De novo, Ari Aster comete o mesmo erro de Hereditário: introduzir uma trama perturbadora e sinistra baseada no drama familiar e no trauma, e depois ignorá-la e sustentar o resto do filme no absurdo e no simbolismo. Em Hereditário, pelo menos isso ocorre passados mais de dois terços do filme, em Midsommar, não chega nem à metade. O começo arrebatador funciona bem pra apresentar os personagens, mas engana e destoa do resto do filme - não em questão de história (que pela sinopse já é óbvio que teria grandes mudanças), mas de temáticas, que a princípio parecem importantes mas depois são ignoradas ou não desenvolvidas. O contraste entre o começo e o resto incomoda principalmente porque evidencia como o potencial do filme é desperdiçado em função de uma narrativa monótona, que se estende muito mais do que deveria e não oferece nenhuma reviravolta que recompense o espectador por aguentar esse tempo todo. As surpresas, na verdade, são apenas visuais: várias cenas impressionam pela criatividade (a ótima fotografia ajuda a torná-las mais impactantes e a direção de arte é competente nesse sentido), e é impossível negar o valor do filme nesse aspecto, só que o terror que elas deveriam induzir, a partir de certo ponto, não funciona, porque o suspense pra chegar até elas é porcamente desenvolvido. Várias sequências repetitivas ou extremamente lentas anulam o timing do terror de modo que, quando ele finalmente chega, já não funciona mais. O que carrega o filme é o visual e a atuação da Florence Pugh (e a empatia gerada por sua personagem desde o começo), porque se dependesse das escolhas do diretor nos outros quesitos seria totalmente sem sal.
Chega a ser irônico o velho falar "óbvio" o tempo todo e essa ser a maior característica desse filme. Por um lado a ideia da prisão e a metáfora proposta são interessantes, mas a execução é preguiçosa: não há nenhum esforço do roteiro para criar situações em que a crítica social apareça sem que algum personagem exponha em detalhes literalmente tudo o que o filme quer passar. É lógico que uma obra pode ser acessível, fácil de entender, e ser efetiva em sua mensagem (Parasita é um exemplo perfeito, e que também expõe sua crítica através do cenário), mas isso é muito diferente do que esse filme faz: ele trata o espectador como idiota e deixa toda a rasa mensagem do filme escancarada de modo que não haja nenhum espaço para interpretação, porque os personagens já interpretaram tudo por nós. Até mesmo cenas mais engenhosas e bem desenvolvidas ficam enfadonhas quando, depois delas, os personagens repetem em diálogo tudo que a cena representou. A parte final é exceção, que faz um uso mais inusitado do cenário e é a única que "mostra mais do que conta", deixando alguma reflexão a cargo do espectador.
À parte disso, o suspense criado é interessante: a expectativa dos personagens pelo que vai acontecer depois é envolvente, e o aspecto misterioso e absurdo da prisão é bem apresentado e carrega o enredo sozinho, já que crítica social é previsível e falha nesse sentido. No geral, apesar de ser filme pra postar quote no facebook, tem méritos por ser um suspense decente que utiliza muito bem o cenário na parte final e por motivar discussões e reflexões que os próprios autores não conseguem desenvolver com a profundidade que o tema merece. Novamente, o problema não é o filme ser claro em sua mensagem, mas sim passar essa mensagem da forma mais preguiçosa e óbvia possível.
Sam Raimi foi muito sábio, pois tendo que fazer um remake e com mais dinheiro disponível, escolheu fazer uma versão surtada, exagerada e ridícula do original. Em primeiro lugar, essa decisão valida a existência da sequência: deixa de ser uma emulação do terror do primeiro filme e torna-se uma experiência totalmente diferente. Eu particularmente prefiro o estilo do original, mas sabiamente o diretor deixa claro desde os primeiros minutos que o foco agora é outro: não mais assustar, e sim fazer graça e divertir de todas as formas possíveis com os recursos que agora ele tem. E por esse objetivo ficar evidente no começo, um espectador desavisado tem tempo de se acostumar com a ideia e entrar no clima do filme (Vendo uma mão decepada fazendo gracinha e litros e litros de sangue saindo do nada, não é possível que alguém ainda ache que essas coisas não são pra dar risada.). E em segundo lugar, que eu acho mais importante, essa escolha evita que o filme envelheça mal. Se fosse um terror propriamente dito, esses efeitos toscos e técnicas de câmera datadas hoje não botariam medo em ninguém. Porém, como a chacota já faz parte da proposta, hoje os efeitos serem risíveis acrescenta mais à experiência. Apesar disso, acho que havia espaço pra ser um filme mais competente no que se propõe. Não precisava repetir a "perspectiva do monstro" dezenas de vezes sem necessidade. Em vários momentos fica a impressão de que a empolgação com o orçamento a ser gasto é tão grande, que inserem certos efeitos aleatoriamente, criando cenas que mais incomodam do que qualquer coisa. Enfim, groovy.
