Espero que não façam o Ariano Suassuna se revirar no túmulo. A história sequer precisava dessa continuação, mas o cinema tem aquela necessidade patológica de não largar o osso. Já temos poucos filmes nacionais que são considerados clássicos, aí os caras vão lá e criam uma continuação.
Um pouco previsível, mas muito bom. Adorei ver o Robin Williams em um papel dramático (não considero Homem Bicentenário um drama). Uma narrativa bem linear envolvendo culpa e meias verdades. Vale a pena o tempo investido.
E se fizéssemos o Anthony Hopkins interpretar mais um criminoso inteligente, mas não tão inteligente e carismático quanto o Hannibal? Aí saiu esse filme.
Mais um grandíssimo "nada acontece feijoada" da A24 (junto com Moonlight, A Ghost Story, Aftersun, Minari).
Mas esse aqui é legal, pegou bem na minha artéria femoral (ui, rimou). Nada é pior na nossa vida do que um eterno "E se...". Vivemos a sombra do que poderíamos ter sido, vivido e nos tornado. E esse filme aborda isso de forma muito sutil, de duas pessoas que olham constantemente pro passado e que estão em busca de suas próprias raízes. Ela, numa forma de se conectar a terra que abandonou cedo. Ele, num amor não-dito. E esse arco se estende por mais de 20 anos, com ambos crescidos, com vivências diferentes e mentalidades diferentes.
Até o idioma estrangeiro (americano) só é dialogado depois que a personagem "rompe" com seu passado. Um detalhe que não passou despercebido.
Confesso que ali no take final, eu fiquei com receio de acontecer algo que ARRUINARIA tudo, afinal o marido da nora não merecia aquele tipo de situação vexatória. Mas o filme não se destrói, muito pelo contrário, ele se sustenta com muito esforço e lágrimas.
Acho que fui injusto, esse filme acontece coisa pra caralho. Basta você deixar seus ressentimentos completarem as lacunas do roteiro.
Infelizmente a intenção DÚBIA que o roteiro propõe desde o início, foi arruinada pra mim porque me interessei pelo filme quando vi um corte de uma das cenas mais emblemáticas e reveladoras do filme.
Isso por si só, já meio que tirou o peso que a obra iria me propor, como se eu também estivesse julgando a protagonista de antemão.
Sim, o marido dela era problemático e claramente se sentia o prefeito da Coitadolândia, mas você não empurra uma pessoa pro precipício mesmo numa situação difícil. É um ótimo filme, realmente vale o hype que foi proposto, mas fica claro ali que a manipulação foi descarada.
Bom, eu confesso que esperava bem mais do filme. O "Moonlight" de relações parentais. Extremamente contemplativo, cheio de subcamadas que só resta a você mesmo interpretar o que está acontecendo. Meu medo era o
Fui assistir com um pé atrás. Quebrei a cara. Um filme extremamente sensível e revoltante onde tudo mora nos detalhes. A antipatia ou empatia que você cria pelos personagens é quase imediata. A empregada solicita e humilde, o filho-patrão que substituiu a filha, a patroa esnobe, o patriarca relapso, a filha biológica distuptiva totalmente oposta a mãe.
A Val é o típico caso de serviçais que foram adestrados pelos patrões. É até curioso fazer o paralelo com a Maggie (a labradora) que todas as vezes que aparece em cena, nunca obedece. Parece enxergar ela como alguém que não está em posição de autoridade naquela casa. A proximidade de mãe-filho com o filho dos patrões é notada logo na primeira cena de ambos (que vai se estender até o final). Fabinho vê em Val a mãe que ela nunca pode ser pra própria filha.
O patriarca Carlos (representado por um ator incrível que se mostra depressivo, carente e até mesmo bastante omisso) não consegue deixar de mostrar fascínio por uma pessoa que muda o ambiente familiar já na sua primeira interação. Apesar dele ser o provedor com a herança da família, sua postura dá a entender que a esposa que sustenta a casa. Até o fato dela sentar na cabeceira mostra que ela está no comando.
