancólico isolamento das locações em uma praia de São Sebastião no litoral paulista.
O elenco em geral está bem, prejudicado pela dublagem, destaque para Kate Hansen, com exceção de Zilda Mayo que está lá apenas para "ser bonita" em um personagem estereotipado.
Suspense brasileiro setentista que vale a pena conhecer.
Herdeiro do Mal
1.8 11 Assista AgoraCópia de "O bebê de Rosemary", com claras referências do clássico de Roman Polanski e, claro, sem nada da qualidade deste.
O edifício Dakota, agora chama "Paris", tem até o casal do apartamento vizinho que finge ser amigo, só faltou a protagonista resolver cortar o cabelo curtinho...
Kim Delaney é bonita e até se esforça, Thomas Gibson tenta ser sedutor, mas tudo é muito ruim, as cenas do passado são constrangedoras e o seu final
quer dizer que foi só batizar o "filho do diabo" e tudo se resolveu, o "diabo" desistiu da criança e fim?
Tempo
3.1 1,1K Assista Agora"Tempo" tem uma premissa bastante interessante, apesar de absurda, um local, no caso a praia, que acelera o envelhecimento e a partir daí, o diretor nos apresenta reflexões sobre o clichê "o tempo voa", em como muitas vezes desperdiçamos nosso tempo e nossas vidas com preocupações irrelevantes, ao mesmo tempo que mostra como pessoas confinadas em um ambiente podem se descontrolar.
O maior problema do filme é seu final, pois Shyamalan parece estar preso à sua obra prima "O sexto sentido" e tem sempre a obrigação de um plot twist genial, o que muitas vezes acaba resultando em um final decepcionante. No caso de "Tempo" o final, como a reviravolta é ruim
pois os irmãos mesmo que seus corpos tenham envelhecido o mesmo não teria ocorrido com suas mentes, para poder destruir todo o planejamento da organização farmacêutica que matava pessoas para supostamente salvar milhões.
O final é muito simplista e ingênuo, para todas as reflexões propostas pela narrativa, mas mesmo assim ela nos envolve de forma a querermos desvendar o mistério e chegar até seu final.
Frio nos Ossos
3.0 241 Assista AgoraA ambientação é bem sombria, uma fazenda isolada em meio a uma tempestade, um clichê típico dos filmes de suspense, mas que sempre funciona.
O elenco está bem, com destaque para a veterana Joely Richardson.
O enredo é intrigante e consegue envolver e há várias reviravoltas, que são inesperadas, mas uma delas bastante implausível
quando Jack, o irmão mais velho, encontra a verdadeira mãe de Maisy, numa cama, sobrevivendo ali em condições precárias durante anos. Para que? Aliás revelação que não serviu para nada, pois Maisy, na verdade Jane, nem soube que a mãe ainda vivia.
O final, bastante irônico, é divertido.
Vale para ver numa noite fria de chuva...
A Convocação
2.9 103 Assista AgoraO filme tem um ritmo bastante lento mas a narrativa é intrigante.
O elenco é acima da média com destaque para Susan Sarandon e conta com participações menores dos veteranos Ellen Burstyn e Donald Sutherland (este sempre com sua presença forte e magnética).
Difícil criar empatia com o personagem de Susan, aquela policial veterana, amargurada com a vida, autodestrutiva, viciada em analgésicos e alcoólatra, que trata todos mal, egoísta e mal humorada, o que é até um clichê de filmes policiais (alguns levados para o lado do humor como o Martin Riggs de Mel Gibson em Máquina Mortífera).
Hazel (Susan) ao investigar a morte de uma idosa moradora da cidade em que é detetive acaba fazendo relação com outras mortes e com a existência de um serial killer.
O final que despertou dúvidas e pode ser aberto ou não...
talvez a aparente loucura de Simon, após conseguir 12 almas voluntárias, ele sendo a última quando se suicidou, que achava que seu irmão ressuscitaria através de uma suposta oração, realmente foi efetiva, já que o corpo despareceu do trailer ou simplesmente algum dos seus "discípulos" teria retirado o corpo?
