Legalzinho mas ela se pinta como uma santa vitima de tudo de ruim kkkkkkkk Mencionar as próprias atitudes infantis que ela teve nessas tretas dela nem pensar ne?
Filme lindo num nivel... Como já mencionaram ai embaixo, um ode a dor e a beleza. Um ode a paisagem campestre, aos velhos tempos onde ainda era possível achar locais particulares pra então se mostrar por completo, sem restrições.
Do autor do livro: "Como me incomoda que a sociedade tenha perdido o meu tempo ao fazer da homosexualidade um crime. Os subterfúgios e as inibições que podiam ter sido evitadas."
Um filme sensível, didático ao tempo em que explicita perfeitamente a homofobia estrutural de uma sociedade, ao mesmo tempo que cheio de meandros e sensibilidades, um toque, um olhar melancólico, uma palavra mal dita, uma redescoberta.
" Masculine Feminine is the dance of the sexes drawing together and remaining separate. We watch them telling lies and half-truths to each other and we can’t tell which are which. But, smiling in the darkness because we know we’ve all been there, we recognize the truth of Godard’s art "
Amo coming of age filmes, especialmente aqueles que tratam da descoberta da sexualidade. C.R.A.Z.Y. talvez será meu filme preferido de todos os tempos por toda essa vida. Acho que já é algo pré-estabelecido, mas ainda sim estou sempre à procura de filmes do gênero. Virou um hobbie dentro do hobbie. Alguns são bons, outros nem tanto. Esse é um dos muito bons.
Acho que o filme acerta demais em tantos aspectos, mas o principal é a inteligência de lidar com a idealização que muitos de nós fazemos quando inseridos em uma realidade de dor. Oscar criou para si um bálsamo, e nos primeiros momentos nos é mostrado um ambiente mascarado de saudável, quando claramente não o é. O próprio filme disfarça o pai de amoroso, quando nada mais é que um exemplo de abuso parental. Acho melancólico como temos um retrato do comum, onde a necessidade de agradar e afagar cicatrizes alheias e desejos descabidos de quem nos cria nos leva a perda da identidade, além de uma incapacidade da transição necessária de uma fase da vida para outra. Dosado a isso temos o súbito desejo, que não alcança exito total pois há todo um background mal resolvido.
As sequências onde a representativa barra de ferro aparece são de um peso absurdo, e o final é simplesmente uma libertação. É aquele peso que vinhamos carregando nas costas há séculos e, de repente, ele não está mais lá. O monstro foi trancado, os parafusos vomitados, a barra retirada.
Tudo na verdade se tratou da própria jornada de escrita. O filme simplesmente é o processo de escrita do livro. Sim, ela estava na vila, e talvez tivesse um conhecimento prévio sobre uma filha chamada Julia e é só. O filme na verdade se trata do fazer se entender e ao mesmo tempo entreter do autor. O sentimento de solidão e abandono pelo seu editor serviram como combustível para sua criatividade. Sarah divaga no imaginário e em suas tentativas de um plot perfeito nos são mostradas, ao mesmo tempo que genialmente constituem o roteiro superficial do filme. Sarah fazendo a detetive procurando pelo suposto garçom, Sarah descobrindo a piscina procurando por um corpo, recebendo um suposto livro até então queimado (que nunca nos é mostrado sobre o que era) ou mesmo Sarah impedindo que um corpo seja descoberto usando o sexo nada são do que a busca da própria autora, sua mente procurando pelo encaixe perfeito em seu livro. Seu processo criativo. A cena final sendo um plano e contra-plano: A Julia real, simplesmente chata, e a sua Julie, janela para a liberdade em sua mente.
Ainda assim, mesmo que aceitando outros dos muitos significados possíveis para o filme e principalmente seu final, o filme funciona. A piscina é um espelho da transformação vivida por Sarah em sua psique, cenário para a dança e troca de personalidades que Sarah e Julie fazem durante o filme. A inglesa chata e entendiada se torna a confiante que ousa explorar o sexo. A francesa antes mad-for-sex e confiante agora mostra-se indefesa, variante e traumatizada por abandono parental.