Inconsistente. A maioria das cenas com o Paulo Miklos são ótimas (que curiosamente é o único personagem interessante e faz a melhor performance, mesmo não sendo ele um ator profissional), mas pra chegar nelas é preciso aguentar sequências com diálogos plásticos, cenas totalmente desnecessárias (mesmo com a já curta duração do filme) e personagens sem carisma nenhum. Fica a impressão de que foi um potencial desperdiçado, que poderia ser atingido com melhores escolhas de roteiro e uma edição melhor. Apesar disso, o personagem surtado do Paulo Miklos e a ótima trilha sonora (com a participação marcante do Sabotage) salvam.
O mais impressionante é que o roteiro é extramente pontual: ele tem MUITO a dizer com diálogos curtos, ou às vezes até mesmo sem diálogo. Nas primeiras cenas, por exemplo, com apenas três falas o espectador já percebe as aspirações das personagens, percebe do que elas sentem falta e suas angústias, e isso é possível porque o contexto histórico e o passado das personagens é perfeitamente introduzido. É importante dizer que sem atrizes excepcionais, sobretudo a que interpreta a Heloise, os diálogos não seriam tão efetivos e certeiros. Elas se expressam muito além da fala, com pequenos gestos e olhares, cuja percepção muito diz sobre a relação entre as personagens (e entre elas e suas realidades) e nos faz refletir sobre nossas próprias relações humanas. O roteiro também tem méritos por não ser previsível. Além do plot principal, são acrescentados vários elementos que expandem a história do filme para novos âmbitos: a relação da Heloise com sua irmã, as dificuldades passadas pela empregada, o contraste entre a vida de Heloise e Marianne... Assim, a abordagem dos temas feita pela diretora também se expande, de modo que reflexão do filme vai desde a condição da mulher naquele século até o amor, liberdade, arte.
Além disso, o que mais me agradou foi a construção do clima do filme, em diversos aspectos. Alguns podem reclamar que o filme é lento, mas eu não poderia discordar mais: isso é essencial pra que determinados momentos tenham seu devido impacto. Sem o desenvolvimento paciente da história, ela não seria tão tocante. Um exemplo disso é quando o rosto da Heloise é revelado e ela fala pela primeira vez: cria-se uma expectativa em relação a essa personagem durante um tempo considerável, pra ela ser quebrada em alguns segundos com três falas. Ela deixa de ser "contada" apenas pelo que os outros acham e revela o que ela verdadeiramente quer
("Esperei anos pra fazer isso" "Morrer?" "Correr"). Outro exemplo é quando a Heloise, depois de dizer que não poderia sorrir porque a raiva sempre se sobressaía, finalmente não consegue segurar o riso. É belíssimo, um gesto que diz tanto sobre a evolução da personagem, simples mas tão impactante.
Ainda sobre a construção do clima e ao desenvolvimento cuidadoso da história, graças a eles a questão da liberdade associada às relações humanas (que pra mim é de grande importância) é tratada de forma efetiva:
Essa temática começa quando a Marianne associa a liberdade relacionando a estar só. No decorrer do filme, essa visão vai sendo quebrada: Quando a mãe da Heloise ri e explica a importância da presença do outro pra isso; depois quando elas se divertem jogando cartas e lendo; e, por fim, no dialogo em q a Heloise fala com Marianne sobre sua falta de escolha na vida. Na minha interpretação, a conclusão é que ser livre não se trata de ficar sozinha, ou de estar na companhia de alguém, nem de estar solteira ou casada, mas sim de poder escolher sua companhia, de poder escolher com quem se quer compartilhar os momentos de sua vida, coisa que não era permitida às mulheres daquele século (e ainda hoje, tantas vezes).
Enfim, importante, maravilhoso, emocionante.. e só me leva a crer que 2019 vai ser lembrado como um dos grandes anos da história do cinema.
Não assisti esperando nada, foi mais pra completar a lista do Oscar, e acabei gostando. Porém com uma ressalva: eu percebi que seria um filme de ação, um entretenimento sem grande profundidade, e considerando essa a proposta, ele foi bem competente em realizá-la. Os aspectos técnicos (fotografia, som, trilha sonora) são impecáveis, ajudam a criar a imersão necessária pra que a ação prenda o espectador e dão um ar épico às cenas. A grande questão é que poderia ser um filme totalmente diferente, com uma análise psicológica dos personagens muito melhor, uma crítica à questão mercadológica por trás do esporte, entre outras coisas, que praticamente não existem. Mas, como eu disse, se você assistir esperando isso vai se decepcionar, caso contrário, é diversão garantida.
