“O que falta então ao laço social de hoje, senão o grande Outro? A resposta é clara: um pequeno outro que incorporasse, representasse o grande Outro - alguém que não seja simplesmente ‘como os outros’, mas que incorpore diretamente a autoridade. Em nosso universo pós-moderno, todo pequeno outro é ‘finitizado’ (percebido como falível, imperfeito, “meramente humano”, ridículo), inadequado para dar corpo ao grande Outro - e, dessa maneira, preserva a pureza do grande Outro sem as manchas de seus fracassos. Quando, daqui a uma década mais ou menos, o dinheiro finalmente se tornar um ponto de referência puramente virtual, não mais materializado num objeto particular, essa desmaterialização tornará absoluto seu poder fetichista: a própria invisibilidade o tornará todo-poderoso e onipresente. Sendo assim, a tarefa da política radical não é denunciar a inadequação de qualquer pequeno outro para representar o grande Outro (essa ‘crítica’ só reforça o domínio do grande Outro sobre nós), mas solapar o próprio grande grande Outro e, dessa maneira, desamarrar o laço social que o grande Outro sustenta. Hoje, todos se queixam da dissolução dos laços sociais (e, portanto, do obscurecimento de seu domínio sobre nós, que é mais forte do que nunca), porém o verdadeiro trabalho de desamarrá-los ainda está à nossa frente, e é mais urgente do que nunca.”
Conflito e dúvidas o tempo todo, uma verdadeira entropia de sentimentos que nunca se acalmam. Otimo drama, dá para conhecer bem um pouco da cultura Persa e seus preceitos morais.
Assim como em Kinodontas e Alps o diretor Yorgors Lanthimos consegue com proeza fazer o espectador se inserir nas logicas absurdas dos seus filmes de maneira quase a conta gotas, sem precisar fazer nenhuma tipo de imersão forçada.
Em O lagosta, essa lógica do absurdo se extende a um universo ainda mais complexo e cheio de analógias aos nossos problemas de enquadramento sociais que são reais, mas ainda sim, absurdos se pensarmos que eles existem.
Do mesmo diretor de Marketa Lazarova, filme épico sobre a idade média dos povos Eslavos.
Frantisék Vlácil, em seu primeiro filme conta sobre a relação quase que poética de um garoto que não confia mais em seus amigos e se apegar a uma pompa perdida.
A trilha sonora e a fotografia são complementos sinestésicos dos sentimentos tanto do menino quanto da menina, dona original do animal.
Por mais de duas horas e meias podemos ver a belas fotografia e cenários paradisíacos das costas do Havaí no extremo oriente, além de um sol sempre radiante que remete ao patriotismo por vezes cego do alto comando Militar japonês e um certo anseio em entrar uma guerra que iria durar anos.
O filme retrata bem como as relações diplomáticas entre EUA e Japão que estavam abaladas após um dos diplomatas fechar acordou com o eixo, o filme funciona bem alternando entre os movimentos militares e as trocas de mensagens entre o sistema político de ambos os países.
A displicência em algumas camadas do alto escalão americano mostra como alguns faziam bem o seu trabalho e outros estavam corrupidos por interesseses maiores.
Filme bastante relevante para quem quer saber mais sobre "o lado b" da guerra e entender que a moral e o nacionalismo são para os saldados os interesses para os que tem o poder.
Sede de viver é o que pode-se observar durante todo o filme, a incessante vontade de um artista de continuar seu caminho mesmo com conflitos internos e externos, conflitos esses que se manifesta internamente, quando o pessimismo limita a capacidade dele próprio exergar a grandeza de sua arte, aceitar seus medos e rejeições e externamente, quando não vê sentido no discurso das instituições religiosas, cujo não fazem o que pregam.
O espírito inquietante e as escolhas feitas para ser um homem livre espiritualmente e amorosamente o condena ao afastamento das suas relações sociais e famíliares, estreitante a solidão e fazendo do seu irmão Theo, seu único forte financeiro e emocional.
E nesse panorama de solidão plena e em busca de um sentido para a própria vida, o personagem de Van Gogh é incrívelmente interpretado por Kirk Douglas, a sensação de tempo, energia, telas, pincéis e tintas gastas em curto prazo e a todo vapor tasmitem ao a busca pelo preenchimento do vazio e da dor e a necessidade do artista alcançar o tempo perdido. Levanta-se uma aurea de que a qualquer momento toda aquela energia criativa explosiva pode desabar.