O certo é que não saberemos.
Voltando para Casa no Escuro
2.7 56 Assista AgoraO filme é arrastado e muito violento, com cenas de uma crueza impactante.
É claro que mesmo quando
descobrimos que Mandrake (Daniel Gillies) foi abusado na infância e por isso sua revolta explode em tamanha violência, a partir do momento que ele mata os dois adolescentes filhos do casal e começa a matar aleatoriamente pessoas que nada tem a ver com seu trauma, só nos resta torcer para que ele morra da forma violenta como mata suas vítimas. E é o que acontece, numa cena sem muito sentido, quando o calado Tubs (Mathhias Luafutu) atira contra a cabeça do psicopata, ele que até então havia permitido e até ajudado o parceiro a fazer aquelas barbaridades resolve matá-lo.
A narrativa não faz concessões para um final feliz, o que já fica claro aos 20 minutos de filme quando os dois filhos do casal são mortos de forma inesperada e chocante.
Não há muitas explicações para as atitudes dos agressores e nem tampouco para a reação até passiva das vítimas.
As atuações são boas, quem não sente ódio de Mandrake com sua fala mansa enquanto tortura aquela família e vai matando pessoas que nada tem a ver com os traumas do seu passado?
"Voltando para casa no escuro" é indigesto, tenso e mergulha no terror psicológico através de uma brutalidade inesperada e sem sentido, mesmo que para o perturbado Mandrake perdido em sua psicopatia, aquela seja a única saída para que sua vida faça sentido.
Rastos de Sangue
2.6 5Mais um bom drama policial austríaco que mais uma vez tem como cenário uma idílica vila entre as montanhas, uma marca dessa série de filmes produzidos para a TV com o título de "Landkrimi".
O corpo de uma mulher aparece num lago e o que a princípio parecia ser um afogamento acaba se revelando um assassinato.
O caso de uma garota desaparecida há 12 anos que era namorada do assistente do inspetor de polícia
acaba tendo relação com o assassinato da mulher do lago, já que ambas haviam sido mortas pela mesmo homem. A conexão entre os dois casos vai sendo revelada de forma coesa e mantendo o interesse.
A forma como esses dramas vindos da Áustria mesclam a vida pessoal de investigadores e investigados com os crimes cometidos é sempre muito envolvente.
O título nacional acaba usando o termo "rasto", mais comum no português de Portugal ao invés de "rastro".
Desaparecida
3.7 289 Assista AgoraDo mesmo roteirista do ótimo "Buscando" (Searching) de 2018 e seguindo a mesma linha, uma narrativa que é contada totalmente através da tela de dispositivos, conseguindo ser tão bom quanto o primeiro.
O plot twist que é revelado já quase ao final do filme por um "corte" em um vídeo é só uma das boas sacadas em uma narrativa que se desenvolve coesa e sempre em crescente nível de tensão.
O elenco também só merece elogios com destaque para sua expressiva protagonista.
A Reencarnação de Peter Proud
3.1 23A narrativa envolve, valorizado pelo elenco, com um tema polêmico como a reencarnação, só acho que o final poderia ser menos apressado e ir um pouco além, termina de forma muito repentina.
Todos Muito Estranhos
3.0 10 Assista AgoraFilme que começa como suspense e se transforma em um drama familiar.
O desenvolvimento é bem lento, quase sem ação, o que torna o filme um tanto cansativo.
Vale pelo elenco com os ótimos Stacy Keach, Samantha Eggar e um muito jovem John Savage.
Robby Benson, o filho bonitinho de grandes olhos azuis, interpreta a canção tema feita especialmente para o filme.
Condomínio do Medo
3.0 9Assisti no YouTube com o título de "Obsessão do medo".
Feito para a TV, suspense genérico, mas consegue manter a atenção, embora a identidade do estuprador não seja uma grande surpresa.
O que vale destacar, é a abordagem sobre a mulher estuprada ser considerada "culpada" pelo estupro por seu comportamento ou roupas, uma visão equivocada e preconceituosa que ainda hoje muitas pessoas tem.