J Law, chegou aquela famosa hora de parar, sabe? Sério, J Law é boa gente, gosto dela, não sou hater. Mas está na hora de analisar melhor os projetos, viu? Eu te IMPLORO, foge do O. Russell e nada tipo isso também, ok? Ok.
"Despite knowing the journey and where it leads, I embrace it. And I welcome every moment of it."
Incrível como a partir dessa frase, todo o filme brinca com o sentido e o seguimento da vida. Em nosso estado normal, nós não sabemos muito do que a jornada nos guarda, e ainda assim temos medo, ou não nos entregamos completamente
Pra quem ama pesquisar sobre os Romanov e sua opulência e poderio, os grandes palácios russos e sua história, foi um prato cheio. A momento das meninas correndo com Anastacia no corredor, a ceia de Nicolau II e sua família e principalmente a cena final em que todos vão embora, cheia de simbolismo, descendo aquelas escadas enquanto alguns ainda olham pela mureta, e depois o enquadramento frente a frente dos que deixam o palacete é das coisas mais bonitas que já vi no cinema.
Que filme foi esse meu pai. Se arrependimento matasse por ter adiado tanto esse entretenimento de 80 minutos, eu tava era morto.
Nietzsche Übermensch foi comprovadamente tomado como um "way of life" pelos parceiros de crime que inspiraram esse filme (caso Leopold e Loeb). A cena em que Rupert e Brandon trazem a teoria nietzschiana a tona, se envolvendo prontamente na troca e ainda incomodando o pai da vitima é interessante, mas também serve para provar a diferença entre os que discutem. Esse noir do mestre Hitch e sua estrutura de oito cenas de 10 minutos prende quem assiste já na primeira aparição da dupla de assassinos. Os cortes imperceptíveis, e a interação do elenco em pleno jantar/festa formal trazem um clima estranho, que a todo momento explicita como é sádico o plano da dupla. Um plot que foi feito simples, intencionalmente, apoia-se inteligentemente na alucinante saga de dois homens dando uma festa depois de terem matado alguém. That's it. Toda a emoção vem da dança que os personagens fazem em volta do baú, mas ainda assim sem apelar. Tirando Cadell, aqui não acontece nada novelesco de alguém a todo momento chegando perto do grande segredo do filme.
Quanto as atuações, Farley domina o filme. Ainda que representando um assassino, passa doçura no seu medo de ser pego, mesmo sem demonstrar arrependimento pelo que fez.
Agora vamos as conotações... Que filme gay! Acho que o mais queer de toda Golden Age. A dupla real que inspirou o roteiro eram amantes, some a isso o fato de que Farley, Dall e o roteirista Laurents eram gays, além de Phillip tocar durante todo filme uma composição de um autor gay, adicionando ainda a primeira intenção de Hitchcock em convocar Montgomery Clift para Brandon e Cary Grant para Cadell (ambos bi). Hitch queria dar close MESMOOOOO. Todo o filme pode ser visto como uma alegoria para o "segredo", ou "it" como foi chamado no set. Incrível como Hitch, na posição de um diretor noir, não se coloca em nenhum momento como um censor. Deixa que a audiência tire suas próprias conclusões e achismos. Na época da censura, encontrou um modo totalmente "underline" de representar a homossexualidade de seus personagens, e que metaforicamente da tom ao filme. Faz uma representação sem fazer críticas ou militância. Começando por uma analise parte a parte, é visível o romance da dupla de assassinos. "Você me assusta... Talvez seja parte do seu charme, eu suponho." e outras ainda mais tá na cara. Até mesmo o Cadell entra para o Vale dos Homossexuais aqui, com textos como alegar se lembrar bem de Philip ser "um bom estrangulador de galinhas", e de Brandon "sempre ajoelhado a frente dele". Bafão. Hitch claramente não se ligava muito se chocava a audiência, pelo contrário, ele claramente desejava isso. Truffaut mencionou na entrevista entre ambos como achava que seu colega pouco se importou com a complexidade do roteiro, afinal ele estava mais interessado no que estava subentendido. E é a mais pura verdade, ainda que tudo se torne gritante em alguns momentos. Desde o very beginning do filme, a cena da morte, se você tirar a corda, pode ser vista simplesmente como sexual: Cabeça para trás, olhos fechados, boca aberta. Ainda mais subentendido há a suposição do ato ser puramente passional. Analisando, todo o filme torna-se uma metáfora. O segredo do assassinato pode ser facilmente trocado pela homossexualidade, o corpo sendo um grande elefante branco representando-a, estando ali, escancarado(a) no meio da sala, e os personagens fazendo o eterno dialogo entrelinhas sobre o assunto. Phillip e Brandon e sua certeza sobre serem evoluídos diante de outros homens nada mais sendo do que um código queer. Talvez a cena final seja a única parte que Hitch faz o militudo, ou sou só eu achando isso depois de tantas referencias: o show se encerra, eles não entram em pânico, Bradon bebe, Phillip toca a mesma musica, ainda que abafada pelas sirenes. O segredo será descoberto, mas eles não mostram arrependimento pelo que fizeram, ou são.
