Quem assiste esperando ver um filme de terror, como pode sugerir o trailer, vai se decepcionar, o filme, até difícil de ser definido, pode ser um drama, uma alegoria que usa metáforas para elaborar uma crítica social sobre capitalismo e relações trabalhistas.
Os problemas estruturais como vazamentos e infiltrações que Helena encontra no imóvel que aluga para montar seu mercadinho, funcionam como um gatilho para a paranoia que começa a tomar conta dela.
A criatura que Helena encontra atrás da parede sobre a qual não temos maiores explicações, e que resvala no realismo fantástico, nos leva a crer que sua função é ser uma metáfora, o ser demoníaco é todo o colapso que toma conta da vida de Helena, começando pelo empreendimento que não óbtem o sucesso esperado até o desemprego do marido que abala o casamento e suas relações com seus próprios empregados. Helena não esconde a revolta de ver o marido, experiente e talentoso, sendo trocado por alguém mais jovem e sem experiência, algo comum no mercado de trabalho, e parece descontar isso em seus próprios "subalternos.
Apesar da protagnista tratar a sua funcionária doméstica com respeito e delicadeza, ela não a vê como mais do que um acessório que cuida da casa e da filha na sua ausência.
As mensagens do longa não estão exatamente escondidas, mas podem ser interpretadas de diferentes formas, cabendo a cada um decifrá-las.
Como entretenimento, o filme é lento e arrastado, mas é um bom exercício de reflexão. Pode ser que o único horror mostrado no filme, seja a sociedade, que exige que você trabalhe, mesmo sem perspectivas de futuro ou melhora de vida, mas não dá oportunidade para que todos consigam um trabalho digno, talvez seja este o lado mais macabro (e real) da narrativa, como a cena final que expõe a competitividade que beira a selvageria no atual mercado de trabalho.
A Hammer produziu uma quadrilogia com o clássico personagem da múmia, "A múmia" (1959), "A maldição da múmia" (1964), "Sangue no sarcófago da múmia" (1971) e este "A mortalha da múmia" (1967) também conhecido como "O sarcófago maldito".
Este tem muitos diálogos e demora para a ação propriamente dita, ou seja, os ataques da múmia, mas tem um bom clima de suspense e um par de vilões sinistros que controlam e são responsáveis pela ressuscitação da criatura.
Eu, particularmente, gosto muito destes filmes com enredos que envolvem maldições do antigo Egito com sarcófagos, faraós, múmias, princesas etc...
Suspense bem clichê, com o típico enredo de família ameaçada por casal de psicopatas.
Como curiosidade, no elenco Marg Helgenberger, que depois ficaria bastante conhecida como uma das peritas da série CSI Las Vegas, a franquia original que revolucionou o mercado americano de séries procedurais.
que a assassina, que era a réporter de tv, tinha sérios traumas vindos da infância e em consequência disso, distúrbios psicológicos que provocaram sua psicopatia. Este enredo, hoje em dia bastante comum em filmes e séries, é, por exemplo, o tema de nove entre dez episódios da série "Criminal Minds".
O título é apelativo e a nudez desnecessária, mas eram pré requisitos dos filmes produzidos na chamada "boca do lixo paulistana" e funcionavam como chamarizes de bilheteria, afinal o público alvo daquelas produções dificilmente se interessaria por um filme cuja trama lenta e intrigante com ares hitchcockianos lembra também o cinema intimista de Walter Hugo Khouri e os chamados "giallos", os suspenses italianos.
já que o marido tentar enlouquecer a esposa para levá-la à internação ou à morte, interessado em seu dinheiro não é novidade desde os tempos de "Á meia luz" (Gaslight) de 1944, clássico com Ingrid Bergman. Nesse caso, o marido se utiliza da, ainda na época, rudimentar tecnologia, para aterrorizar a esposa que já se recuperava de um esgotamento nervoso. O final acaba por apelar ao sobrenatural escancarado, deixando de lado a trama maquiavélica tencológica quando Helena (Kate Hansen) supostamente é possuída pelo espírito do marido de Arlete (Betty Saady), amante de seu marido (Flavio Galvão) a quem ela acaba por assassinar.
Incomoda um pouco a dublagem feita posteriormente que dá um ar artifical às atuações mas era algo comum no cinema dos anos 70.
Algumas boas sequências como a do enforcamento na abertura e a do olho do peixe, criam uma atmosfera sinistra, complementada pelo melancólico isolamento das locações em uma praia de São Sebastião no litoral paulista.
O elenco em geral está bem, prejudicado pela dublagem, destaque para Kate Hansen, com exceção de Zilda Mayo que está lá apenas para "ser bonita" em um personagem estereotipado.
Suspense brasileiro setentista que vale a pena conhecer.