Fiéis
2.8 98 Assista AgoraFilme que começa bem mas vai se perdendo e com um final pra lá de ruim.
O final supostamente inesperado
estava meio na cara que Isabel não havia morrido porque qual assassino de aluguel que mata, tira foto e leva o corpo embora? Porque o corpo sumiria senão para no final a vítima não ter morrido?
E essa polícia belga
que além de não ter descoberto NADA sobre o caso, ainda encerra a investigação sem se preocupar em investigar afinal onde estava o corpo da vítima? Como havia sido removido do local sem deixar uma trilha de sangue? Que assassino de aluguel mata e leva o corpo? Qual a lógica?
Resumo
juíza que só encontra prazer traindo o marido e marido que sente prazer em ser corno
O Retrato Oval
2.9 1Se Edgar Allan Poe fosse vivo, processaria os produtores por colocar seu nome nos créditos desse filme. O enredo não tem quase nada do conto de Poe, a não ser o título que aqui ainda aparece com o estranho nome de "Um minuto antes da morte", sendo que nos letreiros do filme o título é "The oval portrait" (O retrato oval), como no conto de Poe, mas como disse, além disso, pouco tem a narrativa a ver com o conto. a não ser sua fixação mórbida pela morte e a presença do retrato do título.
O filme é uma produção pobre, filmada em um único cenário, com péssimos atores e um enredo de amor impossível. Além disso a protagonista, que acredita estar possuída pelo espírito do retrato, tem muitos anos a mais do que exigiria o personagem, um tipo virginal e inocente.
Ruim de doer.
Chamas da Fúria
2.6 6Com os mesmos personagens Franziska e Martin de "Em águas agitadas" (2019), e como o anterior o roteiro envolve com sua narrativa direta.
Neste sabemos desde a primeira cena quem era o incendiário que provocava incêndios criminosos na pequena vila onde a comandante da polícia é Franziska, policial que enfrenta conflitos com a família por sua orientação sexual (no primeiro filme, o assunto é mais abordado, neste apenas citado brevemente). Para ajudá-la na investigação, novamente vem seu amigo Martin, detetive da capital mas nascido na vila.
Apesar de sabermos a identidade do incendiário
Sophie, menina abandonada pela mãe e negligenciada pelo pai. O incêndio que ela causa resulta na morte de um rapaz que estava na casa que ela julgava vazia ao colocar fogo, há um plot twist final em que descobrimos que um rapaz, Theo, havia dopado a vítima e a colocado na casa, sabendo que Sophie iria incendiá-la. O rapaz morto, filho do chefe dos bombeiros, havia causado a morte do irmão de Theo.
Estes filmes policiais austríacos tem o mérito de equilibrar a investigação com os dramas pessoais dos personagens, que resulta numa mistura envolvente, além de contar sempre com as belas paisagens do país.
Faz parte de uma série de filmes produzidos para a TV austríaca sob o título de "Landkrimi".
Sem Rastro
2.1 11Mais um bom drama policial austríaco, que faz parte de uma série de filmes produzidos para a TV sob o titulo de 'Landkrimi", e como nos filmes da série, consegue equilibrar bem o mistério policial com o drama pessoal dos habitantes da vila que é cenário da trama.
Preconceito e inoperância da polícia são alguns do temas abordados;
A protagonista
que abandona a pequena vila e vai viver em Viena, recebe a hostilidade dos habitantes por ser considerada "avançada" e não encontra ajuda quando começa a investigar o desaparecimento de sua irmã e da amiga dela.
A solução final é inesperada, quando descobrimos que a vizinha amiga é a responsável pelo morte acidental da garota e todo o conflito foi ocasionado por duas garotas que se apaixonaram mas não podiam viver sua relação em uma vila conservadora.
A Maldição
2.5 5Mais um drama policial produzido na Áustria e que se passa numa pequena vila de paisagens deslumbrantes, praticamente um sub-gênero no país.
Este foca mais no drama do que na investigação, já que na metade da trama já descobrimos quem foi o responsável pela morte das 3 crianças cujos ossos são descobertos na primeira cena do filme.