SIM! SIM! SIM! Porra Hollywood, me da mais disso! Que simetria em cena, figurino lindo, trilha sonora inteligente. O filme se destaca no mar de lixo que estamos acostumados a ver. Atuações equilibradas e Amy sendo dona do filme. Incrível como Ford consegue trazer as telas essa elegância só dele, com cenas dosadas e frias, mas ainda sim belas. E o final! Já no começo da cena estava torcendo para acontecer exatamente o que aconteceu.
Olha... não achei essa coca-cola toda não... Valeu mais pelas paisagens da Route 66, pelo Fonda, trilha sonora muito boa e pelo Jack sendo Jack. A parte do cemitério consegue realmente ser de alguma forma incomoda, nota para o Fonda trazendo suas experiencias pessoais com a própria mãe na cena abraçado com a Madonna. Mas vou falar, os primeiros 50 minutos são difíceis de engolir, e olha que road-movie é meu estilo preferido da vida... Ainda sim traz questões sociais interessantes, embora no meu caso não conseguiu me prender como eu achei que faria.
Que arrependimento de ter adiado essa obra-prima por tanto tempo. Os 19 primeiros minutos do filme talvez seja uma das melhores coisas que já vi, sem nenhum exagero. É de uma envolvência, a construção do sargento te traga para aquele plot nos primeiros segundos da primeira cena fácil. A segunda parte realmente é construída de vários pequenos atos que depois que terminamos o filme nos vemos pensando sobre. Ácido e irônico, não apela para patriotismo como a maioria dos filmes do gênero fazem. Personagem do Modine é de uma autenticidade incrível. Melhor filme de guerra que já vi so far.
Simplesmente um dos filmes preferidos da vida. Tem aquilo de retratar a juventude mas com aquela pegada francesa singular. Sempre assisto novamente. Sinceramente não acho que o plot principal seja sobre aceitação sexual, acho que tudo é bem mais profundo. Melancolia, aquela impossibilidade de se encaixar depois de tantos traumas. Tudo sinalizado de forma bem vaga e silenciosa pelo Sam. Já os personagens secundários, mesmo que cruciais na criação do clima e na interação com o Sam que quase o faz se libertar da dor, de repente se tornam apenas passageiros e não são mais mencionados. Afinal é sobre Sam e apenas ele. Agrega valor o estilo road-movie, Léa musa como sempre, o romance do Sam, o desprendimento sexual todo... Mas acho que esse é mais um dos truques do enredo, quando pensamos que ele encontrou seu lugar, vem o passado em cheio. Recomendo demais, filme de muitas camadas, sensibilidade e um retrato da da dificuldade do ser e da convivência com nossa própria melancolia. Me lembra Livre, embora esse o final deixa dúbio o encontro da redenção.