Bárbara é a vilã sem ser vilã. Nós conhecemos milhares de Bárbaras, algumas até convivemos e estão em nosso círculo social/familiar. É uma pessoa que não gosta de subversão do status quo. Baita atriz que conseguiu passar o desprezo da personagem pelas situações só com o olhar/expressões faciais.
Jéssica é o ponto de virada da trama. Chega de longe, sem se ater aos papéis sociais que sua mãe exerce e não se deixa ser afetada pelo ambiente claramente hostil para sua personalidade.
Enfim, tive receio de ver antes porque é muito fácil se deixar levar pelo discurso que esse tipo de filme impõe. Mas é tudo tão claro desde os primeiros minutos, que só se deixa levar quem não tem senso crítico.
Sam Esmail (te amo Mr. Robot), no melhor estilo Shyamalan: Explicativo, cheio de monólogos e efeitos expositivos. Quando os dentes do moleque começaram a cair, eu já achei que ia desaguar pra filme de zumbis. Felizmente não foi tão ruim assim.
Gosto do Mahershala Ali, mas ele podia mudar um pouco o papel de homem-negro-sofisticado. Esse é o 5º papel que ele interpreta esse personagem, desde o saudoso Remy Danton de House of Cards (que lembrem, morreu na 4ª temporada). Virou o Adam Sandler dos dramas.
Mas enfim, falando sobre o filme, a minha resenha vai ficar pela metade, igual ele. O filme não tem final. Eu não aceito que o final é aquele. Não é possível que seja.
Vou esperar uns meses pra anunciar a segunda parte. Caso contrário, eu edito essa resenha e baixo a nota pra 1.
Que filme péssimo, puta merda. Shyamalan simplesmente desaprendeu como fazer filmes (A Vila é o último bom filme dele), porque desde daí ele vem colecionando uma sucessão de obras rasas, esdrúxulas e sem um pingo de carisma.
E carisma é o que falta nesses personagens. Todos padecem de um fator "EU VOU ME IMPORTAR SE ALGO ACONTECER COM ELE". Tudo acontece rápido demais, sem emoção demais e dentro de um cenário plano (a praia), então nada ali é imersivo, sequer vem uma catarse. Quando anoitece e o filme entra no sentido mais filósofico (tão filósofico quanto ele consegue ser), ele fica mais profundo que uma poça de mijo no chão.
"Ohhh eles envelheceram e só quando eles estão perdendo os sentidos, eles conseguiram descobrir o verdadeiro amor ohhhh"
Faça-me o favor...
Meu Deus, ainda bem que esse filme não teve duas horas. 108 minutos foram o suficiente pra me deixar entediado e me fazer lembrar de pagar um boleto que eu tinha esquecido. Se tivesse mais 12 minutos, provavelmente eu lembraria só no dia seguinte e pagaria juros. O filme esqueceu de citar isso: Todo mundo na ilha envelhece com tanta rapidez, um personagem morrendo a cada 5 minutos, que elas acabam esquecendo de coisas fúteis como pagar contas e seu time não contratando bons jogadores pro campeonato brasileiro do ano que vem.
Vamos ter que lutar pra não cair de novo.
Até esqueci da crítica Esse filme não vale o esforço.
. Não fazia ideia de como o filme se desenrolava a partir de então. Uma grata surpresa ver que é uma história sobre facetas escondidas e psicopatia. Uma pena que todo mundo seja tão burro que não tenham ligado os pontos já na primeira ou segunda interação com o sujeito.
Bom, começo dizendo que se você enxerga uma mensagem de extrema-direita nesse filme, você precisa de duas coisas: - Checar se seu expectro político não tá te fazendo se tornar um animal insensível - A polícia federal precisa dar uma olhada no seu HD e nas suas pastas seguras do celular.