Sinceramente, é um filme cansativo, com apenas dois personagens, que nem tem nome eram "the caller" e "the girl", ficam trocando diálogos enigmáticos e quando terminou, eu fiquei pensando se entendi alguma coisa.
tudo era uma experiência científca? pois parece que o homem sem nome era um robô ou androide, como deu para ver quando ele "morre" ao final mostrando uma mão mecânica e depois aparece outro idêntico a ele. Eram dois malucos? Era um jogo entre amantes em que ganham pontos como é mencionado? A filha dela realmente existia? Talvez uma dimensão paralela? Um multiverso antes do termo estar em voga?
Só posso dizer que é um filme bizarro que não me cativou e que terminou como uma grande interrogação..
Pelo título o filme parece um suspense com uma pegada "Black Christimas" mas na verdade é um drama com algum suspense.
A identidade do autor dos telefonemas misteriosos é revelada bem antes do final, porque não é o mais importante do roteiro que a esta altura se revela uma drama sobre estupro e impunidade.
Se ainda hoje em dia as vítimas encontram problemas para denunciar seus agressores, imagine nos anos 70?
Há alguns diálogos inacreditáveis, mas provavelmente baseados na realidade da época, como da própria mãe da vítima que diz que ela não poderia acusar seu estuprador "porque não era virgem" e ouve como resposta que isso seria realmente algo que complicaria o processo!!
o final feliz, quando a viúva (Andie MacDowell) assombrada pelo fantasma do marido abusivo (Tim Roth) entende que ele só queria que ela o perdoasse e finalmente encontra a felicidade nos braços do bonitão (Samuel Le Bihan) que é inteligente, charmoso, compreensivo, adora seus filhos e é adorado por eles e que providencialmente aluga uma casa em seu jardim. A cena final com ela correndo para o aeorporto e impedindo que ele fosse embora não poderia ser mais clichê. (
Interpretações ruins, roteiro clichê, muitas cenas desnecessárias (quase todas). Um episódio de "Ghost Whisperer" consegue ser melhor e enrolar menos.
Mais da metade da narrativa se limita a mostrar o envolvimento entre Kathy (Joan Hackett) e Johnny (Roy Thinnes) com várias cenas românticas na praia, quando
ele é assassinado, o filme perde o clima romântico quando temos o suspense. Ao final, não era Johnny que havia sido assassinado, que na verdade se chama Henderson e havia assumido a identidade de Johnny, o homem responsável pelo acidente com sua esposa e filha e que havia se aproximado de Kathy para se vingar do marido dela, responsável por sua condenação culpando-o pelo acidente. Henderson mata o verdadeiro Johnny para culpar o marido de Kathy e planejava matar Kathy também, mas o filme novamente ganha ares românticos quando Henderson não tem coragem de matar a mulher por quem havia realmente se apaixonado e acaba tirando a própria vida.
O absurdo é que após o assassinado do verdadeiro Jonnhy que havia sido notícia nos jornais, não haviam publicado uma foto sequer do verdadeiro Johnny para Kathy perceber que havia sido enganada?
Tirando esse porém, o casal tem química e o filme uma boa atmosfera de mistério.
Outro filme que bebe na fonte da franquia "Aeroporto" com elenco de astros do cinema e da tv nos anos 70, começando por seu protagonista, Charlton Heston, que, como não podia deixar de ser dado o "curriculum" de personagens do astro, é o comandante da aeronave com atitudes ousadas e heroicas para proteger seus passageiros e tripulação.
Ao contrário de enfrentar um acidente, eles tem que enfrentar um sequestrador, que durante quase metade da narrativa, não é revelada a identidade .Acho que até este momento, havia um razoável desenvolvimento com carga de tensão eficiente, mas após a descoberta do sequestrador, o filme perde o rumo e fica uma mistura de cenas absurdas, num filme que se leva a sério e um final frustante.
Mais uma produção para a TV que aproveita o sucesso da franquia "Aeroporto" porém desta vez eles não enfrentam um acidente mas sim um misterioso assassino que comete homicídios a bordo da aeronave.
Vários rostos famosos da tv na década de 70 como Robert Stack e Farrah Fawcett (ainda Majors) mas a trama foca muito mais nos dramas pessoais dos passageiros do que na ação, o que torna a narrativa bastante monótona.
A identidade do assassino e a motivação para os assassinatos até é surpreendente mas para chegar na parte final, é difícil manter o interesse com tantos diálogos inúteis.
Trama mediana em que o mote é descobrir "quem matou".
A narrativa se desenvolve dentro de um navio, o que lembra bastante as tramas de Agathe Christie, em que por vezes os assassinatos aconteciam em alguma viagem a lugares turísticos como Egito e Caribe.