Lindo demais. Acho que a grande sacada do roteiro é que ele não faz o drama simplesmente jogando a brutalidade da guerra na sua cara o tempo todo igual a maioria dos filmes do gênero fazem. Ele vai te cozinhando aos poucos, te apresentando aquele mundo puro e infantil que pouco entrou em contato com a crueza da guerra. E até quando finalmente eles e principalmente Julien entra em choque com a realidade, ele retrata fielmente como uma criança confusa reagiria a isso. Confusão e tristeza na despedida contida do Julien. Fato que a maior parte do filme não é para quem não está acostumado com o ritmo, mas é de uma beleza, pqp. Os olhares de Julien e Jean, o ambiente que vai se construindo aos poucos e a ligação que os dois constroem... O "Au revoir, les enfants" do Père Jean é muito mais do que uma mera despedida. Eles nunca mais seriam os mesmos a partir dali.
Péssimo né galera, só da pra falar isso. Pra tornar a parada ainda pior fui eu assistir dublado. E olha que tem gente falando ai embaixo que no original fica ainda pior. Vamos lá: To até agora tentando entender a razão do titulo e a existência do personagem-titulo. Sinceridade, não vi trazendo nada para o plot já muito mal das pernas. Nada criativo. Quanto a parte do Selton Mello, sei lá, acho que pq já tenho uma implicância com o mesmo não consegui curtir a participação. forçou a barra demais. Aliás acho que o real problema do filme é a inclusão dessas participações que eu citei, um filme que poderia ter sido bastante sensorial e cru, acaba caindo nessa tentativa louca de incluir umas metáforas baratas com o Selton Mello e o clichê com o hindu. 0.5 só pela atuação do Dafoe e pela cara da Maria Fernanda que já me ganha de graça.
Sério, é isso? O tal filme que muita gente alegou ter mudado suas vidas? Se é loko meu... Adiei tanto ver esse filme, assustado com a importância da frase "mudança de vida" pós-filme. Lesgou: Incrivelmente pedante, sério. Não consegui criar nenhuma empatia aqui com o retratado nas telas. Acho que isso porque consegui separar o "retratado" do "real". Penso que a história ganhou certo apelo por ser biográfica... Não é por ser longo, não é porque achei meio rebelde sem causa. Só achei o personagem incrivelmente arrogante quanto a como ele respondia aos reveses da vida. Life sucks? Sure, mas acho que foi uma escolha errada do diretor primeiro mostrar a fuga só para depois mostrar as desventuras que ele teve. Aqui um belo caso de cronologia invertida que não ajudou muito...
Além da arrogância, achei de um exagero extremo, sério. Uma carne estragada se torna um drama... pqp. Achei meio apelativa ser passada tal descoberta existencial somente nos 10 minutos finais. Tentei não fazer nenhuma comparação, mas agr relembrando, mil vezes Livre. Se eu não tivesse assistido Wild primeiro e depois esse? Quem sabe. Me lembrou um pouco Em direção ao Sul, que retrata bem melhor a melancolia e o deslocamento de ser. Enfim, é valido. A atuação do Hirsch é sim boa, não quis fazer nenhum juízo de valor se assim soar. Só não me cativou. A fotografia é muito boa, trilha sonora mediana. Pode ser porque assisti ao incrivel Malèna no mesmo dia e possa ter eclipsado este. Não assistiria novamente do mesmo jeito.
Um Lugar Silencioso - Parte II
3.6 1,2K Assista AgoraLegal, até que te prende a atenção enquanto você está assistindo. Mas você esquece 15 minutos depois que termina.
Taylor Swift: Miss Americana
4.0 215 Assista AgoraLegalzinho mas ela se pinta como uma santa vitima de tudo de ruim kkkkkkkk Mencionar as próprias atitudes infantis que ela teve nessas tretas dela nem pensar ne?
Maurice
4.0 189Filme lindo num nivel... Como já mencionaram ai embaixo, um ode a dor e a beleza. Um ode a paisagem campestre, aos velhos tempos onde ainda era possível achar locais particulares pra então se mostrar por completo, sem restrições.