A narrativa é instigante
quando é revelado que a criança sobrevivente, Claudia, uma menina, seria hermafrodita, e ao crescrer assume o gênero masculino e é o companheiro do médico da vila e que volta em busca de suas origens e buscando superar seus traumas.
O roteiro não opta pelo final piegas, em que mãe e filho se encontram e se perdoam, pelo contário, o conflito é exposto e as mágoas e o ódio prevalecem, já que a mãe, que havia sufocado os 3 filhos, confessa estar arrependida de não ter sufocado Claudia, agora Mathias.
Assim como temos também um final sem concessões para o drama da protagonista, que após 3 abortos está novamente grávida, mas a criança provavelmente teria alguma deformação. Também continuará com um casamento, cujo marido é machista e conservador.
Mais uma produção para a tv austríaca da série "Landkrimi", que tem qualidade e envolve com sua trama misturando mistério e drama, embora com ritmo lento.
O Ninho
3.0 60O filme tem uma ótima ambientação em uma sinistra mansão estilo gótico, com bom desempenho de todo o elenco, destaque para o menino protagonista que com sua aparência frágil desenvolve um personagem muito convincente.
O plot twist final
apesar de supreendente, não me agradou, pois a premissa é absurda. Se lá fora é um apocalipse zumbi, o que impedia que eles adentrassem a propriedade que não parecia ser nenhuma fortaleza murada? De onde vinham os alimentos e até os cigarros consumidos pelos habitantes da mansão?
Bela fotografia, boa criação de clima de suspense, embora extremamente lento e arrastado.
Assassinato por Traição
2.7 5Continuação de um filme do mesmo ano, baseado numa história real, conta sobre a mulher que assassinou o ex-marido e sua atual esposa.
Não vi o primeiro filme que relata a traição e o término do casamento, este foca na prisão e no julgamento da assassina e acaba sendo um "drama de tribunal".
Meredity Baxter tem boa atuação, mas a narrativa é um tanto enfadonha e repetitiva.
Terror Mortal
3.3 12 Assista Agora"Road movie" setentista com bom clima de suspense e ótima performance da dupla de atores.
O final
foi para mim um tanto previsível, já que no começo não mostraram o rosto do paciente que fugiu do hospício, lançando a dúvida sobre quem seria o psicopata fugitivo, e todas as pistas dando a entender que seria Stephen, para na revelação final descobrirmos que era Belle. Todas essas pistas davam uma dica de que viria um plot twist, que apesar de esperado, não deixou de ser uma boa solução.
Perigo no Hospital
2.9 9Apesar do enredo clichê, é um bom suspense com todos aqueles nomes famosos nas produções televisivias dos anos 70/80 como James Farentino.
Lauren Hutton, modelo de sucesso, teve razoável carreira como atriz na qual demonstrou talento para a interpretação.
Em uma ponta um jovem William H. Macy.
Trabalhar Cansa
3.6 211Quem assiste esperando ver um filme de terror, como pode sugerir o trailer, vai se decepcionar, o filme, até difícil de ser definido, pode ser um drama, uma alegoria que usa metáforas para elaborar uma crítica social sobre capitalismo e relações trabalhistas.
Os problemas estruturais como vazamentos e infiltrações que Helena encontra no imóvel que aluga para montar seu mercadinho, funcionam como um gatilho para a paranoia que começa a tomar conta dela.
A criatura que Helena encontra atrás da parede sobre a qual não temos maiores explicações, e que resvala no realismo fantástico, nos leva a crer que sua função é ser uma metáfora, o ser demoníaco é todo o colapso que toma conta da vida de Helena, começando pelo empreendimento que não óbtem o sucesso esperado até o desemprego do marido que abala o casamento e suas relações com seus próprios empregados. Helena não esconde a revolta de ver o marido, experiente e talentoso, sendo trocado por alguém mais jovem e sem experiência, algo comum no mercado de trabalho, e parece descontar isso em seus próprios "subalternos.