é previsível justamente para quem já leu "O caso dos dez negrinhos (E não sobrou nenhum)" da famosa escritora inglesa, pois é exatamente a solução usada nesta obra, em que uma das vítimas Jerry (Richard Long) não havia realmente morrido e era o assassino. A parte inesperada é que Mary (Kathe Jackson) seria sua amante e cúmplice. O plano consistia em assassinar pessoas inocentes para encobrir o verdadeiro objetivo, assassinar o marido de Mary (Edward Albert) e a esposa de Jerry. Ao final a traiçoeira Mary acaba assassinando Jerry, pois seu intento era ficar com o seguro de vida do marido e apenas usou o amante, mas o médico do navio, dando uma de Poirot, descobre a trama e estraga o plano de Mary.
Curiosamente no mesmo ano, Kathe Jackson e Edward Albert viveram par romântico em "Abelhas assassinas", outra produção para a tv.
Terror feito para a tv, com várias estrelas da tv americana na época, como Roy Thinnes (da série "Os invasores") Glenn Farlee (da série "Barnaby Jones") e William Shatner (o lendário Capitão Kirk da série original "Jornada nas estrelas").
O resultado é mediano, o tal demônio não aparece em momento algum, seria algo como uma força sobrenatural e não uma criatura e o final é bem sem graça.
É uma mistura de "Aeroporto" e "O Exorcista", sucessos da época.
Vale pelo elenco, embora com atuações bem exageradas e caricatas, o que não me admira com um roteiro ruim.
A pergunta que não quer calar, não sei se perdi algum trecho mas a menina Jodi era filha de quem? Viajava sozinha?
Vale mencionar também o figurino das aeromoças, o uniforme delas era parecido ao de uma Paquita e na cabeça uma espécie de capacete, destes usados em canteiros de obras. Será que havia algo semelhante em alguma empresa aérea nos anos 70?
Thrller feito para a tv com Lynda Carter (a Mulher Maravilha da série que fez sucesso também no Brasil). Ela vive Brian, uma garçonete que passa a receber telefonemas de um assassino misterioso quando começa a trabalhar em um serviço de ajuda, tipo CVV.
Filme de serial killer em que o mote é descobrir quem é o assassino. Não há muitos suspeitos, devemos escolher entre 3 personagens masculinos.
Confesso que o meu palpite era o psiquiatra (Granville Van Dusen), já que seu insosso romance com Brian (Carter) não convence, mas no final o assassino era Kyle, o dono do bar onde Brian trabalhava, que era uma espécie de seguidor fiel do ator Tom Hunter (Steve Forrest) mas na verdade era obcecado por ele, a ponto de no final assumir sua aparência. Não entendi o que isso tinha a ver com sua psicopatia, mas enfim...
Lynda Carter tem atuação razoável como a detetive amadora que tenta decifrar os enigmas que o assassino fala em suas ligações.
O filme tem uma narrativa eficiente, embora o insosso romance de Brian com o psiquiatra, eles mal se beijam, não convence em momento algum.
Ver Elizabeth Montgomery atuando, além da Samantha, seu personagem mais famoso na série "A feiticeira", é sempre um prazer, pois podemos constatar que era muito boa atriz além de carismática.
Aqui sua atuação é ótima, como a mulher aterrorizada isolada em uma casa, em meio à uma tempestade.
O assassino de sua irmã a observa mas ela não sabe, assim como também não viu o corpo da irmã escondido em uma cesta no porão. É claro que quando sabemos que a irmã estava com o casamento em crise e ia pedir o divórcio, assim como percebemos que ela conhece seu assassino, já descobrimos que o vilão era o marido, embora o fillme lance algumas suspeitas sobre a empregada mal humorada.
Uma falha é o final muito apressado, que poderia ter sido melhor trabalhado, depois de toda a eficiente construção do suspense, mas não deixa de ser uma boa produção setentista.
Uma boa atmosfera de suspense, mas o filme é arrastado e com cenas repetitivas.
Ficamos quase a narrativa inteira com Laura (Patty Duke) ouvindo vozes e sendo assombrada pelo suposto espírito de Elaine, a primeira esposa de seu marido Mark (David McCallum).
depois de todo o ocorrido, com Laura falando coisas que seria impossível que soubesse sobre Elaine, Mark diz com a maior serenidade que tudo ocorreu por "sugestão" e que Laura não foi realmente possuída pelo espírito de Elaine. Sério?
A veterana estrela Dorothy Mcguire tem uma boa atuação como a mãe de Mark que tenta a todo momento (em mais cenas repetitivas) pedir que seu filho não fique na casa e leve a esposa.
A premissa é muito interessante, um homem que passou dez anos "morto" em um cilindro de criogenia, esperando ser reanimado (ou ressuscitado) em um futuro quando houvesse cura para a doença que o matou. Quando ele retorna à vida, após seu cilindro apresentar defeito, seu comportamento é estranho, parecendo ser uma pessoa totalmente diferente da que era antes de sua suposta morte.