Do autor do livro: "Como me incomoda que a sociedade tenha perdido o meu tempo ao fazer da homosexualidade um crime. Os subterfúgios e as inibições que podiam ter sido evitadas."
Amantes do Caribe
3.6 49Um filme sensível, didático ao tempo em que explicita perfeitamente a homofobia estrutural de uma sociedade, ao mesmo tempo que cheio de meandros e sensibilidades, um toque, um olhar melancólico, uma palavra mal dita, uma redescoberta.
Somado a uns dos finais mais lindos que já vi.
Mário e Leon: No Amor e no Jogo
3.8 83 Assista AgoraCara, esse final, esse olhar vazio e ao mesmo tempo procurando por alguém que ele não tem ali na arquibancada, que bad
Apenas Duas Noites
3.3 359 Assista grátisputs que bosta, alguem proíbe essa menina de atuar eu imploro
Masculino-Feminino
3.9 159 Assista Agora" Masculine Feminine is the dance of the sexes drawing together and remaining separate. We watch them telling lies and half-truths to each other and we can’t tell which are which. But, smiling in the darkness because we know we’ve all been there, we recognize the truth of Godard’s art "
O Monstro no Armário
3.7 237 Assista AgoraAmo coming of age filmes, especialmente aqueles que tratam da descoberta da sexualidade. C.R.A.Z.Y. talvez será meu filme preferido de todos os tempos por toda essa vida. Acho que já é algo pré-estabelecido, mas ainda sim estou sempre à procura de filmes do gênero. Virou um hobbie dentro do hobbie. Alguns são bons, outros nem tanto. Esse é um dos muito bons.
Acho que o filme acerta demais em tantos aspectos, mas o principal é a inteligência de lidar com a idealização que muitos de nós fazemos quando inseridos em uma realidade de dor. Oscar criou para si um bálsamo, e nos primeiros momentos nos é mostrado um ambiente mascarado de saudável, quando claramente não o é. O próprio filme disfarça o pai de amoroso, quando nada mais é que um exemplo de abuso parental. Acho melancólico como temos um retrato do comum, onde a necessidade de agradar e afagar cicatrizes alheias e desejos descabidos de quem nos cria nos leva a perda da identidade, além de uma incapacidade da transição necessária de uma fase da vida para outra. Dosado a isso temos o súbito desejo, que não alcança exito total pois há todo um background mal resolvido.
As sequências onde a representativa barra de ferro aparece são de um peso absurdo, e o final é simplesmente uma libertação. É aquele peso que vinhamos carregando nas costas há séculos e, de repente, ele não está mais lá. O monstro foi trancado, os parafusos vomitados, a barra retirada.
Swimming Pool - À Beira da Piscina
3.6 88Genial. Tá, tive de procurar por umas explicações para formular melhor...
Tudo na verdade se tratou da própria jornada de escrita. O filme simplesmente é o processo de escrita do livro. Sim, ela estava na vila, e talvez tivesse um conhecimento prévio sobre uma filha chamada Julia e é só. O filme na verdade se trata do fazer se entender e ao mesmo tempo entreter do autor. O sentimento de solidão e abandono pelo seu editor serviram como combustível para sua criatividade. Sarah divaga no imaginário e em suas tentativas de um plot perfeito nos são mostradas, ao mesmo tempo que genialmente constituem o roteiro superficial do filme. Sarah fazendo a detetive procurando pelo suposto garçom, Sarah descobrindo a piscina procurando por um corpo, recebendo um suposto livro até então queimado (que nunca nos é mostrado sobre o que era) ou mesmo Sarah impedindo que um corpo seja descoberto usando o sexo nada são do que a busca da própria autora, sua mente procurando pelo encaixe perfeito em seu livro. Seu processo criativo. A cena final sendo um plano e contra-plano: A Julia real, simplesmente chata, e a sua Julie, janela para a liberdade em sua mente.
Ainda assim, mesmo que aceitando outros dos muitos significados possíveis para o filme e principalmente seu final, o filme funciona. A piscina é um espelho da transformação vivida por Sarah em sua psique, cenário para a dança e troca de personalidades que Sarah e Julie fazem durante o filme. A inglesa chata e entendiada se torna a confiante que ousa explorar o sexo. A francesa antes mad-for-sex e confiante agora mostra-se indefesa, variante e traumatizada por abandono parental.
