Aquele filme que você assiste devido a alguns atores (para mim foi única e exclusivamente pelo Bo Burnham), daí acha legal a ideia, alguns momentos, mas acha o final irregular e daí ok. Esquece. Bola pra frente.
- Bem, se voltarmos em 1938, parecia haver apenas duas opções. Ou você podia ser um fascista que conquistaria o mundo, ou você seria um comunista para salvá-lo.
Filmes que expõem fragilidades e que propõem navegarmos à deriva no desconhecido em busca de algum sentido são sempre desafiantes.
Às vezes, o vazio é a única certeza que podemos apalpar.
Ou o desânimo, ou a dor, ou a incerteza, ou arrependimentos.
Muitas vezes, quando nos encontramos isolados, e desanimados, a vida, que é esta fonte criadora tanto da desordem como da ordem, nos envia o ânimo que precisávamos para suportar a difícil jornada.
Interessante observar que após a Diana Prince (Mulher Maravilha) resgatar ao seu grande amor do passado, foi que ela experimentou o que era sentir dores físicas como nunca antes. Talvez fosse um alarme de sua alma a notificando que ela está se desgastando;
E isso a enfraqueceu, feriu, cansou, vulnerabilizou, e deixou o seu sangue literalmente exposto. Demonstrando que só iremos extrair as lições do nosso passado quando, com um espírito dedicado, enterrarmos os seus mortos;
É renunciando aos nossos desejos mais penosos e egoístas que aprenderemos a como cultivar novas possibilidades que irão nos ajudar a conservar as nossas esperanças!
A Vastidão da Noite é um filme que valoriza demais a importância de ouvir, falar, reproduzir e transmitir.
De como o poder do áudio já foi mais valorizado.
É uma história que nos mostra como um bom contador de histórias consegue nos fazer imaginar [nos estimulando a ouvir, entender e criar] tudo o que está sendo narrado sem precisarem nos mostrar muito.
É aquele velho (e eterno) dilema do cinema: quando eu quero transmitir uma mensagem, como saberei se é melhor mostrá-la ou se é melhor dizê-la?
A Vastidão da Noite é um perfeito exemplo de uma história que escolhe dizer.
E a faz da melhor maneira possível.
Onde este filme não apenas te convence a acreditar, como te faz, também, querer construir e costurar juntos sob tudo que jaz nas entrelinhas.
Dentre todas as possibilidades de ser e existir, as de reconhecer e descobrir, talvez, sejam apenas faíscas de algo muito maior. Porque, às vezes, o propósito da vida é simplesmente o de viver <3
a escolha de não haver legendas nas cenas em que eles estão se comunicando por linguagem de sinais. Isso dá tanto um senso de “estamos todos juntos tentando administrar esse conflito”, e, também, por ser uma perfeita representação de como é se sentir excluído numa comunidade onde você se veja em desvantagem. O primeiro a dar o primeiro passo precisa ser você.
“(...) não vejo como vão me fazer sentir algo sem uma pessoa lá sentindo algo, se não há uma pessoa lá se sentindo triste, ou feliz, ou qualquer emoção que mencionou.”
Um ponto altamente relevante este. Como saberei o que tenho de sentir se eu não ver alguém sentindo algo primeiro para que então eu possa saber o que tenho de sentir?
Isso me fez lembrar, em alto e bom som, o que muitos críticos, influencers, youtubers e resenhistas fazem. E eles só o fazem porque nós permitimos. Que é dizer como deveríamos se sentir. O que é um exercício que cabe somente a nós (consumidores).
Porque caso não tenhamos sentimentos equivalentes, seremos prontamente julgados.
Ora, cada um tem a sua verdade quando se trata de análise de uma obra de arte. Se sentir provado, questionado, confuso, ou amedrontado fazem parte de você. E não há nada de errado nisso. Porque a sua percepção é o reflexo do seu interior. Estar emocionalmente saudável significa revelar o que está sentindo com honestidade.
Ser congruente.
Neste sentido todo sentimento é válido de se sentir. Porque não depende somente de você. Caso você deseje amadurecer os seus sentimentos terá de realizar uma jornada interna, estimulando as suas emoções, diferenciando-as e experimentando-as, para conseguir entender porque está triste, feliz, confuso ou com medo.
