será que descobriram que o cara matou o amante da esposa? O cara abusava das crianças antes de matá-las? E não entendi o que, com exatidão, aconteceu com o guri sobrevivente e vingativo quando na infância (o cara abusou dele ou tentou o matar e ele conseguiu fugir?!)?
Assisti pela plataforma SESC Digital, em razão da Mostra Árabe de Cinema 2020. Confesso que é interessante, mas o ritmo lento não me agradou muito. Talvez revê-lo em outro momento seja bom.
Um filme bem próximo do realismo francês. Quem está acostumado com as produções focadas no aspecto comercial provavelmente se desapontará. Há muito de humano na obra, em razão dos conflitos e afetos envolvidos. Um quer partir para sobreviver à loucura de sua vida familiar e o outro quer que ele fique e tem dificuldade em lidar com a viagem do, então, melhor amigo.
Assisti há pouco a obra e o fiz em razão do livro homônimo que concluí ontem. Tanto o livro, de Ray Bradbury, quanto o filme dirigido por um dos pais do Nouvelle Vague, François Truffaut,possuem uma forte carga crítica em relação ao futuro distópico da humanidade, sendo especificamente Fahrenheit 451 criado pelo próprio desinteresse da sociedade em questionar, raciocinar. Dessa forma, o Estado passou a formalmente coibir aquilo que, de fato, já estava assentado: a leitura.
Uma obra absolutamente humana que narra a história de muitos anônimos e anônimas em uma época em que a comunicação era extremamente difícil e por quase nada se perdia contato. Esse cenário dificilmente ocorreria hoje em um grande centro, numa era de informação e tecnologia. O essencial, no entanto, é a grandeza na afirmação implícita na trama: o não-encontrar, a saudade, o querer estar com quem se gosta, é isso que dói mais.
Um drama familiar e social impactante. A forma com a qual a protagonista luta contra um sistema machista e questiona os afetos manifestados de formas frias é intensa e profunda. A diretora Laís Bodanzky produziu uma obra prima! Há comentários abaixo mais descritivos quanto À dimensão do filme. Maravilhado com esse trabalho.
Uma filme que exerce com maestria seu papel de denúncia, criticando não apenas a tendência social de 'medicalizar' e 'patologizar' comportamentos normais (apesar de possivelmente moralmente condenáveis), como também as condições subumanas nas chamadas prisões perpétuas brasileiras: os manicômios.
O respeito, a violência física e moral como forma de afirmação, a pobreza, a humildade, o preconceito, a sexualidade, o gênero, a arte. O espaço artístico, como sempre, sendo precursor em discussões de gênero e sexualidade, etnia e distinção social. O filme carrega consigo muitas informações e referências. O cinema brasileiro é incrível e precisamos conhecer nossa arte!
Controverso, o filme trabalha um papel de exposição sobre condutas sociais presentes na classe média (playboys). Os jovens mimados que se veem com dilemas que aparentemente solucionam facilmente por meio de decisões que para uns (espero que a maioria) seriam complexas e com consequente julgamento moral de si próprio. Essa característica da obra presente em seus protagonistas plasma a crítica de irresponsabilidade presente em grande parte da classe média para com os outros grupos (mulheres, pobres, etc), de modo que o lhe importa é a própria salvação, a qualquer custo.
Falam com clareza e fluidamente sobre uma possível negociação com a polícia (instituições de controle social) por meio de propina, bem como a naturalidade com que planejam o próprio lazer (ir a um show), tudo enquanto se desfazem de provas do crime que cometeram. As provas de sua ausência de medo de julgamento legal e moral são vistas em cada conduta delituosa.
A inconsequência dos atos de jovens sem valores coletivos, principalmente empatia, que se negam a abrir mão do prazer e do seu assenhoramento do mundo. Um retrato típico do Brasil, escancarado nos comentários de pessoas reais, ao final de filme, que disseram o que fariam no lugar dos personagens. Algo que nos permite a reflexão de que, quando vemos o outro como diferente, julgamos, quando enxergamos como igual, amenizamos o julgamento e a punição.
Com razão, um clássico. A obra resume preconceitos que, hoje, ainda velados, são reproduzidos e se adaptam às novas realidade. Jamais eliminados.
Uma sociedade reprimida entre o tesão e a moral, na mentira que satisfaz o imaginário e a vontade de realizar no alheio o gozo. O final surpreende, no entanto, mais surpreendente, para mim, é a forma transparente na obra do conluio entre mídia e as instituições, mesmo que num plano microscópico de sensacionalismo e prevaricação.