A performance de Michael Beck, é muito boa e o filme, embora com um desenvolvimento um tanto lento, coloca em discussão religião e tecnologia. Até que ponto o homem pode querer mudar os desígnios de Deus, para quem acredita num ser supremo, ou simplesmente o destino natural da vida humana?
"Quando morremos, para onde vai a alma?" pergunta um personagem a certa altura da narrativa.
o médico comunica a mãe de Miles que o padre estava desenganado e nada poderia ser feito, vislumbramos que a mulher, tal qual fez com o filho, pensa em alguma tentativa radical, perguntando ao médico o que poderia ser feito e ele responde simplesmente "podemos rezar".
Filme para a tv que não sei se chegou a ser exibido na TV brasileira. Assisti no Youtube com legendas em inglês.
Um grupo de turistas endinheirados vão de avião para um resort em uma misteriosa ilha, lá são recebidos por um anfitrião de terno branco, que lhes diz que tudo lá é maravilhoso e que terão uma estadia muito agradável. Nesta parte lembra "A ilha da fantasia", série setentista de muito sucesso, inclusive no Brasil.
porque depois de algum tempo, os hóspedes percebem que a ilha seria um purgatório e que estão todos mortos, o que acabou sendo a resolução final de "Lost".
O desenvolvimento é um pouco monótono e para a audiência atual, não demora muito para percebermos qual seria a revelação final, mas não deixa de ser um exemplar da boa produção televisiva da década de 70, além disso o elenco inclui bons atores como Lloyd Bridges, Cloris Leachman e Edward Asner.
A premissa é muito boa, o mal como uma doença e associado à doenças mentais. Talvez o desenvolvimento pudesse ser mais ágil, pois o ritmo é muito lento e as narrativas paralelas demoram a se conectar. Mesmo assim, o filme manteve meu interesse e o final é bem instigante
Foi como se as abelhas que pousaram no caixão da Madame, levassem seu espírito de volta a mansão e possuísse o corpo de Victoria, para que a matriarca continuasse a dominar e controlar sua família, agora em um corpo jovem e saudável.
As atuações são boas, Kathe Jackson faz uma jovem desafiadora com desenvoltura e Gloria Swanson mostra que rainhas do cinema não perdem a majestade.
Este é um filme feito para a TV que serviu de piloto para a série "Sixty sense" (1972) lançada no mesmo ano, só que o ator protagonista foi substituído por outro mais jovem mas basicamente é a mesma ideia, um professor e seu assistente que investigam casos sobrenaturais ligados à paranormalidade, espíritos e similares.
É um tanto cansativo e confuso e o final não empolga. Muitas alucinações e cenas repetitivas.
Com duração de 70 minutos, a série também teve episódios com duração de uma hora (o que era comum na época, ao contrário das séries atuais, que costumam ter episódios com 40 minutos). Acho que renderia mais se tivesse uma narrativa mais ágil e com menor tempo de narrativa.
A reviravolta final é meio previsível. Achei que como o roteiro fixou demais a ideia de que era Lissa a gêmea do garoto que matou os pais, imaginei que estivesse preparando o terreno para uma surpresa. Incrível foi os pais de Tori terem adotado Lissa, pois essa claramente também tinha desvios psicológicos e ficar com ela tendo outros filhos, inclusive um bebê indefeso, foi meio inverossímil.
Perigo no Hospital
2.9 9Apesar do enredo clichê, é um bom suspense com todos aqueles nomes famosos nas produções televisivias dos anos 70/80 como James Farentino.
Lauren Hutton, modelo de sucesso, teve razoável carreira como atriz na qual demonstrou talento para a interpretação.
Em uma ponta um jovem William H. Macy.
Trabalhar Cansa
3.6 211Quem assiste esperando ver um filme de terror, como pode sugerir o trailer, vai se decepcionar, o filme, até difícil de ser definido, pode ser um drama, uma alegoria que usa metáforas para elaborar uma crítica social sobre capitalismo e relações trabalhistas.
Os problemas estruturais como vazamentos e infiltrações que Helena encontra no imóvel que aluga para montar seu mercadinho, funcionam como um gatilho para a paranoia que começa a tomar conta dela.
A criatura que Helena encontra atrás da parede sobre a qual não temos maiores explicações, e que resvala no realismo fantástico, nos leva a crer que sua função é ser uma metáfora, o ser demoníaco é todo o colapso que toma conta da vida de Helena, começando pelo empreendimento que não óbtem o sucesso esperado até o desemprego do marido que abala o casamento e suas relações com seus próprios empregados. Helena não esconde a revolta de ver o marido, experiente e talentoso, sendo trocado por alguém mais jovem e sem experiência, algo comum no mercado de trabalho, e parece descontar isso em seus próprios "subalternos.