Passageiros
3.3 1,5K Assista AgoraJ Law, chegou aquela famosa hora de parar, sabe? Sério, J Law é boa gente, gosto dela, não sou hater. Mas está na hora de analisar melhor os projetos, viu? Eu te IMPLORO, foge do O. Russell e nada tipo isso também, ok? Ok.
A Chegada
4.2 3,4K Assista Agora"Despite knowing the journey and where it leads, I embrace it. And I welcome every moment of it."
Incrível como a partir dessa frase, todo o filme brinca com o sentido e o seguimento da vida. Em nosso estado normal, nós não sabemos muito do que a jornada nos guarda, e ainda assim temos medo, ou não nos entregamos completamente
Disque M Para Matar
4.4 680 Assista AgoraTorci o filme todo pelo Wendice, me julguem
Arca Russa
4.0 182Pra quem ama pesquisar sobre os Romanov e sua opulência e poderio, os grandes palácios russos e sua história, foi um prato cheio. A momento das meninas correndo com Anastacia no corredor, a ceia de Nicolau II e sua família e principalmente a cena final em que todos vão embora, cheia de simbolismo, descendo aquelas escadas enquanto alguns ainda olham pela mureta, e depois o enquadramento frente a frente dos que deixam o palacete é das coisas mais bonitas que já vi no cinema.
Festim Diabólico
4.3 882 Assista AgoraQue filme foi esse meu pai. Se arrependimento matasse por ter adiado tanto esse entretenimento de 80 minutos, eu tava era morto.
Nietzsche Übermensch foi comprovadamente tomado como um "way of life" pelos parceiros de crime que inspiraram esse filme (caso Leopold e Loeb). A cena em que Rupert e Brandon trazem a teoria nietzschiana a tona, se envolvendo prontamente na troca e ainda incomodando o pai da vitima é interessante, mas também serve para provar a diferença entre os que discutem.
Esse noir do mestre Hitch e sua estrutura de oito cenas de 10 minutos prende quem assiste já na primeira aparição da dupla de assassinos. Os cortes imperceptíveis, e a interação do elenco em pleno jantar/festa formal trazem um clima estranho, que a todo momento explicita como é sádico o plano da dupla. Um plot que foi feito simples, intencionalmente, apoia-se inteligentemente na alucinante saga de dois homens dando uma festa depois de terem matado alguém. That's it. Toda a emoção vem da dança que os personagens fazem em volta do baú, mas ainda assim sem apelar. Tirando Cadell, aqui não acontece nada novelesco de alguém a todo momento chegando perto do grande segredo do filme.
Quanto as atuações, Farley domina o filme. Ainda que representando um assassino, passa doçura no seu medo de ser pego, mesmo sem demonstrar arrependimento pelo que fez.
Agora vamos as conotações... Que filme gay! Acho que o mais queer de toda Golden Age. A dupla real que inspirou o roteiro eram amantes, some a isso o fato de que Farley, Dall e o roteirista Laurents eram gays, além de Phillip tocar durante todo filme uma composição de um autor gay, adicionando ainda a primeira intenção de Hitchcock em convocar Montgomery Clift para Brandon e Cary Grant para Cadell (ambos bi). Hitch queria dar close MESMOOOOO. Todo o filme pode ser visto como uma alegoria para o "segredo", ou "it" como foi chamado no set.
Incrível como Hitch, na posição de um diretor noir, não se coloca em nenhum momento como um censor. Deixa que a audiência tire suas próprias conclusões e achismos. Na época da censura, encontrou um modo totalmente "underline" de representar a homossexualidade de seus personagens, e que metaforicamente da tom ao filme. Faz uma representação sem fazer críticas ou militância.