Como um entusiasta de uma profunda reforma no sistema penal brasileiro (e mundial), esse documentário é maravilhoso. Não pela miséria institucionalizada que comprova, mas pelo papel de denúncia de uma situação periclitante e desumana à qual os apenados são impostos. A seletividade do cárcere é escancarada: pobre, preto, analfabetos, e por aí vai.
Eu o assisti em 2015, se não me engano. Preciso revê-lo. Marcante.
As narrativas embricadas humanizam os detentos, a quem o senso comum tende a massificar e retirar quaisquer características de individualidade. Afinal, gente presa ainda é gente. Há, ainda, uma explanação de como o poder paralelo passa a gerir e realmente funcionar como autoridade, decidindo quem vive e quem morre, impondo regras e fazendo julgamentos (como na cozinha do complexo prisional). Uma forte prova da hipertrofia de um poder alternativo criado pelos encarcerados quando o Estado se faz ausente. É o chamado poder paraestatal.
Com muita intensidade a trama se desenrola e nos faz julgar a mãe criminosa, vendo os filhos como coitados que terão uma família biológica, mas, gradativamente, o papel de coadjuvante da mãe se consolida e o centro da narrativa é Pierre e toda a dificuldade que tem em lidar com uma nova família totalmente desconhecida. As questões identitárias de um adolescente sem base emocional e familiar para se sentir seguro e se desenvolver livremente em sua individualidade se chocam frontalmente com as expectativas da família. De um lado o horror de não saber quem se é onde pertence, de outro a ânsia de uma família que, após 17 anos, quer construir um vínculo de forma veloz com um filho raptado.
A destruição de um núcleo familiar, até então comum, dá lugar a uma instabilidade repleta de pavor, onde não há conforto e afeto algum. Entendo Pierre em todos os seus atos, porém, a tendência de vilanizar a família cessa na cena do boliche. Aquela família chorou por quase duas décadas e sonhava em ter a oportunidade que tem agora. Não há culpa no protagonista nem nos pais biológicos. Afinal, se não houvesse ocorrido o sequestro da criança, nada disso teria sido assim. Dramas familiares não permitem o binarismo do 'sim' e do 'não', muito menos o maniqueísmo de 'esse é bom' e 'aquele é ruim'.
Filme de forte impacto. Já não bastasse a sensação de injustiça em razão da banalização das vidas dos animais em um laboratório, a forma como são tratados após escaparem causa revolta e tristeza. Sempre fugindo de uma sina que lhes fora imposta a partir do momento em que os homens lhe fizeram cobaias, parecem malfadados a um inferno também quando fora dali.
A perseguição tem um fim inesperado, diferente do que somos induzidos a crer. Apesar da consternação com o desfecho da obra, se triste é, ainda há algum fator que ameniza:
Não consigo visualizar a grandeza do filme enquanto enredo e roteiro, mesmo com algum tempo de análise, após concluir de ver a obra. A atuação e fotografia são boas, mas a história é desagradável, chata. Entendi a proposição lançada na narrativa, mas, sinceramente, que chato.
Sensível e visceral, essa obra nos escancara o desespero de um irmão que, de repente, se torna responsável de sua irmãzinha e tem que engolir sua dor e não pode viver o luto da perda de sua mãe para que possa cuidar e trazer alegria aos dias de Setsuko. A emoção é inegável, inclusive por ser escancarada a miséria e luta por sobrevivência durante períodos de guerra, somado o fato de um aspecto um tanto quanto desumano de alguns personagens que não se consternam por verem duas crianças à beira da morte, padecendo de fome.
Não dá pra negar o apelo forte do anime que nos leva às lagrimas.
A percepção de que está sozinho no final leva Seita a ceder às dificuldade e viver com base nas lembranças de uma família que não existe mais, piorada agressivamente pela partida precoce de um ser tão inocente como uma criança.
É instigante a forma como o roteiro nos coloca num dilema acerca da sanidade mental da protagonista e nos coloca obrigatoriamente ao seu lado por ser ela vítima de um relacionamento abusivo. Ao mesmo tempo, o filme que parecia ser um terror psicológico tem algo de futurista, principalmente porque mostrou que a invisibilidade baseada em um aparato tecnológico que, até onde se sabe atualmente, não existe. Esse aspecto me frustrou. Preferia que o filme fosse baseado em algo mais realista. Essa parte da roupa da invisibilidade amenizou de forma desnecessária a mensagem principal do filme que diz respeito aos relacionamentos violentos e como influenciam e alteram a mentalidade e saúde mental das vítimas.
Uma obra audiovisual que rasga a película de hipocrisia que encrespa nosso cotidiano na falsa ideia de cordialidade e acolhimento para aqueles que exercem funções vistas como menos importantes, mas essenciais.