Apesar da protagnista tratar a sua funcionária doméstica com respeito e delicadeza, ela não a vê como mais do que um acessório que cuida da casa e da filha na sua ausência.
As mensagens do longa não estão exatamente escondidas, mas podem ser interpretadas de diferentes formas, cabendo a cada um decifrá-las.
Como entretenimento, o filme é lento e arrastado, mas é um bom exercício de reflexão.
Pode ser que o único horror mostrado no filme, seja a sociedade, que exige que você trabalhe, mesmo sem perspectivas de futuro ou melhora de vida, mas não dá oportunidade para que todos consigam um trabalho digno, talvez seja este o lado mais macabro (e real) da narrativa, como a cena final que expõe a competitividade que beira a selvageria no atual mercado de trabalho.
A Mortalha da Múmia
3.1 11A Hammer produziu uma quadrilogia com o clássico personagem da múmia, "A múmia" (1959), "A maldição da múmia" (1964), "Sangue no sarcófago da múmia" (1971) e este "A mortalha da múmia" (1967) também conhecido como "O sarcófago maldito".
Este tem muitos diálogos e demora para a ação propriamente dita, ou seja, os ataques da múmia, mas tem um bom clima de suspense e um par de vilões sinistros que controlam e são responsáveis pela ressuscitação da criatura.
Eu, particularmente, gosto muito destes filmes com enredos que envolvem maldições do antigo Egito com sarcófagos, faraós, múmias, princesas etc...
Domínio de Identidade
2.9 7Suspense bem clichê, com o típico enredo de família ameaçada por casal de psicopatas.
Como curiosidade, no elenco Marg Helgenberger, que depois ficaria bastante conhecida como uma das peritas da série CSI Las Vegas, a franquia original que revolucionou o mercado americano de séries procedurais.
Como passatempo, é mediano.
Terror no Terminal 9
3.1 9Filme para a tv, que vale por seu bom elenco que inclui Richard Crenna e Ving Rhames.
O enredo é clichê, mas para a época pode ter sido considerado mais inovador, hoje não passa de um episódio longo de "Criminal Minds" já
que a assassina, que era a réporter de tv, tinha sérios traumas vindos da infância e em consequência disso, distúrbios psicológicos que provocaram sua psicopatia. Este enredo, hoje em dia bastante comum em filmes e séries, é, por exemplo, o tema de nove entre dez episódios da série "Criminal Minds".
Excitação
3.6 29O título é apelativo e a nudez desnecessária, mas eram pré requisitos dos filmes produzidos na chamada "boca do lixo paulistana" e funcionavam como chamarizes de bilheteria, afinal o público alvo daquelas produções dificilmente se interessaria por um filme cuja trama lenta e intrigante com ares hitchcockianos lembra também o cinema intimista de Walter Hugo Khouri e os chamados "giallos", os suspenses italianos.
Embora previsível
já que o marido tentar enlouquecer a esposa para levá-la à internação ou à morte, interessado em seu dinheiro não é novidade desde os tempos de "Á meia luz" (Gaslight) de 1944, clássico com Ingrid Bergman.
Nesse caso, o marido se utiliza da, ainda na época, rudimentar tecnologia, para aterrorizar a esposa que já se recuperava de um esgotamento nervoso.
O final acaba por apelar ao sobrenatural escancarado, deixando de lado a trama maquiavélica tencológica quando Helena (Kate Hansen) supostamente é possuída pelo espírito do marido de Arlete (Betty Saady), amante de seu marido (Flavio Galvão) a quem ela acaba por assassinar.
Incomoda um pouco a dublagem feita posteriormente que dá um ar artifical às atuações mas era algo comum no cinema dos anos 70.
Algumas boas sequências como a do enforcamento na abertura e a do olho do peixe, criam uma atmosfera sinistra, complementada pelo melancólico isolamento das locações em uma praia de São Sebastião no litoral paulista.
O elenco em geral está bem, prejudicado pela dublagem, destaque para Kate Hansen, com exceção de Zilda Mayo que está lá apenas para "ser bonita" em um personagem estereotipado.
Suspense brasileiro setentista que vale a pena conhecer.
Alguém Está Chamando
2.7 9Sinceramente, é um filme cansativo, com apenas dois personagens, que nem tem nome eram "the caller" e "the girl", ficam trocando diálogos enigmáticos e quando terminou, eu fiquei pensando se entendi alguma coisa.
Afinal
tudo era uma experiência científca? pois parece que o homem sem nome era um robô ou androide, como deu para ver quando ele "morre" ao final mostrando uma mão mecânica e depois aparece outro idêntico a ele.
Eram dois malucos?
Era um jogo entre amantes em que ganham pontos como é mencionado?
A filha dela realmente existia?