Dito isso, é um filme linear. Por se basear em fatos reais, não tem viradas de roteiro, grandes explosões ou subterfúgios pra alongar a história. Alguns personagens não são aprofundados, os que são, é algo que arranha só a casca. Um bom mocismo meio cínico. Mas o que eu posso dizer? Eles estão do lado do bem. Dito isso, ótimo filme. É bom ver algo desse tipo numa Hollywood tão woke. Algo pra te puxar pra realidade.
Esse era um dos filmes do Lars que eu tinha mais curiosidade de assistir. Não fazia ideia do plot e sequer que era um musical (deprimente, mas um musical). O filme vai construindo os personagens muito metodicamente pela primeira hora, até tudo deslanchar numa sucessão de decisões equivocadas (vale ressaltar, nenhuma delas vindo da protagonista). Confesso que dei uma adiantadas na parte dos musicais, mas isso porque não curto a voz da Bjork... Mas enfim, no final eu me rendi.
Brincadeiras à parte, é uma obra bem rasa. A atuação do Ryan Gosling é tão ruim que chega a ser caricata. Me surpreendeu nas partes da violência que é bem gráfica, fora isso eu só pensava na fábula do sapo e do escorpião... Aí o roteiro me faz o favor de deixar isso mais expositivo colocando exatamente isso nos diálogos.
Ledger deixou um fardo enorme pro vilão posterior é o Tom Hardy conseguiu segurar nas costas com facilidade. Tenho minhas ressalvas quanto ao desfecho/origem dele, mas que baita personagem. Botou o plano do Coringa em prática e derrotou o Batman, coisa que nenhum dos anteriores conseguiu.
Não sei se foi a intenção, mas o Limão é Tangerina me passaram uma vibe meio pulp fiction. São a melhor coisa do filme. Eu tinha uma certeza que o Brad Pitt não morreria, parece que tá no contrato dele ele ter que ser o sobrevivente.
Que filme incrível, puta merda. Battinson, eu sempre te amarei.
Gostei muito de terem iniciado o filme já nos primeiros anos de investigador do Batman, ninguém merecia ver os Wayne morrendo pela 3ª vez em menos de 20 anos. A história pega um fio condutor e vai nos conduzindo até o terceiro ato onde tudo começa a fazer sentido (por mais megalomaníaco que possa parecer). Paul Dano deu um show aqui, mesmo quando ele não mostra o rosto. Enfim, o Morcego tava precisando de um filme desse calibre. BatAffleck deixou trauma na galera.
Já esperava esse plot twist? Esperava. Mas quando encaminhou pra ficção científica, eu fiquei meio "meh". Esperava algo mais pé no chão, mas tudo bem, é um drama. Enquanto um precisou fazer um sacrifício doloroso, outro fez dezenas. Paralelo interessante.
Não entendi essa nota. É um filme essencial pra quem é da área gastronômica. O filme é bem óbvio na sua crítica, as vezes até de forma visual, mas isso é ótimo pra mostrar os lados da história. Nada fica subentendido e muito menos pretensioso. Ele parte da clássica fórmula mentor e aprendiz, descobrimento/treinamento, ápice, decepção e redenção. Uma fórmula que Hollywood simplesmente esqueceu e não consegue se reinventar, mas quando tentam, lançam obras fracas como o risível O Menu (2022). Nada melhor que deixar óbvio que ninguém é vilão ali, mas que nesse mundo da alta gastronomia, a apresentação e status nunca mudarão. Exemplo disso é quando é falado que o chef paga muito bem os aldeões que fornecem os insumos pra ele, mas como é visto, não paga tão bem ao ponto deles mudarem de vida. Ele se satisfaz com os ricos elogiando os pratos dele, mas não se satisfaz em passar o conhecimento adiante. É tudo uma questão de ego. E nessa área, é o que mais tem.
Posso considerar mais uma obra-prima do Park Chan-Wook? A história é muito bem construída e os plot twists (marca registrada do diretor) estão ali, mas de uma maneira menos laboriosa que na trilogia da Vingança ou A Criada. Por incrível que pareça, o humor meio cínico e a química entre os personagens desse filme foram as partes que mais me agradaram. A montagem é excelente e o roteiro não deixa a peteca cair mesmo após 135 minutos de filme.