O sacrifício familiar e individual que a protagonista faz em prol de uma família escancara que aos pobres é negado o direito de viver e é permitida apenas a sobrevivência. Uma família que, embora mascare, enxerga Val como alguém inferior e, consequentemente, sua filha. Esta já beneficiada pelas políticas públicas de transferência de riqueza nacional pelos governos petistas sonha e se vê em pé de igualdade com o filho da patroa e, mesmo repreendida pela mãe, a confronta e a lembra que ainda é gente e pode sonhar além do mundo de empregada doméstica. É um retrato do Brasil a partir das gerações que acessam espaços antes exclusivos aos elitizados.
A obra aborda questões sociais transversais: imigrantes refugiados, desigualdade social, luta por moradia, criminalização da pobreza, Estado como protetor do patrimônio e não de pessoas, utilidade da propriedade privada, movimento social auto organizado.
O filme te cativa e você se perde ao buscar entender quais partes são roteirizadas, quais são reais, quais pessoas são atores e quais são refugiados e moradores do local de fato. Instiga empatia e oferece uma realidade crua, sem subterfúgios, daqueles que largam tudo para recomeçar longe de casa, onde sempre serão estrangeiros. Há algo de tristeza, mas muito de doçura ao vermos que, mesmo sem utilizarem a mesma língua, eles se entendem.
Dor e Glória
4.2 619 Assista AgoraPara mim, o melhor e mais intimista filme produzido pelo diretor.
À Espreita do Mal
3.6 898Bão demais da conta. Só que, e aí, fica o mistério:
será que descobriram que o cara matou o amante da esposa? O cara abusava das crianças antes de matá-las? E não entendi o que, com exatidão, aconteceu com o guri sobrevivente e vingativo quando na infância (o cara abusou dele ou tentou o matar e ele conseguiu fugir?!)?
1982
3.8 2Assisti pela plataforma SESC Digital, em razão da Mostra Árabe de Cinema 2020. Confesso que é interessante, mas o ritmo lento não me agradou muito. Talvez revê-lo em outro momento seja bom.
Matthias & Maxime
3.4 132 Assista AgoraUm filme bem próximo do realismo francês. Quem está acostumado com as produções focadas no aspecto comercial provavelmente se desapontará. Há muito de humano na obra, em razão dos conflitos e afetos envolvidos. Um quer partir para sobreviver à loucura de sua vida familiar e o outro quer que ele fique e tem dificuldade em lidar com a viagem do, então, melhor amigo.
Fahrenheit 451
4.2 419Assisti há pouco a obra e o fiz em razão do livro homônimo que concluí ontem. Tanto o livro, de Ray Bradbury, quanto o filme dirigido por um dos pais do Nouvelle Vague, François Truffaut,possuem uma forte carga crítica em relação ao futuro distópico da humanidade, sendo especificamente Fahrenheit 451 criado pelo próprio desinteresse da sociedade em questionar, raciocinar. Dessa forma, o Estado passou a formalmente coibir aquilo que, de fato, já estava assentado: a leitura.
Confesso que o filme supera o livro.
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista AgoraIntenso, emocionante, humano!
A Vida Invisível
4.3 642Uma obra absolutamente humana que narra a história de muitos anônimos e anônimas em uma época em que a comunicação era extremamente difícil e por quase nada se perdia contato. Esse cenário dificilmente ocorreria hoje em um grande centro, numa era de informação e tecnologia.
O essencial, no entanto, é a grandeza na afirmação implícita na trama: o não-encontrar, a saudade, o querer estar com quem se gosta, é isso que dói mais.
Como Nossos Pais
3.8 444Um drama familiar e social impactante. A forma com a qual a protagonista luta contra um sistema machista e questiona os afetos manifestados de formas frias é intensa e profunda. A diretora Laís Bodanzky produziu uma obra prima! Há comentários abaixo mais descritivos quanto À dimensão do filme. Maravilhado com esse trabalho.
Bicho de Sete Cabeças
4.0 1,1K Assista AgoraUma filme que exerce com maestria seu papel de denúncia, criticando não apenas a tendência social de 'medicalizar' e 'patologizar' comportamentos normais (apesar de possivelmente moralmente condenáveis), como também as condições subumanas nas chamadas prisões perpétuas brasileiras: os manicômios.
Madame Satã
3.9 421 Assista AgoraPeço licença para falar: que obra prima!