O Stand up do Thiago Ventura, o POKAS (Netflix), nos primeiros 15 min, não havia me fisgado. Mas dali em diante me ganhou. Puramente brasileiro, e referenciando Richard Pryor e Dave Chappelle, o Thiago se destaca por extrair o melhor das referências sem esquecer-se de ser uma.
Às vezes, com um golpe certeiro no estômago, somos nocauteados. Caímos no chão completamente vencidos. Sem forças para se levantar. Sem ânimo para continuar. Sem renovadas esperanças para acreditar. Nessas horas, o que nos resta são as lembranças. As memórias que nos carregam para outro lugar. A imaginação. A fábula. A ilusão. O forte desejo de querer estar neste outro lugar. Longe da desordem deste mundo. E destas pessoas injustas e incoerentes. É um pensamento difícil de explicar. Porque é um sentimento incompreensível querendo despertar. Você então tem que escolher: Abraçará a esta fantasia, que quer te ajudar a escapar, ou deixá-la-á morrer? Lembre-se de que: É só você quem guarda a chave que pode te libertar.
Uma noite eu estava sentada e estava pensando sobre como iria deixar o Adrian. Eu planejava tudo na minha cabeça. E ele ficava me encarando, me estudando. E sem que eu dissesse uma única palavra, ele disse que eu nunca poderia deixá-lo. Que para onde quer que eu fosse, ele iria me achar. Ele caminharia em minha direção e eu não seria capaz de vê-lo, mas ele deixaria um sinal, para que eu soubesse que esteve lá.
É aquele tipo de história com clara alusão e perfeita sintonia conceitual, através de metáforas visuais, sensitivas e práticas, sobre as consequências traumáticas de um relacionamento abusivo. Uma personagem encolhida, com medo de sair de casa, com medo de ficar em casa, levando os traumas nas costas.
Mas acho curioso ler comentários dizendo: “Armaria, cheios de furos na história, nam!”
Todos esses “furos” servem, a meu ver, perfeitamente para ilustrar a dificuldade de quem passa por esses relacionamentos terem de se provar a toda hora, explicar o que estão sentindo, “vocês não estão vendo o que vejo?” “eu não sou idiota, só basta ver!” “é tão óbvio!” A grande dificuldade é que quando algo para elas é evidente e inquestionável, para quem ver de fora é inconcebível e impraticável.
Se você é aquela pessoa que procura racionalidade em tudo e estava esperando uma exploração investigativa com puzzles complexos e detetives fazendo exames minuciosos, esse filme claramente não foi feito para o seu paladar.
Bela Vingança
3.8 1,3K Assista AgoraAquele filme que você assiste devido a alguns atores (para mim foi única e exclusivamente pelo Bo Burnham), daí acha legal a ideia, alguns momentos, mas acha o final irregular e daí ok. Esquece. Bola pra frente.
Daí, do nada, 5 INDICAÇÕES ao Oscar. Oi?
Campanha foi forte, viu?!
Suspiria
3.8 981 Assista AgoraSURTADO NA DROGA!
Nomadland
3.9 896 Assista AgoraUma história sobre as consequências da depressão econômica do EUA (2007-2009), que prejudicou toda uma geração.
Amei demais a trilha sonora. É uma trilha bem esperançosa para um filme que é bastante realista e pé no chão em sua abordagem.
No final é uma história sobre histórias. Sobre vidas, escolhas e relacionamentos.
Sobre o que cada um tem a dizer sobre o que perdeu, sobre o que te aconteceu. Sobre o que ainda sobrou.
Esta “Terra dos Nômades” (tradução livre) retrata um mundo onde é perfeitamente possível aprender a gostar. Se descobrir nele. Se sentir pertencente.
Mas tendo em mente de que há um alto preço a pagar, e, definitivamente, não é para qualquer um.
Terra das Sombras
3.8 51- Já fui ateísta uma vez.
- Você? Então, somos ambos ateus relapsos.
- Sim, mas eu jamais fui comunista.
- Por que não, C. S. Lewis?
- Como assim “por que não”?
- Bem, se voltarmos em 1938, parecia haver apenas duas opções. Ou você podia ser um fascista que conquistaria o mundo, ou você seria um comunista para salvá-lo.
Tão atual!
Maria Madalena
3.4 166 Assista AgoraComo você se sente tendo de carregar toda essa raiva em seu coração? Ela diminui com o passar do tempo?
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraA atmosfera criada nesse filme é incrível! Kubrick sempre criando atmosferas profundas.