Vou ser honesto. Eu não captei muito bem a mensagem que o filme quis transmitir. A gourmetização da culinária contemporânea? A hierarquia que beira o militarismo? A falta de senso crítico em troca de experiências? Não sei, eu acho que passei batido. Mas o filme meio que se explica (nas relações que se seguem) nos 5 minutos iniciais. Você já começa a odiar o Tyler e o ódio se estende até o último ato dele. Sabe que aquilo ali é quase um culto (a comida? A experiência? Ao chef?) e ninguém que entrou ali, sairá intacto. O bom é que rola um questionamento muito pertinente ali perto do último ato e nem os personagens sabem explicar o porquê.
Agora entendo porque nunca recebi nenhum spoiler desse filme desde o lançamento. Filme com um roteiro meio confuso, sem saber pra onde ir e umas cenas soltas sem continuidade. Parece um surto psicológico.
Droga, disco voador e velho nu. Isso resume bem o filme.
O Auto da Compadecida 2
16Espero que não façam o Ariano Suassuna se revirar no túmulo. A história sequer precisava dessa continuação, mas o cinema tem aquela necessidade patológica de não largar o osso. Já temos poucos filmes nacionais que são considerados clássicos, aí os caras vão lá e criam uma continuação.
Insônia
3.4 412 Assista AgoraUm pouco previsível, mas muito bom. Adorei ver o Robin Williams em um papel dramático (não considero Homem Bicentenário um drama). Uma narrativa bem linear envolvendo culpa e meias verdades. Vale a pena o tempo investido.
Sobre Meninos e Lobos
4.1 1,5K Assista AgoraO livro é melhor.
Um Crime de Mestre
3.8 729E se fizéssemos o Anthony Hopkins interpretar mais um criminoso inteligente, mas não tão inteligente e carismático quanto o Hannibal? Aí saiu esse filme.
Vidas Passadas
4.2 731 Assista AgoraMais um grandíssimo "nada acontece feijoada" da A24 (junto com Moonlight, A Ghost Story, Aftersun, Minari).
Mas esse aqui é legal, pegou bem na minha artéria femoral (ui, rimou). Nada é pior na nossa vida do que um eterno "E se...". Vivemos a sombra do que poderíamos ter sido, vivido e nos tornado. E esse filme aborda isso de forma muito sutil, de duas pessoas que olham constantemente pro passado e que estão em busca de suas próprias raízes. Ela, numa forma de se conectar a terra que abandonou cedo. Ele, num amor não-dito. E esse arco se estende por mais de 20 anos, com ambos crescidos, com vivências diferentes e mentalidades diferentes.
Até o idioma estrangeiro (americano) só é dialogado depois que a personagem "rompe" com seu passado. Um detalhe que não passou despercebido.
Confesso que ali no take final, eu fiquei com receio de acontecer algo que ARRUINARIA tudo, afinal o marido da nora não merecia aquele tipo de situação vexatória. Mas o filme não se destrói, muito pelo contrário, ele se sustenta com muito esforço e lágrimas.
Acho que fui injusto, esse filme acontece coisa pra caralho. Basta você deixar seus ressentimentos completarem as lacunas do roteiro.
Anatomia de uma Queda
4.0 796 Assista AgoraInfelizmente a intenção DÚBIA que o roteiro propõe desde o início, foi arruinada pra mim porque me interessei pelo filme quando vi um corte de uma das cenas mais emblemáticas e reveladoras do filme.
Isso por si só, já meio que tirou o peso que a obra iria me propor, como se eu também estivesse julgando a protagonista de antemão.
Sim, o marido dela era problemático e claramente se sentia o prefeito da Coitadolândia, mas você não empurra uma pessoa pro precipício mesmo numa situação difícil. É um ótimo filme, realmente vale o hype que foi proposto, mas fica claro ali que a manipulação foi descarada.
Mas você tem que decidir, quem manipulou quem.