Apesar da protagnista tratar a sua funcionária doméstica com respeito e delicadeza, ela não a vê como mais do que um acessório que cuida da casa e da filha na sua ausência.
As mensagens do longa não estão exatamente escondidas, mas podem ser interpretadas de diferentes formas, cabendo a cada um decifrá-las.
Como entretenimento, o filme é lento e arrastado, mas é um bom exercício de reflexão.
Pode ser que o único horror mostrado no filme, seja a sociedade, que exige que você trabalhe, mesmo sem perspectivas de futuro ou melhora de vida, mas não dá oportunidade para que todos consigam um trabalho digno, talvez seja este o lado mais macabro (e real) da narrativa, como a cena final que expõe a competitividade que beira a selvageria no atual mercado de trabalho.
A Mortalha da Múmia
3.1 11A Hammer produziu uma quadrilogia com o clássico personagem da múmia, "A múmia" (1959), "A maldição da múmia" (1964), "Sangue no sarcófago da múmia" (1971) e este "A mortalha da múmia" (1967) também conhecido como "O sarcófago maldito".
Este tem muitos diálogos e demora para a ação propriamente dita, ou seja, os ataques da múmia, mas tem um bom clima de suspense e um par de vilões sinistros que controlam e são responsáveis pela ressuscitação da criatura.
Eu, particularmente, gosto muito destes filmes com enredos que envolvem maldições do antigo Egito com sarcófagos, faraós, múmias, princesas etc...
Domínio de Identidade
2.9 7Suspense bem clichê, com o típico enredo de família ameaçada por casal de psicopatas.
Como curiosidade, no elenco Marg Helgenberger, que depois ficaria bastante conhecida como uma das peritas da série CSI Las Vegas, a franquia original que revolucionou o mercado americano de séries procedurais.
Como passatempo, é mediano.
Terror no Terminal 9
3.1 9Filme para a tv, que vale por seu bom elenco que inclui Richard Crenna e Ving Rhames.
O enredo é clichê, mas para a época pode ter sido considerado mais inovador, hoje não passa de um episódio longo de "Criminal Minds" já
que a assassina, que era a réporter de tv, tinha sérios traumas vindos da infância e em consequência disso, distúrbios psicológicos que provocaram sua psicopatia. Este enredo, hoje em dia bastante comum em filmes e séries, é, por exemplo, o tema de nove entre dez episódios da série "Criminal Minds".
Excitação
3.6 29O título é apelativo e a nudez desnecessária, mas eram pré requisitos dos filmes produzidos na chamada "boca do lixo paulistana" e funcionavam como chamarizes de bilheteria, afinal o público alvo daquelas produções dificilmente se interessaria por um filme cuja trama lenta e intrigante com ares hitchcockianos lembra também o cinema intimista de Walter Hugo Khouri e os chamados "giallos", os suspenses italianos.
Embora previsível
já que o marido tentar enlouquecer a esposa para levá-la à internação ou à morte, interessado em seu dinheiro não é novidade desde os tempos de "Á meia luz" (Gaslight) de 1944, clássico com Ingrid Bergman.
Nesse caso, o marido se utiliza da, ainda na época, rudimentar tecnologia, para aterrorizar a esposa que já se recuperava de um esgotamento nervoso.
O final acaba por apelar ao sobrenatural escancarado, deixando de lado a trama maquiavélica tencológica quando Helena (Kate Hansen) supostamente é possuída pelo espírito do marido de Arlete (Betty Saady), amante de seu marido (Flavio Galvão) a quem ela acaba por assassinar.
Incomoda um pouco a dublagem feita posteriormente que dá um ar artifical às atuações mas era algo comum no cinema dos anos 70.
Algumas boas sequências como a do enforcamento na abertura e a do olho do peixe, criam uma atmosfera sinistra, complementada pelo melancólico isolamento das locações em uma praia de São Sebastião no litoral paulista.
O elenco em geral está bem, prejudicado pela dublagem, destaque para Kate Hansen, com exceção de Zilda Mayo que está lá apenas para "ser bonita" em um personagem estereotipado.
Suspense brasileiro setentista que vale a pena conhecer.