Os roteiristas do segundo e terceiro são muito safados porque fazem um final excelente pra um filme mediano, dando a impressão que o filme é bem melhor do que realmente é logo após assistir. De qualquer modo, esse tem o desenvolvimento mais fraco dos três e o enredo mais desinteressante, mas ainda assim vale assistir (principalmente pelo final). Não sei se vou assistir os próximos, uma vez que esse teria sido um ótimo final pra trilogia mas meteram um cliffhanger totalmente desnecessáriol
que ano pro cinema brasileiro eu INFELIZMENTE acompanho muito pouco, certamente é possível que outros anos sejam tão bons quanto esse, mas em 2019 eu pude ver duas maravilhas no cinema e fico muito feliz por isso
Não que essa seja uma questão de muita importância, mas não consigo avaliar um filme do Michael Haneke (Só vi esse e Funny Games). Não são filmes feitos pra você gostar, se sentir bem ou completo em apreciar a beleza de uma obra de arte. São filmes que de tão reais e crus é díficil apreciar o aspecto artístico como se faria em um filme comum. Em Amour, como em Funny Games, os aspectos técnicos convergem pra isso. Fotografia? Não se destaca. Trilha Sonora? Não existe. Atuações? Parece um documentário. Ou seja, tudo no ponto para que o objetivo do diretor seja atingido: provocar, causar desconforto eventualmente. Tem alguns filmes que independente da sua experiência de vida, você consegue sentir a alma do diretor neles. É o que acontece nesse trabalho, ainda que, como eu, você não se identifique com a história - você sente todo o sentimento que está por trás. Ele não é agradável, mas é tocante, inspira muita reflexão, e esse é o seu mérito maior. De qualquer modo, não vou me preocupar em dar nota, recomendar, dizer se é bom nisso ou naquilo, se gostei ou não. Só posso dizer que é um filme diferente, especial, talvez único.
Umas duas cenas interessantes, grande atuação do Jake (como sempre), e só. O roteiro tem algumas boas ideias (uma história acontecendo dentro da outra, as metáforas sobre metáforas), mas o desenvolvimento é muito pobre. Não sei nem se poderia chamar de "previsível", porque eu simplesmente não previ que a história não chegaria a lugar nenhum e seria tão sem graça, cheia de sub-plots que só enchem linguiça. As cenas de suspense são bem feitas e correm bem, mas depois de um tempo elas não parecem mais tão boas pois se percebe que há pouco conteúdo real ali. Em vários momentos pensei "essa cena poderia ser muito melhor se tivesse um pay-off, uma surpresa, depois", mas isso não acontece. Inclusive, fica aqui minha indignação: como um filme desses tem uma média maior neste site que Zodíaco? Acho que as pessoas se contentam com o óbvio, fazer o que.
A fotografia é um espetáculo, a música também, ao passo que história simplesmente não chega aos pés: é desconexa demais e não quando achei que ia... Não foi. Filme mais fraco que vi pra esse oscar, mas minha torcida pra melhor fotografia vai pra ele.
Não é um filme ruim, nem de longe, mas tinha tudo pra ser muito melhor. O maior destaque é a direção de arte: belos cenários representando as pinturas, ótima caracterização dos personagens, uso muito engenhoso das cores em diversos momentos... mas um filme desses merecia uma fotografia e direção mais consistentes. O movimento de câmera tenta mostrar a mente inquieta de Van Gogh; em alguns momentos funciona bem, mas em outros apenas me fez pensar "isso não era necessário" - faltou ao diretor um bom senso em relação a quando usar essa técnica. Além disso, em algumas partes, há closes estranhíssimos nos atores, como quando Vincent conversa sobre Shakespeare com outra personagem. E eu citei a fotografia como inconsistente, porque, ao mesmo tempo em que há momentos maravilhosos visualmente, há outros em que falta sutileza: como quando, do nada, uma cor preenche a tela, e, do nada, a cor volta ao normal. A edição, com seus cortes bruscos que mais atrapalham do que qualquer outra coisa, também afeta nesse sentido. Não cheguei a me decepcionar, mas é impressionante como um filme com tantas coisas "no ponto" não deu mais certo: Willem Dafoe tem uma performance incrível, e os outos atores cumprem bem seus papéis; a trilha sonora é excelente e casa muito bem com as cenas. O roteiro é inteligente em relação a como a vida de Van Gogh (e o quê contar), e alguns diálogos são ótimos, mas, novamente, falta sutileza: quem não conhece muito a história real vai ficar boiando em algumas partes, pois parece que vai de um ponto a outro sem mais nem menos. Perto do final, por exemplo, eu fiquei pensando "Hein? E o resto?". No fim, fica uma sensação de que se outro diretor fizesse o filme com a mesma equipe, seria bem melhor.
Visual absolutamente maravilhoso, fazia tempo que não me impressionava tanto com os efeitos especiais de um filme: a combinação entre excelentes efeitos e fotografia é o grande mérito do filme. A direção também é um ponto muito forte, as escolhas de como filmar certas cenas, de como desenvolver a história em um cenário limitado, são muito acertadas. Eu particularmente admito que não fui tocado pela mensagem do filme, pra mim pareceu um filme gospel em alguns momentos - e as sequências iniciais são quase dispensáveis. Mas no geral, é um filme singular, que enche os olhos de qualquer um.