Começando por uma analise parte a parte, é visível o romance da dupla de assassinos. "Você me assusta... Talvez seja parte do seu charme, eu suponho." e outras ainda mais tá na cara. Até mesmo o Cadell entra para o Vale dos Homossexuais aqui, com textos como alegar se lembrar bem de Philip ser "um bom estrangulador de galinhas", e de Brandon "sempre ajoelhado a frente dele". Bafão.
Hitch claramente não se ligava muito se chocava a audiência, pelo contrário, ele claramente desejava isso. Truffaut mencionou na entrevista entre ambos como achava que seu colega pouco se importou com a complexidade do roteiro, afinal ele estava mais interessado no que estava subentendido. E é a mais pura verdade, ainda que tudo se torne gritante em alguns momentos.
Desde o very beginning do filme, a cena da morte, se você tirar a corda, pode ser vista simplesmente como sexual: Cabeça para trás, olhos fechados, boca aberta. Ainda mais subentendido há a suposição do ato ser puramente passional.
Analisando, todo o filme torna-se uma metáfora. O segredo do assassinato pode ser facilmente trocado pela homossexualidade, o corpo sendo um grande elefante branco representando-a, estando ali, escancarado(a) no meio da sala, e os personagens fazendo o eterno dialogo entrelinhas sobre o assunto. Phillip e Brandon e sua certeza sobre serem evoluídos diante de outros homens nada mais sendo do que um código queer.
Talvez a cena final seja a única parte que Hitch faz o militudo, ou sou só eu achando isso depois de tantas referencias: o show se encerra, eles não entram em pânico, Bradon bebe, Phillip toca a mesma musica, ainda que abafada pelas sirenes. O segredo será descoberto, mas eles não mostram arrependimento pelo que fizeram, ou são.
P.S.: Farley era um homão né?
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraSIM! SIM! SIM! Porra Hollywood, me da mais disso! Que simetria em cena, figurino lindo, trilha sonora inteligente. O filme se destaca no mar de lixo que estamos acostumados a ver. Atuações equilibradas e Amy sendo dona do filme. Incrível como Ford consegue trazer as telas essa elegância só dele, com cenas dosadas e frias, mas ainda sim belas. E o final! Já no começo da cena estava torcendo para acontecer exatamente o que aconteceu.
Sem Destino
4.0 580 Assista AgoraOlha... não achei essa coca-cola toda não... Valeu mais pelas paisagens da Route 66, pelo Fonda, trilha sonora muito boa e pelo Jack sendo Jack. A parte do cemitério consegue realmente ser de alguma forma incomoda, nota para o Fonda trazendo suas experiencias pessoais com a própria mãe na cena abraçado com a Madonna. Mas vou falar, os primeiros 50 minutos são difíceis de engolir, e olha que road-movie é meu estilo preferido da vida... Ainda sim traz questões sociais interessantes, embora no meu caso não conseguiu me prender como eu achei que faria.
Nascido Para Matar
4.3 1,1K Assista AgoraQue arrependimento de ter adiado essa obra-prima por tanto tempo. Os 19 primeiros minutos do filme talvez seja uma das melhores coisas que já vi, sem nenhum exagero. É de uma envolvência, a construção do sargento te traga para aquele plot nos primeiros segundos da primeira cena fácil. A segunda parte realmente é construída de vários pequenos atos que depois que terminamos o filme nos vemos pensando sobre. Ácido e irônico, não apela para patriotismo como a maioria dos filmes do gênero fazem. Personagem do Modine é de uma autenticidade incrível. Melhor filme de guerra que já vi so far.
Em Direção ao Sul
3.0 35Simplesmente um dos filmes preferidos da vida. Tem aquilo de retratar a juventude mas com aquela pegada francesa singular. Sempre assisto novamente. Sinceramente não acho que o plot principal seja sobre aceitação sexual, acho que tudo é bem mais profundo. Melancolia, aquela impossibilidade de se encaixar depois de tantos traumas. Tudo sinalizado de forma bem vaga e silenciosa pelo Sam. Já os personagens secundários, mesmo que cruciais na criação do clima e na interação com o Sam que quase o faz se libertar da dor, de repente se tornam apenas passageiros e não são mais mencionados. Afinal é sobre Sam e apenas ele.