Eu aposto no filho.
Aftersun
4.1 702Bom, eu confesso que esperava bem mais do filme. O "Moonlight" de relações parentais. Extremamente contemplativo, cheio de subcamadas que só resta a você mesmo interpretar o que está acontecendo. Meu medo era o
sujeito fazer algo contra a própria vida e marcar a filha pra sempre. Mas dada o final do filme, provavelmente isso mesmo que aconteceu.
Ponto Final: Match Point
3.9 1,4K Assista AgoraPlot de Crime e Castigo, mas sem a parte do Castigo. Eu vi na tela quente há muitos anos, assistindo de novo, vejo que é um baita filme.
Uma cunhada como a Scarlett deve ser o inferno na terra.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraFui assistir com um pé atrás. Quebrei a cara. Um filme extremamente sensível e revoltante onde tudo mora nos detalhes. A antipatia ou empatia que você cria pelos personagens é quase imediata. A empregada solicita e humilde, o filho-patrão que substituiu a filha, a patroa esnobe, o patriarca relapso, a filha biológica distuptiva totalmente oposta a mãe.
A Val é o típico caso de serviçais que foram adestrados pelos patrões. É até curioso fazer o paralelo com a Maggie (a labradora) que todas as vezes que aparece em cena, nunca obedece. Parece enxergar ela como alguém que não está em posição de autoridade naquela casa. A proximidade de mãe-filho com o filho dos patrões é notada logo na primeira cena de ambos (que vai se estender até o final). Fabinho vê em Val a mãe que ela nunca pode ser pra própria filha.
O patriarca Carlos (representado por um ator incrível que se mostra depressivo, carente e até mesmo bastante omisso) não consegue deixar de mostrar fascínio por uma pessoa que muda o ambiente familiar já na sua primeira interação. Apesar dele ser o provedor com a herança da família, sua postura dá a entender que a esposa que sustenta a casa. Até o fato dela sentar na cabeceira mostra que ela está no comando.
Bárbara é a vilã sem ser vilã. Nós conhecemos milhares de Bárbaras, algumas até convivemos e estão em nosso círculo social/familiar. É uma pessoa que não gosta de subversão do status quo. Baita atriz que conseguiu passar o desprezo da personagem pelas situações só com o olhar/expressões faciais.
Jéssica é o ponto de virada da trama. Chega de longe, sem se ater aos papéis sociais que sua mãe exerce e não se deixa ser afetada pelo ambiente claramente hostil para sua personalidade.
Enfim, tive receio de ver antes porque é muito fácil se deixar levar pelo discurso que esse tipo de filme impõe. Mas é tudo tão claro desde os primeiros minutos, que só se deixa levar quem não tem senso crítico.
O Mundo Depois de Nós
3.2 883 Assista AgoraQuê? Hã? Já acabou?
Sam Esmail (te amo Mr. Robot), no melhor estilo Shyamalan: Explicativo, cheio de monólogos e efeitos expositivos. Quando os dentes do moleque começaram a cair, eu já achei que ia desaguar pra filme de zumbis. Felizmente não foi tão ruim assim.
Gosto do Mahershala Ali, mas ele podia mudar um pouco o papel de homem-negro-sofisticado. Esse é o 5º papel que ele interpreta esse personagem, desde o saudoso Remy Danton de House of Cards (que lembrem, morreu na 4ª temporada). Virou o Adam Sandler dos dramas.
Mas enfim, falando sobre o filme, a minha resenha vai ficar pela metade, igual ele. O filme não tem final. Eu não aceito que o final é aquele. Não é possível que seja.
Vou esperar uns meses pra anunciar a segunda parte. Caso contrário, eu edito essa resenha e baixo a nota pra 1.
Tempo
3.1 1,1K Assista AgoraQue filme péssimo, puta merda. Shyamalan simplesmente desaprendeu como fazer filmes (A Vila é o último bom filme dele), porque desde daí ele vem colecionando uma sucessão de obras rasas, esdrúxulas e sem um pingo de carisma.