Um suspense bem construído e muito envolvente, que provoca uma rara imersão, mas falha nas partes finais. A ideia do filme de se passar apenas em telas poderia ter sido um desastre, ainda mais para mim que já vi isso em alguns jogos como Her Story, mas é impressionante como os realizadores acertaram em cheio nesse aspecto - e ainda usaram marcas e sites reais, coisa que geralmente não acontece. Em relação à história, o drama familiar é interessante, com alguns momentos muito tocantes, mas o plot twist final (e o próprio final) me pareceram meio forçados, o que foi frustrante devido ao ótimo desenvolvimento. No geral, é uma ideia que funciona muito bem, e sem dúvida vale a pena ser visto (mas merecia um final melhor).
Não sou um fã do Suspiria original, mas ele tem alguns pontos muito interessantes: tecnicamente, é impecável - a fotografia com as belas cores, principalmente -; o plot das bruxas também é muito bom, e por ser apresentado só no meio do filme cria mistério e suspense que prende o espectador - pena que essa parte da história não foi tão bem explorada. Nessa versão, tiraram tudo que prestava: tiraram todas as cores chamativas e efeitos de luzes pra fazer uma fotografia sem carisma, além de uns cortes e zooms ridículos que mais parecem de comédia (Embora as cenas de dança sejam realmente bem feitas, um dos poucos pontos positivos). Em relação à história, erraram muito em desenvolver o plot das bruxas, deixando esse aspecto escancarado desde a primeira cena do filme: não tem suspense, não tem mistério, e pra piorar nenhum personagem tem graça nenhuma. Pra encher linguiça, ainda botaram subplots também desinteressantes que não levam a nada. No fim, só gostei de uma cena, que é realmente aterrorizante:
História envolvente, ao mesmo tempo aterrorizante e bela, que usa uns recursos visuais muito engenhosos mesmo, que atingem em cheio o propósito das cenas. Só faltou um final melhor construído. Na minha percepção, vi uma crítica ao excessivo racionalismo em certos ramos da ciência: o pai quer que a filha volte a ter a aparência que tinha antes, e assim voltar a ser quem era, mas ao mesmo tempo quer que ela ignore seu passado e seus sentimentos. Ela poderia ter sua aparência de volta, mas não voltaria ser ela mesma.
Um terror bem construído mas que em alguns momentos parece sem propósito. É minha opinião pessoal, mas a parte do drama familiar e da perturbação e loucura decorrentes da morte deveria ter sido mais desenvolvida e ter mais foco que o aspecto sobrenatural, isso pra mim é bem mais assustador do que espíritos e afins. De qualquer modo, a fotografia e a atuação da Toni Collette são pontos fortes.
Roteiro totalmente previsível - porém não é furado, pelo menos. Ótimos efeitos pra um filme da DC, e cenas de ação muito bem filmadas. Não é um filme ruim, porém tem coisas muito óbvias e bregas que facilmente seriam concertadas. Seja por questão de roteiro, atuações forçadas em certas partes ou músicas aleatórias que tocam do nada. E Jason Momoa carismático demais quero ser amigo desse cara
Mano, a música tema é muito parecida com Tubular Bells, me deu um baita sentimento bom quando percebi porque amo Tubular Bells (não creio que tenha sido essa a intenção). De qualquer modo, a história poderia ser melhor, mas esse problema é compensado pelos aspectos técnicos impecáveis.
Não o culpo por ele achar que o homem branco é o demônio, se eu tivesse a vida dele provavelmente acharia a mesma coisa. E para os que criticam o "racismo reverso" do Malcolm como se ele vivesse em 2018 e não nos EUA dos anos 40, só posso citar essa frase do Grande Gatsby: "Em meus anos mais vulneráveis de juventude, meu pai me deu um conselho que jamais esqueci: — Sempre que tiver vontade de criticar alguém — ele disse —, lembre-se de que ninguém teve as oportunidades que você teve."
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraDe novo, Ari Aster comete o mesmo erro de Hereditário: introduzir uma trama perturbadora e sinistra baseada no drama familiar e no trauma, e depois ignorá-la e sustentar o resto do filme no absurdo e no simbolismo. Em Hereditário, pelo menos isso ocorre passados mais de dois terços do filme, em Midsommar, não chega nem à metade. O começo arrebatador funciona bem pra apresentar os personagens, mas engana e destoa do resto do filme - não em questão de história (que pela sinopse já é óbvio que teria grandes mudanças), mas de temáticas, que a princípio parecem importantes mas depois são ignoradas ou não desenvolvidas.
O contraste entre o começo e o resto incomoda principalmente porque evidencia como o potencial do filme é desperdiçado em função de uma narrativa monótona, que se estende muito mais do que deveria e não oferece nenhuma reviravolta que recompense o espectador por aguentar esse tempo todo.