Talvez uma dimensão paralela? Um multiverso antes do termo estar em voga?
Só posso dizer que é um filme bizarro que não me cativou e que terminou como uma grande interrogação..
Você Está Sozinha?
3.1 28Pelo título o filme parece um suspense com uma pegada "Black Christimas" mas na verdade é um drama com algum suspense.
A identidade do autor dos telefonemas misteriosos é revelada bem antes do final, porque não é o mais importante do roteiro que a esta altura se revela uma drama sobre estupro e impunidade.
Se ainda hoje em dia as vítimas encontram problemas para denunciar seus agressores, imagine nos anos 70?
Há alguns diálogos inacreditáveis, mas provavelmente baseados na realidade da época, como da própria mãe da vítima que diz que ela não poderia acusar seu estuprador "porque não era virgem" e ouve como resposta que isso seria realmente algo que complicaria o processo!!
Gritos do Além
2.3 26 Assista AgoraDrama romântico espírita que enrola muito até
o final feliz, quando a viúva (Andie MacDowell) assombrada pelo fantasma do marido abusivo (Tim Roth) entende que ele só queria que ela o perdoasse e finalmente encontra a felicidade nos braços do bonitão (Samuel Le Bihan) que é inteligente, charmoso, compreensivo, adora seus filhos e é adorado por eles e que providencialmente aluga uma casa em seu jardim. A cena final com ela correndo para o aeorporto e impedindo que ele fosse embora não poderia ser mais clichê. (
Interpretações ruins, roteiro clichê, muitas cenas desnecessárias (quase todas). Um episódio de "Ghost Whisperer" consegue ser melhor e enrolar menos.
O Outro Homem
2.5 1Mais da metade da narrativa se limita a mostrar o envolvimento entre Kathy (Joan Hackett) e Johnny (Roy Thinnes) com várias cenas românticas na praia, quando
ele é assassinado, o filme perde o clima romântico quando temos o suspense. Ao final, não era Johnny que havia sido assassinado, que na verdade se chama Henderson e havia assumido a identidade de Johnny, o homem responsável pelo acidente com sua esposa e filha e que havia se aproximado de Kathy para se vingar do marido dela, responsável por sua condenação culpando-o pelo acidente. Henderson mata o verdadeiro Johnny para culpar o marido de Kathy e planejava matar Kathy também, mas o filme novamente ganha ares românticos quando Henderson não tem coragem de matar a mulher por quem havia realmente se apaixonado e acaba tirando a própria vida.
O absurdo é que após o assassinado do verdadeiro Jonnhy que havia sido notícia nos jornais, não haviam publicado uma foto sequer do verdadeiro Johnny para Kathy perceber que havia sido enganada?
Tirando esse porém, o casal tem química e o filme uma boa atmosfera de mistério.
Vôo 502 em Perigo
2.9 8 Assista AgoraOutro filme que bebe na fonte da franquia "Aeroporto" com elenco de astros do cinema e da tv nos anos 70, começando por seu protagonista, Charlton Heston, que, como não podia deixar de ser dado o "curriculum" de personagens do astro, é o comandante da aeronave com atitudes ousadas e heroicas para proteger seus passageiros e tripulação.
Ao contrário de enfrentar um acidente, eles tem que enfrentar um sequestrador, que durante quase metade da narrativa, não é revelada a identidade .Acho que até este momento, havia um razoável desenvolvimento com carga de tensão eficiente, mas após a descoberta do sequestrador, o filme perde o rumo e fica uma mistura de cenas absurdas, num filme que se leva a sério e um final frustante.
Assassinato no Vôo 502
2.8 5Mais uma produção para a TV que aproveita o sucesso da franquia "Aeroporto" porém desta vez eles não enfrentam um acidente mas sim um misterioso assassino que comete homicídios a bordo da aeronave.
Vários rostos famosos da tv na década de 70 como Robert Stack e Farrah Fawcett (ainda Majors) mas a trama foca muito mais nos dramas pessoais dos passageiros do que na ação, o que torna a narrativa bastante monótona.
A identidade do assassino e a motivação para os assassinatos até é surpreendente mas para chegar na parte final, é difícil manter o interesse com tantos diálogos inúteis.
O Cruzeiro da Morte
2.7 2Trama mediana em que o mote é descobrir "quem matou".
A narrativa se desenvolve dentro de um navio, o que lembra bastante as tramas de Agathe Christie, em que por vezes os assassinatos aconteciam em alguma viagem a lugares turísticos como Egito e Caribe.
A solução final
é previsível justamente para quem já leu "O caso dos dez negrinhos (E não sobrou nenhum)" da famosa escritora inglesa, pois é exatamente a solução usada nesta obra, em que uma das vítimas Jerry (Richard Long) não havia realmente morrido e era o assassino. A parte inesperada é que Mary (Kathe Jackson) seria sua amante e cúmplice.