A razão de tela do filme mostra de antemão que a película é em si um grande pintura, como todas as cores vivas da cidade à noite, feiras e campos com trabalhadores e a natureza virgem, a ambientação do filme e uma beleza a parte e moatra de maneira história qual foi o ensumo criativo do artista para sua grande obra.
Não conhecia Laurie Anderson como artista de música experimental e vanguarda antes de assistir esse belo filme/documentário.
Pouca coisa que tinha visto antes me lembrou o ritmo do filme, algo semelhante a narrativa do filme de Alexander Kluge, "O ataque do presente contra o resto do tempo" pois é um filme narrado, só que nesse caso, pela própria Lauren que tinha uma cachorrinha cega, entretanto o filme e muito mais do que sobre o detalhe da sua relação com o cão. A maneira como a trilha sonora, imagens e frases ditas mostra o como era a relação da dona com o cão, além de sua visão sobre as relações efetivas com sua família, espiritualidade e filosofia.
It: A coisa, título lançado no Brasil é um filme que por motivos fáceis de apontar, não que se perder como mais um filme de horror/terror como tantos outros que são lançados ano após anos, fazendo sala de cinemas lotarem pela experiência do susto, mas que nunca vão fica na história como "aquele filme de terror que você respeita".
E porque isso? Bem, por esse medo de ser esquecivel, o diretor aposta em uma serie de elementos que não são tão comuns em filmes de horror, como piadas entercaladas a sustos constantes e uma trilha sonora constante mas, que parece meio bipolar, por mudar constantinente e em um curto espaço de tempo entre as cenas de terror, gore, aventura e comédia.
O filme é interessante em prontos onde tenta-se explorar a estória do ponto de vista dos personagens, mas se atrapalha quando o filme se parece mais com os Goonies, deixa de explicar algumas coisas que deveriam ser mais consistentes (e nao digo nem em relação a origem do palhaço) mas sim, a logica de como ele funciona e como sua logica de horror funciona no universo do filme, outro ponto é que se tenta investir mais nas sensações momentâneas de sustos do que na aurea de medo e horror que talvez faria o filme ser lembrado como um todo.
Poderia ter sido explicar melhor o que aconteceu com o Roy ao mesmo tempo que deveria associar suas frustrações reais com o enredo da história contada, mas por algum motivo essas duas coisas que são essenciais para um bom enredo, não vingaram.
Documentário precioso! Sou Pernambucano de Recife e nunca parei para procurar sobre Cícero Dias, fiquei com vergonha de mim mesmo ao saber que não conhecia sobre um dos artistas mais relevantes do Brasil e que nasceu em minha terra. Esse Documentário deveria passar em todas as escolas.
Retrata de maneira energética, como o estado para ter sua manutenção de poder corrupta, se atrela a grupos extremistas e usa a polícia para o benefícios próprios.
"Foi proibido também a letra Z, que do grego antigo significa Ele ainda está vivo!"
Feito no período mais forte do cinema Soviético, ironicamente não tem nenhum momento de propaganda soviética no filme, pelo contrário, grande parte da perspectiva histórica é retratada do lado da resistência.
Asas do Desejo
4.3 493 Assista AgoraLindo, vi versão remasterizado no festival de cinema, janela internacional, no Recife.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraFelicidade e tortura no mundo atonal
“O que falta então ao laço social de hoje, senão o grande Outro? A resposta é clara: um pequeno outro que incorporasse, representasse o grande Outro - alguém que não seja simplesmente ‘como os outros’, mas que incorpore diretamente a autoridade. Em nosso universo pós-moderno, todo pequeno outro é ‘finitizado’ (percebido como falível, imperfeito, “meramente humano”, ridículo), inadequado para dar corpo ao grande Outro - e, dessa maneira, preserva a pureza do grande Outro sem as manchas de seus fracassos. Quando, daqui a uma década mais ou menos, o dinheiro finalmente se tornar um ponto de referência puramente virtual, não mais materializado num objeto particular, essa desmaterialização tornará absoluto seu poder fetichista: a própria invisibilidade o tornará todo-poderoso e onipresente. Sendo assim, a tarefa da política radical não é denunciar a inadequação de qualquer pequeno outro para representar o grande Outro (essa ‘crítica’ só reforça o domínio do grande Outro sobre nós), mas solapar o próprio grande grande Outro e, dessa maneira, desamarrar o laço social que o grande Outro sustenta. Hoje, todos se queixam da dissolução dos laços sociais (e, portanto, do obscurecimento de seu domínio sobre nós, que é mais forte do que nunca), porém o verdadeiro trabalho de desamarrá-los ainda está à nossa frente, e é mais urgente do que nunca.”