As surpresas, na verdade, são apenas visuais: várias cenas impressionam pela criatividade (a ótima fotografia ajuda a torná-las mais impactantes e a direção de arte é competente nesse sentido), e é impossível negar o valor do filme nesse aspecto, só que o terror que elas deveriam induzir, a partir de certo ponto, não funciona, porque o suspense pra chegar até elas é porcamente desenvolvido. Várias sequências repetitivas ou extremamente lentas anulam o timing do terror de modo que, quando ele finalmente chega, já não funciona mais.
O que carrega o filme é o visual e a atuação da Florence Pugh (e a empatia gerada por sua personagem desde o começo), porque se dependesse das escolhas do diretor nos outros quesitos seria totalmente sem sal.
Boi Neon
3.6 462Tocar "meu vaqueiro meu peão" é fanservice pra nordestino, perfeito
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraChega a ser irônico o velho falar "óbvio" o tempo todo e essa ser a maior característica desse filme. Por um lado a ideia da prisão e a metáfora proposta são interessantes, mas a execução é preguiçosa: não há nenhum esforço do roteiro para criar situações em que a crítica social apareça sem que algum personagem exponha em detalhes literalmente tudo o que o filme quer passar.
É lógico que uma obra pode ser acessível, fácil de entender, e ser efetiva em sua mensagem (Parasita é um exemplo perfeito, e que também expõe sua crítica através do cenário), mas isso é muito diferente do que esse filme faz: ele trata o espectador como idiota e deixa toda a rasa mensagem do filme escancarada de modo que não haja nenhum espaço para interpretação, porque os personagens já interpretaram tudo por nós. Até mesmo cenas mais engenhosas e bem desenvolvidas ficam enfadonhas quando, depois delas, os personagens repetem em diálogo tudo que a cena representou. A parte final é exceção, que faz um uso mais inusitado do cenário e é a única que "mostra mais do que conta", deixando alguma reflexão a cargo do espectador.
À parte disso, o suspense criado é interessante: a expectativa dos personagens pelo que vai acontecer depois é envolvente, e o aspecto misterioso e absurdo da prisão é bem apresentado e carrega o enredo sozinho, já que crítica social é previsível e falha nesse sentido.
No geral, apesar de ser filme pra postar quote no facebook, tem méritos por ser um suspense decente que utiliza muito bem o cenário na parte final e por motivar discussões e reflexões que os próprios autores não conseguem desenvolver com a profundidade que o tema merece. Novamente, o problema não é o filme ser claro em sua mensagem, mas sim passar essa mensagem da forma mais preguiçosa e óbvia possível.
Uma Noite Alucinante 2
3.8 712 Assista AgoraSam Raimi foi muito sábio, pois tendo que fazer um remake e com mais dinheiro disponível, escolheu fazer uma versão surtada, exagerada e ridícula do original.
Em primeiro lugar, essa decisão valida a existência da sequência: deixa de ser uma emulação do terror do primeiro filme e torna-se uma experiência totalmente diferente. Eu particularmente prefiro o estilo do original, mas sabiamente o diretor deixa claro desde os primeiros minutos que o foco agora é outro: não mais assustar, e sim fazer graça e divertir de todas as formas possíveis com os recursos que agora ele tem. E por esse objetivo ficar evidente no começo, um espectador desavisado tem tempo de se acostumar com a ideia e entrar no clima do filme (Vendo uma mão decepada fazendo gracinha e litros e litros de sangue saindo do nada, não é possível que alguém ainda ache que essas coisas não são pra dar risada.).
E em segundo lugar, que eu acho mais importante, essa escolha evita que o filme envelheça mal. Se fosse um terror propriamente dito, esses efeitos toscos e técnicas de câmera datadas hoje não botariam medo em ninguém. Porém, como a chacota já faz parte da proposta, hoje os efeitos serem risíveis acrescenta mais à experiência.
Apesar disso, acho que havia espaço pra ser um filme mais competente no que se propõe. Não precisava repetir a "perspectiva do monstro" dezenas de vezes sem necessidade. Em vários momentos fica a impressão de que a empolgação com o orçamento a ser gasto é tão grande, que inserem certos efeitos aleatoriamente, criando cenas que mais incomodam do que qualquer coisa.
Enfim, groovy.
O Invasor
3.6 171Inconsistente. A maioria das cenas com o Paulo Miklos são ótimas (que curiosamente é o único personagem interessante e faz a melhor performance, mesmo não sendo ele um ator profissional), mas pra chegar nelas é preciso aguentar sequências com diálogos plásticos, cenas totalmente desnecessárias (mesmo com a já curta duração do filme) e personagens sem carisma nenhum.
Fica a impressão de que foi um potencial desperdiçado, que poderia ser atingido com melhores escolhas de roteiro e uma edição melhor.
Apesar disso, o personagem surtado do Paulo Miklos e a ótima trilha sonora (com a participação marcante do Sabotage) salvam.