O Céu da Meia-Noite
2.7 511Filmes que expõem fragilidades e que propõem navegarmos à deriva no desconhecido em busca de algum sentido são sempre desafiantes.
Às vezes, o vazio é a única certeza que podemos apalpar.
Ou o desânimo, ou a dor, ou a incerteza, ou arrependimentos.
Muitas vezes, quando nos encontramos isolados, e desanimados, a vida, que é esta fonte criadora tanto da desordem como da ordem, nos envia o ânimo que precisávamos para suportar a difícil jornada.
E, às vezes, isso é tudo o que podemos refletir.
Concluir um ciclo para que outros possam existir.
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraInteressante observar que após a Diana Prince (Mulher Maravilha) resgatar ao seu grande amor do passado, foi que ela experimentou o que era sentir dores físicas como nunca antes. Talvez fosse um alarme de sua alma a notificando que ela está se desgastando;
E isso a enfraqueceu, feriu, cansou, vulnerabilizou, e deixou o seu sangue literalmente exposto. Demonstrando que só iremos extrair as lições do nosso passado quando, com um espírito dedicado, enterrarmos os seus mortos;
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraÉ renunciando aos nossos desejos mais penosos e egoístas que aprenderemos a como cultivar novas possibilidades que irão nos ajudar a conservar as nossas esperanças!
A Vastidão da Noite
3.5 576 Assista AgoraA Vastidão da Noite é um filme que valoriza demais a importância de ouvir, falar, reproduzir e transmitir.
De como o poder do áudio já foi mais valorizado.
É uma história que nos mostra como um bom contador de histórias consegue nos fazer imaginar [nos estimulando a ouvir, entender e criar] tudo o que está sendo narrado sem precisarem nos mostrar muito.
É aquele velho (e eterno) dilema do cinema: quando eu quero transmitir uma mensagem, como saberei se é melhor mostrá-la ou se é melhor dizê-la?
A Vastidão da Noite é um perfeito exemplo de uma história que escolhe dizer.
E a faz da melhor maneira possível.
Onde este filme não apenas te convence a acreditar, como te faz, também, querer construir e costurar juntos sob tudo que jaz nas entrelinhas.
Soul
4.3 1,4KDentre todas as possibilidades de ser e existir, as de reconhecer e descobrir, talvez, sejam apenas faíscas de algo muito maior. Porque, às vezes, o propósito da vida é simplesmente o de viver <3
A Terra é Plana
3.5 196A melhor parte é a da
Conferência Global do Terraplanismo!
O Som do Silêncio
4.1 986 Assista AgoraAquela cena onde ele
está batucando no escorregador junto do garoto talvez tenha sido a primeira comunicação genuína que ele teve na vida!
O que mais achei relevante na forma de contar esta história foi
a escolha de não haver legendas nas cenas em que eles estão se comunicando por linguagem de sinais. Isso dá tanto um senso de “estamos todos juntos tentando administrar esse conflito”, e, também, por ser uma perfeita representação de como é se sentir excluído numa comunidade onde você se veja em desvantagem. O primeiro a dar o primeiro passo precisa ser você.
Tenet
3.4 1,3K Assista AgoraA montagem as vezes parecia aqueles Stories aleatórios do Instagram sem nenhuma sequência lógica ou conexão.
O Motorista de Táxi
4.3 159 Assista AgoraComo é que para de chorar?
Os 7 de Chicago
4.0 581 Assista AgoraNão seremos presos pelo que fizemos, seremos presos por quem somos.
Mais atual impossível.
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista Agora“(...) não vejo como vão me fazer sentir algo sem uma pessoa lá sentindo algo, se não há uma pessoa lá se sentindo triste, ou feliz, ou qualquer emoção que mencionou.”
Um ponto altamente relevante este. Como saberei o que tenho de sentir se eu não ver alguém sentindo algo primeiro para que então eu possa saber o que tenho de sentir?
Isso me fez lembrar, em alto e bom som, o que muitos críticos, influencers, youtubers e resenhistas fazem. E eles só o fazem porque nós permitimos. Que é dizer como deveríamos se sentir. O que é um exercício que cabe somente a nós (consumidores).
Porque caso não tenhamos sentimentos equivalentes, seremos prontamente julgados.