(ŽIŽEK,2011,p.54).
Junho - O Mês que Abalou o Brasil
3.9 67 Assista Agora"Amanhã vai ser maior!"
Com Amor, Van Gogh
4.3 1,0K Assista AgoraMagnífico!
Amy
4.4 1,0K Assista AgoraResumindo, Gravadoras ajudam a matar o artista.
Seja independente, seja underground e seja feliz.
A Separação
4.2 725 Assista AgoraConflito e dúvidas o tempo todo, uma verdadeira entropia de sentimentos que nunca se acalmam. Otimo drama, dá para conhecer bem um pouco da cultura Persa e seus preceitos morais.
O Lagosta
3.8 1,4K Assista AgoraAssim como em Kinodontas e Alps o diretor Yorgors Lanthimos consegue com proeza fazer o espectador se inserir nas logicas absurdas dos seus filmes de maneira quase a conta gotas, sem precisar fazer nenhuma tipo de imersão forçada.
Em O lagosta, essa lógica do absurdo se extende a um universo ainda mais complexo e cheio de analógias aos nossos problemas de enquadramento sociais que são reais, mas ainda sim, absurdos se pensarmos que eles existem.
A Pomba Branca
4.2 12Do mesmo diretor de Marketa Lazarova, filme épico sobre a idade média dos povos Eslavos.
Frantisék Vlácil, em seu primeiro filme conta sobre a relação quase que poética de um garoto que não confia mais em seus amigos e se apegar a uma pompa perdida.
A trilha sonora e a fotografia são complementos sinestésicos dos sentimentos tanto do menino quanto da menina, dona original do animal.
Belíssimo filme.
Tora! Tora! Tora!
3.8 53 Assista AgoraPor mais de duas horas e meias podemos ver a belas fotografia e cenários paradisíacos das costas do Havaí no extremo oriente, além de um sol sempre radiante que remete ao patriotismo por vezes cego do alto comando Militar japonês e um certo anseio em entrar uma guerra que iria durar anos.
O filme retrata bem como as relações diplomáticas entre EUA e Japão que estavam abaladas após um dos diplomatas fechar acordou com o eixo, o filme funciona bem alternando entre os movimentos militares e as trocas de mensagens entre o sistema político de ambos os países.
A displicência em algumas camadas do alto escalão americano mostra como alguns faziam bem o seu trabalho e outros estavam corrupidos por interesseses maiores.
Filme bastante relevante para quem quer saber mais sobre "o lado b" da guerra e entender que a moral e o nacionalismo são para os saldados os interesses para os que tem o poder.
Sede de Viver
4.1 67 Assista AgoraSede de viver é o que pode-se observar durante todo o filme, a incessante vontade de um artista de continuar seu caminho mesmo com conflitos internos e externos, conflitos esses que se manifesta internamente, quando o pessimismo limita a capacidade dele próprio exergar a grandeza de sua arte, aceitar seus medos e rejeições e externamente, quando não vê sentido no discurso das instituições religiosas, cujo não fazem o que pregam.
O espírito inquietante e as escolhas feitas para ser um homem livre espiritualmente e amorosamente o condena ao afastamento das suas relações sociais e famíliares, estreitante a solidão e fazendo do seu irmão Theo, seu único forte financeiro e emocional.
E nesse panorama de solidão plena e em busca de um sentido para a própria vida, o personagem de Van Gogh é incrívelmente interpretado por Kirk Douglas, a sensação de tempo, energia, telas, pincéis e tintas gastas em curto prazo e a todo vapor tasmitem ao a busca pelo preenchimento do vazio e da dor e a necessidade do artista alcançar o tempo perdido. Levanta-se uma aurea de que a qualquer momento toda aquela energia criativa explosiva pode desabar.