O plano consistia em assassinar pessoas inocentes para encobrir o verdadeiro objetivo, assassinar o marido de Mary (Edward Albert) e a esposa de Jerry. Ao final a traiçoeira Mary acaba assassinando Jerry, pois seu intento era ficar com o seguro de vida do marido e apenas usou o amante, mas o médico do navio, dando uma de Poirot, descobre a trama e estraga o plano de Mary.
Curiosamente no mesmo ano, Kathe Jackson e Edward Albert viveram par romântico em "Abelhas assassinas", outra produção para a tv.
Horror nas Alturas
3.2 14Terror feito para a tv, com várias estrelas da tv americana na época, como Roy Thinnes (da série "Os invasores") Glenn Farlee (da série "Barnaby Jones") e William Shatner (o lendário Capitão Kirk da série original "Jornada nas estrelas").
O resultado é mediano, o tal demônio não aparece em momento algum, seria algo como uma força sobrenatural e não uma criatura e o final é bem sem graça.
É uma mistura de "Aeroporto" e "O Exorcista", sucessos da época.
Vale pelo elenco, embora com atuações bem exageradas e caricatas, o que não me admira com um roteiro ruim.
A pergunta que não quer calar, não sei se perdi algum trecho mas a menina Jodi era filha de quem? Viajava sozinha?
Vale mencionar também o figurino das aeromoças, o uniforme delas era parecido ao de uma Paquita e na cabeça uma espécie de capacete, destes usados em canteiros de obras. Será que havia algo semelhante em alguma empresa aérea nos anos 70?
Hotline: A Linha da Morte
2.4 2Thrller feito para a tv com Lynda Carter (a Mulher Maravilha da série que fez sucesso também no Brasil). Ela vive Brian, uma garçonete que passa a receber telefonemas de um assassino misterioso quando começa a trabalhar em um serviço de ajuda, tipo CVV.
Filme de serial killer em que o mote é descobrir quem é o assassino. Não há muitos suspeitos, devemos escolher entre 3 personagens masculinos.
Confesso que o meu palpite era o psiquiatra (Granville Van Dusen), já que seu insosso romance com Brian (Carter) não convence, mas no final o assassino era Kyle, o dono do bar onde Brian trabalhava, que era uma espécie de seguidor fiel do ator Tom Hunter (Steve Forrest) mas na verdade era obcecado por ele, a ponto de no final assumir sua aparência. Não entendi o que isso tinha a ver com sua psicopatia, mas enfim...
Lynda Carter tem atuação razoável como a detetive amadora que tenta decifrar os enigmas que o assassino fala em suas ligações.
O filme tem uma narrativa eficiente, embora o insosso romance de Brian com o psiquiatra, eles mal se beijam, não convence em momento algum.
Disponível no YouTube com legendas em inglês.
A Vitima
3.4 4Novamente uma sinopse cheia de spoiler...
Ver Elizabeth Montgomery atuando, além da Samantha, seu personagem mais famoso na série "A feiticeira", é sempre um prazer, pois podemos constatar que era muito boa atriz além de carismática.
Aqui sua atuação é ótima, como a mulher aterrorizada isolada em uma casa, em meio à uma tempestade.
O assassino de sua irmã a observa mas ela não sabe, assim como também não viu o corpo da irmã escondido em uma cesta no porão.
É claro que quando sabemos que a irmã estava com o casamento em crise e ia pedir o divórcio, assim como percebemos que ela conhece seu assassino, já descobrimos que o vilão era o marido, embora o fillme lance algumas suspeitas sobre a empregada mal humorada.
Uma falha é o final muito apressado, que poderia ter sido melhor trabalhado, depois de toda a eficiente construção do suspense, mas não deixa de ser uma boa produção setentista.
A Espera
3.0 2Uma boa atmosfera de suspense, mas o filme é arrastado e com cenas repetitivas.
Ficamos quase a narrativa inteira com Laura (Patty Duke) ouvindo vozes e sendo assombrada pelo suposto espírito de Elaine, a primeira esposa de seu marido Mark (David McCallum).
No final
depois de todo o ocorrido, com Laura falando coisas que seria impossível que soubesse sobre Elaine, Mark diz com a maior serenidade que tudo ocorreu por "sugestão" e que Laura não foi realmente possuída pelo espírito de Elaine. Sério?
A veterana estrela Dorothy Mcguire tem uma boa atuação como a mãe de Mark que tenta a todo momento (em mais cenas repetitivas) pedir que seu filho não fique na casa e leve a esposa.
Disponível no YouTube com legendas em inglês.