Ora, cada um tem a sua verdade quando se trata de análise de uma obra de arte. Se sentir provado, questionado, confuso, ou amedrontado fazem parte de você. E não há nada de errado nisso. Porque a sua percepção é o reflexo do seu interior. Estar emocionalmente saudável significa revelar o que está sentindo com honestidade.
Ser congruente.
Neste sentido todo sentimento é válido de se sentir. Porque não depende somente de você. Caso você deseje amadurecer os seus sentimentos terá de realizar uma jornada interna, estimulando as suas emoções, diferenciando-as e experimentando-as, para conseguir entender porque está triste, feliz, confuso ou com medo.
É a jornada de uma vida inteira.
Thiago Ventura: POKAS
3.5 35 Assista AgoraO Stand up do Thiago Ventura, o POKAS (Netflix), nos primeiros 15 min, não havia me fisgado. Mas dali em diante me ganhou. Puramente brasileiro, e referenciando Richard Pryor e Dave Chappelle, o Thiago se destaca por extrair o melhor das referências sem esquecer-se de ser uma.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraA descrição milimétrica do Ari Aster sobre a derradeira cena no Roteiro:
“Dani se rendeu a uma alegria conhecida apenas pelos loucos. Ela se perdeu completamente e finalmente está livre. E isso é horrível e lindo.”
É isso.
Sucker Punch: Mundo Surreal
3.4 3,1K Assista AgoraÀs vezes, com um golpe certeiro no estômago, somos nocauteados.
Caímos no chão completamente vencidos.
Sem forças para se levantar.
Sem ânimo para continuar.
Sem renovadas esperanças para acreditar.
Nessas horas, o que nos resta são as lembranças.
As memórias que nos carregam para outro lugar.
A imaginação.
A fábula.
A ilusão.
O forte desejo de querer estar neste outro lugar.
Longe da desordem deste mundo.
E destas pessoas injustas e incoerentes.
É um pensamento difícil de explicar.
Porque é um sentimento incompreensível querendo despertar.
Você então tem que escolher:
Abraçará a esta fantasia, que quer te ajudar a escapar, ou deixá-la-á morrer?
Lembre-se de que: É só você quem guarda a chave que pode te libertar.
Milagre na Cela 7
4.1 1,2K Assista AgoraO velho que morreu no lugar dele é a cara do ex-presidente Lula.
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista AgoraUma noite eu estava sentada e estava pensando sobre como iria deixar o Adrian. Eu planejava tudo na minha cabeça. E ele ficava me encarando, me estudando. E sem que eu dissesse uma única palavra, ele disse que eu nunca poderia deixá-lo. Que para onde quer que eu fosse, ele iria me achar. Ele caminharia em minha direção e eu não seria capaz de vê-lo, mas ele deixaria um sinal, para que eu soubesse que esteve lá.
É aquele tipo de história com clara alusão e perfeita sintonia conceitual, através de metáforas visuais, sensitivas e práticas, sobre as consequências traumáticas de um relacionamento abusivo. Uma personagem encolhida, com medo de sair de casa, com medo de ficar em casa, levando os traumas nas costas.
Mas acho curioso ler comentários dizendo: “Armaria, cheios de furos na história, nam!”
Todos esses “furos” servem, a meu ver, perfeitamente para ilustrar a dificuldade de quem passa por esses relacionamentos terem de se provar a toda hora, explicar o que estão sentindo, “vocês não estão vendo o que vejo?” “eu não sou idiota, só basta ver!” “é tão óbvio!” A grande dificuldade é que quando algo para elas é evidente e inquestionável, para quem ver de fora é inconcebível e impraticável.
Se você é aquela pessoa que procura racionalidade em tudo e estava esperando uma exploração investigativa com puzzles complexos e detetives fazendo exames minuciosos, esse filme claramente não foi feito para o seu paladar.
Rede de Intrigas
4.2 360 Assista Agora— Não façamos um comitê por isso. Não queremos perder o momento.
— Pelo amor de Deus, estamos falando em colocar um homem irresponsável em rede nacional.
— Sim!
— A audiência obviamente quer um profeta. Mesmo que seja um fabricado.
Mais atual do que nunca.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraStatus de relacionamento:
( ) Solteiro(a)
( ) Casado(a)
( ) Divorciado(a)
( ) Viúvo(a)
( ) Namorando
( ) Relacionamento aberto
( x ) Jessica, filha única, Illinois, Chicago, da classe do Kim Jin-mo, ele é o seu primo.