A razão de tela do filme mostra de antemão que a película é em si um grande pintura, como todas as cores vivas da cidade à noite, feiras e campos com trabalhadores e a natureza virgem, a ambientação do filme e uma beleza a parte e moatra de maneira história qual foi o ensumo criativo do artista para sua grande obra.
Begotten
3.2 348Arte lobrega e sorumbática.
Coração de Cachorro
4.0 26Não conhecia Laurie Anderson como artista de música experimental e vanguarda antes de assistir esse belo filme/documentário.
Pouca coisa que tinha visto antes me lembrou o ritmo do filme, algo semelhante a narrativa do filme de Alexander Kluge, "O ataque do presente contra o resto do tempo" pois é um filme narrado, só que nesse caso, pela própria Lauren que tinha uma cachorrinha cega, entretanto o filme e muito mais do que sobre o detalhe da sua relação com o cão. A maneira como a trilha sonora, imagens e frases ditas mostra o como era a relação da dona com o cão, além de sua visão sobre as relações efetivas com sua família, espiritualidade e filosofia.
Para refletir.
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraIt: A coisa, título lançado no Brasil é um filme que por motivos fáceis de apontar, não que se perder como mais um filme de horror/terror como tantos outros que são lançados ano após anos, fazendo sala de cinemas lotarem pela experiência do susto, mas que nunca vão fica na história como "aquele filme de terror que você respeita".
E porque isso? Bem, por esse medo de ser esquecivel, o diretor aposta em uma serie de elementos que não são tão comuns em filmes de horror, como piadas entercaladas a sustos constantes e uma trilha sonora constante mas, que parece meio bipolar, por mudar constantinente e em um curto espaço de tempo entre as cenas de terror, gore, aventura e comédia.
O filme é interessante em prontos onde tenta-se explorar a estória do ponto de vista dos personagens, mas se atrapalha quando o filme se parece mais com os Goonies, deixa de explicar algumas coisas que deveriam ser mais consistentes (e nao digo nem em relação a origem do palhaço) mas sim, a logica de como ele funciona e como sua logica de horror funciona no universo do filme, outro ponto é que se tenta investir mais nas sensações momentâneas de sustos do que na aurea de medo e horror que talvez faria o filme ser lembrado como um todo.
Dublê de Anjo
4.2 336Poderia ter sido explicar melhor o que aconteceu com o Roy ao mesmo tempo que deveria associar suas frustrações reais com o enredo da história contada, mas por algum motivo essas duas coisas que são essenciais para um bom enredo, não vingaram.
A Cor da Romã
4.1 133Estética e harmonia visual para manifestação de uma jornada sentimental. Espetacular!
Barry Lyndon
4.2 400 Assista AgoraA história tem muitas influências de tragédias gregas, mas a fotografia exuberante e a pitada de sarcasmo faz o filme seguir com as próprias pernas.
Manderlay
4.0 297 Assista AgoraAssim como Dogville, que explora que nunca somos bons o bastante. Mandelay explora a questão sobre o que é liberdade e ser livre.
Os Nibelungos Parte 1 - A Morte de Siegfried
4.3 24Atemporal!
Cícero Dias, o Compadre de Picasso
3.9 6 Assista AgoraDocumentário precioso! Sou Pernambucano de Recife e nunca parei para procurar sobre Cícero Dias, fiquei com vergonha de mim mesmo ao saber que não conhecia sobre um dos artistas mais relevantes do Brasil e que nasceu em minha terra. Esse Documentário deveria passar em todas as escolas.
Agnus Dei
4.1 272 Assista AgoraEsplendido!
Yaaba - O Amor Silencioso
4.0 10 Assista AgoraUma das primeiras películas produzida pelo cinema de Bukina Farso, interessante a relação entre os personagens.
Z
4.4 122Retrata de maneira energética, como o estado para ter sua manutenção de poder corrupta, se atrela a grupos extremistas e usa a polícia para o benefícios próprios.
"Foi proibido também a letra Z, que do grego antigo significa Ele ainda está vivo!"
Don Silencioso
4.0 4Feito no período mais forte do cinema Soviético, ironicamente não tem nenhum momento de propaganda soviética no filme, pelo contrário, grande parte da perspectiva histórica é retratada do lado da resistência.
Fotografia e enredo primoroso!
X-Men: Apocalipse
3.5 2,1K Assista AgoraMuito bom! Personagens muito bem apresentados, efeitos especiais autênticos e vibrantes, um dos melhores da série.