Um Frio Corpo Sem Alma
2.7 13A premissa é muito interessante, um homem que passou dez anos "morto" em um cilindro de criogenia, esperando ser reanimado (ou ressuscitado) em um futuro quando houvesse cura para a doença que o matou. Quando ele retorna à vida, após seu cilindro apresentar defeito, seu comportamento é estranho, parecendo ser uma pessoa totalmente diferente da que era antes de sua suposta morte.
A performance de Michael Beck, é muito boa e o filme, embora com um desenvolvimento um tanto lento, coloca em discussão religião e tecnologia. Até que ponto o homem pode querer mudar os desígnios de Deus, para quem acredita num ser supremo, ou simplesmente o destino natural da vida humana?
"Quando morremos, para onde vai a alma?" pergunta um personagem a certa altura da narrativa.
Ao final, quando
o médico comunica a mãe de Miles que o padre estava desenganado e nada poderia ser feito, vislumbramos que a mulher, tal qual fez com o filho, pensa em alguma tentativa radical, perguntando ao médico o que poderia ser feito e ele responde simplesmente "podemos rezar".
Antro de milionários
2.7 1Filme para a tv que não sei se chegou a ser exibido na TV brasileira. Assisti no Youtube com legendas em inglês.
Um grupo de turistas endinheirados vão de avião para um resort em uma misteriosa ilha, lá são recebidos por um anfitrião de terno branco, que lhes diz que tudo lá é maravilhoso e que terão uma estadia muito agradável. Nesta parte lembra "A ilha da fantasia", série setentista de muito sucesso, inclusive no Brasil.
Já na sua segunda parte, temos ecos de "Lost"
porque depois de algum tempo, os hóspedes percebem que a ilha seria um purgatório e que estão todos mortos, o que acabou sendo a resolução final de "Lost".
O desenvolvimento é um pouco monótono e para a audiência atual, não demora muito para percebermos qual seria a revelação final, mas não deixa de ser um exemplar da boa produção televisiva da década de 70, além disso o elenco inclui bons atores como Lloyd Bridges, Cloris Leachman e Edward Asner.
A Essência da Maldade
3.3 30A premissa é muito boa, o mal como uma doença e associado à doenças mentais.
Talvez o desenvolvimento pudesse ser mais ágil, pois o ritmo é muito lento e as narrativas paralelas demoram a se conectar. Mesmo assim, o filme manteve meu interesse e o final é bem instigante
já que permanece a dúvida se a narrativa de Emmanuel seria verdadeira ou fruto de uma mente perturbada.
As presenças de Peter Cushing e Christopher Lee sempre valorizam qualquer produção.
Abelhas Assassinas
2.9 18Apesar do ritmo lento e pouca ação, o filme tem uma atmosfera envolvente, um clima de mistério e um final interessante e curioso.
Foi como se as abelhas que pousaram no caixão da Madame, levassem seu espírito de volta a mansão e possuísse o corpo de Victoria, para que a matriarca continuasse a dominar e controlar sua família, agora em um corpo jovem e saudável.
As atuações são boas, Kathe Jackson faz uma jovem desafiadora com desenvoltura e Gloria Swanson mostra que rainhas do cinema não perdem a majestade.
Doce, Doce Rachel
2.0 1Este é um filme feito para a TV que serviu de piloto para a série "Sixty sense" (1972) lançada no mesmo ano, só que o ator protagonista foi substituído por outro mais jovem mas basicamente é a mesma ideia, um professor e seu assistente que investigam casos sobrenaturais ligados à paranormalidade, espíritos e similares.
É um tanto cansativo e confuso e o final não empolga. Muitas alucinações e cenas repetitivas.
Com duração de 70 minutos, a série também teve episódios com duração de uma hora (o que era comum na época, ao contrário das séries atuais, que costumam ter episódios com 40 minutos). Acho que renderia mais se tivesse uma narrativa mais ágil e com menor tempo de narrativa.
Disponível no YouTube com legendas em inglês.
A Força do Mal
2.6 26Certamente é o pior filme da carreira de Spielberg. Um amontoado de clichês de filmes sobre possessão demoníaca.
Até bons atores como Sandy Dennis e Darren McGavin tem atuações ruins. Talvez fosse difícil fazer melhor com um roteiro tão fraco.
Lento, monótono e cansativo. Só vale pela curiosidade de ver um filme de Spielberg em início de carreira.
A Morte Como Herança
3.1 16Bom filme feito para a TV com Raquel Welch em um personagem fora dos seus padrões de "sex symbol".
A reviravolta final é meio previsível. Achei que como o roteiro fixou demais a ideia de que era Lissa a gêmea do garoto que matou os pais, imaginei que estivesse preparando o terreno para uma surpresa. Incrível foi os pais de Tori terem adotado Lissa, pois essa claramente também tinha desvios psicológicos e ficar com ela tendo outros filhos, inclusive um bebê indefeso, foi meio inverossímil.