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 901 Assista AgoraO mais impressionante é que o roteiro é extramente pontual: ele tem MUITO a dizer com diálogos curtos, ou às vezes até mesmo sem diálogo. Nas primeiras cenas, por exemplo, com apenas três falas o espectador já percebe as aspirações das personagens, percebe do que elas sentem falta e suas angústias, e isso é possível porque o contexto histórico e o passado das personagens é perfeitamente introduzido.
É importante dizer que sem atrizes excepcionais, sobretudo a que interpreta a Heloise, os diálogos não seriam tão efetivos e certeiros. Elas se expressam muito além da fala, com pequenos gestos e olhares, cuja percepção muito diz sobre a relação entre as personagens (e entre elas e suas realidades) e nos faz refletir sobre nossas próprias relações humanas.
O roteiro também tem méritos por não ser previsível. Além do plot principal, são acrescentados vários elementos que expandem a história do filme para novos âmbitos: a relação da Heloise com sua irmã, as dificuldades passadas pela empregada, o contraste entre a vida de Heloise e Marianne... Assim, a abordagem dos temas feita pela diretora também se expande, de modo que reflexão do filme vai desde a condição da mulher naquele século até o amor, liberdade, arte.
Além disso, o que mais me agradou foi a construção do clima do filme, em diversos aspectos. Alguns podem reclamar que o filme é lento, mas eu não poderia discordar mais: isso é essencial pra que determinados momentos tenham seu devido impacto. Sem o desenvolvimento paciente da história, ela não seria tão tocante. Um exemplo disso é quando o rosto da Heloise é revelado e ela fala pela primeira vez: cria-se uma expectativa em relação a essa personagem durante um tempo considerável, pra ela ser quebrada em alguns segundos com três falas. Ela deixa de ser "contada" apenas pelo que os outros acham e revela o que ela verdadeiramente quer
("Esperei anos pra fazer isso" "Morrer?" "Correr"). Outro exemplo é quando a Heloise, depois de dizer que não poderia sorrir porque a raiva sempre se sobressaía, finalmente não consegue segurar o riso. É belíssimo, um gesto que diz tanto sobre a evolução da personagem, simples mas tão impactante.
Ainda sobre a construção do clima e ao desenvolvimento cuidadoso da história, graças a eles a questão da liberdade associada às relações humanas (que pra mim é de grande importância) é tratada de forma efetiva:
Essa temática começa quando a Marianne associa a liberdade relacionando a estar só. No decorrer do filme, essa visão vai sendo quebrada: Quando a mãe da Heloise ri e explica a importância da presença do outro pra isso; depois quando elas se divertem jogando cartas e lendo; e, por fim, no dialogo em q a Heloise fala com Marianne sobre sua falta de escolha na vida. Na minha interpretação, a conclusão é que ser livre não se trata de ficar sozinha, ou de estar na companhia de alguém, nem de estar solteira ou casada, mas sim de poder escolher sua companhia, de poder escolher com quem se quer compartilhar os momentos de sua vida, coisa que não era permitida às mulheres daquele século (e ainda hoje, tantas vezes).
Enfim, importante, maravilhoso, emocionante.. e só me leva a crer que 2019 vai ser lembrado como um dos grandes anos da história do cinema.
Ford vs Ferrari
3.9 715 Assista AgoraNão assisti esperando nada, foi mais pra completar a lista do Oscar, e acabei gostando.
Porém com uma ressalva: eu percebi que seria um filme de ação, um entretenimento sem grande profundidade, e considerando essa a proposta, ele foi bem competente em realizá-la. Os aspectos técnicos (fotografia, som, trilha sonora) são impecáveis, ajudam a criar a imersão necessária pra que a ação prenda o espectador e dão um ar épico às cenas.
A grande questão é que poderia ser um filme totalmente diferente, com uma análise psicológica dos personagens muito melhor, uma crítica à questão mercadológica por trás do esporte, entre outras coisas, que praticamente não existem. Mas, como eu disse, se você assistir esperando isso vai se decepcionar, caso contrário, é diversão garantida.
Jogos Mortais 3
3.3 705 Assista AgoraOs roteiristas do segundo e terceiro são muito safados porque fazem um final excelente pra um filme mediano, dando a impressão que o filme é bem melhor do que realmente é logo após assistir. De qualquer modo, esse tem o desenvolvimento mais fraco dos três e o enredo mais desinteressante, mas ainda assim vale assistir (principalmente pelo final).
Não sei se vou assistir os próximos, uma vez que esse teria sido um ótimo final pra trilogia mas meteram um cliffhanger totalmente desnecessáriol
A Vida Invisível
4.3 642que ano pro cinema brasileiro
eu INFELIZMENTE acompanho muito pouco, certamente é possível que outros anos sejam tão bons quanto esse, mas em 2019 eu pude ver duas maravilhas no cinema e fico muito feliz por isso
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraNão que essa seja uma questão de muita importância, mas não consigo avaliar um filme do Michael Haneke (Só vi esse e Funny Games).