O respeito, a violência física e moral como forma de afirmação, a pobreza, a humildade, o preconceito, a sexualidade, o gênero, a arte. O espaço artístico, como sempre, sendo precursor em discussões de gênero e sexualidade, etnia e distinção social. O filme carrega consigo muitas informações e referências. O cinema brasileiro é incrível e precisamos conhecer nossa arte!
Cama de Gato
3.0 178Controverso, o filme trabalha um papel de exposição sobre condutas sociais presentes na classe média (playboys). Os jovens mimados que se veem com dilemas que aparentemente solucionam facilmente por meio de decisões que para uns (espero que a maioria) seriam complexas e com consequente julgamento moral de si próprio. Essa característica da obra presente em seus protagonistas plasma a crítica de irresponsabilidade presente em grande parte da classe média para com os outros grupos (mulheres, pobres, etc), de modo que o lhe importa é a própria salvação, a qualquer custo.
Falam com clareza e fluidamente sobre uma possível negociação com a polícia (instituições de controle social) por meio de propina, bem como a naturalidade com que planejam o próprio lazer (ir a um show), tudo enquanto se desfazem de provas do crime que cometeram. As provas de sua ausência de medo de julgamento legal e moral são vistas em cada conduta delituosa.
A inconsequência dos atos de jovens sem valores coletivos, principalmente empatia, que se negam a abrir mão do prazer e do seu assenhoramento do mundo. Um retrato típico do Brasil, escancarado nos comentários de pessoas reais, ao final de filme, que disseram o que fariam no lugar dos personagens. Algo que nos permite a reflexão de que, quando vemos o outro como diferente, julgamos, quando enxergamos como igual, amenizamos o julgamento e a punição.
O Beijo no Asfalto
3.8 124Com razão, um clássico. A obra resume preconceitos que, hoje, ainda velados, são reproduzidos e se adaptam às novas realidade. Jamais eliminados.
Uma sociedade reprimida entre o tesão e a moral, na mentira que satisfaz o imaginário e a vontade de realizar no alheio o gozo. O final surpreende, no entanto, mais surpreendente, para mim, é a forma transparente na obra do conluio entre mídia e as instituições, mesmo que num plano microscópico de sensacionalismo e prevaricação.
Recomendo demais.
Sem Pena
4.3 46Como um entusiasta de uma profunda reforma no sistema penal brasileiro (e mundial), esse documentário é maravilhoso. Não pela miséria institucionalizada que comprova, mas pelo papel de denúncia de uma situação periclitante e desumana à qual os apenados são impostos. A seletividade do cárcere é escancarada: pobre, preto, analfabetos, e por aí vai.
Eu o assisti em 2015, se não me engano. Preciso revê-lo. Marcante.
Carandiru
3.7 750 Assista AgoraUma obra prima de Héctor Babenco.
As narrativas embricadas humanizam os detentos, a quem o senso comum tende a massificar e retirar quaisquer características de individualidade. Afinal, gente presa ainda é gente. Há, ainda, uma explanação de como o poder paralelo passa a gerir e realmente funcionar como autoridade, decidindo quem vive e quem morre, impondo regras e fazendo julgamentos (como na cozinha do complexo prisional). Uma forte prova da hipertrofia de um poder alternativo criado pelos encarcerados quando o Estado se faz ausente. É o chamado poder paraestatal.
Fica a admiração desse trabalho e a recomendação.
Mãe Só Há Uma
3.5 407 Assista AgoraCom muita intensidade a trama se desenrola e nos faz julgar a mãe criminosa, vendo os filhos como coitados que terão uma família biológica, mas, gradativamente, o papel de coadjuvante da mãe se consolida e o centro da narrativa é Pierre e toda a dificuldade que tem em lidar com uma nova família totalmente desconhecida. As questões identitárias de um adolescente sem base emocional e familiar para se sentir seguro e se desenvolver livremente em sua individualidade se chocam frontalmente com as expectativas da família. De um lado o horror de não saber quem se é onde pertence, de outro a ânsia de uma família que, após 17 anos, quer construir um vínculo de forma veloz com um filho raptado.
A destruição de um núcleo familiar, até então comum, dá lugar a uma instabilidade repleta de pavor, onde não há conforto e afeto algum. Entendo Pierre em todos os seus atos, porém, a tendência de vilanizar a família cessa na cena do boliche. Aquela família chorou por quase duas décadas e sonhava em ter a oportunidade que tem agora. Não há culpa no protagonista nem nos pais biológicos. Afinal, se não houvesse ocorrido o sequestro da criança, nada disso teria sido assim. Dramas familiares não permitem o binarismo do 'sim' e do 'não', muito menos o maniqueísmo de 'esse é bom' e 'aquele é ruim'.
Intenso.