E carisma é o que falta nesses personagens. Todos padecem de um fator "EU VOU ME IMPORTAR SE ALGO ACONTECER COM ELE". Tudo acontece rápido demais, sem emoção demais e dentro de um cenário plano (a praia), então nada ali é imersivo, sequer vem uma catarse. Quando anoitece e o filme entra no sentido mais filósofico (tão filósofico quanto ele consegue ser), ele fica mais profundo que uma poça de mijo no chão.
"Ohhh eles envelheceram e só quando eles estão perdendo os sentidos, eles conseguiram descobrir o verdadeiro amor ohhhh"
Faça-me o favor...
Meu Deus, ainda bem que esse filme não teve duas horas. 108 minutos foram o suficiente pra me deixar entediado e me fazer lembrar de pagar um boleto que eu tinha esquecido. Se tivesse mais 12 minutos, provavelmente eu lembraria só no dia seguinte e pagaria juros. O filme esqueceu de citar isso: Todo mundo na ilha envelhece com tanta rapidez, um personagem morrendo a cada 5 minutos, que elas acabam esquecendo de coisas fúteis como pagar contas e seu time não contratando bons jogadores pro campeonato brasileiro do ano que vem.
Vamos ter que lutar pra não cair de novo.
Até esqueci da crítica
Esse filme não vale o esforço.
Nota 2 porque a Maddox adulta é um pitel.
O Talentoso Ripley
3.8 661 Assista AgoraQue filmaço. Lembro de ter visto centenas de vezes a chamada dele na rede globo e só vi até
a morte do Dickie
Som da Liberdade
3.8 480 Assista AgoraBom, começo dizendo que se você enxerga uma mensagem de extrema-direita nesse filme, você precisa de duas coisas:
- Checar se seu expectro político não tá te fazendo se tornar um animal insensível
- A polícia federal precisa dar uma olhada no seu HD e nas suas pastas seguras do celular.
Dito isso, é um filme linear. Por se basear em fatos reais, não tem viradas de roteiro, grandes explosões ou subterfúgios pra alongar a história. Alguns personagens não são aprofundados, os que são, é algo que arranha só a casca. Um bom mocismo meio cínico. Mas o que eu posso dizer? Eles estão do lado do bem. Dito isso, ótimo filme. É bom ver algo desse tipo numa Hollywood tão woke. Algo pra te puxar pra realidade.
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraEsse era um dos filmes do Lars que eu tinha mais curiosidade de assistir. Não fazia ideia do plot e sequer que era um musical (deprimente, mas um musical). O filme vai construindo os personagens muito metodicamente pela primeira hora, até tudo deslanchar numa sucessão de decisões equivocadas (vale ressaltar, nenhuma delas vindo da protagonista). Confesso que dei uma adiantadas na parte dos musicais, mas isso porque não curto a voz da Bjork... Mas enfim, no final eu me rendi.
Nota 9.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraMeu Deus, ele é literalmente eu™
Brincadeiras à parte, é uma obra bem rasa. A atuação do Ryan Gosling é tão ruim que chega a ser caricata. Me surpreendeu nas partes da violência que é bem gráfica, fora isso eu só pensava na fábula do sapo e do escorpião... Aí o roteiro me faz o favor de deixar isso mais expositivo colocando exatamente isso nos diálogos.
Sinceramente...
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
4.2 6,4K Assista AgoraLedger deixou um fardo enorme pro vilão posterior é o Tom Hardy conseguiu segurar nas costas com facilidade. Tenho minhas ressalvas quanto ao desfecho/origem dele, mas que baita personagem. Botou o plano do Coringa em prática e derrotou o Batman, coisa que nenhum dos anteriores conseguiu.
Reassistindo agora em 2023.
Trem-Bala
3.6 578 Assista AgoraNão sei se foi a intenção, mas o Limão é Tangerina me passaram uma vibe meio pulp fiction. São a melhor coisa do filme. Eu tinha uma certeza que o Brad Pitt não morreria, parece que tá no contrato dele ele ter que ser o sobrevivente.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraQue filme incrível, puta merda. Battinson, eu sempre te amarei.