Não são filmes feitos pra você gostar, se sentir bem ou completo em apreciar a beleza de uma obra de arte. São filmes que de tão reais e crus é díficil apreciar o aspecto artístico como se faria em um filme comum. Em Amour, como em Funny Games, os aspectos técnicos convergem pra isso. Fotografia? Não se destaca. Trilha Sonora? Não existe. Atuações? Parece um documentário. Ou seja, tudo no ponto para que o objetivo do diretor seja atingido: provocar, causar desconforto eventualmente.
Tem alguns filmes que independente da sua experiência de vida, você consegue sentir a alma do diretor neles. É o que acontece nesse trabalho, ainda que, como eu, você não se identifique com a história - você sente todo o sentimento que está por trás. Ele não é agradável, mas é tocante, inspira muita reflexão, e esse é o seu mérito maior.
De qualquer modo, não vou me preocupar em dar nota, recomendar, dizer se é bom nisso ou naquilo, se gostei ou não. Só posso dizer que é um filme diferente, especial, talvez único.
Amor à Flor da Pele
4.3 500 Assista AgoraSó ressaltar que me surpreendi com como esse filme foge de clichês, realmente louvável
Capitã Marvel
3.7 1,9K Assista AgoraO telefone da Terra nos anos 80 faz uma ligação PRO ESPAÇO
Meu brother, se eu tento ligar pro sítio da minha vó não tem sinal
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraUmas duas cenas interessantes, grande atuação do Jake (como sempre), e só.
O roteiro tem algumas boas ideias (uma história acontecendo dentro da outra, as metáforas sobre metáforas), mas o desenvolvimento é muito pobre. Não sei nem se poderia chamar de "previsível", porque eu simplesmente não previ que a história não chegaria a lugar nenhum e seria tão sem graça, cheia de sub-plots que só enchem linguiça.
As cenas de suspense são bem feitas e correm bem, mas depois de um tempo elas não parecem mais tão boas pois se percebe que há pouco conteúdo real ali. Em vários momentos pensei "essa cena poderia ser muito melhor se tivesse um pay-off, uma surpresa, depois", mas isso não acontece.
Inclusive, fica aqui minha indignação: como um filme desses tem uma média maior neste site que Zodíaco? Acho que as pessoas se contentam com o óbvio, fazer o que.
Guerra Fria
3.8 326 Assista AgoraA fotografia é um espetáculo, a música também, ao passo que história simplesmente não chega aos pés: é desconexa demais e não quando achei que ia... Não foi.
Filme mais fraco que vi pra esse oscar, mas minha torcida pra melhor fotografia vai pra ele.
No Portal da Eternidade
3.8 349 Assista AgoraNão é um filme ruim, nem de longe, mas tinha tudo pra ser muito melhor.
O maior destaque é a direção de arte: belos cenários representando as pinturas, ótima caracterização dos personagens, uso muito engenhoso das cores em diversos momentos... mas um filme desses merecia uma fotografia e direção mais consistentes.
O movimento de câmera tenta mostrar a mente inquieta de Van Gogh; em alguns momentos funciona bem, mas em outros apenas me fez pensar "isso não era necessário" - faltou ao diretor um bom senso em relação a quando usar essa técnica. Além disso, em algumas partes, há closes estranhíssimos nos atores, como quando Vincent conversa sobre Shakespeare com outra personagem. E eu citei a fotografia como inconsistente, porque, ao mesmo tempo em que há momentos maravilhosos visualmente, há outros em que falta sutileza: como quando, do nada, uma cor preenche a tela, e, do nada, a cor volta ao normal. A edição, com seus cortes bruscos que mais atrapalham do que qualquer outra coisa, também afeta nesse sentido.
Não cheguei a me decepcionar, mas é impressionante como um filme com tantas coisas "no ponto" não deu mais certo: Willem Dafoe tem uma performance incrível, e os outos atores cumprem bem seus papéis; a trilha sonora é excelente e casa muito bem com as cenas. O roteiro é inteligente em relação a como a vida de Van Gogh (e o quê contar), e alguns diálogos são ótimos, mas, novamente, falta sutileza: quem não conhece muito a história real vai ficar boiando em algumas partes, pois parece que vai de um ponto a outro sem mais nem menos. Perto do final, por exemplo, eu fiquei pensando "Hein? E o resto?".
No fim, fica uma sensação de que se outro diretor fizesse o filme com a mesma equipe, seria bem melhor.
As Aventuras de Pi
3.9 4,4KVisual absolutamente maravilhoso, fazia tempo que não me impressionava tanto com os efeitos especiais de um filme: a combinação entre excelentes efeitos e fotografia é o grande mérito do filme. A direção também é um ponto muito forte, as escolhas de como filmar certas cenas, de como desenvolver a história em um cenário limitado, são muito acertadas. Eu particularmente admito que não fui tocado pela mensagem do filme, pra mim pareceu um filme gospel em alguns momentos - e as sequências iniciais são quase dispensáveis.