Agrega valor o estilo road-movie, Léa musa como sempre, o romance do Sam, o desprendimento sexual todo... Mas acho que esse é mais um dos truques do enredo, quando pensamos que ele encontrou seu lugar, vem o passado em cheio.
Recomendo demais, filme de muitas camadas, sensibilidade e um retrato da da dificuldade do ser e da convivência com nossa própria melancolia. Me lembra Livre, embora esse o final deixa dúbio o encontro da redenção.
Adeus, Meninos
4.2 257 Assista AgoraLindo demais. Acho que a grande sacada do roteiro é que ele não faz o drama simplesmente jogando a brutalidade da guerra na sua cara o tempo todo igual a maioria dos filmes do gênero fazem. Ele vai te cozinhando aos poucos, te apresentando aquele mundo puro e infantil que pouco entrou em contato com a crueza da guerra. E até quando finalmente eles e principalmente Julien entra em choque com a realidade, ele retrata fielmente como uma criança confusa reagiria a isso. Confusão e tristeza na despedida contida do Julien.
Fato que a maior parte do filme não é para quem não está acostumado com o ritmo, mas é de uma beleza, pqp. Os olhares de Julien e Jean, o ambiente que vai se construindo aos poucos e a ligação que os dois constroem... O "Au revoir, les enfants" do Père Jean é muito mais do que uma mera despedida. Eles nunca mais seriam os mesmos a partir dali.
Meu Amigo Hindu
2.6 108 Assista AgoraPéssimo né galera, só da pra falar isso. Pra tornar a parada ainda pior fui eu assistir dublado. E olha que tem gente falando ai embaixo que no original fica ainda pior.
Vamos lá: To até agora tentando entender a razão do titulo e a existência do personagem-titulo. Sinceridade, não vi trazendo nada para o plot já muito mal das pernas. Nada criativo. Quanto a parte do Selton Mello, sei lá, acho que pq já tenho uma implicância com o mesmo não consegui curtir a participação. forçou a barra demais. Aliás acho que o real problema do filme é a inclusão dessas participações que eu citei, um filme que poderia ter sido bastante sensorial e cru, acaba caindo nessa tentativa louca de incluir umas metáforas baratas com o Selton Mello e o clichê com o hindu.
0.5 só pela atuação do Dafoe e pela cara da Maria Fernanda que já me ganha de graça.
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraSério, é isso? O tal filme que muita gente alegou ter mudado suas vidas? Se é loko meu... Adiei tanto ver esse filme, assustado com a importância da frase "mudança de vida" pós-filme.
Lesgou: Incrivelmente pedante, sério. Não consegui criar nenhuma empatia aqui com o retratado nas telas. Acho que isso porque consegui separar o "retratado" do "real". Penso que a história ganhou certo apelo por ser biográfica... Não é por ser longo, não é porque achei meio rebelde sem causa. Só achei o personagem incrivelmente arrogante quanto a como ele respondia aos reveses da vida. Life sucks? Sure, mas acho que foi uma escolha errada do diretor primeiro mostrar a fuga só para depois mostrar as desventuras que ele teve. Aqui um belo caso de cronologia invertida que não ajudou muito...
Além da arrogância, achei de um exagero extremo, sério. Uma carne estragada se torna um drama... pqp. Achei meio apelativa ser passada tal descoberta existencial somente nos 10 minutos finais.
Tentei não fazer nenhuma comparação, mas agr relembrando, mil vezes Livre. Se eu não tivesse assistido Wild primeiro e depois esse? Quem sabe. Me lembrou um pouco Em direção ao Sul, que retrata bem melhor a melancolia e o deslocamento de ser.
Enfim, é valido. A atuação do Hirsch é sim boa, não quis fazer nenhum juízo de valor se assim soar. Só não me cativou. A fotografia é muito boa, trilha sonora mediana. Pode ser porque assisti ao incrivel Malèna no mesmo dia e possa ter eclipsado este. Não assistiria novamente do mesmo jeito.