Os Cães Plagueados
4.2 47Filme de forte impacto. Já não bastasse a sensação de injustiça em razão da banalização das vidas dos animais em um laboratório, a forma como são tratados após escaparem causa revolta e tristeza. Sempre fugindo de uma sina que lhes fora imposta a partir do momento em que os homens lhe fizeram cobaias, parecem malfadados a um inferno também quando fora dali.
A perseguição tem um fim inesperado, diferente do que somos induzidos a crer. Apesar da consternação com o desfecho da obra, se triste é, ainda há algum fator que ameniza:
ficaram juntos, partiram juntos e, como a trilha sonora informa, deixaram o mundo de dor.
Emocionante! Nota 5.
O Grande Lebowski
3.9 1,1K Assista AgoraNão consigo visualizar a grandeza do filme enquanto enredo e roteiro, mesmo com algum tempo de análise, após concluir de ver a obra. A atuação e fotografia são boas, mas a história é desagradável, chata. Entendi a proposição lançada na narrativa, mas, sinceramente, que chato.
Túmulo dos Vagalumes
4.6 2,2KSensível e visceral, essa obra nos escancara o desespero de um irmão que, de repente, se torna responsável de sua irmãzinha e tem que engolir sua dor e não pode viver o luto da perda de sua mãe para que possa cuidar e trazer alegria aos dias de Setsuko.
A emoção é inegável, inclusive por ser escancarada a miséria e luta por sobrevivência durante períodos de guerra, somado o fato de um aspecto um tanto quanto desumano de alguns personagens que não se consternam por verem duas crianças à beira da morte, padecendo de fome.
Não dá pra negar o apelo forte do anime que nos leva às lagrimas.
A percepção de que está sozinho no final leva Seita a ceder às dificuldade e viver com base nas lembranças de uma família que não existe mais, piorada agressivamente pela partida precoce de um ser tão inocente como uma criança.
Boa sorte assistindo e se prepare.
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista AgoraÉ instigante a forma como o roteiro nos coloca num dilema acerca da sanidade mental da protagonista e nos coloca obrigatoriamente ao seu lado por ser ela vítima de um relacionamento abusivo.
Ao mesmo tempo, o filme que parecia ser um terror psicológico tem algo de futurista, principalmente porque mostrou que a invisibilidade baseada em um aparato tecnológico que, até onde se sabe atualmente, não existe. Esse aspecto me frustrou. Preferia que o filme fosse baseado em algo mais realista. Essa parte da roupa da invisibilidade amenizou de forma desnecessária a mensagem principal do filme que diz respeito aos relacionamentos violentos e como influenciam e alteram a mentalidade e saúde mental das vítimas.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraUma obra audiovisual que rasga a película de hipocrisia que encrespa nosso cotidiano na falsa ideia de cordialidade e acolhimento para aqueles que exercem funções vistas como menos importantes, mas essenciais.
O sacrifício familiar e individual que a protagonista faz em prol de uma família escancara que aos pobres é negado o direito de viver e é permitida apenas a sobrevivência. Uma família que, embora mascare, enxerga Val como alguém inferior e, consequentemente, sua filha. Esta já beneficiada pelas políticas públicas de transferência de riqueza nacional pelos governos petistas sonha e se vê em pé de igualdade com o filho da patroa e, mesmo repreendida pela mãe, a confronta e a lembra que ainda é gente e pode sonhar além do mundo de empregada doméstica. É um retrato do Brasil a partir das gerações que acessam espaços antes exclusivos aos elitizados.
Um Contratempo
4.2 2,0KQUE LOUCURA! Filme maravilhoso!
Era o Hotel Cambridge
4.2 99A obra aborda questões sociais transversais: imigrantes refugiados, desigualdade social, luta por moradia, criminalização da pobreza, Estado como protetor do patrimônio e não de pessoas, utilidade da propriedade privada, movimento social auto organizado.
O filme te cativa e você se perde ao buscar entender quais partes são roteirizadas, quais são reais, quais pessoas são atores e quais são refugiados e moradores do local de fato. Instiga empatia e oferece uma realidade crua, sem subterfúgios, daqueles que largam tudo para recomeçar longe de casa, onde sempre serão estrangeiros. Há algo de tristeza, mas muito de doçura ao vermos que, mesmo sem utilizarem a mesma língua, eles se entendem.
Logan
4.3 2,6K Assista AgoraMinhas expectativas foram quebradas. Esperava algo melhor.
Invocação do Mal 2
3.8 2,1K Assista AgoraHá tempos não via uma produção de terror tão eletrizante e com uma trama tão profunda.
Gostei demais.