Mas no geral, é um filme singular, que enche os olhos de qualquer um.
Buscando...
4.0 1,3K Assista AgoraUm suspense bem construído e muito envolvente, que provoca uma rara imersão, mas falha nas partes finais.
A ideia do filme de se passar apenas em telas poderia ter sido um desastre, ainda mais para mim que já vi isso em alguns jogos como Her Story, mas é impressionante como os realizadores acertaram em cheio nesse aspecto - e ainda usaram marcas e sites reais, coisa que geralmente não acontece.
Em relação à história, o drama familiar é interessante, com alguns momentos muito tocantes, mas o plot twist final (e o próprio final) me pareceram meio forçados, o que foi frustrante devido ao ótimo desenvolvimento.
No geral, é uma ideia que funciona muito bem, e sem dúvida vale a pena ser visto (mas merecia um final melhor).
Suspíria: A Dança do Medo
3.7 1,2K Assista AgoraNão sou um fã do Suspiria original, mas ele tem alguns pontos muito interessantes: tecnicamente, é impecável - a fotografia com as belas cores, principalmente -; o plot das bruxas também é muito bom, e por ser apresentado só no meio do filme cria mistério e suspense que prende o espectador - pena que essa parte da história não foi tão bem explorada.
Nessa versão, tiraram tudo que prestava: tiraram todas as cores chamativas e efeitos de luzes pra fazer uma fotografia sem carisma, além de uns cortes e zooms ridículos que mais parecem de comédia (Embora as cenas de dança sejam realmente bem feitas, um dos poucos pontos positivos). Em relação à história, erraram muito em desenvolver o plot das bruxas, deixando esse aspecto escancarado desde a primeira cena do filme: não tem suspense, não tem mistério, e pra piorar nenhum personagem tem graça nenhuma. Pra encher linguiça, ainda botaram subplots também desinteressantes que não levam a nada.
No fim, só gostei de uma cena, que é realmente aterrorizante:
Aquela em que a personagem principal dança e, sem perceber, tortura uma mulher que está em outra sala
Os Olhos Sem Rosto
4.0 232História envolvente, ao mesmo tempo aterrorizante e bela, que usa uns recursos visuais muito engenhosos mesmo, que atingem em cheio o propósito das cenas. Só faltou um final melhor construído.
Na minha percepção, vi uma crítica ao excessivo racionalismo em certos ramos da ciência: o pai quer que a filha volte a ter a aparência que tinha antes, e assim voltar a ser quem era, mas ao mesmo tempo quer que ela ignore seu passado e seus sentimentos. Ela poderia ter sua aparência de volta, mas não voltaria ser ela mesma.
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraUm terror bem construído mas que em alguns momentos parece sem propósito. É minha opinião pessoal, mas a parte do drama familiar e da perturbação e loucura decorrentes da morte deveria ter sido mais desenvolvida e ter mais foco que o aspecto sobrenatural, isso pra mim é bem mais assustador do que espíritos e afins. De qualquer modo, a fotografia e a atuação da Toni Collette são pontos fortes.
Aquaman
3.7 1,7K Assista AgoraRoteiro totalmente previsível - porém não é furado, pelo menos. Ótimos efeitos pra um filme da DC, e cenas de ação muito bem filmadas.
Não é um filme ruim, porém tem coisas muito óbvias e bregas que facilmente seriam concertadas. Seja por questão de roteiro, atuações forçadas em certas partes ou músicas aleatórias que tocam do nada.
E Jason Momoa carismático demais quero ser amigo desse cara
Duro de Matar
3.8 734 Assista AgoraNão esperava que um filme de ação de brucutu seria tão inteligente. Ação bem construída como poucos filmes fazem. Yippee ki yay, motherfucker.
Suspiria
3.8 979 Assista AgoraMano, a música tema é muito parecida com Tubular Bells, me deu um baita sentimento bom quando percebi porque amo Tubular Bells (não creio que tenha sido essa a intenção).
De qualquer modo, a história poderia ser melhor, mas esse problema é compensado pelos aspectos técnicos impecáveis.
Malcolm X
4.1 267 Assista AgoraNão o culpo por ele achar que o homem branco é o demônio, se eu tivesse a vida dele provavelmente acharia a mesma coisa. E para os que criticam o "racismo reverso" do Malcolm como se ele vivesse em 2018 e não nos EUA dos anos 40, só posso citar essa frase do Grande Gatsby:
"Em meus anos mais vulneráveis de juventude, meu pai me deu um conselho que jamais esqueci:
— Sempre que tiver vontade de criticar alguém — ele disse —, lembre-se de que ninguém teve as oportunidades que você teve."
5 estrelas pela história, 4 pelo filme.