Gostei muito de terem iniciado o filme já nos primeiros anos de investigador do Batman, ninguém merecia ver os Wayne morrendo pela 3ª vez em menos de 20 anos. A história pega um fio condutor e vai nos conduzindo até o terceiro ato onde tudo começa a fazer sentido (por mais megalomaníaco que possa parecer). Paul Dano deu um show aqui, mesmo quando ele não mostra o rosto. Enfim, o Morcego tava precisando de um filme desse calibre. BatAffleck deixou trauma na galera.
O Grande Truque
4.2 2,0K Assista AgoraJá esperava esse plot twist? Esperava. Mas quando encaminhou pra ficção científica, eu fiquei meio "meh". Esperava algo mais pé no chão, mas tudo bem, é um drama. Enquanto um precisou fazer um sacrifício doloroso, outro fez dezenas. Paralelo interessante.
As Duas Faces de um Crime
4.1 1,0K Assista AgoraUm filme sobre ego e super ego. Brilhante como o roteiro traz esses paralelos sem deixar tão óbvio. Demorei 27 anos, mas assisti.
P.S: Edward Norton parece que tem a carreira pautadas em duas personalidades... Esse filme, Clube da Luta, O Incrível Hulk..
Fome de Sucesso
3.3 103 Assista AgoraNão entendi essa nota. É um filme essencial pra quem é da área gastronômica. O filme é bem óbvio na sua crítica, as vezes até de forma visual, mas isso é ótimo pra mostrar os lados da história. Nada fica subentendido e muito menos pretensioso. Ele parte da clássica fórmula mentor e aprendiz, descobrimento/treinamento, ápice, decepção e redenção. Uma fórmula que Hollywood simplesmente esqueceu e não consegue se reinventar, mas quando tentam, lançam obras fracas como o risível O Menu (2022). Nada melhor que deixar óbvio que ninguém é vilão ali, mas que nesse mundo da alta gastronomia, a apresentação e status nunca mudarão. Exemplo disso é quando é falado que o chef paga muito bem os aldeões que fornecem os insumos pra ele, mas como é visto, não paga tão bem ao ponto deles mudarem de vida. Ele se satisfaz com os ricos elogiando os pratos dele, mas não se satisfaz em passar o conhecimento adiante. É tudo uma questão de ego. E nessa área, é o que mais tem.
Decisão de Partir
3.6 143Posso considerar mais uma obra-prima do Park Chan-Wook? A história é muito bem construída e os plot twists (marca registrada do diretor) estão ali, mas de uma maneira menos laboriosa que na trilogia da Vingança ou A Criada. Por incrível que pareça, o humor meio cínico e a química entre os personagens desse filme foram as partes que mais me agradaram. A montagem é excelente e o roteiro não deixa a peteca cair mesmo após 135 minutos de filme.
O Menu
3.6 1,0K Assista AgoraVou ser honesto. Eu não captei muito bem a mensagem que o filme quis transmitir. A gourmetização da culinária contemporânea? A hierarquia que beira o militarismo? A falta de senso crítico em troca de experiências? Não sei, eu acho que passei batido. Mas o filme meio que se explica (nas relações que se seguem) nos 5 minutos iniciais. Você já começa a odiar o Tyler e o ódio se estende até o último ato dele. Sabe que aquilo ali é quase um culto (a comida? A experiência? Ao chef?) e ninguém que entrou ali, sairá intacto. O bom é que rola um questionamento muito pertinente ali perto do último ato e nem os personagens sabem explicar o porquê.
Bom, eu também não sei. Estamos quites.
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraAgora entendo porque nunca recebi nenhum spoiler desse filme desde o lançamento. Filme com um roteiro meio confuso, sem saber pra onde ir e umas cenas soltas sem continuidade. Parece um surto psicológico.
Droga, disco voador e velho nu. Isso resume bem o filme.